Sei sulla pagina 1di 8

“AQUELE QUE NÃO ESTÁ COMIGO É CONTRA MIM, E AQUELE QUE

COMIGO NÃO AJUNTA, ESPALHA” (Lucas 11:23.)

Trabalhar para o Senhor é um privilégio. Muitos são chamados, mas


poucos são escolhidos. A exigência do ministério faz com que muitos sejam
reprovados em suas ministrações. Aqueles que são salvos em Cristo Jesus,
sabem, ou deveriam saber, que temos uma missão a fazer. O ministério de
Jesus aqui na terra durou apenas três anos. A continuidade de seu ministério
se dá através de todos os santos que foram regenerados nEle e que aceitaram
o preço do discipulado. Não existe discipulado sem missão à vista. Qual é o
aprendiz (significado da palavra discípulo) que não pretende exercer aquilo que
está aprendendo a fazer? Se somos discípulos de Cristo, não seria estranho
não termos o anseio de fazer o que Ele fez; ensinar como Ele ensinou; andar
como Ele andou? É preciso renovar o senso de missão do povo de Deus.
Aqueles que ansiarem por isso, receberão um peso em suas almas. O zelo
pela casa do Senhor irá consumi-los.

Esse anseio surgiu de uma forma impetuosa em minha vida quando eu


tinha 29 anos de idade. As histórias dos evangelhos passaram a exercer uma
forte influência sobre mim. Agora havia um incômodo em meu coração, pois eu
não me sentia fazendo as obras do meu mestre. Havia sido criado no
evangelho. Sempre fui aluno de escola bíblica, mas todo aquele aprendizado
não estava gerando nenhum fruto. Sentia-me como uma árvore bem cuidada
há anos, mas que não gerava os frutos para os quais ela havia sido plantada.
Seria ainda proveitoso para o agricultor continuar investindo em mim? O
Espírito Santo me levantou com poder para pregar aos pobres, em suas casas,
a orar com eles e por eles. Muitos foram curados, outros receberam salvação
no mesmo dia de sua morte. Outros foram libertos dos vícios, do casamento
destruído, dos demônios e da infelicidade que os prendiam. Eu passei a ver o
governo de Deus chegando aonde eu ia. Finalmente eu estava cumprindo a
missão dada por Jesus. É muito bom saber que estamos cumprindo a missão.
Estava agora diante de um ministério, e como todo o ministério precisa de
novos aprendizes para existir de maneira saudável, logo surgiria a necessidade
de ajuntar pessoas e de pessoas para ajuntar.

