Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
20 DE NOVEMBRO DE 2017
EPIDEMIOLOGIA
Internações 39.889
Gasto total R$ 11.562.892,57
Mortalidade 12,6 por 100 mil habitantes
EPIDEMIOLOGIA
Relativo à etiologia:
Etilogia Casos
Alcoólica 38,5%
Por Hepatite C 29,0%
Por Hepatite C e álcool 8,4%
Por Hepatite B 6,4%
Nas mulheres a infecção crônica pelo vírus da hepatite C foi a mais prevalente (33,7%), enquanto nos
homens a etiologia alcoólica foi a predominante (43,7%)(Alves et al,2013).
EPIDEMIOLOGIA
No Brasil, o número de óbitos por cirrose devido o uso de álcool foi de 10.707 em 1990 e em 2015 foi de 18.923
Gráficos comparativos de óbitos por cirrose devido ao uso de álcool em 2015 e 1990. Observa-se também deslocamento do
ápice de mortalidade de 40-44 anos em 1990 para 50-54 em 2015
EPIDEMIOLOGIA – PREVALÊNCIA (2008)
Prevalência de cirrose por hepatite C segundo faixa Prevalência de cirrose por hepatite B segundo faixa etária e sexo por
etária e sexo por 100 mil habitantes 100 mil habitantes
Carvalho et al,2014
Carvalho et al,2014
Percebe-se uma diferença acentuada entre a prevalência de cirrose por álcool no sexo
masculino e feminino. Com uma razão homem/mulher de 7,4.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO FÍGADO
PONTOS IMPORTANTES:
Centro metabólico do organismo (aminoácidos, lipídios, carboidratos, proteínas e substâncias tóxicas);
Lóbulo Hepático: unidade microarquitetural;
Capilares Sinusóides: onde é realizada a “troca metabólica”;
Hepatócitos:
• Remoção de amônia do sangue;
• Detoxicação da maioria de drogas e toxinas;
• Síntese de fatores da coagulação, albumina, ácidos biliares e colesterol;
• Glicogênese, Lipogênese e Gliconeogênese.
Células estrelares: participam dos processos de fibrose portal; Fonte da imagem: https://sportlife.com.br/gordura-figado-
emagrecimento/
Células de Kupffer (macrófagos nos capilares sinusóides) e células endoteliais.
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO FÍGADO
OUTRAS CARACTERÍSTICAS:
3. Formação de interconexões anormais entre canais vasculares de influxo e os de efluxo pela veia hepática;
Sangue venoso portal e sangue arterial desviam-se parcialmente da massa funcional de hepatócitos.
Hematocromatose
genética:
Colestase crônica:
doença autossômica Doença hepática
Hepatite autoimune: algumas doenças, como
recessiva, rara, que gordurosa não alcoólica:
doença hepática crônica que cirrose biliar primária e
compromete a homeostase definida pela presença no
envolve intolerância imune colangite esclerosante
do ferro, resultando em altos fígado de esteatose com ou
aos antígenos hepáticos primária, estão associadas ao
níveis sistêmicos do metal. O sem infiltrado inflamatório
teciduais, com progressão desenvolvimento de cirrose e
acúmulo acontece em lobular em indivíduos com
para cirrose acontecendo na hipertensão porta por
diversos órgãos, e quando se consumo de álcool
maioria dos casos. destruição progressiva de
dá no fígado provoca estresse considerado normal.
ductos biliares.
oxidativo, lesão tecidual,
fibrose e cirrose.
PATOGENIA
Matriz extracelular
(ME): arranjo de Lesão hepática O colágeno
macromoléculas composta crônica: mudanças (especialmente os tipos I e
por colágenos de diversos qualitativas e quantitativas III) aumenta cerca de 3 a 10
tipos, proteoglicanos e nos componentes da ME. vezes mais.
outras glicoproteínas.
