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COSTUMES E DIÁLOGOS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL

ORAÇÕES

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 1


COSTUMES E DIÁLOGOS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL

Perante a imensidão de forças antagónicas, o Ser humano,


fraco e indefeso, crente de ter nascido do Amor de Deus e do
Pecado do Homem, procura a misericórdia Divina. Acredita que
Deus lhe traçou um caminho nesta prisão terrena, onde o Bem e o
Mal se confrontam.
O Culto surgiu e as orações fazem parte desse culto, que no
fundo, é trilhar esse caminho traçado por Deus e que o leva á
salvação da Alma, principal objectivo da sua Crença.

As orações transcritas foram recolhidas no Levantamento Cultural


do Concelho de Pombal realizado entre 1983 e 1985, do século XX.

BARROCAS – POMBAL
Rezavam ao almoço, ao jantar e ao despegar o «Bendito». Ao deitar rezavam o
Terço.
Oração da Broa: «Deus te acrescente». Dizia-se isto fazendo uma cruz na
massa com a mão. De seguida a massa ia levedar. Quando se punha a cozer,
após a entrada da broa no forno, fazia-se uma cruz com a pá.
PONTE DE ASSAMAÇA – POMBAL
Oração da Broa: «Assim como Deus Poderoso Era, assim cresça o pão no
forno».
CASEIRINHOS – POMBAL
Quando se punha a broa no forno, fazia-se uma cruz e dizia-se: «Deus te
acrescente».
Todos os dias da Quaresma, as pessoas se reuniam para rezar.

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 2


COSTUMES E DIÁLOGOS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL

ALTO DOS CRESPOS – POMBAL


Oferecimento das obras do dia:
Em conjunto:
«Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, Amén.»
ELA: Graças a Deus, Glória seja o Pai, filho do Espirito Santo
ELE: Como era no princípio, agora e sempre, Ámen
ELA: Meu Deus eu vos agradeço humildemente os benefícios que me tendes feito
com afeto da vossa vontade, vejo este dia e quero empregá-lo unicamente em
servir-vos, consagrando todos, os meus pensamentos, palavras, obras e aplicações,
abençoa-as Senhor para que não haja nada em mim animado do Vosso Amor,
mas seja tudo para que possa haver maior Honra e Glória.
CARVALHAIS – POMBAL
Quinta-Feira das doenças
Se for Sexta, Humanidade
Correu Deus toda a cidade
Com uma vela e Cruz na mão
A Cruz era tão pesada
Que no chão ajoelhava
Ajudai-me aqui Simão
Que esta Cruz é tão pesada
Sim Senhor ajudarei
Mas Vós haveis de a levar
Pela rua da amargura
Pela rua da tristeza
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 3
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Sua Mãe “ascensou”


Bendita, Louvada
Os maus velhos sinais
Que em cima buscais
Quem está além
Entre Jorge além
Com a sua Capelinha amontoada
Pedindo ao menino
Que lhe ensine uma oração
Oração de Peregrino
Quando Deus era menino
Não havia Rei na Terra
Como a Santa Madalena
Cá te trago Madalena
Não me custas a limpar
Que isto são as cinco Chagas de Cristo
Que por mim têm de passar
Uma lançada do lado
Onde o sangue está correndo
São João está atento
Ó meu Mestre, Ó meu Senhor
Aí Jesus Morreu de dor
Já não me posso valer
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 4
COSTUMES E DIÁLOGOS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL

Mas agora venho ver


Onde estás ó «mimento»
«Mimento» desta rua
Onde não bate nem sol nem lua
Quatro almas tirarias
Das penas do Purgatório
A primeira será a sua
A segunda de sua mãe
A terceira de seu Pai
A quarta de quem mais bem quiser
Seus irmãos se os tiverem
Na terra onde foste dada
No seu Reino apresentado
Pedi ao Senhor Divino
Que me assentassem no seu livro
No seu livrinho de rezar
Os seus pés eu quis beijar
Nunca lhe pode chegar
Beijarei a santa pedra
Que a minha alma não se perca
Beijarei a Santa Cruz
Que a minha alma tenha luz
Perdoai-me os meus pecados
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 5
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Para sempre e Ámen Jesus


