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CIÊNCIA
A ciência segundo Aristóteles, tinha por obejto os princípios e as causas. Santo Tomás d
e aquino, por sua vez, a definiu como 'assimilação da mente dirigida ao conhecimento
da coisa'. Ciência, do latim scire, etimologicamente quer dizer: conhecimento, sa
ber. Aristóteles já a definia: 'é o conhecimento das coisas por sua causas'. Hoje pode
mos dizer que a ciência é forma particular de conhecimentos, frutos do raciocínio e da
observação aperfeiçoada, da razão e da experiência.
A ciência tem como finalidade a busca do conhecimento. Mas, cabe dizer, que quando
a ciência alude acerca do conhecimento, não é qualquer conhecimento, mas apenas o cie
ntifico.
Comumente, ouvimas dizer acerca da existência de duas escolas: a 'escola da vida'
e a vida' e a 'escola acadêmica'. Pois bem, a escola da vida nos ensina o conhecim
eto científico e filosófico.
Ao longo da nossa exitência acumulamos uma série de conhecimento, sendo que esta for
ma de conhecimentos é via de regra vago, incerto, espontâneo, ou seja, sem nenhuma s
istematização. A partir do momento que o conhecimento vulgar é sistematizado surge o c
onhecimento científico. O Prof.º Luiz Antonio Rizzato Nunes, nos ensina que 'O conhe
cimento cinetífico é uma espécie de otimização desse conhecimento do homem. O cientista é u
ser preocupado com a veracidade e a comprovação de seu conhecimento, o que faz com
que construa uma série de enunciados e regras rigorosas, que permitem a descoberta
e a prova desse conhecimento. Enquanto o senso comum é difuso, deso ncretas. As c
iências abstratas abrangem: 1- Matemática; 2- Astronomia; 3- Física; 4- Química; 5- Biol
ogia; 6- Sociologia.
A matemática é a menos complexa, porque se ocupa apenas com as relações de quantidade, e
a mais geral, pois pode ser aplicada a todas as espécies de fenômenos. A sociologia
é a mais complexa, e ao mesmo tempo a menos geral, porque só se aplica à vida social.
Como justificativa do critério utilizado.
As ciências abstratas são as que estudam as leis gerais que regem os fenômenos da natu
reza em todas suas combinações. As concretas, são as que estudam os seres reais, ou se
ja, as referidas combinações que a natureza cria na realidade.
Na classificação proposta por Comte, a ciência do Direito é uma ciência concreta oriunda d
a sociologia. A Sociologia, também denominada por Comte, como Física Social, seria a
Ciência Social Geral, da qual seriam partes, a Ciências do Direito, a Ciência Política,
a Pedagogia, a Economia, etc.
Já AMPERE ? WILHELM DILTHEY, dividiu as ciências em duas partes, utilizando como cri
tério a dicotomia: 1- Ciências Cosmológicas, relativas ao mundo, ou Não-eu; 2- Ciências No
ológicas, relativas ao espírito.
As ciências do espírito, humanas, culturais, cosmológicas, têm por objeto o mundo físico-n
atural, sendo o método de estudo a explicação. As ciências do espírito, humanas, culturais
, ou noológicas, têm por objeto o mundo do pensamento ou das ações humanas, ou seja, é o m
undo da cultura. Cultura é a natureza transformada pelo homem. As ciências do espírito
subjetivo, pó psicológicas, se ocupam do espírito humano no próprio sujeito. As ciências
do espírito objetivo, se ocupam do espírito humano nos objetos ou produtos culturais
propriamente ditas, na medida em que descrevem as ações humanas: históricas, morais,
sociais, inclusive o direito.
ARISTÓTELES dividiu as ciências segundo a atividade humana. Sob o ponto de vista, as
ciências dividem ?se em: 1- Especulativas ou Teóricas; 2- Práticas; 3- Produtivas ou
Poéticas. As ciências especulativas têm como finalidade o conhecimento puro, sem preoc
upação prática, sendo caracterizadas pelo pensar. As ciências praticas têm como finalidade
as ações humanas, traçando regras para o agir corretamente, sendo caracterizadas pelo
agir. As ciências produtivas têm como finalidade os meios necessários para realização de
obras exteriores, seu fim último é a produção de coisas úteis e belas, caracterizando-se p
elo fazer.
