Sei sulla pagina 1di 11

CRAS - Institucional

O que é o CRAS - Centro de Referência da Assistência Social?

O CRAS - Centro de Referência da Assistência Social é uma unidade pública estatal localizada em
áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, destinada ao atendimento
socioassistencial de famílias.

O CRAS é o principal equipamento de desenvolvimento dos serviços socioassistenciais da Proteção


Social Básica. Constitui espaço de concretização dos direitos socioassistenciais nos territórios,
materializando a política de assistência social.

Como atua o CRAS?

O CRAS é o lugar que possibilita, em geral, o primeiro acesso das famílias aos direitos
socioassistenciais e, portanto, à proteção social. Estrutura-se, assim, como porta de entrada dos
usuários da política de assistência social para a rede de Proteção Básica e referência para
encaminhamentos à Proteção Especial.

Desempenha papel central no território onde se localiza ao constituir a principal estrutura física
local, cujo espaço físico deve ser compatível com o trabalho social com famílias que vivem no seu
território de abrangência e conta com uma equipe profissional de referência.

Nesse sentido, destacam-se como principais atuações do CRAS:

• Presta serviços continuados de Proteção Social Básica de Assistência Social para famílias, seus
membros e indivíduos em situação de vulnerabilidade social, por meio do PAIF tais como:
acolhimento, acompanhamento em serviços socioeducativos e de convivência ou por ações
socioassistenciais, encaminhamentos para a rede de proteção social existente no lugar onde vivem e
para os demais serviços das outras políticas sociais, orientação e apoio na garantia dos seus direitos
de cidadania e de convivência familiar e comunitária;

• Articula e fortalece a rede de Proteção Social Básica local;

• Previne as situações de risco no território onde vivem famílias em situação de vulnerabilidade


social apoiando famílias e indivíduos em suas demandas sociais, inserindo-os na rede de proteção
social e promover os meios necessários para que fortaleçam seus vínculos familiares e comunitários
e acessem seus direitos de cidadania.

O CRAS pode ser utilizado para fins não vinculados ao seu funcionamento ou identidade?

Esclarecemos que a existência do CRAS está estritamente vinculada ao funcionamento do Programa


de Atenção Integral à Família – PAIF, ou seja, à implementação do PAIF, co-financiado ou não pelo
Governo Federal, que constitui condição essencial e indispensável para o funcionamento do CRAS.

Reconhece-se, portanto, ser atribuição exclusiva do poder público, o trabalho social com famílias,
sendo esta a identidade que deve ser expressa no espaço físico do CRAS.

No CRAS, portanto, deve ser necessariamente ofertado o PAIF, podendo ser ofertados outros
serviços, programas, benefícios e projetos conforme disponibilidade de espaço físico e de
profissionais qualificados para implementá-los, e desde que não prejudiquem a execução do PAIF e
nem ocupem os espaços a ele destinados. Os demais serviços sócio-educativos, ações
complementares e projetos de proteção básica desenvolvidos no território de abrangência do CRAS
devem ser a ele referenciados.

O que é o PAIF?

O Programa de Atenção Integral à Família – PAIF é uma atribuição exclusiva do poder público e é
desenvolvido necessariamente no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS.

Todo Centro de Referência de Assistência Social-CRAS, independentemente da fonte financiadora,


deve, obrigatoriamente, implementar o Programa de Atenção Integral à Família – PAIF ou seja, o
PAIF só é executado no CRAS e todo CRAS executa, obrigatoriamente, o PAIF.

Como surgiu o PAIF?

O PAIF teve como antecedentes o Programa Núcleo de Apoio à Família (NAF - 2001), e o Plano
Nacional de Atendimento Integrado à Família (PNAIF- 2003). Em 2004, o MDS, aprimorou essa
proposta com a criação do Programa de Atenção Integral à Família (PAIF).

Em 19 de maio de 2004, com o decreto 5.085 da Presidência da República, o PAIF tornou-se “ação
continuada da Assistência Social”, passando a integrar a rede de serviços de ação continuada da
Assistência Social financiada pelo Governo Federal.

Em 2009, com a aprovação da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, o Programa de


Atenção Integral à Família passou a ser denominado Serviço de Proteção e Atendimento Integral à
Família, mas preservou a sigla PAIF. Esta mudança de nomenclatura enfatiza o conceito de ação
continuada, estabelecida em 2004, bem como corresponde ao previsto no Art. 23 da Lei Orgânica de
Assistência Social – LOAS.

