11 Cultura Española. 08-1908, N.º 11

CULTÜRfl
ESPnÑOLfl
REVISTA TRinESTRflL
(Antes REVISTA tiE nRflOON)
MISTÓRin.-SeccIón dirigida por R. Altamira y E.

Ibarra Rodríguez. • « « • « « • • • « •
LITERflTURn nObERNA.-Sección dirigida por E.
G ó m e z de Baquero y R. b . P e r e s . « •
PlLOLOQln É m S T O R i n U T E R n R i n . - S c c c l ó n di-
rigida por R. A e n é n d e z PIdal. « • « •
A R T E . — S e c c i ó n dirigida p o r V. Lampérez y E. Tor-
mo y A o n z ó . • • « • « « • • « « • « «
F I L O S O F Í A . - S e c c i ó n dirigida por A. G ó m e z Iz-
quierdo y n. Asín y P a l a c i o s , m « • « •
VARIA.—Cuestiones Internacionales, p o r G. Haura y
Qamazo. • • • « « • • • • • • « • • •
Cuestiones militares, por J. Ibáñez rVarín.
Cuestione;: ^í-íbllográticas, por Juan l\. Sin-
ch(z.« « « « « « • « « • « « • « • » •
Cuestiones pedagógicas, por Julián Ribera.
« « * * . . « « « . . • « « « • « « . . .
NFLBRIB
AGOSTO w--*» N C N V 1II
N Ú N . XI
sunnRio
SECCIÓN b e m S T O R i n Páginas.
Antonio Blázquez.—El r e i n a d o d e B e r m u d o I I e n los M a n u s c r i -

tos d e la C r ó n i c a del Obispo d e O v i e d o , D. P e l a y o (11.82 1142). 617
BIBLIOGRAFÍAS CRÍTICAS.—Charles O m á n : -1. history ofthe Pe-
ninsular luar. (E. I. y R.) 664
M. Gh. Geoffroy d e G r a n d m a i s o n : Correspóndanse du eomta da
la Forest, ambassadeur de France en Espagne (18U8-1813).
(E. l . y R . ) 666
M i g u e l A l i ñ é S a l v a d o r : Los Sitios de Zaragoza ante el Derecho
Internacional. (E. I. y R.) 667
J . D a u d e v a r d d e F e r u s s a c : Diario histórico de los Sitios de Za-
ragoza. (E. I. y R.) 667
Los Sitios de Zaragoza.—Homenaje de los generales franceses
y espaíioles, á los héroes de la Independencia. (E. I. y R.) 668
REVISTA DB REVISTAS 670
NOTICIAS 674
LIBROS REGIENTES 680
SECCIÓN b E LITERflTURfl /AObERNn
R. D. Peres.—Milá y M e n é n d e z P e l a y o 685
R. Altamira.—La A v e l l a n e d a 692
E. Maestre.—Escuelas l i t e r a r i a s : ¿ m o d e r n i s t a s ó d c i a d a n t l i t a s ? 698
NOTAS BIBLIOGRÁPICAS.—Poesía de la sierra, d e C a r l o s F e r n á n -
dez Shaw.—Z>e Andálucia. d e F . C o r t i n e s y M u r u v e . - Cosas
del día, d e R a f a e l A l t a m i r a . — L a tragedia de Macbeth, de
S h a k e s p e a r e (R, D. Peres) 701
Sangre y Arena, d e V i c e n t e Blasco I b á ñ e z . — I - a Cumbre, de
J u a n D l a z - C a n e j a . —Jlfaíar por matar, de Héctor Abren
{Ábrego). (E. Maestre) 707
El rayo de luz, d e R e y n é s M o n l a u r . (X.) 710
Ho.TBANDO REVISTAS 712
SECCIÓN b E F l L O L O G l n É H I S T O R i n LITERARIA
Carolina Miohaells de V a s c o n c e l l o s . - E s t u d o s s o b r e o R o m a n c e i r o
peninsular: Romances velhos em P o r t u g a l (continuación).. 717
NOTAS BIBLIOGRÍPICAS.—í'ernando d e Herrera {el divino); Al-
gunas obras de Fernando de Herrera, p o r el d o c t o r A d o l p h e
C o s t e r . (Francisco Rodríguez Marín) 759
SECCIÓN DE ñ R T E
M. Gómez-Moreno.-Garcl F e r r á n d e z , p i n t o r de Sevilla 766

Vicente Lampérez y Romea.—El A r t e e n la Exposición d e Z a r a -
g o z a : (Impresiones.) 771
Elías Tormo.'—Los p i n t o r e s c u a t r o c e n t i s t a s : J u a n R e x a c h 775
BiBLioQüAFíA.—Cancionero Salmantino, por D. D á m a s o L e -
desma. (Juan Domínguez Berrueta) 789
SECCIÓN DE F l L O S O F Í n
Genaro González C a r r e H o . - N u e v a s direcciones d e la Moral 793

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS.-Dr. Sob. R e i n s t a d l e r : Elementa phi-
losophice scholasticcB.—C W i l l i e m s : Institutiones pfíilosophi-
cce. — P . E n r i c o W i i s s m a n n : La Biologia moderna e la teoría
delVevolucione.-Félix L e D a n t e c : Elements de Philosophie
biologique. (G. G. C.) 813
J . 'Waynbüui.n: La physionomie humaine. (J. R.) 815
F e d e r i c o D.ilmau y G r a t a c ó s : La sensación. —Antonio R o s m i n i :
Compendio di &'¿¿ca.—Eugenio M. d e Mostos. Moral Social.—
Profesor G i u s e p p e T o a i o l o : Trattato de Economía sacíale.—
C. Bou.rlé: Qií' est ce que la Sociologie?—Cami\\e Bos: Pesi-
misme, Feminisme, Moralisme. (G. G. C.) 316
P a u l G a l t i e r : Le sens de l'art, sa nature, son rOle, sa valeur.
(A. G. I.) 819
P . Ruiz A m a d o : La Iglesia y la libertad de enseñanza.—Fr. N.
del P r a d o : De grat'ia et libero arbitrio. (G. G. C.) 820
J o s e p h o D ' A n n i b a l e : Summula Theologiae emoralis.—'Qr. G a n - ^
d á s e g u i : Carta pastoral acerca de las doctrinas del modernis- I
m o . ( A , G. I.) 823'
F r . Roussel-Despi<:rre3: Hors du scepticisme. Libertad et Beauté.
J u l i o A l a r c ó u y M e n é n d e z : Un feminismo aceptable.—A. Ló-
p e z P e l á e z : La Cruzada de la Buena Prensa. (G. G. C.) 824
ANÁLISIS DE REVISTAS.—(G. G. C . y E . D.) 827
vflRin
J u a n M. S á n c h e z : I n t e n t o bibliográfico d e l a D o c t r i n a C r i s t i a n a
del P . J . R i p a l d a 885
J u l i á n Ribera. L a Gimnasia pedagógica 881
CULTURA ESPñÑOLfl
(Antes REVISTA b E A R A G Ó N )
Es r e v i s t a d e c a r á c t e r científlco, c o m p l e t a m e n t e d e s l i g a d a d e t o d o
compromiso de p a r t i d o y de todo exclusivismo de escuela. Su i n d e p e n -
dencia de criterio le v e d a solicitar ó admitir toda subvención ó apoyo de
í n d o l e oficial. S u d i v i s i ó n e n Secciones, p e r f e c t a m e n t e a u t ó n o m a s , es u n a
m a y o r g a r a n t í a d e i n d e p e n d e n c i a : c a d a D i r e c t o r es r e s p o n s a b l e d e l a or-
g a n i z a c i ó n d e los t r a b a j o s e n s u Sección r e s p e c t i v a ; los a u t o r e s , p o r s u
p a r t e , r e s p o n d e n e x c l u s i v a m e n t e d e sus a r t í c u l o s . U n solo i d e a l c o m ú n
m a n t i e n e u n i d a s á las Secciones a u t ó n o m a s : l a i n v e s t i g a c i ó n s e r e n a ó
i m p a r c i a l d e l a v e r d a d científica.
P a r a f a c i l i t a r e s t e r é g i m e n d e a u t o n o m í a o r g á n i c a . CULTURA E S P A -
ÑOLA r u e g a á sus c o l a b o r a d o r e s r e m i t a n los o r i g i n a l e s á los D i r e c t o r e s
d e c a d a Sección, y n o á l a G e r e n c i a n i á l a A d m i n i s t r a c i ó r . ; i g u a l m e n t e
r e c o m i e n d a á los a u t o r e s ó e d i t o r e s r e m i t a n l a s o b r a s , d e l a s c u a l e s d e -
s e e n q u e se d é c u e n t a , y a á los D i r e c t o r e s m i s m o s , y a á los c o l a b o r a d o -
r e s c o n s t a n t e s q u e e n c a d a Sección e s t é n e n c a r g a d o s d e l a e s p e c i a l i d a d
d e t e r m i n a d a á q u e el l i b r o e n v i a d o se refiera. A e s t e fin, e n l a s i g u i e n t e
l i s t a se c o n s i g n a n los n o m b r e s , domicilio y e s p e c i a l d e d i c a c i ó n d e los
Directores y colaboradores constantes en cada u n a de las Secciones.
S e c c i ó n de HISTORIA
DIRECTORES: R . A l t a m i r a ( O v i e d o , G e n e r a l S a n M i g u e l , 1 y 3), Meto-

dología histórica é Historia del Derecho.—E^. I b a r r a R o d r í g u e z ( Z a r a g o -
z a , I n d e p e n d e n c i a , 32), Historia de España y especialmente la medieval.
COLABORADORES: E . C o d e r a ( M a d r i d , S a n V i c e n t e , 5(í), Historia ára-
6 e . — C a r m e l o E c h e g a r a y ( G u e r n i c a , V i z c a y a ) , Historia de las Provin-
cias P a s c a s . — A n t o n i o E l i a s d e Molins ( B a r c e l o n a , S a n t a M é n i c a , 2 bis).
Arqueología general y especialmente catalana.—k.Y\Ye¡% (Madrid, F u e n -
c a r r a l , l ü ) . Numismática española y Arqueología árabe. — E. d e H i -
nojosa ( M a d r i d , P l a z a d e L e g a n i t o s ) , . Historia del Derecho. — J . M.
C a s t i l l e j o , Publicaciones alemanas de historia jurídica.—J. Fitzmaurice
K e l l y ( L o n d r e s , P i c c a d i l l y , 107), Publicaciones inglesas de asunto espa-
ñol.—!,. B a r r a u D i h i g o ( P a r í s , B v d . St. G e r m a i n , 43), Publicaciones
francesas.—W. R . S h e p h e r d ( N u e v a Y o r k ) , Publicaciones norteameri-
canas.—Evigenio M e l é ( C h i a t a m o n e , 5 bis. Ñ a p ó l e s ) , Publicaciones italia-
nas.—J. J u n g f e r ( C h a r l o t t e n b u r g , S c h l o s s S t r a s s e , 68), Publicaciones
alemanas.—Á.. M e z q u i t a d e F i g u e i r e d o ( C o i m b r a , A v e n i d a Sá d e B a n -
d e i r a , 35), Publicaciones portuguesas.—A. Blázquez (Madrid, Almiran-
t e , 12), Geografía histórica.
E s t a S e c c i ó n p u b l i c a r á e n los n ú m e r o s s i g u i e n t e s , los t r a b a j o s q u e se
indican á continuación:
Relaciones entre el Derecho español y el de la Francia meridional,
y Estado actual de las investigaciones sobre la historia de las clases ru-
rales en Europa, por E. de Hiuojosa.
Los godos en Sobrarbe y Ribagorza. Estudio de toponimia godfl, de
Aragón, y Los suevos en Asturias, por J. J u n g f e r .
Nuevos datos para la biografía de D. Rafael del Riego, por F.
Canella,
Inscripciones sepulcrales de escritores catalanes de la Edad Media,
por A. E l l a s d e Molins.
S e c c i ó n de LITERñTÜRñ A O b E R N ñ
DIRECTORES: E . G ó m e z d e B a q u e r o ( M a d r i d , F u c n c a r r a l , 110).—R. D .
P e r e s ( B a r c e l o n a . — S a n G e r v a s i o , A v e n i d a del T i b i d a b o , 18).
COLABORADORES: S e v e r i n o A z n a r ( M a d r i d , A p o d a c a , 5), Teatro. —
Teodoro L l ó r e n t e , d i r e c t o r d e Las Provincias (Valencia).—José E n r i q u e
Rodó, profesor d e L i t e r a t u r a en l a U n i v e r s i d a d N a c i o n a l (Montevideo).—
J . Blas U b i d e ( C a l a t a y u d ) . — J o s ó R. L o m b a (Gajano, S a n t a n d e r ) . — J u l i o
Gaicano ( C a r a c a s ) . — R i c a r d o C a r r e r a s (Castellón de l a P l a n a ) . — E s t a -
nislao M a e s t r e (Pozas,'12, Madrid).
S e c c i ó n de FILOLOGÍA E HISTORIA LITERARIfl
DIRECTOR: R . M e n é n d e z P i d a l ( M a d r i d , V e n t u r a R o d r í g u e z , 21).
A. F a r i n e l l i ( T u r l n , I t a l i a , Via M o n c a l i e r i , 107), Relaciones de la
literatura española con la extranjera.
S e c c i ó n de ARTE
DIRECTORES: R . L a m p é r e z (Madrid, M a r q u é s del D u e r o , 8).—Eliag
T o r m o y Monzó (Madrid, P l a z a d e S a n M a r c i a l , 7 j .
COLABORADOR: D . Luis T r a m o y e r e s (Museo, V a l e n c i a ) .
S e c c i ó n de FILOSOFÍA
DIRECTORES: A. G ó m e z I z q u i e r d o ( G r a n a d a , B a l l e s t e r o s , 2), Filoso-
fía en general é Historia de la filosofía m o d e r n a . — M . Asín P a l a c i o s
( M a d r i d , S a n V i c e n t e , 56), Historia de la filosofía medieval y especial-
mente de la árabe.
COLABORADORES: M . Glossncr ( M u n i c h ) , Información alemana.—
D r . S i r b l e d ( P a r i s ) , Información francesa. — E m i l e D u p r a t ( P a r í s ) , In-
formación inglesa é italiana.—Jentiro González Carreño (Pontevedra),
Psicología y Etica. - J u a n Z a r a g ü e t a ( M a d r i d , S e m i n a r i o C o n c i l i a r ) , So-
ciología.
VARIA
G. M a u r a G a m a z o ( M a d r i d , L e a l t a d , 18), Cuestiones internacionaUs.
J . I b á ñ e z M a r í n ( M a d r i d , Concordia, 4), Cuestiones militares.
J . R i b e r a T a r r a g o (Madrid, L u n a , 33), Cuestiones pedagógicas.
J u a n M. S á n c h e z (Madrid, A l c a l á , 91), Cuestiones bibliográficas.
CULTURA ESPAÑOLA se p u b l i c a r á e u M a d r i d t r i m e s t r a l m e n t e , e n f a s -
cículos q u e a p a r e c e r á n e n los meses d e Febrero, Mayo, Agosto y No-
viembre, y f o r m a r á n c a d a a ñ o u n v o l u m e n d e m á s d e mil páginas.
L a E u s c r i c i ó n es p o r a ñ o s completos, d e F e b r e r o á F e b r e r o .
PRECIOS DE SUSCRICIÓN
E n E s p a ñ a , a ñ o corriente 10 pesetas.
E n el e x t r a n j e r o , í d e m 15 —
N ú m e r o suelto ó atrasado 5 —
LA COLECCIÓN COMPLETA DE 1906: 2 5 P E S E T A S
El pago necesariamente ha de ser adelantado. Para aquellos que no paguen
á su debido tiempo, la cuota de suscrición, será: 12 pesetas en España y 20 en
el extranjero.
L a Administración n o responde de extravíos, especialmente cuando el sus-
critor no ha notificado ei cambio de residencia ó domicilio. Los pedidos de
suscrición, avisos de camÍ)io de domicilio de suscritores y todas las reclama-
ciones por defi-.iencias del servicio, etc., deben hacerse directamente á la
ADMINISTRACIÓN DE LA REVISTA
San Vicente, 66, 3.° dcha. Horas de despacho: 14 é 76, tos dias no êsí/Vos.—MADRID
HISTORIA
El reinado de Bermudo 11
en los Manuscritos de la Crónica del Obispo d? Oviedo b . Pelayo
(1132-1142.)
Dos Manuscritos interesantísimos p a r a la historia de E s p a ñ a

c o n s e r v a n u e s t r a B i b l i o t e c a N a c i o n a l : los d o s p r o c e d e n d e O v i e d o ,
y f u e r o n o b j e t o d e l a c u r i o s i d a d d e los h i s t o r i a d o r e s , q u i e n e s á s u
contenido dedicaron bastantes páginas llenas de datos y comenta-
rios, no siempre v e r d a d e r o s ni a c e r t a d o s .
Al o b s e r v a r c ó m o s e h a n d e s f i g u r a d o los h e c h o s , a l v e r e n l a s
notas m a r g i n a l e s y en los a p u n t a m i e n t o s d e m a n o e x t r a ñ a y poste-
r i o r , j u i c i o s i n e x a c t o s , f u n d a d o s á v e c e s e n u n e x a m e n t a n ligero
de los mismos, c u a l se d e s p r e n d e d e l a s f r a s e s . . . . « E n e s t e l i b r o , f u e -
r a d e l a s c o s a s q u e a y a q u í a l p r i n c i p i o d e r r a m a d a s , parece q u e a y
lo s i g u i e n t e » , l a s c u a l e s b a s t a r o n p a r a q u e d e s p u é s se d i e r a c o m o
c i e r t o q u e s ó l o c o n t e n í a lo q u e el a u t o r d e l a n o t a c o n s i g n ó c o m o
í n d i c e ; a l c o m p r o b a r q u e a m b o s difieren e n t r e sí, y q u e a s i m i s m o
no c o n c u e r d a n con las descripciones q u e d e ellos se h a n p u b l i c a d o ,
paréceme asunto de interés d a r estas notas que h a n de servir de
b a s e p a r a rectificar, y r e s t a b l e c e r los e r r o r e s c o m e t i d o s r e s p e c t o á
s u f o r m a y d i s p o s i c i ó n , el d e t a l l e d e l c o n t e n i d o , l a v e r a c i d a d h i s -
t ó r i c a d e los s u c e s o s q u e r e l a t a , s u g é n e s i s y v a l u a n t e s .
E l M a n u s c r i t o m á s a n t i g u o q u e se c o n o c e d e l a C r ó n i c a d e l O b i s -
p o d e O v i e d o , l l e v a el n ú m . 1.358 e n l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l , y e s t á
escrito e n p e r g a m i n o c o n l e t r a d e l siglo x i i , sin q u e p u e d a a s e g u -
r a r s e q u e lo e s c r i b i e r a m a t e r i a l m e n t e el m i s m o D . P e l a y o . Consta,
d e 73 folios, y p r o c e d e d e l a p r i m i t i v a b i b l i o t e c a d e F e l i p e V .
E n l a c u b i e r t a ó p r i m e r folio, e n l e t r a m o d e r n a , e s t á e s c r i t o :
« C r ó n i c a a n t i g u a d e E s p a ñ a , d e P e l a y o ó P e l a g i o , O b i s p o .le O v i e -
do, y otros v a r i o s t r a t a d o s q u e se v e r á n á la vuelta».
D e s p u é s , e n el folio 1." v u e l t o , c o n t i e n e u n í n d i c e e s c r i t o h a c i a
648 HISTORIA
el s i g l o x v i , e n el q u e el a n ó n i m o a u t o r d i c e q u e t i e n e « a d i c i ó n d e
d i v e r s a s c o s a s d e E s p a ñ a , d e q u e e s a u t o r el O b i s p o P e l a y o d e
Oviedo».
E l í n d i c e m o d e r n o , c o n s i g n a lot s i g u i e n t e s t r a t a d o s :
1° D e los Obispos d e l t i e m p o d e los G o d o s y a l g u n a s c o s a s p a r -
ticulares h a s t a la e r a 1076.
2.° C o m p e n d i o d e c i u d a d e s q u e s e g a n a r o n á l o s m o r o s , y m u e r -
te de algunas personas.
3." Cómputo de a ñ o s ó cronología b r e v e .
4.° F u n d a c i o n e s ó r e s t a u r a c i o n e s , q u e t i e n e por a u t o r á D . P e -
l a y o ; lo e s c r i b í a 1142 a ñ o s .
5.° C r ó n i c a q u e c o n t i e n e h i s t o r i a d e l o s e m p e r a d o r e s r o m a n o s
de Rómulo ó Tiberio, d é l o s Godos de Alarico h a s t a D. Rodrigo, y
d e s d e D . P e l a y o á D . A l f o n s o I I I (folios 9 á 27)^ c o n n o t i c i a d e l o s
Obispos que h a b í a en tiempo de este R e y .
6 . " F r a g m e n t o d e l b e a t o J u l i a n o P o m e r í o (folios 28 y 2 9 ) .
7." A d i c i ó n d e d i v e r s a s cosas d e E s p a ñ a , d e q u e es a u t o r P e l a -
y o , y s e h a l l a e n l a h i s t o r i a d e S e b a s t i á n (folios 29 á 3 8 ) .
8.° L a h i s t o r i a d e S e b a s t i á n (folios 32 á 3 7 ) .
9.° L a h i s t o r i a d e S a m p i r o (folios 3 4 á 4 8 ) .
10. L a h i s t o r i a d e P e l a y o (folios 4 8 á 5 4 ) .
11. D e c r e t o s d e A l f o n s o V ( e r a 1020).
1 2 . H i s t o r i a c o m p o s t e l a n a (folios 6 0 - 6 8 ) .
1 3 . V o t o d e S a n t i a g o (folios 69-73).
14. U n f r a g m e n t o d e c i u d a d e s á q u i e n e s los s a r r a c e n o s m u d a r o n
el n o m b r e (folio 54) ( e n el í n d i c e e s t á f u e r a d e l u g a r ) .
D e l a m i s m a l e t r a c o n t i e n e o t r a s n o t a s , a t r i b u y e n d o á P e l a y o lo
de las iglesias de E s p a ñ a . Dice que son de D. Pedro, Obispo de As-
t o r g a , l o s t r a t a d o s d e los e m p e r a d o r e s y r e y e s g o d o s h a s t a A l f o n -
so V I . « L o q u e s e v e pre ocuUs e s q u e e n m u c h a s c o s a s s o n t e s t i g o s
d e v i s t a , y q u e o t r o s a u t o r e s v i v i e r o n a n t e s y e n el t i e m p o d e A l -
fonso V I » .
« T a m b i é n se p u e d e p r e s u m i r q u e a l g u n o s t r a t a d o s q u e h a y sin
n o m b r e d e a u t o r lo m á s e s d e P e l a y o d e O v i e d o , y p a r a s a l i r d e l a
d u d a i m p o r t a valerse de otros instrumentos.» A su vez h a y al m a r -
g e n u n a c o n t r a n o t a q u e d i c e : « E s t a n o t a n o es s e g u r a y se h i z o lle-
v a d o d e l a n o t a a n t i g u a q u e h a y e n l a m a r g e n e n el folio 2 9 , e s n e -
c e s a r i o m a i o r y m e j o r c o n s u l t a . » E n efecto^ e n d i c h o folio h a y n o t a
m a r g i n a l q u e d i c e : « E s d e P e d r o , o b i s p o d e A s t o r g a » r e ñ r i é n d o s e al
tratado que empieza «Maurecato, rege defuncto...»
EL REINADO DE BERMUDO II 649
P u d i e r a creerse q u e con estas i n d i c a c i o n e s se conoce el c o n t e n i -

do d e l l i b r o , m a s n o es así, p u e s f a l t a c o n s i g n a r a l g u n o s t r a t a d o s ,
q u e a u n q u e cortos, ofrecen interés y utilidad p a r a d e t e r m i n a r al-
gunos sucesos.
A l e p í g r a f e p r i m e r o d e l í n d i c e c o r r e s p o n d e u n a ita c i ó n a b r e v i a -
d a que comienza «Hec sunt cívitates quas regebant reges gotorum
e t s u i pontiflcis.> M e n c i o n a e n l a Provincia Galie: N a r b o n a , C a u c o -
líberi, Carcaysona, Betheris, Agathe, Magelona, Nimaso, Utuia.—
Provincia Terracona: Metrópolis, Dertosa, Cesaraugusta, Teracona,
Calagorre, Auca, Gerrunda, Pamplona, Elesona, Purias, Urgello,
C a r t a g i n e . — T o l e t o Metrópoli: Compluto, Acci, Seconcia, Ocsona,
Palentia, Secobia, Valeria, Mentesa, Turci, Viacia, Valentía, Óre-
te, Biatia, Besti, Setdavis, Biania, A r c a v í c a , Ocsa, L é r i d a E g a r o . —
Provincia Betice: Spalis metrópoli. Itálica, Astigís, Córdoba, E g a -
b r o , T a s c i , E l í b e r i , M a l a t i a , Asid.orx&.—Provincie Lusitane: Metro-
p o l i m M e r i t a , A b i l a , S a l m a n t i c a , E l b o r a c a , S o l l e g i a , O c s o n a b a , 011-
Kibona, O a l i a b r i a . — P r o v i n c i a Gallie: Brachara metrópoli, Conim-
briga, Egitanía, Visco, L a m e c o , Betica, D a m i o , T u d e , Astoríca,
L u c o , L e g i o n e , G e g í o n e , B r i t a n í a . S u n t s e d e s pontificii, L X X X V I I I I
q u a s r e g e s g o t b o r u m o b t i n u e r u n t in S p a n i a .
E n el folio 2.° v u e l t o t i e n e u n a c r o n o l o g í a b r e v e q u e e m p i e z a d i -
c i e n d o q u e e n l a e r a .38 n a c i ó el S a l v a d o r . C i t a d e s p u é s e n l a e r a
6 9 , l a p a s i ó n . E n l a e r a 656 l a p r e d i c a c i ó n d e M a h o m a , e t c . E n 752
l a e n t r a d a d e los s a r r a c e n o s d e E s p a ñ a en t i e m p o del R e y D . R o -
d r i g o , y l u e g o s u c e s o s p a r t i c u l a r e s c o m o el c o m b a t e d e S o n t o s c o u -
v a s , e r a 826; l a r e p o b l a c i ó n d e L e ó n por el R e y Ordofio e n l a e r a
864; l a d e A m a í a , p o r el C o n d e R o d r i g o , e n 8 7 8 ; l a d e R o d a , p o r
Munio Muñiz y las de Corya, Clunía y San Esteban, por Gonzalo
T é l l e z e n 920. E s t e c ó m p u t o p a r e c e h a b e r t e r m i n a d o p r i m e r a m e n t e
e n l a e r a 1 0 7 6 , s e g ú n e x p r e s a el a u t o r d e l í n d i c e , p e r o d e s p u é s f u é
a ñ a d i d o h a s t a l a e r a 1164 ( a ñ o 1126), e n q u e f a l l e c i ó l a R e i n a d o ñ a
U r r a c a ; e s t a a d i c i ó n s e c o m p r u e b a p o r v a r i a r p o r c o m p l e t o el e s t i l o
e n l a s a n o t a c i o n e s p o s t e r i o r e s á l a e r a 1076.
E n el f o l i o 4.° c o n t i e n e u n c r o n i c ó n q u e c o m i e n z a c o n l a c a u t i -
v i d a d d e J e r u s a l é n y l l e g a á la e r a 1176, m e n c i o n a n d o la c o n q u i s t a
d e T o l e d o , S a c r a l í a s , O c l e s . . . , Z a r a g o z a , y l a c o n s a g r a c i ó n de l a
iglesia de Orense.
E n e l folio 5.° h a y o t r o c r o n i c ó n q u e t r a t a d e S a ú l , D a v i d , l a
e d i f i c a c i ó n d e l t e m p l o , l a c a u t i v i d a d d e los j u d í o s , e t c .
E n e l folio 6.° d i c e P e l a g i u s e p i s c o p u s o v e t e n s í s e c c l . a i t u t se-
650 HISTORIA
perimus in antiqaissími cod. ut apud invenimus in ecel. Sti. Petri de

Carmarmeno et sicnm audivimus at maioribns et á predecesoribus
nostris ita scripsimus.» Aquí se ocupa en la fundación de algunas
ciudades (Toledo, Zaragoza, León, etc.) y del reinado de Bermudo.
En el folio 8.° fija la fecha en que se escribía esto: «Ab hedifica-
tione prefati urbius usque hoc die qui est era MCLXXX», y en el
folio 9.° vuelto dice «Incipit liber crónica seu fabularium.>—Ab.
Adam. (Este último tratado está en el códice vigilano.)
En el folio 10. Incipit ordo romanorum. Comienza desde Rómulo
y también consta en el Códice Vigilano; llega hasta Tiberio.
En el folio 14. ítem ordo gothorum y llega hasta D. Rodrigo; hay
e 1 él una lámina con la imagen de Atanarico.
En el folio 18. ítem ordo gothorum regum, que comprende desde
Pelayo hasta Alfonso el magno. El autor escribe en la era 921 y es la
titulada crónica de Alfonso III ó de Sebastián. También está escrita
en el Códice Vigilano, folio 14 (el reinado de Wamba muy breve).
En el folio 22 contiene una noticia de los obispados en el año 8 8 3 ,
como en el Vigilano y la crónica, que se había intei-rumpido, con-
tinúa.
En el folio 2 5 hay un Itinerario de Cádiz á Constantinopla como
en el Vigilano, y después el ítem sarracenorum, como en el men-
cionado Códice (folio 25 vuelto).
En el folio 2 6 . Ingressio sarracenorum, etc.
En el 27. «Explanatio huius anobis edita. Gog. gens gothorum,
etcétera».
En el 2 8 . La formación del mundo en seis días y un tratado
«ordo anuorum mundi brevi collectus á Beato Juliano Pomerio To-
letana sedis arehiepiscopo, que comienza desde Adán hasta el dilu-
vio, etc., y concluye, usque in presente prefato et primum bambani
annum que est era DCCX».
En el folio 29 con letra inicial de adorno y colores: «Incipit his-
toria regum.—Maurecato rege defuncto, etc.» En este tratado y en
el reinado de Alfonso incluye la traslación del arca de las reliquias
por Pelayo, volviendo á continuar la historia.
En el folio 32 sin haber copiado el párrafo 21 de la crónica de
Sebastián, incluye el núm. 22 que comienza «Huncregni auno X X X
geminem caldeorum...» manifestando después que Alfonso II reinó
cincuenta y dos años y murió en la era 8 8 0 .
Los reinados de Ramiro I y Ordeño I, como en la crónica de Se-
bastián.
EL REINADO DE BERMUDO II 651 |
S i g u e e n e l folio 36 el r e i n a d o d e A l f o n s o I I I y c o n él l a s c a r t a s i
del P a p a J u a n . Alfonso m u e r e , s e g ú n dice, en la e r a 949.
Los r e i n a d o s d e G a r c í a y O r d e ñ o I I , t e r m i n a n e n las e r a s 963 y
964 r e s p e c t i v a m e n t e . D e s p u é s el d e F r u e l a . ( E l d e O r d e ñ o es m u y e x - í
t e n s o , n o t á n d o s e el m i s m o d e s o r d e n q u e e n el m s . d e l S i l e n s e ) . I
E n t r e los r e i n a d o s d e R a m i r o I I I y B e r m u d o I I , h a y s e p a r a c i ó n I
d e t r a t a d o s . M u e r t o B e r m u d o l e s u c e d e s u hijo A l f o n s o , d e c i n c o a ñ o s i
de e d a d , c e l e b r a el concilio d e L e ó n , d a fueros y r e i n a v e i n t i s é i s i
años. ^ :¡
E l r e i n a d o d e B e r m u d o I I I , es m u y c o r t o . \
Continúa t r a t a n d o de F e r n a n d o I que reinó en Castilla y León,
confirmó los fueros d e Alfonso V, dió n u e v a s l e y e s y fué h o m b r e i
bueno y temeroso de Dios. A continuación da noticia detallada de !
sus hijos y luego u n a r e l a c i ó n de los obispos en la e r a 995. i
P o l i o 4 8 . V u e l v e á t r a t a r d e B e r m u d o 11, á q u i e n c a l i f i c a d e ti-1
rano, m e n c i o n a n d o la destitución y destierro de Gudesteo, obispo d e
Oviedo, pero sin h a c e r m e n c i ó n de Adulfo d e Iría: t a m b i é n le lia- \
m a nefando por h a b e r tenido dos concubinas h e r m a n a s , y dos m u - \
jeres, habiendo contraído segundas nupcias viviendo la p r i m e r a .
E n el folio 5 4 , d o n d e t e r m i n a l a c r ó n i c a , i n c l u y e « C í v i t a t e s i s t e
h a b e t m u t a t a n o m i n a á Sarracenís». «l'e Salomonis penítentia in I
ebreío». '•
E n el folio 5 5 . « D e c r e t a A l f o n s i r e g í s e t G e l v i r a r e g i n a s u b •
e r a 1058. |
E n el folio 6 0 . L a c r ó n i c a d e l o s v á n d a l o s y s u e v o s , d e S a n I s i - i
d o r o , c o m p e n d i a d a , c o n la d i v i s i ó n e p i s c o p a l d e los s u e v o s y el e r o - |
nieón Iriense. \
E n el folio 6 3 y s i g u i e n t e s , c o n t i n ú a h a s t a l a e r a 1 0 2 0 . J
E n el folio 6 9 . E l t e s t a m e n t o d e l r e y R a m i i ' o d e l v o t o d e S a n t i a g o . !
Antes de hacer algunas consideraciones, vamos á describir otro j
C ó d i c e d e O v i e d o , q u e c o n t i e n e el c r o n i c ó n d e D . P e l a y o y o f r e c e i
variantes que luego hemos de comparar. \
Crónica de D. Pelayo, Obispo de Oviedo, año 1132. Manuscrito ,;
número 1.513 de la Biblioteca Nacional, letra siglo xm. Contiene,
117 folios, con láminas intercaladas. Está en pergamino. ,
E n el folio 1.", d e s p u é s d e l a c o n s a g r a c i ó n d e P e l a y o d e O v i e d o \
e n l a e r a 1137, c o n t i e n e u n m a p a m u n d i r e c t a n g u l a r m u y c a r i o s o ( n o i
m e n c i o n a d o h a s t a a h o r a ) , e n c u y o c e n t r o u n edificio c o n t r e s t o r r e s i
r e p r e s e n t a l a c i u d a d d e J e r u s a l e m , y u n a t o r r e e n el l a d o i z q u i e r d o i
del cuadro, la ciudad de Roma. l
652 HISTORIA
E u el folio 2.° t i e n e u n c u a d r o d e g e n e a l o g í a s .
E n el folio 3.°, u n a r o s a d e los v i e n t o s m á s p e q u e ñ a , p e r o m u y
p a r e c i d a á la del Códice V i g i l a m o . V a r í a , sin e m b a r g o , en q u e to-
d o s los h o m b r e s q u e r e p r e s e n t a n l o s o c h o v i e n t o s , t i e n e n d o s c u e r -
nos ó t r o m p a s .
E n el 3.° v u e l t o , h a y u n a r o s a d e 12 v i e n t o s q u e e n el c e n t r o
l l e v a l a l e y e n d a g ó t i c a « P e l a g i u s m e fecit.»
E n el folio en letras iniciales «Incipit o r t o g r a p h i a J u n i o r i s
Isidori é Incipit líber cronicorum a b exordio m u n d i u s q u e in era
M C L X X » ( A ñ o 1132.)
I s i d o r i P a c e n s í e c e e e p i s c o p í sic i n v e t e r i t e s t a m e n t o e t n o v o le-
g i t . . . D e A d a m á... N o é , á A b r a h a m , á M o i s é s , á D a v i d , a l R e d e n -
tor—folio 4."—Incipit líber c r o n i c o r u m g e n t e r o m a n o r u m b r e v e m
tomporem per generatíones et regna.
E n el folio 8.° D e u v a n d a l í s , a l a n i s e s u e v í s i s p a n i s r e g í b u s s i c á
m a i o r i b u s et p r e d e c e s o r i b u s s u i s í n q u í s i v i t e t a u d i v i t p l e n í s s í m e
s c r i p r i t . í t e m g e n e r a t í o n e s M o i s é s , folio 19.
D e S a l o m o n i s P e n í t e n t i a , folio 2 1 .
í t e m ordo a n n o r u m brevi coUectum á beato J u l i a n o Pomerio.
T o l e t a n a e s e d e s a r e h i e p i s c o p o (folio 2 3 ) .
I n c i p i t c h r o n í c a v a u d a l o r u m r e g u m (folio 2 4 ) .
L a d i v i s i ó n d e l C o n c i l i o d e B r a g a (folio 28).
Incipit chroníca r e g u m gothorum á beato Isidoro hispalense
episcopo usque ad catholicum V a m b a n i regem reges gothorum
et a p u d dicto r e g e B a m b a n o u s q u e a d c a t h o l i c u m P e l a g i i r e g e m
g o t h o r u m b e a t o e t c . J u l i a n o P o m e r i o e t c . folio 38 ( c o n t i e n e l a d e m a r -
c a c i ó n d e los o b i s p a d o s : e x t e n s a y b r e v e ) .
L a c r ó n i c a d e S e b a s t i á n q u e e n el r e i n a d o d e P e l a y o c o n t i e n e l a
t r a s l a c i ó n d e l a r c a (folio 43). E n el Í7, c o n s i g n a l a e x p e d i c i ó n d e
Silo á M e r í d a . E n el folio 4 8 , v u e l v e á t r a t a r d e l a s r e l i q u i a s .
E t bti Isidoro íspalensi eccl. eps. de q u e n u n c legíone g a u d e t ,
eccl. e t r e g i b u s gotorum u s q u e a d catholici b a m b a n i r e g . reges go-
t h o r u m p . u t p o t u i t p l e n i s s i m i e x p o s s u i t (folio 38).
Et a p u d dicto rege B a m b a n o u s q u e a d catholici Pelagii r e g e m
gotorum, bti. Juliano Pomerío Toletana sedis Archiepiscopis q u e
a r c a cum s a n c t o r u m pignoríbus que n u n c ovetensis eccl. glatur
c u m r e g e P e l a g i o s e c u m m a r t y r i s t r a n s t u l i t et s i c u m á m a i o r i b u s et
p r e d e c e s o r i b u s s u i s i n q u í s i v i t d e R e g í b u s g o t o r u m et a u d i v i t p . . .
nt possuít pleuisimae scripsit.
E t á Pelagio r e g e u s q u e a d Adeíonsi casti et Catholíce r e g ñ s
g o t h o r u m Sebastian! Salmanticensi eccl. eps. s i o á m a i o r i b u s et p r e -

decesoribus suis inquisivit d e gotis r e g i b u s et a u d i v i t p l e n i s s i m é
scripsit.
Et a Adofonsus r e g e casto usque á V e r e m u n d u m r e g e m p o d a g r i
g u m S a m p i r i Astoricensis eccl. e p . á m a i o r i b u s et p r e d e c e s o r i b u s
suis etc.
E t á V e r e m u n d o p o d a g r i g o r e g e u s q u e a b A d e f o n s u s r e g e m filii
R a i m u n d i comité et U r r a c a e r e g i n a , Pelagii ovetensis eccl. e p s . et-
cétera.
De gotis et a r r a g o n e n s i s regibus... ut p o s u i t p l e n i s s i m é s c r i p s i t .
E n el folio 69 v . v a r i o s p r i v i l e g i o s , u n o d e ellos d e U r b a n o I I .
E n el folio 72 v . I n c i p i t . . . d e o r i g o gentis francorum.
E n el folio 73 I n c i p i t l i b é r S a n c t i Gregorii T u r o n e n s i s (con u n
retrato del Santo).
E n el folio 101 v . d e s p u é s d e t r a t a r d e l a e r a 9 1 0 y d e A l f o n s o ,
r e y d e (Jalicia é hijo d e O r d e ñ o , p o n e c i v i t a t e s iste h a b e t u r m u t a t a
nomina á Sarracenis.
E n el folio 1 0 2 . L á m i n a d e l r e y A l f o n s o y d e C a r i o M a g n o , s i -
g u i e n d o «Decreta Alfonsus r e g i et Geloira r e g i n a e r a M L V I I I . I I I
K s . A g t o . ( A ñ o 1020.)
E n e l folio 116 u n d o c u m e n t o d e F e r n a n d o y S a n c h a . E r a 1 0 8 8 .
E s d e n o t a r q u e e n t r e o t r o s r e t r a t o s c o n t i e n e l o s d e I s i d o r o e n el
folio 28 ó s e a a l c o m e n z a r l a c r ó n i c a d e l o s s u e v o s : el d e J u l i á n P o -
m e r l o e n el folio 3 8 c o n el d e W a m b a a l r e l a t a r e l r e i n a d o d e é s t e
y p o n e r l a H i t a c i ó n ; el d e S e b a s t i á n y e l d e P e l a y o , e n l a d e s c r i p -
c i ó n d e l r e i n a d o d e e s t e r e y ; el d e S a m p i r o y el d e A l f o n s o , y el d e l
O b i s p o P e l a y o y B e r m u d o e n i g u a l foi-ma y a n á l o g o l u g a r .
L a s n o t a s m a r g i n a l e s no c o i n c i d e n con el í n d i c e p r o p u e s t o , siendo
las más importantes:
«En este libro fuera de las cosas q u e a y a q u í al principio d e r r a -
m a d a s p a r e c e q u e a y lo s i g u i e n t e » .
« L a c r ó n i c a d e I s i d o r o el m o z o o b i s p o d e B a d a j o z y e s t a c r ó n i c a
p a r e c e q u e d u r a h a s t a fojas... A u n q u e a y cosas q u e en medio q u e
p a r e c e p o d r í a n p o n e r d u d a e n e s o . . . D e lo d e J u l i á n P o m e r i o , d i c e ,
q u e «no es la historia sino u n a p e q u e ñ a p a r t e d e ella». «Lo m i s m o
p a r e c e e n el l i b r o a n t i q u í s i m o q u e m e p r e s t ó el O b i s p o d e P l a s e n c i a
d o n d e e s t á e n t e r o t o d o lo d e J u l i á n P o m e r i o . »
C o n s i g n a d o s y a l o s d o s í n d i c e s , el q u e c o n s t a c o m o p a r t e i n t e -
g r a n t e d e l l i b r o , e s c r i t o a l m i s m o t i e m p o q u e él y p o r l a m i s m a
m a n o , y el q n e c o n s i g n ó el h i s t o r i a d o r q u e lo r e v i s ó e n e l s i g l o x v i ,
654 HISTORIA
dejando m u e s t r a de q u e su e x a m e n no fué m u y cuidadoso, y a n o -

t a d a s y a a l g a n a s cosas de este m a n u s c r i t o a ñ a d i r e m o s a ú n otras
observaciones.
E n el folio 3.° d i c e e l t e x t o : I n c i p i t o r t o g r a p h i a J u n i o r i s I s i d o r i
q u e es u n b r e v e c o m p e n d i o .
E n el folio 3 8 . D e s p u é s d e s e ñ a l a r l a s d i s c o r d i a s e n t r e l o s o b i s -
pos a c e r c a d e los límites d e las sedes r e s p e c t i v a s , contiene l a H i t a -
ción ó Itación q u e comienza así: Incipit n u m e r a s sedi u m spanie
ecclesiae.
E n la provincia cartaginense incluye todas en orden, y a d e m á s
Baeza. E n Lusitania, Elbora después de Cauria, y luego Abela y Sa-
l a m a n c a , a ñ a d i e n d o N u m a n t i a , id est C e m o r a . E l total d e o b i s p a d o s
e s d e 8 2 ; t i e n e l a h i t a c i ó n d e t a l l a d a s i e n d o d e a d v e r t i r q u e a q u í el
o r d e n d e las d e L u s i t a n i a está a l t e r a d o . C o n t i n u a con la d e m a r c a -
«ión d e T e o d o r i c o fconcilio d e L u g o ó B r a g a ) , l u e g o la d e L e ó n , y
la d e L u g o , y t e r m i n a et u n i a s c u í a s q u e provincise s e d e s sub m e -
t r o p o l i t a n o s a s c r i p t s e u s q u e i n E h o d a n o m a n e a n t . E t flunt s u b u n o
s e d e s s p a n i e n s e s a b s q u e T í n g i t a n i í e 82 e x c e p t i s L e g i o n e et O a e t o
que nullí u n q u a m metrópoli fuerunt subdito.
T r a e después en la crónica de Sebastián la traslación del a r c a
d e l a s r e l i q u i a s d e J e r u s a l e m (folios 4 3 y 44) á C a r t a g e n a e n l a e r a
659 ( a ñ o 6 2 1 ) , á T o l e d o d e s p u é s y l u e g o á O v i e d o .
E n el folio 69 c o n t i e n e l a s c a r t a s d e l a ñ o 9 0 9 .
P o r ú l t i m o , e n el folio 114 c o n t i e n e l a n o t i c i a d e los c ó d i c e s d e l a
i g l e s i a d e S a n Pedi-o d e C a m a r m e n i a .
C o p l a s m o d e r n a s d^l c r o n i c ó n de b . P e l a y o .
Aquí p o d r e m o s a ñ a d i r noticias de copias del cronicón de D. P e -

layo.
1.° D e é s t a s , el m a n u s c r i t o n ú m e r o 7.602 s e r e f i e r e a l n ú m e r o
1.513, p u e s t o q u e m e n c i o n a a l t r a t a r d e l c r o n i c ó n d e P e l a y o y d e
s u t i e m p o « b i c e r a t d e p i c t a m efigies R e g i s s i m u l c u m e p i s c o p o » (1).
2.° E l n ú m e r o 7 . 0 8 9 , q u e d a d o el e x i s t i r e n l a c o p i a a l g u n a v a -
riante de l u g a r pudo referirse á otro manuscrito antiguo distinto de
loa d o s d e t a l l a d o s a n t e r i o r m e n t e (2).
(1) Procede de la biblioteca del conde do Miranda, i g u a l que el n.° 1.513.