Conforme vislumbramos a classificação de Aristóteles baseia-se nos três modos da ativida
de humana: 'saber', 'agir' e 'fazer' .
SPENCER com intuito de refutar a classificação de Augusto Comte, através de novo critéri
o classificou as ciências em: 1- Abstratas; 2- Abstrato ? Concretas; 3- Concretas.
Nesta classificação, a ciência do Direito, elabora não mencionada expressamente, é uma ciê
cia concreta, sendo parte da sociologia.
KARL PEARSON, classificou as ciências em três grupos: 1- Ciências Abstratas; 2- Ciências
concretas Física; 3- Ciências Concretas Biológicas. Nesta classificação, a ciência do Dire
to não foi mencionada, podendo ser classificada com Ciência Concreta Biológica, como p
arte da sociologia.
HERMANN ULRICH KANTOROWICZ, classificou as ciências agrupando as em três ramos; 1- C
iências da Realidade; 2- Ciências do Sentido Objetivo; 3- Ciências dos valores. Nesta
classificação, a ciência do Direito é classificada como espécie das ciências dos Valores.
CARLOS COSSIO, classificou as ciências de acordo com o objeto, em três ramos: 1- Ciênc
ias Formais; 2- Ciências Naturais; 3- Ciências Culturais. Nesta classificação, a ciência d
o Direito é uma ciência Cultural.
WILHELM WINDELBAND, classificou as ciências dividindo-as em dois grupos: 1- Nomotéti
cas, ou de leis; 2- Ideográficas, ou de acontecimentos. As primeiras são as ciências g
eneralizadoras, pesquisam o geral. As segundas são individualizadoras, pesquisam o
especial e o singular. Nesta classificação, a ciência do Direito é uma ciência ideográfica
na medida em que seu objeto é singular, ou seja, a norma jurídica.
HANS KELSEN classificou as ciências em: 1- Explicativas; 2- Normativas. As ciências
explicativas se ocupam do 'ser', ao passo que as ciências normativas se ocupam do
ser 'deve ser'. Nesta classificação, a ciência do Direito é uma ciência normativa, vez que
a norma jurídica é seu objeto de estudo.
A HISTÓRIA DO DIREITO
A JURISPRUDÊNCIA ROMANA:
Na antiguidade Clássica, o direito era um fenômeno de ordem sagrada. Em Roma, foi um
a ocorrência imanente a sua fundação, ato considerado miticamente como decisivo e marc
ante na configuração de sua cultura, por tornar-se uma espécie de projeto a ser aument
ado e engrandecido no tempo e no espaço. Foi esta idéia, transmitida de geração em geração,
por meio da tradição, que delineou sua expansão na forma de um império, único em suas cara
cterísticas em toda a Antiguidade. Assim, o direito, forma cultura sagrada, era o
exercício de uma atividade ética, a prudência, virtude moral do equilíbrio e da ponderação
os atos de julgar.
A jurisprudência romana se desenvolveu numa ordem jurídica que na prática, correspondi
a apenas a um quadro regulativo geral. A legislação restringia-se, por seu lado, tan
to na época da República, quanto na do Direito Pretoriano não era algo completo, uma v
ez que de modo semelhante à eqüidade no Direito Anglo-Saxão, representava apenas uma f
orma supletiva da ordem jurídica vigente: era criado 'adjuvandi vel suplendi vel c
orrigendi juris civilis grattia' (para ajudar ou suprir ou corrigir o Direito Ci
vil).
A influência deste jurisconsultores manifestou-se então sob a forma dos responsa, qu
e, mais tarde, apareciam em uma forma escrita, em termos de uma informação sobre det
erminadas questões jurídicas levadas aos juristas por uma das partes, apresentada no
caso de um conflito diante do tribunal. Os responsa são, por assim dizer, o início
de uma teoria jurídica entre os romanos. A princípio, eles argumentavam pouco, no se
ntido de um desenvolvimento concatenado e lógico de premissas e conclusões, limitand
o-se a apoiar suas decisões pelo fato de serem afirmados por personalidades de rec
onhecido mérito na sociedade romana.
A palavra jurisprudência, uma das expressões usadas pelos romanos, ao lado de discip
lina, scientia, ars, notitia, para designar o saber jurídico - liga-se, neste sent
ido, àquilo que a filosofia grega chamava de fronesis.