Qual é a diferença entre PAIF e CRAS?

O PAIF e o CRAS não são sinônimos. Enquanto o primeiro é um serviço, o CRAS é um espaço
físico, um equipamento.

Todo CRAS executa, obrigatoriamente, o PAIF.

O CRAS é uma unidade socioassistencial que possui uma equipe de trabalhadores da política de
assistência social responsáveis pela implementação do PAIF, de serviços e projetos de Proteção
Básica e pela gestão articulada no território de abrangência, sempre sob orientação do gestor
municipal.

O CRAS é uma unidade pública estatal localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade
e risco social, destinada ao atendimento socioassistencial de famílias. O CRAS é o principal
equipamento de desenvolvimento dos serviços socioassistenciais da proteção social básica.

Constitui espaço de concretização dos direitos socioassistenciais nos territórios, materializando a


política de assistência social.

Quais os objetivos do PAIF?

O Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) oferta ações socioassistenciais de prestação


continuada, por meio do trabalho social com famílias em situação de vulnerabilidade social e tem
como objetivos:

• Fortalecer a função protetiva da família, contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida;

• Prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações


de fragilidade social vivenciadas;

• Promover aquisições sociais e materiais às famílias, potencializando o protagonismo e a


autonomia das famílias e comunidades;

• Promover o acessos a benefícios, programas de transferência de renda e serviços sócio-


assistenciais,contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência
social;

• Promover acesso aos demais serviços setoriais, contribuindo para o usufruto de direitos;

• Apoiar famílias que possuem, dentre seus membros, indivíduos que necessitam de cuidados, por
meio da promoção de espaços coletivos de escuta e troca de vivências familiares.

Onde deve ser ofertado o PAIF?

O PAIF deve ser obrigatoriamente desenvolvido no CRAS.

Quem são os usuários do PAIF?

São destinatários do PAIF as famílias em situação de vulnerabilidade e risco social, residentes nos
territórios de abrangência dos CRAS, em especial as famílias beneficiárias de programas de
transferência de renda ou famílias com membros que recebem benefícios assistenciais, pois a
situação de pobreza ou extrema pobreza agrava a situação de vulnerabilidade social das famílias.

São prioridades as seguintes situações consideradas de maior vulnerabilidade social:

1. Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família em descumprimento de condicionalidades;

2. Famílias do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI em descumprimento de


condicionalidades;

3. Famílias com pessoas com deficiência de 0 a 18 anos beneficiários do BPC;

4. Famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e/ou em situação de risco com jovens de 15 a
17anos

Além disso, o PAIF deve voltar sua atenção para:

1. Famílias residentes no território do CRAS com presença de pessoas que não possuem
documentação civil básica;

2. Famílias com crianças de 0 a 6 anos em situação de vulnerabilidade/ou risco social;

3. Famílias com indivíduos reconduzidos ao convívio familiar, após cumprimento de medidas


protetivas e/ou outras situações de privação do convívio familiar e comunitário.
4. Famílias com pessoas idosas;

Como ter acesso às ações do PAIF?

O acesso às ações do PAIF ocorre por meio de:

a) demanda das famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade social;


b) busca pró-ativa de famílias, realizada pelas equipes dos CRAS; e
c) encaminhamento realizado por:

- Rede sócia assistencial,


- Serviços setoriais e órgãos públicos,
- conselhos de políticas e/ou defesa de direitos.

Quais as ações que compõem o PAIF?

As ações que compõem o PAIF são:

• Acompanhamento Familiar

• Atividades Coletivas/ Comunitárias

• Encaminhamentos

Quais são as orientações específicas para o serviço/ação do PAIF?

(1) Acolhida: Recepção no CRAS; Entrevista; Visita Domiciliar.

(2) Acompanhamento Familiar: Serviços Socioeducativos para Famílias; Atendimento


Individualizado às Famílias; Atendimento Domiciliar.

(3) Atividades Coletivas/Comunitárias: Reuniões de Planejamento Participativas; Palestras;


Campanhas Socioeducativas; Eventos Comunitários

(4) Encaminhamento com acompanhamento, para benefícios e serviços socioassistenciais ou para as


demais políticas setoriais.

(5) Articulação Intersetorial: Reuniões com a Rede Local; Articulação e fortalecimento de grupos
sociais locais.

(6) Busca Ativa: Deslocamento das equipes; Convite para participação em ações do PAIF;
Articulação com profissionais de outros serviços setoriais, movimentos sociais, universidades e
outras instâncias

(7) Produção de Material Socioeducativo.