(2) Menciona la consagración del obispo P e l a y o en la era 1036, sigue la
crónica con la H i t a c i ó n , la crónica de Sebastián, la de Sampiro y la de P e -
EL REINADO DE BERMUDO II 655 \
—— . _ ;
3 . " E l n ú m e r o 1.376, m u y i n t e r e s a n t e , c o n t i e n e (1):

La cruz angelical de Oviedo.
L a s g e n e a l o g í a s d e los R e y e s y la n o t a d e « P e l a g i u s e t s i i n d i g -
nus episcopus propria m a n u s u u m scripsit hace genealogiam.
Liber Regis Adefonsi.
Genealogía regum gothorum.
S e d e s e p i s c o p a l e s H i s p a n i a s fes l a H i t a c i ó n ) .
L i b e r I t a c i i i n c i p i t . I n n o m i n e D o m i n i n o s t r i J . Cristi i n c i p i t li-
b e r d e n o m i n i b u s s u e v o r u m el e v a n d a l o r u m , a l a n o r u m , e t g o t h o -
r u m a b e r a C C C V ( v o c a t u r e s t l i b e r I t a c i u m a b illo q u i e u m s c r i p s i t
n o m e n accepit). Contiene la división del concilio d e B r a g a y t r a t a
del Synodo Lucense.
Sebastián Episcopi Salmanticensis Historia.
Vulsae chronicon.
Templi compostellani instauratu, incerto auctore.
Sisebuti R e g i s et G r e g o r i o Papae e p i s t o l a m .
•Juliani P o m e r i i H i s t o r i a .
L a c o p i a c o n t i e n e e l t r a t a d o d e I d a t i o d e s d e e l a ñ o 4 0 3 h a s t a el
.568 (folio 28 d e l a c o p i a ) .
S. I s i d o r o . A r c h i e p i s c o p i H i s p a l e n s i s C h r o n í c a H e b r e o r u m e t R o -
m a n o r u m a b o r t u m u n d i u s q u e a d a n n u m C h r i s t i 629, folio 3 1 .
E i u s d e m S. I s i d o r i d e G o t h i s , S u e v i s et V a n d a l i s u s q u e a d 625,
folio 4 3 .
S. J u l i á n . A r c h i e p i s c o p i T o l e t a n a e , H i s t . d e c o n i u r a t i o n e P a u l i
ducis Galliae N a r b o n e n s i s (año 673).
Regum visigotorum, breve chroníca por incierto autor sed vetus-
t o u s q u e a d a n n u m 7 0 0 , folio 1 3 5 .
Isidoro P a c e n s i s , e p . E p í t o m e i m p e r a t o r u m et R e g u m S a r r a c e -
n o r u m u n a c u m H í s p a n i a C h r o n í c a , 611-754, folio 1 4 1 .
Adephonsi tertii Regís Legíonís cognomine maguí, Chroníca a d
Sebastíanum de regíbus Híspaniae ab Ubamba usque ad Ordonium
I. a b a n . 672 u s q u e a d 8 6 6 , folio 1 5 4 .
S a m p i r i . . . C h r o n i c o n , folio 1 6 1 .
Pelagii ovetensis Episcopi Ohroniei contínentis post Sampiri,^
l a y o ; civitates, etc. Decretos de Alfonso era 1050; de regulares canonicis: con-

cilio de Oviedo 1123 (1083) con detalle de los que c o n c u r r i e r o n y datos geo-
gráficos. E l t r a t a d o de las ciudades de E s p a ñ a (Zaragoza, León y Oviedo).
T e s t a m e n t o de Alfonso y a c t a s del concilio de Oviedo.
(1) E n el folio 172 dice: h i c e r a t depiota efigies Regis simul cum episcopis
confidentes. , ,
656 HISTORIA
n e m p e á V e r e m u n d o 2 . ° , u s q u e a d A d e f o n s i i , a b a u n o 982 u s q u e a d
1109, folio 172.
E p i s c o p a t u m H i s p a n i a e divisio I'acta s u b r e g e V a r a b a e x v e t u s -
tis c o d i c i b u s , folio 220.
P u e d e s e r e s t a c o p i a d e l m i s m o l i b r o o v e t e n s e q u e vio Morales,
pues coinciden las descripciones.
E n el Ms. n ú m . 51 e x i s t e u n a copia d e l Cronicón, escrito por
P e l a y o d e s d e B e r m u d o h a s t a Alfonso V I . P r o c e d e d e la Biblioteca
d e F e l i p e V (1).
R e s p e c t o de B e r m u d o 2.°, el t e x t o d e los d o s M s . c i t a d o s d e 1142
u n o y d e l s i g l o x i i i o t r o , e s el s i g u i e n t e , i n d i c a n d o lo s u b r a y a d o l o
i n c l u i d o e n e l d e l a ñ o 1142 y c o r r e s p o n d i e n d o el r e l a t o í n t e g r o a l
M s . d e l s i g l o XIII:
« V e r e m u n d u s I I . E r a 1020.
•nMortuo itaque Ranimiro Veremundus Ordonii fllius ingressus
est Legionem, et accepit Regnum paciflce. Praefatus Rex indiscre-
tus futí et tyranus per omnia fuit. Sine causa Dominum Gu-
desteum Ovetensem Episcopum cejñt in castro quod dicitur Prima
(Pinna) Reginae in Galliciae finibus et per aliquod tres annos in
vinculis tenuit. Interea Salvator mundi tantam ficcítatem in t é r r a
dedít, q u o d nuUus homo a r a r e , vel s e m i n a r e potuít: u n d e facta est
fames v a l i d a ín tota Híspania. T u n e h o m i n e s D e u m timentes dixe-
r u n t Regí: D o m i n e R e x , q u í d a m Serví D e l visionem v i d e r u n t et di-
x e r u n t nobis, quod peccasti in Deum, q u a n d o cepistí Ovetensem
e p i s c o p u m , et q a o d n o n p l u e t , n e c f a m e s e x i e t á r e g n o t u o , q u o u s -
q u e s e l v a s et d i m i t t a s ín p a c e p r a e d i c t u m e p i s c o p u m . H o c á n d i t o
R e x mixit nuntios ad Astoricensem episcopum Dominum Xemennm,
cui c o m m e n d a v e r a t O v e t e n s e m ecclesiam et possit absolví p r a e f a t u m
O v e t e n s e m e p i s c o p u m et restituít e u m Ecclesiae s u a e . A b illa igitur
die D o m i n e s J e s ú s Ghristus super facíem t e r r a e p l u v i a m d e d í t et
t é r r a d e d i t f r u c t u m s u u m et e x p u l s a fuit f a m e s á r e g n o suo. D e l u d e
(1} Contiene t a m b i é n , con el titulo de Scriptores A n t i q u i H i s p a n i a e , la

crónica de Isidoro Pacense (Epítome), del vetusto Códice ovetense, el croni-
cón Emilanense, el Iriense, ol de Alfonso I I I , el de Sampiro, los Anales c o m -
plutenses, el Cronicón del Silense, la crónica de Alfonso el E m p e r a d o r , la
h i s t o r i a del mismo. Prefacio de (los) Anales compostelanos, de Toledo, otros
anales, los do G a r c i a Sánchez J u r a d o de Sevilla, la g e n e a l o g í a de los condes
de Barcelona según el Códice de Jacobo Villa, l a de Diego Monsar y la de
los reyes de A r a g ó n y condes de Barcelona.
En el Cronicón I r i e n s e i n c l u y e lo relativo al Concilio Lucense y á la H i -
tación.
a l i u d d e t e r i u s e g i t t y r a n n u s i l l e R e x : t r e s s e r v i E c c l e s i a e S. J a c o b i
Apostoli q u o r u m n o m i n a sunt h a e c J a d o n e m et C a d o n e m et Ensio-
n e m a c c u s a v e r u n t a p u d e u m falso D o m i n u m s u u m A t a u l f u m Epis-
c o p u m c r i m i n e pessimo. Ule v e r o , u t e r a t indiscretus, facile p r a e b u i t
a u r e s illi a c c u s a t i o n e falsísimo et c r e d i d í t misít q u e v e l o u t e r n u n -
tios, qui dicerent J a c o b e n s i Episcopo, q u o d in die R a m o r u m P a l -
m a r u m post c o n s e c r a t u m C h r i s m a Oompostella, exiret et in die cae-
n a e Domine Ovetum, ubi ipse erat, veniret, I n t e r i m a u t e m R e x jus-
sit a d d u c i b o v e s i n d ó m i t o s q u a m p l u r e s e x q u i b u s eiegit u n u m f e -
rocissimum, q u e m t e n e r e fecit, d o ñ e e v e n i r e t p r a e d í c t u s E p i s c o p u s .
Pontífex vero constituto die, ovetum venit; cui milites Regis dixe-
runt quod prius veniret a d R e g e m q u a m Ecclesiam intraret: ipse
vero fultus in Domino dixit: E g o ibo a d R e g e m R e g u m p r i u s e t
S a l v a t o r u m n o s t r u m et postea v e n i a m a d T y r a n u m R e g e m v e s t r u m :
illus i n t r a v i t E c c l e s i a m nostro Salvatoriis et i n d u í t se sacris P o n t i -
fiealibus i n d u m e n t í s et celébrate Divino Mysterio, sic a c Ecclesia
i n d u t u s exiit, et a d l o c u m u b i t a u r u s e r a t a n t e fores P a l a t i i R e g í s ,
ubi fere omnes Astures c o n v e n e r a n t a d spectaculum venit. T u n e
R e x t a u r u m dimítti praecepit: ille a u t e m velociter c u c u r r í t et cor-
n u a in m a n í b u s Episcopí dimisit et r e v e r s u s m u l t u s dirísores inter-
fecit, p o s t e a s y l v a s ; u n d e v e n e r a t petiit. E p i s c o p u s i t a q u e a d e c c l e -
siam reversus cornua quae in manibus tenebat; ante altare nostre
S a l v a t o r i s projecit, et J a d o n e m , et E n s i o n e m et C a d o n e m e x c o m u -
n i c a v i t ; et o r a v i t et d i x i t , q u o d d e s e m i n e e o r u m u s q u e i n finem
m u n d i q u í d a m e s e n t leprosi et alli c a e c í et alíi c l a u d i et alii m a n e i
p r o p t e r c r i m e n f a l s u m q u o d i m p o s e r a n t ei; et m a l e d í x i t R e g í , e t
dixit: q u o d in s e m i n e ejus s u r r e x i s e t p a l a m , cunctis v í v e n t í b u s h o c
seelus. Delude episcopus exutus sacris vestibus noluit ultra videro
t y r a n u m illum sed m a n s i t íbi in e a d e m s e d e q u a t u o r diebus et I I
feria post P a s c h a a b Oveto c u m suis exiit et in valle P r a v í e n s i a d
E c c l e s i a m S a n c t a e E u l a l i a e v e n i t et íbi m a n s i t . Quo i n loco p e r c u s -
s u s íníirmitate, c o r p u s et s a n g u i n e m D o m i n i s u m p s i t et q u a r t a f e .
r i a e i l l u c e s c e n t e d i e s p i r í t u i n D o m i n o t r a d i d i t . T u n e fui q u i v e n e -
r a n t c u m eo s t a t i m f e r e t r u m f e c e r u n t i n q u o e u m a d e c c l e s i a m u b i
Episcopus fuerat, d e p o r t a s e v o l u e r u n t . Sed R e x noster caelestís e u m
t a m i n m o b i l e m fecit u t á m i l l e m a n í b u s h o m í n u m n o n posset a l i -
q u a m t u l u m moveri. D e h i n c consilio accepto in sepulchro lapídeo
ó p t i m o in S a c r a r i o q u o d est in l a t e r o p r a f a t a e E c c l e s i a e v i r g i n í s
Eulaliae a d Aquílonem sepelierunt. Deinde reversis unt unusquis
quo in própria.
658 HISTORIA
2. Aliud nefas nefandissimus üli Princeps egit Habuit duas no

hiles sórores ex una genuit Infantem Dominum Ordonium ex alia
genuit infantissam Dominam Gelviram Ipse infans OrdoniííS ea;
infantisia Fronildi Pelagii genuit plures filias, quorum nomina sunt
haec: Adefonsus Ordinii, Pelagius Ordonii, Veremundus Ordonii,
Sancius Ordonii, Xemena Ordonii. Ipsa Xemena ex comité Muno-
ne Roderici, genuit comitem Rodericum Munionis qui postea mor-
tuus fuit in lite Sacralias. Praedictus autem Princeps e x una rustica
íemina nomine Velasquita filia Mantelu Velladae de Meres justa
montem coptianem, genuit infantissam Dominam Christinan ipsa
auten christinan genuit e x infante Ordonio filio Ranimiri infantis
caeco plures filios et filias, Adefonsum scilicet Ordonii, Sanciam
Ordonii, et comitissam Eldonciam, quae fuit uxor Pelagii Froillae,
qui Diaconus fuit, et genuit e x illa comitem Petrum Pelagii, Ordo
nium Pelagii, Pelagium Pelagii, Munionem Pelagii et matrem Sua-
rii, comitis, et fratrum ejus et Tarasiam Carrionensem quae edifl-
cavit ecclesiam Sancti Zoili. Praedictus etiam Princeps habuit
duas legitimas uxores una nomine Velasquitam, quam viventem
dimisit; aliam nomine Gelviram duxit uxorem, ex quo genuit dúos 1
filios Adefonsum et Tarasiam. Ipsam vero Tarasiam post mortum
Patris sui dedil frater ejus Adefonsus in conjugio, ipsa nótente,
cuidam Pagano Regi Toletanopro pace. Ipsa autem, ut erat, Chris-
tiana, dixit Pagano Regi. Noli me tangere, quia Paganus Rex es:
si vero me tetigeris Ángelus Domini interficiet te. Tune Rex derisit
eam et concúbuit cumea semel et statim sicut illa prcedixerat, per-
cusus est ab Angelo Domini. Ule autem ut sensit mortem propin-
quam adesse sibi vocahit cubicularius et consiliarios sioos et prcece-
pit illi onerare camellos auro et argento, gennuis et vestibus pre-
tiosis et adducere illam ad Legionem cum totus illis muneribus.
Quo loco illa (el códice 1358 sigue « m monachali habita diu per-
manet et postea in Oveto obiit etc.) in Monasterio sancti Pelagii
sepulta fuit.
3. Igitur propter peccata msmorati Principis Veremundi et po-
puli, Rex Agarenus, cui nomen erat Almanzor una cum filio suo
Adamelehet et cum Ohristiannis comititus exulatis disposuerunt
venire et destruere et depopulare Legionense Regnum. Cum vero
audivissent et cognovissent Legionense et Astoricenses cives illam
plagam venturam super eos ceperunt ossa Regum quce erant sepulta
in Legione et Astoi'ica, una cum corpore Sancto Pelagii Martyris
et intraverunt Asturias et in Oveto in Ecclesia Sanctae Mariae
dignissime sepelierunt ea. Corpus auctem Sanctii Pelagii posue-

runt super altare Beati Joannes Baptistce. Quidam autem ex ci-
vibus Legiones levarerunt Corpus Sancto Froilani episcopi infra
Pyrinaeos montes in valle cesar et posserunt eo svper altare Sancti
Joannis Baptistae. Praedictus itaque Rex Sarracenorum sicut dis-
posuerat, venit cum exercitu magno et destruxit Legionem, et As-
toricam et Coiancam, et circumadjacentes regiones devastavit:
e t A s t u r i a s G a l l a e c i a m e t B e r i z u m n o n i n t r a v i t ; Castella quae-
dam, sicilicet Lunam, Alvam, Gordonem capere non potuit. Cor-
pora verum Regum condiderunt de quibus praediximus, extra ante
s e p u l c r a p r i o r u m R e g u m . I m p r i m a teciía, q u a e est, in m e d i o , con-
d i d e r u n t corpora Adefonsi Regis, et ejus usoris X e m e n a R e g i n a .
In secunda techa qua ad d e x t e r a m partem possuerunt corpora
Ordonii Regis ñlii, Adefonsi et X e m e n a c u m u x o r i b u s ejus M u n i a -
d o m m a et Sancia. I n tertia v e r o t e c h a sepelierunt corpora R a m i m i r i
R e g i s filii O r d o n i i e t M u n i a D o m n a e c u m ñ l i i s e o r u m ; O r d o n i o R e g e |
et ejus u x o r e s G e l v i r a Sancio R e g e et ejus u s o r e T a r a s i a . Ad lae-
v a m a u t e m i n s e c u n d a t e c h a c o n d i d e r u n t c o r p o r a F r o i l a n i R e g i s fi-
lii A d e f o n s i et X e m e n a , t m a c u m u x o r e s u a M u n i a D o m n a : et se-
cus istos in t e r t i a t e c h a sepelierunt R e g i n a m G e l v i r a m , d i c t a m C a s -
t a m ñ l i a m R a n i m i r i et T a r a s i a e . E t i n c u a r t a t e c h a , q u a e est e x -
celsa, sepelierunt R e g i n a m T a r a s i a m u x o r e m Praedicti Regis R a n i -
miri a d caput, a d latus Mausolei Adefonsi Regis casto c o n d i d e r u n t
o s s a filiorum, flliarumque e x p r a e d i c t u R e g i b u s E r a M X X X V .
4. Sed Rex caelestis, sólita pietate, memorans misiricordiae

suae ultionem fecit de inimicis suis: morte et enim quadam subi-
tánea et gladio ipsa gens Agarenorum coepit assidue interire et ad
nihilum quotidie devenire. Praefatum etiam Veremundum Regem
pro tantis sceleribus quae gessit percussit eum dns podagriga inflr-
mitate: ita que deinceps nullum vehiculum ascenderé potuit; sed in
humerus humilium hominam de loco ad locum gestábatur, dum vi-
xit: et in Berizo vitam finivit et in Villabona sepultus fuit et post ali-
quandos annos tralatatus est Legionem.\Eegnavit autem annos XVII.
Alfonso V ( e n P e l a y o d e O v i e d o , F l o r e z , E s p a ñ a S a g r a d a t o m o 14.)
» Q u o d e f u n c t o A d e f o n s u s fllius e i u s h a b e n s á n a t i v i t a t e s u a a n -
n o s V s u c c e s s i t e t a d e p t u s e s t R e g n u m . E r a 1037, e t n u t r i t u s e s t á
Comité M e n e n d o G u n d i s a l v i et ejus u x o r e comitissa D o m n a Majore
i n G a l l a c c i a e t d e d e r u n t flliam s u a m i n c o n j u g i o n o m i n e G e l o i r a m
e x q u a g e n u i t d ú o s filios V e r e m u n d u s e t S a n c i a m . I n b i s d i e b u s
F r e d e n a n d u s R e x fllius S a n c i i G a r c i a e R e g i s d u x i t u x o r e m n o m i n e
660 HISTORIA
S a n c i a m fliiam s u p r a d í c t i r e g i s A d e f o n s i s . T u n e p r a e f a c t u s R e x
Adefonsus venit Legionem, c e l e b r a v i t q u e concilium ibi cnm ómni-
b u s E p i s c o p i s , c o m i t i b u s s i v e e t P o t e s t a t i b u s s u i s , et r e p o p u l a v i t L e -
gionem urbem quae fuerat depopulatae á praedicto Rege Agareno-
r u m A l m a n z o r , et dedit L e g i o n e p r a e c e p t a et L e g e s , q u a e s u n t ser-
v a n d a , u s q u e m u n d u s , i s t e flrmatur: e t s u n t s c r i p t a e i n fine H i s t o -
r i a e R e g u m G o t b o r u m , sive et A r a g o n i e n s i u m . R e g n a v i t a n n o s
X X V I I , et i n t e r f e c t u s est c u m s a g i t a a p u d o p p i d u m V i s e u m i n P o r -
t u g a l e . Sepultus est in L e g i o n e e u m j a m dicta u x o r e sua Geloira.
» B e r m u d o 3.° V e r e m u n d u s I I I .
» Q u o m o r t u s fllius e i u s V e r e m u n d u s s u c c e s i t i n R e g n o P a t r i s
sui. T u n e F r e d e n a n d u s Rex, congrégate m a g n o exercitu pugnavit
c u m cognato suo R e g e V e r e m u n d o in valle T a m a r o n et ibi m o r t u u s
est R e x V e r e m u n d u s e t S e p u l t u s i n L e g i o n e . R e g n a v i t a n n o s X .
E r a M L X X V (1).
D e s p u é s d e lo d e A l f o n s o V , el C ó d i c e d e L e ó n r e p i t e lo d e « I g i ,
tur» en la forma siguiente:
I g i t u r p r o p t e r p e c a t a m e m o r a t i p r i n c i p i s V e r e m u n d i et p o p u l i -
s u p r a d i c t u s r e x M a u r o r u m a l m a n z o r u n a c u m filio a b d e l m e h e t et
c u m christianis comitibus exiliatis c o a d u n a t a maior i et fortioriquam
p r i m a vice m a u r o r u m infinita m u l t i t u d i n e t e r r a m c h r i s t i a n o r u m dis-
p o s u i t i n t r a r e . . . d e v a s t a r e a d v e n i a m i t a q u e ei f a m a p e r
cives legionensis et astoricenses c e p e r u n t ossa r e g u n q u i in legione
et i n A s t o r i c a s e p u l t a e r a n t u n a c u m c o r p o r e S t i P e l a g y m a r t i r y e t
c u m c o r p o r e S t i P r o i l a n episcopi et i n t r a n t i s A s t u r i a s sepelierit corpo-
r a r e g u m O v e t o i n e c c l . S t a . M a r i a . C o r p o r e v e r o Sti P e l a g i s u p e r a l -
tare... Corpus Sti Froilan infra P y r i n e o s montes in valle cesaris su-
per a l t a r e S a n c t i J o h a n n e s . . . l o c a v e r e . P r a e d e s i t a q u e A l m a n z o r si-
oum disposuera, trans cristianos intravit devastavit civitatis legio-
n e m , a s t o r i c a m , c o y a n c a et c i r c u m j a c e n t e s civitates r e g i o n e s
c a s t e l l a o m n i a p r o p t e r a l b a et g o r d o n e m c e p i t , d e s t r u x i t e t d e p o p u -
latur quousque pervenit a d marítimas partes occidentales hispanie.
C o m p o s t e l a civitati et eclesiam S a n c t i J a c o b i et alias ecclesias, m o -
n a s t e r i a , p a l a t i a d e x t r u s i t , fregit, e r e m a v i t t b e s a u r o s et o r n a m e n t i
ecclesia t r a n s p o r t a t a s i g n a ñ Sti. J a c o b i Apostoli i n d e d e c . Cristian,
et e o r u m apostoli J a c o b i m e t a m d u x i t , e a a n t e dei sui s i m u l a c r i p e r
l a m p a d i b u s visithabit a d sepulchrum, vero beato J a c o b o apostoli
frangendum volenter acceder...
(1) F a l t a V en el original.
EL REINADO D E BERMUDO II 661
Del e x a m e n d e estos m a n u s c r i t o s p o d e m o s d e d u c i r l a e x i s t e n c i a
d e u n a p r i m e r a c r ó n i c a d e l o b i s p o D . P e l a y o , h e c h a e n 1132, y a h o r a
podemos a ñ a d i r testimonios q u e confirman nuestra hipótesis.
E n e f e c t o . M o r a l e s d e c r i b e el c ó d i c e q u e l l a m a o v e t e n s e , q u e e m -
pieza con la fecha d e la consagración de P e l a y o y con u n a s g e n e a -
logías d e las cuales dice «Pelagius d e Oveto etsi í n d i g n u s E p i s c o -
p u s propria m a n u scripsit hace genealogías», q u e corresponden á
r e y e s g o d o s y á r e y e s d e C a s t i l l a y v a n i n c l u i d a s e n unos circuios,
á continuación de las cuales h a y otras muchas de la Sagrada E s -
c r i t u r a ; y c o m o e n n i n g u n o d e l o s c ó d i c e s n ú m e r o s 1.358 y 1.533
c o r r e s p o n d i e n t e s a l a ñ o 1342 el p r i m e r o y a l s i g l o x i i i e l s e g u n d o ,
q u e son los ú n i c o s q u e se c o n s e r v a n d e los escritos en la E d a d M e d í a ,
se e n c u e n t r a n dibujados dichos círculos, p u e s u n o n o contiene e n la
p a r t e c o r r e s p o n d i e n t e dibujo a l g u n o , y del siglo xiii e n v e z d e c í r c u -
los e m p l e a r o m b o s , resulta, á m e n o s d e s u p o n e r e n Morales u n a í g - •
norancia t a l q u e confundiera rombos con círculos, q u e consultó u n :
m a n u s c r i t o q u e h o y n o poseemos e n el q u e d i c h a s ñ g u r a s encerra- ,
ban las genealogías.
Contenía el códice, s e g ú n Morales, u n t r a t a d o q u e e m p e z a b a :
Incipit n u m e r u s sedium H í s p a n i e n s i u m , del q u e a ñ a d e : Vocatur est
l i b e r i s t e t h a t i u m a b illo q u i e u m s c r i p s i t n o m e n a c c e p i t .
El retrato d e la c r u z angelical de Oviedo.
• U n a cifra a n t i g u a d e l r e y D . Alonso, q u e decía Adefonsi prin-
cipis s u m .
Itacii chronicon (que es l a división d e W a m b a ) .
Sebastianí Salmanticensi Episcopis chronicon.
V u l s a e chronicon (al m a r g e n : W i s i g o t h o r u m ) . Después d e m e n -
c i o n a r los o b i s p a d o s c o n t i n ú a : I t a c i i i n c i p i t . I n n o m i n e D o m i n i n o s -
tri Jesu-Christí incipit líber de nominibus Suevorum e t E v a n d a l o -
r u m , A l a n o r u m et G o t h o r u m a b e r a CCCV, v o c a t u s est líber iste
I t a t i u m a b illo q u i e u m s c r i p s i t n o m e n a c c e p i t . A l l l e g a r á T e o d o -
míro dice q u e fué católico, q u e empezó en l a e r a D V , y luego i n s e r t a
el a c t a d e l c o n c i l i o d e B r a g a . P o s t h o s G o t h i , e t c . , q u e e s l a s u c e s i ó n
de los godos en l a forma en q u e consta e n l a crónica d e W u l s a , y a l
llegar a l r e y W a m b a i n c l u y e la d e m a r c a c i ó n d e los obispados. Al
final d e e s t a p a r t e d i c e : I t a c i i l í b e r finitur.
Cronicón d e Sampiro con l a traslación d e las reliquias del Arca
á Oviedo. Chrographia Isidoro Junnior, Incipit chroníca r e g u m Go-
t h o r u m a beato Isidoro Hispalensis ecclessiae episcopi at Atanarico
rege Gothorum usque a d catholicum regum Wa.mbanae seripta.
•OT.TDK1.
662 HISTORIA
L a Historia de la rebelión de Paulo contra W a m b a , por Julián

Pomerio.
V a r i a s c a r t a s d e los o b i s p o s e n t i e m p o d e l o s g o d o s .
L a h i s t o r i a d e S e b a s t i á n d e S a l a m a n c a , y a l final d i c e : H u n i s q u e
Pelagius.
L a historia de P e l a y o d e Oviedo y algunas otras cosas.
E l M s . , 1346, q u e p r o c e d e n t e d e l a B i b l i o t e c a d e F e l i p e V e x i s t e
en la Nacional, es copia d e otro q u e contenía S i m u l a c r u m crucis
ovetensís.
Líber regis Adífonsi.
Genealogía r e g u m Gottorum.
Ledes episcopales H i s p a n i a e .
Líber Itacii.
Sebastiani Episcopi Salmanticensis Historia.
Vulsae chroníeon.
Templí compostellaní ínstauratu, íncerto auctore.
S i s e b u t i R e g í s et G r e g o r i e P a p a e E p i s t o l a m .
Juliani Pomerií Historia.
V e m o s a q u í l a C r u z d e O v i e d o e n el p r i m e r l u g a r y M o r a l e s l a
d e s c r i b e e n el t e r c e r o , ó s e a d e s p u é s d e l l i b r o d e I t a c i o , y l a s c a r t a s
de Sisebuto antes de la historia de J u a n Pomerio, en v e z de estar
después, como dice Morales. Por último, en la copia ú l t i m a m e n t e
r e s e ñ a d a s e d i c e q u e t e n í a p i n t a d a s l a s figuras d e l R e y y d e d o n
Pelayo.
Es cierto que u n a n u e v a e n c u a d e m a c i ó n h a podido ser causa d e
l a a l t e r a c i ó n m a n i f i e s t a e n el o r d e n d e los t r a t a d o s , p e r o n o e s m e n o s
c i e r t o q u e n o t i e n e e x p l i c a c i ó n f á c i l el q u e l a s g e n e a l o g í a s q u e a p a -
r e c í a n e n c í r c u l o s h o y e s t é n e n r o m b o s e n el c ó d i c e 1.513, y q u e n o
a p a r e z c a n e n c e r r a d a s e n n i n g u n a c l a s e d e figuras e n el 1.358, si n o
se a d m i t e la existencia r e a l y efectiva d e u n códice original q u e
t e n í a l a C r u z d e O v i e d o e n el c o m i e n z o y e n c e r r a d a s e n c í r c u l o s l a s
genealogías, al cual c o r r e s p o n d e r í a la e r a d e 1170, c o n s i g n a d a
i g u a l m e n t e que en las copias q u e Morales y otros vieron, en la copia
d e l s i g l o XIII d e l a B i b l i o t e c a N a c i o n a l , y d e l a c u a l c a r e c e el c ó -
d i c e n ú m e r o 1.358, p o r q u e é s t e n o s e f o r m ó e n d i c h a e r a , s i n o d i e z
a ñ o s d e s p u é s , s i e n d o l a e n q u e fué e s c r i t o l a q u e c o n s i g n ó e n d i f e -
r e n t e l u g a r (1180).
H u b o , p u e s , u n a c r ó n i c a f o r m a d a p o r P e l a y o e n 1132, y o t r a e n
1142, a m b a s d i f e r e n t e s e n t r e s í , d e l a s c u a l e s sólo s e c o n s e r v a o r i -
g i n a l la s e g u n d a , y en copia m u y a n t i g u a a q u e l l a o t r a (siglo x m ) ;
h a b i e n d o diferencias esenciales respecto d e los r e i n a d o s d e Bermu-

d o I I , d e l c u a l s e s u p r i m i ó , e n l a d e 1 1 4 2 , t o d o lo r e l a t i v o a l O b i s -
p o Adulfo, lo d e l a r ú s t i c a V e l a s q u i t a y a l g u n o s otros d e t a l l e s d e
menor importancia.
¿Qué p u d o m o t i v a r esta m u d a n z a ? A n u e s t r o juicio es claro y ob-
vio: Don Pelayo, que recopiló las crónicas éhistorias d é l o s reyes, y
q u e r e c o g i ó d e l a t r a d i c i ó n o r a l e n 1132 a l g u n a s n o t i c i a s , c o m o m a n i -
fiesta a l d e c i r e n s u c r ó n i c a d e e s t a f e c h a « s i c u t á m a i o r i b u s e t p r e -
d e c e s o r i b u s s u i s i n q u i s i v i t e t a u d i v i t » , p u d o a n t e s d e 1142 c o n s u l t a r
el c r o n i c ó n I r i e n s e , e n el c u a l v i o q u e A d u l f o d e I r l a n o f u é o b i s p o
e n t i e m p o d e B e r m u d o , y e n s e g u i d a r e c t i f i c ó el e r r o r c o m e t i d o s u -
p r i m i e n d o lo r e l a t i v o a l m i s m o ; i g u a l m e n t e q u e r e c t i f i c ó lo d e V e l a s •
quita, de la cual h a b í a dicho q u e tuvo con ella á la infanta Cristina,
y d e s p u é s q u e fué m u j e r l e g í t i m a d e D o n B e r m u d o , p a r a d e j a r
c o n s i g n a d o s ó l o l o q u e e n ú l t i m o l u g a r d e c í a d e e l l a . E n c u a n t o ¿i
la supresión d e la n o t i c i a del e n t e r r a m i e n t o en Oviedo d e los restos
d e los r e y e s t r a s l a d a d o s d e s d e L e ó n , h a y q u e t e n e r e n c u e n t a q u e
e s t a c r ó n i c a d e 1142 e s , e n o t r o s t r a t a d o s , m á s b r e v e q u e l a d e 1 1 3 2 ,
y p u d o m u y b i e n a b r e v i a r esto q u e p a r a la historia g e n e r a l no ofre-
cía u n interés sumamente grande.
Con esta l i g e r a e x p o s i c i ó n q u e d a desecho el a r g u m e n t o m á s po-
deroso q u e se h a esgrimido c o n t r a D . P e l a y o e n Oviedo. El h o m b r e
q u e rectifica u n error d e investigación d e b e m e r e c e r el respeto d e
l a crítica, y q u e D . P e l a y o lo rectificó lo p r u e b a n o sólo lo e x p u e s -
to anteriormente, sino la c i r c u n t a n c i a d e q u e e n la c r ó n i c a d o n d e
s u p r i m e lo d e A d u l f o a c o m p a ñ a l a o b r a q u e l e s i r v i ó p a r a c o n o c e r
la verdad.
ANTONIO BLÁZQUEZ.
Cs
BIBLIOGRAFinS CRITICAS
CHARLES OKAN: A history of Ihe Peninsular war: Vol. 777. Sepl. i So^. Dec-181 o,
Ocaña-Cddiz. Busacco-Torres Vedras. W i t h inaps a n d i l l u s t r a t i o n s . O x f o r d . At
t h e C l a r e n d o n P r e s s . 1908.
E n 1902 a p a r e c i ó el p r i m e r v o l u m e n d e e s t a o b r a y e u 1903 el se-

g u n d o ; e n el prólogo del p r i m e r o m a n i f i e s t a Mr. O r n a n , p r o f e s o r d e His-
t o r i a M o d e r n a e n l a U n i v e r s i d a d d e Oxford, l a r a z ó n d e p u b l i c a r s u
o b r a ; «desde h a c e m u c h o s años, dice, n o se h a t r a t a d o e n I n g l a t e r r a d e
escribir e n c o n j u n t o l a h i s t o r i a d e e s t a l u c h a ; el l i b r o d e N a p i e r , p u b l i -
c a d o h a c e s e t e n t a a ñ o s , es a i i n l a p r i n c i p a l o b r a d e e s t a clase; d e s d e e u -
tonoes h a n sido p u b l i c a d o s m i d t i t u d d e d i a r i o s , a u t o b i o g r a f í a s , corres-
p o n d e n c i a s y m o n o g r a f í a s e n F r a n c i a , I n g l a t e r r a y E s p a ñ a ; estos m a t e -
r i a l e s n o h a n sido a p r o v e c h a d o s p a r a r e a l i z a r u n a l a b o r d e síntesis; l a
obra excelente del general Arteche no es a p e n a s conocida en Inglate-
r r a » : a d e m á s , u n a feliz c a s u a l i d a d puso e n m a n o s del i n f a t i g a b l e y dis-
t i n g u i d o profesor d e O x f o r d , u n a c o n s i d e r a b l e m a s a d e m a t e r i a l e s i n é d i -
t o s : S i r Carlos V a u g h a n h a b í a l e g a d o al Colegio All Souls d e O x f o r d
m i d t i t u d d e d o c u m e n t o s , m a n u s c r i t o s é i m p r e s o s , e n t r e ellos el diario
d o n d e a n o t a b a sus p e r s o n a l e s i m p r e s i o n e s ; e s t e d i p l o m á t i c o i n g l é s l l e g ó
á l a C o r u ñ a e n S e p t i e m b r e d e 1808 o n c o m p a ñ í a d e Mr. Carlos S t u a r t , e l
primer emisario enviado p o r I n g l a t e r r a p a r a e n t r a r en relación con l a
J u n t a C e n t r a l E s p a ñ o l a ; v i n o h a s t a A r a n j u e z , interveviando alcaldes y
curas, copiando lápidas romanas y anotando cuanto de notable veía ú
oía; c o n f e r e n c i ó c o n C u e s t a y C a s t a ñ o s d e s p u é s d e l a b a t a l l a d e B a i l e n ,
pasó á Z a r a g o z a t e r m i n a d o el p r i m e r sitio, v i v i ó a l l i e n c o m p a ñ í a d e P a -
lafox, pudo conversar con Agustina d e Aragón, y la víspera de l a bata-
l l a d e T u d e l a , a b a n d o n a n d o el e j é r c i t o d e A r a g ó n , t r a s l a d ó s e á M a d r i d ;
d e allí f u é e n v i a d o c o n d e s p a c h o s p a r a S i r J o h n Moore, y d e s p u é s d e l a
r e t i r a d a de éste, embarcó p a r a I n g l a t e r r a , llevando allá la noticia de
los d e s a s t r e s d e l a g u e r r a d e E s p a ñ a .
E n 1809 r e g r e s ó á E s p a ñ a y s i r v i ó bajo l a s ó r d e n e s d e d i f e r e n t e s e m -
bajadores ingleses e n Sevilla y Cádiz; cuidadoso e n e x t r e m o , pudo r e c o -
BIBLIOGRAFÍAS 665
g e r e n o r m e c a n t i d a d d e p e r i ó d i c o s , folletos, copias d e d o c u m e n t o s y a u n
i n f o r m e s q u e sus a m i g o s d e E s p a ñ a l e e n v i a b a n (S. G e n i s , el i n g e n i e r o
q u e dirigió l a s defensas de Z a r a g o z a , e n t r e otros); esos m a t e r i a l e s p e r -
m a n e c í a n i n é d i t o s y ellos h a n decidido á Mr. O m á n , t r a s q u i n c e a ñ o s d e
e s t u d i o , despxiés de l e e r l a m a y o r p a r t e d e los l i b r o s p u b l i c a d o s y d e h a -
cer r e p e t i d o s viajes á E s p a ñ a y P o r t u g a l , no sólo p a r a e s t u d i a r e n los
a r c h i v o s oficiales y p a r t i c u l a r e s , sino p a r a v i s i t a r p e r s o n a l m e n t e los
c a m p o s d e b a t a l l a y p r i n c i p a l e s l u g a r e s d o n d e t u v i e r o n l u g a r los h e c h o s
históricos m á s s a l i e n t e s , á a c o m e t e r la e m p r e s a de r e d a c t a r u n a o b r a d e
c o n j u n t o , refiriéndonos m e t ó d i c a y c l a r a m e n t e los sucesos d e l a g u e r r a d e
la Independencia española-
J u n t o á e s t a copia d e m a t e r i a l e s é i n v e s t i g a c i o n e s e s t á n los q u e al-
g u n o s p a r t i c u l a r e s h a n ofrecido al d i s t i n g u i d o h i s t o r i a d o r , m e r c e d á los
cuales a c l a r a , rectifica y a m p l i a no pocos episodios d e l a l u c h a , m a l com-
p r e n d i d o s é i n e x a c t a m e n t e e x p u e s t o s p o r los a u t o r e s q u e l e h a n p r e c e -
dido; es d e a l a b a r e n l a o b r a , a d e m á s , l a i m p a r c i a l i d a d y e q u i l i b r i o con
q u e j u z g a p e r s o n a s y sucesos; e u este p u n t o los e s p a ñ o l e s d e b e m o s a l
i l u s t r e profesor de Oxford, el q u e d e s h a g a y rectifique los juicios q u e f o r '
m u l o N a p i e r , e x t e n d i d o s e n t r e el p ú b l i c o i n g l é s , d e p r e s i v o s p a r a los e s -
p a ñ o l e s y t a n e x a g e r a d o s y f u e r a do r a z ó n e n m u c h o s casos, como
c u a n d o califica á P a l a f o x d e t i t i r i t e r o y a t r i b u y e l a d e f e n s a del P a r q u e
de M a d r i d á q u e D a o l z y V e l a r d e e s t a b a n b o r r a c h o s y p o r eso d e s o b e d e -
c i e r o n las ó r d e n e s de l a e n t r e g a de las a r m a s qite c u s t o d i a b a n .
El tomo I I I c o m p r e n d e u n p e r i o d o de dieciséis meses, y como dice ej
a u t o r en el p r ó l o g o , a b r a z a l a crisis c e n t r a l de l a g u e r r a ; W e l l i n g t o n
o r g a n i z a l a l u c h a a p e l a n d o á t r e s p r o c e d i m i e n t o s : l a d e v a s t a c i ó n del
p a í s , el l e v a n t a m i e n t o e n m a s a d e P o r t u g a l y el e s t a b l e c i m i e n t o d e l a
f a m o s a l i n e a d e T o r r e s Y e d r a s , a n t e l a c u a l se e s t r e l l a n los esfuerzos d e
M a s s e n a ; el r e l a t o de e s t a s m e d i d a s y l u c h a s o c u p a n g r a n p a r t e del t o m o ;
al fin d e ellas t e r m i n a l a ofensiva d e M a s s e n a y c o m i e n z a ol a v a n c e
c o n t i n u a d o del ejército a n g l o - h i s p a n o - p o r t u g u é s ; como dice M r . O m á n ,
al c e d e r M a s s e n a , i n i c i a e n S o b r a l l a n o c h e del 14 de N o v i e m b r e de 1810
a q u e l l a r e t i r a d a , q u e h a b í a d e t e r m i n a r en T o l o s a el 11 d e A b r i l d e 1814:
e r a el p r i n c i p i o d e l fin.
El r e s t o del t o m o e s t á d e d i c a d o á l a s o p e r a c i o n e s d e S u c h e t e n A r a -
g ó n , • C a t a l u ñ a y V a l e n c i a y Soult on A n d a l u c í a ; ofrece n u e v o s d e t a l l e s
d e l a d e f e n s a de G e r o n a — á lo m e n o s p a r a el p ú b l i c o i n g l é s — y e s t u d i a
la desdichada c a m p a ñ a de Areizaga en la Mancha, preterida h a s t a a h o r a
p o r los h i s t o r i a d o r e s .
E l t o m o , e d i t a d o con v e r d a d e r o lujo, c o n t i e n e 14 m a p a s y p l a n o s , los
r e t r a t o s d e W e l l i n g t o n y M a s e e n a , facsímiles de u n i f o r m e s e s p a ñ o l e s e n
1808 y 1810, de m o n e d a s y u n copioso í n d i c e de n o m b r e s p r o p i o s .
Es o b r a de t a l i m p o r t a n c i a , q u e s u e s t u d i o lo j u z g o i n d i s p e n s a b l e
p a r a todo ol q u e h a y a d e o c u p a r s e en lo sucesivo e n t r a b a j o s r e l a c i o n a -
666 HISTORIA
dos con l a g u e r r a d e l a I n d e p e n d e n c i a y p i e n s o q u e s e r i a u n a m u y ú t i l y
p a t r i ó t i c a e m p r e s a el q u e f u e r a p u b l i c a d a u n a t r a d u c c i ó n e s p a ñ o l a d e
tan excelente libro.
E. I. y R .
M . G H GEOFFROY DE GRANDMAISON. Correspondancc du comte de la Forest, Jlmbos-

sadeur de Trance en Espagne (i8o8-i8i3), publié pour le Sociéle d'Jiistoire con-
temporaine. Tome TI, Janvier. Septemhre i8og. P a r i s , P i c a r d e t fils., i v o l . , 1908.
E n 1905 a p a r e c i ó el t o m o I d e e s t a ouriosisima c o r r e s p o n d e n c i a , edi-

t a d o t a m b i é n p o r M. d e G r a n d m a i s o n , c o n el a p o y o d e l a d o c t a S o c i e -
d a d f r a n c e s a ; a l tomo I p r e c e d í a u n a c o m p l e t a b i o g r a f í a del C o n d e d e l a
F o r e s t ; colocado j u n t o á M u r a t por el E m p e r a d o r , á fin d e q u e s u p l i e r a
con s u s consejos l a f a l t a d e s e n t i d o p o l í t i c o d e é s t e , q u e t a n sólo e r a u n
b u e n g e n e r a l d e c a b a l l e r í a , p u e d e d e c i r s e q u e e n l a c o r r e s p o n d e n c i a del
e m b a j a d o r f r a n c é s , h a s t a a h o r a i n é d i t a , está l a c l a v e d e m u c h a s d e t e r -
m i n a c i o n e s q u e e n t o n c e s d i e r o n l u g a r á i m p o r t a n t e s sucesos.
El t o m o I I c o m p r e n d e l a c o r r e s p o n d e n c i a e n v i a d a d e s d e E n e r o h a s t a
S e p t i e m b r e d e 1809: paso á paso v a s i g u i e n d o l a s fluctuaciones d e l a l u -
c h a a r m a d a , q u e c o m i e n z a p o r el c u m p l i m i e n t o d e l a famosa o r d e n d e
N a p o l e ó n , « a r r o j a r los i n g l e s e s al m a r » , q u e l l e v a á efecto Soult y s i g u e
p o r l a t e n a c i d a d c o n q u e el e j é r c i t o a n g l o - h i s p a n o p o r t u g u é s , á l a s ó r d e -
n e s d e W e l l e s l e y c o m i e n z a á t o m a r l a ofensiva; j u n t o á e s t a s n o t i c i a s
m i l i t a r e s b a s t a n t e conocidas, h a y o t r a s i n t e r e s a n t í s i m a s r e f e r e n t e s á
l a h i s t o r i a i n t e r n a p o l í t i c a y social; c o m i e n z a e l t o m o d e s c r i b i e n d o l a
e n t r a d a del R e y J o s é e n M a d r i d , el d e s p e g o y a u n odio d e l p u e b l o , y m á s
a d e l a n t e d a curiosos d e t a l l e s y a p r e c i a c i o n e s s o b r e el Consejo d e Minis-
tros y l a s sesiones d e l Consejo d e E s t a d o , s u s m i e m b r o s , los d e c r e t o s del
R e y p a r a o r g a n i z a r l a h a c i e n d a , l a a d m i n i s t r a c i ó n , el e j é r c i t o , los b i e -
n e s d e l a I g l e s i a , e t c . ; p o n e fin a l t o m o u n copioso í n d i c e d e n o m b r e s
propios y u n d e t a l l a d o Í n d i c e d e m a t e r i a s .
E n v a n o es l l a m a r l a a t e n c i ó n a c e r c a d e l a i m p o r t a n c i a d e estos n u e -
v o s m a t e r i a l e s p a r a l a h i s t o r i a d e l a g u e r r a d e l a I n d e p e n d e n c i a ; el edi-
t o r , p o r m e d i o d e f r e c u e n t e s n o t a s a c e r c a d e p e r s o n a j e s ó hechos nom-
brados en las cartas del embajador francés, a c l a r a y completa la inteli-
g e n c i a del t e x t o ; e s t a l a b o r , r e a l i z a d a p o r q u i e n como M. d e G r a n d m a i -
son d o m i n a e s t a época, á c u y o e s t u d i o v i e n e d e d i c a d o h a c e a ñ o s , d a m a -
yor valor é importancia á t a n interesante libro.
E. I. R.
BIBLIOGRAFÍAS 667
MiauEL ALLUÉ SALVADOR, Licenciado en Ciencias Históricas.—los Sitios de Xara-

goza ante el Derecho Internacional (con varios fotograbados y un plano de la
ciudad en aquella época): Zaragoza, un folleto de laS páginas, Biblioteca crEs-
peranzas». T i p . de M . Sevilla: i peseta.
A u n q u e i n d i c a e n el prólogo e l Sr. Allué, j o v e n e x a l u m n o d e l a F a -

c u l t a d z a r a g o z a n a , q u e v a á l i m i t a r s e á e s t u d i a r t a n solo aquellos e p i -
sodios d e los Sitios q u e g u a r d e n r e l a c i ó n con el D e r e c h o I n t e r n a c i o n a l ,
ea lo cierto q u e a d e m á s d e c u m p l i r e s t e propósito, p r e s e n t a u n c u a d r o
sintético, b i e n t r a b a d o d e los dos famosos asedios. C u i d a d o s a m e n t e v a
b u s c a n d o el a u t o r , c u a n t o a t a ñ e á su p r i n c i p a l propósito, e n t r e l a m a s a
de hechos: asi, se fija e n e l c a r á c t e r i n t e r n a c i o n a l d e los dos ejércitos si
t i a d o r y s i t i a d o , las e s t r a t a g e m a s e m p l e a d a s por ambos, l a i n t e r v e n c i ó n
d é l a s mujeres e n l a l u c h a , el clero e n los Sitios, l a c o n d u c t a d e los f r a n -
ceses con los edificios religiosos y hospitales, l a c a p i t u l a c i ó n y el despo-
jo d e l a s r i q u e z a s c u s t o d i a d a s e n el templo del P i l a r .
A p e s a r d e ser el a u t o r j o v e n y z a r a g o z a n o , es d e a l a b a r q u e e n el fo-
lleto n o a p a r e c e n p á r r a f o s d e r e t ó r i c a h u e c a n i d e c l a m a t o r i a p a t r i o t e r í a ;
v a e x p o n i e n d o con c l a r i d a d y precisión los hechos, a p o y á n d o l o s e n los
textos d e las fuentes c o e t á n e a s y a g r e g a n d o juiciosos c o m e n t a r i o s ; y es
q u e el Sr. A l l u é n o es vm dilettanti d é l o s estudios históricos, sino u n p r o -
fesional d e l a h i s t o r i a , q u e e m p i e z a sus t r a b a j o s m o d e s t a m e n t e , p e r o
d e n t r o d e los c á n o n e s d e l a v e r d a d e r a y m o d e r n a t e n d e n c i a d o m i n a n t e
e n l a construcción h i s t ó r i c a .
A v a l o r a n el folleto fotograbados, r e p r o d u c i e n d o m o n e d a s d e F e r n a n -
do V i l y J o s é N a p o l e ó n , u n a m e d a l l a a c u ñ a d a e n 1814 a l r e g r e s a r a q u é l
d e F r a n c i a , e n d o n d e a p a r e c e n las r u i n a s d e l a U n i v e r s i d a d d e Z a r a g o -
za, v o l a d a por los franceses, y u n p l a n o d e Z a r a g o z a q u e f a c i l i t a e n g r a n
m a n e r a e l s e g u i r las p e r i p e c i a s d e los dos Sitios, p u e s e s t á formado e n
vista d e los mejores publicados e n E s p a ñ a é I n g l a t e r r a .
E. I. Y R.
j . DAUDEVARD DE FERUSSAC, oficial del Ejército Sitiador. "Diario histórico de Tos Si-
tios de Zaragoza. Vertido al español por F . j . J. Zaragoza, 1908. Lib. de C. Gas-
ea, Coso, 33. Un folleto de 68 páginas, 1 peseta.
L a c o n m e m o r a c i ó n del c e n t e n a r i o d e los Sitios, e x c i t a el celo d e edi-

tores y e r u d i t o s p a r a r e p r o d u c i r t r a d u c i d o s , los relatos q u e n o s h a n q u e -
d a d o d e los testigos p r e s e n c i a l e s e x t r a n j e r o s ; e n t r e éstos o c u p a l u g a r
p r e f e r e n t e e l d e M. D a u d e v a r d d e F e r u s s a c ; fué p u b l i c a d o e n P a r i s a l
668 HISTORIA
poco t i e m p o d e t e r m i n a d a l a g u e r r a , p e r o los ejemplares e r a n rarísimos

y es b u e n servicio el d e l editor d a n d o al público u n a n u e v a v e r s i ó n e n
castellano.
E l oficial francés asistió sólo al s e g u n d o asedio y e s t u v o a g r e g a d o á
l a división G a z a n , q u e bloqueó y tomó el a r r a b a l s i t u a d o en l a m a r g e n
i z q u i e r d a d e l E b r o ; su r e l a t o se l i m i t a , p u e s , á lo o c u r r i d o e n este l u g a r ,
y completa el d e R o g n i a t , q u e a b a r c a el completo d e l Sitio; se d i s t i n g u e
de este e n q u e es m á s l i t e r a r i o y científico a u n q u e menos m i l i t a r . D a u -
d e v e r d e r a u n oficial culto y e r u d i t o ; a p e n a s t o m a d o el convento d e Ca-
p u c h i n o s , e x a m i n a l a biblioteca, d a noticia de las obras q u e allí h a b l a y
l a m e n t a a m a r g a m e n t e s u d e s t r a c c i ó n ; e n sus c a r t a s , v a l i é n d o s e de los
libros e n c o n t r a d o s en los conventos q u e t o m a b a el ejército francés, d a
u n a historia de Z a r a g o z a m u y c o m p e n d i a d a pero m u y e x a c t a , d a d a s l a s
fuentes conocidas e n l a época; su descripción de Z a r a g o z a y las reflexio-
nes q u e le s u g i e r e s u estado, después d e c o n q u i s t a d a , son m u y r a z o n a -
bles y o p o r t u n a s ; es a d e m á s u n r e l a t o m u y i m p a r c i a l y respetuoso c o n
los enemigos; todo esto a v a l o r a el m é r i t o do t a n útilísimo t r a b a j o .
E. I. R.
l o i Silios de Zaragoza. —Homenaje de los generales franceses y españoles, d Jos hé-

roes de la Independencia. Un volumen. Madrid, 1908. Biblioteca Ateneo, con re-
tratos, 10 pesetas.
El D i r e c t o r d e l a R e v i s t a Ateneo, D . M a r i a n o Miguel Val, h a q u e r i d o

conocer el juicio q u e a c e r c a d e los Sitios de Z a r a g o z a e x p o n í a n los g e n e -
rales españoles y franceses, d e m a y o r r e n o m b r e a c t u a l m e n t e ; á s u peti-
ción h a n respondido los españoles L ó p e z D o m í n g e z , P r i m o de R i v e r a ,
A z c á r r a g a , W e y l e r , P o l a v i e j a , Ochando, L u q u e , M a r t i t e g u i , González
P a r r a d o , E c h a g ü e , S u á r e z I n c l á n , H o r e , M a r v á y M a d a r i a g a , y los fran-
ceses B o n n a l , G a l l i e n i y B a z a i n e - H a i t e r .
No soy p a r t i d a r i o d e estas recopilaciones de juicios, escritos—muchas
veces—por compromiso, p o r q u i e n e s n o t i e n e n n i c o s t u m b r e d e escribir,
ni conocimientos profundos e n las m a t e r i a s , a c e r c a d e las cuales se les
p i d e s u opinión, p o r n o h a b e r s e d e d i c a d o e s p e c i a l m e n t e á su estudio; d e
a q u í el g r a v e peligro d e q u e r e s u l t e n u n desfile d e l u g a r e s comunes y
r e t ó r i c a h u e c a ; creo q u e el b u e n o r d e n s o c i a P p i d e q u e e s c r i b a n los q u e
d e ello h a c e n especial profesión y e n ella a d q u i e r e n s i n g u l a r p e r i c i a y
d e n t r o d e éstos, d e c a d a a s u n t o , aquellos q u e mejor los conozcan por ha-
berse dedicado á su especial estudio; los d e m á s , . e n c a m i n a n d o su activi-
d a d á o t r a s funciones sociales, n o menos i m p o r t a n t e s q u e l a s d e estu-
d i a r y escribir, d e b e n l i m i t a r s e á c o m p r a r y leer libros.
BIBLIOGRAFÍAS 669
N o p u e d e , sin e m b a r g o , d e c i r s e e n a b s o l u t o , q u e el l i b r o d e q u e m e
o c u p o , sea i n ú t i l p a r a l a i n v e s t i g a c i ó n h i s t ó r i c a : h a y e n él a l g u n o s e s t i -
mables trabajos y en otros, datos interesantes y desconocidos.
E l g e n e r a l P r i m o de R i v e r a a d u c e curiosas n o t i c i a s oídos á sus a n t e -
p a s a d o s , a l g u n o de los c u a l e s t o m ó p a r t e m u y p r i n c i p a l e n los Sitios; el
g e n e r a l O c h a n d o t r a e juicios, a l g u n o s m u y i n t e r e s a n t e s y poco conocidos
de escritores e x t r a n j e r o s q u e e s c r i b i e r o n de los Sitios; el g e n e r a l S u á -
r e z I n c l á n , d a u n s u c i n t o p e r o a c e r t a d o r e s u m e n d e los dos asedios, y el
g e n e r a l H o r e , poco conocidos d a t o s d e los a r t i l l e r o s q u e en ellos t o m a r o n
parte,
E l t r a b a j o del g e n e r a l M a r v á es de otro c o r t e ; es u n a c o n f e r e n c i a
p r o n u n c i a d a e n el C e n t r o A r a g o n é s d e M a d r i d , no u n a s c u a r t i l l a s escri-
t a s d e e n c a r g o ; e s t u d i a con g r a n o r d e n y m é t o d o los i n c i d e n t e s d e los dos
Sitios, y p o n e d e r e l i e v e c o n frase j u s t a y v i v a , y á v e c e s con el t e s t i m o -
nio d e los escritores franceses, el h e r o í s m o d e los d e f e n s o r e s ; muy i n t e r e -
s a n t e el d e l g e n e r a l M a d a r i a g a a l e s t u d i a r el v a l o r de l a s fortificaciones
en l a g u e r r a y v e r d a d e r a m e n t e sugestivo el e p ü o g o del d i s t i n g u i d o e s c r i -
t o r m i l i t a r t e n i e n t e c o r o n e l Sr. I b á ñ e z M a r í n , al c o m p a r a r , c ó m o f u e r o n
e n t r e g a d a s l a s p r i n c i p a l e s f o r t a l e z a s y p l a z a s f u e r t e s d e E u r o p a á los
ejércitos d e N a p o l e ó n , m i e n t r a s q u e e n E s p a ñ a , Z a r a g o z a y G e r o n a s e
d e f e n d í a n con sin i g u a l b r a v u r a .
El l i b r o e s t á l u j o s a m e n t e e d i t a d o , y l l e v a los r e t r a t o s y firmas d e S u
M a j e s t a d y d e todos los escritores q u e en él h a n c o l a b o r a d o ; el t o m o es
el p r i m e r o d o l a B i b l i o t e c a ilíe?ieo, q u e b a j o l a d i r e c c i ó n d e e s c r i t o r t a n
d i s t i n g u i d o como D, M a r i a n o M i g u e l de V a l , se p u b l i c a e n M a d r i d .
E. I. y R .
REVISTA DE REVISTAS
GUERRA c o n t r a los f r a n c e s e s y sus p r i n c i -