O resultado desse processo é a substituição da ME normal (de baixa densidade) por ME de alta densidade, comprometendo
diretamente a função do hepatócito, o que explica as disfunções de síntese e do metabolismo vistas na fibrose avançada ou
cirrose.
Surgimento de faixas
Colágenos tipo I e III colágeno subendotelial que
O endotélio sinusoidal
depositados em várias dividem o parênquima,
com criação largas pontes perde suas fenestrações
partes do fígado
no trato portal
PATOGENIA
A diminuição das
fenestrações das células
Miofibroblastos A ME de alta densidade sinusoides leva à
Remodelação da ME que
preexistentes nos tratos também ativa as células capilarização subendotelial,
está prejudicada, mantendo
portais são a principal fonte estreladas, acelerando o resultando em
a progressão da fibrose
de fibrose. processo de fibrose. comprometimento da troca
de solutos dos sinusoides
para os hepatócitos.
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Classificação morfológica
Micronodular Nódulos menores que 0,3 cm;
Macronodular Nódulos maiores que 1 cm;
Mista Nódulos grandes e pequenos encontrados no tecido hepático.
Fonte: https://library.med.utah.edu/WebPath/LIVEHTML
Aspectos microscópicos
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Nódulos de dissecação
Contém remanescentes de tratos portais e veias centrais;
São separados por máculas (ou cicatrizes) largas, mas com septos fibrosos finos;
Contêm sinusoides dilatados,
Os tratos portais podem ser hipoplásicos contendo veia portal e arteríola, mas nenhum ducto biliar – “síndrome
do ducto desaparecido”;
Dentro de cicatrizes largas podem se desenvolver nódulos regenerativos.
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
Aspectos microscópicos
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Nódulos regenerativos
Ocorrem na cirrose micro e macronodular;
Surgem no meio de cicatrizes;
São nódulos redondos com uma pseudocápsula fibrosa
com ductos biliares devido à obstrução do fluxo biliar;
Possuem "geminação de placas de células".
Os núcleos estão alinhados no polo sinusoidal das placas.
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
Geralmente mostram colestase focal.
Podem sofrer alterações displásicas e malignas.
Comprimem os vasos da cápsula contribuindo para a
perpetuação da cirrose.
Fonte: https://library.med.utah.edu/WebPath/LIVEHTML/LIVER063.html
Aspectos microscópicos
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Septos Fibrosos
Foram chamados de "membranas fibro-vasculares“;
São basicamente tecidos de granulação mais ou menos
ativos de acordo com o grau de edema, capilarização,
infiltração de células inflamatórias e fibrose.
Refletem a atividade do processo cirrótico.
Tipos:
Passivos – contém faixas finas de tecido conjuntivo
com poucas células inflamatórias crônicas e
demarcação acentuada com tecido hepático
parenquimatoso;
Ativos – contém bandas grossas de tecido conjuntivo
com edema, muitas células inflamatórias crônicas e
demarcação irregular com tecido hepático
parenquimatoso.
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Evolução da Cirrose – ESTÁGIOS
Cirrose Septal Incompleta
Septos muito delgados irradiando dos campos
ampliados em direção ao centro do lóbulo.
Vasos eferentes distendidos ao redor do septo.
Produz apenas hipertensão portal e nenhuma
insuficiência hepática.
O prognóstico é muito bom se a hipertensão portal
for controlada.
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Evolução da Cirrose – ESTÁGIOS
Cirrose Precoce
Septos fibrosos finos com nódulos de dissecação;
Não há nódulos regenerativos;
Presença de múltiplos vasos eferentes.
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Evolução da Cirrose – ESTÁGIOS
Cirrose Moderada
Fibrose de pontes grossas;
Presença de nódulos de dissecação.
Cirrose Avançada
Amplas cicatrizes contendo aglomerados de
hepatócitos regenerativos;
Largas cicatrizes podem conter grandes campos
portais reconhecíveis com uma mancha para fibras
elásticas.