Partiram as três Marias
Por esse mundo andar
Foram-no achar Roma
Revestiram-no no Altar
Missa Nova quer dizer Missa nova quer cantar
E a Hóstia que é consagrada
Logo foi deitado lá um cravo
E outro na memória
E ia partindo direitinho á Glória
CRESPOS – POMBAL
Com Deus me deito
Com Deus me levanto
Nossa Senhora me cubra
Com o seu Divino Manto
Pela Graça do Divino Espirito Santo
Nesta cama me deito
Sete anjinhos nela achei
Três aos pés, quatro á cabeceira
Nossa Senhora na dianteira
Jesus na minha boca
Jesus no meu peito
Jesus na cama, onde me deito
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 6
COSTUMES E DIÁLOGOS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL

Jesus que eu adoro


A cruz deita comigo
A cruz é Divindade
A cruz deita comigo
Na Santíssima Trindade
Senhora desce do Céu à Terra
Para se deitar entre mim
Para quem quiser a morte
Não se vingue de mim
Senhor do Orto
Foste preso
Foste morto
Perdoaste na Vossa Morte
Tão cruel e tão forte
Perdoa também os meus pecados
Se eles nunca foram confessados
Aos pés do Confessor
Eles confessam a Vós Senhor
Para mim piedade
Adoro onde Ele nasceu
A Hóstia consagrada
A cruz onde ele morreu
Jesus morreu por mim
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 7
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Filho da Virgem Maria


Que me guarde esta noite
E amanhã por todo o dia
Santinho
É o Santinho deste dia
Peça por mim
Ó Deus
Ó Virgem Maria
Pai Nosso e Avé Maria
ALDEIA DOS REDONDOS – POMBAL
Oração da broa, quando se coloca no forno:
«Nossa Senhora te acrescente».
CAVADINHA/VALE DA CAVADINHA – POMBAL
Eu formei minha tenção
Deste A, B, C fazer
Para a vida escrever
A Jesus redenção
Desde o seu nascer
Qual foi o seu viver
Até á morte e paixão

O A quer dizer amado


Deus Virgem Fiel
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 8
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Fostes pombinha sem fel


Pelo eterno destinado
Para salvar Israel
Pelo Anjo Gabriel
Vós foste anunciado

O B quer dizer Belém


Onde o Menino nasceu
Sendo por tanto bem
Foi quem nos defendeu
Mas livramento nos deu
Do pecado de Eva mãe

O C quer dizer caridade


Lá dos magos do oriente
Cada um lhe deu um presente
Que tinha na sua vontade
E adoro-o humildemente
A Jesus Alta Majestade

O D quer dizer danado


Assim se pode chamar
Ao Herodes o rei irado
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 9
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Aquele homem sem par


Mandou meninos matar
Para Jesus não escapar
A seu tirano mandado

O E quer dizer estrada


De Belém para o Egipto
Com José e Jesus Cristo
Fugiu a Virgem Sagrada
Morrendo Herodes maldito
Em Nazaré seu «destrito»
Fizeram sua morada

O F quer dizer ficando


Em Jerusalém ficou
Perdido o menino entrou
Pelo templo doutrinado
Sua Mãe o procurou
Após três dias o achou
Entre Doutores escutando

O H quer dizer hora


Onde foi Jesus Cristo jejuar
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 10
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Quarenta dias lá fora


Para exemplo nos dar
Tem agora jejuar
A Jesus Cristo adora

O I quer dizer «insino» (ensino)


Jesus Cristo ensinava
Velho, moço e menino
…/…/…/
O M quer dizer milagre
Que Jesus Cristo obrava
Por vilas e cidades

O N quer dizer notado


Do profeta Zacarias
Foi de Jerusalém o Messias
De todos bem estimado
Mas durante poucos dias
Para cumprir as profecias
Foi de Judas maltratado

O O quer dizer orou


Orou Jesus no (…)
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 11
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Suando sangue do rosto


Até a terra regou
No fim de estar quase morto
Judas falso o entregou

O P quer dizer prisão


Foi Judas falso
Vendeu a Jesus a rendição
Por 30 dinheiros
Adeus o manso cordeiro
Adeus Homem verdadeiro
Começa a vossa Paixão

O Q quer dizer quem


Quem não nada endurecido
Que chora Jesus ofendido
Lágrimas mais de cem
Foi de Judas escarnecido
E entre guardas metido
Preso por Jerusalém

O R quer dizer rigor


Com que levaram a Anás
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 12
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Com tumulto e rancor