DE LA INDEPENDENCIA p a l e s h a z a ñ a s . = N ú m e r o s del 1 5
(CONTINUACIÓN) M a r z o a l 3 0 M a y o : MARQUÉS DE
SBOANE," Correspondencia habida
Rev. Aragón., Z a r a g o z a , M a r z o , entre el Ministro de Marina y sus
1 9 0 8 : FRANCISCO AZNAR NAVARRO, subordinados en San Sebastián,
El cabildo de Zaragoza en 1808 durante el reinado de José Bona-
y 1809. (Conclusión.) E x a m i n a l a parte. R e l a c i ó n d e l a s ó r d e n e s cir-
intervención del Cabildo después culadas del Poder central á Gui-
del p r i m e r sitio e n el r e p a r t o de púzcoa hasta Diciembre de 1 8 0 9 . =
socorros y l a s v i c i s i t u d e s d u r a n t e BO M a r z o y 3 0 M a y o , 1 9 0 8 : ÁNGEL
e l s e g u n d o , e n el q u e p o r a u s e n - GOROSTIDI, Guipúzcoa en la guerra
cias, y s o b r e t o d o p o r e n f e r m e d a - de la independencia. Continuación
des, casi l l e g ó á e x t i n g u i r s e . T e r - d e e s t e t r a b a j o , e n el q u e t r a t a del
m i n a e s t e e x c e l e n t e t r a b a j o con I v i a j e á B a y o n a d e l a f a m i l i a r e a l ,
m u y r a z o n a d a s c o n s i d e r a c i o n e s ¡ y d e los comienzos d e l a l u c h a e n
a c e r c a d e l influjo del i d e a l r e l i - G u i p ú z c o a . = 1 5 M a y o , 1 9 0 8 : EULO-
gioso e n los d e f e n s o r e s . = Marzo, GIO SERDAN, Vitoria el 19 de Abril
1 9 0 8 : G. DESDBVISES DU DEZERT, de 1808. R e l a c i ó n d e los sucesos
Ideas de Napoleón acerca de Espa- a c a e c i d o s e n esa c i u d a d e n di-
ña. ( C o n t i n u a c i ó n . ) E x p o n e l a s cho d í a . = 1 5 M a r z o , 1 9 0 8 : F . LÓPEZ
c o n s e c u e n c i a s del m o t í n d e A r a n - ALEU, Gaspar de Jáuregui. Breve
j u e z , los j u i c i o s d e l E m p e r a d o r so- noticia de este guerrillero euskal-
b r e la familia r e a l española y las d u n a y d e su i n t e r v e n c i ó n e n l a
negociaciones y e n t r e v i s t a s q u e g u e r r a de la i n d e p e n d e n c i a .
precedieron á la abdicación de Car-
los I V y F e r n a a d o V I I y á l a v e n i -
da de José Bonaparte. Esp. Mod., M a y o , 1908: CARLOS
CAMBRONERO, La Cruz de Madrid.
Curioso a r t í c u l o q u e n a r r a l a d e -
Eusk.'Err., 3 0 M a y o , 1 9 0 8 : TEODO- f e n s a h e r o i c a d e los h a b i t a n t e s d e
RO DE IRADIER, Guerrillas vascon- M a d r i d al a t a q u e del e j e r c i t o m a n -
gadas.Relación b r e v e d e las g u e r r i - d a d o p o r el mismo N a p o l e ó n e n los
llas q u e se l e v a n t a r o n e n e s t e p a í s tres primeros días de Diciembre de
REVISTA D E REVISTAS 671
1 8 0 8 , con los d e s a c i e r t o s c o m e t i d o s REGENCIA DE

por la J u n t a de defensa y l a inep- MARÍA CRISTINA DE BORRÓN
t i t u d d e las a u t o r i d a d e s . A l g u n o s
a ñ o s d e s p u é s se concedió á los d e - Bol. Ao. Hist., N o v i e m b r e , 1 9 0 7 :
fensores el uso d e u n a c r u z , d e don- Reales órdenes de la Reina Gober-
d e t o m a n o m b r e el t r a b a j o . nadora D.^ María Cristina de Bor-
bón {1836-1838), vedando la extrac-
Ilust. Esp. Amer., 3 0 A b r i l , 1 9 0 8 : ción á país extranjero de preciosos
J . PÉREZ DE GUZMÁN, El primer objetos artísticos é históricos. Pu-
centenario del dos de Mayo. Ar- blica tres: de 2 de Septiembre de
ticulo q u e c o n d e n s a las n o t i c i a s r e - 1836, 2 8 de Abril de 1 8 3 7 y 2 0 de
f e r e n t e s á los a n t e c e d e n t e s y des- A g o s t o d e 1 8 3 8 ; se r e c u e r d a l a p r o -
arrollo de la famosa j o r n a d a . hibición y la necesidad de cumplir
las leyes vigentes.
R. Q. H., A b r i l , 1 9 0 8 : GBOFFROY DE
GRANDMAISON, Les debuts de Joseph ISABEL II
Bonaparte á Madrid. Interesante

Ilust, Esp. y Amr., 8 ; 1 5 , 2 2 y 3 0 d e
a r t í c u l o s o b r e el g o b i e r n o y h e c h o s
A g o s t o d e 1 9 0 7 : J . PÉREZ DE GUZ-
del reinado d e B o n a p a r t e desde
MÁN, La rehabilitación del Princi-
Enero h a s t a Abril de 1 8 0 9 , s e g ú n
pe de la Paz. L a r g a r e l a c i ó n d e l a s
la correspondencia ( q u e publica)
r e p e t i d a s s ú p l i c a s d e G o d o y á los
del e m b a j a d o r f r a n c é s M . d e L a
d i s t i n t o s G o b i e r n o s e s p a ñ o l e s , pin-
F o r e s t . = A b r i l , 1 9 0 8 : BALAGNY,
tándoles s u situación precaria y
Campagne de l'empereur Napoleón
p i d i e n d o se le d e v o l v i e s e n los b i e -
en Espagne (1803-1809). Noticia de
n e s confiscados y p e n s i o n e s , p e r m i -
l a a p a r i c i ó n del t o m o V de e s t a
tiéndole vivir en E s p a ñ a , h a s t a q u e
obra, que contiene, con b a s t a n t e
después de recibir m u l t i t u d de ne-
d e t a l l e y con l a b a s e d e l a corres-
g a t i v a s y d e s d e n e s se d e c r e t a su
pondencia de varios protagonistas,
p e t i c i ó n y se le r e h a b i l i t a e n 1 8 4 7
las b a t a l l a s de A l m a r a z , Uclés y
por el G o b i e r n o d e D . J o a q u í n
demás acontecimientos h a s t a la
Francisco P a c h e c o . Publica las
m a r c h a de Napoleón.
cartas y documentos que en todo
e s t e d i l a t a d o a s u n t o se e s c r i b i e r o n .
FERNANDO VII 8 N o v i e m b r e , 1 9 0 7 : ÁNGEL R . CHA-
Eusk. Err., 1 5 O c t u b r e , 1 9 0 7 ; VES: Las jornadas de Julio del 54.
J . GOLA Y GOITI, Documento cu- S u c i n t a r e l a c i ó n d e los h e c h o s p r i n -
rioso. P u b l i c a c i ó n í n t e g r a d e u n c i p a l e s q u e se r e a l i z a r o n e n Ma-
d o c u m e n t o q u e el a u t o r h a descu- drid en aquella famosa revolución.
b i e r t o e n el a r c h i v o d e su c a s a y Continúa en números sucesivos.=
q u e os u n a r e c o p i l a c i ó n d e l a s p r e s - 8 y N o v i e m b r e 1 9 0 7 : J . PÉREZ DE
cripciones más usuales de las Orde- GUZMÁN, LOS que estafan á los Go-
n a n z a s municipales de Vitoria e n biernos y engañan á los Príncipes.
1830. R e l a c i ó n d e los h e c h o s d e l a c c i d e n -
672 HISTORIA
t a d o s e g u n d o tercio del p a s a d o si- tamental d'antiquités de Rouen. Es-

g l o con la p a r t i c i p a c i ó n e n ellos del t u d i a ese bajo r e l i e v e , i n t e r e s a n t e
desgraciado i n f a n t e ; D . Enrique, p a r a conocer las relaciones comer-
t r a i c i o n a d o por h o m b r e s q u e á su ciales d e F r a n c i a con el Brasil en el
vez e n g a ñ a b a n al G o b i e r n o . = 30 siglo X V I . = L . D i G ü E T , lê ^peyote*
O c t u b r e , 1907: ÁNGEL R . CHAVES, £ ¿ et son usage rituel chéz les indiens
atentado del cura Merino. Noticia du Nayarit. Se refiere á l a h i e r b a
d e t a l l a d a del a t e n t a d o d e q u e fué peyotl (en c a s t e l l a n o peyote), c u y a s
v i c t i m a Isabel I I e n 1852. p r o p i e d a d e s e m b r i a g a d o r a s ó alu-
c i n a n t e s u t i l i z a n los indios m e x i -
Eusk. Err., 15 S e p t i e m b r e 1907: canos desde m u y a n t i g u o . E n la bi-
ÁNGEL DE GOKOSTIDI, Tercios vas- b l i o g r a f í a del a s u n t o c i t a el a u t o r
congados en África. L i g e r a r e s e ñ a b a s t a n t e s libros e s p a ñ o l e s . = H .
d e las t r o p a s v a s c o n g a d a s q u e m a r - BBUCHAT y DR. R I B B T , Contribu-
c h a r o n al África en 1860 y p a r t e tion á l'étude des langues colorado
q u e t o m a r o n en los c o m b a t e s . et capaya. Son idiomas q u e se h a -
b l a n e n ia R e p ú b l i c a del E c u a d o r .
R. Cr., 27 F e b r e r o 1908; PAUL D o c u m e n t o s : Instrucción formada
AzAN: La Legión étrangere en Es- por el coronel D, Fernando de la
pagne {1835-1836). Noticia d e e s t a Concha, Gobernador que ha sido
o b r a e n l a q u e se describe, tal vez de la provincia del Nuevo México,
con d e m a s i a d a minuciosidad, la i n - para... su Subcesor el Teniente Co-
tervención de la legión francesa ronel D. Fernando Chacón. Año
d e A r g e l i a en la g u e r r a c a r l i s t a de 1194. M u y i n t e r e s a n t e p a r a co-
bajo l a s b a n d e r a s d e Isabel I I . nocer el e s t a d o social y político d e
M u e s t r a h a b e r v i s i t a d o v a r i o s Ar- l a r e g i ó n y el del clero r e g u l a r . E n
chivos é i n v e s t i g a d o e n las posibles el Bulletin critique d e este m i m e r o ,
fuentes d e conocimiento. a n á l i x i s de numerosos libros y fo-
lletos r e f e r e n t e s á historia, a n t r o -
AMÉRICA pología y g e o g r a f í a de México, Chi-
le, A r g e n t i n a , Costa R i c a , P a n a m á
Bull. Hisp., B o r d e a u x , Octobre- y P e r ú . E n l a sección d» Noticias,
D e c e m b r e , 1907: H . LOKIN Noté sur v a r i a s sobre m o m i a s b o l i v i a n a s ,
la formatión de la nationalité ar- t r a d i c i o n e s y ritos de los indios d e
gentine. E s t u d i a cómo los e m i g r a n - L a s P r a d e r a s y los indios del P a -
tes, i t a l i a n o s e n su m a y o r í a , se v a n raguay.
f u n d i e n d o con los elementos n a t i -
vos del p a i s , mezcla d e españoles é
indios, y formarán en breve u n a Esp. Mod., E n e r o y M a r z o , 1908:
verdadera nacionalidad. JERÓNIMO BBCKEH, La independen-
cia de América. T r a b a j o m u y i n t e -
I Soc. Amer. París, tomo IV, n . " 1 r e s a n t e y d o c u m e n t a d o s o b r e los
(1907): T. HAMY, Les basrelief de p r e l i m i n a r e s del r e c o n o c i m i e n t o d e
V Hotel du Brésil, au Musée depar- l a i n d e p e n d e n c i a d e l a A m é r i c a Es-
REVISTA DE REVISTAS 673
p a ñ o l a por l a Metrópoli t r a t a n d o ISLAS FILIPINAS

de destruir la opiniób que sustenta N., N e w - Y o r k , October, 1 9 0 7 : The
la resistencia constante de España Philippine Assembly. '
á t a l a c t o . E s t u d i a los diversos as-
pectos q u e ofreció el p r o b l e m a , l a PORTUGAL
mediación inglesa, l a política de l a N. R. H. D., 1 9 0 4 , n.° 4 : J. B . M i s -
r e a c c i ó n , el s e g u n d o p e r i o d o cons- POULBT. T e r m i n a su estudio sobre
titucional y la intervención de las l a Tabla de Aljustrel. (Ver C U L T U -
p o t e n c i a s , s e ñ a l a d a m e n t e d e los EA, n." V I I I , p á g . 9 5 1 . )
E s t a d o s Unidos y F r a n c i a .
Szádok, D i o . , 1907: L. KROPP,
1
Viajeros extranjeros en Hungría
Eusk. Err. 3 0 D i c i e m b r e , 1 9 0 7 : i ( e n h ú n g a r o ) . Se refiere á D . P e d r o ,
A. G o R O S T i D i , Sucesos de Talambo. Infante de Portugal, 1426-28, y á
Breve narración de este atropello Pero Tafur.
c o m e t i d o e n el P e r ú c o n u n o s v a s - R. H. D., t . X X I , n . ° 2 1 : L. F A R -
c o n g a d o s , y q u e fué u n o d e los a n - GES. L'infante Isabelle de Portu-
t e c e d e n t e s d,e l a g u e r r a q u e el tugal et ser dix-sept prétendants.
P e r ú y Chile m a n t u v i e r o n con E s - Curioso p a r a la h i s t o r i a de P o r t u -
paña^ g a l á fines del siglo x v i i , 1 6 6 9 - 1 6 9 0 .
NOTICIAS
Una piedra miliar del iVIuseo provincial de antigüedades de Barcelo

na.—El c o n s e r v a d o r d e l M u s e o d i o c e s a n o d e V i c h , D . J o s é G u d i o l , h a
p u b l i c a d o r e c i e n t e m e n t e u n o p ú s c u l o t i t u l a d o L'ctusa romana y lo
seu temple. E n él s e o c u p a d e l a v í a d e c o m u n i c a c i ó n q u e u n í a d i
cha i m p o r t a n t e c i u d a d con otra de las costas c a t a l a n a s . Menciona
á e s t e o b j e t o l a s s e i s p i e d r a s m i l i a r e s q u e c i t a r o n el c a n ó n i g o R i -
poll y Pi y Margall, pertenecientes á dicha vía ó carretera; cuatro
c r e e q u e s o n l a s q u e se t r a s l a d a r o n e n 1891 á V i c h , y f u e r o n c o l o
c a d a s e n s u t e m p l o r o m a n o , y o t r a q u e c o n el n ú m . 1.281 e x i s t e e n
el Museo provincial d e a n t i g ü e d a d e s de Barcelona.
E s t a n o p r o c e d e d e S a n t a E u l a l i a d e R o s a n e s , c o m o s e c r e í a y sí
d e l s i t i o e n d o n d e e s t u v i e r o n c o l o c a d a s a q u é l l a s , ó s e a e n e l molino
de Las Canas, e n t r e C e n t e l l a s y A y g u a f r e d a , p e r t e n e c i e n t e s á l a v í a
r o m a n a de Vich á Barcelona.
La piedra miliar que existía en Santa Eulalia de Rosanes, par
tido de G r a n o l l e r s , c a s a V e r m e l l , s i r v i e n d o d e g u a r d a r u e d a s , fué
e x a m i n a d a y copiada por D . Manuel de BotaruU, y publicada por
H ü b n e r c o n e l n ú m . 4 . 7 5 6 d e s u c e l e b r a d o Corpus. E n 1891 o b t u v i
m o s s u c e s i ó n p o r p a r t e d e su p r o p i e t a r i o , y f u é c o l o c a d a e n e l Mu
s e o p r o v i n c i a l d e a n t i g ü e d a d e s ( n ú m . 1.614). (1.)
Creemos s e r í a e s t a p i e d r a m i l i a r u n a de l a s seis q u e e x i s t í a n á
m e d i a d o s d e l s i g l o p a s a d o e n Las Canas, p u e s .se s a b e q u e u n a d e
(1) El P . D. Fidel Fita, en u n articulo publicado en el BaleHn de la Real

Academia de la Historia, tomo X I X , p á g i n a 123, dice: que esta piedra miliar
fué á p a r a r al Museo arqueológico de Barcelona, confundiéndose la proce
dencia con la del miliarco de S a n t a Eulalia de Eosanes (Hübner, núm. 4.956).
P o r testimonio de D. J a i m e Collell, referente al difunto D. J a i m e Caladres,
he sabido la cesión al Museo de Barcelona por el padre del actual propieta
rio de Lat Canas.
NOTICIAS 675
e l l a s e s t a b a descalabrada, y l o e s t á l a i n d i c a d a ; es u n t r o z o d e c o -
lumna en mal estado de conservación.
El Sr. Gudiol lee:
MV.SEG.M.
P R O C V S
XXI.
L a t r a n s c r i p c i ó n d e e s t a i n s c r i p c i ó n p o r H ü b n e r ea d i s t i n t a ,
p e r o se a j u s t a á lo q u e l e e m o s e n el o r i g i n a l :
M. S E R G I O (1)
PROCOS
XXI.
E l n o m b r e d e M a n i ó S e r g i o e s c o n o c i d o p o r los e s c r i t o s d e P o l y -
b i o ( s e g u n d a g u e r r a p ú n i c a ) . L a d i s t a n c i a d e 2 1 m i l l a s , 32 k i l ó m e -
t r o s , d e t e r m i n a e l sitio d e s u p r o c e d e n c i a .
P o r el i n t e r é s a r q u e o l ó g i c o q u e t i e n e el o p ú s c u l o d e l S r . G u d i o l ,
creemos o p o r t u n o p u b l i c a r estos d a t o s q u e c o n s t a n e n el catálogo
m a n u s c r i t o del Museo d e Barcelona.
A. E. D E M.
Congreso Histórico internacional de la D . GASCÓN GUIMBAO: La provin-

guerra de la Independencia y su épo- cia de Teruel en la guerra de la
ca (1807-1815), Zaragoza. Independencia.
P . L o N Q Á s B.^RTiBAS: La repre-
L a l i s t a d e los t e m a s ofrecidos sentación aragonesa en la Junta
p a r a este Congreso h a s t a 30 de J u - Suprema Central.
n i o es l a s i g u i e n t e . Memoria de los Sitios de Zara-
C . NAVARRO LAMAUCA: Influen- goza, por DOMINGO GARCÍA I B I Ñ B Z
cia de la invasión napoleónica en (inédita).
los Virreynatos españoles de Amé- R . ALTAMIRA CKBVBA: Biografía
rica, en especial en el dd Rio de la dd general D. José Joaquín Martí.
Plata. J . BBCKBR: La acción de la di-
C . R I B A GARCÍA: Datos para la plomacia española durante la gue-
bibliografía de los Sitios de Zara- rra de la Independencia.
goza. R . MAYOR: Estudio de la vida y
R . GRAS ESTEVA: Datos para la campañas del general D. Felipe
ocupación francesa en Lérida de Perena.
1810 á 1815. G . GARCÍA ARISTA: Estudio bio-
S. DopORTo: La sociedad arago- gráfico de Agustina de Aragón.
nesa al comenzar d siglo XIX. E . LUNA: Biografía del Excelen-
(1) E n esta copia que poseemos i n t e r p r e t a la primera linea:

«Manius Sergio Manni filios».
676 HISTORIA
tisimo Sr. D. Francisco Javier Fe- documentada de los gastos abona-

rraz y Cornel. dos por la Junta Suprema de Ara-
G. M . " VEKGAEA: La Virgen del gón, de Febrero de 1809.
Pilar, los Sitios de Zaragoza y la A las Secciones en que se divi-
Jota Aragonesa. dirá el Congreso, de las cuales dá-
F . ALMARCHB: Ensayo de biblio- bamos c u e n t a en el n ú m e r o a n t e -
grafía valenciana de la guerra de rior, h a y que a g r e g a r o t r a n u e v a -
la Independencia. m e n t e establecida y q u e se t i t u l a
F- RODRÍGUEZ L A N D E T R A : El Folklore y narraciones populares
ejército español en el primer Sitia literarias referentes á la guerra de
de Zaragoza. la Independencia.
A. SALCEDO RUIZ: Juicio crítico L a mayor p a r t e de las líneas fé-
de las guerrillas en la guerra de la r r e a s españolas h a n concedido l a
Independencia. aplicación de l a t a r i f a X-17 que re-
M. DÍAZ RODRÍGUEZ: La guerra baja á los congresistas el precio
de la Independencia como factor del billete en u n 50 por 100 aproxi-
del progreso de España. m a d a m e n t e : las t a r j e t a s de i d e n t i -
M . CASADO: Estudio biográfico dad p a r a este objeto se h a n distri-
de la Rda. Madre Maria Rafols. buido y a á los señores congresistas.
Heroína de los Sitios, fundadora L a concesión comprende no sólo los
del Instituto de Hermanas de la días de la celebración del Congre-
Caridad de Sta. Ana. Superiora del so (14 á 20 del próximo Octubre)
Hospital de Mra. Sra. de Gracia sino v e i n t e dias a n t e s y después de
de Zaragoza desde el 1804 al 1852. estas fechas,
J . IBÁÑEZ MARÍN: ¿Cómo eran Se solicitará o p o r t u n a m e n t e q u e
nuestras instituciones militares S, M, el R e y i n a u g u r e el Congreso,
en 1808? de ser posible.
R . M . DE LABRA: Los problemas Se h a solicitado del Gobierno es-
americanos en las Cortes de Cádiz. pañol que conceda autorizaciones
G. DESDBVISES DU DJSZBBT: La p a r a asistir al Congreso, á los f u n -
Constitución de Bayona. cionarios oficiales.
M . DE PAÑO Y RUATA: Cuenta
fía fallecido D . Antonio Aulestia Pijoán. Su nombre evoca el p r i m e r

período de la r e s t a u r a c i ó n de los J u e g o s Florales. Formó p a r t e de a q u e l
g r u p o q u e fundó «Le J o v e C a t a l u n y a » y luego La Renaixensa, periódico
éste del q u e fué d u r a n t e largo tiempo el crítico literario, dando en los
análisis q u e hizo p r u e b a s de su b u e n gusto y perspicaz juicio.
F i g u r ó en p r i m e r a línea en sociedades tales como l a «Liga de Catal-
u n y a » y la «Associacló C a t a l a n i s t a d'Excursions».
Su a c t i v i d a d corría p a r e j a s con su t a l e n t o . Sus escritos sobre m o n u -
mentos de esta r e g i ó n son e n g r a n n ú m e r o . Refundió y anotó en u n
v o l u m e n los estudios q u e sobre C a t a l u ñ a hicieron P i f e r r e r y P i y
Margan.
NOTICIAS 677
P e r o su o b r a c a p i t a l es l a Historia de Catalunya, escrita con a m o r

y sinceridad.
E n ella a p r e n d i e r o n muchos c u a l fué el p a s a d o de esta t i e r r a . L a cla-
r i d a d y concisión r e s p l a n d e c e en las p á g i n a s d e esa o b r a .
D e u n t i e m p o a c á v i v í a algo r e t r a í d o del campo de l a política, en q u e
h a b l a t e n i d o g r a n p a r t i c i p a c i ó n , siendo sus consejos tenidos e n m u c h o ;
y del campo l i t e r a r i o , d o n d e su p e r s o n a l i d a d se h a b r á de t e n e r s i e m p r e
en cuenta.
D e s c a n s e en p a z . Al s e n t i m i e n t o g e n e r a l q u e h a c a u s a d o su m n e r t e ,
ú n e s e el testimonio de n u e s t r o r e s p e t o al e m i n e n t e historiador.
D e u n i n t e r e s a n t e d e s c u b r i m i a n t o arqueológico, r e c i e n t e m e n t e efec-
t u a d o e n l a c o m a r c a d e las G a r r i g a s (Lérida) por D. Julio Soler y D. Ce-
ferino R o c a f o r t , se dio noticia en el «Centre Excursionista de C a t a l u n y a » .
Se t r a t a de u n a s p i n t u r a s e s t a m p a d a s en l a p e ñ a v i v a e n f o r m a de
«balma», e x i s t e n t e en la r i b e r a del Sed, m u y s e m e j a n t e s á las q u e se h a n
e n c o n t r a d o en D o r d o g n e y p r o v i n c i a de S a n t a n d e r , a t r i b u i d a s á los t i e m -
pos prehistóricos, a v e n t a j a n d o en cierto modo á éstas, por h a l l a r s e r e -
p r e s e n t a c i o n e s h u m a n a s e n medio de l a v a r i a d a f a u n a d e los r u m i a n t e s
q u e en u n a s y o t r a s se v e n r e p r e s e n t a d a s . C o n t a n d o con el apoyo del
d u e ñ o de la finca, los expresados señores se p r o p o n e n h a c e r a l g u n a s e x -
c a v a c i o n e s y u n d e t e n i d o r e c o n o c i m i e n t o del país, p a r a c o n t i n u a r el es-
tudio de este tesoro d e n u e s t r o a r t e p r i m i t i v o . L a copia h a e s t a d o e x -
p u e s t a estos días en la r e f e r i d a S o c i e d a d .
E n l a misma h a dado D . P e l e g r í n Casados y Gr.'jmatxes l a 86 ^ confe-
r e n c i a de A r q u e o l o g í a , 2." de las H í s p a n l a s a n t e r r o m a n a s , o c u p á n d o s e d e
l a s i n m i g r a c i o n e s de los iberos y de los fenicios, o r i g e n y p r o c e d e n c i a
ue estas r a z a s .
El A y u n t a m i e n t o d e P a l m a d e M a l l o r c a , por 19 votos c o n t r a 14, h a
a c o r d a d o l a demolición de la P u e r t a d e S a n t a M a r g a r i t a , ú n i c o r e s t o d e
a r q u i t e c t u r a m i l i t a r morisca q u e q u e d a b a en d i c h a c i u d a d ; c o n t r a ese
a c u e r d o h a n p r o t e s t a d o , a d e m á s de los arqueólogos y orudltos q u e infor-
m a r o n en c o n t r a , e n l a información a b i e r t a a l objeto, l a «Comisión de
M o n u m e n t o s históricos», l a «Sociedad de Amigos d e l País», l a «Acade-
m i a p r o v i n c i a l de Bellas Artes» y la «Sociedad A r q u e o l ó g i c a L u l i a n a » .
E n I g u a l a d a se h a c e l e b r a d o u n a «Exposición h i s t ó r i c a d e l a g u e r r a
do la I n d e p e n d e n c i a en C a t a l u ñ a » . S u c a t á l o g o c o m p r e n d e 1.345 t í t u l o s
de obras, foüetos, hojas s u e l t a s , r e t r a t o s y r e c u e r d o s históricos d e a q u e -
lla g u e r r a . M e r e c e cumplidos elogios D . J o s é F i t e r , q u e h a t e n i d o á s u
c a r g o l a d i r e c c i ó n t é c n i c a d e a q u e l l a Exposición.
Se h a p u b l i c a d o el tomo p r i m e r o d e u n a o b r a sobre n u m i s m á t i c a ca-
t a l a n a , e s c r i t a p o r D. J . B o t e t . O b t u v o u n p r e m i o de 7.000 p e s e t a s en el
C e r t a m e n M a r t o r e l l c e l e b r a d o e n B a r c e l o n a . Esta misma m a t e r i a h a b l a
sido t r a t a d a e n o t r a o b r a q u e a l c a n z ó a n t e r i o r m e n t e accésit en a q u e l
C e r t a m e n y e x i s t e i n é d i t a e n el A r c h i v o m u n i c i p a l d e B a r c e l o n a .
CULTUEA
678 HISTORIA
L a <Real A c a d e m i a de B u e n a s l e t r a s de B a r c e l o n a » , dedicó e n 2 de
F e b r e r o ú l t i m o u n a sesión de homennje á Don J a i m e I el C o n q u i s t a d o r .
Se dió l e c t u r a de los s i g u i e n t e s t r a b a j o s , escritos todos en c a t a l á n :
Don Jaume y L'arxiu real, por D . F r a n c i s c o de B o f a r u l l .
Los segells del rey en Jaume I, por D. F . S a g a r r a .
Significado general del centenari de Jaume I, por F . C a r r e r a s .
Don Jaume y la unitat catalana, por D. J o a q u í n M i r e t y Sans,
Se h a p u b l i c a d o el informe de D. Adolfo de Castro, de la R e a l A c a -
d e m i a de l a H i s t o r i a , sobre l a o b r a De Manresa al Brueh, escrita p o r
D . Josó S e r v i t j e , p r e s b í t e r o .
U n a Comisión del Centro escursionista de Cataluña, está h a c i e n d o
i n v e s t i g a c i o n e s científicas en l a estación p r e h i s t ó r i c a con p i n t u r a s r e -
c i e n t e m e n t e d e s c u b i e r t a s e a el t é r m i n o de C o g u e (provincia de L é r i d a ) .
Don D o m i n g o Gascón, c r o n i s t a d é l a p r o v i n c i a d e T e r u e l , t i e n e en
p r e p a r a c i ó n u n a o b r a t i t u l a d a La provincia de Teruel en la guerra de
la Independencia; la o b r a c o n t e n d r á g r a n n ú m e r o de ilustraciones como
r e t r a t o s , a u t ó g r a f o s , v i s t a s de poblaciones, m a p a s y planos, etc.; forma-
r á u n a b u l t a d o t o m o en 4 . " m a y o r , con a l u s i v a y a r t i s t i c a p o r t a d a del
a r t i s t a t u r o l e n s e D . Teodoro Gascón.
No se i m p r i m i r á n m á s ejemplares q u e los precisos p a r a c u b r i r la sus-
cripción a b i e r t a y por l a e s p e c i a l i d a d de l a o b r a , p a t r o c i n a d a p o r v a r i a s
Corporaciones; no se r e g a l a r á n i n g ú n e j e m p l a r ; el coste del tomo es d e
3 p e s e t a s ; l l e v a r á al final la lista de suscriptores.
D i r í j a n s e l a s peticiones á D . Tojuás R i b e r a , D e p o s i t a r i o d e l a Dipu-
t a c i ó n d e T e r u e l , ó á D . D o m i n g o Gascón, A l m i r a n t e , 18, p r i n c i p a l ,
Madrid.
Don J o s é M a r í a V a r g a s , d i s t i n g u i d o coleccionista z a r a g o z a n o , ha
p r e s e n t a d o en l a Sección de A r t e r e t r o s p e c t i v o d e l a Exposición His-
p a n o - F r a n c e s a de Z a r a g o z a , u n a serie do m e d a l l a s p a p a l e s , p r o c e d e n -
t e s de su magnifica Colección numismática; á fin d e q u e el p ú b l i c o p u e -
da a p r e c i a r mejor dicha serie, h a publicado el c a t á l o g o de ella; com-
p r e n d e la descripción de 228 m e d a l l a s ; l a más a n t i g u a es de H o n o r i o I I I ,
de 1218; e n u u b i e n escrito y discreto p r ó l o g o , el coleccionista manifies-
t a q u e e s t a colección t i e n e el c a r á c t e r de ser l a s m e d a l l a s c r i s t i a n a s , ar-
t í s t i c a s , históricas y a r q u e o l ó g i c a s , y a d e m á s son menos conocidas en
E s p a ñ a q u e las d e p r o c l a m a c i o n e s d e reyes, m i l i t a r e s , etc., por lo cual
se decide á e x h i b i r l a s .
E n el Centro Mercantil I n d u s t r i a l , y Agrícola de Z a r a g o z a , han con-
t i n u a d o l a s c o n f e r e n c i a s o r g a n i z a d a s p o r la F a c u l t a d de Filosofía y Le-
t r a s d e l a U n i v e r s i d a d de Z a r a g o z a , r e f e r e n t e s á l a g u e r r a de l a Inde-
p e n d e n c i a y de cuyo comienzo d á b a m o s n o t i c i a en n u e s t r o a n t e r i o r nú-
m e r o . El c a t e d r á t i c o D . M a n u e l S e r r a n o S a n z p r o n u n c i ó dos, m u y eru-
d i t a s y d o c u m e n t a d a s del motín de A r a n j u e z y los sucesos anteriores al
2 de Mayo; y D. F e d e r i c o Schwartz, catedrático de dicha Univergidad,
NOTICIAS 679
p r o n u n c i ó o t r a m u y e l o c u e n t e , e s t u d i a n d o l a psicología d e N a p o l e ó n
las causas d e su fracaso en E s p a ñ a .
Las conferencias, m u y c o n c u r r i d a s , fueron i l u s t r a d a s con n u m e r o s a s
proyecciones.
Con el t i t u l o El P. Santander y los franceses en Huesea {1810-
1813), h a a p a r e c i d o e n d i c h a población u n folleto q u e p u b l i c a el m u y
i l u s t r e Sr. D. Miguel S u p e r v i a , S e c r e t a r i o d e C á m a r a de a q u e l Obispado
y h e r m a n o del v e n e r a b l e P r e l a d o oséense.
C o n t i e n e el folleto l a b i o g r a f í a del P . S a n t a n d e r y u n e x t r a c t o de las
A c t a s del Cabildo C a t e d r a l de H u e s c a de 1810 á 1813. P r o p o r c i o n a a b u n -
d a n t e s noticias r e l a t i v a s á l a d o m i n a c i ó n f r a n c e c a e n a q u e l l a c i u d a d , y
á l a s r e l a c i o n e s m a n t e n i d a s por el Cabildo c o n el P . F r . M i g u e l S u á r e z
d e S a n t a n d e r , Obispo a u x i l i a r de Z a r a g o z a , n o m b r a d o Obispo d e H u e s c a
por el G o b i e r n o i n t r u s o .
El Sr. S u p e r v i a , q u i e n m o d e s t a m e n t e firma sólo con sus iniciales, me-
r e c e t e n e r i m i t a d o r e s d e su e s t i m a b l e l a b o r . — P . L .
- * - H a fallecido e n V a l e n c i a el e r u d i t o y laborioso escritor D . P a s c u a l
B o r o n a t , p r e s b í t e r o . E r a hijo d e P e n á q u i l e ; siguió l a c a r r e r a eclesiástica
y profesó e n l a O r d e n de C a r m e l i t a s descalzos, p e r o estuvo s i e m p r e deli-
cado de s a l u d ; y t u v o q u e d e j a r a q u e l l a r e l i g i ó n . E n l a p a r r o q u i a d e
S a n t a C a t a l i n a d e d i c h a c i u d a d , sirvió n n beneficio h a s t a su t e m p r a n a
m u e r t e á l a e d a d de c u a r e n t a y dos a ñ o s .
T r a b a j ó m u c h o en i n v e s t i g a c i o n e s históricas; publicó i n t e r e s a n t e s ar-
tículos en v a r i a s R e v i s t a s , y dos libros, escritos p o r e n c a r g o del R e a l Co-
legio de Corpus Christi, f u n d a d o por el arzobispo de V a l e n c i a , P a t r i a r c a
Ribera, a m b o s r e f e r e n t e s á este i n s i g u e p r e l a d o , y t i t u l a d o s : Los mo-
riscos españoles y su expulsión, V a l e n c i a , 1891, y El Beato Juan de Ri-
bera y d Real Colegio de Corpus Christi, V a l e n c i a , 1904.
- í - T a m b i é n h a fallecido en M a d r i d , después de p e n o s a y l a r g a dolencia,
el docto s e c r e t a r i o d e l a R e a l A c a d e m i a de la H i s t o r i a , D . Cesáreo F e r -
n á n d e z D u r o , c u y a n e c r o l o g í a nos i m p i d e n i n s e r t a r en este n ú m e r o a g o -
bios de espacio; por esta m i s m a r a z ó n , t a m p o c o p u b l i c a m o s la r e s e ñ a del
Congreso histórico de D. Jaime I y su época q u e h a t e n i d o l u g a r en B a r -
c e l o n a e n el p a s a d o mes d e J u n i o : a p a r e c e r á n a m b o s t r a b a j o s e n el pró-
ximo número.
LIBROS RECIENTES
AMÉRICA
(Continuación.)
G: W a t s o n Colé: A catalogue of books relating to the discovery and

early history of North and South America, forming a part of the li,
brary of E. Dwight Chuch. I. {1482-1590}. N e w - T o r k , Dodd-1907, 4.°
vi-478 p á g i n a s , 140 francos.
J . H u m b e r t : Les documents des Archives de Guipúzcoa rélatifs á la-
colonisation espagnole en Amérique. ( E x t r a i t d u Bul. de Geog. historique
et descriptive, n.° 3.)
Relaciones históricas y geográficas de la América Central. Madrid,
1908 (Colee, d e libros y doc. r e f e r e n t e s á l a H i s t . de A m é r i c a . T o m o V H I )
D. P e c t o r : Les richesses de VAmérique Céntrale. P a r í s , 1908.
I g l e s i a s C a l d e r ó n (D. F e r n a n d o ) : Rectificaciones históricas. Las su
puestas traiciones de Juárez. M é x i c o , 1907.
L a r e s (D. J o s é I g n a c i o ) : Etnografía del Estado Mérida. S e g u n d a edi
ción. M é r i d a de Y u c a t á n (México), 1907.
G a r c i a (D. G e n a r o ) : Correspondencia secreta de los principales inter
vencionistas mexicanos en su tercera y última parte. México, 1907.
— Autógrafos inéditos de Morélos y causa que se le instruyó. Mé
x i c o , 1907.
— La intervención francesa en México según el Archivo del Mariscal
Bazaine. M é x i c o , 1907.
T o r i b i o E s q u i v e l : Datos psicológicos para la Historia de Méjico. G u a -
n a j u a t o , 1906.
L u i s G a r c í a P i m e n t e l : Informe sobre los establecimientos de benefi
cencia y corrección en la ciudad de Méjico. Méjico, 1907.
Carlos P e r e y r a . Historia del pueblo mejicano. Dos v o l ú m e n e s . Méjico,
J . Ballesca, s. a. (1907).
U n soldado de l a Vieja G u a r d i a : Porfirio Diaz y su obra. México, 1907.
V e r g a r a y V e l a s c o ( E x c m o . Sr. D . F r a n c i s c o J a v i e r ) : Tratado de me
todología y critica histórica y elementos de cronología colombiana. Bo
g o t á , 1907.
LIBROS RECIENTES 681
— Memoria sobre la construcción de una nueva carta geográfica de

Colombia. B o g o t á , 1906.
— Atlas completo de Geografía colombiana. E n t r e g a s l.'^ y 3.'' E n t r e -
g a 4.°- (12 c a r t a s . B o g o t á , 1907.
D r . Rodolfo R. Sehuller: Sobre el origen de los Charrúas. S a n t i a g o d e
Chile, 1907.
R e n é - M o r e n o (D. G a b r i e l ) : Bólivia y Perú. Nuevas notas históricas y
bibliográficas. S a n t i a g o de Chile, 1907.
S a l g a d o (Dr. D . José): Historia de la República Oriental del Uru-
guay. Tomo I I I . M o n t e v i d e o , 1907.
Villegas (D. Emilio E . de): Bosquejo histórico de tEl Diario Español*
y apuntes biográficos de su Director D. Justo S. y López de Gomara.
Buenos Aires, 1907.
P . H e r n á n d e z : El extrañamiento de los jesuítas del Río de la Plata y
de las Misiones del Paraguay, por decreto de Carlos III. M a d r i d , 1908.
{Colee, de libros y doc. referentes á la Hist. de América. Tomo VIL)
F. G a r c í a C a l d e r ó n : Le Perou contemporain. P a r i s , 1907.
L e w i s S p e n c e . The religión of the anden México and Perú. L o n d o n .
Constable, 1907.
Dr. C a y e t a n o Coll y T o s t é : Prehistoria de Puerto Rico. S a n J u a n d e
P u e r t o Rico, 1907.
E. Gallois: En Amérique du Sud. Notes et impressions. P a r í s , 1908.
ISLAS FILIPINAS
E m m a H . Blair a n d A . R o b e r t s o u C l e v e l a n d : History ofthe Philippi-

ne Islands from heir discovery by Magellan in 1621 to the beginning of
the XVII th century: with description of Japan, China et adjacent
eountries, by Antonio de Morga. Trad into english. C l a r k et C ^ , 1907,
en 8.°, 331 y 209 p á g s . , con l á m i n a s , 35 francos.
^ PORTUGAL
A. d e A l m a d a Les Colonies portugaises. P a r í s , 1908.
EXTREMO ORIENTE
J o s é Cáscales Muñoz: Los Estados Unidos y el Japón. Estudio histó-

rico comparativo de estas dos naciones. Sus analogías y diferencias. Sus
últimos triunfos militares. Monografías aisladas de cada una de ellas. El \
conflicto yanqui-japonés. Sus antecedentes. Conducta de los políticos de
ambos pueblos. M a d r i d , 1908. ]
LITERATURA nObERNfl
/Ailá y Henéndez Pelayo.
E l 4 de M a y o d e 1818 n a c í a e u V i l l a f r a n c a d e l P a n a d e a e l
que fué e x i m i o literato c a t a l á n y gloria de E s p a ñ a , D . M a n u e l
Milá y F o n t a n a l s . El 16 de Julio de 1884 moría e n la propia
población. Quien durante t a n t o s a ñ o s h a b i a sido c a t e d r á t i c o
de Literatura e n l a U n i v e r s i d a d de B a r c e l o n a y m a e s t r o de
m a e s t r o s , entre los que sobresale e l m á s g r a n d e de los c r í t i c o s
é historiadores literarios e s p a ñ o l e s , D . Marcelino M e n é n d e z
y P e l a y o , t e r m i n a b a su v i d a , d e d i c a d a a l estudio, d e j a n d o
tras sí el recuerdo de un v a r ó n probo, modesto, sabio, q u e
n u n c a conoció otra a m b i c i ó n m á s que la de i m p r i m i r h o n d a
huella e n el c a m p o de lo i n t e l e c t u a l . F u é m o d e l o , no sólo d e
literatos, sino de hombres, y mejor seria la opinión que m e r e -
c i é r a m o s á los e x t r a n j e r o s si c o n t á r a m o s c o n m u c h o s escri-
tores c o m o él. Y , sin e m b a r g o , Milá fué un p r o v i n c i a n o que
s e e n c e r r ó h u m i l d e m e n t e e n su c a s a p a r a r e a l i z a r e l m i l a g r o ,
e n a l g u n a s o c a s i o n e s r e p e t i d o , de ser famoso e n a p a r t a d o s
países cuando e n E s p a ñ a p o c o ó n a d a s a b í a n de él ni los que
t e n í a n o b l i g a c i ó n d e c o n o c e r l e y estudiarle. D . J u a n Y a l e r a
ignoró lo que v a l í a Milá h a s t a q u e e n Rusia s e lo dijeron, c a s o
que, e x p u e s t o a h o r a asi, e s c u e t a m e n t e , p a r e c e r á e s t u p e n d o ;
m a s al c u a l e s t a m o s y a por d e s g r a c i a algo a c o s t u m b r a d o s .
Ni siquiera fué Milá c a t e d r á t i c o e n Madrid; pero M e n é n d e z
P e l a y o a c a b a de d e c i r que porque no q u i s o , p u e s á ello l e
d a b a n d e r e c h o las oposiciones que g a n ó . Como otros m u c h o s ^
c a t a l a n e s , hubo de preferir á todo e l v i v i r e n a q u e l l a C a t a -
l u ñ a que tanto a m a b a , el influir s e r i a m e n t e e n su cultura y
m a n t e n e r s e , desde alli, al corriente de l a m a r c h a de l a s i d e a s
685 LITERATURA MODERNA
en el mundo, siempre q u e pudieran i n t e r e s a r l e ; de los estudios

relacionados c o n lo q u e e r a objeto primordial de sus aficiones.
Observatorio, y no destierro, ni l u g a r destinado á la h o l g a n z a
y á u n a fácil r e p u t a c i ó n de c a m p a n a r i o , fué p a r a él lo quo
muchos l l a m a n d e s p r e c i a t i v a m e n t e la provincia, el hondo
pozo d e l cual c r e e n que e s imposible salir, aunque s e g ú n p a r a
q u i e n no lo s e a . A l g o pudo perjudicarle á v e c e s l a falta d e
v i a j e s p a r a consultar, donde s e h a l l a r e n , l o s t e x t o s q u e n e c e -
sitaba; pero, a u n así, lo q u e realizó, luchando c o n este incon-
v e n i e n t e , d e m u e s t r a su claro e n t e n d i m i e n t o y lo q u e hubiera
podido h a c e r contando con m á s f a c i l i d a d e s , á l a s que h a y que
añadir los a d e l a n t o s r e a l i z a d o s h o y y l a m a y o r difusión de l a
cultura.
P e r t e n e c e Milá, como s e v e por la f e c h a c i t a d a al c o m i e n z o
de e s t e artículo, á la g e n e r a c i ó n c a t a l a n a del a ñ o 18, q u e
s e g ú n e x p l i c a m u y bien e l Sr. Rubio y L l u c h e n el prólogo
e n c a t a l á n de l a edición políglota d e Lo Gayter del Llohregat,
fué l a q u e s e entró á b a n d e r a s d e s p l e g a d a s por l a d i r e c c i ó n
romántica q u e h a b í a iniciado e n 1823 l a r e v i s t a El Europeo:
«Los tres principales centros de aquel m o v i m i e n t o fueron Bar-
c e l o n a , Madrid y V a l e n c i a . Por el primero entró a n t e s que
por l o s otros la i n ñ u e n c i a de l a s literaturas i n g l e s a y a l e m a n a ;
el s e g u n d o fué m á s i n t e n s o de v i d a y ejerció m a y o r predo-
minio sobre l a s d e m á s r e g i o n e s d e l pais; el t e r c e r o , m á s pro-
d u c t i v o y fecundo e n la p a r t e editorial. D e aquel grupo brioso
(sigue d i c i e n d o e l Sr. fiubió y Lluch) de los T i ó , S o l y Padrís,
Piferrer, F i g u e r o l a , S e m í s , Garbo, Milá, L l a u s á s , P e r m a n y e r ,
Illas, BofaruU y otros poco posteriores, c o m o Mané, Llorens
y Coll y Vehí, dos figuras se d e s t a c a n sobre todas y s e l l e v a n
la d i r e c c i ó n y jefatura: Piferrer, q u e trae á l a n u e v a e s c u e l a
el e n é r g i c o sello de su i n t u i c i ó n a r t í s t i c a , q u e d e s p i e r t a l a l e -
y e n d a histórica, l a poesía popular, l o s a i r e s de l a tierra y la
arquitectura gótica; y Milá y F o n t a n a l s , q u e se distingue en
la erudición y l a crítica, á l a s q u e l l e v a un espíritu científico,
una seriedad escrupulosa y una p e r s e v e r a n c i a b e n e d i c t i n a e n
el estudio, a n t e s d e s c o n o c i d a s e n E s p a ñ a , y q u e después no
h a n sido m u y f r e c u e n t e s p o r d e s g r a c i a nuestra. D e él dice
MILÁ Y M E N É N D E Z P E L A Y O 687
M e n é n d e z y P e l a y o q u e n o s e n s e ñ ó á todos e l r e c t o c a m i n o y
la s e v e r a d i s c i p l i n a d e l m é t o d o » .
D o n Adolfo B o n i l l a y S a n M a r t i n , q u e á t a n d i v e r s o s a s u n -
t o s s a b e a p l i c a r c o n el mejor é x i t o su c l a r o t a l e n t o y copiosí-
s i m a e r u d i c i ó n , h a d i c h o e n u n a r t i c u l o p u b l i c a d o e n La Es-
paña Moderna d e l p a s a d o F e b r e r o q u e e l i n s i g n e Milá «si i l u s -
tró c o m o n a d i e l a h i s t o r i a c a t a l a n a , ilustró t a m b i é n c o m o n a -
d i e l a h i s t o r i a c a s t e l l a n a , c o n a q u e l s u espíritu e q u i l i b r a d o ,
s i n c e r o , e x e n t o de r e n c o r y d e e n v i d i a , propio, e n s u m a , d e l
v e r d a d e r o h o m b r e de c i e n c i a » . Y e s a b r e v e frase c a r a c t e r i z a
a d m i r a b l e m e n t e la figura d e l s a b i o á q u i e n C a t a l u ñ a h a tri-
b u t a d o e n e l último m e s de M a y o un h o m e n a j e de g r a t i t u d y
de r e s p e t o , p a r t i e n d o d e l h e c h o d e c e l e b r a r s e e n B a r c e l o n a e l
c i n c u e n t e n a r i o de la r e s t a u r a c i ó n de l o s J u e g o s F l o r a l e s , d e
l o s q u e fué p r i m e r p r e s i d e n t e D . M a n u e l Milá y F o n t a n a l s .
A u n sin e s t a c i r c u n s t a n c i a , p o d í a h a b e r s e c e l e b r a d o el h o m e -
n a j e , q u e l a g r a n d e z a de Milá, c o m o l a d e todo b u e n e s c r i t o r ,
e s t á e n sus libros, y p a r a e n s a l z a r l o s c u a l q u i e r é p o c a d e b i e r a
c o n s i d e r a r s e c o m o b u e n a , sin d e j a r l o s a l g o o l v i d a d o s h o y y
ponerlos en las nubes m a ñ a n a , porque ha sonado la hora de
los f e s t e j o s ; p e r o e s a v a s i e n d o l a c o s t u m b r e , y a l fin s e p r e s t a
á l a revisión q u e e j e r c e n l a s g e n e r a c i o n e s n u e v a s s o b r e l a s
q u e l a s p r e c e d i e r o n , y , lo q u e e s m á s i m p o r t a n t e , a l p a g o do
antiguas deudas.
Con e x c e l e n t e a c u e r d o s e p e n s ó e n q u e á D . M a r c e l i n o
M e n é n d e z P e l a y o c o r r e s p o n d í a , m e j o r q u e á otro a l g u n o , e s -
t u d i a r e n t a l o c a s i ó n l a figura d e M i l á , y l l e v a r por i g u a l l a
v o z d e C a s t i l l a y d e C a t a l u ñ a a l r e n d i r tributo a l q u e fué s u
querido maestro. D e l modo como cumplió su cometido ante un
auditorio entusiasta, primero en el A t e n e o Barcelonés y luego
e n el P a r a n i n f o d e l a U n i v e r s i d a d , d a fe e l folleto t i t u l a d o El
Doctor D. Manuel Milá y Fontanals: semblanza literaria, pu-
blicado por la Comisión del Homenaje. D e este admirable es-
tudio c a b e decir que es la a d i v i n a c i ó n genial de un hombre y
d e u n a é p o c a , a l m i s m o t i e m p o q u e l a c o n d e n s a c i ó n afortu-
nada de un gran caudal de doctrina, de una soberana expe-
r i e n c i a y d e l m á s robusto y s e g u r o j u i c i o . P e r o , e n el fondo
_ 688 LITERATURA MODERNA
de todo esto, l a t e el calor de la simpatía que inunda de luz

a q u e l l a s p á g i n a s , del propio modo que su c a r e n c i a podia ha-
berlas l l e n a d o de sombras, a u n con ser debidas á q u i e n reúne
e n si el i n g e n i o , la c i e n c i a y el instinto artístico. Si s e h a di-
cho que los g r a n d e s p e n s a m i e n t o s n a c e n del c o r a z ó n , los
g r a n d e s a c i e r t o s críticos n a c e n t a m b i é n de él tanto como de
un a m p l i o y nutrido e n t e n d i m i e n t o .
M e n é n d e z P e l a y o h a sido s i e m p r e el castellano castellani-
simo que mejor h a sentido y comprendido á C a t a l u ñ a . Por
sentirla y c o m p r e n d e r l a desde su primera juventud, h a ha-
blado de ella r e c t a m e n t e , sin dudas ni c o n t r a d i c c i o n e s , y a
con f r a n c a a d m i r a c i ó n , y a con d i s c r e t a i n d u l g e n c i a , que ni
siquiera ofende á los que p u e d a n creerse objeto de ella. Así
h a dicho en B a r c e l o n a c u a n t o h a querido sin faltar á su con-
c i e n c i a , sin h a c e r traición á su origen, con v a r o n i l e s a c e n t o s
de s i n c e r i d a d y obteniendo el aplauso u n á n i m e de los que le
e s c u c h a b a n , entre los c u a l e s p u e d e suponerse que h a b í a hom-
bres de l a s m á s opuestas i d e a s y t e n d e n c i a s . D e l h o m e n a j e á
Milá quedarán e n Cataluña l a s piedras que fijan su i m a g e n
p a r a que s e t r a n s m i t a á l a s g e n e r a c i o n e s futuras, y el re-
c u e r d o de e s e m o n u m e n t o que l e h a e l e v a d o M e n é n d e z P e l a y o
c o n u n a s p á g i n a s t a n v i b r a n t e s como s e r e n a s , y que a ú n no
c o n s i d e r a é l m á s q u e c o m o a n u n c i o d e un estudio definitivo.
L l e g u e éste ó no, la g l o r i a de Milá h a obtenido y a su mejor
c o n s a g r a c i ó n , no sólo c o m o gloria c a t a l a n a , sino como espa-
ñola y europea, c a r á c t e r e n q u e h a y que insistir p a r a q u e n o
se l e m e r m e n prestigios b i e n g a n a d o s durante toda u n a v i d a
d e i n c e s a n t e labor.
Menéndez P e l a y o t e n í a e x c e p c i o n a l d e r e c h o p a r a definir
á Milá y aquilatar su v a l e r , no sólo por el profundo estudio de
sus obras, sino por su c o n v i v e n c i a c o n él y por el influjo que
e l m a e s t r o c a t a l á n ejerció e n su espíritu. E n la U n i v e r s i d a d
de B a r c e l o n a se formó el ilustre escritor s a n t a n d e r i n o , c o m o
e n el A t e n e o B a r c e l o n é s , que ahora h a vuelto á aplaudirle,
habló e n público por la p r i m e r a v e z de su v i d a , m á s c a r g a d o
e n t o n c e s de c i e n c i a q u e d e a ñ o s , y el grupo d e los a m i g o s del
bondadoso L u a n c o , a s t u r i a n o m u y querido alli, l e m i r a b a
MILÁ Y M E N É N D E Z P E L A Y O 689
como á u n hijo c u y o s triunfos s e v e n c o n orgullo. Cuando

