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O CRAS - Centro de Referência da Assistência Social é uma unidade pública estatal localizada em
áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada ao atendimento
socioassistencial de famílias.
O CRAS é o lugar que possibilita, em geral, o primeiro acesso das famílias aos direitos
socioassistenciais e, portanto, à proteção social. Estrutura-se, assim, como porta de entrada dos
usuários da política de assistência social para a rede de Proteção Básica e referência para
encaminhamentos à Proteção Especial.
Desempenha papel central no território onde se localiza ao constituir a principal estrutura física
local, cujo espaço físico deve ser compatível com o trabalho social com famílias que vivem no seu
território de abrangência e conta com uma equipe profissional de referência.
• Presta serviços continuados de Proteção Social Básica de Assistência Social para famílias, seus
membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, por meio do PAIF tais como:
acolhimento, acompanhamento em serviços socioeducativos e de convivência ou por ações
socioassistenciais, encaminhamentos para a rede de proteção social existente no lugar onde vivem e
para os demais serviços das outras políticas sociais, orientação e apoio na garantia dos seus direitos
de cidadania e de convivência familiar e comunitária;
O CRAS pode ser utilizado para fins não vinculados ao seu funcionamento ou identidade?
Reconhece-se, portanto, ser atribuição exclusiva do poder público, o trabalho social com famílias,
sendo esta a identidade que deve ser expressa no espaço físico do CRAS.
No CRAS, portanto, deve ser necessariamente ofertado o PAIF, podendo ser ofertados outros
serviços, programas, benefícios e projetos conforme disponibilidade de espaço físico e de
profissionais qualificados para implementá-los, e desde que não prejudiquem a execução do PAIF e
nem ocupem os espaços a ele destinados. Os demais serviços sócio-educativos, ações
complementares e projetos de proteção básica desenvolvidos no território de abrangência do CRAS
devem ser a ele referenciados.
O que é o PAIF?
O Programa de Atenção Integral à Família – PAIF é uma atribuição exclusiva do poder público e é
desenvolvido necessariamente no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS.
O PAIF teve como antecedentes o Programa Núcleo de Apoio à Família (NAF - 2001), e o Plano
Nacional de Atendimento Integrado à Família (PNAIF- 2003). Em 2004, o MDS, aprimorou essa
proposta com a criação do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF).
Em 19 de maio de 2004, com o decreto 5.085 da Presidência da República, o PAIF tornou-se “ação
continuada da Assistência Social”, passando a integrar a rede de serviços de ação continuada da
Assistência Social financiada pelo Governo Federal.
O PAIF e o CRAS não são sinônimos. Enquanto o primeiro é um serviço, o CRAS é um espaço
físico, um equipamento.
O CRAS é uma unidade socioassistencial que possui uma equipe de trabalhadores da política de
assistência social responsáveis pela implementação do PAIF, de serviços e projetos de Proteção
Básica e pela gestão articulada no território de abrangência, sempre sob orientação do gestor
municipal.
O CRAS é uma unidade pública estatal localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade
e risco social, destinada ao atendimento socioassistencial de famílias. O CRAS é o principal
equipamento de desenvolvimento dos serviços socioassistenciais da proteção social básica.
• Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de direitos;
• Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por
meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares.
São destinatários do PAIF as famílias em situação de vulnerabilidade e risco social, residentes nos
territórios de abrangência dos CRAS, em especial as famílias beneficiárias de programas de
transferência de renda ou famílias com membros que recebem benefícios assistenciais, pois a
situação de pobreza ou extrema pobreza agrava a situação de vulnerabilidade social das famílias.
4. Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e/ou em situação de risco com jovens de 15 a
17anos
1. Famílias residentes no território do CRAS com presença de pessoas que não possuem
documentação civil básica;
• Acompanhamento Familiar
• Encaminhamentos
(5) Articulação Intersetorial: Reuniões com a Rede Local; Articulação e fortalecimento de grupos
sociais locais.
(6) Busca Ativa: Deslocamento das equipes; Convite para participação em ações do PAIF;
Articulação com profissionais de outros serviços setoriais, movimentos sociais, universidades e
outras instâncias
O que é a Acolhida?
É o processo de contato inicial do usuário com o PAIF e tem por objetivo instituir o vínculo
necessário entre as famílias usuárias e o PAIF para a continuidade do atendimento sócio-assistencial
iniciado.
A Acolhida ocorre em grande parte na recepção do CRAS. Deve ser cuidadosamente organizada,
para se constituir referência para as famílias.
Para atingir seus objetivos, as atividades com famílias podem ser realizadas de forma
particularizada ou coletiva (grupos).