O que é a Acolhida?

É o processo de contato inicial do usuário com o PAIF e tem por objetivo instituir o vínculo
necessário entre as famílias usuárias e o PAIF para a continuidade do atendimento sócio-assistencial
iniciado.
A Acolhida ocorre em grande parte na recepção do CRAS. Deve ser cuidadosamente organizada,
para se constituir referência para as famílias.

A acolhida é primordial na garantia de acesso da população ao SUAS e de compreensão da


assistência social como direito de cidadania.

O que são Atividades com Famílias?

É a oferta de atividades planejadas e continuadas, com objetivos específicos, em especial grupos de


famílias, que valorizam o convívio, protagonismo, autonomia, fortalecimento de vínculos familiares
e comunitários e o desenvolvimento de projetos coletivos.

O Princípio fundamental destas atividades é o reconhecimento de que as famílias são protagonistas


de suas histórias, mas que sofrem os impactos da realidade socioeconômica e cultural nas quais
estão inseridas, em especial as contradições do território.

Para atingir seus objetivos, as atividades com famílias podem ser realizadas de forma
particularizada ou coletiva (grupos).

O que são Atividades Coletivas/Comunitárias?

São processos coletivos e/ou comunitários voltados para:

- Dinamização das relações no território de abrangência do CRAS; a defesa ou efetivação de


direitos; mobilização de grupos ou comunidades; desenvolvimento de projetos coletivos propostos
pelos grupos que participam de serviços sócio-educativos.

Os objetivos das atividades coletivas são: evidenciar as demandas da comunidade, promover uma
participação ativa das famílias referenciadas, agir de forma a prevenir as potenciais situações de
riscos sociais identificadas.

Constituem importantes instrumentos de comunicação comunitária, mobilização social e


desenvolvimento do protagonismo, devido seu papel na divulgação e promoção do acesso a direitos,
bem como por sensibilizar a comunidade, fazendo-a reconhecer as condições de vida no seu
território, as possibilidades de mudança, as iniciativas já existentes para sua melhoria e a existência
de recursos naturais, culturais e econômicos nos territórios, que podem ser utilizados na melhoria da
qualidade de vida da comunidade.

O que são Encaminhamentos?

São processos de direcionamento dos usuários voltados para promoção do acesso ao SUAS e
demais serviços socioassistenciais, políticas setoriais e programas de transferência de renda e
benefícios assistenciais.

Sua efetividade depende do investimento dos municípios, na promoção da intersetorialidade local,


bem como do estabelecimento de fluxos no âmbito do território de abrangência do CRAS.

Os encaminhamentos constituem importantes instrumentos de inclusão e, em conseqüência, de


desenvolvimento social, pois formam uma rede de proteção social com potencialidade de articular
os diversos saberes e práticas que apresentem respostas inovadoras à complexidade das situações de
vulnerabilidade social.
Como ter acesso à legislação e orientações técnicas do PAIF?

Para ter acesso à legislação e orientações técnicas do PAIF é necessário acessar o Portal do MDS –
www.mds.gov.br - no seguinte caminho: Assistência Social – Proteção Básica – Legislação.

Para informações mais específicas acerca de cada serviço/ação do PAIF, consultar o documento
“Orientações específicas por serviço-ação PAIF” que está anexo a esta FAQ.

O que significam os conceitos de “Referência” e Contra-Referência do CRAS?

Referência - compreende o trânsito do nível menor para o de maior complexidade, ou o


encaminhamento, feito pelo CRAS, a qualquer serviço socioassistencial ou para outra política
setorial no seu território de abrangência.

Contra-referência – inversamente ao conceito de referência, compreende o trânsito do nível de


maior para o de menor complexidade, como por exemplo, os encaminhamentos feitos do CREAS
ou de outro serviço setorial ao CRAS.

Qual o conceito de “família referenciada”?

É a unidade de medida de famílias que vivem em territórios vulneráveis e são elegíveis ao


atendimento ofertado no CRAS instalado nessas localidades.

Qual é o limite de tempo de permanência das famílias nos CRAS?

Não há um período máximo de permanência das famílias no CRAS. No entanto, é necessário


avaliar os casos em que as equipes têm dificuldades para desligar as famílias, partindo do critério do
cumprimento dos objetivos das ações propostas no CRAS ou em sua rede socioassistencial.