Jesus, em seu ministério, passou por todas estas fases também. Todo o
ministério começa com um ministro. Sem ministro, não há ministério. Na
missão de conquistar pessoas para o reino de Deus, o ministério se verá diante
de novos serviços a serem prestados, isto porque aqueles que estão sendo
conquistados hoje precisarão ser enviados amanhã para que haja a
continuidade da grande comissão. Assim, se começamos a pregar o evangelho
de maneira simples em uma casa, surgirão crianças, velhos, meninos,
senhoras, homens e jovens que, no começo, precisarão apenas de leite
espiritual. Mas com o tempo, novas necessidades exigem novos serviços. Os
discípulos se casam, geram filhos, ficam doentes, seus filhos ficam
adolescentes, e as mulheres assumem tarefas domésticas cada vez mais
complexas. O que faz com que a igreja supra estes discípulos com um serviço
para as suas crianças e adolescentes; suprindo reuniões de oração para estas
mulheres; suprindo reuniões especificas para estes jovens; suprindo os
velhinhos com ministérios que os permitam trabalhar para o seu Senhor, mas
agora num ritmo adequado às suas idades. Já não será mais tão simples
discipular. Uma coisa é discipular doze pessoas que estão constantemente
com você, o tempo todo. Com esse número reduzido, surge a intimidade, e
com a intimidade, a liberdade para fazer perguntas, para almoçar junto.
Quando os doze estão juntos, tudo é mais fácil, pois eles se conhecem.
Discipular não é mesmo algo que se faça entre multidões, mas sim no
aconchego de todos os dias. Jesus discipulou com perfeição, mas apenas
doze. Ao terminar seu ministério terreno, Jesus o faz numa ceia, com os doze.
Ali Jesus dá as instruções finais àqueles que iriam continuar a missão. Há
poucos anos surgiu um movimento na história da igreja que quis implementar
como modelo e regra de discipulado este numero de discípulos de Jesus. Foi
intitulado de G12 esse movimento, cujo objetivo era trazer à igreja um
reconhecimento de que muitos não estavam mais sendo discipulados por
causa das multidões que estavam sendo conquistadas. Este movimento
preferiu então fazer com que cada crente fosse um discipulador de doze
pessoas. Essa passou a ser a regra nas igrejas que entravam neste
movimento. Era necessário investir em mais discipulado para que os discípulos
pudessem ser enviados para a missão com muito mais preparo. Muitas igrejas
assim o fizeram. Mas tal regra de numero de discípulos, e uma certa exigência
para que isto acontecesse, parece não ter sido levado em conta que nem todos
QUEREM discipular ninguém. E se o fizerem apenas como um dever ou meta a
ser cumprida, gerarão apenas números, e não discípulos de Cristo. É mesmo
necessário aprender com história. E essa história nos ensina que discipulado
não se faz com tempo pré-determinado; que não é tarefa para todos, embora
todos devam fazer, nem todos QUEREM fazer. A menos que um discipulado
aconteça na vivência diária em uma comunidade de não-salvos (e não num
seminário); em tempo integral e ininterrupto (e não eventualmente); diante de
um discipulador marcado pela unção e pelo caráter irrepreensível; e gerado
pela pedagogia do aprender fazendo e não pelo vendo fazer; então um
discipulado pode levar muitos anos. Por isso, muitos se recusam a enxergar
essa realidade. Não se faz um discipulador em pouco tempo a não ser que seja
nos moldes como Jesus o fez. No ritmo atual das coisas, todos sabem que
nossa realidade tem sido um pouco diferente. Somos pessoas que nos
encontramos apenas alguns dias na semana; que ainda temos os nossos
“barcos de pesca” para cuidar, pois estes ainda não foram renunciados. E entre
barcos de pesca e discipulado, ficam aí enormes vazios de comunhão, de
leitura bíblica, de oração. E isto muitas vezes causados pelo desânimo, pelo
envolvimento com o pecado, pelo esfriamento da fé, pela luta e provação. De
certa forma, o impasse ainda permanece. Precisamos continuar a missão. Esta
não se faz sem a formação de novos discípulos. A urgência da missão não
pode significar uma negligência na formação discipular. A opção pela
excelência no discipulado pode levá-lo a um tempo maior. Aqueles que assim
optarem, podem cair na armadilha de perderem o foco na razão de tudo isso. O
tempo não é bom amigo da visão. É mais fácil esquecer-se de um propósito
quando o tempo de preparo é muito longo. A igreja dos nossos dias precisa
decidir o que fazer com a grande comissão dada por Jesus. Não podemos
fingir que não sabemos que prestaremos contas disso.

A continuidade de um ministério é completamente dependente de novos


discípulos. É preciso conhecer o olhar do Senhor em relação ao nosso
posicionamento ministerial. Isso é possível se meditarmos nas palavras de
Jesus aos seus discípulos quando o assunto era o seu ministério.

JESUS NÃO ADMITIU POSIÇÕES NEUTRAS EM RELAÇÃO AO


MINISTÉRIO.

No começo, os discípulos estavam todos de acordo com Jesus. As


críticas só começaram depois. Ao ser acusado pelos de fariseus de estar
expulsando demônios pelo poder de Belzebu, Jesus deixar fluir de sabedoria
um grande ensinamento sobre um reino, casa ou serviço ministerial com
missão definida. Em Lucas 11:17, Jesus afirma que se um reino ou instituição
qualquer estiver dividida contra si mesma, esta não subsistirá. Disse assim que
não seria coerente que Satanás estivesse expulsando seus próprios
comandados, a menos que ele quisesse destruir o seu próprio reinado.
Dizendo isso Jesus estava denunciando que até mesmo Satanás conseguia
unidade entre os demônios para conseguir atingir os seus propósitos. O
ajuntamento de demônios era possível por causa da missão proposta a eles, e
da consciência de uma certa unidade entre eles para o seu cumprimento.