Os objetivos das atividades coletivas são: evidenciar as demandas da comunidade, promover uma
participação ativa das famílias referenciadas, agir de forma a prevenir as potenciais situações de
riscos sociais identificadas.
São processos de direcionamento dos usuários voltados para promoção do acesso ao SUAS e
demais serviços socioassistenciais, políticas setoriais e programas de transferência de renda e
benefícios assistenciais.
Para ter acesso à legislação e orientações técnicas do PAIF é necessário acessar o Portal do MDS –
www.mds.gov.br - no seguinte caminho: Assistência Social – Proteção Básica – Legislação.
Para informações mais específicas acerca de cada serviço/ação do PAIF, consultar o documento
“Orientações específicas por serviço-ação PAIF” que está anexo a esta FAQ.
Reconhece-se, portanto, ser atribuição exclusiva do poder público, o trabalho social com famílias,
sendo esta a identidade que deve ser expressa no espaço físico do CRAS. Nele, portanto, deve ser
necessariamente ofertado o PAIF.
É permitido ofertar outros serviços, programas, benefícios, projetos e atividades no espaço físico do
CRAS, desde que estes não modifiquem substancialmente a natureza e as funções essenciais do
CRAS, de acordo com as definições constantes no Manual de Orientações Técnicas. Em suma, as
demais atividades não podem prejudicar a execução do PAIF e a ocupação dos espaços a ele
destinados.
As atividades devem ser acompanhadas pelo Conselho Municipal de Assistência Social. Não é
necessária a criação de lei municipal para regularizar a oferta de outros serviços no âmbito do
CRAS.
É por meio do CRAS que a proteção social da assistência social se territorializa e se aproxima da
população, reconhecendo a existência das desigualdades sociais intra-urbanas e a importância
presença de políticas sociais para reduzir essas desigualdades, pois previnem situações de
vulnerabilidade e risco social, bem como identificam e estimulam as potencialidades locais,
modificando a qualidade de vida das famílias que vivem nessas localidades.
Ao estabelecer o PAIF como prioridade dentre os demais serviços, programas e projetos da proteção
social básica, que tem como principal foco de ação o trabalho com famílias, bem como ao
territorializar sua esfera de atuação, o CRAS assume como fatores identitários dois grandes pilares
do SUAS: a matricialidade sociofamiliar e a territorialização.
A capacidade de atendimento do CRAS varia de acordo com o porte do município e com o número
de famílias em situação de vulnerabilidade social, conforme estabelecido na NOB-SUAS. Estima-se
a seguinte capacidade de atendimento, por área de abrangência do CRAS:
(1) CRAS em território referenciado por até 2.500 famílias - capacidade de atendimento: até 500
famílias/ano;
(2) CRAS em território referenciado por até 3.500 famílias - capacidade de atendimento: até 750
famílias/ano;
(3) CRAS em território referenciado por até 5.000 famílias - capacidade de atendimento: até 1.000
famílias/ano.
Dessa forma, os municípios já contemplados com recursos para os serviços de Proteção Social
Básica à família em CRAS por meio do Piso Básico Fixo não poderão receber novos recursos até
que todos os municípios do país sejam contemplados com recursos para, no mínimo, 1 (um) CRAS.
Até 20 mil
Pequeno Porte I 1 CRAS 2.500 500 famílias
habitantes
De 20 a 50 mil
Pequeno Porte II 1 CRAS 3.500 750 famílias
habitantes
De 50 a 100 mil
Médio Porte 2 CRAS 5.000 1.000 famílias
habitantes
IMPORTANTE: O município pode manter com recursos próprios a quantidade de CRAS que
considerar necessário.
O CRAS deve funcionar, no mínimo, por 40 horas semanais, 5 dias por semana, 8 horas diárias.
Somente é considerado que o CRAS está em funcionamento por 8 horas se houver a presença da
equipe de referência completa durante este período.
O horário de funcionamento do CRAS deve refletir as características dos serviços nele ofertado,
quais sejam: possuir caráter público e continuado, preocupar-se em atender todos aqueles que deles
necessitam ampliar a possibilidade de acesso dos usuários em pelo menos dois períodos do dia.
O horário pode ser flexível, permitindo que o equipamento funcione nos finais de semana e horários
noturnos, desde que isso ocorra para possibilitar uma maior participação das famílias e da
comunidade nos programas, serviços e projetos operacionalizados nessa unidade.