O desligamento deve ser planejado e realizado de maneira progressiva, com acompanhamento


familiar por período determinado para verificar a permanência dos efeitos positivos das ações, tendo
como referência os resultados esperados.

Qual a condição indispensável para o funcionamento do CRAS?

Todo CRAS em funcionamento terá de desenvolver, obrigatoriamente, o PAIF.

A existência do CRAS está necessariamente vinculada ao funcionamento do PAIF - Programa de


Atenção Integral à Família, ou seja, a implementação do PAIF, co-financiado ou não pelo Governo
Federal, é condição essencial e indispensável para o funcionamento do CRAS.

Reconhece-se, portanto, ser atribuição exclusiva do poder público, o trabalho social com famílias,
sendo esta a identidade que deve ser expressa no espaço físico do CRAS. Nele, portanto, deve ser
necessariamente ofertado o PAIF.

Podem ser oferecidos outros serviços no CRAS?

É permitido ofertar outros serviços, programas, benefícios, projetos e atividades no espaço físico do
CRAS, desde que estes não modifiquem substancialmente a natureza e as funções essenciais do
CRAS, de acordo com as definições constantes no Manual de Orientações Técnicas. Em suma, as
demais atividades não podem prejudicar a execução do PAIF e a ocupação dos espaços a ele
destinados.
As atividades devem ser acompanhadas pelo Conselho Municipal de Assistência Social. Não é
necessária a criação de lei municipal para regularizar a oferta de outros serviços no âmbito do
CRAS.

Os demais serviços socioeducativos, ações complementares e projetos de proteção básica


desenvolvidos no território de abrangência do CRAS devem ser a ele referenciados.

Qual a importância do CRAS para a proteção social e para as famílias?

É por meio do CRAS que a proteção social da assistência social se territorializa e se aproxima da
população, reconhecendo a existência das desigualdades sociais intra-urbanas e a importância
presença de políticas sociais para reduzir essas desigualdades, pois previnem situações de
vulnerabilidade e risco social, bem como identificam e estimulam as potencialidades locais,
modificando a qualidade de vida das famílias que vivem nessas localidades.

Ao estabelecer o PAIF como prioridade dentre os demais serviços, programas e projetos da proteção
social básica, que tem como principal foco de ação o trabalho com famílias, bem como ao
territorializar sua esfera de atuação, o CRAS assume como fatores identitários dois grandes pilares
do SUAS: a matricialidade sociofamiliar e a territorialização.

Qual é a capacidade de atendimento do CRAS?

A capacidade de atendimento do CRAS varia de acordo com o porte do município e com o número
de famílias em situação de vulnerabilidade social, conforme estabelecido na NOB-SUAS. Estima-se
a seguinte capacidade de atendimento, por área de abrangência do CRAS:

(1) CRAS em território referenciado por até 2.500 famílias - capacidade de atendimento: até 500
famílias/ano;

(2) CRAS em território referenciado por até 3.500 famílias - capacidade de atendimento: até 750
famílias/ano;

(3) CRAS em território referenciado por até 5.000 famílias - capacidade de atendimento: até 1.000
famílias/ano.

É possível instalar mais unidades do CRAS por município?

Os critérios de partilha de recursos propostos na NOB-SUAS permitem atender, gradualmente, nos


próximos anos, a todos os municípios na perspectiva da universalização da Proteção Social Básica.
Na V Conferência Nacional de Assistência Social (realizada em Brasília, no mês de dezembro de
2005) foi deliberado que os mínimos de CRAS por porte de município serão cumpridos somente
após todos os municípios do Ranking terem pelo menos 01 CRAS co-financiado pelo Governo
Federal.

Dessa forma, os municípios já contemplados com recursos para os serviços de Proteção Social
Básica à família em CRAS por meio do Piso Básico Fixo não poderão receber novos recursos até
que todos os municípios do país sejam contemplados com recursos para, no mínimo, 1 (um) CRAS.

Mínimos de CRAS por porte de município estabelecidos pela NOB/SUAS 2005:


Porte do Nº. Habitantes Nº. mínimo de Famílias Capacidade de
município CRAS referenciadas Atendimento
Anual

Até 20 mil
Pequeno Porte I 1 CRAS 2.500 500 famílias
habitantes

De 20 a 50 mil
Pequeno Porte II 1 CRAS 3.500 750 famílias
habitantes

De 50 a 100 mil
Médio Porte 2 CRAS 5.000 1.000 famílias
habitantes

De 100 a 900 mil


Grande Porte 4 CRAS 5.000 1.000 famílias
habitantes

Mais de 900 mil


Metrópole 8 CRAS 5.000 1.000 famílias
habitantes

IMPORTANTE: O município pode manter com recursos próprios a quantidade de CRAS que
considerar necessário.