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Evolução da Cirrose – COMPLICAÇÕES
Ascites
Varizes (esofágicas, hemorroidais)
Trombose da veia portal
Hemorragias digestivas
Icterícia
Encefalopatia hepática
Comprometimento da coagulação
Anemia
Infecções
Infarto dos nódulos
Fonte: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm
Progresso maligno nos nódulos (carcinoma hepatocelular)
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Evolução da Cirrose – COMPLICAÇÕES
Doença de Deficiência de
Hemocromatose
Wilson α-1-anti-tripsina
Cirrose hepática alcoólica:
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Macroscopicamente: Fígado aumentado, duro (fibrose), com grande quantidade de micronódulos amarelados, e envolto por
traves fibrosas. Gradualmente, o órgão diminui, nódulos aumentam (macronódulos) e se tornam avermelhados com
fibrose mais pronunciada.
Microscopicamente: Formação de septos de tecido conjuntivo envolvendo nódulos de hepatócitos. Possível presença de
lesões da hepatite alcoólica.
Fontes: http://www.pathology.com.br/cirrosecompl.htm
Cirrose pós-necrótica:
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Geralmente é macronodular ou mista;
Macroscopicamente: fígado avermelhado, mais firme do que o normal, e nódulos grandes;
Microscopicamente: sinais da hepatite causadora geralmente observados (necrose peri-portal e infiltrado inflamatório), e
fibrose. Hepatócitos com aspecto de vidro polido (associados à infecção pelo vírus B);
Fonte: http://www.pathology.com.br/cirrosecompl.htm
Cirrose biliar:
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Habitualmente micronodular;
Macroscopicamente: intensamente verde em função da estase biliar
Microscopicamente:
CB primária - aparecimento de granulomas e agregados linfoides, redução ou desaparecimento dos ductos biliares,
acentuada colestase.
CB secundária - além da colestase, proliferação de ductos biliares.
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Acúmulo de hemossiderina, principalmente, nos hepatócitos;
Habitualmente micronodular;
Fígado com cor marrom;
Primária ou secundária;
Leva à pigmentação de bronze da pele, diabetes mellitus e arritmias cardíacas;
Hemossiderose – termo benigno.
Fonte: https://library.med.utah.edu/WebPath/LIVEHTML
Doença de Wilson:
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Habitualmente micronodular;
Acúmulo de cobre nos hepatócitos;
Vacuolização dos seus núcleos;
Esteatose;
Ocasionalmente, presença de corpúsculos de Mallory.
Fonte: https://www.thinglink.com/scene/636894115023290368
http://www.hepcentro.com.br/wilson.htm
Deficiência de α-1-anti-tripsina:
ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Macronodular, micronodular ou mista;
Microscopicamente:
Presença de grânulos ou glóbulos PAS positivos, resistentes à ação da diástase (não são constituídos por glicogênio).
http://www.pathology.com.br/cirrosecompl.htm
Fonte: https://www.thinglink.com/scene/860610139009318914
DIAGNÓSTICO
1. Avaliação
clínica
2. Testes
laboratoriais
gerais
3. Medições
por imagem
Fonte: https://www.medicinenet.com/cirrhosis/article.htm
4. Biópsia
Hepática
DIAGNÓSTICO
1. Avaliação clínica:
• História clínica:
Fatores de risco
Observação de ocorrência de sintomas indicativos
• Exame físico:
Exames Descrição
Ultrassonografia abdominal Fígado heterogêneo, diminuído e sinais de hipertensão porta (ascite, VP
e/ou VE aumentadas)
TC/RMI Úteis principalmente na avaliação diagnóstica de HCC
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Dieta hipossódica;
Dieta rica em fibras e equilibrada em proteínas;
Suplementação vitamínica;
Supressão do consumo de álcool;
Controle do balanço hídrico;
Perda de peso;
Prática regular de exercícios físicos.