O CRAS não deve compartilhar seu espaço físico com órgãos administrativos, tais como secretarias
municipais de assistência social ou outras secretarias municipais e/ou estaduais, prefeituras,
subprefeituras, administrações regionais, entre outras, pois o CRAS é uma unidade de prestação de
serviços socioassistenciais, não podendo ser confundido com o local onde se desenvolvem as
atividades de gestão da política de assistência social.
A lista do CRAS por município está disponível no Portal do MDS – www.mds.gov.br – no seguinte
caminho: Assistência Social – Proteção Básica – Centro de Referência de Assistência Social. No
menu a direita, clique no link: “ Localize as Unidades”.
Como será oferta dos serviços do PAIF com recursos originários do PBT?
Os recursos originários do PBT foram destinados à oferta do PAIF pelos municípios e Distrito
Federal que:
I - Possuíam o número total de famílias com renda per capita mensal de até meio salário mínimo,
subtraído o número total de famílias referenciadas ao CRAS já co-financiados pelo MDS, por meio
do PBF, correspondente a, no mínimo:
II - Possuíam recursos originários do PBT equivalentes a, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) do
recurso necessário ao co-financiamento anual de um CRAS e a 100% (cem por cento) do valor do
co-financiamento dos demais, quando o MDS aferir, de acordo com o porte do município, que a
quantidade mínima de CRAS é maior que um.
As atividades de geração de renda podem ser executadas dentro do CRAS desde que essas não
venham a modificar substancialmente a natureza e as funções do CRAS tais quais definidas pelo
Manual de Orientações Técnicas (Acompanhamento familiar).
É necessário que as atividades sejam acompanhadas pelo Conselho Municipal de Assistência Social.
Não há necessidade da criação de uma lei municipal e não existe uma destinação obrigatória para a
utilização desse recurso. Recomendamos, no entanto, que os recursos sejam revertidos em prol dos
serviços ou dos usuários do CRAS.
• Atividades realizadas;
• Horário de funcionamento;
• Recursos humanos e
• Estrutura física.
O IDCRAS foi criado em 2008 pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI), em
parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS).
O IDCRAS foi criado com o objetivo de aprimorar o processo de monitoramento dos CRAS,
iniciado em 2007, por meio do atualmente chamado de Censo SUAS.
Chega-se ao Índice de Desenvolvimento de cada CRAS, por meio da combinação dos Graus de
Desenvolvimento, apurados por dimensão. As diferentes combinações de graus de desenvolvimento
do CRAS, por dimensão, são distribuídas em 10 estágios de desenvolvimento. São eles:
Como os municípios poderão ter acesso às informações sobre o Índice de Desenvolvimento dos
CRAS?
Para ter acesso às informações sobre o Índice de Desenvolvimento dos CRAS, o município deverá
encaminhar a solicitação à área técnica pelo email: monitoramentosuas@mds.gov.br ou entrar em
contato com a sua coordenação estadual.
A CIT (Comissão Intergestora Tripartide) instituiu, por meio da Resolução CIT, nº 05 de 03 de maio
de 2010, as Metas de Desenvolvimento dos CRAS por período anual visando sua gradativa
adaptação aos padrões normativos estabelecidos pelo SUAS, com início em 2008 e término em
2013.
Para cada período anual, foram identificadas metas, em cada uma das quatro dimensões do
IDCRAS, que deverão ser alcançadas por todos os CRAS cadastrados no Censo SUAS.
Encerrado o período de preenchimento do Censo SUAS 2010 (em data a ser definida), com base nas
informações prestadas pelos municípios e DF, serão identificados os CRAS que atingiram as metas
estabelecidas para o período 2009/2010 e quais não atingiram, bem como aqueles que terão metas a
cumprir para o período anual subseqüente (2010/2011). Portanto, finalizado o período anual atual, o
MDS verificará estas informações no Censo SUAS 2010 e as disponibilizará aos Estados.
IMPORTANTE: As metas instituídas para o período anual 2008/2009 consistiram nas situações
identificadas como insatisfatórias conforme Resolução CIT nº 6, de 2008.
As metas são cumulativas, ou seja, as metas do período anual 2009/2010 se acumulam às metas
previstas para o período anual anterior (2008/2009), até 2012/2013, quando todos os CRAS deverão
estar adequados.
De posse destas informações, conforme pactuação feita na CIT, os Estados deverão, primeiramente,
informar aos municípios sobre a situação de cada CRAS e definir estratégias de capacitação e apoio
técnico e financeiro, para que as metas estipuladas para este período anual sejam atingidas.
As informações serão encaminhadas também em arquivo excel, para que as equipes responsáveis
pelo acompanhamento possam agregá-las de forma a traçarem estratégias mais adequadas de ação
junto aos municípios.