Milá buscó un heredero p a r a sus p a p e l e s literarios, e n él p e n s ó
con preferencia á sus pi'opios paisanos. Cataluña s e descubre
s i e m p r e c o n tanto respeto como cariño a n t e el nombre de
M e n é n d e z P e l a y o , y es que sabe que t a n a n c h o s como los lí-
m i t e s d e su g r a n cerebro son t a m b i é n los de su g r a n d e y b i e n
entendido patriotismo, que e s p a r c e e n torno s u y o l a p a z s e -
rena de los fuertes, de los c o m p r e n s i v o s , de los t o l e r a n t e s y
justos, de l o s q u e n o r e g a t e a n l a g l o r i a a j e n a porque e s t á n
para ello harto acostumbrados á l a propia y s a b e n cómo s e
mantiene ésta.
E n el e s p a c i o de p o c o s m e s e s h e tenido que hablar y a
v a r i a s v e c e s de Milá y de Menéndez P e l a y o , por lo c u a l t e m o
r e p e t i r m e al hacei'lo ahora n u e v a m e n t e . Esto i m p i d e q u e m e
l a n c e de lleno al estudio de la s e m b l a n z a escrita por el último,
limitándome á r e c o m e n d a r l a á l a a t e n c i ó n de los que q u i e r a n
estar b i e n e n t e r a d o s de l a m a r c h a de la literatura m o d e r n a
e n E s p a ñ a , y , e s p e c i a l m e n t e , de los trabajos de e r u d i c i ó n , de
e s t é t i c a y de h i s t o r i a l i t e r a r i a . Por otra parte, un e x a m e n
detenido de la figura de Milá p e r t e n e c e y a m á s b i e n que á
esta s e c c i ó n á otra h e r m a n a s u y a que e n esta r e v i s t a d i r i g e
persona de g r a n c o m p e t e n c i a y autoridad. S i n e m b a r g o , r e -
c o g e r é algunos de los juicios de M e n é n d e z P e l a y o p a r a infor-
m a c i ó n de los que no c o n o z c a n a ú n su último folleto y como
n o t a de r e l a t i v a a c t u a l i d a d .
«Casi todos los trabajos del g é n e r o de los de Milá y con-
t e m p o r á n e o s d e l o s s u y o s , d i c e nuestro c r í t i c o , v a n q u e d a n d o
anticuados: l a s c o n s t r u c c i o n e s p r e m a t u r a s y a m b i c i o s a s e m -
p i e z a n á c u a r t e a r s e y c a d a día p r e s e n t a n m á s g r i e t a s : la h i s -
toria l i t e r a r i a d e l a E d a d Media e s p a ñ o l a v a r e n o v á n d o s e e n
todas sus p a r t e s por el concurso de propios y e x t r a ñ o s . P e r o
el p a b e l l ó n aislado y h u m i l d e q u e Milá c o n s t r u y ó desafía
h a s t a ahora la i n c l e m e n c i a de los t e m p o r a l e s y nos da e s p e -
r a n z a s de a q u e l l a sólida duración que c a b e e n l a s obras h i s -
t ó r i c a s c u a n d o son s a b i a s y h o n r a d a s ; de a q u e l g é n e r o d e i n -
m o r t a l i d a d , no ruidoso, pero c i e r t a m e n t e e n v i d i a b l e , que cir-
c u n d a de u n i v e r s a l respeto los n o m b r e s de Zurita y de Flórez».
690 LITERATURA MODERNA ;
•——— . — j
«•La i m p l a n t a c i ó n e n E s p a ñ a de los modernos m é t o d o s de

investigaei()n c r i t i c a á Milá se debe p r i n c i p a l m e n t e , y aunque
a p e n a s h i c i e s e e x c u r s i o n e s fuera d e l c a m p o d e l a historia li-
t e r a r i a , y e n él s e c o n c r e t a s e á c i e r t a é p o c a y á ciertos g é -
n e r o s , su ejemplo pudo y debió ser t r a s c e n d e n t a l á otras ra-
m a s de estudios, y no sólo e n los c u l t i v a d o r e s de l a tradición
p o é t i c a , sino h a s t a e n los de la historia jurídica estampó su
huella. El rumbo que por fortuna h a n tomado e n E s p a ñ a los
pocos que estudian de v e r a s , el m o v i m i e n t o histói'ico que a s -
pira á la clara c o n c i e n c i a de nuestro p a s a d o , la s e r e n a obje-
t i v i d a d c o n que y a p r o c e d e n los mejores, los hábitos de pro-
bidad científica que e m p i e z a n á i m p o n e r s e á los m á s díscolos,
son prenda de un despertar, lento pero seguro. Y toda g r a t i -
tud es p o c a para los hombres como Milá que prepararon con
esfuerzo casi solitario e s t a obra de m a d u r e z intelectual, con-
trastiindo c o n su asidua labor p e d a g ó g i c a y con l a p e r s u a s i v a
m o d e r a c i ó n de su estilo el influjo e n e r v a n t e de la retórica es-
téril y d e l a erudición i n e x a c t a y confusa, q u e tan sueltas
a n d a b a n por aquellos años, y tanto nos c u e s t a h o y mismo r e -
ducir á disciplina e n el espíritu propio y e n los ajenos».
P r e s e n t a Menéndez P e l a y o á Milá c o m o nuestro primer
p r o v e n z a l i s t a , ó por mejor d e c i r , «el único q u e E s p a ñ a h a
producido después del c a n ó n i g o B a s t e r o , auténtico precursor
de Raynouard;» c o m o folklorista q u e c o m p a r t e c o n A l m e i d a
Garret la gloria de haber iniciado e n la P e n í n s u l a la publica-
ción de c o l e c c i o n e s de r o m a n c e s d i r e c t a m e n t e r e c o g i d o s de
l a tradición oral, c o m p l e t a n d o con e l l a s l a s riquísimas colec-
c i o n e s c a s t e l l a n a s , tan c o n o c i d a s y c e l e b r a d a s desde antiguo,
y no limitándose á esto sólo, sino e x t e n d i e n d o su a c t i v i d a d á
otras r a m a s del folTc-lore; como m a e s t r o e n el c o n o c i m i e n t o
de la e p o p e y a f r a n c e s a y l a c a s t e l l a n a de la E d a d Media, l a
ú l t i m a de l a s c u a l e s p u e d e d e c i r s e , c a s i , que descubrió, lo q u e
p a r a M e n é n d e z P e l a y o c o n s t i t u y e el ma-vor timbre de la v i d a
l i t e r a r i a del s a b i o c a t a l á n , aunque e n Cataluña suele citár-
s e l e con m á s f r e c u e n c i a como el autor de Los trovadores en
España y n o c o m o el De la poesía heróíco-popular castellana.
A d e m á s de todo» estos a s p e c t o s , Milá t i e n e t a m b i é n otros,
MILÁ Y MENÉNDEZ PELAYO 691
como el de artista, si b i e n «en p o t e n c i a m á s que e n a c t o » ,

poeta, humanista, y aun critico de obras m o d e r n a s , a s p e c t o
e n que pudo v é r s e l e durante l a m a y o r p a r t e de su v i d a , y a
e n l a s p á g i n a s del Diario de Barcelona, d e c a n o de l a p r e n s a
española, y a e n otras m u c h a s p u b l i c a c i o n e s periódicas. E n
todas ejerció una v e r d a d e r a p r e d i c a c i ó n , d a n d o altísimo e j e m -
plo de sólido y constante trabajo, de serenidad y armonía,
de sobriedad y moderación, que l l e g ó h a s t a á e x a g e r a r , y
quien estudie sus obras s a c a r á de e l l a s , aun limitándose á l a
a t e n t a lectura de s i m p l e s párrafos m u y c o n d e n s a d o s , a l g o
que h a de a c l a r a r su espíritu y s e r v i r l e de g u í a , i m p u l s á n -
dole h a c i a lo bueno, lo honrado y lo viril, ó dándole e n l a s
m e n o r e s p a l a b r a s posibles la e s e n c i a de l a r g a s m e d i t a c i o n e s
y estudios.
Como d i c e M e n é n d e z P e l a y o , Milá fué a n t e todo un crítico
literario, pero c o n v i e n e añadir aquí que si fué un maestro e n
el m a n e j o del c a t a l á n , lo fué t a m b i é n al escribir e n c a s t e -
llano, q u e h a b í a estudiado á fondo, y ni e l m á s quisquilloso
c e n s o r podrá e c h a r l e e n c a r a , con r a z ó n , que no fuera un e x -
c e l e n t e patriota de amplias y g e n e r o s a s m i r a s . Por esto s e r i a
la m a y o r injusticia que su n o m b r e no sonara m á s que e n Ca-
taluña y e n l a b i o s de ciertos eruditos que fuera de e l l a h a n
tenido que estudiar a l g u n a de sus obras. CULTURA ESPAÑOLA
d e b í a un recuerdo á D . Manuel Milá y F o n t a n a l s , aunque
quien s e lo tribute n o t e n g a m á s títulos p a r a ello q u e l o s d e
haberle conocido p e r s o n a l m e n t e , a l c a n z á r s e l e algo d e l m e d i o
e n que él v i v i ó y sentir ciertas c u a l i d a d e s c a r a c t e r í s t i c a s de
su espíritu, q u e si e n él fueron n a t u r a l e s , e n otros son pro-
ducto de un ideal forjado por l a e d u c a c i ó n .
R; D. PEEÉS.
La Avellanada
Hace algunos años, en el prólogo al tomo U de la Antología de

poetas hisp ano-americanos publicada por la Academia Española, j
Menéndez y Pelayo condensó, con su admirable sentido crítico,
todo lo sustancial que cabe decir sobre la figura literaria de Gertru-
dis Gómez de Avellaneda. Conviene recordar uno de sus párrafos:
«Su nombre (el de la poetisa citada) está en boca de todos, aunque
quizá su mérito absoluto no haya sido tratado siempre tan alto
como debe serlo, por la vulgar prevención ó antipatía contra la li-
teratura femenina, prevención que, sea cualquiera su fundamento ú
origen, resulta irracional y absurda cuando recae en obras de valer
can alto que nadie piensa en preguntar el sexo de quien las hizo. Lo
cual no quiere decir tampoco que, tratándose de Doña Gertrudis Gó-
mez de Avellaneda vayamos á dar por buenos aquellos insulsos
apotegmas que en su tiempo, y aun después, han tenido la suerte de
ser tan repetidos como suelen serlo todas las necedades con aparato
de ingeniosas: «¡Es mucho hombre esta mujer! ¡No es una poetisa,
es un poeta!» La Avellaneda era mujer y muy mujer, y precisa-
mente lo mejor que hay en su poesía son sentimientos de mujer, así
en las efusiones del amor humano como en las del amor divino. Lo
que la hace inmortal, no sólo en la poesía lírica española, sino en la
de cualquier otro país y tiempo, es la expresión, y a indómita y so-
berbia, y a mansa y resignada, y a ardiente é impetuosa, y a mística
y profunda, de todos los anhelos, tristezas, pasiones, desencantos,
tormentos y naufragios del alma femenina.»
La profunda verdad de esta apreciación ha venido ahora á con-
(1) E n la revista España que se publica en Buenos Aires, lia aparecido re-
cientemente este artículo, que reproducimos con ligeras correcciones del au-
tor. El interés del asunto, el haber sido t r a t a d o por un querido compañero
nuestro, y el ser poco conocida entre nosotros aquella revista nos h a n movi-
do á ello, creyendo que nuestros lectores lo v e r á n con gusto.—Lo Direceiin.
LA A V E L L A N E D A 693
firmarla u n l i b r o c u y o s p r i m e r o s e j e m p l a r e s c o m i e n z a n á c i r c u l a r
e n t r e l a g e n t e e r u d i t a . E s e l i b r o (1) c o n t i e n e u n a c o l e c c i ó n d e c a r -
t a s a m o r o s a s e s c r i t a s e n l o s a ñ o s d e 1839 á 1854 p o r l a A v e l l a n e d a ,
y u n a a u t o b i o g r a f í a d e l a m i s m a , t o d o ello i n é d i t o y d e u n i n t e r é s
insuperable p a r a conocer el a l m a d e l a g r a n poetisa antillana.
Ciertamente, y o s o y e n principio enemigo d e esas indiscrecio-
nes, t a n f r e c u e n t e s h o y d í a , q u e e n t r e g a n a l p ú b l i c o l o s a c t o s p r i v a -
dos d e los h o m b r e s y d e l a s m u j e r e s i l u s t r e s . P o r lo m e n o s , c r e o
q u e s i l a i m p o r t a n c i a h i s t ó r i c a ó l i t e r a r i a d e l a c o r r e s p o n d e n c i a ín-
t i m a p u e d e i m p o n e r , á v e c e s , l a e x i g e n c i a d e s a c a r l a d e lo i n é d i t o ,
c u a n d o e n ella s e t o c a n ciertos aspectos respetables d e l a v i d a sen-
t i m e n t a l , d e b e r í a n s u p r i m i r s e n o m b r e s p r o p í o s y h a c e r a s í l o más
o b j e t i v o p o s i b l e l o s d o c u m e n t o s r e v e l a d o s . P e r o é s t o — q u e podrá
ser a l g ú n d í a r e g l a d e c o n d u c t a p a r a m í , s i m e veo e n e l d i s f r u t e
de piezas inéditas como las q u e m o t i v a n este artículo—,no impide
q u e , r e a l i z a d a l a p u b l i c a c i ó n , l a e s t i m e e n t o d o lo q u e v a l e y me
alegre d e p o d e r u t i l i z a r l a y d e g o z a r c o n e u l e c t u r a .
A priori c a b r í a d e c i r , t r a t á n d o s e d e u n e s p í r i t u c o m o e l d e l a Ave-
l l a n e d a , q u e e s a s c a r t a s a m o r o s a s h a n d e s e r la mejor de sus poe-
sias. S i t o d a s l a s m u j e r e s q u e p o s e e n a l g u n a i n t e ñ g e n c i a y a l g u n a
i n s t r u c c i ó n — a u n q u e carezcan d e dotes p r o p i a m e n t e literarias y
n u n c a h a y a n escrito p a r a el p ú b l i c o — , son t a n a d m i r a b l e s prosistas
e n s u c o r r e s p o n d e n c i a a m o r o s a (los e j e m p l o s c o n o c i d o s n o e s c a s e a n )
¿cómo n o h a d e serlo q u i e n , á l a v e z q u e aquellas c u a l i d a d e s , t u v o
la d e s e r a r t i s t a i n s i g n e ? E l a m o r h a c e m u c h a s v e c e s p o e t a a l h o m -
bre; á la mujer d e talento y d e corazón, la hace siempre; y d e t a l
m o d o v i b r a e n ellas l a p l u m a c u a n d o l a i n s p i r a a q u e l sentimiento, j
q u e n u n c a le será posible á n i n g ú n h o m b r e , p o r alta q u e sea s u ñlia-.í
ción literaria, i g u a l a r — m u c h o m e n o s s u p e r a r — l a a r d o r o s a elocuen-
c i a d e l a s m u j e r e s e n a m o r a d a s . ¡ Q u é t e s o r o s d e p o e s í a p i e r d e el
m u n d o c o n la d e s t r u c c i ó n d i a r i a d e m i l e s d e c a r t a s d e m u j e r e s , que
p o d r í a n figurar con p l e n o d e r e c h o a l l a d o d e las d e l a m o n j a p o r t u -
guesa!
A mayor a b u n d a m i e n t o , la A v e l l a n e d a n o sólo e s c r i b i ó cartas á
BU a m a d o , s i n o u n a a u t o b i o g r a f í a q u e a s p i r a á s e r , c o m o muchas
otras, u n a v i n d i c a c i ó n ó, p o r l o m e n o s , una e x p l i c a c i ó n de defectoB_^
(1) La Avellaneda, Autobiografía y O artas de la ilustre poetisa, hasta ahora

iniditas. Con n n prólogo y u n a necrología por D. Lorenzo Cruz d» FuentM.
Huelva, 1907, 21,2X15,4,155 páginas.
eCLTÜlU.
reales ó aparentes, u n a f nndamentación causal de la psicología d e l

a u t o b i o g r a ñ a d o . Q n i z á el l e c t o r n o q u e d e t a n c o m p l e t a m e n t e c o n -
v e n c i d o c o m o l a a u t o r a d e s e a b a , d e t o d a s l a s c o s a s q n e ósta a f i r m a ;
pero s e g u r a m e n t e sale conociendo la idiosincrasia n a t i v a de a q u e l
e s p í r i t u , q u e fué i n g é n i t a m e n t e romántico. A m i entender, la auto-
b i o g r a f í a d e c i d e d e m a n e r a r e s u e l t a l a c u e s t i ó n q u e el p r o l o g u i s t a
d i s c u t e , a c e r c a d e l o r i g e n d e l « p e s i m i s m o , l a t r i s t e z a , el d e s e n g a ñ o
y l a m e l a n c o l í a q u e i m p r e g n a r o n » el a l m a y l a s c o m p o s i c i o n e s d e
la Avellaneda. D o n J u a n Nicasio Gallego creía que aquellas notas
e r a n p r o d u c t o d e l a i m i t a c i ó n , ó d e l c o n t a g i o «del m a l d e l siglo» y ,
p o r t a n t o , m á s ficticias q u e r e a l e s . D o n J u a n V a l e r a o p i n a b a lo
m i s m o , considerando á la poetisa t o c a d a del menosprecio del m u n d o
y d e los h o m b r e s p o r i n f i l t r a c i ó n d e l « s e n t i m i e n t o p r o p i o d e e s t e si-
glo y fuente d e r i c a y e l e v a d a , a u n q u e a m a r g a inspiración». El se-
ñ o r C r u z d e F u e n t e s j u z g a , p o r el c o n t r a r i o , q u e «ese d e s d é n m i -
santrópico, ese desaliento y tedio de la v i d a » , tuvieron por c a u s a la
p a s i ó n y el d e s e n g a ñ o a m o r o s o s q u e l a s c a r t a s r e u n i d a s e n e s t e l i -
b r o r e v e l a n . Que este episodio d e la v i d a de la A v e l l a n e d a produ-
jese u n a acentuación de su romanticismo, en la dirección sentimen-
t a l y en la pesimista, no c a b e dudarlo; pero las causas f u n d a m e n t a -
les se h a l l a b a n m á s h o n d a s , m á s en la r a í z de aquel espíritu deli-
c a d o y fogoso; y por ésto son visibles sus manifestaciones b a s t a n t e s
a ñ o s a n t e s d e 1839. L a a u t o b i o g r a f í a a r r o j a g r a n c l a r i d a d s o b r e e s t e
p u n t o . G e r t r u d i s lo d i c e d e u n m o d o t e r m i n a n t e : « . . . n u n c a fui a l e -
g r e y a t o l o n d r a d a c o m o lo s o n r e g u l a r m e n t e los n i ñ o s . M o s t r é d e s d e
m i s p r i m e r o s a ñ o s afición a l e s t u d i o y una tendencia á la melanco-
lía.' N u t r i d a y a e n a q u e l l a t e m p r a n a e d a d c o n l e c t u r a s s e n t i m e n -
t a l e s (las n o v e l a s d e l i i c h a r d s o n y o t r a s del m i s m o j a e z ) , s e e x a l t ó
s u a l m a s o ñ a d o r a , y f á c i l m e n t e v i n o á d a r e n lo q u e e r a u n a c a r a c -
terística d e los t i e m p o s . «Mamá n o s r e ñ í a a l g u n a s veces d e q u e ,
s i e n d o y a g r a n d e c i t a s (ella y u n a p r i m a s u y a ) , d e s c u i d á s e m o s t a n t o
n u e s t r o s a d o r n o s , y h u y é s e m o s d e l a s o c i e d a d c o m o s a l v a j e s (la m i -
s a n t r o p í a r o u s s e a u n i a n a , q u e h e r e d a n los r o m á n t i c o s y s o s t i e n e n
p o r d i f e r e n t e s m o t i v o s ) . P o r q u e n u e s t r o m a y o r p l a c e r e r a e s t a r en-
c e r r a d a s en el c u a r t o d e los l i b r o s , l e y e n d o n u e s t r a s n o v e l a s f a v o -
r i t a s y llorando las desgracias de aquellos héroes imaginarios, á
quienes tanto queríamos.» Gertrudis tenía entonces trece años.
Más a d e l a n t e , dice, r e d o n d e a n d o su retrato moral: «...mi p r i m a

era como yo, u n a mezcla de profundidad y ligereza, de tristeza y
alegría, de entusiasmo y desaliento».
LA AVELLANEDA 695
El enlace de estos sentimientos con las poesías de la juventud,

es palpable. En 1839 escribía para su amado los siguientes verso»:
También tiene el llanto
goces silenciosos,
perfumes preciosos
de pálida flor.
Mas no los lazos de amistad me nombreí,

que eu la amistad del mundo yo no creo,
y en el lenguaje impuro de los hombres
traiciones temo, si cariños veo.
Ni del amor la copa emponzoñada
libaremos sedientos de ventura:
la del dolor tomemos y, apurada
entre los dos, partamos su amargura.
Ya está ahí toda la concepción romántica de la vida. La exage-

ración de los más leves dolores, de los más usuales y comunes tro-
piezos, elevados á la categoría de desgracias terribles y únicas, se
manifiesta á cada paso. Ella misma lo dice: «Mi gran detecto es no
poder colocarme en el medio y tocar siempre los extremos.» El hecho
de tener un prometido á quien no ama, á tiempo que su prima y una
de sus amigas sostienen relaciones entusiastas por ambas partes, en
vez de producir en la Avellaneda la decisión de romper aquel lazo
desagradable (cosa que, al fin, hizo), opera en ella «una mudanza re- <
pentina y extraña. Híceme huraña (ya lo era antes) y caprichosa... i
Huía de la sociedad y aun de mis amigas; buscaba la soledad para
llorar sin saher por qué, y sentía un abismo en mí corazón.» Cuando
caen sobre ella—todavía una niña—, pesares é injusticias de cierta
entidad, se desespera y piensa: «que no he nacido para ser dichosa
y que mi vida sobre la tierra será corta y borrascosa».
La Avellaneda poseía, no obstante, un fondo de buen sentido
que la libró de caer en ciertos extremos frecuentes en la vida y en
las obras de no pocos literatos de su misma escuela. Bu la autobio-
grafía hay un pasaje en que ese buen sentido, aguzado por los ce-
los, como que viene á rectificar la interpretación romántica de la
vida. Se dirige al amado, que evita las distracciones á que ella con-
curre, y le dice: «No es cierto que el sólo disgusto de la sociedad le
inspire á usted esa especie de misantropía: no, no es posible. Se ne-
cesita haber padecido mucho, haber sido la victima de la sociedad,
para aborrecerla en ese grado. Usted, que no tiene motivos para eí-
tar quejoso de ella; usted puede conocer sus vicios é injusticias y no

entregarse á ella con la imprudencia de la inexperiencia y la senci-
llez; pero, no es posible que, sin poderosisimos motivos, huya usted
de ella tan obstinadamente á los veintitrés años.» A pesar de lo
cual, la desesperación romántica se apodera de ella á menudo, sin
motivo bastante, y hace sonar su lira.
Su autobiografía—tan interesante desde el punto de vista psico-
lógico—,no lo es tanto como pieza literaria. Los pasajes de artista,
son escasos. Uno hay, que no puedo menos de transcribir aquí. Re-
lata el viaje de Gertrudis desde Cuba á España: «Hermosas son las
noches de los trópicos, y yo las había gozado; pero son más hermo-
sas las noches del Océano. Hay un embeleso indefinible en el soplo
de la brisa que llena las velas ligeramente estremecidas, en el pá-
lido resplandor de la luna que reflejan las aguas en aquella inmen-
sidad que vemos sobre nuestra cabeza y bajo nuestros pies. Parece
que Dios se revela mejor al alma conmovida en medio de aquellos
dos infinitos—¡el cielo y el mar!—y que una voz misteriosa se hace
oir en el ruido de los vientos y de las olas». A pesar del lirismo de
la época, la descripción es sobria, y se vé que por ella circula un
sentimiento real.
Pero si la autobiografía no abunda en pasajes como este, las car-
tas los tienen á menudo. Son, en general, más ricas de elocuencia
que de ideas. La mayoría de los pensamientos que la Avellaneda ex-
presa en ese carteo con el amado, puede hallarse en todas las co-
rrespondencias amorosas. Como todas las mujeres apasionadas,
Gertrudis ve, en el sujeto por quien siente la pasión, «no un hom-
bre, sino un ser superior», y sin dificultad lo eleva á categoría di-
vina: cDebes gozarte y estar orgulloso, porque este poder absoluto
que ejerces en mi voluntad, debe envanecerte. ¿Quién eres? ¿qué
poder es ese? ¿quién te lo ha dado?... Tú no eres un hombre, no, á
mis ojos; eres el Ángel de mi destino, y pienso muchas veces al
verte, que te ha dado el mismo Dios el poder supremo de dispen-
sarme los bienes y los males que debo gozar y sufrir en este mun-
do. Te lo juro por ese Dios que adoro, y por tu honor y el mío: te
juro que mortal ninguno ha tenido la influencia que tú sobre mi
corazón. Tú eres mí amigo, mi hei-mano, mi confldente; y, como si
tan dulces nombres aún no bastasen á mi corazón, él te da el de su
Dios sobre la tierra.»
Pero el interés de la literatura epistolar amatoria no reside en
la novedad de las ideas. El cántico de amor se repite igual á través
LA A V E L L A N E D A 697
de l o s s i g l o s , y c a d a v e z s u e n a c o m o c o s a i n a u d i t a , l l e n a de m i s t e -
riosos encantos. E l interés se halla en la fuerza d e expresión, e n
verbo vibrante, en las imágenes con q u e la fantasía exaltada pinta
l o s e s t a d o s d e s e n t i m i e n t o , ó ñ n g e l a figura d e l s e r q u e r i d o . D e todo
ello p u e d e r e c o g e r s e a b u n d a n t e m i e s e n l a s c a r t a s d e l a A v e l l a n e d a
q u e a h o r a se p u b l i c a n .
E l S r . C r u z d e F u e n t e s h a c o n s e r v a d o , e n l a i m p r e s i ó n , l a orto-
grafía d e los originales, e n q u e a b u n d a n las faltas ortográficas.
Creo q u e h a h e c h o m a l ; p u e s si es c i e r t o q u e este caso e v i d e n c i a
nuevamente q u e la ortografía n o es condición literaria esencial, y
q u e se p u e d e ser u n g r a n artista d e la p a l a b r a escribiendo ecsijo,
expontáneo y conserbo, no puede evitarse u n movimiento de dis-
gusto a l e n c o n t r a r á c a d a paso, en las c a r t a s d e la Avellaneda, in-
correcciones como las a p u n t a d a s y otras m u c h a s por el estilo. S u
conservación m e parece u n a nimiedad inútil, q u e produce á c a d a
m o m e n t o u n d e s a g r a d o perturbador d e la emoción estética. Con h a -
ber a d v e r t i d o el hecho a l principio, e n u n a nota, hubiese b a s t a d o
p a r a l a fijación d e e s e d e t a l l e b i o g r á f i c o .
El libro t e r m i n a con u n a necrología d e l a p e r s o n a á quien fue-
r o n dirigidas l a s cartas, el caballero a n d a l u z D . I g n a c i o d e Cepeda,
c u y a p e r s o n a l i d a d n o e s i n d i f e r e n t e p a r a el e s t u d i o d e l a h i s t o r i a
p o l í t i c a y a d m i n i s t r a t i v a d e E s p a ñ a p o r l o s a ñ o s d e 1848 á 1 8 6 6 .
BAFAEL ALTAMISA.
(I)
ESCUELAS LITERARIAS
¿Modernistas ó decadentistas?
¿Qué es el modernismo? He aquí una pregunta que vengo ha-

ciéndome desde que escuché ese calificativo aplicado á la literatura,
y esta es la hora en que todavía no he dado con la respuesta.
Alguien me ha respondido que el modernismo consiste en «escri-
bir las novelas y las poesías de modo distinto á como han venido
escribiéndolas hasta ahora». ¡Donosa contestación! En ésta, como en
todas las demás épocas, los autores han procurado imprimir á sus
obras algún sello de originalidad, y la originalidad consiste precisa-
mente en hacer algo que los demás no hicieron; y este «algo» ha de
ser en beneficio del arte. Cuando Benlliure y Querol rompieron los
moldes en que venían vaciando las esculturas sus antecesores, todo
el mundo los consideró como escultores originales; pero á nadie se
le ocurrió llamarles modernistas.
Cuantos jóvenes honran hoy la literatura con sus trabajos, son
literatos modernos; mas tengo por seguro que pocos serán los que
aguanten de buen grado el calificativo de modernistas. Además, La
sirena negra, de la señora Pardo Bazán, y España sin Bey, de Cal-
dos, son obras modernas; no creo que á nadie se le ocurra diputarlas
modernistas. Los modernistas no son, pues, todos los que acaban de
«nacer en el campo de las letras», ni tampoco los que producen obras
distintas á las producidas hasta el día.
¿Quiénes son los modernistas? Sólo hallamos un grupo de escri-
tores—no todos ellos jóvenes ni principiantes—que se han constitui-
do en escuela y que se llaman modernistas. Mejor debieran haberse
(1) Pueden haber visto y a nuestros lectores que la sección de Literatura

moderna de CULTOBA ESPASOI-A no es órgano incondicional del modernismo
n i enemiga jurada de él. Se reserva la libertad de aplaudir ó censurar c u a l '
quiera escuela, según lo parezca que h a d e haberlo, y debe recordar aquí, ade-
más, que deja por completo á sus colaboradores la responsabilidad de los jui-
cios que emitan en sns artículos,—£o Dirección.
ESCUELAS LITERARIAS 699
llamado modernizantes ó reformadores, puesto que, al decir de ellos,

tratan de modernizar ó reformar la literatura.
Ahora bien: ¿tienen ganados méritos bastantes para aplicarse á si
mismos el calificativo?Creo que no. Porque hasta el presente momen-
to no han hecho reformas que realmente beneficien á, la literatura.
Quizá me equivoiiue, pero creo que el grupo ó la escuela moder-
nista en Madrid se ha formado á la sombra de Valle Inclán; sólo que
éste, que me parece un exquisito escritor romántico, tiene su esti-
lo propio, y ninguno de los verdaderos modernistas ha revelado
todavía tenerle. En las obras de Valle Inclán se observa una finísi-
ma labor de orfebre, labor culta, delicada, sutil, incapaz de lastimar
los más castos oídos, y en las de los modernistas, á través de esplén-
didas galas, se perciben no pocas veces los efluvios del más crudo
naturalismo, hasta el punto de que pudiera decirse que no hacen
otra cosa que cambiar el decorado á la obra de Zola.
No sé si algún escritor de los que militan en la escuela que vengo
estudiando, se molestará por lo que voy á decir; pero en mi ánimo
no está causar molestias á nadie: los escritos calificados como mo-
dernistas los tengo como la prueba más evidente de la decadencia
que comienza á marcarse en la literatura española. ¿Qué es si no
en la poesía el abandono de nuestra vigorosa rima por esa otra des-
madejada que trasciende á francesa desde una legua? ¿No se han
hecho en el metro castellano toda suerte de dislocaciones sin que
nadie haya llamado modernistas á quienes las hicieron, ni la poesía
perdiese un átomo de su vigor?
Algunos han llamado modernista á Azorin; y y o , que reconozco
en él á un buen escritor, no supe casi encontrar en sus trabajos otra
novedad—aparte de su peculiar estilo y la facilidad descriptiva—
que el abuso de los pronombres personales; novedad que puede ser
admisible si es aplicada en forma comedida; pero no de otro modo,
y menos lo sería si hiciera prosélitos. Obsérvese que el uso de dichos
pronombres es un afrancesamiento; porque aquí, en España, ni na-
die los emplea, ni maldita la falta que nos hacen.
He citado dos nombres y no he de volver á hacerlo con ningún
otro; pero conste, de paso, que no tengo á los dos autores citados
por modernistas ó decadentes.
Tengo, sí, por decadentistas á quienes se ufanan con decü:: «yo
soy modernista, y , por lo tanto, no hago nada como lo que hay
hecho ni como lo que hacen los demás». Y dicen eso porque, efecti-
vamente, han roto los moldes antiguos: pero no para vaciar e n los
nuevos obras artísticas de mérito indiscutible, sino esbozos de gusto

dudoso; no para vigorizar la prosa y la poesía españolas, sino para
afeminarlas; no para señalar nuevos derroteros al arte, sino para
desquiciar aquellos por donde marchaba hace siglos. Y esto, podrá
no ser una tácita confesión de que son impotentes para hacer lo que
otros hacen; mas no cabe duda de que es una demostración de de-
cadentismo.
Entre las escasas novedades que encuentro en esta escuela, hay
dos que me parecen poco halagüeñas: es una el propósito de dejar
en el aire los ñnales de las producciones; mejor dicho, dejarlas sin
final; con lo cual nada ganan el autor ni la producción; porque el
lector, ó deja el libro, enojado, ó pone el final que su inteligencia le
sugiere, ó su capricho le dicta; es la otra la elección de asuntos, en
la cual campea siempre el más amargo pesimismo.
No soy optimista en extremo, pero creo quo ni la vida es tan
triste como nos la pintan, ni todos somos tan malos y corrompidos,
ni el arte consiste en rebuscar los más monstruosos defectos sociales
para ponerlos en solfa. Creo precisamente todo lo contrario: creo
que sólo es artístico lo bello; creo que un ser deforme, aunque lo
atavíen con las más lujosas vestiduras, siempre será una nota anti-
artística. Y y a he dicho en otra ocasión (1) que la ejemplaridad es
contraproducente. No cabe, pues, decir que se pintan las deforma-
ciones sociales con la sana intención de que sean corregidas.
Acaso alguien censure á los modernistas el desmedido afán de
resucitar palabras anticuadas y el empleo en sus escritos de éstas y
otras poco conocidas; no voy tan allá. Considero que esto—otra no-
vedad que no me parece tal—, ofrece sus inconvenientes, porque
viene á formar una literatura técnica que hace al lector curioso con-
sultar el Diccionario á cada paso; pero algo puede contribuir á enri-
quecer el léxico.
Por fortuna no es grande el grupo de estos literatos que debie-

ran llamarse decadentistas, ni de entre ellos ha salido ninguno que
haya adquirido la aureola que sugestiona á la juventud; pero bueno
es advertir á ésta para evitar que emprenda derroteros peligrosos.
Ni las costumbres se reforman en cuatro días, ni escasean en nues-
tra literatura ejemplos dignos de imitar y obras maestras en qu»
inspirarse los artistas. E. MAESTRE.
(1) OtJLTüBA EspAfiotA, tomo IX, página 69.

NOTAS BIBUOQRflPlCnS
CÁRLOÍ FERNÁNDEZ SHAW: Poesia Je ¡a sierra. Un volumen de i 8 , 5 X '*> Pa-

ginas. Madrid, Fernando F e . Precio: 4 pesetas.
Con l l e v a r y a l a r g a h i s t o r i a l i t e r a r i a y e s t a r m u y a c o s t u m b r a d o a l
aplauso, Fernández Shaw tiene la simpática modestia de publicar ahora
u n t o m o e n v e r s o y n o a n u n c i a r , e n l a l i s t a d e sus o b r a s q u e v a a l final,
m á s q u e l a s p o é t i c a s q u e t i e n e e n p r e p a r a c i ó n , como si l a a c t u a l f u e r a
p a r a él p u n t o d e p a r t i d a d e s u p r o d u c c i ó n f u t u r a . E s u n r a s g o d e s e v e r a
autocrítica, á l a vez que de aspiración á u n ideal, q u e no vemos cada
d i a e n t r e nosotros, y q u e d e s d e l u e g o p r e d i s p o n e f a v o r a b l e m e n t e , p o r -
q u e es p r e f e r i b l e e n esas cosas p e c a r por c a r t a d e m e n o s q u e p o r c a r t a d e
m á s c u a n d o el a m o r p r o p i o p u e d e m e z c l a r s e á ellas.
Poesia de la sierra es u n b u e n libro, u n o d e los q u e e n o r g u l l e c e n á
u n a u t o r . H e r m o s o e n l a f o r m a , s i n c e r o y r e c o m e n d a b l e e n el fondo,
b a s t a p o r si solo p a r a a c r e d i t a r d e p o e t a á q u i e n lo h a e s c r i t o . P u s o e n
él t o d a e l a l m a , e n l a é p o c a e n q u e e l h o m b r e h a l l e g a d o y a á l a m a d u -
r e z , y e l r e s u l t a d o h a sido t a l q u e F e r n á n d e z S h a w p u e d e d a r p o r m u y
b i e n e m p l e a d o e l t i e m p o q u e l a o b r a l e h a y a e x i g i d o . M a n e j a l a versifi-
cación como u n m a e s t r o ; s a b e r e d o n d e a r ixna composición; c o n o c e el v a l o r
d e l a s p a l a b r a s y p o r ello n o l a s e m p l e a i n ú t i l m e n t e ; s i e n t e el r i t m o d e
las cosas y á ello a ñ a d e el s a l u d a b l e t e r r o r del ripio, q u e l e h a c e p r e f e r i r
e l c o r t a r u n v e r s o á irlo r e l l e n a n d o h a s t a q u e l l e g u e á m e d i d a s a r b i t r a -
r i a m e n t e impuestas. S i g u e el camino v e r d a d e r o p a r a ser u n p o e t a mo-
derno.
Yo c r e o q u e l a s m ú l t i p l e s i n f l u e n c i a s q n e h a r e c i b i d o el e s p í r i t u d e
F e r n á n d e z S h a w l e h a n sido beneficiosas, p r e c i s a m e n t e p o r s e r m ú l t i p l e s
y p o r n o h a l l a r s e y a n u e s t r o a u t o r e n los comienzos d e s u v i d a l i t e r a r i a .
E n t r e o t r a s t e n d e n c i a s e l m o d e r n i s m o h a p a s a d o p o r él, y lo q u e h a p e r -
j u d i c a d o á m u c h o s , p a r é c e m e q u e l e h a sido v e n t a j o s o , p o r q u e n o l e
h a a b s o r b i d o m á s d e lo j u s t o , n i l e h a p r i v a d o d e a c e p t a r u n a s cosas y
r e c h a z a r o t r a s c o n f o r m e á s u g u s t o p e r s o n a l y á l a discreción. Así, su
f o r m a t i e n e c o r r e c c i o n e s c l á s i c a s , y flexibilidades, l i b r e v a r i e d a d d e ú l -
t i m a h o r a . S e r á d e t a l s u e r t e , acaso, m e n o s r e v o l u c i o n a r i a , p e r o es m á s
a c o m o d a d a á l a s l e y e s del b u e n s e n t i d o .
702 LITERAtURA MODERNA
E n dos c l a r a s f u e n t e s h a b e b i d o el a u t o r s u i n s p i r a c i ó n p a r a el f o n d o
d e e s t e v o l u m e n : e n el s e n t i m i e n t o d e l a N a t u r a l e z a y e n s u p r o p i o co-
r a z ó n . Y a e n l a p r i m e r a p á g i n a se l e e :
Y asi nació m i libro, sincero c u a n t o pobre.
D i c t á r o n l o , d e a c u e r d o , l a S i e r r a y el Dolor.
E n efecto: e l dolor, el s u f r i m i e n t o físico y m o r a l , h a n l l e v a d o á F e r -
nández S h a w á l a Sierra, y, hombre d e ciudad, como t a l h a sentido pro-
f u n d a m e n t e , p o r el c o n t r a s t e , a q u e l l a v i d a t a n d i s t i n t a d e l a s u y a . P o r
ello sus c a n t o s flotan e n t r e l a q u e dejó p o r u n m o m e n t o y l a n u e v a , q u e
describe con intensidad y carácter propio.
D e l a s m u c h a s poesías q u e c o n t i e n e e s t e t o m o , prefiero y o Bucólica,
La tormenta, La carreta, Por el camino, La vieja letrilla. Cantos del
pinar. Maldición serrana, Meditación y Silencio. A l g u n a s d e é s t a s son
v e r d a d e r a s composiciones d e A n t o l o g í a . P e r o t a m b i é n e n o t r a s h a y
g r a n d e s b e l l e z a s , como e n Invocación, Las cumbres. Toque de ánimas.
Mañana de Junio, Mi camposanto, La Leonor, Mi madre, etc. Me he
fijado, a d e m á s , e n dos sonetos {La sierra al sol y Fuego en los pinos) d e
forma completamente libre, m o d e r n a y correcta, que tiende á l a t r a n s -
f o r m a c i ó n d e l o q u e a n t e s p a r e c í a i m p r e s c i n d i b l e . L a t e n d e n c i a m e com-
p l a c e p e r s o n a l m e n t e , p o r q u e es l a r e a l i z a c i ó n d e lo q u e h a c e l a r g o s a ñ o s
he predicado, mucho antes de que el modernismo a u t o r i z a r a ciertos a t r e -
v i m i e n t o s q n e h a n d e d a r a l fin p o r r e s u l t a d o e l desengomar el s o n e t o y
d e j a r l o c o n v e r t i d o e n u n a d e t a n t a s composiciones c o r t a s , h á b i l m e n t e
c o n d u c i d a . C u a n d o esto s e a u n a r e a l i d a d g e n e r a l m e n t e a c e p t a d a , n o t e n -
d r é y o necesidad, a l elogiar u n b u e n soneto, d e h a c e r ciertas r e s e r v a s
m e n t a l e s s o b r e l a f a l s e d a d del i n t a n g i b l e p e d e s t a l e n q u e a n t e s d e s c a n -
s a b a su h e r m o s u r a , n i m e v e r é p r e c i s a d o á a p l a u d i r l o a l g u n a v e z e n o t r o s
como útil y gimnasia, absteniéndome, sin embargo, d e d a r c a b i d a á nin-
g u n o e n mis l i b r o s p o r r e s p e t o á m i i d e a l p o é t i c o .
Poesía de la sierra es o b r a q u e h e l e í d o con e s p e c i a l g u s t o , t a l v e z
s o r p r e n d e n t e e n p a r t e , p o r esas c a s u a l e s y f r e c u e n t e s c o i n c i d e n c i a s d e
c r i t e r i o ó d e s e n t i m i e n t o con su a u t o r ; p e r o n o creo h a c e r m á s q u e j u s t i -
cia al r e c o m e n d a r l a como digna d e ser t e n i d a m u y en c u e n t a e n l a lista
de l a moderna producción literaria castellana.
R . D . PKKÉS.
F. CoKTiNEB Y MURUBE: Ve Jlndalucia. Rimas. Un volumen de 17,5 X

io3 páginas. Sevilla, 1908. Precio, 2 pesetas.
U n l i b r o q u e l l e v a el t i t u l o q u e e l Sr. C o r t i n e s y M u r u b e h a p u e s t o á
éste, p u e d e s u g e r i r l a i d e a , s e g ú n e n q u é m a n o s c a i g a , d e a l g o m u y a l e -
g r e , bullicioso y l l e n o d e chillones colores, d e r i m a s s o n o r a s y v a c í a s , d e
v e r b o s i d a d p i n t o r e s c a . E s a es l a A n d a l u c í a v u l g a r , p e r o n o es l a q u e
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS 703
p r i n c i p a l m e n t e refleja n u e s t r o a u t o r . Y a desde l a primera compoBición,

