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COMORIÊNCIA

O fenômeno jurídico da comoriência, está descrito no artigo 11 do Código Civil de 1916, que permaneceu
no novo Código Civil em seu artigo 8°, que assevera:

“Se dois ou mais indivíduos, falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos
comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ao simultaneamente mortos”.

Exemplificando, a comoriência ocorre quando duas ou mais pessoas falecem ao mesmo tempo, ou quando
não possível concluir qual delas faleceu primeiro, motivo pelo qual o direito trata como se elas tivessem
falecido no mesmo instante, uma presunção de morte simultânea.

A comoriência é de peculiar interesse no direito das sucessões, pois dispõe as regras aplicáveis ao destino
do patrimônio dos falecidos, pois falecido o autor da herança, os bens são logo transmitidos aos herdeiros,
daí a importância da verificação correta do momento da morte dos envolvidos, principalmente se há
reciprocidade de herdeiros, pois, se um herdeiro faleceu poucos segundos depois do autor da herança ou
ao mesmo tempo, poderá ele ter herdado ou não os bens.

Assim quando ocorre a comoriência, é transmitido o domínio e a posse da herança no preciso momento
do óbito.

Portanto, quando ocorre a morte de parentes sucessíveis, em mesmos casos, não sendo possível identificar
a precedência, como em acidentes aéreos, incêndios, etc, é orientado o nosso direito pela simultaneidade,
cada falecido deixa a herança à seus sucessores.

No direito romano, havia diferença, pois a ordem da morte se estabelecia pela presunção, como por
exemplo por pais e filhos impúberes, pois entendia-se que estes haviam expirado antes; o contrário no
caso de falecimento junto de pais e filhos púberes. Também no mesmo sistema, o Código Napoleônico,
para seriação do instante do falecimento ocorrida em momentos não distintos.

Porém, nossa lei pátria, que segue o molde germânico, utiliza-se da norma de morte simultânea, quando
não identifica-se a pré ou pós morte de pessoas no mesmo local, ou até mesmo em locais distintos, como
por exemplo uma pessoa que esteja na região Pantaneira e uma outra pessoa que esteja na região da selva
africana.

Quando há interesse de sucessão entre as pessoas, como na situação de serem casados, ou descendente e
ascendente, sendo impossível precisar que sucedeu ao outro, a transmissão dessas heranças, será feita em
favor dos herdeiros habilitados de cada qual. Exemplo: falecendo fulano e beltrano, casados em regime da
comunhão, sem deixar filhos. Então seriam herdeiros recíprocos, se ocorrida morte sucessiva. Porém, se
houve a comoriência, como no caso de falecimento em desastre automóvel, os bens que eram de fulano se
transmitirão aos seus herdeiros colaterais, o mesmo se dando com relação aos bens deixados por beltrano,
mas em favor dos seus próprios parentes.

Na mesma situação de comoriência, se o regime de casamento fosse o da separação, cada um dos mortos,
deixaria aos seus herdeiros colaterais apenas os bens que tivessem como próprios.
No entanto, será diferente, se o direito hereditário dos sucessores decorrer de falecimento de qualquer um
dos comorientes, qualquer que seja a ordem, pois não haverá questionamento quanto ao destinatário da
transmissão dos bens. Vamos pensar em falecimento simultâneo de A, um viúvo e seu filho B, que
deixaram os parentes C (filho do viúvo, A) e D (filho de B). Então o herdeiro D seria contemplado da
mesma maneira, tanto na pré-moriência como na situação inversa. Não haveria hipótese de sucessão
exclusiva por parte de C (que teria direito só à metade da herança), seria irrelevante a constatação de
comoriência , para fins sucessórios.

Mister se faz ressaltar que, para presunção legal de morte simultânea, implica-se dois requisitos, quais
sejam, a “existência de um estado de dúvida sobre quem faleceu antes; e deste questionamento, não
concluiu-se que uma delas haja falecido antes da outra”.

Trata-se de matéria de conteúdo fático, que exige prova judicial . Porém “a comoriência pode ser
afirmada no próprio inventário se há dados de fatos disponíveis e seguros para tanto sem necessidade de
remessa da controvérsia para as vias ordinária”. (ac. Da 2° Turma do STF, de 2.6.81, no Agr. 81.223-7-
MG, rel. Min Décio Meireles de Miranda, RT552/227).

Quando existe a dúvida, prevalece a presunção legal de comoriência, que só é afastada pela prova
inequívoca.

Vale lembra que, sendo assim, em situação de pagamento de seguro, aduz o ilustríssimo Pontes de
Miranda que “ é preciso que o beneficiário exista ao tempo do sinistro. Se falece no mesmo momento que
o contraente do seguro de vida, recebem a prestação os sucessores desse”, portanto em tal caso, a
prestação é devida aos sucessores do contratante do seguro, uma vez que não houve transmissão do
direito do beneficiário.

Nesta esteira a jurisprudência:

“Falecendo no mesmo acidente o segurado e o beneficiário, e inexistindo prova de que a morte não foi
simultânea, não haverá transmissão de direitos entre os dois, sendo inadmissível portanto, o pagamento
do valor do seguro aos sucessores beneficiários”. ( ac. un. Da 6ª Cam. Civil do ITACSP , na ap.
325.164,22-5-84, rel. Ferreira da Cruz, RT 587/121).

Dados do Artigo

Autor: Dra. Ana Flávia Forgioni


Contato franmarta@terra.com.br
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Texto inserido no site em 08.01.2010

Informações Bibliográficas :
Conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas ( ABNT ),
este texto científico publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma
:

Costanze, Bueno Advogados. (COMORIÊNCIA). Bueno e Costanze Advogados,


Guarulhos, 08.01.2010.
Disponível em : <http://(www.buenoecostanze.com.br)

Última Atualização ( 02 de março de 2010 )

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