Com efeito, a dialética, a arte das contradições, tinha por utilidade o exercício escola
r da palavra, oferecendo um método eficiente de argumentação. Este caráter da dialética, q
ue torna possível confrontar as opiniões e instaurar entre elas um diálogo, correspond
ia a um procedimento crítico. A crítica não era, apensa, uma espécie de dialética, mas uma
das formas, mais importantes, uma espécie da dialética, mas uma das suas formas mai
s importantes, segundo Aristóteles. A crítica não era bem uma ciência com um objeto própri
o, mas uma arte geral, cuja posse podia ser atribuída a qualquer pessoa.
O uso da técnica dialética no desenvolvimento do pensamento prudêncial conduziu os rom
anos a um saber considerado de natureza prática.
Foram criadas possibilidades para que o chamado comportamento desviante também tiv
esse seu lugar, permitindo-se ao acusado uma argumentação com os mesmos valores e re
gras no intuito de neutralizar, simbolicamente, seu próprio comportamento. Assim,
por exemplo, se a escrava fora furtada, mas adquiridade boa fé, neutraliza-se o ca
ráter antijurídico do ato. Ora, este procedimento conduziu à especialização de juízos e tri
unais como estruturas diferenciadas na polis, induzindo a uma valorização e uma refl
exão da própria imagem da sociedade romana que se julga a si mesma através de processo
s jurídicos. Nestes processos, o juiz, que nem é um mágico nem um guarda rituais, torn
a-se alguém que decide e responde por sua decisão enquanto juiz. Para que isto fosse
possível, por sua vez, o direito teria de alcançar, como de fato pouco a pouco alca
nçou, um nível de abstração maior, tornando-se um regulativo abstrato capaz de acolher i
ndagações a respeito de divergentes pretensões jurídicas, ou seja, o direito assumiu de
um programa decisório onde eram formuladas as condições para uma decisão correta.
Quando falamos no pensamento jurídico em Roma, devemos ter em conta suas doutrinas
, enquanto conhecimentos, têm pouco significado em termos da disputa entre teoria
e praxis. Enquanto a prudencia grega, em Aristóteles, por exemplo, era uma promess
a de orientação para a ação no sentido de se descobrir o certo e o justo, a jurisprudência
romana era, antes, uma confirmação, ou seja, um fundamento do certo e do justo. Com
isto, a jurisprudência tornou-se entre os romanos um dos instrumentos mais efetiv
os de preservação da sua comunidade, quer no sentido de um instrumento de autoridade
, quer no sentido de uma integração social ampla. De certo modo, graças à tríade religião/a
toridade/tradição, a jurisprudência efetivamente deu ao direito uma generalização que a fi
losofia prática dos gregos não conseguira. Criou-se a possibilidade de um saber que
era a ampliação da fundação de Roma e que se espalhou por todo o mundo conhecido com um
saber universal, fundado, se não teoricamente, ao menos de fato.
CODIFICAÇÃO DO DIREITO
ASPECTOS GERAIS: A importância do Direito não está apenas em seu conteúdo, nos fatos que
disciplina e nos valores que elege; está também na forma com que se apresenta. Se o
ordenamento antigo, de natureza consuetudinária, possuía o mérito de identificar-se c
om a vida social, os anseios por um Direito mais definido e uniforme levaram os
povos à elaboração de textos amplos, centralizados de sua experiência jurídica.
Para que o Direito não se revele impotente diante dos novos fatos é indispensável que
atualize pelo processo renovado de elaboração de leis. O Direito simplesmente legisl
ado, disperso em numerosos leis, não atende, também, às exigências de segurança jurídica.
CONCEITO DE CÓDIGO: Código é conjunto orgânico e sistemático de normas jurídicas escritas e
relativas a um amplo ramo do Direito. O código reúne, em um só texto, disposições relativa
s a uma ordem de integração. Pode abranger a quase totalidade de um ramo, como é situação,
por exemplo, do código.
As disposições, consideradas individualmente, não possuem sentido e constitui uma teme
ridade a leitura isolada de preceitos, sem o conhecimento prévio do conjunto em qu
e si inserem. Quando fundamenta a sua decisão em dispositivo do código aplica, na re
alidade, não apenas o dispositivo isolado, mas o ordenamento jurídico em vigor.