& l a que llama Sol bendito, e s c r i b e :
¡Sol a l e g r e d e m i t i e r r a !
Sol b e n d i t o q u e i l u m i n a s
con t u s áureos resplandores
& la bella Andalucía:
¡Con t u v é r t i g o d e hices
h a n cegado mis pupilas!
Entra en mi alma que padece
c o n el frío d e desdichas,
y t e espera ¡Se h a p a s a d o
esperándote la vida!
I n d e p e n d i e n t e m e n t e d e l a s r a z o n e s p e r s o n a l e s que para h a b l a r asi
t e n g a e l p o e t a , y a a p u n t a a q u i l a p a r t e d e m e l a n c o l í a q u e h a y e n e l fon-
d o del a l m a a n d a l u z a , y e s a n o t a m e l a n c ó l i c a y h o n d a , c o n t e m p l a t i v a y
s o ñ a d o r a , q u e se e x p r e s a c o n m á s s i n c e r i d a d q u e artificio, s e r e p i t e c o n
f r e c u e n c i a e n e l v o l u m e n , i m p r i m i é n d o l e c a r á c t e r . Si l a a l e g r í a p a s a p o r
a l l í es r á p i d a m e n t e , como se v e n p a s a r d e s d e el t r e n e n m a r c h a los á r b o l e s
y los c a m p o s . L a c o m p a r a c i ó n es d e l mismo a u t o r , q u e , e n otros v e r s o s , v e
e n a q u e l l a a l e g r í a d e s u t i e r r a u n óleo c o n q u e e l l a h a u n g i d o s u s h e r i -
das y t r i s t e z a s , y e n l a p a z d e l a c a m p i ñ a s i e n t e g e r m i n a r b r i o s a m e n t e
en s u c o r a z ó n , como c o n s u e l o , el a m o r á l a N a t u r a l e z a . A e s t e a m o r ,
c o m b i n a d o con l a s u a v i d a d y b o n d a d q u e s u e l e n o t a r s e e n todos sus sen-
timientos, debe e l Sr. Cortines lo mejor d e s u libro.
L o típico e n él es l a e s p o n t a n e i d a d d e l a f o r m a y l a v e r d a d en las
p r i n c i p a l e s i m p r e s i o n e s q u e refleja. C u a n d o t r a b a j a f r e n t e a l m o d e l o
v i v o es c u a n d o m á s a c i e r t a , y si á e s t e modelo se m e z c l a el r e c u e r d o d e
G a b r i e l y G a l á n , e n t r e c u y a a l m a y l a d e n u e s t r o a u t o r n o deja d e h a -
b e r afinidades, e l r e s u l t a d o e s m u y a g r a d a b l e . M e n o s m e g u s t a a l com-
p o n e r poesías d e pretensione3 m á s l i t e r a r i a s , como a l g u n a s q u e figuran
e n l a sección D e m i p a í r i a . L o h o n d o , lo d e l i c a d o , lo i n g e n u o ; l o q u e
t i e n e d u l z u r a s y e n c a n t o s d e r i s a i n f a n t i l ó f e m e n i n a ; lo q u e d e s c u b r e d e
cuando en cuando ciertas grandezas sin buscarlas h e a q u í lo q u e l e
c o n v i e n e c u l t i v a r : La ruta de los segadores, Pan de trigo, La tahona.
Rastrojo, Vendimia, Octubre, Alegrías y tristezas. Vestía de largo, Los
lanceros, Novenario, Solo, Canción de madre. La enfermita, Este do-
lor y a l g u n a s o t r a s composiciones s e m e j a n t e s , son l a s q u e r e v e l a n e n
este volumen q u e e l Sr. Cottines es poeta, n o t a n t o , precisamente, p o r
habilidades hijas del estudio, como p o r v i r t u d d e l a s cualidades d e su
espíritu. E n l a forma puede aiin a p r e n d e r cierto refinamiento y perfec-
ción; p e r o ol i n s t i n t o poético e x i s t o e n él, m o s t r a n d o a l g o d e o r i e n t a c i ó n
m o d e r n a c a p a z d e d a r ú t i l e s r e s u l t a d o s ( q u e y a d a á v e c e s ) si v a p o r
s e n d a s q u e i n d i c a r o n , e n m á s d e u n a ocasión, á l a p o e s í a c a s t e l l a n a G a -
b r i e l y G a l á n , d e g r a t a m e m o r i a p a r a todos, y V i c e n t e M e d i n a , el de los
Cantos murcianos, R D P
RAFAEL ALTAMIRA: Cosas det dia. (Crónicas de literatura y arte.) Valencia, F . Sera-
pcre y Compañía. Sin fecha. Un volumen de 18,5 X ' 2 , 5 . VI —141 página».
Precio 1 peseta,
Nuestro querido compañero Altamira, á quien tanto debe esta revista

es u n o de los mejores c r í t i c o s españoles, e j e r z a ó n o el oficio e n p ú b l i c o
c o n m u c h a f r e c u e n c i a . No h a de p r i v a r n o s el c o m p a ñ e r i s m o de h a c e r jus-
t i c i a á sus m ú l t i p l e s t a l e n t o s , d e m o s t r a d o s e n mil ocasiones, y r e c o n o c i -
dos lo mismo e n t r e nosotros q u e e n el e x t r a n j e r o . S o l i c i t a d a su a t e n c i ó n
c o n s t a n t e m e n t e p o r e s t u d i o s de d i v e r s o o r d e n , e n e s p e c i a l p o r los histó-
ricos, n i t i e m p o n i h u m o r l e q u e d a n p a r a e n t r e g a r s e p o r c o m p l e t o á l a
l i t e r a t u r a , q u e , sin e m b a r g o , s i g u e a t r a y é n d o l e como s i e m p r e . D e c u a n -
do e n c u a n d o , o r a e n p u b l i c a c i o n e s d e a q u í o r a e n l a s d e otros países, d a
f o r m a á a l g u n o s d e sus j u i c i o s , y n o h a de f a l t a r e n t r e el público q u i e n
l a m e n t e , leyéndolos, q u e su a u t o r no les d e d i q u e m á s q u e b r e v e s r a t o s .
S u i l u s t r a c i ó n , su b u e n g u s t o y ojo c e r t e r o p a r a d e s c u b r i r lo q u e v a l e
a n t e s q u e l a voz p ú b l i c a lo d i g a , p o d r í a n ser, y son y a á v e c e s , v e r d a d e -
r a m e n t e ú t i l e s ; p e r o l a c r í t i c a l i t e r a r i a t i e n e t a n pocos a t r a c t i v o s e n Es-
p a ñ a , c u a n d o se e j e r c e al d í a y como o b l i g a c i ó n i n e l u d i b l e , q u e los m e -
j o r e s se a p a r t a n d e e l l a p a r a d e d i c a r s e á e s t u d i o s m á s t r a n q u i l o s , m á s
sólidos y c o n s i d e r a d o s . E s c a s e a n s i e m p r e e n t r e nosotros los g r a n d e s crí-
ticos, ó l l e g a m o s á c a r e c e r de ellos e n u n m o m e n t o d a d o , p e r o ¿ q u é ri-
q u í s i m a l i t e r a t u r a n u e v a se les ofrece p a r a el c o n s t a n t e a n á l i s i s y q u é
g r a n r e c o m p e n s a o b t i e n e n d e s p u é s d e sacrificar su v i d a c o n s a g r á n d o l a
al e x a m e n d e las o b r a s ajenas? ¿Vale l a p e n a d e d e s v i v i r s e e n E s p a ñ a
p o r ser c r í t i c o g r a n d e ó p e q u e ñ o ?
Ese mismo c a r á c t e r de o b r a escrita á ratos y con espontaneidad por
q u i e n s a b e o t r a s m u c h a s cosas m á s q u e l a s l i t e r a r i a s y n o se h a d e j a d o a b -
s o r b e r del todo p o r ellas, p r e s t a al l i b r o d e A l t a m i r a v a r i e d a d é i n t e r é s .
P a r a él l a colección d e a r t í c u l o s q u e a h o r a nos h a d a d o r e u n i d o s v i e n e á
ser como u n a s e r i e d e c a p í t u l o s p e r t e n e c i e n t e s á u n a h i s t o r i a l i t e r a r i a
c o n t e m p o r á n e a , e n q u e el a u t o r s e h a fijado sólo en los a s u n t o s q u e m á s
l l a m a b a n su a t e n c i ó n , y e s a s m i s m a s p r e f e r e n c i a s son y a por si solas sig-
n i f i c a t i v a s de s u m o d o d e p e n s a r y d e s e n t i r . U n a d e las cosas q u e se n o -
t a n con f a c i l i d a d e n l a c r í t i c a l i t e r a r i a d e A l t a m i r a es su fondo psicoló-
gico, histórico y p e d a g ó g i c o . No f a l t a n , a d e m á s , e n e l l a indicios d e u n
e s p í r i t u q u e o r a o b s e r v a con a g u d e z a , o r a se i n c l i n a a l e n s u e ñ o p o é t i c o
e n p r o s a ; p e r o lo m á s t í p i c o del l i b r o es lo p r i m e r o . E n g e n e r a l , p u e d e
d e c i r s e q u e a l e s c r i b i r el a u t o r sus estudios es m á s b i e n u n a n a l i s t a emo-
c i o n a d o q u e u n a r t i s t a q u e r e d o n d e a u n a r t i c u l o con v e r d a d e r a fiebre
creadora, y a u n q u e a q u é l sea notable y deje huella, la deja más bien
p o r BU e r u d i c i ó n , p o r l a f u e r z a del p e n s a m i e n t o , p o r sus a n á l i s i s y s u i
Blutesis. L o q u e h a leído lo h a d i g e r i d o m u c h o y lo t i e n e p r e s e n t e e n e l •
m o m e n t o o p o r t u n o ; p e r o es t a m b i é n u n p e n s a d o r p o r c u e n t a p r o p i a , a u n - j
q u e s i n l a s p r e t e n s i o n e s d e otros.
E s t é el l e c t o r conforme 6 n o c o n t o d a s sus i d e a s , c o n s i d e r a d o e n e s t e
ú l t i m o a s p e c t o , lo m á s e s e n c i a l q u e b u s c a r á e n Cosas del día s e r á l a p a r t e
d e c r i t i c a l i t e r a r i a , e n l a q u e , como dice n u e s t r o a u t o r , h a y a l g o d e d i -
d á c t i c o , p u e s t o q u e t i e n d e á e d u c a r el g u s t o , y a l g o d e l i t e r a r i o , e n c u a n -
t o «lo q u e m á s i m p o r t a e n l a c r í t i c a n o es el juicio d e l a o b r a , sino lo q u e
a c e r c a d e ella se l e o c u r r a á u n h o m b r e d e t a l e n t o » . T o d o ello p i i e d e h a .
l i a r s e en l a s t r e s secciones d e q u e c o n s t a e s t e v o l u m e n , d e d i c a d a s á li-
bros y autores españoles, á literatura extranjera y á cuestiones generales.
No p e r d e r á c i e r t a m e n t e e l t i e m p o q u i e n l a s l e a c o n l a d e b i d a a t e n c i ó n .
R, D. PBEÉS. — ^
SHAKBPERE. La tragedia de Macbeth. Traducció, amb pvóleg i notes, per CEBRIÁ

MONTOLiu. Barcelona. L'Avenc, 1908. Un volumen de 19 X XLlll-179
páginas. Precio 3 pesetas.
Don Cipriano Montoliu se dio á conocer h a c e a l g ú n tiempo por u n es-

t u d i o s o b r e Ruslíin, q u e p u b l i c ó e n c a t a l á n . S i g u i e n d o e n sus aficiones al
e s t u d i o d e los a u t o r e s ingleses, h a e m p r e n d i d o a h o r a l a t r a d u c c i ó n de
Macbeth, q u e h a a c o m p a ñ a d o d e u n p r ó l o g o y d e n o t a s e n q u e m e z c l a l a
parte erudita con las impresiones personales que Shakespeare le h a pro-
d u c i d o . A d e c i r v e r d a d , lo q u e es reflejo d e lo m u c h o q u e s o b r e el g r a n
p o e t a i n g l é s se h a e s c r i t o p o r p a r t e d e e s p e c i a l i s t a s d e s u país m e p a r e c e
lo m e ; o r d e e s t e l i b r o . E l Sr. Montoliu h a c o m p r e n d i d o p e r f e c t a m e n t e
q u e n o se p o d í a p o n e r m a n o e n Macbeth s i n e n t e r a r s e a l g o , p r e v i a m e n t e
y e n sus f u e n t e s , d e l a l i t e r a t u r a s h a k e s p e r i a n a , y e n e s t e c o n c e p t o s u
t r a b a j o es m u c h o m á s d i g n o d e s e r t e n i d o e n c u e n t a q u e otros s e m e j a n -
t e s q u e a h o r a a b u n d a n e n C a t a l u ñ a , p u e s S h a k e s p e a r e p a r e c e e s t a r de
m o d a allí, y h a s t a s i n s a b e r á f o n d o el i n g l é s m o d e r n o , q u e es l o m e n o s
q u e p u e d e p e d i r s e , h a y q u i e n s e a t r e v e c o n é l , como si se t r a t a r a d e u n
a u t o r facilísimo. P o r esto v e o y o c o n g u s t o á este t r a d u c t o r m o s t r a r el
deseo d e a t e n e r s e á l a l e t r a , d e c o m p u l s a r c u i d a d o s a m e n t e l a s p a l a b r a s ,
aspirando á producir u n ensayo de versión crítica, q u e sea á l a vez lite-
r a l y l i t e r a r i a . E s e es e l ú n i c o c a m i n o q u e v a l e l a p e n a d e e m p r e n d e r ,
p a r a q u e no t e n g a m o s q u e dejar d e lado traducciones y a c u d i r á leer e l
o r i g i n a l si q u e r e m o s e n t e r a r n o s d e lo q u e r e a l m e n t e d i c e .
El S r . Montoliu p a r e c e t e m e r q u e se l e e c h e e n c a r a l a p a r t e de estu-
dio q u e h a y e n s u t r a b a j o y q u e p u e d e d a r l e c i e r t o a p a r a t o s o aspecto. D e
ello protesta por adelantado, pero s i n n e c e s i d a d por lo qûe r e s p e c t a á l o
q u e es e r u d i c i ó a s h a k e s p e r i a n a , pues sólo los i g n o r a n t e s p o d r á n c r e e r

q u e sobre, c u a n d o eu r e a l i d a d lo mejor s e r í a q u e se h u b i e r a a u m e n t a d o
y profundizado todo lo posible. Menos falta h a c í a u n a b u e n a p a r t e del
prólogo e n q u e su a u t o r se l a n z a con j u v e n i l e n t u s i a s m o por senderos en
q u e es fácil p e r d e r s e , y en q u e esto le ocurro á él. El Sr. Montoliu está
mejor t r a d u c i e n d o y c o m e n t a n d o como l i t e r a t o q u e filosofando .y e j e r .
ciendo de crítico t r a s c e n d e n t a l . S h a k e s p e a r e se h a c o n v e r t i d o p a r a ól en
u n ídolo a l c u a l a t r i b u y e c u a n t a s ideas son g r a t a s a l a d o r a d o r , t e n d e n -
cia q u e no es n u e v a , por c i e r t o , c u a n d o de g r a n d e s a u t o r e s se t r a t a .
A h o r a bien: como las i d e a s de n u e s t r o p r o l o g u i s t a t i e n e n m u c h o m á s d e
r e v o l u c i o n a r i a s q u e de o t r a cosa a l g u n a , S h a k e s p e a r e sale de este libro
como u n p r o f e t a de algo de lo q u e en n u e s t r o s tiempos se h a dicho ó se
dice. Tolstoi, q u e n o se las e c h a de r e a c c i o n a r i o , no e s t a r l a conforme con
el Sr. M o n t o l i u , ni c o m p a r t i r í a su entusiasmo a l g ú n conocido socialista
q u e no le p e r d o n a al p o e t a sus aficiones m o n á r q u i c a s y poco d e m o c r á t i -
cas. T a m b i é n el t e s t a m e n t o de S h a k e s p e a r e y l a t e n d e n c i a de sus ú l t i m a s
o b r a s e s t o r b a n b a s t a n t e p a r a h a c e r d e él u n a figura de l a clase q u e al-
g u n o s d e s e a r í a n . E u lo q u e es m á s fácil e s t a r do a c u e r d o es en su g e n i o
l i t e r a r i o , y éste n o n e c e s i t a de l a política ni de la c i e n c i a p a r a p e d i r l e s
g r a n d e z a s p r e s t a d a s , p o r q u e los g r a n d e s p o e t a s lo son p i e n s e n lo q u e
q u i e r a n e u o t r a s m a t e r i a s a j e n a s á su a r t e . Ser c r e a d o r a r t í s t i c o excep-
c i o n a l , es y a , por si solo, algo en el m u n d o .
T a m p o c o estoy conforme con el Sr. Montoliu r e s p e c t o al v a l o r , al e s -
p í r i t u y á l a o p o r t u n i d a d de ¡os versos o r i g i n a l e s , de c o r t e m o d e r n i s t a ,
q u e h a colocado á c o n t i n u a c i ó n de su p r ó l o g o . NI yo deseo la m u e r t e
del héroe, como él, p a r a q u e r e i n e el a m o r e n el m u n d o , n i creo q u e su
e x i s t e n c i a nos a c a r r e e terribles males, sino q u e , por el c o n t r a r i o , sería
c o n v e n i e n t e q u e c o n t á r a m o s con muchos héroes, a u n q u e con l a condición
de d a r sólo este bello calificativo al q u e lo m e r e c i e r a . H e c h a e s t a salve-
dad, opino q u e p r e c i s a m e n t e por no s e n t i r el c u l t o del héroe nos morimos
de a n e m i a en estos tiempos, y q u e , por el c a m i n o q u e v a m o s , h a b r á q u e
e m p e q u e ñ e c e r l o todo p a r a n o h e r i r la s u s c e p t i b i l i d a d y l a e n v i d i a de
unos c u a n t o s q u e no q u i e r e n q u e hombres de m a y o r e m p u j e q u e ellos los
d o m i n e n . S e a de esto lo q u e fuere, el p a p e l del t r a d u c t o r d e b i e r a ser m á s
modesto y no a p r o v e c h a r l a ocasión p a r a h a c e r profesiones de fe m á s ó
m e n o s v e l a d a s , q u e no i n t e r e s a n al q u e lo q u e d e s e a es que le h a b l e n de
S h a k e s p e a r e y le a y u d e n á s a b o r e a r u n a de sus o b r a s .
Como se v e , h a y algo en esta t r a d u c c i ó n q u e es ajeno á l a l i t e r a t u r a
y q u e m á s b i e n e s t o r b a r á al q u e al estudio l i t e r a r i o de u n a t r a g e d i a fa-
mosa q u i e r a e n t r e g a r s e . A u n a p a r t e de l a j u v e n t u d , á l a c u a l el señor
Montoliu h a dedicado su t r a b a j o , acaso no l e o c u r r a lo mismo, y preci-
s a m e n t e en esto h a l l e la sal y p i m i e n t a del l i b r o . A l l á ella.
Debo o b s e r \ a r t a m b i é n q u e en el m e n c i o n a d o prólogo se c i t a como
m a g i s t r a l la t r a d u c c i ó n de Las mil y una noches h e c h a p o r 3. C. M a r d r u i i
a u n q u e á j u i c i o d e d i s t i n g u i d o s a r a b i s t a s n o p u e d e calificarse s i q u i e r a de
b u e n a . Como y o n o soy e s p e c i a l i s t a e n l a m a t e r i a m e l i m i t o á i n d i c a r u n a
opinión a j e n a .
E l estilo d e l a t r a d u c c i ó n n o t i e n e n a d a d e v u l g a r n i d e d e s a l i ñ a d o , y
r e v e l a el d c á e o d e p r o d u c i r u n a v e r s i ó n q u e a l g o p a r t i c i p e d e l s a b o r clásico
d e las o b r a s c a t a l a n a s d e otros t i e m p o s . P a r a d e c i d i r a c e r c a d e su e x a c -
t i t u d e n todos los casos s e r l a p r e c i s o u n e x a m e n d e t e n i d o q u e n o p u e d o
hacer aqui. Sin embargo, la impresión q u e producen ciertos fragmentos
y l a d e c o n j u n t o es b u e n a , d e m o s t r a n d o q u e s e h a t r a b a j a d o á c o n c i e n -
cia, C o n t r a lo q u e a l g u n o s p u d i e r a n c r e e r , el c a t a l á n , h á b i l m e n t e m a -
n e j a d o , se p r e s t a m u c h o p a r a t r a d u c i r á S h a k e s p e a r e e n f o r m a v i v a ,
a n i m a d a , y a f a m i l i a r y b r u t a l , y a n o b l e . C i e r t a s frases t i e n e n s u co-
r r e s p o n d e n c i a e x a c t a e n o t r a s c a t a l a n a s q u e n o se h a l l a n e n el i d i o m a
c a s t e l l a n o ó n a d i e u s a . Y e l Sr. M o n t o l i u s u e l e s e n t i r b i e n a q u é l l a s y
éstas.
E . D. P.
VICENTE BLASCO IBÁÑEZ: Sangre y Arena (novela). 4 1 0 páginas. ii,5X'9.

Valencia, J . Sempere y C.'^, 1908.
Después d e h a b e r leído este libro nos q u e d a la i n c e r t i d u m b r e d e n o

s a b e r q u é fin p e r s i g u i ó el a u t o r a l e s c r i b i r l e . SI b u s c a b a e'. a c r e c e n t a -
m i e n t o d e l a g l o r i a a r t í s t i c a , a u n q u e s e a doloroso es p r e c i s o confesar q u e
Sangre y arena n o es u n a o b r a d e a r t e ; si quiso p i n t a r fielmente eso q u e
h a n d a d o e n l l a m a r «fiesta n a c i o n a l » , h a y q u e r e c o n o c e r q u e e n m u c h o s
casos l a p i n t u r a n o es e x a c t a ; como n o v e l a , es l a q u e nos o c u p a , l a p e o r
d e c u a n t a s s a l i e r o n d e l a p l u m a del e s c r i t o r v a l e n c i a n o . Sólo n o s e x p l i -
caraos l a l a b o r d e B l a s c o I b á ñ e z c o m o b u s c a d o r a d e l a p l a u s o d e l a «gale-
ría», d e l p ú b l i c o q u e a h i t o d e v i n o y d e sol, p r e s e n c i a el t a u r i n o e s p e c -
t á c u l o e n l a s l o c a l i d a d e s b a r a t a s . E s e si a p l a u d i r á sin r e s e r v a s Sangre y
arena.
Como en t o d a s l a s o b r a s d e Blasco I b á ñ e z , e n e s t a s u p e r a el p i n t o r d e
b r i l l a n t e s colores al n o v e l i s t a , y c u a n d o Blasco refiere s u s i m p r e s i o n e s lo
h a c e c o n a c i e r t o ; b u e n e j e m p l o son l a s p r o c e s i o n e s d e S e v i l l a , c o n sus
c l á s i c a s y p l a ñ i d e r a s saetas y sus b r o n c a s t r a d i c i o n a l e s . T a m b i é n d e s c r i b e
con b r i l l a n t e z a u n q u e y a h e m o s dicho q u e n o c o n e x a c t i t u d , l a s c o r r i d a s
d e t o r o s , d e l a s c u a l e s h a y exceso d e d e s c r i p c i ó n , c o n p á g i n a s da b r u t a l
r e a l i s m o q u e h a n d e c a u s a r n á u s e a s a u n á los mismos aficionados. P o r
l a p a l e t a h a n p a s a d o d e s d e el color m á s fino h a s t a el m á s f u e r t e .
Y a hemos^dicho q u e l a p a r t e n o v e l e s c a n o s p a r e c e m u y floja. L a figu-
r a del G a l l a r d o l a h a l l a m o s artificiosa, e x a g e r a d a ; no es l a i m a g e n de
ningvtn t o r e r o de loa q u e f u e r o n ó s o n , sino u n c o n g l o m e r a d o de todos

ellos. E l a u t o r h a escogido u n r e t a z o de c a d a u n o y h a f o r m a d o u n tipo
& su capricho, como p u d i e r a n h a b e r l o hecho P r ó s p e r o M é r i m é e , Teófilo
G a u t i e r ó c u a l q u i e r a de los a u t o r e s franceses q u e h a n p i n t a d o las corri-
das de toros. Y lo propio o c u r r e con d o ñ a Sol y el b a n d i d o PLumitas. Son
estas t r e s figuras, n o de n o v e l a de folletín, sino de á r e a l l a e n t r e g a .
Sólo h a l l a m o s a l g o h u m a n a s las de C a r m e n y el Nacional.
P a r e c e como q u e l a novela h a y a sido b u r d i d a á t r a v é s de u n tejido
de «referencias > a n d a l u z a s , u n t a n t o t a r t a r i n e s c a s como b u e n a s meridio-
n a l e s ; de a h i q u e el G a l l a r d o sea u n Ídolo, «el mejor h o m b r e del m u n d o » ,
y el Plumitas u n a r r e g l a d o r d e las d e s i g u a l d a d e s sociales, á q u i e n si hu-
b i e r a j u s t i c i a d e b í a n h a b e r canonizado. Sólo q n e está t a n f u e r a de la r e a -
l i d a d q u e q u i e n t i e n e p r e g o n a d a l a c a b e z a v a y a á j u g á r s e l a por el g u s -
tazo de a p l a u d i r al «único q u e m a t a los toros de v e r d a d » , como las velei-
d a d e s d e d o ñ a Sol.
Acaso sea cierto q u e h a y a a r i s t ó c r a t a s q u e se s i e n t a n orgullosos e n
y a n t a r con los astros coletudos; p e r o de eso á lo q u e Blasco I b á ñ e z nos
c u e n t a de d o ñ a Sol, h a y u n a d i s t a n c i a r e s p e t a b l e . Ya hemos q u e d a d o en
q u e eso de q u e las mujeres se «chalan e n c u a n t o v e n á u n torero», son
voces q u e h a c e n c o r r e r ellos mismos, q u e , por r e g l a g e n e r a l , son a n d a -
luces. Y' no es lo mismo u n a C a r m e n c i g a r r e r a , q u e u n a d o ñ a Sol, v i u d a
de u n diplomático, p e r s o n a de g r a n c u l t u r a , e m p a r e n t a d a con la más
r a n c i a nobleza y h a b i e n d o visto mucho m á s m u n d o q u e l a p l a z a de toros
de Sevilla y l a v e n t a E r i t a ñ a , Si esa d o ñ a Sol h u b i e r a existido, no m e r e -
c e r í a ser s a c a d a á colación como u n a d a m a de la a r i s t o c r a c i a .
¡Y l u e g o nos e x t r a ñ a m o s de cómo nos p i n t a n los a u t o r e s e x t r a n j e r o s !
(Bonitos salimos de las m a n o s de Blasco I b á ñ e z !
P o r f o r t u n a a ú n h a y a u t o r e s f u e r a de E s p a ñ a q u e no c r e e n q u e nues-
t r a s costumbres s e a n t a n b á r b a r a s , ni q u e estemos t a n envilecidos como
ge nos p i n t a en Sangre y arena.
E s Blasco I b á ñ e z de los novelistas q u e figuran e n p r i m e r a fila, por eso
creemos m á s justo y m á s noble a p u n t a r l e los defectos, p a r a q u e los corrija
si así le conviene, q u e aplaudírselos p a r a q u e los f o m e n t e . Con l a publi-
c a c i ó n d e su ú l t i m a n o v e l a , acaso g a n e como a u t o r p i n g ü e s r e n d i m i e n -
tos, p e r o como a r t i s t a , no g a n a r á ni u n á p i c e d e g l o r i a .
E . MABBTBB.
JUAN DfA2-CANBjA: l a Cumbre (novela). Un volumen de u X ' 9 . loo página*,

Madrid, 1908.
E n esta s u p r i m e r a p r o d u c c i ó n l i t e r a r i a se p r e s e n t a el S r . Dlaz-Ca-
n e j a como u n c o n s u m a d o m a e s t r o e n l a descripción d e p a i s a j e s . Con
n o t a s d e b r i l l a n t e colorido h a c e desfilar a n t e los ojos d e l lector P e ñ a
S a n t a , M o n t e Vincio, C e r r e d o , e l impetuoso Sella, P o z u a , Z a l a m b r á n ,
P i c o J a r i o , L l é b a n a , Cobarcil y otros muchos bellisimos y plácido? p a -
rajes a s t u r i a n o s .
E s t e a u t o r — á q u i e n n o conocemos—es a n t e todo y s o b r e t o d o u n v i -
goroso p o e t a , q u e s i e n t e l a N a t u r a l e z a y l a describe a c e r t a d a m e n t e - ,
l l e g a n d o á t a l e x t r e m o e n s u s i n c e r i d a d p i c t ó r i c a — v a l g a l a frase—, q u e
d a al lector e x a c t a i d e a de cómo es l a r e g i ó n e n q u e se d e s a r r o l l a l a n o -
v e l a , sin n e c e s i d a d d e q u e éste l a v i s i t e .
L a acción novelesca, a u n n o c a r e c i e n d o d e i n t e r é s , es i n f er i o r á l a
parte descriptiva. Ocupa próximamente u n a mitad de las páginas d e
q u e consta La Cumbre, y u n a b u e n a p o r ció n d e ellas e s t á d e d i c a d a A l a
n a r r a c i ó n d e u n a m u e r t e p o r m e n i n g i t i s , p i n t a d a con t a l lujo de de-
talles q u e p a r e c e como q u e el Sr. D i a z - C a n e j a h a y a q u e r i d o h a c e r g a l a
de BU fino espíritu d e o b s e r v a d o r , ó d e j a r i m p r e s o u n a c c i d e n t e v i v i d o y
sentido con p r o f u n d a i n t e n s i d a d . C u a l q u i e r a q u e l e a a t e n t a m e n t e l a
m u e r t e d e C a r m i n a , p u e d e formarse l a ilusión d e q u e asiste á u n e n f e r -
mo apresado e n las redes de l a mortífera meningitis.
Es l á s t i m a q u e u n a n o v e l a t a n p l á c i d a m e n t e — m e j o r d i r í a m o s delicio-
s a m e n t e — c o m e n z a d a , v a y a á finalizar con l a n o t a p e s i m i s t a q u e a h o r a
I m p e r a e n l a m a y o r í a d e l a s n o v e l a s . Es u n final t r á g i c o , d e s o l a d o r , u n a
m a n c h a g r i s e n medio d e a q u e l l a s n o s t á l g i c a s y dulces c a m p i ñ a s .
E n t r e los p e r s o n a j e s q u e i n t e r v i e n e n e n La Cumbre, h a y a l g u n o s fiel-
m e n t e observados: D . Quico, C a r m e n , el C u r a y D . R a f a e l ; y otros como
M a r q u i n o s q u e r e s u l t a n a l g o desdibujados y c o n v e n c i o n a l e s . Esto n o
q u i e r e decir q u e d i p u t e m o s I m a g i n a r i a l a figura del m o n t a r a z y n o b l o t e
M a r q u i n o s . A n t e l a p r o m e s a d e u n beso d e u n e s labios como los d e Car-
m i n a , c u a l q u i e r h é r o e p u e d e l l e g a r á lo s u b l i m e .
La Cumbre, a u n q u e a b u n d a n t e e n t é r m i n o s r e g i o n a l e s , h a sido e s c r i t a
e n castizo y vigoroso c a s t e l l a n o .
E. Mabstbb,
HÉCTOR ABREU (Jíbrego): Matar por matar, noTcla. 259 págints i ) , S X

Madrid, Fernando Fe, 1908.
A l g o d e lo q u e decimos del Sr. DIaz-Caneja, debemos decir d e H é c t o r

A b r e u : l a p a r t e d e s c r i p t i v a es en Matar por matar u n a h e r m o s a colec-
ción d e pintorescos paisajes d e l a s e r r a n í a a n d a l u z a ; p e r o l a acción n o -
velesca es b a s t a n t e e n d e b l e . A u n q u e hemos e s t u d i a d o con g r a n d e t e n -
ción l a psicología d e l Cernícalo, n o h a l l a m o s l a c a u s a morbosa q u e l e
i m p u l s e á m a t a r á l a hija d e l C o r p a s ; n i m u c h o m e n o s q u e solicite l u e g o
l a p l a z a de v e r d u g o . Cierto q u e c o n l a m a n e r a d e p r o d u c i r s e este indi-
v i d u o , justifica el a u t o r el t i t u l o d e l a n o v e l a ; m a s esto n o es suficiente.
J a m á s h a l l a r e m o s b a s t a n t e justificado q u e u n h o m b r e se c o n v i e r t a e n
asesino; p e r o m e n o s e n e l caso q u e p i n t a H é c t o r A b r e u . Si a p e n a s l l e g a
el Cernícalo á esbozar su amor, ¿por q u é a s e s i n a r á l a m u j e r q u e lo
c a u s a ? Y l u e g o , ¿por q u é s u a f á n d e m a t a r á seres á q u i en es n i s i q u i e r a
conoce?
H a y a l g u n o s tipos b i e n dibujados: L a S u a v e , P a u l a y Morejón; otros
q u e a p e n a s sí l l e g a n á s e r bocetos: el C e r n í c a l o , el Colorado y Cello; y
j u n t o á éstos, a l g u n o s episódicos q u e t i e n e n mucho m a y o r r e l i e v e q u e
los p r i n c i p a l e s .
T a m b i é n nos p a r e c e q u e escritor t a n culto como H é c t o r A b r e u debió
h u i r d e a l g u n a s escenas zolescas q u e h a c e n m e n o r el m é r i t o d e a q u e l l a s
o t r a s l l e n a s del m á s sano realismo e n q u e n a r r a l a s miserias, i n t r i g a s ,
egoísmos y m e z q u i n d a d e s d e los campesinos faltos d e t r a b a j o . Y es d e
elogiar q u e n o h a y a i n c u r r i d o el a u t o r e n l a c h o c a r r e r í a d e s a c a r á r e -
l u c i r a l g ú n b a n d i d o m á s ó menos «generoso» á pesar d e q u e l a acción d e
Matar por matar s e d e s a r r o l l a e n p l e n a S i e r r a M o r e n a .
E . MABSTKB.
RETNES MONLAUR: E / rayo 4t luz. Escenas evangélicas, traducid»» por el P. Jtime

Pons. Un volumen de 19,5 X 228 páginas. Gustavo Gili, editor. Barce-
lona, 1908,
E l conocido e d i t o r b a r c e l o n é s c u y o n o m b r e a c a b a m o s d e escribir, h a
c o m e n z a d o á p u b l i c a r u n a n u e v a B i b l i o t e c a t i t u l a d a Emporium, que ha
i n a u g u r a d o c o n este v o l u m e n . Se p r o p o n e d a r á conocer o b r a s de l a li-
t e r a t u r a u n i v e r s a l , q u e , á l a b o n d a d d e l a forma, u n a n l a m o r a l i d a d del
fondo, t e n d i e n d o así á c o m b a t i r l a difusión d e l a s m a l a s é insulsas, s e g ú n
se i n d i c a e n el p r o s p e c t o . A d e m á s d e escoger c u i d a d o s a m e n t e los origl-
n a l e s , se a t i e n d e á l a s condiciones m a t e r i a l e s d e los tomos, p r e s e n t a n d o

u n a impresión clara, b u e n papel é ilustraciones por u n precio económico.
El rayo de luz es u n a s e r i e d e escenas e v a n g é l i c a s e n f o r m a d e n o v e -
l a , e s c r i t a o r i g i n a l m e n t e e n f r a n c é s y b i e n t r a d u c i d a al c a s t e l l a n o p o r el
P . P o n s , de l a C o m p a ñ í a de J e s ú s . O c h e n t a ediciones de e s t a o b r a se h a n
p u b l i c a d o e n F r a n c i a , s e g ú n se v e e n l a p o r t a d a , y ello d a fe del i n t e r é s
q u e h a d e s p e r t a d o . P e r t e n e c e a l g é n e r o en q u e t a n famoso se h a h e c h o
el gQuo vadisf, a u n q u e sin l l e g a r á su a l t u r a l i t e r a r i a m e n t e . E s , m á s
b i e n , como u n c o m e n t a r i o a r t í s t i c o del E v a n g e l i o , e n l a z a d o c o n u n a sen-
cilla y p i a d o s a l e y e n d a , y p r e s e n t a con a t r a c t i v o y m a j e s t a d l a figura
de J e s u c r i s t o , como t a m b i é n s a b e h a c e r i n t e r e s a n t e s y l l e n a s d e color l a s
g c c u n d a r i a s q u e l a r o d e a n . S o b r e s a l e e n el e s t u d i o d e l a s c o s t u m b r e s d e l
p a í s y d e l a é p o c a , y se a d i v i n a q u e é s t e h a sido el p r o p ó s i t o p r i n c i p a l
del a u t o r , r e l e g a n d o á s e g u n d o t é r m i n o l a p a r t e d e i n v e n c i ó n . C o m o
l e c t u r a p i a d o s a , á l a v e z q u e a m e n a , es m u y r e c o m e n d a b l e .
Ú l t i m a m e n t e h a a p a r e c i d o t a m b i é n e n e s t a B i b l i o t e c a el s e g u n d o v o -
l u m e n , f o r m a d o por u n a colección de poesías del P . R e s t i t u t o d e l V a l l e
y t i t u l a d o Mis canciones. L a i m p o r t a n c i a d e l a o b r a e x i g e m a y o r a t e n -
ción y espacio de los q u e p o d r í a m o s d e d i c a r l e h o y , por lo c u a l nos limi-
tamos á anunciarla.
X.
MOJEflNCiO REVISTAS
ESPAÑOLAS
La España Moderna. 1." d e E n e r o de 1908: La literatura moderna en

Francia. (Balzao. L a p e r s o n a l i d a d . ) — C r ó n i c a literaria, por E . G ó m e z d e
B a q u e r o . {Los intereses creados, c o m e d i a en dos actos d e D. J a c i n t o Be-
n a v e n t e . ) = : L ° d e F e b r e r o : De lingüistica regional y sus concomitancias,
p o r Adolfo B o n i l l a y S a n Martin.—Cró/i¿ca literaria, p o r E. Gómez d e
B a q u e r o . (Los n u e v o s n o v e l i s t a s . ) = 1 . ° d e M a r z o : Crónica literaria, por
E. G ó m e z d e B a q u e r o . (¿Hacen f a l t a c r l t i c o s ? ) = l , ° d e A b r i l : Crónica li-
teraria, por E . Gómez d e B a q u e r o . (Señora ama, c o m e d i a d e J a c i n t o Be-
n a v e n t e ; El crimen de ayer, d r a m a d e J o a q u í n D i c e n t a ; Las hijas del
Cid, l e y e n d a d r a m á t i c a de E d u a r d o Marquina.)—2íey¿s¿a de revistas, por
F e r n a n d o A r a u j o . (Los o r í g e n e s de la «Bella d u r m i e n t e del bosque» y las
p r i n c e s a s d o r m i d a s . ) = ! . " d e M a y o : José de Espronceda y Delgado, por
J o s é Cáscales y M u ñ o z . — i í e m ¿ a de revistas, por F e r n a n d o A r a u j o . ( P a -
blo V e r l a i n e . U n a poesía d e L a d y B y r o n . L a profesión d e escritor e n I n -
g l a t e r r a . ) — 1 . " de J u n i o : José de Espronceda y Delgado (conclusión), p o r
J o s é Cáscales y M u ñ o z . — i ' i pensamiento de Espronceda, por Adolfo Bo-
n i l l a y S a n Martin.—Ci-ónica literaria, por E . G ó m e z d e B a q u e r o . {Espa-
ña sin rey, episodio n a c i o n a l por B. P é r e z Galdós.)—Eevista de revistas,
por F e r n a n d o A r a u j o . ( L a m o r a l e n l a s o b r a s d e Osear W i l d e . H a c e n fal-
t a críticos.)
La Lectura. E n e r o d e 1908: Confesión de poesía, p o r J u a n M a r a g a l l . —

Emilia Pardo Bazán, por A n d r é s González B\B,XICQ.—Crónica americana,
p o r M a n u e l U g a r t e . — P o e s í a , por E n r i q u e Diez Cañedo.—iVí'üeZa, por
R a m ó n M. T e n r e i r o . = F e b r e r o : Confesión de poesia, por J u a n M a r a g a l L
Emilia Pardo Bazán., por A n d r é s González B l a n c o . — Giosario, por
G. M a r t í n e z S i e r r a . — N o v e l a , p o r R a m ó n M. T e n r e i r o . = M a r z o ; Confesión
de poesía, por J u a n Maragall.—C7-ón¿ca americana, por M a n u e l ü g a r t e ,
—Novela, p o r R a m ó n M. T e n r e i r o . — P o e s í a , por E. D í e z - C a n e d o . = A b r i I :
Emilia Pardo Bazán, por A n d r é s G o n z á l e z - B l a n c o . - A ^ o u e í a , por R a m ó n
M. T e n r e i r o . - P o e s í a , por E n r i q u e D í e z - C a n e d o . = M a y o : Novela, por
E. M. T e n r e i r o . — P o e s í a , por E n r i q u e D i e z - C a n e d o . = J u n i o : Recuerdos de
Carducei, p o r J o s é S á n c h e z Rojas.—OZe£rar¿o Andrade, por R i s a r d o Bo-
HOJEANDO REVISTAS 713
ja».—íôceZa, por R a m ó n M. Tenreiro.—Poesía, por E n r i q u e Diez-Cane-

d o . = J u l i o : Crónica americana, por Manuel JJga.Tte.—Novela, por R a m ó n '
M. Tearelro.—Poesía, por E n r i q u e Diez-Canedo.—Farios. Tiie Soul of
Spain (Havelock EUis), por A . Giménez F r a u d .
Nuestro Tiempo. E n e r o : Revista bibliográfica, por Luis de T e r á n . = : P e -

b r e r o : Henry Gauthier Villars, por José Subirá.—JBeaísía bibliográfica,
por Luis de T e r á n . = M a r z o : Revista bibliográfica, por el m i s m o . = M a y o
Gabriel D'Ánnunzio, por P e d r o G o n z á l e z - B l a n c o . - i í s ü í s i a bibliográfica,
por Luis de T e r á n , = J u n i o : Crónica catalana, por J o s é Aladern.—JíeuMÍo
bibliográfica, por L u i s de T e r á n .
Ateneo. Enero: Bíbliografia.='ê\)Te,T:o: Americanerías, por André»

González-Blanco.—Eí c r i m e n de a y e r , d r a m a de J o a q u í n D i c e n t a , por
Rafael Urbano.—B¿6Z¿og'ra/'ía.=Marzo: Número d e homenaje á Espron-
c e d a . = A b r i l : H o m e n a j e á Curros Enriquez.—üíecMercíos de niñez y de
mocedad, de Miguel de Unamuno, por Francisco Antón.—Bibliografía.
España y América. 1.° de E n e r o : Literatura colombiana, por M. Rodrí-

g u e z E.—Libros, por * * * . = 1 5 de E n e r o : Libros, por ***•.—Obra postuma
de Ibsen.=l.° de F e b r e r o : La novela colombiana ( C a r t a l i t e r a r i a ) , por
P . M. T o r r e s . = l . ° de Marzo: El modernismo y 'La ciencia del verso*, de
Méndez Bejarano, por P . E. N e g r e t e . — i i ó r o s , por *=¡=*.=i.o de A b r i l :
Juan Fastenrath, por P . de M u g i c n . = 1 5 de Abril: Hace falta un Clarín II,
por P . de Mugica.—iíeyisía í i í e r a r í a . (Ultima n o v e l a de P é r e z Galdós.)
—Libros, por * * * . = 1 . * ' de Mayo: Hace falta un Clarín II (continuación),
por P. de Mugica.—Libros, por * * * . = ! . ° de J u n i o : Jíace falta un Clarín II,
por P . de M u g l c a . = 1 5 de J u n i o : Hace falta un Clarín II (continuación).
— L ü r o s , por***.
Vida Intelectual. E n e r o : La escuela romántica en Francia, por J . Bran-

des.—.Bra Portugal (vida l i t e r a r i a ) , por J . de T a v a r e s . = F e b r e r o : La es-
cuda romántica en Francia, por J . Brandes.—Le¿?'as portuguesas, por
J . de T a v a r e s . = M a r z o : La escuela romántica en Francia, por J . B r a n -
des. - La novela española contemporánea (un libro d e M. Vézinet), por
B . Santos Valí.—De novela en novela, por Un curioso lector.Âhvih La
escuda romántica en Francia, por J . Brandes.—Cwlíwra catalana (Folk-
lore c a t a l á n ) , por B . Santos YaW.—Rápidas lecturas, por Un curioso íec-
¿or.=:Mayo: La escuela romántica en Irancia, por J . B r a n d e s . — L i t e r a -
tura chilena contemporánea, por Luis Ross lííugics..—Novedades litera-
rias, por Eloy S e ñ a n . — L e í r a s portuguesas, por J u a n de T a v a r e s . = J u -
nio: La escuela romántica en Francia, por J . B r a n d e s . — L i í e r a í u r a ar-
gentina contemporánea, por Ene.—Rápidas lecturas, por Un curioso
lector.
EXTRANJERAS
Mercure de France. 1.° E n e r o : Lettres hispano-américaines, por Enri-

q u e D í a z R o m e r o . = 1 6 E n e r o : Le Portugal et VEspagne dans l'oeuvre de
la civiiisation, por P h i l é a s L e b e s g u e . — L e ¿ ¿ r e s hispano-américaines, por
E u g e n i o D í a z R o m e r o . = 1 6 F e b r e r o : Lettresportugaises, por Philéas Le-
b e s g u e . = l . ° d e M a r z o : Lettres espagnoles, por Marcel R o b í n (sobre lite-
r a t u r a s r e g i o n a l e s e n E s p a ñ a ) . = 1 . ° d e A b r i l : U71 poete sud-américain.
Rubén Darío, p o r R i c a r d o R o j a s . = 1 6 d e A b r i l : Littérature. Guillaume
Huszar: Eludes critiques de Littérature comparée. Moliere et VEspagne,
p o r J u a n d e G o u r m o n t . — L e t t r e s portugaises, por Philéas L e b e ó g u e . =
16 M a j ' o : Lettres espagnoles, p o r M a r c e l R o b í n . = 1 6 J u n i o : Lettres por-
tugaises ( L e P o r t u g a l p o é t i q u e ) , por P h i l é a s L e b e s g u e . = 1 6 d e J u l i o :
Lettres espagnoles, por Marcel Robín.
La Revue Latine. 25 d e A b r i l : L'ceuvre de M. Ramón D. Peres, p o r E r -

n e s t o M a r t i n e n c h e . = 2 5 M a y o : Hommes et Idees de notre temps. Le Pérou
contemporain, de F . G a r c í a Calderón, por Hadaly.
La Lettura. M a r z o : Ricordi portoghesi.
La Cultura. 1.° E n e r o : Opuscoli ed estratti. (Anuncia y formula bre-

v e s j u i c i o s s o b r e a l g u n a s o b r a s d e i n t e r é s p a r a E s p a ñ a ) . = l . ° F e b r e r o : Al-
chimia letteraria, p o r C é s a r d e Lollis. (A p r o p ó s i t o d e l m a n u a l c o m p a r a -
t i v o d e l i t e r a t u r a s e x t r a n j e r a s d e G. M a z z o n i y P . E . P a v o l i n i . ) — C r o -
naca. ( C i t a o b r a s ó t r a b a j o s d e i n t e r é s p a r a E s p a ñ a ) . = 1 . ° d e M a r z o : Le
theátre édifiant. d e Marcel Dieulafoy. B i b l i o g r a f í a , por C é s a r d e Lollis.—
C r o n a c a . = 1 5 A b r i l : Cronaca (sobre el F e r n a n d o d e H e r r e r a , d e Adolfo
C o s t e r . = l . ° d e M a y o : Moliere, d e E. R i g a l y Moliere et VEspagne, de
G. H u s z a r . B i b l i o g r a f í a , p o r C é s a r d e L o l l i s . = 1 5 M a y o : Classicismo e se-
centismo, p o r C é s a r d e L o l l i s . (A p r o p ó s i t o d e F e r n a n d o d e H e r r e r a . ) =
1.° d e J u n i o : Cronaca.=ló J u l i o : Précis d'histoire de la Littérature es-
pagnole, d e E r n e s t o M é r i m é e , p o r C é s a r d e Lollis ( B i b l i o g r a f í a ) .
Nuova Rassegna di Letterature Moderna. N ú m e r o s d e s d e el 1 a l 4 - ( A ñ o

VI.)—Extensas secciones dedicadas á la l i t e r a t u r a española y á la hispa-
n o - a m e r i c a n a . D e s d e el n ú m e r o 2 figuran, a d e m á s , u n a s e c c i ó n d e s t i n a d a
á la l i t e r a t u r a c a t a l a n a y o t r a á la p o r t u g u e s a .
FILOLOGÍA
Estudos sobre o Romanceiro peninsular.
R o m a n c e s v e l h o s e m Portugal.
m
Notas e observapiBS complemeataroa.
Como a impressao d a s Partes I e II l e v a s s e n a t u r a l m e n t e

b a s t a n t e t e m p o , continuei c o m a s m i n h a s p e s q u i s a s e e n c o n -
trei m a i s a l g u n s m a t e r i a e s e indicios q u e nEo d e v o o m i t i r ,
porque influem ñ a s Condusdes Geraes (1).
Ad 24 e 25.—Com v e r d a d e i r a s a t i s f a g a o aponto mai»
d u a s liQ5es o r a e s do tripartido r o m a n c e do Cid e do r e i B i i c a r ,
meio-histórico, m e i o - r o m á n t i c o , cuja evolu(?3,o t a n t o m e i n -
teressa.
U m a d'elas contém, deturpado m a s r e c o n h e c i v e l , o v e r s o
importante r e l a t i v o ao c á v a l o B a b i e c a e á e g u a do Mouro,
cuja parodia suponho h a v e r descoberto no Cancioneiro Geral,
m a s cujo original procurei de b a l d e , t a n t o no r o m a n c e i r o a n -
tigo como ñ a s p r e c i o s a s d e r i v a g o e s t r a d i c i o n a e s , c o n s e r v a d a s
nos A g o r e s , na Ilha da Madeira, no A l g a r v e , na Catalunha e
e m T á n g e r , Se a g o r a s u r g e n u m t e x t o t r a s m o n t a n o , t e m o s
m a i s u m a confirmagao do v a l o r e x c e p c i o n a l q u e n a Intro-
dugáo atribuo a e s s a m i n a .
O r e s p e i t i v o t e x t o , impresso h a pouco t e m p o no Boman-
ceiro do A b a d e José Augusto T a v a r e s (N.° 72) é de N o z e d o
(i) H» algún» retoque» na» piginas que teguertt, fácilmente reconheclvei» fOf
mño dos Ináiets.
718 FILOLOGÍA
d e C i m a ( c o n c e l h o d e V i n h a e s ) (1). D e s i g n á - l o h e i c o m í . O
outro, que f a z p a r t e do R o m a n c e i r o i n é d i t o de L e i t e de V a s -
c o n c e l l o s , é de P a r a d a d e Infan9Óes, e d i v e r g e b a s t a n t e (2).
Designo-o com II.
Ambos come9am narrativamente:
Bem s e passela Moírito (3) d e c a l g a d a em c a l c a d a

olhando p a r a Valencia como e s t á d e a m u r a l h a d a (4).
Continuam c o m a Lamentagáo sobre a perda de Válenqa, al-

t e r a d a n a t r a n s m i s s S o s e c u l a r , m a s n e m por isso n o t a v e l m e n t e
i n f e r i o r á r e d a c g S o q u e e s t a v a e m v o g a n o s d i a s d e Gil V i -
c e n t e e n t r e os J u d e u s p o r t u g u e s e s . N e m m e s m o f a l t a m os i m -
p r o p e r i o s c o n t r a a s fllhas do C a m p e a d o r , pelo m e n o s e m I:
«Oh V a l e n c i a , oh Valencial d e fogo sejaa q u e i m a d a !

pois q u a n d o e r a s dos Mouros eras de p r a t a lavrada;
a g o r a [ q u e ] sois d e christáos, sois d e p e d r a m a l t a l h a d a .
Se m i n h a espada m e n a o quebra, m i n h a sustancia m e n a o f a l t a , (5)
antes de vinte e quatro horas a Mouros s e r á s t o r n a d a .
A filha d e l r e i D . Ouoidres (6) j a foi m i n h a c a u t i v a d a !
agora tem a mais nova, que será minha namorada>,
(i) Vid. Hev. Lus. IX, p. 2 7 7 - 3 2 3 ( 1 9 0 7 ) . Mencionei esta continuafao do Ro-

manceiro Trasmontano (numerada de 2 4 a l o i ) diversas vezes em observaíóes quo
acreoentei na revisáo das provas, e por isso deviam ter a marca PS. (p. ex. a p.
7 6 9 , Nota 5 e 1.019). Aproveito a ocasiSo para mencionar outra pequeña colecgSlo
de romances, tambem trasmontanos, publicados por Tavares Tebceira na esplén-
dida Revista Portugalia (I 388-390, 631 8 . , 862 e II 2 8 0 , 4 7 2 s.).
(2I Numa obseivaíáo, que na sua qualidade de publicador juntou ao texto re-
colhido pelo Abade, Leite de Vasconcellos alude á variante que possue. N5,o con-
tente de me auxiliar na revisSo das provas, pds depois á minha disposif ao essa pro-
metedora amostra da sua colheita.
(3) Em II Mourilho. Nao tem nome-próprio. Nem tao pouco o tem a filha do
Cid. Sómente o cávalo e o conquistador de Valencia, transformado todavía em Rñ.
(4) Em n como estaba muralhada. Os dois versos iniciaes correspondem ao
primeiro e quinto do introito que se lé no Cancionero de Romances.
(5) O nome da espada Tizona que o Campeador ganhou nessa perseguiíSo
do rei Bucar, quadrava admiravelmente neste verso; creio todavía que a fantástica
siist&ncia substitue apenas ianfa.
(6) jDom Oucidres, em 11 Rei Dom Cidro, emparelha c»m o Rucido da Ilha da
Madeira e o Dom da Silva d o Algarve. Em outros tempoB diriam o bom Cide ou
ilmpiezmente Ruy Cidt,
ROMANCES VELHOS 719
Gu, u m p o u c o m e l h o r , s e b e m c o m o m i s s a o d o s v e r s o s 4-7:
«Oh V a l e n c i a , oh V a l e n c i a , d e fogo sejaa q u e i m a d a !
q u a n d o t u e r a s dos M o u r o s , d ' o u r o e r a s tQ0cl(;ada;
a g o r a q u e es d e C h r i s t a o s , n e m de p e d r a mal-picada!»
D o d i á l o g o e n t r e o Mouro e a filha do Cid, c h e i o d e c u r i o -

sos vulgarismos e m ambas a s ligoes, nao tenho de m e ocupar
aqui. N o A c t o I I I t a m b e m é s ó m e n t e o v e r s o - m o d e l o , c o m -
q u a n t o desfigurado, q u e r e c l a m a a n o s s a a t e n g á o .
A n a m o r a d a dissera:
A Bábeca de meu pae, ela trepa (1) na calgada
e 0 Mouro r e p l i c a :
N 5 o se m e d á p e l a B a b e c a nem por quem a oavalgava;
s e a B a b e c a corre m u i t o , o m e u c á v a l o voava (2).
N o t e x t o d e P a r a d a d e I n f a n g o e s , q u e s e a p r o x i m a e m di-
v e r s a s p a r t i c u l a r i d a d e s do d a I l h a d a M a d e i r a , o t r e c h o d i z ,
e o m alusáo p o u c o c l a r a a o p a r e n t e s c o d o s dois a ñ i m a e s :
NSo h a c á v a l o q u e a l c a n c e a minha egoinha bala,

se n S o o c á v a l o q u e e u t e n h o qu'ela d'ele a n d a p r e n h a d a ,
d e t u r p a g a o q u e t a l v e z s e j a obra d e a l g u m a i n f o r m a d o r a d e
m e m o r i a deficiente, m a s d e i n v e n t i v a fértilí3).Em todo o c a s o ,
a m b a s t r a n s m u d a m o s e x o do c o r s e l p e r s e g u i d o e d ' a q u e l e
e m que ia o perseguidor—pela simplez r a z a o , creio e u , de o
v o c á b u l o Babeca p a r e c e r f e m i n i n o a o p o v o p o r t u g u é s , e x a c -
t a m e n t e como planeta, cometa, tema e d i v e r s o s outros e m a (4).
A c o n c l u i r d a p a r o d i a e d o s p a s s o s p a r a l e l o s do Poema
(1) Trepa ou trupa? com alusaó ao estrupido dos cascos?