Nessa noite Pedro o faz
E nega Nosso Senhor

O S quer dizer senado


Por onde o menino andou
Preso o povo o levou
Barrabás se soltou
E Jesus entregue ficou
Aqueles ferozes soldados

O T quer dizer traição


Foi Judas falso e zoneiro
Tendo a Jesus tratado
Com riso e mangação
De espinho cravado
E depois foi açoitado
Para nos dar a salvação

O V quer dizer viver


Daqueles ministros sem luz
Tanto fizeram a Jesus
Que o fizeram padecer
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 13
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Com ela foi Jesus


Para no Calvário morrer
O X quer dizer «xurou»
Chorou muito a Virgem pura
Lá na rua da amargura
Quando o seu filho encontrou
Cingido de cordas duras
Do pescoço á cintura
A morte o acompanhou

O Z quer dizer zelador


E Jesus da Cristandade
Foi sofrer com humildade
Na Cruz a ultima dor
Foi ás 3 horas da tarde
Que expirou Nosso Senhor

ORAÇÂO DO PECADOR ADORMECIDO

Ó pecador adormecido
Que andas muito enganado
Não sabes a hora nem quando
Podes morrer em pecado
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 14
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Quando tu mal pensares


Contas a Deus “hás-de” dar
Oh que contas tão rigorosas
Nascidas de toda a vida
Diz lá pecador se tens
Tua alma perdida
Perdeste a tua alma
Foste tu o causador
Fugiste para o pecado
Deixaste Nosso Senhor
Deixaste quem te queria
Quem te podia dar a Glória
Traz-me sempre oh pecador
Este caso na memória
Deitaste na cama branda
Dás descanso ao teu corpo
Já não fazes penitência
Senão depois de morto
Levanta-te oh pecador
Vai fazer a penitência
«Acolá» no Céu não entra
Quem não cumprir a sentença
Ouvirás ler a sentença
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 15
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Dentro do Redentor serás


Bem aventurado se ele
For a teu favor
Oh pecador se lá vires
Naquela fornalha a arder
Por muito que tu lá chores
Ninguém te lá vai valer
Choras e suspiras
Usarás a Lei Divina
A oração está dita
E a esmola por dar
Venha a bendita esmola
Que eu quero aceitar
Para dar a esmola ao pobre
Não é preciso muita riqueza
Basta umas migalhas
Que ficam nas vossas mesas
Quando der a esmola ao pobre
Dai-a bem com devoção
Dos anjos terás o prémio
E de Deus a Salvação
Pela mãe uma Avé Maria
Pelos pais um Pai Nosso
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 16
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Vamos dar contas a Deus


Que este mundo não é nosso
Quem o sabe não diz
Quem o ouve não o aprende
Lá no dia do Juízo
Verá como se arrepende
S. Jerónimo se levantou
Seu sapatinho calçou
Seu caminho andou
Foi espalhar a trovoada
Que anda no mundo armada
Espalhai-a por bem longe
Onde não haja nem eira nem beira
Meu bafo de gente cristã
Nem farrapinhos de lã
Nem ramos de figueira.

Magnificat
Ó Santa Magnifica
Minha alma agradeceu ao Senhor
Meu espírito celebrou muito
Em Deus meu Salvador
Porque obrou em mim
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 17
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Grandes maravilhas
O que é poderoso
É Santo o seu nome
A sua misericórdia
Estendendo-se de geração em geração
Sobre os que o temem
Manifestou o poder do seu braço
Distribuiu os soberbos
Cheios de altivos pensamentos
Do seu coração
Pôs os poderosos
Levou os humildes
Encheu de bens
Os que tinham fome
E os que eram ricos
Deixou-os pobres
Lembrando a sua misericórdia
Recebeu «Isaiel» a seu seio
Assim como tinha prometido
A nossos pais Abraão
E a sua “pastoridade”.