Diante da guerra espiritual, o ministério que se propuser a combater pelo


reino de Deus, precisa entender que a neutralidade o coloca direto no exército
do inimigo. “Quem comigo não ajunta, espalha.”. Penso que a maior dificuldade
de um ministério que tem mais do que doze discípulos para formar, é encontrar
ajuntadores. Ás vezes parece que o ministério que mais cresce na igreja é o
ministério dos espalhadores. Espalhar tem sido o grande pior hábito a ser
vencido por uma igreja que quer passar de doze discípulos. Geralmente os
doze ajuntam, mas quando passa disso, um espalhador encontra espaço para
brincar com tudo aquilo que foi ajuntado antes. Essa dicotomia do processo
ajunta – espalha tem gerado uma síndrome na alma dos discipuladores: a
síndrome das donas de casa ministeriais. As donas de casa geralmente
reclamam das tarefas de arrumar uma casa não porque não gostem de vê-la
arruma e limpa, mas por causa da característica ingrata de sua missão. É
possível arrumar uma casa agora, e vê-la toda desarrumada alguns minutos
depois. Isto acontece por causa dos espalhadores. São geralmente maridos e
filhos indisciplinados que geram esse desânimo naqueles que arrumam as
suas bagunças. Essa mesma síndrome tem atingido os discipuladores do
nosso tempo. Há poucos dias, diante dos constantes ataques a veículos por
parte do comando das facções criminais na cidade do Rio de Janeiro, José
Mariano Beltrame, secretário de segurança do estado, deu uma entrevista
coletiva muito emblemática. Nela o secretário chamava a atenção para a
necessidade de se saber aonde se queria chegar. Segundo ele, era necessário
que a população do Rio decidisse se queria de fato continuar no propósito de,
ao longo dos meses, acabar com o domínio territorial de traficantes na cidade.
Assim, o comando de tais facções ficaria cada vez menor sem um território
para comandar. Beltrame alertava ali para que a população não caísse na
tentação de ficar gelo ao ir atrás de pivetes que estavam queimando carros sob
ordem de criminosos mais poderosos. Beltrame decidiu não cair nesta
tentação. Ao contrário, decidiu ser um pouco mais radical na tomada de um
território que fosse mais significativo para o crime. Tomou o complexo do
Alemão, região considerada como o quartel general do crime organizado. Os
ataques aos veículos cessaram.

É preciso acabar com o ministério dos espalhadores, pois estes nos


cansam muito, e não geram nenhuma baixa no terreno do inimigo. Assim,
quando estamos espalhando e quando estamos ajuntando?

O MINISTÉRIO DOS ESPALHADORES

Espalhamos quando não aceitamos continuar no mesmo propósito, e


queremos criar uma outra coisa que os discipuladores não nos ensinaram.
Ajuntar é continuar. Espalhar é querer mudar o que encontrou. É preciso aqui
esclarecer o permite tal confusão. Muitas pessoas ingressam num determinado
ministério porque vêem nele uma identificação a princípio, mas posteriormente
se percebem sem alinhamento ministerial com os seus discipuladores. É
preciso ter humildade para perceber o por quê de tal desalinhamento. É
possível que tal pessoa tenha um chamado próprio, para um novo começo
ministerial em outro lugar. Permanecer desalinhado não o fará dar mais fruto. É
preciso apenas coragem para encarar um chamado. E muitos não a têm. O
erro está em querer permanecer num determinado ministério não para
continuá-lo, mas para mudá-lo. Estes não percebem que DEUS NUNCA
ENVIOU NINGUÉM PARA MUDAR MINISTÉRIO DE NINGUÉM. ELE
PREFERIU CRIAR NOVOS MINISTÉRIOS COM NOVOS LÍDERES E NOVA
MISSÃO. Assim, nada que for mudado num ministério será mudado por outro
ministro que não seja aquele que lidera o ministério. Deus não muda
ministérios. Deus levanta novos ministros com seus próprios ministérios. O
Senhor mudou o reinado de Saul, ou levantou um outro através de Davi?
Certamente que chamou um novo ministério através de Davi, sem acabar com
o reinado de Saul. Davi começou algo completamente novo. Foi Israel que o
convidou a ser rei, e isto muito depois da morte da Saul. Deus não mudou o
ministério circunciso de Pedro, embora o tempo dos gentios já houvesse
chegado. Deus levantou Paulo com esse fim. Embora isso não tivesse ficado
claro no começo, ficou bem claro depois que o proposto do Senhor não era
fazer com que Pedro e Paulo trabalhassem juntos, mas que se envolvessem
em ministérios distintos. O orgulho e a vaidade fazem que discípulos se tornem
espalhadores. Como não há neutralidade na vida de um ministério, todo
ministro precisa decidir se está num ministério para continuá-lo ou para mudá-
lo. Continuar e mudar são, nestes casos, ajuntar e espalhar, respectivamente.

