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Professor: JAILTONDisciplina:HISTÓRIA I
________________________________________No: ______
1ª Série - Turma: ___ - ENSINO
MÉDIOData: ____/____/2011
A Preparação Militar: Praticamente todas as atividades promovidas pelo Estado e pelos espartanos estavam direta ou indiretamente ligados a guerra, o
ambiente era sempre marcado por jogos,exercícios, treinamentos e preparação para os confrontos. Era hábito comum aos soldados abandonar suas mulheres em casa
para almoçarem todos juntos no quartel, reforçando deste modo a união da tropa.
Patriotismo Inflamado: O mais alto valor para um espartano deveria ser Esparta, sua pátria. Abaixo veremos um fragmento de Tirteu que explicita esta questão:
“Nós, corajosamente, combatemos por esta terra, morremos por nossos filhos; não poupamos a nossa vida. Ó jovens combatei unidos uns aos outros e não
temais senão a vergonha da fuga; estimai em vossos corações uma valente e sólida coragem e não vos inquieteis com a vida, na luta contra o inimigo (...)”TIRTEU,
“Eunomia”.Citado por: AQUINO, Rubim. “Op.cit.”. p.188
Heródoto, historiador grego, assim se referiu aos lacedemônios (espartanos): “Assim os lacedemônios não são inferiores a homem algum em combate singular, e
juntos eles são os mais valentes de todos os homens. De fato, sendo livres eles não são livres em tudo; eles tem um déspota — a lei - mais respeitado pelos lacedemônios
que tudo por teus súditos; eles cumprirão com certeza todas as suas ordens, e suas ordens são sempre as mesmas: não fugir do campo de batalha diante de qualquer
número de inimigos, mas permanecer firmes em seus postos e neles vencer ou morrer.”.
O mais alto valor para um espartano era a sua pátria
Xenofobia: Poucos estrangeiros circulavam pela cidade e não eram vistos combons olhos pelos espartanos que receavam a espionagem
Eugenia: Os espartanos tinham uma preocupação obsessiva com o que se entendia ser a “qualidade” de sua raça. A necessidade de se constituir um exército forte
acabaria requerendo um material humano de “primeira linha”, dessa maneira, mantinham um acompanhamento cuidadoso na gravidez de suas mulheres que eram
levadas para fazer exercícios que possibilitassem uma melhor gestação. Ao nascer a criança era avaliada por uma comissão de anciãos que buscava observar se o recém-
nascido apresentava saúde perfeita, caso contrário ocorreria a sua execução (infanticídio).
Educação: Oferecida pelo Estado, a educação espartana era voltada para a preparação dos soldados. Desde muito cedo, aos sete anos de idade, os filhos dos
cidadãos eram entregues aos cuidados do ensino estatal e recebiam o pouco do conhecimento letrado que sua formação lhe dispensaria. Durante a maior parte de seu
tempo, os aprendizes realizariam pesadíssimas cargas de exercícios físicos e diversas ênfase para a necessidade de um bom soldado saber roubar:
‘’(...) Uns penetram nos jardins, outros nos alojamentos dos homens, e devem usar muita destreza e precaução:quem for apanhado é chicoteado sob pretexto
de que não passa de um ladrão preguiçoso e inábil. Eles roubam toda a comida possível e adquirem prática de ludibriar quem dorme ou os guardas preguiçosos. Aquele
que for apanhado, está sujeito a chicotadas e jejuns. (...)’’
As crianças tomam todo o cuidado em não ser apanhadas quando roubam, que uma delas, conforme se conta, depois de roubar uma raposa que tinha enrolado
em seu agasalho, se deixou arrancar o ventre pela fera que lhe cravou os dentes e as garras. “Para não ser descoberta, resistiu até a morte”.PLUTARCO. Citado por:
PINSKY, Jaime. “Op.cit”. p.110
Laconismo: Ao contrário dos atenienses, que desde muito cedo realizavam estudos de retórica e eloquência com objetivo de aprimoramento de seus discursos, os
espartanos caracterizavam-se pelo hábito de falar pouco, ou somente o indispensável. Compreendemos que a redução da oratória nesta cidade provoca um controle da
capacidade crítica entre os espartanos e, com isso, debates e questionamentos não seriam comuns no cotidiano de Esparta. Este laconismo contribuiria muito para o
conservadorismo político e institucional.