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 18


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LAMEIRINHA – SANTIAGO DE LITÉM

Novena das Almas

1ª oração:
Ó Senhor Meu Jesus Cristo
Eu vos adoro suspendido nessa Cruz
Suportando a coroa de espinhos
Na Vossa Santa Cabeça
Eu vos rogo
Que essa nobilíssima Cruz
Seja o esforço que me livra
Dos Ministros da Vossa Justiça
(Rezar o Pai-Nosso e Avé-Maria)

2ª oração:
Nosso Senhor Meu Jesus Cristo
Eu vos adoro na Cruz
Ferido e chagado onde vos deram a beber
Fel e vinagre
Pela maior amargura dos meus pecados
Eu vos rogo
Que essa preciosa carne

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 19


COSTUMES E DIÁLOGOS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL

Seja o remédio e cura da minha alma


(Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

3ª oração:
Ó Senhor Meu Jesus Cristo
Eu vos adoro pela imensa dor
Que por mim miserável pecador
Sofreste na Cruz
Principalmente na hora em que a Vossa Alma
Nobilíssima saiu do Vosso Bendito Corpo
Eu vos rogo Senhor
Misericórdia da minha alma quando sair
Deste miserável mundo
E eu desejo gozar à Eterna Vida.
(Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

4ª oração:
Nosso Senhor Jesus Cristo
Eu vos Adoro colocado no Sepulcro Invicto
Com mirra e bálsamo
Nas horas incertas eu vos Rogo
Que a Vossa preciosa Morte
Seja a minha ditosa Vida
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 20
COSTUMES E DIÁLOGOS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL

(Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

5ª oração:
Ó Senhor Jesus Cristo
Eu vos adoro (…)
Para livrar as Almas Santas
Esperando a Vossa vinda, eu vos rogo
Que não permitais que a minha alma
Entre nas infernais prisões
(Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

6ª oração:
Oh Senhor Jesus Cristo
Eu vos adoro
Ressuscitando entre os mortos subindo aos Céus
Sentado á direita do Vosso Eterno Pai
Eu vos rogo pelo verdadeiro pecador
De subir à Eterna Glória e ser conduzido
À Vossa Presença
(Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 21


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7ª oração:
Oh Senhor Jesus Cristo
Que és benigno
Conservai os justos em graça
Justificai os pecadores
Compadecei-vos de todos os fiéis
E perdoai esta ou este pecador
(Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

8ª oração:
Oh Senhor Jesus Cristo
Eu vos Adoro, vindo em Juízo
Chamando os justos ao Paraíso
Condenando os pecadores
Eu vos rogo
Que a Vossa Gloriosa Paixão
Nos livre daquelas penas
E por ela nos leveis
A gozar a Vida Eterna
(Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 22


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9ª oração:
Oh Amantíssimo Pai
Eu vos ofereço a inocente morte
Do Vosso Precioso Filho
E o Amor do seu Divino Coração
E por toda a culpa e pena
Do miserável pecador
A mais desgraçada
Entre todas as minhas culpas mereci
E por todos os meus conhecidos
Amigos vivos e falecidos
Eu vos Rogo
Que tenhais misericórdia de nós
(Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

OFERECIMENTO (Para obter a misericórdia de


S. Gregório)
Nosso Senhor Jesus Cristo que admiravelmente revelaste o mistério da Vossa
Santíssima Paixão, ao Vosso Bem-Aventurado Servo S. Gregório, peço que
concedas a mim miserável pecador o alcançar perfeitamente a remissão dos
pecados pelo Vosso Venerável Pontífice, com abundante autoridade apostólica a
que liberadamente concedeu a todos aqueles que verdadeiramente se
arrependessem e meditassem na Vossa Santíssima Paixão. Vós que viveis e
reinais por todos os Séculos e Séculos. Amén. (Rezar Pai-Nosso e Avé-Maria)

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 23


COSTUMES E DIÁLOGOS – ASSOCIAÇÃO CULTURAL

Outra oração invocando S. Gregório:


Ofereço ao Sagrado merecimento da Paixão e Morte do meu Senhor Jesus Cristo
a quem peço, o receba em desconto e expiação das minhas culpas e pecados,
confirmando que S. Gregório e outros Pontífices tem concedido a quem rezar e
teimar veemente no Senhor. Tudo quanto ganhar é á minha vontade. Que Nosso
Senhor aplique o meu serviço para curar do Purgatório a alma «jormaz» da
minha obrigação de Santo serviço, Honra, Glória, Amen.

ORAÇÃO
Oh doce Cordeiro de Deus, miserável pecador como eu sou, vos seguro estas
chagas que tão cruelmente lacerou o Vosso Nome Sagrado, quando levaste a
Vossa pesada Cruz. Esta Cruz, depois de Vos ter arrancado a carne pôs todos
os Vossos ossos a descoberto. Vos fez sentir uma dor mais pungente que as
outras chagas do Vosso Bendito Corpo. Eu amo ó Jesus Aflitíssimo dentro do
meu coração, eu vos Glorifico e dou infinitas graças e por este encarecido
sofrimento que experimentaste insensatamente e que agravava o nome (…) da
Cruz. Suplico-vos com toda a humildade que tenhais compaixão de mim, pobre
pecador e me perdoais os meus pecados e me leveis para o Céu pelo caminho da
Cruz, Amén.