A elaboração de um código não é tarefa de agrupamento de disposições já existentes em vária
s. Não é um trabalho apenas de natureza prática. Implica sempre a atualizações científicas
o Direito.
A construção de um código pressupõe o conhecimento científico e filosófico do Direito e req
er de técnica e beleza. Se a ciência fornece os princípios modernos, as novas concepções,
a filosofia estabelece as estimativas, o sentido do justo, o critério da segurança.
OS CÓDIGOS ANTIGOS: Na acepção antiga, código era um conjunto amplo de normas jurídicas es
critas. Não era obra de concepção científica, nem artísticas. A sua organização não obedeci
ma conseqüência lógica e normalmente, não passava de simples compilação dos costumes, de co
densação das diferentes regras vigentes. Não se limitava também a disciplinar um ramo do
Direito. Entre as codificações mais antigas que alcançaram projeções, citam-se as seguint
es: Código de Hamurabi, Legislação Mosaica, Leis das XII Tábuas, Código de Manu e o Alcorão
Código de Hamurabi: Considerado, até há alguns anos, a legislação mais antiga do mundo, o
Código de Hamurabi, foi a ordenação que o rei da Mesopotâmia deu ao seu povo, 'na tentat
iva de criar um estado de Direito' e, segundo as palavras de seu próprio idealizad
or, 'para que o forte não oprima o fraco, para fazer justiça ao órfão e à viúva, para procl
mar o Direito do país em Babel...' Além de defender, no plano externo, os interesses
da Babilônia, Hamurabi foi um notável administrador. Consagrando a pena de talião, o
código reunia 282 preceitos, em um conjunto assistemátco e que abrangia uma diversid
ade de assuntos: crimes, matéria patrimonial, família, sucessões, obrigações, salários, nor
as especiais sobre os direitos e deveres de algumas classes profissionais, posse
de escravos.
Escrito em caracteres cuneiformes e gravado em uma Estela de diorito negro de 2,
25m em 1901, em Susa por J. de Morgan e decifrada pelo Padre Vincent Scheil. O s
eu conhecimento completou-se com o estudo de cópias assírias.
Legislação Mosaica: Moisés, que viveu há doze séculos a.C., foi o grande condutor do povo
hebreu: livrou-o da opressão egípica, fundou a sua Religião e estabeleceu o seu Direit
o. A sua importância para os hebreus foi bem situada por Mateo Goldstein. A legisl
ação que o profeta concebeu acha-se reunida no Pentateuco, um dos códigos mais importa
ntes da Antigüidade e que se divide nos seguintes livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Número
s e Deuteronômio. O núcleo desse direito é formado pelo famoso Decálogo, que Moisés teria
recebido de Deus, no Monte Sinai.
Leis das XII Tabuas: Elaborada no século V a.C., a Lex Duodecim Tabularum foi a pr
imeira importante lei romana. Surgiu de uma incansável luta da classe dos plebeus,
que pleiteava a codificação das instituições jurídicas, como forma de se evitar os jus in
certum, e a igualdade de direitos entre as classes sociais. O conhecimentos do D
ireito, anteriormente, era privilegio da classe patrícia. Durante a fase de elabor
ação, um grupo , formado por três observadores, viajou para a Grécia a fim de estudar a
leis de Sólon. Quanto ao resultado prático dessa viagem, prevalece a tese de que, se
trouxe alguma influências à nova legislação. Esta foi um grau mínimo, porque a Lei das XI
I Tábuas expressou bem o espírito do povo romano 'estavam nela, estratificados, o sa
ngue, os nervos e o espírito de Roma'.
Código de Manu: Escrito em sânscrito e elaborado entre o século II a.C. e o século II d.
C., o Código de Manu foi a legislação da Índia, que reunia preceitos não só de ordem jurídi
mas também de natureza religiosa, moral e política. Da premissa de que a humanidade
passa por quatro grandes fases que marcavam uma progressiva decadência moral dos
homens, os idealizadores do Código julgavam a coação e o castigo essenciais para se ev
itar o caos na sociedade. Este código objetivou favorecer a casta brâmane, que era f
ormada pelo sacerdotes, assegurando-lhe o comando social.