(2) Para reforjar a nota, ainda se junta o verso:
Botou por um vale abaixo nSo CORRIA que voAVA.
(3) É fácil, mas ocioso, propOrmog emendas como se nSo o cávalo que eu mon-
to que d'ele ANDOU prenhada.
(4) Nos Afores n&o houve transmutagSo dos sexos. Serviram-se de outro
expediente, masculinizando o nome do cávalo do Cid. Creio que Gabelo,nome b í -
blico, está, por Sábelo, e que esse, com troca de sufixo, equivale a Babtco (pot
Babieca).
720 FILOLOGÍA
del Cid e das Crónicas, a r e d a c g á o do romance, em roga no

B é c u l o XV n a C o r t e portuguesa, d e v i a ser:
ti Babieca bien corría

. , . „ , . la yegua mejor volaba.
ou nel caballo bien corre
S e a g o r a , no r o m a n c e d e T a n g e r ou albures, se encon-
trasse v a r i a n t e que c o r r e s p o n d e s s e a
se nflo por Bábeca seu filho que perdi numa batalha,
Beria isso ouro sobre azul!
Como d i g n o de reparo, r e g i s t e t a m b e m , q u e n o t e x t o d o
Parada de Infangoes subsiste o n o m e do rio em q u e o M o u r o
p e r s e g u i d o e m b a r c a v a , falsificado embora, p o i s o c h a m a m
Guadiana, e mvezde Guadalaviar.
Ao p a s s a r do G u a d i a n a a t i r o u - l h e fia l a n z a d a ;
a lancja ficou n o corpo e o pau calu á agua.
Com respeito á substituigSo d e Valencia por Alfama, de

q u e h a e x e m p l o no t e x t o da I l h a da Madeira, e s f a b e l e g a m o s
q u e aquela c o n q u i s t a h i s t ó r i c a , c a n t a d a e m r o m a n c e s c a s t e -
l h a n o s , t e v e r e p e r c u s s a o f o r t e nos h i s t o r i a d o r e s p o r t u g u e s e s . f i )
O p o v o c o n t e n t o u - s e a p a r e n t e m e n t e c o m a adaptagao rudi
m e n t a r do r o m a n c e a n t i g o sobre V a l e n g a ao c a s o de 1 4 8 1 .
Ad 41.—Por d e s c u i d o d e i x e i d e registar a imitagáo eonhe-
cida d e u m dos r o m a n c e s tardíos d e Z a i d e e Z a i d a . —
Mira, Juana, que te digo que no baxes á la calle
é d e R o d r í g u e z L o b o , e a n d a ñ a s suas Obras (p. 7 1 3 ) , c o m a
e p í g r a f e : Otro contrahecho al Romance que comienqa Mira Zai-
de que te digo.
Ad 45.—Um dos p r o v e r b i o s sobre o t e m a Antes morte que
deshonra entrou n o r o m a n c e t r a s m o n t a n o do Conde- malfeitor
( N . ° 8 8 d a colegao do Ab« T a v a r e s ) . Ao d e c l a r a r q u e n S o d a r i a
a m S o d e esposo á r o m e i r a por e l e v i o l a d a n a e s t r a d a de S a n -
t i a g o , p r o c l a m a : Mais quero morrer com honra que viver en-
vergonhado.
( l ) Vid. Resende, Vida t ftyios. Cap. 3S; Ruy de Pin», Crónica di D. Álftm»
r,Cap. tix.
ROMANCES VELHOS 721
Ad 6 7 . — D i v e r s a s a p l i c a g o e s t e v e a f ó r m u l a Ojos que no*

(resp. me) vieron ir, p r o v e n i e n t e do r o m a n c e d e D u r a n d a r t e
a B e l e r m a . N e l e s a s e g u n d a m e t a d e d i z i a nunca nos o u nunca
me verán en Francia (1). I n d i q u e i r e p e t i g o e s ñ a s Trovas m e -
d i e v a e s d e D u a r t e d e Brito, n u m a c a n t i g a d e C r i s t ó v a m F a l -
c S o (ou a l g u m c a m a r a d a seu), e n u m r o m a n c e t r a d i c i o n a l d e
G a i f e r o s e M e l i s e n d r a : s e m p r e c o m a c o n t i n u a g S o nunca nos
verán voltar. N e s s a m e s m a r e d a c g á o , c o m a c o n s o n a n c i a -a,
serve de remate a u m a das numerosas versoes do canto ro-
m á n t i c o d e Claros (ou Carlos) d e M o n t a l b a n , c a n t a d a s e m Por-
t u g a l . O N . ° 6 0 d o Romanceiro Trasmontano termina falando
da s a l v a g á o d e C l a r a l i n d a d a s m á o s d a j u s t i g a p e l o Conde:
Pegara-lhe pela m5o, pousava-a no cavalgar.

Olhos que a viram ir nSo-na viram ca voltar.
E s t a c o n c o r d a n c i a n a r i m a s u s c i t a n a t u r a l m e n t e a suposigáo
q u e o p r o v e r b i o (2) fizesse p a r t e d e u m r o m a n c e v e l h o d e s -
c o n h e c i d o e m -ar, r e l a t i v o q u e r a G a i f e r o s , q u e r a o C o n d e
Claros, quer a D u r a n d a r t e .
Outras d u a s c i t a g o e s a n t i g á s e por isso p r e c i o s a s , e n c o n -
t r a m - s e n o Cancioneiro Geral, ñ a s m e s m a s c o n d i g o e s e m q u e
a s s i n a l e i u m a n a c o m e d i a Ulysipo, isto é i n t e r r o m p i d a n o
m e i o , c o m o foi e é c o s t u m e p r o c e d e r c o m d i t a d o s m u i t o c o -
n h e c i d o s . T r a t a - s e d e u m l a d o d e uns v e r s i n h o s d e o c a s i á o , d o
próprio G a r c i a d e R e s e n d e , e s c r i t a s q u a n d o e n t r e 1611 e 1516
ele ia coleccionando materiaes para o seu Cancioneiro; e p e l a
outra p a r t e d e r i m a s m a i s a n t i g á s (3) do e s t r i b e i r o - m ó r d e
D. J o S o I I .
Eis a Esparsa e m que o compilador insta c o m u m amigo
p a r a e s t e Iho t r a z e r d e A l c o b a g a u m florilegio d e m S o , d e
( 1 ) Na Tercera Parte da Silva (Zaragoza 1 5 5 0 ) . Durandarte fala de si s ó , n s

p. 8 . - V i d . Antología IX, 3 2 4 ) .
(2) Chamo-o assim pelo valor adquirido, e n§,o por conhecer algum proloquio
popular de sentido igual e forma semelhante, que por ventura fosse fonte comum
d« romanoistas e trovistas.
(3) É provavel, fossem redigidos em vida de D. Jofio 11. E » todo • cato «fto
«nt»riores a 1 4 9 9 .
722 FILOLOGÍA
certo frade. E ameaga-o, rindo, de quebra de relagSes, se es-

quecesse a encomendar
D e c o r a y polo caminho
t é cheg-uardes ho moesteiro
q u ' a a de vir o Caiiíioneyro
do a b a d e frey M a r t i n h o .
E s'esperardes d e vir
sem m'o m a n d a r d e s t r a z e r ,
podéis crer
q u e q u e m tinheis em poder
p a r a sempre vos servir,
olhos q u e o v l r a m i r . . . (1).
Pedro H o m e m , p e l a sua v e z , a p l i c a o v e r s o v o l a n t e a um
mensajeiro, tao i n o p i n a d a m e n t e d e s a p a r e c i d o (morrendo, ao
que parece) (2) que nao c h e g o u a c o m u n i c a r - l h e as desojadas
n o v a s do a m i g o , futuro camareiro-mór de D . Manuel, e me-
nos a i n d a a e n c a r r e g a r - s e da resposta. E diz:
^ Luis d e S a n t a M a r i a
chegou em o r a t á o forte
q u e Ihe ocupou a m o r t e
sua p o u s e n t a d a r i a .
N a m p u d e d'ele fruir
soomente n o v a s d e vos!
Dizem q u e é longe de nos!
Olhos que o vyram hyr...
A i n t e g r a n t e seria no primeiro caso Nunca mais o querem ver,

e no s e g u n d o Nunca mais o hño de ver; ou coisa s e m e l h a n t e .
Repare-se em que a m b a s a s v e z e s (3) s e a p r e s e n t a o v e r s o
c o r t a d o , e m portugués, e transformado, segundo as exigen-
-dáajáíLjafimento. „ . .
( 1 ) Vol. m, p. 634, f. 223 «: Trovas suas a Dioguo de Meló que fartiya pera Al-
cobaía e avyalhe de trazer de laa hum Cancioneyro dUim abade que chamam frey
Martinho.
(2) Se nao fdr aasim, devemos imaginar que houve óbitos ñas casas onde con-
tava apear-se.
(3) Vol. I, p. 460, f. 59. = :De Pedr 'Ornen a Dom Joarn Manuel.—â. estrofe ini-
cial da correspondencia versificada, Pedro Homem, talvez novato na arte de trovar,
invoca rei Dom Denis com licenâ d'Aretusa. Era portanto sabedor da veia feliz do
monarca-trovador, conforme já expliquei no Cancioneiro da Ajuda.
ROMANCES VELHOS 723
Ad 70.—Cheguei a deacobrir o a d a g i o , e m c a s t e l h a n o , n a
f o r m a c o n c i s a Antes envidia que mancilla. Gomo t o d a v í a n a o
o p o s s o d o c u m e n t a r s e n a o c o m t e x t o s d e 1600, c o m o o s Diá-
logos Apologaes, é possivel que ele seja mera redu9ao do
verso d e romance, e obra individual do grande D . F r a n c i s c o
M a n u e l d e Meló (1).
Ad 71.—Mais u m e x e m p l o d a p o p u l a r i d a d e d o ditado
que os erros por amores dinos sSo de perdoar!
N u m a s T r o v a s i n s p i r a d a s por u m a a v e n t u r a d e p a l a c i o , n o
a n o d e 1 5 4 6 ou 1547, é q u e u m a n ó n i m o o e m p r e g o u e m for-
m a , l e v e m e n t e d i v e r s a d a q u e figura n o r o m a n c e d o C o n d e
Claros.
A a v e n t u r a fóra t r á g i c a . U m fidalgo e n t r a r a d e n o i t e n o s
a p o s e n t o s d e D . J u l i a n a d e L a r a , filha d o M a r q u é s d e V i l l a -
r e a l . P o r e s s e c r i m e foi s e n t e n c i a d o á m o r t e . A s e n t e n g a , q u e r
e x e c u t a d a , quer n S o , foi p e l o s p o e t a s d a corte c o n s i d e r a d a
iníqua e provocou censuras, e m prosa e verso. P a r e c e que o
t e m e r a r i o e r a D . J o S o L o b o , filho do 3.° B a r a o d e A l v i t o ,
D . R o d r i g o (2). P o r u m a c a r t a q u e e s t e d i r i g i u a D . JoSo I I I
vé-se, pelo menos que, s e m g r a v e culpa, estivera preso no
C a s t e l o d e Soure, p o r q u e i x a s d e Marqués, r e l a t i v a s a o s a m o -
r e s d e D . J u l i a n a c o m s e u filho ( 3 ) . Ñ a s Trovas á sentenga dada
contra um Fidalgo (4) d i z - s e n a 2 . * estrofe:
que ainda q u e era feio o feito

e r a fermosa a rezüo,
e d e v e r a d e lembrar
ao sénhor e aos doutores
que os erros por amores
erros sSo de perdoar.
( 1 ) Vertido para portugués fica sem rima. D e m ^ s a mais mazela nunca teve
aqui nem tem o sentido figurado de lástima, compaixño, que antigamente davam
em Castela a mancilla. |
(2) Vid. Til. Braga, CamSes, Ed. 1 9 0 7 p. 3 6 4 , onde se citam uns dizeres alusi- j
vos ao caso, tirados da Arte de Galantería.
( 3 ) Vid. Braamcamp-Freire, Brasües de Cintra, Vol. II, p. 4 5 7 .
(4) Foram publicadas por A. F . Barata num Cancioneiro Geral, a que se deu o
Bub-titulo de continuafQo ao de Resende. (Evora, 1 9 0 3 . ) Vid. p. 3 3 .
724 FILOLOGÍA
A e s t r o f e 3 . * r e m a t a i g u a l m e n t e c o m u m a a l u s S o a o ro-
mance:
m a i s q u e n a ser o C o n d e
que el-rey que o manda matar.
l i ñ o c o n s t a pelo m e n o s q u e D . J o S o L o b o fosse C o n d e c o m o
o de Montalban.
Ad 90.—O lindo c a n t a r d e Maio, e n t o a d o pelo Prisionei-
ro, t r a d i c i o n a l e m Madrid, n a C a t a l u n h a e n a A n d a l u z i a , (1)
subsiste t a m b e m e m T r a s - o s - M o n t e s , e m liqô desfigurada no
p r i n c i p i o e a l t e r a d a n o fim, m a s a i n d a a s s i m muito parecida
á d o Cancionero General:
M a n h a n a s d e S. J o á o pelas manhSs do alvor
t o d o s 08 c r i a d o s v a o visitar o seu senhor.
Só e u sou u m t r i s t e c o i t a d o q u e a q u i estou nesta prlsao;
n S o sei q u a n d o é [ d e ] d i a , n e m q u a n d o a r d i a o sol;
se n a o s a o t r e s p a s s a r i n h o s q u e m e e a n t a m no a l v o r .
Uma era a calandrinha, outra era o rouxinol,
outra era o pintasirgo q u e i n d a c a n t a m e l h o r (2).
Ad 91.—Ahí m e s m o s e c o n s e r v a t a m b e m u m a c o n t r i b u i g á o
a o t e m a t a o p r o p a g a d o do Mal de amores e Enterro fóra do sa-
grado. N o Romance do Conde (3) o p e r s o n a g e m m a l - f e i t o r
j u n t a a o d i t a d o c a v a l h e i r e s c o sobre a h o n r a , q u e j á t r e s l a d e i ,
o testamento lirico dos apaixonados:
N e m p o r m i m t o q u e n [os] sinos nem subam ao campanario;
nem me enterrem na igreja, n e m t a o p o u e o em s a g r a d o ;
enterrem-me naquele vale o n d e p a s t a o m e u c á v a l o ; (sic)
deixem-me a c a b e r a de fóra e o meu cábelo eotranâdo
q u e d i g a m os p a s s a g e i r o s : «Deus t e p e r d o e , d e s g r a n a d o ! »
nem morreu de garrotilho n e m tSo pouco c o n s t i p a d o ;
m o r r e r a de mal de amores, que é um mal mui desgranado ( 4 )
Ad 5 5 . — A l é m d a G l o s a d e Grarcia de R e s e n d e e das o u t r a s
que mencionei, ha u m a tardia imitaâo, de André F a l c S o de
Resende, bom humanista e amigo sincero de Cam5es. Este
(j) Segundo D. Maria Goyri N.» 2 2 .

(a) Romancñro Trasmontana N." jo.
(3) Ib. N . ' S Í .
(4) Erro por: distsptr»d»t
ROMANCES VELHOS 725
Portugués esceveu-a aparentemente nos desálenlos da sua

triste velhice (1). P o r e s t a r e m i n é d i t a s t r e s l a d o - a s a q u í (2).
Como s e v é , a s s e n t i d a s q u a d r a s sao a r t í s t i c a s , e t e m c o n s o a n -
t e s p e r f e i t a s , m a s c o n t i n u a s , d e s o r t e q u e m e r e c e m o título d e
romance (3).
Tiempo bueno, tiempo bueno

¿ q u i é n t e m e l l e v ó d e mi?
Voló e l b i e n m í o y a g e n o
y el q u e t e n i a p e r d i l
5 Após u n d í a s e r e n o ,
oh q u a n t o s obscuros v i !
E n A b r i l d e flores l l e n o
y c l a r o cielo n a s c l ,
y m i fresca e d a d q u a l heno
10 t a n p r e s t o seeó-se a n s i ,
q u e d e l c a b e l l o d'oro (?) h e b e n o
en p l a t a y nieve bolvi:
y el b u e n f r u t o d u l c e y a m e n o
q u e y a s a z o n a d o cogí,
15 huello en amargo veneno
e n l l a n t o y dolor p e r d i l
Si n o p o n g o a vicios f r e n o
sin freno c o r r e n a t r á s m í ;
y si n o los e n c a d e n o ,
20 p r e s o como m e r e c í . (?)
Cerca estando del septeno
del m a l e n q u e e n v e j e c í
c o n el c u e r p o t é r r a p l e n o
caeré, pues no subi,
25 s o b l a t i e r r a h o m b r e terreno
q u e e l cielo d e s m e r e c í ,
m a s y a m e a c o j a e n EU seno
a q u e l s u m o b i e n ; y en si
q u e es d e t a n t a p i e d a d l l e n o |
(t) Faleceu em 1 5 9 9 .
(2) García Pere?,, que publicou alguns textos castelhanos de A. Falcjo de Re-
•ende no seu Catalogo Razotiado, p. 1 6 0 - 2 0 5 , e entre eles uns cinco extensos r o -
mances, de que inda falarei, omitiu as Trovas, nB.o sei porque.—Devo copia ao
Exmo. Sr. Dr. Mendos dos Remedios, a cuja amabilidade nunca recorro em v i o ,
quando preciso de esclarescimentos sobre livros e manuscritos conservados na
Biblioteca da Universidade, de que é digníssimo chefe.
(3) Contrafazendo este romance antigo é a epígrafe manuaerlta.
CULTÜBii *T
726 FILOLOGÍA
30 q u e m o r i r quiso p o r m i ,
buelva con su g r a c i a en bueno
mi mal-bivir h a s t a a q u i .
A m e y o a el solo b u e n o
c u y o a m o r es s i n fin (1).
**
P . S. Ad 104, Nota 11. N o C a n c i o n e i r o d e V i l l a R e a l , p u -

b l i c a d o p o r A . G ó m e z P e r e i r a n a Revista Lusitana (Vol. X
p . 1 9 9 ) , h a u m a q u a d r a (N° 1044) q u e d i z :
Coitadinho de quem morre
se ó p a r a í s o n a o v a e :
q u e m c á fica logo c o m e ,
l o g o a p a i x a o so Ihc v a e .
* *
[122] C o n t i n ú o c o m u m a r e f e r e n c i a a n t i g a m a s v a g a a ro - í
m a n e e s e m g e r a l , c o n t i d a n o Preámbulo de Resende. Já a m e n - 1
cionei no § 28, m a s sem entrar ñas explicacoes precisas. E m :
( l ) o manuscrito conimbricense, apógrafo de principios do século xvn, está bas-

tante dañineado, especialmente ñas margens. Algumas palavras foram completadas
pelo meu solicito informador.—O copista antigo cometen seguramente mais de um
erro.Emendei apenas os lusismos gráficos c introduzi apontuagao necessária. Creio
que os versos 2 0 a 2 6 estüo deturpados: vanantes, metidas entre linhas, entrariam
no texto em lugares trocados. Ignoro todavía, se o poeta quis que se lesse:
y si no los encadeno
el cielo desmerecí.
Cerca estando del septeno (se. decenio)
del mal en que envejecí,
sob la tierra hombre terreno,
caeré, pues no subí?
ou simplezmente:
y si no los encadeno
nel mal en que envejecí
sob la tieira, térra pleno,
caeré, pues no subí?
Eis as palavras cuja grafía rectifiquei; 2 quiein—leuó— 3 tiem sano—4 tenhia—5 hum
7 Ablir—lO Tam—12 em prata—13 buem—15 bueto que—17 sino puse—ômorrir
4 2 A rima Jin é um lusismo típico.
ROMANCES VELHOS 727
prosa, c h e i a d e b o m s e n s o e p a t r i ó t i c o sentir, o c o m p i l a d o r
do Cancioneiro c e n s u r a o p e r n i c i o s o d e s c u i d o dos P o r t u g u e s e s
q u e c o m o i d e a l i s t a s p e r d u l a r i o s s a b e m fazer e n a o dizer (1).
E d e p o i s de aludir aos d e s c o b r i m e n t o s marítimos e c o n q u i s t a s
n a Á f r i c a e A s i a c o m o a feitos nao divulgados como foram, se
gente d'outra naqao os fizera, p a s s a á s t r o v a s d e folgar e g e n -
t i l e z a s , por e l e j u n t a d a s a c a s t o (2), p a r a afirmar q u e t a m -
bem se teriam perdido sem a sua intervencao.
E assim muytos emperadores, reys e pessoas de memorias, polos ry-
mances e trovas sabemos suas estorias:
S e 0 prólogo i n t e i r o , q u e c o n d i z c o m m u l t a s outras q u e i x a s , -
c o e v a s e u l t e r i o r e s , sobre a f a l t a de u m H o m e r o ou V e r g í l i o lu-
s i t a n o , e a n e c e s s i d a d e d o s e u a d v e n t o (3), a t e s t a por u m l a d o
a e x i s t e n c i a d e p o e m a s a r t í s t i c o s e c a n t a r e s d i g n o s de n o t a
sobre feitos h e r o i c o s , e cousas acontecidas n a c i o n a e s , a parte
t r e s l a d a d a é t e s t e m u n h o , p e l o outro l a d o , d e q u e G a r c i a de
R e s e n d e c o n h e c i a romances s o b r e t e m a s n a o - p o r t u g u e s e s , q u e r
fossem os do Cid e B e r n a r d o d e l Carpió, q u e r os de Carlos
M a g n o e dos p a l a d i n o s R o l d a o , Montesinos, D u r a n d a r t e , Guarí-
n o s , Gaiferos, e t c . A l é m d ' e s s e s i n d e t e r m i n a d o s , h i s t ó r i c o s , e
fóra dos p r o b l e m á t i c o s Eu me era moga menina e Pelos campos
de Mondego (N° 2 8 e 29), cujo e c o os p r í n c i p e s d a c r í t i c a p e -
n i n s u l a r j u l g a r a m r e c o n h e e e r ñ a s Trovas de D. Inés, por e l e
corapostas, s a b e m o s q u e G a r c i a d e R e s e n d e c o n h e c i a Oh Be-
lema (N° 67), o t e x t o lírico La bella mal maridada (N° 96), e
Tiempo bueno. E c o m c e r t e z a n a o i r e m o s l o n g e d e m a i s , a d m i -
t i n d o q u e e s t a v a f a m i l i a r i z a d o , n a o só c o m todos a q u e l e s ro-
mances que os poetas palacianos, seus amigos, cantavam, eita-
v a m e s a b i a m de cor, m a s t a m b e m c o m todos os i m p r e s s o s no
( 1 ) A crítica moderna pode e deve ampliar esta justa censura, lamentando que
tanta vez dissessem sem escrever, escrevessem sem publicar, e publicassem sem
p6r á venda.
( 2 ) Ha Trovas em que o coleccionador pede aos cortesaos assentem por e s -
crito os seus improvisos, e mandem treslado.
( 3 ) A immortalidade que só a poesia dá aos héroes é um lugar-comum, dos
melhores todavía, que os autores de novelas de cavalaria, epopeias e crónicas
costumam apregoar em Prólogos e Dedicatorias.
728 FILOLOGÍA
Cancionero General de Castela, q u e Ihe s e r v i r á d e m o d e l o , n o

de E n c i n a e e m C a n c i o n e i r o s M u s i c a e s m a n u s c r i t o s , sera f a l a r
nos p o p u l a r e s q u e o u v i r i a ñ a s s u a s i d a s a o reino v i z i n h o .
A s afirma95e3 o p o s t a s dos q u e , a n t e s d e m i m , s e o c u p a r a m
do a s s u n t o , e p r o c u r a r a m d e b a l d e v e s t i g i o s d e r o m a n c e s v e -
l h o s n o C a n c i o n e i r o d e R e s e n d e , sao e r r ó n e a s .
[123] D e b a l d e p r o c u r a r a m t a m b e m o v o c á b u l o romance,
e n c o n t r a n d o a p e n a s rimance, n o s tres e x e m p l o s r e g i s t a d o s (1).
Com r e l a g S e a e s t a f o r m a d i v e r g e n t e direi q u e m e p a r e c e d e
j u s t i g a l i g a r - l h e i m p o r t a n c i a , c o m o a u m produto d a e t i m o l o -
g í a popular (2), a n t e r i o r a 1500. T a n t o m a i s a s s i m p o r q u e ri-
mance, remance de segada, s e c o n s e r v o u e m c e r t o s l u g a r e s d e
Tras-os-Montes (3), c o m o título d e n a r r a t i v a s t r a d i c i o n e s e m
v e r s o s o c t o n a r i o s d e r i m a c o n t i n u a . E t a m b e m porque n o s é -
culo X V , t e m p o d e e c l o s a o d o s c a n t a r e s é p i c o - l í r i c o s p e n i n s u -
l a r e s , h o u v e , ao p a r de romanQo{4t) na aeep9.aode lingua vulgar,
cha, simplez, comprensivel a pessoas sem erudigao, a forma
p a r a l e l a rimango. Q u e m usou d'ela foi o r e i D . D u a r t e (5). N a
l i n g u a g e m l i t e r a r i a n e m u m n e m outra p e r m a n e c e n t o d a v í a
(6). Mesmo os e x e m p l o s q u i n h e n t i s t a s s a o r a r o s (7). A o s do
(1) Vol. I p, XXX no Preámbulo; vol. III 5 8 4 duas vezes, como titulo de Tiem-
po bueno.
( 2 ) Leite de Vasconcellos já tratou do termo, na Introdupao do seu Roman-
ceiro. A vogal pretónica de romance (lat. romaiiicé), reduzida em boca portuguesa a
u, passou na pronuncia do vulgo a e surdo, vogal que depois foi substituida por
i, por influencia de rima—rimar.
( 3 ) Campo de Víboras e Du^s Igrejas, segundo Leite de Vasconcellos.—No
Alemtejo tambem se diz remance (vid. Rev. Lus. X, 2 4 0 ) .
(4) Substantivo verbal de romanfat rimatiga?:
( 5 ) No Leal Consellieiro Cap. 3 9 ; Aquestas cousas susoscriptas... screvy em sim-
prez rimando por se melhor poíierem releer.—Sü por descuido T. Braga Ihe atribuiu o
significado de composiíao rimada, no Archipelago Acoriano, p. IX.
(6) Modernamente rimance tornou a estar em voga entre os poetas. Os qua
l e prezam de patriotas de bom saber (mogos lusiadas, como disse um d'eles) s e r -
T c m - s e do nome restrictamente nacional, deixando o que é comum a toda a pe-
nínsula. E antes isso, mil vezes, do que a introduf ao do estrangeirismo Roman-
za, que outros advogam.
(7) De passagem assentareí que na Diana de Montemor (ou antes na novela
ROMANCES VELHOS 729
C a n c i o n e i r o posso j u n t a r a p e n a s d o i s s i g n i f i c a t i v o s , d e J o 5 o d e
Barros, cujo intei'esse p e l o g é n e r o já d o c u m e n t e i , c i t a n d o
o t r e c h o d a Gramática de 1536 e m q u e , t r a t a n d o do -eparagó-
gico, diz como se faz nos Rimances antigos, que por fazerem
consoante diziam: os que me soem guardare, por guardar (1).
F a l a u d o de u m a c a n t i g a h i s t ó r i c a , c o m p o s t a n a A b á s s i a
do P r e s t e J o á o , e n t r e 1515 e 1520, r e l a t i v a a u m a d e s a s t r o s a
b a t a l h a p e r t o d e Z e i l a , p r e l u d i a d a por u m desafio e n t r o o Ca-
p i t a o Mouro M a h a m e d e u m e x - f r a d e p e n i n s u l a r , d i z i a ñ a s
Décadas:
Do q u a l caso se fez h u m a c a n t i g a (ao m o d o como a c e r c a d e nos se c a n -

t a r a os rimances d e c o u s a s a c o n t e c i d a s ) q u e os nossos o u v i r a m c a n t a r n a
c o r t e d o P r e s t e d ' a h i a d o u s a n n o s (2).
[124] M a i s feliz do q u e T . B r a g a e M e n é n d e z y P e l a y o
e n c o n t r e i ura p a s s o no Cancioneiro e m q u e p o s i t i v a m e n t e o c o r -
re a forma romance, c o n f o r m e t a m b e m já d e i x e i i n d i c a d o .
Ú n i c o por ora, é t o d a v í a tao bom, q u e , s e n d o d a t á v e l c o m
e x a c t i d a o , a t e s t a q u e n a c o r t e de D . Joáo II, m a n c e b o s n a -
m o r a d o s de P o r t u g a l t i n h a m o c o s t u m e d e c a n t a r r o m a n c e s .
Isto é, e n t r e 1481 e 1496.
Abrindo o V o l . III a p . 358, o Ipitor e n c a r a c o m u m a s Tro-
vas a modo de c a r t a : De Joáo da Silveira, a Pero Moniz e a
D. Garcia d' Alboquerque {quando foram com D. Joño de SOU~M
sa a Gástela, que foy embaixadorj do que Ihes havia d'acon*
tecer. (3) A o s dois fidalgos, mogos t a o a p a i x o n a d o s q u e s a í a m
d e s c o n t e n t e s de ao p é d a s s u a s d a m a s , J o a o da S i l v e i r a p r e -
diz, a d e v i n h a n d o , q u a e s d e m o n s t r a g o e s d a sua s e n t i m e n t a l i d a -
de s a u d o s a h a v i a m de dar d u r a n t e a j o r n a d a ; a s a b e r suspiros,^
intercalada de Abindarraez e Jarifa), romance é tambem empregado, como equi-

valente de linguagem vulgar (com rela?ao á cantiga do Mouro: Em Cártama me he
criado') pela simplez razao de os Castelhanos nao possuirem senao eaia forma
única para as diversas acepíóes da palavra.
( i ) Sob N.o 120.
(z) Década III, Livro I, Cap. 5.
(3) F . i88 f. .
730 FILOLOGÍA
falas f r a u t a d a s , passeioa solitarios e m n o i t e s d e luar, e final-

m e n t e cantar romance: ^ ,
Mais am de cantar rromance \
em que cuidam que s'entendem (1). 1
S e g u r a m e n t e , n a o e n t o a r i a m r o m a n c e s históricos de em-
períidores, reis e p e s s o a s d e m e m o r i a . M a s t a o p o u c o é n e c e s -
sidade que escolhessem actualidades alegórico-sentimentaes
c o m o os r o m a n c e s l í r i c o s d e B a d a j o z , E n c i n a , C a r d o n a , ou
dos s e u s c o n t e r r á n e o s Gil V i c e n t e e G a r c i a d e R e s e n d e . N a
Celestina ( c . 1499), S e m p r ó n i o c a n t a e t a n g e Mira Ñero de
Tarpeya (2), a p e d i d o do a p a i x o n a d o Calisto q u e r e c l a m a r a a
m a i s triste c a n g a o e o n h e c i d a .
A a l u d i d a e m b a i x a d a r e a l i z o u - s e logo d e p o i s do C r i s t ó v a m
Colombo h a v e r e n t r a d o n o porto d e L i s b o a , d e r e g r e s s o d a
m e m o r á v e l e x p e d í g á o á s A n t ü h a s (3). R e s o l v i d o a e n t e n d e r -
s e s e m d e m o r a c o m os R e i s C a t ó l i c o s a r e s p e i t o d a d e m a r c a -
gao d a s c o n q u i s t a s n o O c é a n o , o m o n a r c a p o r t u g u é s d e u i n s -
t r u g o e s t a n t o a R u y d e Sousa ( v e t e r a n o e m m i s s o e s d i p l o m á -
t i c a s e p o e t a p a l a c i a n o , b e m s e v é ) c o m o a s e u filho D . J o a o
que j á o h a v i a acompanhado mais de u m a v e z a Castela,
onde e r a p e s s o a g r a t í s s i m a . Com muy honrada companhia
a b a l a r a m e m Margo d e 1 4 9 4 . E n t r e v i s t a r a m - s e c o m os reis
em Medina del Campo, Arévalo e Tordesilhas, onde a 7 Ju-
nhO o h i s t ó r i c o t r a t a d o d e d e m a r c a g á o foi a s s i n a d o .
**
[125] P a s s a n d o a m a t e r i a e s c o l h i d o s fóra do C a n c i o n e i r o ,
e m b o r a t a m b e m s e reflram a P o e t a s P a l a c i a n o s , a p r é s e n t e
m a i s u m a a n é c d o t a h i s t ó r i c a , p r o v e n i e n t e d a m e s m a fonte a r -
q u i v a d a d e o n d e saiu a d o s Xaboneros (4). N e l a , figura e m c i r -
( 1 ) Na impressáo de 1 5 1 6 (e na de 1846) ha Cuidem.

(2) Emperador tambem!
( 3 ) Vid. Visconde de Santarem, Cuadro Elementar, 3 9 2 5; c Vida e Peytot,
cap. 1 6 7 s.
(4) Memoria dos Ditos e Sentengas de Reis: MS. N.° 1 1 2 6 e 1 1 2 7 Torre do
Tombo. Aproveitada por T. Braga na Poesia Popular Portuêsa, p. 3 3 6 e 3 6 9 .
ROMANCES VELHOS 731
c u n s t á n c i a s c u j a a u t e n t i c i d a d e s e p o d e c o n t r o l a r , outro e x
p a t r i a d o p o r t u g u é s , r e s i d e n t e n a Corte c a s t e l h a n a .
• «Estando e l R e y D . F e r n a n d o h u m a s e s t a o u v i n d o m ú s i c a ,
c a n t o u - l h e o s e u m ú s i c o u m r o m a n c e , a l e t r a do q u a l c o n t i n h a
o vencimiento q u e s e h o u v e r a c o n t r a e l R e y D . A f o n s o . E d e
pois de a c a b a d o , p r e g u n t o u e l R e y a F e r n á o d a S i l v e i r a : q u e
Ihe p a r e c í a ? E p o d e n d o m a i s cora e l e a n a t u r e z a d e P o r t u g u é s
que o odio particular que tinha a el R e y D . Joao, responden:
«Senhor, m u i t o b e m e s t á o R o m a n c e d o p a y ; m a s f a g a - m e
V. A . a g o r a a m e r c é q u e m a n d e c a n t a r o V i l a n c e t e do filho».
Escuso memorar a s peripecias da batalha e m que el-rei
D . Afonso foi v e n c i d o , e o P r í n c i p e D . J o a o s a í n v e n c e d o r ,
tao d e c a n t a d a s s a o (1). M a s , p o r e x c e p g a o , darei aqui a l g u n s
traeos biográficos d e F e r n a o d a S i l v e i r a q u e deviara s e g u i r
mais abaixo, porque s e m eles a anécdota nao se compren
de. O r a n c o r a o p r í n c i p e P e r f e i t o é i n d i c i o s e g u r o p a r a a
s u a identificacáo. N a o s e t r a t a do p e r s o n a g e m n o t á v e l c o n h e
cido c o m o Coudel-mór eEegedor, tao íntegro magistrado q u e
mereceu da severidade de D . Joao II o honroso apodo de
Bom (2). O e x p a t r i a d o e r a filho d e outro b e n e m é r i t o m a g i s t r a
do e d í p l o m a t a : o D o u t o r J o a o F e r n a n d e z d a S i l v e i r a , e s c r i -
v S o d a p u r i d a d e d e D . A f o n s o V , t r a n s f o r m a d o era D . J o a o d a
S i l v e i r a (1480), ura lustro d e p o i s d e o m o n a r c a o h a v e r e l e v a d o
a 1.° Baráo d e A l v i t o ( e m 1475). O posto d e c o n f i a n z a d e e s c r i -
v á o p a r t i c u l a r e m q u e F e r n a o e r a s u c e s s o r do p a e , d e v i a - o a
( 1 ) Vid. p. ex. Resende, Pîda e Feytos cap. 5 6 e 1 5 4 ; Goes, Chroníca do Prin

cipe, cap. 78. Claro está que as alusoes a Toro e Qamora sao tao freqüentes em am- '
bas as literaturas como as relativas a Aljubarrota. As obras de arte, entre serias e ;
burlescas ou satíricas, suscitadas pela batalha de Toro, reclamara um artigo que j
talvez escreverei algum dia. Uma das mais curiosas é a Comedia Antonia Garda de i
Tirso de Molina, cuja figura principal (mulherona de forjas gigantescas e ánimo i
varonil como as serranas do Arcipreste) foi ideada para írmanar com a Forneira de i
Aljubarrota, no mesmo sentido em que a ac?ao de Toro irmana com a de Aljuba-'
rrota, contrabalan?ando-a.
(2) O Coudel-mór era filho do rico-homem Nuno Martins da Silveira. Fidalgo
da casa do Infante D. Fernando (pae de D. Manuel) e Senhor das Sarzedas e de
Sovereira-Fermosa, fora nomeado Coudel-mór por carta de 1 4 5 4 . Substituido
nesse cargo, no fim da vida, pelo filho primogénito, Francisco, passou a ser Rege- \
732 FILOLOGÍA
servidos p e s s o a e s , p r e s t a d o s , l e a l e v a l o r o s a m e n t e , n a t o m a d a
de A r z i l a , era T a n g e r , e n a a c g á o d e Toro ( 1 ) . A f e i g o a d o e l i -
gado aos Bragangas, entrou comtudo, por motivos que s e i g -
norara, n a c o n s p i r a g a o do D u q u e d e V i s e u (1484). P o r isso t e v e
d e fugir disfargado p a r a C a s t e l a , o n d e s e c o n s e r v o u d u r a n t e
a n o s . A r e q u e r i m e n t o do J u s t i c e i r o p o r t u g u é s foi finalmente
d e s t e r r a d o d a p e n í n s u l a . P e r s e g u i d o p o r o r d e m s u a , foi m o r t o
a ferro n a c i d a d e d e A v i n h a o , a 8 d e D e z e m b r o , d e 1 4 8 9 . S e -
gundo os Cronistas, tambem este Fernao d a Silveira e r a h o -
m e m d e m u i t o prego e d e q u a l i d a d e s t a e s q u e o próprio r e i
que c a s t i g a v a a sua traigao, g a b a v a a sua hombridade (2).
A n t e r i o r m e n t e , j á e s t i v e r a e m C a s t e l a , e m c o m p a n h i a do
D u q u e D . D i o g o , c o m o s e i n f e r e d'uns v e r s o s s e u s d e q u e l o g o
terei de falar.
O c a s o c o n t a d o ,passou-se p o r t a n t e e n t r e 1 4 8 2 e 1 4 8 9 .
O r o m a n c e sobre a b a t a l h a de Toro n S o s u b s i s t e . T a n t o a l e -
t r a c o m o a m ú s i c a d e s a p a r e c e n (3). M a s s e o Vilancete por
deshecha, a q u e o P o r t u g u é s a l u d e n a s u a r e s p o s t a , n a o e r a fic-
ticio (como p r e s u m o ) , o r o m a n c e t i n h a feitio á u l i c o . Vilancetes
ou Villancicos por deshecha, postigo a c r e s c e n t o l í r i c o , q u e s e
dor das Justinas. Faleceu em 1 4 9 3 . — E m 1 4 9 0 aínda fóra a Castela como embai-

xador, a tratar o casamento do Príncipe D. Afonso. Ñas Festas de Evora foi um
dos Juizes das Justas.—Vid. Braamcamp-Freire, Brasóes de Cintra, II 3 9 0 e III
1 9 4 , e Sepulturas do Espinheiro, p . 1 4 e 5 2 ; Caet. de Sousa, Hist, Geneal, III 1 2 8 ;
Visconde de Santarem, Quadro \,passim,—PS. H a um terceiro Fern&o da Silva,
filho e neto dos dois Coudeis-móres, poeta tambem. A seu respeito, veja-se Braam-
camp-Freire, A Gente do Cancioneiro, na Rev, Lus,, X p. 2 9 7 .
( 1 ) Vid. Goes, Chrónica do Príncipe; e Caet. de Sousa, Hist, Geneal, XII 4 4 2
( 2 ) Resende, Vida e Feytas, cap. 5 2 , 5 4 , 56; Ruy de Pina, Crónica de D, JOSLO 11,
cap. 1 8 .
( 3 ) Procurei-as de balde no Cancionero Musical, onde era o seu lugar, ao lado
dos romances relativos á tomada de Albuquerque ( 1 4 8 0 ) ; Setenil ( 1 4 8 4 ) ; Ronda
( 1 4 8 5 ) ; Baza (1489);Granada ( 1 4 8 6 , 1 4 8 9 e 1 4 9 2 ) ; isto é, os números 3 2 1 , 3 3 2 , 3 3 1 ,
3 2 8 , 3 3 0 , 3 2 7 , 3 1 5 . — O único romance sobre a batalha de Toro que conhefo, é
erudito, e muito posterior. E ' o que comefa En esa ciudad de Toro, grande turba-
ción habia, (N.° 1 0 2 4 de Duran, onde na epígrafe se deve 1er: Juan {II y Al-
fonsol V.)—Obra d'aquele Alonso de Fuentes que no seu Libro de los Cuarenta
Cantos ( 1 5 5 0 ) iniciou o regresso ao estilo popular e a assuntos de historia patria
e estrangeira.
ROMANCES V E L H O S 733 j
juntava ao recitativo dos romances velhos, provavelmente por

instigacS.0 dos c o m p o s i t o r e s m u s i c a e s , e s t a v a m e m v o g a p o r
v o l t a s d e 1 5 0 0 a ponto tal(1) q u e a l o c u c a o responder a um ro
mance com um vilhancico o u rematar um romance com um vi
llancico, p a r a i n d i c a r u m c o n t r a s t e e v i d e n t e entre d u a s c o i s a s
c a p r i c h o s a m e n t e j u x t a p o s t a s ou e n c a r r e i r a d a s , s e tornou pro- i
v e r b i a l (2). \
*
[126] A g o r a o u t r a s e r i e d e p r o v a s d a f a m i l i a r i d a d e d o s
P o r t u g u e s e s c o m r o m a n c e s . Com r e l a g a o a t e s t o s j á e n t a o c o -
r r e n t e s e n t r e o p o v o , em linguagem, c o m o a s r e d i g i d a s p o r B a l
tasar Diaz, chamarei a atengáo apenas para uma única e
v a g a r e í e r é n c i a , c o n t i d a n u m a obra q u i n h e n t i s t a . É J o r g e F e
r r e i r a d e V a s c o n c e l l o s q u e a p l i c a a e x p r e s s a o Bella Infan-
tinha a u m a d o n z e l a ( 3 ) , e v o c a n d o u m a figura n o v e l e s c a , p o r
v e n t u r a j á e n t a o n a c i o n a l i z a d a , p e l o próprio c e g ó d a M a d e i r a ,
ou a l g u m c a m a r a d a s e u . N a o s e i d i z e r , p o r é m , s e o a u t o r d a
Aulegrafia tinha e m mente, como é provável, a protagonista
d e c a n t a d i s s i m a d a s Senhas do Marido, c h a m a d a a i n d a hoje
Bella Infanta n o R i b a t e j o e e m Tras-os-Montes, e Dona Infanta
n a B e i r a B a i x a (4); ou a l g u m a d a s Infantinhas de Franga,
q u e r fosse a e n f e i t i g a d a por s e t e f a d a s , h o j e g e r a l m e n t e trans-,
f o r m a d a , p o r f a l s a i n t e r p r e t a g á o d o titulo e m filha del rei de
Hespanha (5), quer a m e n o s d i v u l g a d a q u e s e fingiu malata (le
prosa) afim d e s e s a l v a g u a r d a r do c a v a l e i r o a n d a n t e (b) q u e a
( 1 ) Vid. Canc. General N." 4 3 5 , 4 4 7 - 4 5 2 . 4 S 4 . 4 5 6 . 4 5 7 . 4 6 8 , 4 7 0 , 4 7 2 . 4 7 4 .

4 7 5 , 4 7 7 - 4 8 0 ; Canc. Musical'^.° 3 3 6 . Em um dos parágrafos seguintes mencionarei
um romance portugués acompanhado de desfeita.
(2) Vejo-a empregada v. g. por Luis Milán no CoHesano, p . n 8 .
(3) F . 1 3 3 : que me lancarei em lenqoes de veludo com a Bela In/atitinha.
(4) Eslava a bela Infanta no seu jardim assentada.
A's numerosas redacsoes conhccidas do tema, havemos de juntar agora 01
No. 3 4 , 5 1 , 6 2 , 6 3 , 8 3 , 9 4 , 9 9 do Romanceiro Trasmontano.
(5) O catador foi a caga, á cafa como sola.
(6) Vid. Braga, Romanceiro p . 2 4 0 - 2 6 3 e Abade Tavares, Romanceiro Tras
montano No. 3 1 , 3 7 , 4 6 , 7 5 .
734 FILOLOGÍA
encontrara na floresta. Tiimbem a esposa do Conde-Sol l e v a á s

v e z e s ó título de Infantina.
[127] Quanto a romances literarios, compostos a n t e s de
1550 por Portugueses determinados, pouquíssimos surgiram
por ora na minha exposigao. E m portugués a p e n a s o curto
fragmento indiático sobre a victoria de Salsete, ganha"" por \
D . Joao de Castro, quasi em meados do século x v i {N.° 121)
obra, todavía, de um Anónimo; os romances juglarescos do
Conde Alarcos (perdido). Marqués de Mantua, o Emperatriz
Porcina, traduzidos do castelhano por Baltasar D í a z . Nesse
idioma, o romance de D. Duardos e Flérida, escrito por Gil
Vicente entre 1521 c 1525.
Podíamos juntar-lhe o de Tiempo bueno, anterior a 1516,
pois foi proclamado como original de G a r c í a de Resende, pela
v o z autorizadissima de Menéndez y P e l a y o (1). Quanto a
m i m , confesso que conservo dúvídas fortes a este respeito;mas
poucas quanto ás origens portuguesas do texto. A favor d'es-
tas fala a designagao puramente nacional de rimance, o facto
de a compilagao de Resende ser a m a i s antiga e m que apare
c e n n a península; a g r a n d e v o g a que t e v e neste pais, e em ul
timo lugar a sentimentalidade do assunto e a repartigáo do
c a n t a r em quadras (2). A favor do próprio (irarcia póde-se
alegar que no título falta o adjectivo Alheyo (3). D e mais
a m a i s , é certo q u e ole e s t a v a familiarizado c o m roman
c e s , e m ponto superior a todos os coevos que até aqui apre-
sentei ao leitor; e p o e t a v a freqüentemente em castelhano,
como em g e r a l os palacianos do seu tempo. Causadora das
m i n h a s dúvidas é a profunda m e l a n c o l í a com que o autor
fala, n a quadra segunda, dos seus cábelos brancos (4) e tam-
( 1 ) /tníoUgm V//,-p. cxivm.

