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Resumo
A Inspeção não Intrusiva, INI, é uma metodologia nova, aceita recentemente no Brasil, que requer
uma análise prévia detalhada da condição e de predição dos danos de um vaso de modo a atender
aos fluxogramas decisórios de aceitação e planejamento da NBR-16455. O artigo incorpora
estratégias para esta análise trazendo exemplos de situações encontradas em uma unidade de óleo e
gás.
Abstract
Non-Intrusive Inspection, NII, is a new methodology, recently accepted in Brazil, which requires a
detailed preliminary analysis of the condition and prediction of vessel´s damages, to comply with
NII's decision-making flowcharts in accordance with NBR-16455. This article incorporates
strategies for this analysis by bringing examples of situations encountered in oil and gas units.
1. Introdução
visual interna o método mais dinâmico e flexível para detecção de danos, uma vez que promove
uma varredura global da condição dos componentes do vaso em busca de anomalias. Segundo o
API 510:
“Uma inspeção interna é realizada dentro do equipamento e deve fornecer uma
verificação completa das superfícies submetidas a pressão interna em busca de
danos.(...) Um dos principais objetivos da inspeção interna é encontrar danos que não
possam ser encontrados pelo monitoramento regular da vida residual. Técnicas
específicas de Ensaios Não Destrutivos (por exemplo: teste de partículas magnéticas,
exame de correntes parasitas, Líquido Penetrante, etc.) podem ser exigidos para
encontrar danos específicos no equipamento” (API 510, 2018, p. 23, tradução nossa).
Regulamentada pela NR-13, a inspeção visual interna é obrigatória, sendo que deve ser
realizada atendendo, no mínimo, aos intervalos especificados nesta Norma, os quais dependem da
consequência atrelada à falha do equipamento (categoria do equipamento). Entretanto, como regra
geral, inspeções internas demandam uma série de atividades, que podem acarretar situações não
seguras, caso realizadas de modo incorreto.
Diante destas questões, em 2004 foi criada uma joint venture entre grandes empresas de
produção de óleo, inspeção e fabricação de equipamentos, chamada HOIS, que tinha como objetivo
a implementação de métodos de inspeção não intrusivos, ou seja, que não requeressem a entrada em
equipamentos para realização de inspeções com grau de eficiência equivalente às inspeções usuais.
Esta joint venture resultou na elaboração, junto à DNV, de um guia, com formato de prática
recomendada, para normatização e padronização do planejamento da Inspeção Não Intrusiva (INI),
a DNVGL-RP-G103. Conforme o descritivo da norma: “Esta prática recomendada destina-se a
reunir todos os três documentos sob uma única capa, e fornecer uma abordagem consistente e lógica
em todas as fases do processo de inspeção não-intrusiva” (DNVGL-RP-G103, 2017, p. 7, tradução
nossa). Nesta mesma abordagem, em 2016 foi elaborada a NBR-16455, com base na prática
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2. Análise da Metodologia
Os dados levantados no item 2.1.1. são teóricos e foram utilizados como base para definição
de materiais, espessuras e vida do equipamento. Na prática, entretanto, estes dados variam dentro de
um limite controlado, em um regime normal de operação, ou fora deste limite no caso de
descontroles de processo. O modo de garantir e verificar o atendimento aos parâmetros de projeto é
através do monitoramento de:
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Dados de instrumentos, tais como temperatura, pressão, vazão, nível, etc, que deverão ser
analisados e tratados para garantia de que sejam utilizados somente dados confiáveis.
Dados de Amostragem tal como teor de contaminantes, pH, residual de químicos, etc.
Dados de monitoramento de corrosão, tal como cupons, consumo de anodo, etc.
Dados fora do regime normal de operação deverão ser verificados, uma vez que não foram
levados em consideração na escolha do material, cálculos de espessura e/ou cálculo de vida do
equipamento aumentando o risco de falha de integridade do equipamento.
Conforme descrito anteriormente, uma unidade deve trabalhar dentro de uma faixa
operacional, que é controlada através da Camada de Sistemas de Controle da Unidade, se
automática, e dentro de Procedimentos Operacionais, quando manual. É a camada de operação
cotidiana da planta, onde são realizadas manobras pelos operadores para controle do processo.
Sendo assim, uma oscilação dentro dela é totalmente controlada, foi considerada dentro do projeto
do equipamento e não induz riscos a integridade do equipamento.
Fora destas faixas, em um nível não muito superior, há a camada de Sistema de Alarme da
unidade, que mesmo dentro de uma faixa considerada no projeto, não induzindo riscos à integridade
do equipamento, não devendo ser longo o período de exposição ao transiente, pois indica um
descontrole operacional. Esta camada, quando existe, aumenta a confiabilidade do sistema,
diminuindo o risco atrelado a um incidente.
A camada mais acima, quando existe, acarreta na parada da planta, e é chamada de Camada
de Segurança, atuando no intertravamento do sistema ou unidade. Esta camada é representada na
matriz causa efeito e é geralmente o último nível aceitável do parâmetro de acordo com o projeto.
Esta camada, também, quando existe, diminui o risco atrelado a um incidente.
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um bocal conectado diretamente a bomba, cuja trinca tenha se formado devido à vibração desta,
teria como mecanismo de dano: fadiga cíclica. Entretanto, caso seja alterado de posição, não
estando mais conectado a bomba, terá como mecanismo de dano o crescimento desta trinca devido a
carga estática em presença de algum contaminante, alterando a análise do equipamento.
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2.3. Elegibilidade
Como pode ser verificado, a partir das análises previamente realizadas, as respostas
aos questionamentos dos fluxogramas de elegibilidade são consequências diretas.
Com base no POD requerido é possível verificar, quais os ensaios possuem POD aceitável
para cada tipo de mecanismo de dano e componente a ser inspecionado conforme fluxogramas.
Entretanto os fluxogramas não levam em consideração todas as nuances relativas aos
detalhes dos ensaios, por exemplo, TOFD não é adequado em inox, item não levado em
consideração na norma. Como exemplo podemos verificar as nuâncias do ensaio de Phased Array
em inox.
O ensaio de Phased Array é realizado através de indução de feixes sonicos através de
transdutores, que devem ser regulados a partir do material e espessura do item a ser inspecionado.
Esta regulagem passa pela escolha da velocidade do material, frequência e tipo da onda, isto para
permitir uma focalização otimizada do feixe, de modo a reduzir atenuações e distorções das ondas
pelo material. Esta regulagem é realizada através de ensaios em corpos de prova, conforme figura
abaixo, que devem retratar de modo mais próximo possível a condição que será inspecionada:
Figura 4. Foto de um corpo de prova utilizado em ensaio realizado pela BRITO&KERCHE para qualificar o método
Figura 5. Registro da Inspeção de um Corpo de Prova em ensaio realizado pela BRITO&KERCHE para qualificar o
método
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A partir destes ensaios deverão ser obtidas as tolerâncias inerentes à detecção dos defeitos.
Estes desvios devem ser considerados dentro das tolerâncias de projeto de acordo com o ASME
VIII ou, em casos críticos, uma análise prévia de defeitos pontuais aceitáveis pelo API 579.
3. Análise de Caso
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4. Conclusão
5. Referências
API 510. Pressure Vessel Inspection Code: In-service Inspection, Rating, Repair, and Alteration.
Ed 3, Março, 2018.
API 571. Damage Mechanisms Affecting Fixed Equipment in the Refining Industry. Ed 2, Abril,
2011.
API 581. Risk-based Inspection Methodology. Ed 3, Abril, 2016.
DNVGL-RP-G103 Non-Intrusive Inspection. Ed. Maio 2017.
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