Disponível em: http://espacorafah.com.br/como-iniciar-a-pratica-de-exercicios-
fisicos-de-forma-segura/
TRATAMENTO
MEDICAÇÃO
Diuréticos;
β-bloqueadores não seletivos;
Antimicrobianos;
Antivirais;
Laxantes (lactulose);
Redutores de amônia;
Disponível em: <http://teche.ltc.mq.edu.au/engaging-first-year-students-
Hormônio sintético. research-example-netherlands/>
TRATAMENTO
PROCEDIMENTOS MÉDICOS
Endoscopia terapêutica;
Paracentese abdominal.
TÉCNICA DE TIPS. VIR CHICAGO, 2016
TRATAMENTO
ABORDAGEM CLÍNICA
Esse paciente abusa do álcool e apresenta manifestações de doença hepática terminal (cirrose). Como foi visto, a
cirrose resulta em formação de cicatrizes fibróticas graves no fígado, diminuindo o fluxo sanguíneo do órgão. O
resultado é hipertensão no sistema venoso porta, com fluxo venoso colateral, como na superfície do abdome e no
esôfago. O baço está frequentemente aumentado, e ascite, líquido no interior da cavidade peritoneal, é decorrente da
insuficiência hepática. O paciente pode morrer como resultado de hemorragia das varizes esofágicas ou peritonite
bacteriana do líquido ascítico. Insuficiência hepática acentuada é outra complicação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Juliana Ribeiro de et al. Método para estimação de prevalência de hepatites B e C crônicas e cirrose hepática - Brasil, 2008. Epidemiologia e Serviços de
Saúde, [s.l.], v. 23, n. 4, p.691-700, dez. 2014. Instituto Evandro Chagas. http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742014000400011.
MELO, Ana Paula Souto et al. Mortalidade por cirrose, câncer hepático e transtornos devidos ao uso de álcool: Carga Global de Doenças no Brasil, 1990 e 2015. Revista
Brasileira de Epidemiologia, [s.l.], v. 20, n. 1, p.61-74, maio 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1980-5497201700050006.
ALVES, Coralie Sandrine. PERFIL CLÍNlCO-EPIDEMIOLÓGICO DA CIRROSE HEPÁTICA. 2013. 40 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Medicina, Instituto de
Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto, Portugal, 2013.
TOY, Eugene C. et al. Casos Clínicos em Anatomia: Tradução da 3ª edição. 3ª. ed. Porto Alegre: Lange, 2016. 402 p.
Hepcentro. Cirrose Hepática. Disponível em http://www.hepcentro.com.br/cirrose.htm Acesso em 6 de novembro de 2017
Universidade Estadual de Campinas. Cirrose Hepática. Disponível em: <https://www.gastrocentro.unicamp.br/endo/gc_old/html/varbleed.htm> Acesso em 7 de novembro de
2017
The New England Journal of Medicine. Treatment of Patients with Cirrhosis. Disponível em: <http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMra1504367> Acesso em 7 de novembro
de 2017
Hospital Israelita Albert Einstein. Doenças Hepáticas. Disponível em: < https://www.einstein.br/ensino/pos_graduacao/doencas_hepaticas_sp> Acesso em 7 de novembro de
2017.
MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para Clínica. 7ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
VARELLA, Drauzio. Cirrose. 2011. Disponível em: <https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/cirrose/>. Acesso em: 06 nov. 2017.
Cirrose Hepática, sintomas e como prevenir-se. 2015. Disponível em: <http://bomjardimnoticia.com/2015/01/06/cirrose-hepatica-sintomas-e-como-prevenir-se/>. Acesso
em: 06 nov. 2017.
Cirrose Hepática. Disponível em:<http://www.pathology.com.br/cirrosecompl.htm>. Acesso em 18/11/2016.
KUMAR, Vinay. Patologia Básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Hepatic Pathology. Disponível em: https://library.med.utah.edu/WebPath/LIVEHTML/LIVERIDX.html#2. Acesso em 8 de novembro de 2017.
Liver Cirrhosis. Disponível em: http://www.meddean.luc.edu/lumen/meded/orfpath/cirhosis.htm. Acesso em: 8 de novembro de 2017.