ORAÇÃO DAS CHAGAS


(reza-se segundo a esquemática do Terço)
Oferecimento: Deus Misericordioso para connosco e para com o mundo inteiro.
Deus Forte, Deus Santo, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo
inteiro. Graça e Misericórdia meu Jesus durante o perigo que «preveis cobridos»
com o Vosso preciosíssimo Sangue, Pai Eterno, Misericordioso, pelo Sangue de
Jesus Cristo, Vosso Filho Uno, tende misericórdia de nós, nós vos suplicamos,
Amén.

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 24


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Pai Nosso
Pai Eterno, eu vos ofereço as Chagas do Nosso Senhor Jesus Cristo para curar
as Chagas das nossas Almas.
Avé-Maria
Meu Deus, perdão e misericórdia pelo Mérito das Vossas Santas Chagas.

ORAÇÂO DA BROA (quando se põe no forno)

“Deus te acrescente e te coma boa gente


Nossa Senhora te ponha a sua Divina Virtude
Tanto cresça o pão no forno como as Almas no Paraíso”

ORAÇÃO
Eu vos adoro meu Jesus pela paciência infinita como te deixaste coroar em
espinhos com tal crueldade que vos penetrava os olhos e os ouvidos, penetravam
aquela Sagrada Cabeça e chegam os espinhos até aos olhos enchendo de cor e
sangue todo o seu Santíssimo Corpo. Eu vos Adoro meu Jesus pela paciência
infinita em que levaste a pesada Cruz aos ombros (…) monte do Calvário. Eu
vos Adoro meu Jesus pelo Amor imenso com que te deixaste crucificar no Monte
do Calvário onde deste a vida por nós.

PALMEIRA – SANTIAGO DE LITÉM

Oração da Broa (era dita quando se colocava a broa no forno):


“Deus te salve, Deus te acrescente”
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 25
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CARVALHAL – S. SIMÃO DE LITÉM

Oração da Broa:
Quando se punha a broa a levedar, fazia-se uma cruz e depois, quando se
punha aúltima broa no forno, dizia-se:
“Deus te acrescente, para dar comida a muita gente”

BICA – S. SIMÃO DE LITÉM

Vinte filhos, pais e mães Três vezes


Que Jesus vos valerá
Vamos às missões ouvir as palavras Duas vezes
Ouvir as palavras, que nos salvarão

Era isto cantado quando as pessoas se dirigiam em grupo para as missões,


realizadas em S. Simão de Litém. Acontecia na Sexta-feira da Paixão, Sábado
de Aleluia e Domingo da Ressurreição. Era cantada na Páscoa.

FÉTIL – S. SIMÃO DE LITÉM


Quando surgiu a febre pneumónica, as pessoas da Freguesia organizaram uma
peregrinação pelas Capelas existentes em toda a Freguesia, orando para que a
doença acabasse.

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 26


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PAI NOSSO PEQUENINO

Padre Nosso Pequenino


Quando deus era menino
Tinha achado Paraíso
Quem a deu, quem a daria
Deu a Santa Madalena
Escreveu cartas a David
Vestidinha de Bruel
Para curar as cinco chagas
Ao Rei Emanuel
Emanuel vai-te curar
Eu me quero ir curar
Por causa da Margarida
Margarida minha vida
Foi dormir á ribeirinha
Lá ao pé do S. João
Santa Clara Preciosa
Não tira os olhos do chão
Nem que seja a mais medrosa
Que vai nesta procissão
Se eu estiver á minha porta
Com três horas de serão
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 27
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Vi passar Nossa Senhora


Com um raminho de ouro
Eu pedi um raminho
Ela disse que não
Eu tornei-lhe a pedir
Ela me disse que não
Aceitei o meu perdão
Também lhe dei eu
Lencinho talhado por minha mão
Numa fontela igualzinha
A que leva S. João
Também me levam um
Recado á Senhora da Conceição

NOITE SANTA DE ALEGRIA OU AVÉ MARIA PEQUENINA

Noite Santa, noite Santa


Noite Santa de alegria
Caminhava S. José
Mais a Virgem Maria
Tanto caminhavam
De noite como de dia
Chegando lá para Belém
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 28
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Toda a gente já dizia