Para mais informações sobre o co-financiamento do PAIF, ver FAQ CRAS_RECURSOS no


item “Por que o município ainda não recebe recursos para o PAIF?”

Qual deve ser o horário de atendimento do CRAS?

O CRAS deve funcionar, no mínimo, por 40 horas semanais, 5 dias por semana, 8 horas diárias.

Somente é considerado que o CRAS está em funcionamento por 8 horas se houver a presença da
equipe de referência completa durante este período.

O horário de funcionamento do CRAS deve refletir as características dos serviços nele ofertado,
quais sejam: possuir caráter público e continuado, preocupar-se em atender todos aqueles que deles
necessitam ampliar a possibilidade de acesso dos usuários em pelo menos dois períodos do dia.

O horário de atendimento do CRAS pode ser flexível?

O horário pode ser flexível, permitindo que o equipamento funcione nos finais de semana e horários
noturnos, desde que isso ocorra para possibilitar uma maior participação das famílias e da
comunidade nos programas, serviços e projetos operacionalizados nessa unidade.

O horário de funcionamento do CRAS deve ser decidido em conjunto com as famílias


referenciadas, ser amplamente divulgado e manter regularidade. Não é recomendável, por exemplo,
um novo horário de funcionamento em um curto período de tempo.

O horário de funcionamento do CRAS corresponde necessariamente à jornada de trabalho da


equipe de referência do CRAS?

O horário de funcionamento do CRAS não corresponde necessariamente à jornada de trabalho da


equipe de referência do CRAS, pois essa decisão cabe ao gestor municipal de assistência social.
Assim, caso o gestor estabeleça que a jornada de trabalho da equipe seja de quatro horas diárias,
significa que terá de contratar duas equipes de referência para cumprir 8 horas diárias de
funcionamento no CRAS.

Os técnicos da equipe de referência do CRAS também devem se revezar ao se afastar para o


período de férias, de modo que os programas, serviços e projetos operacionalizados nos CRAS não
sejam descontinuados.

O CRAS pode ser localizado em espaço compartilhado?

Sendo o CRAS a principal unidade de desenvolvimento dos serviços socioassistenciais da proteção


social básica, não pode ser instalado em edificações inadequadas e improvisadas. O imóvel deve ser
preferencialmente exclusivo.

O CRAS não deve compartilhar seu espaço físico com órgãos administrativos, tais como secretarias
municipais de assistência social ou outras secretarias municipais e/ou estaduais, prefeituras,
subprefeituras, administrações regionais, entre outras, pois o CRAS é uma unidade de prestação de
serviços socioassistenciais, não podendo ser confundido com o local onde se desenvolvem as
atividades de gestão da política de assistência social.

Como acessar a lista dos CRAS por município?

A lista do CRAS por município está disponível no Portal do MDS – www.mds.gov.br – no seguinte
caminho: Assistência Social – Proteção Básica – Centro de Referência de Assistência Social. No
menu a direita, clique no link: “ Localize as Unidades”.

Como será oferta dos serviços do PAIF com recursos originários do PBT?

Os recursos originários do PBT foram destinados à oferta do PAIF pelos municípios e Distrito
Federal que:

I - Possuíam o número total de famílias com renda per capita mensal de até meio salário mínimo,
subtraído o número total de famílias referenciadas ao CRAS já co-financiados pelo MDS, por meio
do PBF, correspondente a, no mínimo:

a)1.250 famílias, para os municípios de pequeno porte I;


b)1.750 famílias, para os municípios de pequeno porte II;
c)2.500 famílias, para os municípios de médio porte;
d)2.500 famílias, para os municípios de grande porte;
e)2.500 famílias, para as metrópoles; e

II - Possuíam recursos originários do PBT equivalentes a, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) do
recurso necessário ao co-financiamento anual de um CRAS e a 100% (cem por cento) do valor do
co-financiamento dos demais, quando o MDS aferir, de acordo com o porte do município, que a
quantidade mínima de CRAS é maior que um.

IMPORTANTE: Para ofertarem o PAIF, os municípios ou o Distrito Federal deverão estar


habilitados ou se habilitarem em gestão básica ou plena do SUAS.

Atividades de geração de renda podem ser executadas no CRAS?