Alcorão: Do início do século VII, Alcorão, ou simplesmente Corão, é o livro religioso e jur
co dos mulçumanos. Para os seus seguidores, não foi redigido por Maomé, que não sabia es
crever, mas ditado por Deus ao profeta, através do arcanjo Gabriel. Fundamentalmen
te religioso, apresenta descrições sobre o inferno e o paraíso. O seu conteúdo normativo
revelou-se insuficiente na prática, o que gerou a necessidade de sua complementação a
través de certos recursos lógicos e sociológicos. Com a evolução histórica, o Código foi fi
do cada vez mais distanciado da realidade e revelou a sua incapacidade para rege
r a vida social. A solução lógica seria a reformulação objetiva da legislação, mas tal tare
encontrava um obstáculo intransponível: sendo uma obra de Alá, apenas este poderia ref
ormulá-la. Ainda em vigor em alguns Estados, como Arábia e Irã, Alcorão estabelece sever
as penalidades em relação ao jogo, bebida e roubo, além de situar a mulher como condição i
nferior à do homem.
A ERA DA CODIFIAÇÃO: Em primeiro lugar, a doutrina da divisão dos poderes, desenvolvid
as por Montesquieu e já concebida, na Antiguidade, por Aristóteles, pela qual a comp
etência de ordenar o Direito competia ao Poder Legislativo. Em segundo lugar, o ju
snaturalismo racionalista, dominante nos séculos XVII e XVIII, que considerava o D
ireito um produto da razão, baseando na natureza humana. Com o poder de sua inteli
gência o homem poderia criar padrões da vida social, as normas jurídicas.
Um outro fator importante foi a necessidade de se garantir a unidade política do E
stado. O código, ao promover a unificação do Direito, aumentaria os vínculos sociais e m
orais dentro do território.
OS PRIMEIROS CÓDIGOS:
O Código Civil da Prússia: O primeiro processo codificador, formulado em base cienti
fica foi o código da Prússia, que entrou em vigor em 01/06/1794. A pedido de Frederi
co I, Coccegi elaborou um projeto que denominou por jus naturae privaium, que não
foi aproveitado por seu cunho excessivamente racionalista e o seu alheamento às fo
ntes históricas. Em 1780, Frederico II confiou a realização de um novo estudo a Concil
ler von Carmer. Deu seu trabalho resultou a aprovação do Código, mas a sua elaboração, con
forme observa Giole Solari, contou com a participação de muitos juristas, de especia
listas em Direito Romano Germânico, como também de conhecedores da Doutrina do Direi
to Natural. Caracterizando principalmente por suas concissão e clareza, esse Código
não se limitou apenas aos Direito Privado. As suas fontes forma o Direito e germânic
o e as doutrinas de Wolf.
O Código Napoleão: O Código Civil Francês, que entrou em vigor em 1804, traduziu uma asp
iração nacional. Com a Revolução Francesa e Napoleão Bonaparte no poder, iniciou-se em 180
0, o trabalho de elaboração do código que viria a se considerado o mais importante do
mundo, marco da era da codificação, não apenas por seu significado histórico, mas também p
or seu valor intrínseco. O que os franceses desejavam, haviam conseguido: um direi
to unificado e grande valor cultural. A consciência da importância desse código gerou
a necessidade de protegê-lo contra critérios interpretação que pudesse distorcer o seu e
spírito, quebrar a sua sistemático e aniquilá-lo. A notável conquista não foi útil apenas a
povo, mas à própria classe dos profissionais do direito, que passaria a operar com
normas claras e objetiva. Este Código, ainda se acha em vigor com numerosas alterações
.
Código Civil da Áustria: Influenciado pela doutrina filosófica de Kant, em 1812 surgiu
o Código Civil da Áustria, que teve em Francisco Zeiller o seu principal artífice. Se
guidor das idéias Kantianas, esse jurista combateu as tendências iluministas me Mart
ini, que também participou ativamente na preparação do projeto, juntamente com Hees. O
s costumes germânicos exerceram influencia sobre o Código Austríaco, que possuía uma índol
e individualista e consagrou a igualdade liberdade para todos, independentemente
de religião, nacionalidade e classe social e reconheceu também que todos os homens
possuíam direitos inatos e deveriam ser considerados como pessoas.