Abre as portas portageiro
Que lá vem Virgem Maria
S. José foi buscar lume
Para afastar a fadiga
Quando S. José chegou
Já Jesus era nascido
Vieram os Anjinhos do Céu
Meditarem a nascença
Também veio S. francisco
Rezar uma Avé-Maria
A Avé-Maria rezada
Lá chegou ao Céu
Lá ficou o Pai Eterno
A perguntar pela Mãe de Jesus
A Mãe de Deus lá fica
Desta vez mais feliz

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 29


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ORAÇÃO
“A oração que aqui transcrevo em 07/01/2018 (Sónia
Lopes, natural de Lisboa e residente em Abiul) foi ensinada
pela minha trisavó – Teresa Rodrigues (natural da Aldeia do
Vale), à minha bisavó – Joaquina Rodrigues (natural de
Aroeiras – Vila Cã) que, por sua vez, a ensinou à minha avó
Guilhermina Rodrigues (natural de Aroeiras – Vila Cã, nascida
a 10/12/1925 e falecida no ano de 2003). Esta oração foi-me
ditada pela minha avó no dia 26/12/1997”.

E Jesus, na pena pego, só por nesta obra pôr e Jesus é o autor.


Nasceu Cristo, em Belém, numa triste alpendurada. Ó virgem tão
amargurada, sozinho S. José se viu, logo ali lhe acudiu um preto e uma cigana e
Jesus Nateviana, já os ares abaixaram onde causaram esplendores, onde vieram
os pastores, adorar mar, céu e terra. Tudo ali ajoelhou. A virgem sempre ficou
pura, pelo mesmo nascimento, ficou a salvação segura. Augusto Sacramento,
aqui é que principia o filho da Virgem Maria, pois foi nascido e concebido por
obra e graça do divino Espírito Santo. O Seu poder é tanto que é Senhor do
mundo inteiro, Deus e homem verdadeiro, que se clama pela fé que se derrama,
pela parte da celestria, hóstia divina consagrada. Também vi a escada por onde o
anjo desceu, Senhor mundo ergueu de pecados. Jesus foi batizado lá no rio de
Jordão, seu primo João, lhe pôs e Jesus de Nazaré, homem de caridade e fé. Já
todo o mundo está cheio, também serve de recreio para as almas puras, para
cumprir as escrituras. Agora vamos a ver os martírios que passou e a gente que
Jesus sustentou, com cinco pães e dois peixes. Ao mundo, para que não te
PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 30
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queixes que eu não soube repartir, sustentei cinco mil e ainda me sobrou comida.
É bem que o autor da vida seja o brinco deste banquete. Também se deram doze
ramalhetes, um de lava-pés. Os mandamentos foram dez cruzeiros. Judas, por
trinta dinheiros, vendeu nosso redentor, por ser falso e traidor usou daquela
traição de seu divino mestre, à prisão. Lá em casa de Anás, lhe deram ósculo de
paz, ó que ósculo tão aceso. Logo lhe arrancaram os dentes, amigos e parentes,
tal coisa não podiam ver. E Jesus, por não poder, pediu a S. Simão que lhe
ajude. S. Simão, de boa vontade, lhe ajudou a levar a cruz ao monte. Sofreu
Deus, com paciência a força da violência, se deixou pregar pés e mãos, é bem que
os meus passos vão, quem me causou estes martírios e espinhos na minha cabeça.
É bom que o mundo conheça, o mar em que eu navego, aqui se acha um cego,
sem vista é aqui o frio, aqui é que o mundo viu o seu manso cordeiro, carregado
com um madeiro, de Herodes para Pilatos auxiliando nos atos, quem não achar
criminoso. Lá, na rua da amargura, encontrou a virgem pura, por quem havia
de perguntar por seu amado filho e esposo, peitoral da tirania, outro como Ele
não havia, nem pode haver. O sangue a correr, por cada rua, um rio. Pilatos
lavou as mãos e feito e disse: não quero ser Juiz desta causa, de causa tão
milagrosa ou só na “voga raivoga”, ou mundo que não tens visto o filho de
Deus-Pai, aos sete merecem coroa, à segunda pessoa da Santíssima Trindade.

PAULO ALEXANDRE BAPTISTA DA SILVA 31

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