(2) Nous seus Commentarios as Jítmas de Camoes (Vol. 111.86) Fariae Sousa
cita Tiempo liueito, classificando-o de coplas antipas... comuiis a todos.
(3) Repito que o texto c encabezado da palavra Rymanfe, sem mais nada; c a
parafrase, de Grosa de Garfia de Rresende a este rrymance.
Infelizmente, sem acrescento algum. Se na primeira parcela falta Alheyo, na se
gunda nSo ha seu.
(4.) Com referencia ás horas ufanas do tempo pretérito diz: Mas en ellas se sem
braron la simiente de mis canas.
ROMANCES V E L H O S 735
bem a s í n t a x e a r c a i c a do t e x t o (1). A' procura de u m roman

cista portugués, e n c a n e c i d o a n t e s d e 1516 (2), a v e n t u r o - m e a
indigitar um único nome: o de D. Joao da Meneses, o Grande
Africano. D'ele passo a o c u p a r - m e .
[128] Cumpre-me principiar c o m outros dois r o m a n c e s era
c a s t e l h a n o que, sendo i n d u b i t a v e l m e n t e do periodo m e d i e
v a l da p o e s i a peninsular, s a o , n a m i n h a opiniáo de proceden
c i a portuguesa, embora n S o entrassem n o Cancioneiro Geral.
Ambos s a o liricos e de s e n t i m e n t a l i d a d e m e l a n c ó l i c a , c o m o
Tiempo hueno. Claro está q u e n a o é m e r a m e n t e por e s t e m o
tivo q u e 0 3 r e c l a m a r l a p a r a Portugal. O estilo de a f e c t u o s i -
d a d e a p a i x o n a d a e m q u e e s t a o escritos, ei'a e n t a o m o d a t a m
b e m entre Castelhanos e Cataláes, como s e v é , p . e x . e m Por
unos puertos arriba de J u a n d e l E n c i n a ; Caminando por mis
males d e Garci S á n c h e z d e Badajoz; Caminando sin plazer d o
Comendador Castellví; Triste estaba el caballero do Alonso d e
Cardona. E é justamente no meio d'esses textos, que a s obras
«portuguesas» a p a r e c e m .
A primeira Gritando va el caballero publicando su gran mal
é urna n a r r a t i v a misteriosa. L a m e n t a n d o a sorte d a s u a c a s t a
a m i g a , morta n a i d a d e d e vinte e dois anos, o p o e t a v a i c o n s -
truindo-lhe um fantástico monumento fúnebre, todo a l e g ó r i c o ,
segundo o s i s t e m a d a s n o v e l a s d e cavcilaria.
A s e g u n d a . Venid, venid amadores quantos en el mundo son,
n a o é m e n o s a p a i x o n a d a . U m v a t e infeliz c o n v i d a todos q u a n
tos a m a m a assistir á morte e a o enterro do s e u coragáo. P o s
suimos p o r é m u m curto f r a g m e n t o , os dez octonarios i n i c i a e s
a p e n a s , e esses por terem sido glosados n a Corte c a s t e l h a n a .
Gritando foi impresso e l o u v a d o n u m e r o s a s v e z e s . R e g i s -
( 1 ) Os glosadores retocaram-na, em geral, como se pode observar na tabela

comparada (incompleta), que publiquei outr'ora na Zeitschrift. Quanto a lusismos
t5o típicos como o infinitivo pessoal, que ocorre em diversas poesias de Garcia
(p. ex a p. 599 en seren por vos causados; a p . 6 1 4 sei-eii lexas de mirar e por no bi-
vieren llorando) nao existem em Tiempo bueno. Só lusimos gráficos e fonéticos.
(2) Vcrdade é que na Glosa ele é como todos os demais, laudator temporil
ai ti, mas n a o acentúa anota das cRs. A respeito da idade do compilador queiram
conferir as datas biográficas que alego mais abaixo.
736 FILOLOGÍA
tado entre as poesias predilectas dos palacianos de 1500,

p . e x . p e l o a u t o r d a Ensaladilla d e P r a g a (1), e c e l e b r a d o a o
m e s m o t e m p o n o Juzgo trobado de P i n a r c o m o romance ver
dadero, de dolor muy desigual {2), entrou no Cancionero de
1 5 1 1 (3), e p a s s o u p a r a a s e d i g o e s m o d i f i c a d a s d e 1 5 2 0 (4)
e 1557 (5), s e m p r e c o m a d e c l a r a c a o e x p r e s s a De D. Juan
Manuel. C o m a m e s m a e s t á n o Espejo de Namorados (6) e e m
diversos Pliegos sueltos (7). M a s n e m por i s s o a a t r i b u i g a o fi
c o u i n c o n t r o v e r t i d a (8). Como p o e s i a d e J u a n d e l E n c i n a figu
r a e m urna d a s i m p r e s s o e s do Cancionero p r i v a t i v o d ' e s s e fe
cundo trovador (9).Erróneamente, s e g u n d o e n t e n d e m os pró-
p r i o s c o n t e r r á n e o s (10).
( 1 ) Estr. 5 , Ingr. 2 3 .
(2) Canc, Gen. N.° 8 7 5 , Estr. 3 7 , sem nome de autor como em quasi todas as
citaíoes. Romance verdadero por ser inspirado por um caso acontecido? Talvezl
Da estrofe dedicada á D. Isabel, Princesa de Portugal, resulta a data 1 4 9 1 - 1 4 9 7 ,
pois de ahi em diante a viuva do Principe D. Afonso, esposada de D. Manuel,
ficou sendo Rainha de Portugal, até morrer em 1 4 9 8 .
(3) N." 4 5 5 da reimpressao moderna. (Vol. I p. 5 4 4 . )
(4) F . n o , como vejo na edifao fac-similada de Huntington,
( 5 ) F . 2 0 7 V.
(6) N.° 15 do exemplar que vi na Biblioteca Nacional de Lisboa. Confer En
sayo IV c . 1 4 5 9 N.° 4 5 1 0 .
( 7 ) F . Wolf fala de um, conservado em Viena (vid. Romanzenpoesie, p. 6 e 9 7 )
e de outros dois, guardados em Praga {Sammlung p. 18 e 1 3 1 —N." XXXV e
LXXIV).
(8) Da atribuifao, anacrónica, ao autor do Conde Lucanor, homónimo do Por
tugués, falarei no parágrafo imediato.
(9) garagoía, 1 5 1 6 .
( 1 0 ) Veja-se o que Duran diz a esse respeito no Vol. U p. 6 7 5 do Romancero
General s. v. Encina. Emquanto n a o houver reimpressao das obras líricas do fun
dador da teatro castelhano, nEo me é fácil verificar, se no seu Cancionero entra-
ram mais obras alheias, T a o pouco sei, em que Romancero General o texto de
D. J o a o Manuel entrou com a epígrafe El Mezquino Amador. Seguramente n a o
na edifSo de 1 6 0 0 , de cuja reimpressao fac-similada tenho a vantagem de me
poder servir.
Claro está que Gritando entrou em muitas colectóos modernas (Duran N." 3 9 7 ;
Depping II 4 6 9 , sem nome de autor) e tambem que os historiadores da literatura
castelhana o mencionam e gabam, comquanto alguns como Ticknor e os seus su-
oessores partam de um ponto de vista falso.
ROMANCES VELHOS 737
Venid, Venid, amadores! (1) p e l o c o n t r a r i o , ficou o c u l t o

a t é a d a t a r e c e n t e d a p u b l i c a g a o d e ura Cancionero antigo
(10431 do Museo B r i t á n i c o ) , del Siglo XV, s e g u n d o H u g o R e n -
n e r t s e u e d i t o r (2) ou d e p r i n c i p i o s d o s é c u l o x v i , n a m i n h a
o p i n i á o (3). A p e s a r d'isso n a o d e i x o u d e s e r a p r e c i a d o p e l o s
c o e v o s . O m e s m o P i n a r (4) q u e p r e s t o u h o m e n á g e m a D. J o a o
Manuel, g l o s o u os d e z v e r s o s q u e p o s s u i m o s . E s c r e v e u a l é m
d'isso d u a s c o n t i n u a g S e s (5). E m e t e u o p r i m e i r o h e m i s t i q u i o
no Jogo c i t a d o (6). E m q u a n t o a h i o classifica c o r r e c t a m e n t e
c o m o un romance de dolores qu'enpassion se despedaza (7), d e u
á l e t r a d a g l o s a i n d i c a d a , a e p í g r a f e i n e x a c t a d e Canción, s e
n a o foram a p e n a s o s c o p i s t a s q u e a a d i c i o n a r a m por c a u s a d a s
p r o p o r g o e s m e z q u i n h a s a q u e ficara r e d u z i d a (8).
O florilegio i m p o r t a n t e e m q u e s u r g i u , é r e l a t i v a m e n t e r i c o
de v e r s o s d e P o r t u g u e s e s q u e p r o v a d a m e n t e e s t i v e r a m e m
G á s t e l a e A r a g a o , de Margo a Gutubro d e 1498. E e n t r e e l e s
s o b r e s a e o autor d e Gritando, c a m a r e i r o - m ó r do m o n a r c a , e
s e u íntimo a m i g o D . Joao d e M e n e s e s . O p r i m e i r o figura a h i
c o m s e u n o m e i n t e i r o D. Joao Manuel, Portugués; o segundo
a p a r e c e , o r a c o m a m á s c a r a d e Un Galán (9), o r a c o m o p s e u -
( i ) A mesma exclamafao já fóra empregada pelo Marqués de Santilhana na«

•uas Coplas á la Muerte de la Reyna £>. Margarida {Obras p. 2 5 9 ) . A deusa do
amor {pobre de liessa, como qualquer das protagonistas de Juan Rodríguez de la
Cámara) principia com ela 09 seus brados de endechera.
( 2 ; Erlangen, 1 8 9 5 .
( 3 ) E.Kposta no Literaturblatt de 1 8 9 7 .
(4) Ou a mesma Pinar, se se tratar da irmS,.
( 5 ) N.° 1 6 4 é o tema; 1 6 5 é a glosa; 1 6 6 e 1 6 7 sao continuasoes, em que nao
tou capaz de descobrir partes do romance, a n a o ser nos versos g - i o d o N." 1 6 6 .
Tema da segunda continuajao é o cantar velho Hagadesle (hagadesle). Monu-
mento di amores! he! que ocorre tambem em dois romances de Garci-Sánchez de
Badajoz: Despedido de consuelo (Canc. Gen. II, p. 5 2 5 ) e Caminando por mis males
(ib. I. 5 5 5 ) -
(6) Canc. Gen. N.° 8 7 5 , Estr. 4 5 .
( 7 ) A rima é continua {^m-on).
(8) Talvez pelo próprio glosador. Por motivos obvios, esse abreviava freqüen-
temente os textos alheios que parafraseava ora por recomendafao de um Mece-
nas, ora pela sua livre vontade.
(9) N.° 1 0 9 do Cancionero Rennert: La garga toma recelo, epigiafado Un ¡alan
738 FILOLOGÍA
d ó n i m o d e El Grande Africano. Ao falar da glosa de Duran-

darte, que pertence ao mesmo grupo de composicoes que o
r o m a n c e c o m a g l o s a e a s d u a s c o n t i n u a g o e s (1), j á e x p l i q u e !
q u e refiro o c o g n o m e g l o r i o s o a o fidalgo p o r t u g u é s q u e e n t r e
os f r o n t e i r o s a f r i c a n o s e r a o p o e t a m a i s n o t á v e l , o u , s e a s s i m
o quiserem, ao fronteiro africano mais nota vel entre os p o e t a s
c o r t e s a o s do Cancioneiro d e R e s e n d e e do Cancionero General
d e C a s t i l h o (2).
[129] Q u e m sao e s s e s dois? E m p r i m e i r o l u g a r os m a i s a l -
tamente cotados entre os p o e t a s b i l i n g ü e s d a e s c o l a hespa-
á su ami¿a, é a estrofe final de uma composi?ao extensa de D. Joao de Meneses, ¡

impressa no Cancioneiro Geral I, i o 8 . Logo mostrarei que em outra impressáo o '
mesmo fidalgo aparece disfar?ado em nn gentilhombre entre muchos conocido. '
( 1 ) Eis como o peculio do Grande Afíicano se apresenta na edigao de R e n - '
nert:
EL GRANDE AI'^RICANO \
1 5 9 . \y^!Cía.-a¿\Q.o\. Nunca cessaran mis ojos.

1 6 0 . Otro suyo: Vuestro soy, para vos naci. '
1 6 1 . Oirtíí svLys.s,: En toda la trasmontana. i
1 6 2 . Glosa de Durandarte: Elpettsamiento penado. .j
1 6 3 . Respuesta del: La causa que vos hubistes. ••
1 6 4 . Canción: Venid, venid, amadores. i
1 6 5 . Glosa de Vinar: A la vos de mis gemidos. |
i65. Da razón á los amadores
que vinieron al socorro de su Aunque, si viera señal.
muerte y cómo los despede.
1 6 7 . Del mismo Pinar en que I j
manifiesta l a s onrras y el ( Ha¡;adesle ;
, j , , ( monumento de amores, he.
monumento del corazón. \
Canción, em lugar de Canción suya, diante o N.° 1 0 4 , nao invalida a probabili-
dade de a obra ser do mesmo autor das compositoes precedentes: t a o vulgar é \
essa inexactidao. Por descuido Rennert atribuiu ao Grande A/ricano (segundo se '
infere do índice e das Notas) n a o só os N.os 1 5 9 - 1 6 4 , mas tambem i65 e 1 6 7 . ;
Sendo, conforme digo no texto, continuasoes da Glosa N.° 1 6 5 que é de Pinar, ¡
muito embora literalmente n a o se glose coisa alguma, sao obra de Pinar. Quando i
em 1 8 9 7 tratei de Garci-Sanchez, ainda nao estava bem inteirada da actividade ¡
literaria de D. J o a o de Meneses. Vid Rev. Crítica de Hist. y Lit. II, p. 1 2 7 . Nota j
2. É preciso riscar ahi as palavras creio que sem razao. -\
(2) Vid. supra: N.° 66, 98 e 100 do meu Catálogo, i
n h o l a ; q u a s i os ú n i c o s q u e v i r a m os s e u s v e r s o s (1) h o n r a d o s
e a p l a u d i d o s e m C a s t e l a e m q u a n t o v i v i a m ; os ú n i c o s t a m b e m
cuja fama perdurou e t e v e repercussao entre alguns corifeus
d a E s c o l a i t a l i a n a e m P o r t u g a l (2). E m s e g u n d o l u g a r ( c o m -
quanto D. Joao de Meneses fosse m a i s v e l h o , um decenio,
pelo menos), um par de a m i g o s cujas poesias andavara (pa-
rece) juntas num cadera o (como as de Bernardim Eibeiro,
C r i s t ó v a m F a l c S o e Sá, d e M i r a n d a , e m a i s t;\rde a s de G a r -
cilaso e B o s c a n ) , s e n d o por i s s o c o n f u n d i d a s á s v e z e s ( 3 ) .
A m i g o s que juntos s e r v i r a m D . Joao II emquanto Príncipe,
s e i n t e r p r e t o c o r r e c t a m e n t e u n s v e r s o s do C a n c i o n e i r o (4).
Juntos foram no ano 1498 a Castela, onde entraram num
m e s m o pleito burlesco entre Portugueses e H e s p a n h o e s (5).:
(1) Honrados na forma já indicada. Logo darei mais alguns exemplos da acei-
ta?ao que os versos dos dois cortesaos portugueses tiveram no país vizinho.
Claro está que ainda outros personagens coevos figurara ñas Cancioneros, p . ex.
Ruy de Sande, predecessor de Garcia de Resende, como mogo da escrevaninha
de D. J o a o II, e sucessor de D. Joüo Manuel na embaixada de 1 4 9 9 .
(2) Pasamos abstracsao dos verdadeiramente grandes, como Gil Vicente, Cris-
tóvam Falcao, Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda, cuja principal esfera de acsS.o
fica fóra do Cancioneiro.
(3) A cantiga, JVo hallo en mis males culpa está com o nome do D. Joao de
Meneses no Canc. General, N.° 3 3 7 (Vol. I p. 5 0 3 ) ; com o de D. JoSo Manuel no
de Resende (Vol. I p. 4 1 0 ) . — O rifao Señor mió como estáis é atribuido a D. JoS,o
Manuel no Canc. de Rennert aMeneses no de Resende(UI 136).Ñas res-
tantes parcelas da mesma Empresa das Calsas, atribuidas aos dois, ainda ha maior
confusTvo. A ajitda que principia Ya vi calzas de damasco 6 lá (N.° 8 3 6 ) obra de
D. J o á o Manuel, e cá (III 1 3 2 ) do empresario D. Antonio de Velasco. A que diz
Em aguas de chamalote é de Meneses na colecsSo portuguesa (lU 1 3 6 ) , e de D .
Alonso Pimentel na castelhana (701^), etc., etc.
( 4 ) Por um documento, que terei de citar mais abaixo, sabe-se que D. J o a o
Manuel era em 1 4 7 5 fidalgo da casa do Principe. Este modo do dizer é t a o incom-
pleto que neste caso (e em outros muitos) or^ginou numerosos erros. Julgo que o
Principe era D. J o a o II e n a o seu filho D. Afonso, nascido era 1 4 7 4 . A casa do
D. J o a o fñra constituida em 1 4 7 2 . Desconhepo todavía a lista dos Moradores.—O
vilancete, a que aludo no texto, seria portanto escrito entre 1 4 7 2 0 1 4 8 1 , se a
minha conjectura fosse víavel.—Vid. Canc. Ger. I 1 3 5 : Se vos lá dizeis de nos.—A
epígrafe diz: Dom Joam de Meneses e dom Joam Manuel a Pero de Sousa Rribeyro
porque entrando na Cámara do pryncipe Ihe prometeo de dizer delles e nam disse.
(5) Os motejos dos Castelhanos sobre as calías de chamelote de um Portugués,
740 FILOLOGÍA
J u n t o s s u r g i r a m — e e s t e trago é i m p o r t a n t e — n a m e m o r i a do
introductor da m e d i d a n o v a e do gosto ítalo-clássico quando,
no retiro da T a p a d a , r e c o r d a v a a sua feliz mocidade n a corte
de D. M a n u e l (1). C h e i o d e s a u d a d e s p r e g u n t a v a : |
Os m o m o s e os sera os d e P o r t u g a l , i
t a m f a l a d o s n o m u n d o , o n d e s a o idos? ]
e a s g r a b a s t e m p e r a d a s do s e u sal? l
Dos m o t o s o p r i m o r e a l t o s sentidos? i
u n s ditos d e l i c a d o s c o r t e s a o s , |
q u e é d'eles? q u e m Ihes d á s ó m e n t e ouvidos?
L o g o d e p o i s p o e e m f o c o o s d o i s v u l t o s q u e m a i s brilho |
h a v i a m dado ás festas luxuosas da corte, continuando: í
P o r é m , oh b o m d o m JoS-o (o d e Meneses), j
e oh M a n u e l q u e taes tempes lograstes, 1
c h a m a r - v o s - h e i ditosos m u l t a s vezes;
Que com t a n t o louvor a q u i cantaste»
e c o m t a l voz q u e a i n d a e u a l c a n c e i
os d e r r a d e i r o s ecos q u e d e i x a s t e s (2). ¡
[130] E n t r e os m a t e r i a e s b i o g r á f i c o s que juntei, com o i n - !

tüito d e a p u r a r d a t a s e x a c t a s a r e s p e i t o d o s P o r t u g u e s e s q u e
considero como mais antigos autores de romances e conhece- j
dores de r o m a n c e s v e l h o s , os r e l a t i v o s aos dois a m i g o s per-!
m i t e m - m e rectificar d i v e r s a s afirmagoes erróneas, em vigor ;
a t é h o j e (3). j
a qne já me referí na Nota supra, encontram-se no Canc. Ger. IH 1 3 1 e no Ctne.

dt Rennert Nos. 7 6 - 8 6 com nota suplementar a p . 1 5 3 §.
(1) Vid. Sá de Miranda, Poesías N.° 1 0 9 v. 1 2 7 - 1 3 2 e 1 4 2 - 1 4 7 da ed. de C. M.
de Vasconcellos, Halle, 1 8 S 9 .
(2) É assim que boje julgo dever lér, pontuar e interpretar esses versos, refe-
rindo o apclido de Meneses só a um dos dois poetas, mas o preñóme Joao a am-
bos. Concordo portanto com T. Braga, que antes de mím cbegou a este resultado,
conforme indiquei no Literattirblatt de 1 8 9 7 , N.° 4 . Outr'ora eu procurava neles
dois titulares do tronco de Meneses, o Conde de Tarouca e o de Cantanhede, dan-
do importancia excessiva ás variantes: dois condes, nos amores tam coríeses a
Mas vos, oh bom Dom yodo —Vos de Meneses Dom Manuel.
( 3 ) Já aludí ao crasso anacronismo, cometido em tempes por diversos histo-
riadores da literatura hespanhola (como p. ex. Bouterwek e Dozy) pois vindicaram a .
composiíao de Gritando va el caballero a um homónimo do camareiro-mór queflo-^
ROMANCES VELHOS 741
Comego c o m D. Joüo Manoel que figura ñ a s Crónicas d o

seu tempo p r i n c i p a l m e n t e como camareiro-mór, v a l i d o e c o n -
selheiro d& r e i V e n t u r o s o , m a s t a m b e m como a l c a i d e de
S a n t a r e m (1). Logo no principio do reinado foi incumbido d e
missoes de confianga. E m 1497 ultimou o c a s a m e n t o do m o -
n a r c a c o m a v i u v a do m a l - l o g r a d o Príncipe D . Afonso ( 2 ) .
E m 1499 foi pedir a o s Reis Católicos a m S o d e outra s u a
filha (3). P a r a a s s i m conquistar o favor r e g i o , t e r i a m bastado
t a l v e z a s s u a s q u a l i d a d e s , tanto de h o m e m de bom saber, n o
sentido do R e n a s c i m e n t o , como de perfeito cortesao. Outra
c i r c u n s t a n c i a foi, p o r é m , o ponto de p a r t i d a da s u a fortuna
e da intímidade das relagoes que o prendiam ao monarca.
D . JoSo, e m a i s p e c u l i a r m e n t e s e u i r m a o D . N u n o (4), fo-
ram colagos de D . Manuel, q u e t o d a v í a a o n a s c e r e m 1.° d e
Junho de 1469, a i n d a e s t a v a a s s a z distante d o trono, s e p a -
rado d'ele por oito p e s s o a s q u e l e g í t i m a m e n t e o h e r d a v a m , s e
e m 1496 c o n t i n u a s s e m v i v o s . Como c o m p a n h e i r o s d o Senhor
D . Manuel os dois mocos s e criar a m n o pago do I n f a n t e D . F e r -
n a n d o ( t 1470) e s u a e s p o s a D . B e a t r i z . Progenitor fóra o dis-
tinto Carmelita D . F r e í Joáo ( d a c r i a g a o do C o n d e s t á v e l N u n '
A l v a r e z ) , (5). Capeíao-mór e do conselho dos reis, o q u a l subiu a
Bispo d e Ceuta e m 1445, a Bispo d e Guarda e m 1459 e ocu-
p o u a l é m d'isso o c a r g o d e p r o v i n c i a l e a d m i n i s t r a d o r d a
Ordem, a t ó morrer e m 1 4 7 6 A m a e c h a m a v a - s e J u s t a E o -
resceu n o século XIV; i. é. ao benemérito sobrinho d e Alfonso o Sabio, a que d e -

Temos o Cande ¿acaítor. Este e r r o já foi apontado p o r F . Wolf, ñ a s Studien ( p . 479),
e Menéndez Pelayo disse na Antologia o suficiente paia o desarraigar por completo. >
(1) Vid, Goes, Crónica de D. Manuel I. Cap. 5 e 46. i
(2) Ib. Cap. 2 2 .
(3) D. Maria (mae d e D. Joao III, D. Luis, D. Henrique, D. Afonso, D. Fer-
nando, D. Duarte, D. Isabel, D. Beatriz). Vid. Goes, c a p . 4 6 . Acentuando a b b a
vontade q u e o monarca Ihe tinha, o Cronista chama-o pessoa de quem com 7asáo
muito confiava, assi por set mui prudente como pela criaQáo que nelle fesera.
(4) D. Nuno era Alcaide da Guarda e almotacé-mór d a Corte. Faleceu em
1 5 2 5 . Ele rimava tambem, mas s ó d e longe em longe. Vid. Canc. Ger. III, 26 e
2 7 8 . Garcia d e Resende e Luis d a Silveira dirigiram-lhe coplas (II, 4 6 8 e 4 7 0 ) .
(5) Goes, Crónica I, cap. 5. Na ordem fura Freí Joao d e S. Lourenjo. Mas
nunca e neohures Dom Frei Joao Manuel (como disseram Barbosa Machado II,
742 FILOLOGÍA
dríguez. O velha do r e b a n h o e g i t a n i e n s e d o Bispo ( 1 ) , e r a p r o

v a v e l m e n t e de b e l o s d o t e s físicos e d'alma; a l é m d'isso ins
truida e d e f a m i l i a a b a s t a d a , m a s n a o n o b r e . N o fim d a v i d a
o Bispo c o n s e g u i u l e g i t i m a r os filhos (15 d e N o v . d e 1475),
p o u c o d e p o i s de h a v e r instituido u m m o r g a d o a f a v o r do m a i s
v e l h o (2), m e n o r entao d e v i n t e e c i n c o a n o s . N o a c t o , e s t e e r a
p r e s e n t e n a q u a l i d a d e d e fidalgo d a C a s a do P r i n c i p e . E j á
e n t a o s e a p e l i d a v a Manuel e u s a v a do título Dom. E d e c r e r
que n a o escolheria como patronímico aquello nome b e m so-
a n t e , s e m a c q u i e s c é n c i a do s e u s e n h o r e c o l a g o .
H i s t o r i e t a s , ou a n t e s p a t r a n h a s g e n e a l ó g i c a s , t r a n s f o r m a -
r a m D . J u s t a , q u e s e r e h a b i l i t o u p e r a n t e os olhos do s é c u l o
p e l a f u n d a c a o do c o n v e n t o d e J e s ú s d e S e t ú b a l , e m d e s c e n
d e n t e d o s i n s i g n e s M a n u e i s d e C a s t e l a ; o u e n t a o o próprio
B i s p o e m b a s t a r d o d e l r e i D D u a r t e , h a v i d o n u m a D . Maria
M a n u e l , s o b r i n h a d a p r i m e i r a e s p o s a d e D , P e d r o I de Por
t u g a l ( D . C o n s t a n c a M a n u e l ) (3).
H a p o u c o , i n v e s t i g a g o e s c u i d a d o s a s de dois h i s t o r i a d o r e s
b e n e m é r i t o s (4) d e s t r u i r a m t o d a v í a p e l a raíz e s s a s l e u d a s
f a n t a s i a d a s por l i n h a g i s t a s a d i c t o s a o s n o v o s Manueis d e P o r
t u g a l , e p r o p a g a d a s por G a s p a r B a r r e i r o s e P e d r o d e Mariz,
(5) l e n d a s a q u e m e a c u s o d e t a m b e m h a v e r dado f é , a d i c i o -
nando-Lhes a t é u m p o n t o : a l e m b r a n g a d e v i n d i c a r p a r a o
687 e Caet. de Sousa, Hist. Geneal. XI, 3 7 1 , e depois d'eles muitos outros), embora
mais tarde se insculpisse esse nome na sua campa.
( 1 ) Numa Bula de 1 4 8 9 , em que Ihe foi concedida a fundaíáo do convento de
Jesús em Setubal, ela é designada expressamente como mulier egitaniensis.
(2) A 1 4 de Agosto do mesmo ano.
(3) Camilo Castelo Branco foi um dos propagadores da noticia. Outros d e
ram á amante inventada o nome D. Juana Manuel.
( 4 ) Braamcamp-Freire, Brasóes de Cintra, I 1 8 7 - 2 3 1 (ManueisJ; Brito Rebello,
na Arte em Natureza e Portugal, Fase. 3 4 (Setúbal).
(5) Escuso dizer que essas patranhas nao fícaram sem contradi9áo. Um satírico
do tempo as verberen, brincando com o nome Justa:
Justa Rodríguez justou
com um frade carmelita;
e esta justa maldita
os Manueis nos deixou.
B i s p o D . F r e í J o a o (pseudo-Manuel), a m a n t e d e J u s t a Rodrí
g u e z , u m a t r o v a q u e é d e J o r g e Manrique! m e r a m e n t e por
e l a c o m e g a r c o m a s p a l a v r a s amfibológicas Justa fué mi per
dición (1).
D . J o á o M a n u e l nao s e distinguiu por g r a n d e s feitos mili
t a r e s . Sei a p e n a s de u m a e x p e d i g a o a f r i c a n a e m q u e tomou
p a r t e e m 1489, a fundagáo tao c o n t r a s t a d a da f o r t a l e z a d a
G r a c i o s a (2). Morreu e m G á s t e l a , e n t r e 2 4 de A g o s t o d e 1498
e a m e s m a d a t a do ano d e 1 5 0 0 (3); p r o v a v e l m e n t e a n t e s d e
4 de F e v e r e i r o de 1499 (4), d e d o e n g a , segundo Damiao de
G o e s . A m i s s a o foi u l t i m a d a por R u y d e S a n d e , d a n d o e m r e
sultado o segundo c a s a m e n t o de D . Manuel, como já disse
(5). I g n o r o que i d a d e t e r i a (6). E r a v i u v o de D . I s a b e l de Me-
( 1 ) Com esse título publiquei um artigo no CUxulo Camoitiano,Vo\. I p. 2 9 4 -

299, cheio de erratas e de inexactidoes.
(2) Vid. Resende, Vida e feytos, cap. 8 1 ; Ruy de Pina, cap. 38.—Confer Canc.
Ger. I 3 8 3 e 3 9 7 .
(3) Vid. Goes, Crónica I cap. 4 6 ; e Hist. Geneal. XI 1. c. Brito Rebello afirma
que Justa Rodríguez acompanhou o filho a Gástela. Contra o seu costume nao in
dica todavía o documento em que se básela. Podemos suspeitar que D. Joao Ma
nuel já andava doente ao sair da patria.
( 4 ) Esta é a data do documento, pelo qual seu filho foi nomeado camarei
ro-mór. Nele ha alusao ao pae que Deus haja. Vid. Brasoes de Cititra I 2 i i . Gar
cia Pérez, Rennert, Menéndez y Pelayo colocam a sua morte erróneamente no ano
1 5 2 4 . Suspeito que 1 5 2 4 é simplez erro por 1 5 2 1 , e que esta data foi por má
interpretaíSo de um trecho de Ticknor (I p. 5 o ; p. 56 da ed. alemg,) referida a D .
Joao Manuel, sendo na verdade, e tambem na mente d'aquele historiador da lite
ratura castelhana, a da morte del Rei D. Manuel.
(5) Segundo o Quadro Elementar do Vísconde de Santarem (Vol. II p. 7) Ruy
de Sande achava-se no desempenho da sua missao a 2 2 de Abril de 1500. Como
D. Jofto Manuel morreu sem a terminar, o ilustre diplomata nSo o menciona.
(6^ Creio que teria pouco menos de quarenta anos. As relafoes de Justa Ro
dríguez com o Bispo da Guarda findaram seguramente quando foi chamada ao pago
do Infante afim de criar o Senhor D. Manuel. Mas é incerto, quando comeíaram,
e se antes de D. Joao houve outros filhos que nao vingaram. Braamcamp supoe
que as relasoes datam de 1 4 6 6 , e coloca o nascimento do camareiro-mór no ano
de 1 4 6 7 , e o de Nuno, como é justo, em 1468 ou 1 4 6 9 . Quer-me parecer todavía
que, se o Bispo requeren e conseguiu em 1 4 6 0 lícensa pontifical para testar, co-
metando logo a juntar bens, procedería assim porque já entao tinha motivos para
cuidar do futuro de Justa Rodríguez e sua prole. E as datas que se podem abstra-
744 FILOLOGÍA
n e s e s (1). D e i x o u u m a filha e u m v a r a o , D . Bernardo (2)

que i m e d i a t a m e n t e foi noraeado camareiro-mór, e q u e e m
1510 b a t a l h a v a n o s c a m p o s africanos. Só depois d a morte
do primogénito, Justa R o d r í g u e z s e recolheu ao c o n v e n t o
que fundara e onde j a z .
Por u m a c a r t a l a t i n a d e p é s a m e s e d e c o n s o l a g a o , q u e o
a f a m a d o l a t i n i s t a C a t a l d o S i c u l o (3), mestre do D u q u e de Coim-
bra D . J o r g e (bastardo de D . JoSo II) e de diversos proce-
r e s , e s c r e v e u e n t a o a D . Justa (4), s a b e m o s q u e e l e s u s t e n t a r a
r e l a g o e s epistolares c o m D . Jo&o Manuel durante quinze a n o s .
D e 1484 e m diante.
A s p o e s i a s do Camareiro-mór d a o p r o v a d e fina cultura,
c l á s s i c a e moderna, m a s t a m b e m d e v e r d a d e i r o talento poé-
tico. Os tragos que nelas p r e n u n c i a m o a d v e n t o do Humanis-
m o , e Ihes d a r í a m d e 1478 a 1 5 0 0 v a l o r e s p e c i a l , n a o s a o
comtudo os que hoje despertara interesse. Conforme já indicou
com s i m p a t í a e d i s c e r n i m e n t o o autor d a Antología (5), a n a -
lizando parte d a s obras c a s t e l h a n a s contidas no Cancioneiro
de R e s e n d e , o q u e Ihes dá g r a g a e sabor é a subtileza do inge-
nio, s a o a s l u z e s e os m a t i z e s poéticos c o m que s a l p i c a os seus
hir do posto de fidalgo em 1 4 7 5 , e de algumas composisóes poéticas de D . Joáo

Manuel, confirmam a suposisao que nascera em 1460, ou antes. Uns versos seus,
escritos em resposta a Pedro de Cartagena {Canc. Ctn. N.° 1 6 2 ) , süo anteriores a
1 4 7 8 , se tal for realmente a data do falecimento do ¡lustre Castelhano.
(l) No Romance Gritando va el caballero a amada fina-se com 2 2 anos, indi-
caíSlo que faz supor realidade e íntimidade. Mas alguns tragos da poesia, a desig-
naf3o casta Diana, rcforfada pelo simbólico emblema das castanhas e o verso gue
murió sin la gozar excluem a aplicaf áo á esposa. Essa era filha do Alcaide-mór de
Campo, D. Afonso Telez de Meneses.
( 3 ) Ha quem erradamente o chame D. Fernando.
(3) As suas obras latinas, ñas quaes avulta a epopeia Arcitinga, foram reim-
pressas no Vol. VI das Provas da Hist. Genealógica.
(4) Cataldus felici Emanuelis Regis Nutrid. A carta está no fim da ediíáo de
1 5 0 0 , de que ha um exemplar entre os Incunábulos da Biblioteca Municipal do Por-
to (Sign. 66). Nao entrou na impressáo que, promovida por Antonio de Castro,
foi dedicada á Infanta D. Maria. Em ambas faltam cinco cartas a D . Joao Manuel,
de que Barbosa Machado dá noticia, tresladando um passo importante.
( 5 ) Vol. v n , p. 1 3 9 - 1 4 3 . Conf. Clarus, II, 2 3 2 .
ROMANCES VELHOS 745
assuntos. E t a m b e m a e l e g a n c i a e p u r e z a d a d Í Q a o ( l ) . D i s -
t i n g u i n d o u m Poema ( e m c o p l a s d e J o r g e Manrique) sohre os
Sete Pecados Mortaes, i n c o m p l e t o por c a u s a d a m o r t e d o a u -
tor (2), e s p e c i e d e v i s a o d a n t e s c a , c o m r e f e r e n c i a s a P l a t a o ,
Cicero e o ^¿ía^-ó n e o y (3), M e n é n d e z y P e l a y o c a r a c t e r i z a - o
de m e n o s d i d á c t i c o e m e n o s árido do q u e o p o e m a d e J u a n d e
Mena q u e Ihe s e r v i u de m o d e l o . N o t a o i n t e r e s s e histórico q u e
d e s p e r t a a L a m e n t a g á o sobre a d e s a s t r o s a m o r t e do P r i n c i p e ,
n a q u a l t i v e r a p a r t e s e m c u l p a , o s e u íntimo, D . J o á o d e M e -
n e s e s . D o Romance n a o f a l a , ou por e s q u e c i m e n t o , o u por e l e
n a o h a v e r e n t r a d o n a c o m p i l a c a o de R e s e n d e ; n e m táo p o u c o
dos v e r s o s d e a m o r e d e b u r l a a l i a s c o m e d i d a , por s e r e m b a -
gatelas triviaes de mais.
Entre as suas composicoes portuguesas destacam-se p e l a
s i n g e l e z a e s i n c e r i d a d e d a inspiragao d u a s r e l i g i o s a s , e d u a s
d i d á c t i c a s ou m o r a e s . E s s a s ú l t i m a s sao d e f o r m a e digáo p o -
p u l a r (4). N u m a s t r o v a s c e n t ó n i c a s m o s t r a - s e b o m c o n h e c e -
dor d a s c a n t i g a s á u l i c a s d a c o r t e d o s R e i s Católicos, c o n s e r -
v a d a s e m p a r t e n o Cancionero Musical, e a p r o v e i t a , a l é m d e
um texto francés (horrivelmente deformado n a colecgao de
R e s e n d e ) u n s v e r s o s d o a m i g o M e n e s e s ( 6 ) , a o q u a l tributen
a i n d a outras h o m e n a g e n s (6). U m d o s s e u s c o r r e s p o n d e n t e s
( 1 ) Apesar d'isso lia ñas suas poesias castelhanas, de longe em longe, um infi.
nitivo pessoal. Vid. Canc, Ger. I, 4 1 9 , 1. 2 3 .
(2) Boehl de Faber (na Floresta I, N . " 1 7 ) erra dizendo que as coplas eram
dirigidas a D. J o a o II.
(3) Acerca d'este simbólico y, que é costume reconheeer numa das entradas
das Cápelas Imperfeitas da Batalha, vid. C . M. de Vasconcellos, As Cápelas Imper-
feitas. Porto 1 9 0 4 . O mote do pórtico, tratado de grego durante séculos e que de
balde tentei interpretar como portugués e de D. Manuel, é francés e de D. D u a r -
te e diz tant que seray, completando-se com as palavras lealte faray inscritas tal-
vez no fecho do arco. Ambas foram descobertas pelo General Brito Rebollo n u -
ma baixela del Rei D. Duarte, cuja descrípiüo perdura. Vid. A Revista, 1 9 0 4 .
(4) Nunca vi... e Ouve vi e cala, em pareados.
(5) Canc. Ger. I 4 0 7 : Mi tormento desigual; impresso entre as obras do Menesug
I.i'7. I
(6) P. ex. numa carta que Ihe dirigiu (I 4 1 3 ) . Quanto á cantiga No halla a mis
males culpa (de Meneses, na minha opiniao), quem sabe se andava entre os versos
de D. Joáo Manuel como letra para voltas c glosas, que n a o chegou a compOr? .
746 FILOLOGÍA
literarios, glosador t a m b e m de u m a d a s c a n t i g a s de D . Joao

Manuel (1), é aquele A l v a r o de Brito q u e trocou versos c o m
Gómez Manrique e verberou os e x c e s s o s do Roupeiro.
[131] D. Joáo de Meneses é r e a l m e n t e de prosapia a n t i g a
e ilustre, e n a l t e c i d a tanto pelos melhores v a t e s portugueses
como pelos historiadores n a c i o n a e s . D e s c e n d í a e m linha r e c t a
de D . Gongalo Telles d e Meneses, Conde de N e i v a desde 1373
(2). Como u m dos filhos d'este titular c h e g a s s e a ser Senhor
de C a n t a n h e d e (3), e u m dos bisnetos, irmáo do nosso D . JoSo,
fosse l e v a n t a d o a Conde d'aquela v i l a (1479) (4), é costume
designar o ramo a q u e o p o e t a p e r t e n c i a , como d o s Meneses-
CantanJiede. O distintivo é n e c e s s á r i o , porque outro D. Joáo,
de Meneses foi, como o nosso, fronteiro intrépido n o s c a m p o s
africanos, como e l e Governador d a c a s a d e u m P r i n c i p e , c o -
m o e l e cortesEo a c r e d i t a d o , e poeta nos seroes de D . Joáo I I
e D . Manuel (5). Esse homónimo, coetáneo e p á r e n t e , era filho
do g r a n d e D . D u a r t e de Meneses, o de A l c a c e r (trucidado n a
serra de B e n a c o f ú pelos Bérberes, de modo tal q u e n o s e u j a -
z i g o e n t e r r a r a m a p e n a s u m dedo) (6), neto portanto d e D . P e -
(l) Cuidados, díixai-m'agora.

(a) Era bisneto d'ele, segundo Braamcamp, Brasas de Cintra II. p. 3 4 9 , L a -
mento que o capítulo dedicado ao grosso tronco dos Meneses (I 59-72) seja t a o
lacónico.
(3) Vila do Douro, cinco leguas ao Norte de Coimbra, afamada pelo juramento
de D. Pedro I, relativo a Inés de Castro.
(4) Brasóes de Cintra, II 4 0 1 .
(5) A prova de que nao era inteíramente hospede na arte de metrificar, temo'-
la em trovas d'ele, impressas no Canc. Ger. Yl 65,111 9 5 , 1 1 3 , 1 1 9 , 632. Numa
d'elas, pequeña correspondencia sobre questiúnculas de amor, que trocou com o
leu homónimo (II 65), dá-lhe a palma de valente, de cavaleiro e de sabedor;
A vos qu'em cavalaria
e valentía
dais toque a Cepiam,
a vos qu'em sabedoria
precedéis rei Salamam,
a vos so cujo poder
Jaz toda [a] arte de trovar..., etc.
(6) Segundo Conde de Víana e Caminha, desde 1 4 6 0 , deu assunto a uma
Crónica particular de Gomes Aunes de Zurara.
ROMANCES VELHOS 747
d r o , o d e C e u t a ( 1 ) . E s t e foi feito Conde de T a r o u c a e m

1499 (2), p o u c o d e p o i s Conde-Prior (3). D e 1 5 0 8 e m d i a n t e e r a
Conde-Prior e Mordomo-mór (4). M a s a p e s a r d e tudo, t a m b e m
n e s t e c a s o h o u v e m u i t a c o n f u s a o , tanto por p a r t e d e e s t r a n -
g e i r o s c o m o por n a c i o n a e s , d e s d e J o á o d e B a r r o s a t é M e n é n
d e z y P e l a y o (5).
D . Joáo d e M e n e s e s - C a n t a n h e d e , q u e n o s o c u p a , e r a i r m á o
m a i s n o v o do 1.° C o n d e ( D . P e d r o f a l . e m 1618). N a s c i d o n o
t e m p o d e D . Afonso V , g a n h o u n a Á f r i c a a s e s p o r a s d e c a v a
leiro, c o m o todos os fidalgos d e e n t a o , e c o n t i n u o u n o s d o i s r e i
n a d o s i m e d i a t o s a b a t a l h a r a h i , a t é o s e u ú l t i m o a l e n t ó . Como
C a p i t á o d'Arzila foi v i c t o r i o s o c o n t r a o r e i d e F e z , M o l e i - B a -
r r a x a , e c o n t r a A l m a n d a r i m d e T e t u a o e m 1495 (6). D i s t i n -
g u i u - s e e m 1501 e 1 5 0 3 (7), e m r e p e t i d a s c o r r e r l a s c o n t r a A l
c a c e r Quebir e a l d e i a s d a m e s m a r e g i a o . E m 1 5 0 4 foi c o n t r a
(i) Primeiro Conde de Viana e i.° Capitáo de Ceuta, assunto de outra Cró
nica, do mesmo.
(z) Veja-se p . ex. o cap. 7 0 da Ptimeira Pai-te da Crónica de D. Manuel: De
como D. yoatn de Meneses e D. Joam de Meneses Conde de Taronqua foram correr
o campo de Alcacer-Quibir. E vejam-se as trovas ao homónimo, a que me referí em
nota anterior: Do Conde de Tarouca a D. Joam de Meneses.
( 3 ) Canc. Ger. l U 6 3 1 .
( 4 ) Vid. Braamcamp, Brasóes de Cintra 11 4 2 2 ; id. Sepulturas do Bspinheiro p . 3 1 ,
4 0 , 7 0 , 7 2 ; Goes, Crónica do Principe, cap. 9 9 e 1 0 2 ; id. Crónica de D. Manuel
Parte III, cap.46;Resende, Vida e Feyos, cap. 2 8 , 3 5 , 3 6 ; Sousa, Hist. Geneal, III
125 e496.
(5) Já outr'ora tentei desUndar a actividade militar, palaciana e literaria dos
dois homónimos {Poesías de Sá de Miranda p. 8 1 3 e 8 8 3 ) . Mas desde entS.o muitos
documentos vieram elucidar o problema mais e melhor; especialmente os coleccio
nados por Braamcamp (Brasóes II ico). O Conde de Tarouca tinha tres irmaos:
D. Henrique de Meneses, Conde de Loulé; o Bispo-conspirador D.García; e o cons
pirador D. Fernando, degolado em 1 4 8 4 . Era Capitáo de Arzila em 1 4 8 1 ; de Tan
ger, de 1 4 8 5 a 1 4 8 9 . Largou esse posto quando foi nomeado Governador da Casa
do Príncipe D. Afonso. Passou depois da sua morte a mordomo-mór de D. Joa,o
II; reassumiu a Capitanía de Tanger em 1 5 0 1 ; e levou nesse mesmo ano uma frota
de socorro aos Venezianos. Depois de viuvo, foi nomeado Prior do Grato; em
1 5 2 1 passou a Alférez-mór. Faleceu em 1 5 2 2 .
(6) Goes, Crónica de D. Manuel, I cap. 1 2 .
(7) Ib. Cap. 18-50.
748 FILOLOGÍA
Larache (1); e m 1507 como Capitáo da armada e n v i a d a con

tra Azamor. Activíssimo no cerco posto pelo rei de F e z ,
a Arzila (1608) (2), serviu finalmente de Capitán do campo n a
expedigao contra Azamor em que morreu (1514) (3). N a hie-
rarquia oficial era Alcaide-mór de Cartaxo; Comendador, n a
Ordem de Cristo, primeiro de Aljezur (4) e depois de Moga-
douro; de Alvim, n a de Santiago. N o s pagos r e a e s passou da
casa de D . Joao II á de D . Afonso, único e mal-logrado filho
legítimo do m o n a r c a , ignoro e m que qualidade. H a c o e v o s que
Ihe dao o título de Guarda-mór (5), e G o v e m a d o r d a c a s a do
Príncipe (6). Mas s e m direito. Quem por c a r t a de 9 de Junho
de 1489 foi instituido Governador do herdeiro da coroa, ser-
vindo t a m b e m , segundo ordens de 29 de Out. de 1490 (7), no-
minalmente junto d'ele os oficios múltiplos de mordomo-mór,
camareiro-mór, v e a d o r da fazenda e e s c r i v a o e m acumulagao
inverosímil era o Conde de Tarouca.
O sucesso m a i s impressionante da sua v i d a no pago, q u e
muito a amargorou e tornou o seu nome tristemente m e m o
rado, é a catástrofe no Alfange de S a n t a r e m , de 11 de Ju
nho de 1491 (8), pois foi ele quem, m a o p o r m á o , c o r r e u c o m
o Príncipe D . Afonso a desastrosa carreira do pareo no
areal do Tejo, e m que o maldito murzelo s e transíormou e m
homicida do j ó v e m r e c e m - c a s a d o . (9) Catástrofe que, prantea-
da por toda a nagao e t a m b e m no pais vizinho, patria da
P r i n c e s a , inspirou a l é m de diversos poemas e m l a t i m , e m c a s -
(1) Ib. Cap. 83 e 8 4 .

(2) Ib. II Cap. 27-29; Barros, Dicada II, Livro IX, Cap. 9.
(3) Goes, Crónica de D. Manuel, III Cap. 4 9 - 5 1 , especialmente p. 2 3 7 , 3 4 9 e
252 (da ed.de 1790).
(4) Canc. Ger. I 4 1 3 ; Ruy de Pina, Crónica de D. Joáo, 11 Cap. 50.
(5) Barros, Década II, Livro III, Cap. IX p . 3 3 7 .
(6) Hist. Geneal.Wl 161 (e 1 5 7 ) . Quem conferir Vol. III 125 e 4 9 6 com X
1 4 8 - 1 5 6 terá mais uma prova da confusEo entre os dois Meneses.
(7) Documento da Torre do Tombo: Livro Extras i. 2 4 V . « 2 5 .
(8) Em profunda síncope durante todo o dia 1 2 , o Principe expirou a 1 3 de
Junho.
(9) Sao expiessdes de D, Francisco Manuel de Mello.
t e l h a n o , e etn portugués (1), e de sentidos trechos e m p r o s a

p a t é t i c a (2), um r o m a n c e popular que a i n d a nos ocupará (3).
Os pormenores do a c o n t e c i m e n t o — s e r o dia u m a ter9a-fei-
ra, dia assinalado no folklore portugués, ora a z i a g o , ora feliz
e a c a s u a l i d a d e de u m r a p a z , que se b a n h a r a no Tejo, h a v e r
batido os gapatos um no outro p a r a Ihes sacudir a areia^ n o
próprio momento da q u e d a — f o r a m desde e n t á o tidos e m c o n t a
de px'ognósticos funestos pelo v a l e n t e c a p i t á o . E esta b a l d a
era notoria entre os soldados, n a África e n a India (4). P r o -
fundamente m a g o a d o , D . Joáo retirou-se da corte depois d a
catástrofe, e só v o l í o u , a o cabo de anos, a i n s t a n c i a s do mo-
n a r c a . Quanto a i d a s ao pais v i z i n h o é certo q u e pelo m e n o s
u m a v e z passou l á seis m e s e s (5), t r a v a n d o relagoes c o m di-
versos p r o c e r e s que p o e t a v a m (6). E m 1507 ou 1508 foi no-
m e a d o g o v e r n a d o r d a c a s a e c a m a r e i r o - m ó r do e n t á o Prin-
c i p e D . Joáo III (7).
E m b o r a o Conde d e T a r o u c a prestasse s e r v i c o s i g u a l m e n t e
n o t á v e i s ao reino, é e m e s p e c i a l a D . J o á o d e Meneses-Can-
(1) Meneionei um cujo autor é D. JoSo Manuel.

(2) Vid. Resende, Vida e Feytos, cap. 1 3 1 c 1 3 2 ; Pina, Crónica de D. Joao II,
cap. 3 5 e 3 6 .
( 4 ) Na Parte IV d'este estudo.
¡5) É ñas Décadas que colhi dois testemunhos curiosos. O primeiro foi pres-
tado pelo grande Vicerei D. Francisco de Almeida. No dia em que cxpirou nos
areaes do Cabo da Boa Esperanza ( 1 5 0 4 ) quando, loriado pelas instancias do»
fidalgos ia castigar os desmandos d'uns negros, um seu servidor comeíou a bater
um no outro os íapatos do Vicerei. Foi entao que disse: «Qu2o fóra estava D .
JoUo de Meneses, se aqui fóra e ouvira esse teu bater de papatoS, dar mais um
passo adiantel ainda que fora pera dar uma batalha de muito sua honra!...» Vid. Dé-
cada II, Livro 3 , cap. 9, p. 336. O segundo passo diz respeito ao VicereiD. Henri-
que de Meneses, sobrinho de D. Jo3o. Quando em 1 5 2 4 ele se aprontava para uma
expedif 3o bélica,desmanchou um braío. Aconselhadü a nao a emprender, rcplicou:
«Se este agoiro fóra baterem-me hum japato, como a meu tio D. JoSo de Mene-
ses, por ventura me provocareis a n3.o sahir; mas isto he lanjar-me hombro lora,
que eu tomo por muito bom prognóstico.» Dec. III, 9, IV, p. 3 8 7 .
(6) De Marfo a Out. de 1 4 9 8 , como um dos oitenta fidalgos que acompanha-
ram o monarca a Qaragosa.
(7) P. ex. com o Conde de Fuensalida. Vid. Canc. Geral I, 1 2 5 .
(8) Goes, Crónica deD. Manuel, I, parte cap, \z\ e II, cap. 2 7 - 2 9 .
750 FILOLOGÍA
t a n h e d e que os Cronistas t e c e m os m a i s e n c a r e c i d o s l o u v o r e s .
E n t r e muitos t r e c h o s escolho um do sobrio e austero D a m i S o
de Goes que o cha.ma, hum dos estimados fidalgos uestes regnos
e nos de Castela de quantos em seu tempo viveram, porque em
armas eprudencia fácilmente iguava oupassava qualquer outra
pessoa em que estas duas nobres artes se podessem achar (1).
Como p o e t a nSo foi m e n o s a c a t a d o , corao j á se viu nuns
v e r s o s do Conde de T a r o u c a . S e n d o mogo dirigia t r o v a s apai-
x o n a d a s á s d a m a s e, por sinal, de e x a g e r o táo requintado, e
tao c h e l a s de h e r e s i a s de amor, que u m a pelo m e n o s t e v e de
ser e x p u r g a d a (2). Pouco a n t e s dé findar a i n d a redigiu vilan-
c e t e s de amor (3). A u r b a n i d a d e perfeita do que era mui lin-
do fidalgo (segundo o dizer do próprio deus de amor no f a m o s o
processo entre o Cuidar e o Suspirar e m q u e tornou parte) e
por a c a s o t a m b e m a v e n t u r a s s u a s q u e d e s c o n h e c e m o s , l e v a -
r a m Gil V i c e n t e a enflleirá-lo c o m o mártir de amor n u m a la-
d a i n h a burlesca de namorados, santificados p e l a sua m u s a
f o l g a z a n (4).
Nao m e ponho a a n a l i z a r os veryos de D . J o á o . E l o g i a d o s
e x c e s s i v a m e n t e por a l g u n s críticos n a c i o n a e s , nao a g r a d a m
a Menéndez y P e l a y o que dá pouco aprego a v e r s i n h o s de
amor, preferindo os de maior pujanga. Ni en castellano ni en
portugués hallo que saliese de la rutina cortesana que en su
tiempo pasaba por poesia (6).
A e o t a g á o e m que o t i v e r a m n a o só os c o e v o s , m a s t a m b e m
os p o e t a s da e s c o l a n o v a , foi p o s i t i v a m e n t e alta. Repito-o e
v o u prová-lo. A trova portugueza semfezes he muito para agra-
decer; e se nño, tomai-me o nosso D. Joño de Menezesl Veréis
se falou ninguem melhor que elle. E mais, tudo he seu próprio,
(1) Goes, Crónica I, p. 21 da ed. de 1 7 9 0 .