Um irmão espalha quando encontra um descontente e não o leva em


direção ao ofensor para pacificar toda a contenda. Quando fico sabendo de um
descontentamento de alguma ovelha com qualquer coisa, eu procuro tal
pessoa. Quando se trata de um descontentamento com o seu pastor, procuro
pedir desculpas e procurar com o irmão uma maneira melhor de continuar.
Quando se trata de ofensas entre irmão, procuro ensinar sobre o perdão, sobre
Mateus 18, sobre o amor, sobre tudo o que é santo e puro. Mas é muito difícil
perceber que se levam meses para consertar uma situação como essas, e
depois ver um espalhador colocar todo esse trabalho em vão com uma só
palavra. Já vi pessoas alimentarem contendas. Quem não ajuntar, estará
espalhando.
Espalhamos quando procuramos questões não para eliminá-las, mas
sim para tomarmos partido. Comportamo-nos como se a palavra não tivesse
dito que não poderíamos fazer nada por partidarismo. “Nada façais por
partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os
outros superiores a si mesmo.” (Fp 2:3 Rev. e Atual.). Quando encontramos
uma questão entre irmãos, a bíblia nos ensina a não tomarmos partidos, e sim
confrontar os irmãos até que estes se entendam. A bíblia proibiu o
partidarismo. Vivemos como se nunca tivéssemos lido que quando alguém
toma partido, está se comportando como os mundanos. “Pois quando alguém
diz: “Eu sou de Paulo”, e outro: “Eu sou de Apolo”, não estão sendo
mundanos?”. Tenho visto, ao longo do crescimento ministerial, muitos
partidários no meio da igreja. Tendo sido cada vez mais difícil ajuntar pessoas.
Partidários pensam ajuntam, mas eles só ajuntam os seus iguais. Partidários
lutam pelo ajuntamento, mas pelo ajuntamento daqueles que pensam iguais a
eles mesmos, e ainda chamam isso de unidade. Os partidários têm um senso
de justiça muito apurado, e lutam pela justiça dos outros, desde que essa luta
não envolva o chamar o inimigo e dar-lhe a outra face e abençoá-lo. Esse tipo
de coisa “boba” chamada cristianismo que todo partidário insiste em fingir que
não conhece. Os partidários amam a unidade, desde que seja a unidade dos
iguais. Mas unidade dos iguais não é unidade, é uniformidade, é
empacotamento e não corpo de Cristo. Corpo de Cristo se caracteriza pela
junção de membros que são diferentes entre si, mas que compreendem a
necessidade de suas diferenças trabalhando juntas para o bom funcionamento
do corpo. Os partidários espalham. Todo irmão ou irmão que se aproveitar de
uma contenda entre irmãos para tomar partido, será sempre um ministro de
espalhamento. Não há ministério que se sustente no propósito com gente
assim. Esse pessoal sempre se esconde em seu senso de justiça apurado, na
exterioridade de uma falsa espiritualidade, enganando os incautos que não
percebem que os ajuntadores aceitam sofrer a injustiça, e não correr atrás da
justiça nesta terra. Os ajuntadores aceitam perdoar sem que seja preciso uma
conversa para esclarecer tudo, isto porque reconhecem que há coisas que
jamais poderão ser plenamente esclarecidas porque a mentira é uma atitude
possível na relação entre as pessoas. O ajuntador aconselha o perdão como
primeira medida. O espalhador tem o perdão como última medida. O
espalhador não sabe conversar sobre a graça, pois todo o espalhador é des-
graçado. Um irmão percebe que não foi bem tratado por determinado
ministério. O ajuntador “carrega” esse irmão ofendido até o seu ofensor e
depois sai. Isto porque sabe que nenhum de nós está insento de praticar
Mateus 18. Todo injustiçado precisa viver isso, e o ajuntador sabe o momento
em que ofendido e ofensor precisam ficar a sós e aprender a ser cristãos. Já o
espalhador gosta é do circo. Carnal como é, o gostoso é ver o circo pegar fogo.
E se o ministério se esvaziar, será a prova de que ele estava certo. Movido
pela loucura do diabo, cego, não vê que quando um ministério diminui ou
acaba, ficamos todos errados e damos a razão para o diabo. Jamais haverá
pessoas com razão diante do Senhor quando tudo estiver errado. Não há
pessoas certas quando tudo está errado. O ajuntador nunca quer ter razão.
Ele prefere estar errado e se arrepender para que fique tudo certo, a ter razão
e ver tudo ficando errado ao seu redor. O ajuntador prefere pedir desculpas
sem estar errado se isto significar ganhar alguém. Isto porque a arte de
conquistar sempre exige humildade. E quem consegue conquistar sem sofrer
injustiças? Quem consegue ajuntar sem receber pedradas? Quem consegue
ajuntar sem choro? Aliás, somente os ajuntadores choram. Os espalhadores
não sabem o que é chorar. Quem sabe o trabalho que é exigido para arrumar,
dificilmente desarruma. Quem conhece as lágrimas necessárias para um
ajuntamento, não conseguirá ser um espalhador.

Que o Senhor envie trabalhadores para a sua ceara, pois esta ainda
está branca para a colheita, e será preciso muita gente para ajuntar o que
muita, mas muita gente mesmo, tem espalhado.

Sérgio Valença, um pastor apaixonado.

Potrebbero piacerti anche