Kríptias: Consistia numa matança ou espécie de policiamento periódico de hilotas. Já mencionamos aqui o medo presente entre os espartanos de uma grande
rebelião deste segmento social, neste sentido, seria de suma importância controlar o seu crescimento populacional eliminado de tempos em tempos uma parcela de
hilotas. As kríptias também teriam uma grande importância na formação dos soldados, já que através delas, os jovens aprendizes poderiam viver a experiência de matar
homens, necessidade constante de qualquer sociedade belicosa.
Segundo Moses Finley, as Kriptias eram “inicialmente um ritual de iniciação na idade de dezoito anos, depois tornou-se racionalizado, isto é,
reinstitucionalizado, ao ser vinculado a uma nova função de polícia atribuída a um corpo de elite de jovens. Significativamente, o policiamento de Hilotas era uma de
suas obrigações.”.
A Mulher Espartana: No mundo antigo, de um modo geral, as mulheres eram percebidas como inferiores aos homens,permanecendo sujeitas a sua vontade do
nascimento até a morte. Em Esparta, especificamente, o gênero feminino apresentava pequenas regalias em relação ao restante da Grécia. Por ser responsável pela
procriação – fornecimento de novos soldados, portanto -, a mulher de um cidadão era tratado com certos cuidados, praticando inúmeros exercícios físicos e recebendo o
acompanhamento adequado.Sobre a mulher espartana, leia o texto abaixo, do Historiador e pensador grego Plutarco:
“Considerava a educação a incumbência mais importante e mais bela do legislador; por isso dela cuidou desde as
QUESTÕES
1) (UEl) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmativas a seguir.
I. Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contêm características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se
revelaram importantes para o surgimento da filosofia.
II. O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são
compreendidos como perfeitos.
III. A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da
cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico.
IV. O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação queos gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria esta
desvinculada de qualquer base religiosa.
2) (UEL-)“Zeus ocupa o trono do universo. Agora o mundo está ordenado. Os deuses disputaram entre si, alguns triunfaram. Tudo o que havia de ruim no céu etéreo foi
expulso, ou para a prisão do Tártaro ou para a Terra, entre os mortais. E os homens, o que acontece com eles? Quem são eles?” (VERNANT, Jean-Pierre. O universo, os
deuses, os homens. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. p. 56.)
O texto acima é parte de uma narrativa mítica. Considerando que o mito pode ser uma forma de conhecimento, assinale a alternativa correta.
b) O conhecimento mítico segue um rigoroso procedimento lógico-analítico para estabelecer suas verdades.
d) O mito busca explicações definitivas acerca do homem e do mundo, e sua verdade independe de provas.
e) A verdade do mito obedece a regras universais do pensamento racional, tais como a lei de não-contradição.
4 O filme 300, que fez grande sucesso nos cinemas de todo o mundo em 2007, tematiza uma das batalhas mais importantes das Guerras Médicas. Tal evento pode ser
caracterizado como um conflito que:
A - foi causado pelo processo de expansão territorial do império persa, que ambicionava expandir seus domínios sobre os gregos.
B - enfraqueceu as cidades-Estado gregas e persas, facilitando o domínio macedônico sobre a região.
C - culminou no domínio dos gregos sobre os persas e no florescimento cultural de Esparta.
D - marcou o processo de unificação entre medas e persas, garantindo a sua supremacia econômica na região da Mesopotâmia.
6. Os espartanos se utilizaram o laconismo e da xenofobia para reforçar o status quo e evitar mudanças
preservando:
a) Formou-se a partir de um governo conservador e assumiu um sistema político democrático, com a participação de todos os cidadãos.
b) Organizou-se na forma de governo oligárquico, cujo objetivo principal era preservar os interesses da aristocracia.
c) Transitou de um governo monárquico para o regime de tirania, o que proporcionou uma política de equilíbrio entre as camadas sociais.
d) Assumiu a forma republicana de governo, sem possibilidade de ascensão dos grupos sociais.
e) Caracterizou-se por um governo autocrático, no qual o grupo dirigente reunia poderes temporais e espirituais.