As atividades de geração de renda podem ser executadas dentro do CRAS desde que essas não
venham a modificar substancialmente a natureza e as funções do CRAS tais quais definidas pelo
Manual de Orientações Técnicas (Acompanhamento familiar).

É necessário que as atividades sejam acompanhadas pelo Conselho Municipal de Assistência Social.
Não há necessidade da criação de uma lei municipal e não existe uma destinação obrigatória para a
utilização desse recurso. Recomendamos, no entanto, que os recursos sejam revertidos em prol dos
serviços ou dos usuários do CRAS.

O que é o Índice de Desenvolvimento do CRAS (IDCRAS)?

O IDCRAS é um indicador sintético que tem por objetivo sistematizar as características de


funcionamento dos CRAS e é composto pela combinação dos seguintes Indicadores Dimensionais:

• Atividades realizadas;
• Horário de funcionamento;
• Recursos humanos e
• Estrutura física.

O IDCRAS foi criado em 2008 pela Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI), em
parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS).

Qual o objetivo do IDCRAS?

O IDCRAS foi criado com o objetivo de aprimorar o processo de monitoramento dos CRAS,
iniciado em 2007, por meio do atualmente chamado de Censo SUAS.

Como é calculado Índice de Desenvolvimento dos CRAS?

Chega-se ao Índice de Desenvolvimento de cada CRAS, por meio da combinação dos Graus de
Desenvolvimento, apurados por dimensão. As diferentes combinações de graus de desenvolvimento
do CRAS, por dimensão, são distribuídas em 10 estágios de desenvolvimento. São eles:

- Estágios de 1 a 4 - um CRAS até o estágio 4 de desenvolvimento apresenta pelo menos uma


dimensão Insuficiente;

- Estágios de 5 a 8 - um CRAS entre os estágios 5 e 8 é, no mínimo, Regular em todas as


dimensões;

- Estágios 9 e 10 - um CRAS nos estágios 9 ou 10 é, respectivamente, Suficiente ou Superior, em


todas as dimensões;

Como os municípios poderão ter acesso às informações sobre o Índice de Desenvolvimento dos
CRAS?

Para ter acesso às informações sobre o Índice de Desenvolvimento dos CRAS, o município deverá
encaminhar a solicitação à área técnica pelo email: monitoramentosuas@mds.gov.br ou entrar em
contato com a sua coordenação estadual.

Qual o objetivo das “Metas de desenvolvimento dos CRAS”?

A CIT (Comissão Intergestora Tripartide) instituiu, por meio da Resolução CIT, nº 05 de 03 de maio
de 2010, as Metas de Desenvolvimento dos CRAS por período anual visando sua gradativa
adaptação aos padrões normativos estabelecidos pelo SUAS, com início em 2008 e término em
2013.

Quais os períodos anuais para as Metas de Desenvolvimento dos CRAS?

São cinco os períodos anuais: 2008/2009, 2009/2010, 2010/2011, 2011/2012 e 2012/2013.

Para cada período anual, foram identificadas metas, em cada uma das quatro dimensões do
IDCRAS, que deverão ser alcançadas por todos os CRAS cadastrados no Censo SUAS.

Encerrado o período de preenchimento do Censo SUAS 2010 (em data a ser definida), com base nas
informações prestadas pelos municípios e DF, serão identificados os CRAS que atingiram as metas
estabelecidas para o período 2009/2010 e quais não atingiram, bem como aqueles que terão metas a
cumprir para o período anual subseqüente (2010/2011). Portanto, finalizado o período anual atual, o
MDS verificará estas informações no Censo SUAS 2010 e as disponibilizará aos Estados.

IMPORTANTE: As metas instituídas para o período anual 2008/2009 consistiram nas situações
identificadas como insatisfatórias conforme Resolução CIT nº 6, de 2008.

As metas são cumulativas, ou seja, as metas do período anual 2009/2010 se acumulam às metas
previstas para o período anual anterior (2008/2009), até 2012/2013, quando todos os CRAS deverão
estar adequados.

Qual o papel dos Estados?

De posse destas informações, conforme pactuação feita na CIT, os Estados deverão, primeiramente,
informar aos municípios sobre a situação de cada CRAS e definir estratégias de capacitação e apoio
técnico e financeiro, para que as metas estipuladas para este período anual sejam atingidas.

As informações serão encaminhadas também em arquivo excel, para que as equipes responsáveis
pelo acompanhamento possam agregá-las de forma a traçarem estratégias mais adequadas de ação
junto aos municípios.

Potrebbero piacerti anche