(2) Estrofe 2 da poesia impressa no Canc. Ger. I, 120. O índice Expurgatorio
que se ocupa d'ela é o de 1 6 2 4 .
(3) Canc. Ger. I, 1 3 2 . Nao creio que sejam essas trovas os derradeiros ecos, i.
que Sá de Miranda se refere. Esses, seriara versos cantados na corte ainda em
1521.
(4) Obras UI, 80.
(5) Antología, VH p. CXXXIH.
«em se ajudar do alTieio. A s s i m é q u e J o r g e F e r r e i r a d e V a s -

c o n c e l l o s c o n f i r m a os a p l a u s o s d e S á d e M i r a n d a (1). A c a n t i g a
Nunca cessaran los ojos foi enssoada por a l g u e m ( 2 ) , e e n t r o u
no Cancionero Musical (3). A j a citada
No h a l l o á m i s m a l e s c u l p a
porque en mi terrible pena
la causa q u e m e condena
m e desculpa.
anda n a o s ó n o s d o i s C a n c i o n e i r o s (4) e e m o u t r o s F l o r i l e -
g i o s (5), m a s t a m b e m e m Pliegos Sueltos, onde é atribuida a
u m gentil hombre entre muchos conocido (6). F o i p a s a f r a s e a d a
d u a s v e z e s p o r J o r g e d e M o n t e m ó r (7) e c i t a d a t a n t o n o s Au-
tos d e P r e s t e s (8) c o m o ñ a s Cartas d'África (9). A i n d a ha
( 1 ) Ulysipo, f. 1 2 9 . Em outra scena da mesma comedia, o dramaturgo alude á

cortesanía perfeita do fidalgo: haveis que soubera aquelle grande D. Joam de Me-
neses tratar assi kua dama? (f. 1 2 3 v.).
(2) A julgar da epigrafe de umas trovas suas (Canc. Ger. Iwz: De canto d'or-
KamJ, D. J o á o de Meneses era compositor como Gil Vicente e Garcia de Resende.
Portanto n a o é impossível que a niiisica perdida, a que se refere a Nota imediata,
fosse obra sua individual.
( 3 ) Já nao se conserva, infelizmente. Estava numa das folhas arrancadas ao
precioso códice (a 7 3 ^ ) . Vid. p. LII do índice alfabético, anotado por Barbieri.
(4) Canc. Gen. I p. 5 0 2 N.° 3 3 7 ; Canc. Ger. I 4 1 0 .
( 5 ) P. ex. num Canc. (inédito) de Paris: MS. 6 0 2 do Ponas Espagnol, f. 2 3 1 .
(6) P. ex. num de 1 5 7 0 , impresso em Granada, que faz parte da Colefáo de
Cracovia (N° C).
( 7 ) Obras de amor, Ed. 1 5 5 4 , f. 3 9 v e 1 8 1 . Confer Gallardo, Ensayo N" 3 1 2 2 .
(8) Autos p. 4 5 3 .
( 9 ) Carta I, Estr. 2. Por causa do metro, o autor transformou o último verso
dizendo La causa que me condena Me sei-ue (1. servirá) de desculpa. Em toda a parte
o texto tem erros, mesmo na impressao portuguesa. Tal é a sorte, pouco invejavel,
dos autores bilingües, ou pelo menos dos que cometeram lusismos. O infinitivo
pessoal, com preposisao, em oratao causal, contido na quadra
A muerte me condenastes,
señora,por cuanto os quiero,
y luego me desculpastes
por (ou: eñ) serdes vos por quien muero,
provocou diversas tentativas, baldadas, de emenda. No Canc. Gen. p. ex. imprimi-
ram en ser de vos, o que n a o dá sentido; en ser vos por quien me muero ñas Obras
citadas na Nota que segué.
752 FILOLOGÍA
pouco tornou a s e r p u b l i c a d a . . . como obra d e u m n o t á v e l

quinhentista c a s t e l h a n o (1). Mi tormento desigual foi introdu-
zido por D . JoEo Manuel ñ a s suas Trovas c e n t ó n i c a s (2). O
simbolismo d a g a r g a que, solta d a s m a o s do remontador, v o a
primeiro a m e d o , para finalmente se erguer cora a l t i v e z , e s -
q u e c e n d o a s peias, propagou-se, tarabem d e s l i g a d a e liberta
(3). A sentenga Quem tem alma nüo tem vida, r e m a t e d e urna
esparsa, s e r v i u d e t e m a p a r a d i v a g a g o e s m í s t i c a s dos p r é g a -
dores d a m o d a (4) e inspirou a u m teólogo-poeta, o Frade
da Eainha, u m soneto s a c r o cujas ú n i c a s r i m a s s a o alma
e vida (5). O dístico a n t i t é t i c o Que no vivo, porque vivo—Y
muero porque no muero transformou-se e m l u g a r - c o m u m d a
poesia á u l i c a (6), e foi i m m o r t a l i z a d o por S a n t a T e r e s a , q u e
o r e p e t í a nos seus arroubos e x t á t i c o s (7). Luis d e Camoes
g u a r d a v a - o t a m b e m n a s u a a d m i r á v e l m e m o r i a , e empre-
( 1 ) Gutierre de Cetina, na bela edisáo de Hazañas y la Rúa, Vol. I p. 254..

Nenhuma das variantes serve de emenda.
(2) Canc. Ger. I 4 0 7 .
(3) Rennert N" 109 Un galán á su amii;a. A conferir com o Canc. Ger. I 1 0 8 ,
como já deixei explicado.
(4) Joao de Barros condena na Rhopica Pneuma p. 9 4 o emprego no' pulpito
de este mote cortes3.o, assim como de outros, de origem mundana.
( 5 ) Vid. T. Braga, Antología portuguesa N° 1 6 8 .
(6) Encontramo'la p . ex. talqual numa composiíao de Duarte de Brito no
Canc. Ge7. I 3 4 3 , sem que seja possivel decidir quem dos dois amigos imitou o ou-
tro. É apenas a analogía com os casos alegados que me leva a ter D. JoS,o de Me-
neses em conta de inventor. Inventor, ou pelo menos introdiitor na poesia áulica
do verso haurido no Cantar dos Cantares.
( 7 ) Entre 03 metrificadores do Canc. Geral e Santa Teresa ha certa distancia.
Ignoto o nome do transmissor que fez do dístico a triada que ela parafraseou por
duas vezes:
Vivo sin vivir en mi
y tan alta vida espero
que muero porque no muero.
Paralelos e reminiscencias vagas como
Ay que viviendo no vivot

ay que muriendo no mutral
nao faltam no Canc, Geral.
ROMANCES VELHOS 753
gou-o u m a v e z , parodiando-o (1). O ditado Cativo süo de ca- j

tiva r e a p a r e c e ñ a s R e d o n d i l h a s do P o e t a , a p l i c a d o c o m s u m a j
arte a B á r b a r a , s u a e s c r a v a .
Como D . J o á o Manuel, o d e M e n e s e s n a o d e s a t e n d í a p o r
c o m p l e t o a s f o n t e s t r a d i c í o n a e s d a p o e s i a lírica. E n t r e o s v e r -
sos d'ele c o l e c c i o n a d o s e m C a s t e l a , t a l v e z p o r q u e o s e s c r e -
véra lá, á compita c o m m a g n a t e s dos Reis Católicos, h a vol-
t a s a u m a l e t r a , n a q u a l creio r e c o n h e c e r c e r t a Serranilha
a n t i g a , t a n t o e m v o g a q u e foi a p r o v e i t a d a n o s é c u l o x v p e l o
Marqués d e S a n t i l h a n a e n a o s ó m e n t e inspirou v o l t a s , n o x v i ,
a S á de M i r a n d a e a d i v e r s o s a n ó n i m o s , m a s t a m b e m u m a C o -
media ao grande Lope. A letra diz:
En toda la trasmontana
n u n c a v i cosa m e j o r
que e r a su amiga d e Antón
v a q u e r i z o d e M o r a n a (2).
J á m e n c i o n e i a g l o s a d e Durandarte. Contei c o m o p e r t o d e
A r z i l a , o v a l e n t e Capitáo e n t o o u u m d i a o r o m a n c e a l e g r e
dos Xaboneros p a r a a n i m a r os c o m b a t e n t e s . (3) E Venid, venid,
amadores! e s s e d e s a b a f o s e n t i m e n t a l , a q u e d e u a f o r m a d e
romance e q u e inspirou p e l a s u a v e z u m d o s i r m a o s P i n a r , l e -
vou-me a dedicar-lhe estas páginas.
T a l conjunto d e n o t a s , s u s c e p t i v e l d e a m p l i a g o e s , f a z
s u s p e i t a r q u e D . Joáo d e M e n e s e s s o b r e s a í a d a schiera vol-
gare, n a o s ó c o m o g u e r r e i r o e c o r t e s a o , m a s t a m b e m c o m o
poeta palaciano.
Q u a n t o a o c o g n o m e El Grande Africano, claro é que muito
m e l h o r q u a d r a v a a o s dois a s c e n d e n t e s á c i m a n o m e a d o s , c u j o s
feitos h e r o i c o s e n c h e m d u a s C r ó n i c a s p a r t i c u l a r e s . M a s o h e -
( 1 ) tíio Filodemo, Kcio II Scena 8, v. 2 1 1 3 , encontró, transposto para a 3 *

p., a parodia gue muero, porgue no muere.
( 2 ) Contribuigoes para o tema, do qual trato numa das minhas Randglossen (iné-
dita), encontram-se ñas obras segvimies: Cancionero publicado por Rennert, N.° 1 6 1 ;
Santillana p. 4 6 6 da ed. de Amador de los Rios; Sá de Miranda, Poesias N.° 5 5 ;
Gallardo, Ensayo N.° 5 6 8 , 1 4 6 2 , 3 3 9 6 ; Salva, Catálogo N.° 7 3 ; Duran, Catálogo de
Pliegos Sueltos N.° 1 3 e 5 1 .
(3) ^.yidiXxi-yi- - ^
754 FILOLOGÍA
roe d e Ceuta (f 1437) e o de A l c a c e r ( t 1464) n a o p o d e m con

correr, c r o n o l ó g i c a m e n t e , e m e n o s a i n d a , porque s e m p r e m i
litantes, n u n c a p o e t a r a m (salvo erro) (1).
A f a v o r d a m i n h a interpretagô f a l a m varios factos j á ci
t a d o s que v o u r e c a p i t u l a r . D . J o a o de M e n e s e s tomou parte
na Entrada del Rey Dom Manuel em Castela (descrita n u m
opúsculo d e G a r c i a d e R e s e n d e , que t a m b e m p e r t e n c i a a o s é
quito do m o n a r c a ) . A h i s e r e l a c i o n o u c o m o Conde d e F u e n -
salida. N o Cancionero, publicado por H . R e n n e r t , h a d i v e r s a s
composigoes de P o r t u g u e s e s , e r e l a t i v a s a Portugueses, q u e
por essa o c a s i á o colaboraram n o s pleitos burlescos de Qara-
g o g a . Entre e l e s s e distinguem os dois a m i g o s : D . J o a o Ma
nuel e o m s e u n o m e inteiro; D . J o á o de Meneses c o m m á s c a r a
t r a n s p a r e n t e , ora como Galán (ou gentil hombre entre muchos
conocido), o r a como El Grande Africano (2).
[132] Quanto ao peculio poético de ambos, m e t a d e e m
portugués, m e t a d e e m c a s t e l h a n o , u m a s quarenta composigoes
de D . Joáo Manuel, e x t e n s a s e m parte (3), e c i n c o e n t a de D .
J o á o de M e n e s e s , e m g e r a l curtas (4), a i n d a direi que lucra-
r i a m s e , t i r a d a s do ámbito monótono e acabrunhador dos
Cancioneiros, a p a r e c e s s e m e m edigoes m o d e r n a s , c o m orto
grafía e pontuagáo n a c i o n a l (5). O caso q u e se deu com a c a n
t i g a No hallo a mis males culpa, e outros a n á l o g o s de que m e
( 1 ) Votar por eles, atribuindo os versos N.os 1 5 9 - 1 6 4 . do Cancionero de Rennert

a D. Duarte ou D. Pedro de Meneses, equivaleria a um atraso de alguns decenios,
na colabora?ao de Portugal no Romancero palaciano.
(2) Na Égloga IV de Bernardim Ribeiro surge certo Africano, como amigo e
conselbeiro do pastor Jano. Nao ha comtudo, indicios suficientes para fazerem
supór que se trate de D. JoSo de Meneses.
(3) Caticionero General, Nos. 8 5 , 1 6 2 , 2 7 7 , 2 7 8 , 4 4 5 , 5 5 5 , 6 4 2 , 820; Canc. Ge
ral, I, 3 7 4 - 4 3 9 ; com suplementos no Vol. I, 1 3 4 , 1 3 5 , 4 6 4 ; 11, 580; III, 2 5 , 1 1 6 ,
233; Canc. Rennert,-íi.° 8 3 , 3 0 8 - 3 1 2 .
(4) Cancionero General N.° 3 3 7 ; Canc. Geral. I, 1 0 7 - 1 3 5 e 4 , 2 1 , 2 4 , 4 3 , 4 8 ,
3 4 1 ; 11, 1 7 , 5 7 6 , 5 8 5 , 599; III, 5 3 , 58, 7 1 , 9 8 , n a , n 8 , 1 3 5 , 2 1 4 , 232; Canc. Ren
nert N.os 1 5 9 - 1 6 4 e 1 0 9 .
(5) Recomendo-as ao Dr. Mendes dos Remedios para os Subsidios da Histo
ria da Literatura Portuguesa.
ocupei h a t e m p o s (1), justifica essa supo3Í9áo. Creio t o d a v i a

que m e s m o assim nSo produziriam impressoes fortes. A s suas
V i d a s — t r a g o s i n d i v i d u a e s e a c o n t e c i m e n t o s históricos e m q u e
t i v e r a m p a r t e — c o n t i n u a r a o a s e r m a i s i n t e r e s s a n t e s do q u e
as Rimas. É o q u e s u c e d e u c o m os p o e m a s do Condestável D.
Pedro de Portugal, c o m q u a n t o fossem d e v o o m a i s alto e de
m a i s p o s s a n t e envergadui-a. A palidez d a s c o m e d i d a s q u e i x a s
s e n t i m e n t a e s , as perifrases retóricas e ( q u a n t o a o Condestável)
o e x a g e r a d o H u m a n i s m o q u e s e e s p r a i a e m coraparagoes eru-
ditas d e difícil ínterpretagáo, a f u g e n t a r á e m g e r a l os moder-
nos leitores peninsulares, c a p t í v a n d o a p e n a s a l g u n s estran-
geiros pelo encanto t á o portugués da atmosfera de afectivi-
dade terna e m e l g a e m q u e a n d a m e n v o l v i d a s .
S e d e i d e s e n v o l v i m e n t o e x c e s s i v o a o s parágrafos d e d i c a -
dos a o s dois amigos, foi porque m e i m p o r t a v a instilar n o lei-
tor pouco a pouco nogoes c o r r e c t a s a respeito d a i d a d e , da po-
sÍ9ao s o c i a l e do c a r á c t e r luso-castelhano dos autores q u e e m
P o r t u g a l a s s í n a m os m a i s v e l h o s r o m a n c e s p a l a c i a n o s . O
apurar, que pelo m e n o s um d'eles f a l e c e u a n t e s de 1500, é im-
portante. L o g o reatareí o fio, continuando c o m a r e s e n h a d o s
romancistas m a i s v e l h o s d'este país. Primeiro tentarei, p o -
r é m , fixar d a t a s táo s e g u r a s quanto possivel a respeito d o s
que c i t a m v e r s o s de r o m a n c e s no Cancioneiro Geral.
[133] Nuno Pereira (2) era, como j á fiz v e r , servidor d e
D . Leonor da S i l v a , m e n i n a do pago, muito cortejada, n o rei-
n a d o de D . J o a o I I , t a m b e m por a l g u n s Castelhanos. E s s e s
a m o r e s originaram e m 1483 no pago de S a n t a r e m o d e -
( 1 ) Aludo ao Mote Olvidé y aborrecí. De inveníao de Juan Alvarez Gato, foi

retocado por Garoi-Sánchez de Badajoz e acolhido ñas Rimas de Camoes. E tam-
bem tenho em mente as tres Redondilhas de Garcia de Resende (Canc. Ger. lU,
596: Senhora, pois minha vida; 607: Espcreijá nao espero; 608: Meus olhos, lembre
vos eu) que tiveram a mesma sorte.
(2) Vid. T. Braga, Poetas Palacianos p. 3 1 5 3 2 6 ; Menéndez y Pelayo, Antologia
V n p. cxxxil.—Os versos d'ele acham-se no Canc. Ger. I 1 - 1 0 4 passim; 2 4 9 , 2 7 1 ;
II 4 8 1 , 5 7 8 s.; in 9 2 , 1 4 9 , 1 5 3 , 1 6 1 , 1 6 8 , 1 7 1 , 1 9 3 s. 2 2 3 .
756 FILOLOGÍA
c a n t a d o Processo do Cuidar contra o Suspirar que ocupa as

q u a t o r z e folhas i n i c i a e s do C a n c i o n e i r o (1). N e l e , d i v e r s o s
t r o v a d o r e s , n a m a i o r i a c a s a d o s , d i s s e r a m g e n t i l m e n t e proli-
s a s s e m s a b o r i a s . E r a p r e g a n d o p r o m i s c u o s o s dois i d i o m a s ,
louvam-se de preferencia e m Maclas, Rodríguez del Padrón e
J u a n d e M e n a (2), t o m a n d o u n s o p a r t i d o d e N u n o , c a m p i a o
do Cuidar, outros o de s e u a m i g o e c o m p e t i d o r J o r g e d e Sil
v e i r a q u e d e f e n d í a o Suspirar. Ambos, e com eles Francisco
d a S i l v e i r a , s e t r a n s f o r m a r a m c o m t u d o a p a r e n t e m e n t e e m ini
m i g o s m a l d i z e n t e s d a Bela q u a n d o , d e s a t e n d e n d o os n o b r e s
q u e a louvái-am e m m e t r o c ó n s o n o , c a s o u c o m u m p r o v i n c i a
n o d a B e i r a p a r a s e r dona e d'outrem sogeita. S a t i r i z a n d o e n -
tSo o preferido c o m o fidalgote r i d í c u l o , d e m a n e i r a s r u d e s (3)
t r a t a r a m - n a a e l a d e Mal-maridada, m o t e j o lisonjeiro e m s i ,
e q u e foi a p r o v e i t a d o d e s d e e n t a o , d u r a n t e d e c e n i o s , c o m a
assiduidade que mostrei, por a especie ser tao numerosa (4).
Creio q u e o c a s o d e D . L e o n o r s e d a r í a pouco d e p o i s d e 1 4 8 3 .
Quanto aos motivos da recusa, a maledicencia dos c o n -
f r a d e s d e s c o b r i u c e r t a s i m p e r f e i g o e s e m N u n o , o Cuidoso. N a s
cido o m a i s t a r d a r e m 1 4 5 5 , c o e t á n e o p o r t a n t o do Coudel-
m ó r e d e D . J o á o I I , e n c a l v e c e r á m u i t o c e d o ( a n t e s d e 1481),
defeito q u e d e b a l d e p r o c u r a v a encubrir, usando d e c a b e -
leira. Galante cortesao e bom trovador, c o m quem o Príncipe
(1) o diálogo inicial, composto de um rifSo e quatro voltas, principia:

Vos, senhor Nuno Pereira,
por quem hys assy cuydando?
—Por quem vos hys sospirando,
senhor Jorge da Silveira.
A Nuno atribuo toda a estrambótica parte final (de p . 8o em diante) em que o
Cuidar ou Sástnar sae triunfante do pleito, incluindo os versos postes em boca de
Macias, Mena, Padrón, e a cantiga portuguesa que todos os tres (e a mais Tar-
quinio, o~de Lucrecia!) entoam juntos (p. 9 3 ) .
(2) Na Antologia Vil p. CXXXII o ilustre critico parece considerar essas inven-
9oes como versos da própria lavra dos indicados, que por acaso nunca foram r e -
colhidos em Castela.—É lapso, a meu ver.
( 3 ) Canc. Ger. I 2 5 9 - 2 5 6 . Jorge de Silveira trata-o de triste castelhao; ignoro,
se com algum diieito.
( 4 ) Ib. I 4 6 9 .
ROMANCES VELHOS 757
muito folgava por Ihe ser muy afeigoado, s e g u n d o o testemunho^

de G a r c i a de R e s e n d e , n a o c o n s e r v o u e s s a influencia, a p ó s
a s u b i d a d e D . J o a o a o trono. U m a l v a r á c o m a p r o m e s s a d e OÍ
f a z e r Conde foi r a s g a d o p e l o s o b e r a n o , q u e v a r o n i l m e n t e s e •
a r r e p e n d e u d a l e v i a n d a d e q u e c o m e t e r á (1). Por e s t e s e outros
i n c i d e n t e s , n a o f a l t a r a m m o t e j a d o r e s a Nuno P e r e i r a . A c a l
v a foi-lhe p o s t a á m o s t r a por d i v e r s o s , p . e x . F e r n a o d a Sil
v e i r a , o d e Toro. O autor a n ó n i m o d o s Porqués de Setubal
preguntava
Porque traz Nuno Pereira
c a b e l e i r a s o b r e v e l h o (2)?
Contra a b a j u l i c e ou i n s c i é n c i a c o m q u e n u m a c a r t a a o P r í n
c i p e e l e Ihe d e r a título d e Alteza ( c o r r e s p o n d e n t e a Majesta-
de) h a v i a m - s e i n s u r g i d o u n s q u a t o r z e t r o v a d o r e s , a o s q u a e s ,
de r e s t o , e l e n a o ficou a d e v e r o troco, a p o n t a n d o os s e n o e s
d e c a d a u m (3). G a r c i a d e R e s e n d e r e g i s t o u c o m o c r o n i s t a t o
dos os tragos p o r m i m i n d i c a d o s (4). E m a i s a l g u n s . P o r e l e
s a b e m o s q u e n o a n o d o s P r o c e s s o s (o Jocoso do cuidar, e o p o
l í t i c o - t r á g i c o do D u q u e d e B r a g a n g a ) N u n o P e r e i r a e r a A l
c a i d e d e P o r t e l , por n o m e a g a o do i n c r i m i n a d o (5). A h i m e s m o
t i n h a h o s p e d a d o p o u c o a n t e s o pequi-nino P r í n c i p e D . Afonso
q u a n d o , a o r e c o l h e r d a s T e r g a r i a s d e Moura, f ó r a l e v a d o a
Evora. Fiel ao seu rei, entregou comtudo imediatamente a
F o r t a l e z a á p r i m e i r a o r d e m (6).
N o s s e u s v e r s o s d o c u m e n t a o s e u sentir p a t r i ó t i c o , d i z e n
do m a l d o s n a c i o n a e s q u e d e q u a l q u e r j o r n a d a a C a s t e l a
v o l t a v a m muy ufanos, c h e l o s d e a d m i r a g á o por J u a n d e Me
n a , e a m e s q u i n h a v a m tudo q u a n t o e r a p o r t u g u é s , e m e s p e c i a l
(1) Vida c Feytos, cap. 2 4 .

(2) Canc. Cer. III, 1 4 9 .
(3) Ib. III, 2 4 1 .
( 4 ) Vida e Feytos, cap. 2 4 , 4 3 , 4 4 e 200. No cap. 200 onde, ao falar da calvicie
afirma que Nuno devia entao ser homem de quarenta anos, ou mais. Os quarenta
anos bem feitos, a que o próprio alude numa trova a FernSo da Silveira, refiro-o«
todavia a esse, seu sogro ou cunhado (I, 4 6 9 ) ,
( 5 ) Vid. Vida e Feytos, cap. 4 4 .
(6) Ib., cap. 4 3 .
CCLTUXA 48
758 FILOLOGÍA
a d o c e l i n g u a m a t e r n a , desdanhando d esta térra qu'é peque-

ña (1).
D e outros v e r s o s seus v é - s e que de p a g S o t a m b e m p a s s o u a
l a v r a d o r (I 256) e c a s o u por v e r d a d e i r a a f e i g a o c o m u m a filha
do Coudel-mor c h a m a d a D . I s a b e l , dando-se b e m c o m o s o s s e g o
d a v i d a c a m p e s t r e (2).
CAROLINA MICHAÉLIS D E VASCONCELLOS.
(Continúa.)
( 1 ) Canc, Ger, I 2 6 5 Trovas a Anrrique d' Almeyda quando veo de Castela com
o Duque, Isto é: das Tersarías, onde estivera com D. Diogo de Bragansa, servindo
Ihe de «veador».
(2) Ib. I 2 5 6 , 2 5 2 e 270.—As relasoes de parentesco com o velho Coudel-mór
e seus filhos Francisco e Jorge nao s§,o bem claras. No tempo do pleito de amoi
(I 1 4 ) o pae trata-o de cunhado. Ñas trovas de despeito contra D. Leonor sao os
filhos que Ihe dao ora este nome ( 2 5 4 ) , ora o de írmao ( 2 5 5 ) . Ahi mesmo Nuno se
dirige a Francisco como «meu senhor e meu cunhado». Na Táboa genealógica,
elaborada por Braamcamp-Freire, nSo ha filha alguma casada com Nuno Pereira.
Talvez apenas por nao jazer no Espinheiro, ou por nao haver debcado descen-
dencia (Sepulturas do Espinheiro p. 12; cfr. 15.)
NOTAS BlBLIGQRnFICflS
HERNANDO DE HERRERA (el divino), iSi^-iSgy, par Adolphe Coster, docteur é»

lettres. - París, Librairie Ancienne, Honoré Champion, éditeur, i g o 8 . En 4 . " ,
8 págs. de portada y preliminares + 4 5 o .
A i G U N A s BRAS DE FERNANDO DE HERRERA. Edición Crítica por el doctor Adolphe

Coster.—París, etc. En 4 . ° , xxi — 1 9 3 páginas.
A fines d e E n e r o d e 1906 r e c i b í e n S e v i l l a l a a g r a d a b l e v i s i t a d e m o n -
s i e u r A d o l p h e Coster, j o v e n y c u l t o profesor del Liceo d e C h a r t r e s . R e -
c o m e n d á b a l o el doctísimo h i s p a n i s t a M. M o r e l - F a t i o ; p e r o a u n sin r u e g o
a l g u n o h a b r í a c o n t a d o con mi p o b r e a u x i l i o p a r a s u l o a b l e e m p r e s a .
Etita, p o r s e r t a l , lo m e r e c í a : d e s d e el d e p a r t a m e n t o d e l E u r e e t L o i r , y
á los t r e s c i e n t o s n u e v e años d e l a m u e r t e del d i v i n o H e r r e r a , M. C o s t e r
v e n í a á e s t u d i a r , p a r a c o m p o n e r c i e r t o s libros—éstos d e q u e a h o r a d o y
c u e n t a — , n o y a l a s poesías d e l i n s i g n e v a t e h i s p a l e n s e , p u e s se las s a b i a
d e c o r o , sino su v i d a , y d e ella e n e s p e c i a l lo m á s curioso y sugestivo,
como a h o r a d i c e n : s u a m o r á l a c o n d e s a d e G e l v e s y sus a m o r e s c o n e l l a .
C u m p l í los d e b e r e s d e l a h o s p i t a l i d a d , si n o como d e b i e r a , lo m e j o r
q u e s u p e ; d e p a r t i m o s s a b r o s a m e n t e a l g u n o s r a t o s m i n u e v o a m i g o y los
q u e c o m p o n í a m o s l a t e r t u l i a del A t e n e o , l l a m a d a el Parnasillo, y medi-
t é u n a v e z m á s , c o n p e n s a m i e n t o a g r i d u l c e , e n q u e m i e n t r a s m u c h o s es-
pañoles, despreciadóres de las riquezas literarias é históricas que t i e n e n
e n s u casa—-porque s a l e m á s b a r a t o d e s p r e c i a r l a s q u e g a s t a r l a v i d a e n
su e s t u d i o — , se e c h a n á bu-scar p a n d e t r a s t r i g o p o r esos m o d e r n i s m o s
del d i a b l o , los e x t r a n j e r o s cultos s u e l e n h a c e r p r e f e r e n t e o b j e t o d e s u
a t e n c i ó n n u e s t r a l i t e r a t u r a , a m a n d o n u e s t r o glorioso p a s a d o y v e n e r a n -
do á n u e s t r o s g r a n d e s escritores m u c h o m á s q u e nosotros mismos. Y p o r
r e m a t e d e l a s i n v e s t i g a c i o n e s h e r r e r i a n a s d e a q u e l l o s dias, M. C o s t e r y
y o , b i e n e n t r a d o el m e s d e F e b r e r o , hicimos dos deliciosas e x c u r s i o n e s
fluviales al r i b e r e ñ o p u e b l e c i t o d e G e l v e s . F a n t a s e a n d o n n poco los por-
m e n o r e s d e l a s e g u n d a d e ellas, l a r e s e ñ é e n u n a r t í c u l o i n t i t u l a d o La
'divina' doña Leonor, q u e salió á l u z e n El Imparcial d e l d i a 1.° d e
Mayo de aquel año.
H a r t o e s p l é n d i d a m e n t e h a correspondido M . Coster á aquellas h u m i l
760 FILOLOGÍA
des a t e n c i o n e s , á todos d e b i d a s , y m á s á los e x t r a n j e r o s q u e v i e n e n á

h o n r a r n o s : todas j u n t a s no val ân, por b u e n a c u e n t a , ni u n a p á g i n a de
l a edición critica de Algunas obras de Fernando de Herrera, con c u y a
dedicatoria mi amigo y colega ha t e n i d j la b o n d a d de a g a s a j a r m e bi-
z a r r a m e n t e , Con eso y con todo, yo p r o c u r a r é q u e mi sincero a g r a d e c i -
miento no influya p a r a n a d a en este asomo de juicio q u e me p r o p o n g o
emitir a c e r c a del m u y estimable estudio q u e es objeto de estos r e n g l o n e s .
E n t r e los nombres de las personas b e n e m é r i t a s quo en F r a n c i a h a n

encanecido e s t u d i a n d o n u e s t r a L i t e r a t u r a , h a y dos e s p e c i a l m e n t e res-
p e t a b l e s : M. Alfredo Morel-Fatio y M, Ernesto M é r i m é e . L l a m a r s e discí-
pulo de c u a l q u i e r a de estos sabios profesores es á l a p a r h o n r a y fianza:
de t a l m a n e r a s a b e n e n c a m i n a r y d o c t r i n a r á sus alumnos. Así, de mon-
sieur Coáter, visto quien lo r e c o m e n d a b a , podia bien e s p e r a r s e lo q u e y a
hoy es e m p r e s a l l e v a d a á feliz t é r m i n o : u n e x c e l e n t e estudio de F e r n a n -
do de H e r r e r a y u n a i n m e j o r a b l e edición c r í t i c a , m a g i s t r a l m e n t e a n o t a -
da, d é l a p r i m e r a edición de sus poesías (Sevilla, 1582).
C u a n t o hasta a h o r a se sabia del divino H e r r e r a y de sus obras (así las
q u e conservamos como l a s perdidas) lo h a r e c a p i t u l a d o y expuesto c l a r a
y m e t ó d i c a m e n t e , M. Coster en los v e i n t i ú n capítulos en que divide su
t r a b a j o , y a ú n h a a ñ a d i d o mucho de s u m i n e r v a propia en todo lo c r i t i -
co y de su p a r t i c u l a r in,vestigación en todo lo histórico. A m é n de esto,
su estudio es u n a n a r r a c i ó n i n t e r e s a n t e y a m e n a , que se lee no sólo sin
f a t i g a , sino con d e l e i t e . H a sabido h u i r de l a a r i d e z , g r a v e mal en q u e
de o r d i n a r i o t o c a n , h a s t a c u a n d o no es preciso, los t r a b a j o s de erudi-
ción.
D e la v i d a de F e r n a n d o de H e r r e r a no se s a b i a m u c h o : poco m á s d e
lo q u e dijo P a c h e c o e a el famoso Libro de los Retratos. P o r l a c u e u t a , así
como t r a t a b a con pocos, no c o n t r a t a b a con n a d i e , cosa r a r í s i m a en el si
glo XVI: ser de Sevilla y no c o n t r a t a r . A lo meaos, mis once años de
pesquisas en aquel archivo de protocolos han sido en c u a n t o á H e r r e r a ,
t a n infructuosos, q u e ni u n a sola e s c r i t u r a he h a l l a d o por d o n d e se coli-
j a a l g ú n p o r m e n o r t o c a n t e á su familia, y u n a sola e n c o n t r é (si b i e n
m u y i n t e r e s a n t e ) e n q u e figure su n o m b r e . M. Coster, e m p e r o , e x a m i -
n a n d o con prolijidad todas las poesías de H e r r e r a , h a l o g r a d o e n t e r a r s e
y e n t e r a r n o s , h a s t a las seminimas, de lo mucho autobiográfico que con-
t i e n e n , y reconstituido con g r a n d e h a b i l i d a d la v i d a del e g r e g i o p o e t a .
Los m á s d e los capítulos d e l a p a r t e biográfica t r a t a n de los amigos
de Herrera, c o n v i e n e á saber; de c u a n t o s en Sevilla c u l t i v a r o n el n o b l e
ejercicio de la poesía en l a s e g u n d a m i t a d del siglo x v i , a m é n de otros
v a t e s n o h i s p a l e n s e s . E n e s t e desfile d e los p o e t a s del b u e n t i e m p o , b i e n

se e c h a d e v e r l a sólida e r u d i c i ó n e s p a ñ o l a del j o v e n c a t e d r á t i c o : e s t á á
l a ú l t i m a p a l a b r a , como dicen, de lo i n v e s t i g a d o é i m p r e s o , p u e s a u n -
q u e , c o m o d e cosas s e v i l l a n a s , yo en los dos postreros a ñ o s q u e v i v í e n l a
m e t r ó p o l i d e A n d a l u c í a , h e r e c o g i d o m u c h a s noticias n u e v a s d e a q u e l l a s
cosas v i e j a s , a ú n n o las he c o m u n i c a d o con n a d i e , ni m e n o s h e c o m p u e s -
to d e s d e 19üj libro a l g u n o e n d o n d e p u d i e s e n salir á l u z .
El m á s i n t e r e s a n t e d e los c a p í t u l o s d e c a r á c t e r biográfico es, sin
d u d a , el q u e t r a t a de D . A l v a r o d e P o r t u g a l , c o n d e d e G e l v e s , d e l a
c o n d e s a su m u j e r , d o ñ a L e o n o r d e M i l á n , y d é l o s a m o r e s del divino H e r r e -
r a con e s t a d a m a . D i s c ú r r e s e e n e s t e l u g a r ( p á g i n a s 105-141), por la cen-
t é s i m a vez d e u n siglo á e s t a p a r t e , p e r o con m á s d e t e n i m i e n t o q u e n u n -
c a , s o b r e si t a l e s a m o r e s f u e r o n ó n o p u r a m e n t e p l a t ó n i c o s . Yo o p t é p o r
la a f i r m a t i v a e n mi c i t a d o a r t i c u l o d e El Imparcial, bien que tomando
e n c u e n t a q u e P l a t ó n e x t e n d í a la e s f e r a d e lo e s p i r i t u a l y no p e c a m i n o -
so h a s t a el b e s a r i n c l u s i v e , d o c t r i n a q u e h a b í a v u l g a r i z a d o s o b r e m a n e r a
e n su Cortesano B a l t a s a r d e C a s t i g h o n e ; m a s el r e s u l t a d o d e l a s ú l t i m a s
i n v e s t i g a c i o n e s q u e p r a c t i q u é en los a r c h i v o s h i s p a l e n s e s m e t i e n e n á
u n dedo d e m u d a r d e o p i n i ó n , por los g r a v e s y v e h e m e n t e s indicios q u e
e x p o n d r é c u a n d o t e n g a el v a g a r n e c e s a r i o p a r a t r a t a r despacio de e s t e
a s u n t o , t a n curioso como a ñ e j o .
L a s p a r t e s bibliográfica y c r í t i c a del l i b r o d e M. Coster c o r r e s p o n .
d e n por su b u e n d e s e m p e ñ o á l a biográfica, e s p e c i a l m e n t e en lo q u e t o c a
al e x a m e n d e l a s f u e n t e s d e la i n s p i r a c i ó n de H e r r e r a , á su d o c t r i n a li-
t e r a r i a y á los g é n e r o s poéticos q u e c u l t i v ó .
Algo m á s q u e l a e x q u i s i t a fineza á q u e a n t e s m e r e f e r í d e b o á, l a
b u e n a a m i s t a d d e M. Coster: d é b e l e t a m b i é n l a a c e r t a d a o b j e c i ó n (fo-
lios 34, n o t a , y 7 3 , t e x t o ) q u e h a h e c h o á l a m a n e r a c o m o e n t e n d í e n mi
l i b r o i n t i t u l a d o Luis Barahona de Soto ( p á g s . 131-132, n o t a ) u n p a s a j e d e
su a m i g o Cristóbal d e M e s a . R a z ó n t i e n e q u e l e s o b r a ; por c o p i a m a n u s -
c r i t a conocí e s a e p í s t o l a d e l p o e t a z a f r e ñ o , y u n a c o m a p u e s t a al fin del
verso
«en a q u e l l a dichosa e d a d d o r a d a >
m e hizo c a e r e n el e r r o r q u e M. Coster a p u n t a . Hominum est errare, et
asinorum perseverare, y b u e n o es q u e el h o m b r e , lejos d e p e r s e v e r a r
en su e r r o r , s a l g a d e él y lo confiese l l a n a m e n t e . H a de l e e r s e , p u e s , t a l
p a s a j e , como a h o r a lo p u n t ú o , y asi, los c e l e b r a d o r e s d e l a m u s a de Ba-
r a h o n a , son H e r r e r a y P a c h e c o , y no todos los r e s t a n t e s ;
« C u a n d o fué v u e s t r a m u s a c e l e b r a d a
De Pacheco y H e r n a n d o de Herrera,
E n a q u e l l a dichosa e d a d d o r a d a
D e Cobos y Cristóbal de M o s q u e r a ,
Del M a r q u é s d e T a r i f a y d e C e t i n a ,
C r i s t ó b a l d e las Casas y C a b r e r a > .
762 FILOLOGÍA
Y ser ésta l a b u e n a lección se p a t e n t i z a a d e m á s por o t r a c i r c u n s t a n -

cia: G u t i e r r e de Cetina, s e g ú n r e c i e n t e h a l l a z g o d o c u m e n t a l mío, m u r i ó
e n México e n 1557, y m a l p u d o c e l e b r a r los versos de Luis B a r a h o n a , n a -
cido diez años a n t e s .
P e r o manus manum lavat,ya q u e á proverbios latinos v a m o s , y e n a l g o
rectificaré y o , á mi vez, al docto biógrafo de H e r r e r a . L a c o n d e s a d e
Gelves d o ñ a L e o n o r de Milán no m u r i ó peu de temps aprés son mari,
( p á g . 117), sino a l g ú n t i e m p o a n t e s . E s t e falleció, t a l como M. Coster lo
dice, el día 29 de S e p t i e m b r e de 1581; pues bien: e n 2 de a q u e l propio
mes, en la c a r t a de dotación é institución de m a y o r a z g o o t o r g a d a por
J u a n A n t o n i o Corzo V i c e n t e l o y su mujer, señores de C a n t i l l a n a , B r e n e s
y V i l l a v e r d e , á su hija d o ñ a B e r n a r d i n a Vicentelo y á D . J o r g e de P o r t u -
g a l , su esposo, l l á m a s e á éste «hijo ligltimo y sucesor e n la c a s a y estados
de los m u y e x c e l e n t e s señores D. A l v a r o Colón y de P o r t u g a l y d e la
d u q u e s a d o ñ a leonor d e m i l á n , su l e g í t i m a m u ? e r , d i f u n t a , q u e sea e n
gloria> (1). Dias después, e n 21 d e S e p t i e m b r e , D. J o r g e Alberto, e s t a n d o
en Gelves, donó á su p a d r e la l i g i t i m a , bienes y h e r e n c i a q u a le corres-
p o n d í a n por m u e r t e de la dicha su m a d r e (2). Y, por ú l t i m o , el c o n d e d o n
A l v a r o , e n su t e s t a m e n t o , q u e es hológrafo (22 del mismo S e p t i e m b r e ) ,
se m a n d ó e n t e r r a r e n l a igleîa de Gelves, «más a t r á s de mis p a d r e s , j u n -
t o á l a condesa d o ñ a l e o n o r mi muger> (-3).
E n resolución, M. Coster, con su hermoso estudio a c e r c a de F e r n a n d o
de H e r r e r a y con l a e s m e r a d í s i m a edición crítica de su p r i m e r a colección
de pociías, h a hecho á l a s b u e n a s l e t r a s españolas u n g e n t i l servicio, p o r
el c u a l le debemos m u y sinceros plácemes y a g r a d e c i m i e n t o m u y c o r d i a l
c u a n t o s con a m o r las c u l t i v a m o s . '
Madrid, Agosto IbOS.
FBAKCÍSCO EODSÍQUBZ MAUIK
(1) Archivo Municipal de Sevilla, carpetas de privilegios, 145, núm. 194.

(2) Papeles que fueron del Conde del Águila, hoy de D. Manuel Eus, veci
no de Sevilla.
(3) Archivo de la Casa de Alba, en la cual está h o y el condado de Gelves.
ARTE
Parte superior del paño de retablo firmado por Q. Ferra'ndez,
Remate del mismo.
Parte ¡aíeríor del paño de retablo coa la íirma de O. Perráadez.
QarQi F^rrández, pintor de Sevilla.
L a p r i s a q u e l o s eruditos d e fuera y de dentro d e E s p a ñ a

v a n d á n d o s e á e s t u d i a r nuestros p i n t o r e s p r i m i t i v o s , n u e s t r o s
c u a t r o c e n t i s t a s — v a l g a l a p a l a b r a — , los m i s m o s q u e h a poquí-
simos años casi á nadie interesaban, m u é v e m e á coadyuvar
e n l a e m p r e s a , p u b l i c a n d o a l g u n o s d a t o s , fuera d e alcance
p a r a otros y d e v a l o r c a p i t a l .
L a s tablas españolas d e l siglo x v cunden á centenares y
aun millares perdidas e n nuestras iglesias; pero documentos
q u e l a s ilustren y p i e z a s firmadas e s c a s e a n e n g r a d o s u m o ,
h a c i e n d o dificilísimo, t e m i b l e y f r a g m e n t a r i o e l estudio: L e ó n ,
por e j e m p l o , r e t i e n e u n a s e r i e c o p i o s a d e obras v a r i a d í s i m a s
y d e m é r i t o , p e r o sólo u n a , l a m á s i n s i g n i f i c a n t e , deja d e ser j
anónima; y lo catalán, que h o y día parece bien conocido, |
g r a c i a s á l a g r a n obra d e l S r . S a n p e r e , g i r a todo s o b r e d o s \
firmas de a r t i s t a s e x t r a ñ o s y s e i s ó s i e t e d o c u m e n t o s q u e e s c a -
s a m e n t e d a n á c o n o c e r á o t r o s t a n t o s p i n t o r e s . A n d a l u c í a no
e s d e l a s r e g i o n e s m e n o s f a v o r e c i d a s , puesto q u e p o s e e obras
d e S á n c h e z d e Castro, P e d r o F e r n á n d e z d e Córdoba, J u a n
Núñez, Pedro Sánchez, y pare usted de contar, y a que e l
J o h a n e s I s p a l e n s i s y B a r t o l o m é B e r m e j o d e Córdoba n o h a y
seguridad en que se educaran ni trabajasen en sus respecti-
v a s p a t r i a s . Con a n t e r i o r i d a d á todos e l l o s , m a r c a n u n a e t a p a
n o t a b i l í s i m a l o s f r e s c o s d e S. Isidro d e l C a m p o , c u y a f e c h a
h a fijado e l S r . G e s t ó s e h a c i a 1436, v a r i o s libros d e coro de
l a C a t e d r a l d e S e v i U a q u e n o h e v i s t o , y l a s p i n t u r a s d e la
A l h a m b r a , t a n p e r e g r i n a s (1392-1408). R e s p e c t o d e n o m b r e s ,
el m i s m o S r . G e s t ó s e dio á c o n o c e r b u e n a p o r c i ó n d e eUos,
desde los comienzos del siglo x v ; pero c o n t a n menguadaSj
766 ARTE
n o t i c i a s como los a r c h i v o s suministran, e s e n balde h a c e r

historia.
Así la cuestión, l l e g a momento de iluminar e l cuadro c o n
una obra firmada, que retrotrae al siglo x i v nuestro conoci-
m i e n t o de la pintura s e v i l l a n a . E s un paño de retablo c o m -
puesto de dos tableros: el m a y o r mide 1,78 por 0,88 m e t r o s ,
con su guarnición de talla dorada e n lo alto y pinturas de la
P r e s e n t a c i ó n de Jesús e n el templo y d e g o l l a c i ó n de los Ino-
c e n t e s ; el menor, que le s e r v i r í a de r e m a t e , m i d e 93 por 55
centímetros, corónalo un frontón m u y agudo con flores y a g u -
jas g ó t i c a s y su pintura es del á n g e l Gabriel en la A n u n c i a -
ción, lo que prueba h a b e r existido otra p i e z a s i m é t r i c a donde
se c o m p l e t a s e la e s c e n a , y e n medio c a m p e a r í a un tablero
m a y o r , acaso c o n l a Madre de D i o s r e p r e s e n t a d a en g r a n d e ,
s e g ú n s e a c o s t u m b r a b a . Al pie del primer paüo l é e s e , e n c a -
r a c t e r e s f r a n c e s e s de bulto y dorados sobre fondo azul, el
nombre de «g: frrz: pitor: de: Sevilla». No h a y f e c h a , pero s i
trajes que, c o m p a r a d o s con l a s b ó v e d a s de la A l h a m b r a , el
tríptico de Piedra y Pontifical h i s p a l e n s e , la fijan e n e l último
decenio del siglo x i v ó principios del x v c o n b a s t a n t e seguri-
dad. R e s p e c t o del autor, e s dable identificarlo con un G a r c í a
F e r n á n d e z , que, por los años de 1407, e r a pintor de las A t a -
r a z a n a s r e a l e s de S e v i l l a (1), cai'go e q u i v a l e n t e e n cierto
modo al de pintor de Cámara, siéndolo de J u a n I I ó m á s bien
de su p a d r e que a c a b a b a de morir. A d e m á s , la p r o v e n e n c i a
s e v i l l a n a de e s t a s pinturas resulta v e r o s í m i l , s a b i é n d o s e que
p e r t e n e c i e r o n al P a t r i a r c a D . Alonso de F o n s e c a y A c e b e d o ,
arzobispo de S e v i l l a y de Compostela e n l a s e g u n d a m i t a d del
siglo XV.
E l v a l o r artístico de l a obra de Garci F e r r á n d e z no e s
g r a n d e ni m u c h o m e n o s , y a s e considere en absoluto, y a si-
quiera e n p a r a n g ó n con sus c o e t á n e a s de Italia, no pudiendo
m e n o s de r e c o n o c e r s e c u a n m e n g u a d a s e n e r g í a s d r a m á t i c a s ,
c u a n poco de a r t e e x p o s i t i v o , c u a n torpe é insustancial diseño
r e v e l a s i e m p r e ; porque si la figura d e l á n g e l satisface, g r a -
(1) Diccionario de artífices sevillanos; tomo I I , pág, 40.

GARCI FERRÁNDEZ 767
c í a s á lo q u e s e dirá l u e g o , y si e n los I n o c e n t e s su t r i v i a l i -
d a d m i s m a d a e n c a n t o á l a e s c e n a , todo v i e n e abajo e n m i -
rando l a P r e s e n t a c i ó n , parte p r i n c i p a l y la m á s d e s d i c h a d a .
A h o r a bien, s e p a r a d a m e n t e h a n de c o n s i d e r a r s e l a s d o t e s
a l l e g a d a s por a p r e n d i z a j e , h a c i e n d o v e r su filiación a r t i s t i c a , ;
y h e aquí el p r i n c i p a l m é r i t o , por l a c l a r i d a d q u e i r r a d í a so-
bre los p r i n c i p i o s de a q u e l l a e s c u e l a q u e a l c a n z ó á formar u n
V e l á z q u e z y un Murillo.
N o c a b e n d u d a s r e s p e c t o de p r o c e d e n c i a t o s c a n a e n su
t é c n i c a ; c o m o q u e , l e y e n d o «II libro dell'arte» por Genuino
d a CoUe, h a l l a m o s p e r f e c t a m e n t e e x p l i c a d o s todos s u s p r o -
c e d i m i e n t o s , c o m u n e s á g i o t t e s c o s y s e n e s e s , así: E n c o l a d o e l
tablero, p e g á b a s e e n c i m a u n a t e l a d e ' h i l o m u y fina (impan-
nare); l u e g o , s e e n y e s a b a y s e s o b r e p o n í a n , c o n el y e s o m i s -
m o , sutiles follajes y l e t r a s de r e l i e v e (rüevare)', dorábase y
b r u ñ í a s e d e s p u é s e l fondo, q u e s e m a t i z a b a m e d i a n t e adorni-
Uos g r a b a d o s á g o l p e c o n c i e r t o s hierros (granire, stampare),
y u n a v e z fijado el dibujo á la p u n t a (grattare), seguíase el co-
lorir á t e m p l e de h u e v o .
Cómo s e r í a nuestro retablo, p u e d e inferirse por e l d e l E s -
píritu S a n t o de M a n r e s a , c o m p u e s t o c o n los m i s m o s a r c o s r e -
dondos y lobulados, frontones t r a p e c i a l e s y t a b e r n á c u l o s e n -
c i m a c o n r e m a t e s d e t a l l a (1). A s i m i s m o , r e v e l a s u a b o l e n g o
t o s c a n o el cotejo c o n una pintura m u r a l de S a n F r a n c i s c o d e
S e n a , q u e finge un r e t a b l o a n á l o g o ; y p e r t e n e c i e n t e á otro a s í ,
l i a y u n a t a b l a e n S a n P i e t r o O v i l e d e l a m i s m a c i u d a d , obra
s e g u r a de P e d r o L o r e n z e t t i , á q u i e n d i c h o fresco t a m b i é n s e
atribuj'-e (2). I n s i s t i e n d o por t a l c a m i n o , pronto s e c o m p l e t a n
los i n d i c i o s s e n e s e s e n la obra s e v i l l a n a : e n e f e c t o , la brillan-
t e z de colorido, c o n a z u l e s m u y c l a r o s ; ei fausto e n l a s r o p a s ,
fondos y n i m b o s , l l e n o s d e s u t i l e s g r a b a d o s sobre e l oro; los
adornos de relieve, como remedando chapas repujadas, todo
v i e n e i n d u d a b l e m e n t e d e l a r t e de S i m o n e d a M a r t i n o , c o n
(1) Sanpere y Miquel.—Los c u a t r o c e n t i s t a s catalanes; tomo I , p á g . 135.

(2) Ventuvi.—Storia deU'arte italiano: tomo V, figs. 601 y 54p: véase t a n -
bien la 544.
768 ARTE
m á s los letreros e n los nimbos que al p a r e c e r introdujeron l o s

Lorenzetti. L a t é c n i c a , p u e s , de F e r r á n d e z se ajusta á l a s e n -
s e ñ a n z a s de l a e s c u e l a s e n e s a , p o c o m á s ó m e n o s como lo a r a -
g o n é s , v a l e n c i a n o y c a t a l á n del mismo período. E s curioso y
c h o c a n t e q u e n a d a de morisco a p a r e z c a e n s u obra, á d i f e -
rencia del tríptico de Piedra, por ejemplo, y cuando t a n ínti-
m a c o m p e n e t r a c i ó n de ello con lo gótico se a l c a n z a b a e n An-
dalucía desde que el A l c á z a r de D . Pedro se edificara: tes-
tigo, los frescos de Santiponce; sino que, a l contrario, todos
los adornos r e v e l a n italianismo d e lo m á s puro. L a s c l a v e l l i -
nas t a l l a d a s g u a r n e c i e n d o arco y g a b l e t e , e n v e z de l a s cres-
p a s ordinarias, es i n v e n c i ó n laudable, aunque t a l e s flores sue-
len c a m p e a r así estilizadas en pinturas s e n e s a s .
R e s t a j u z g a r el fondo de la obra, donde sus c u a l i d a d e s ar-
tísticas se manifiestan m á s de lleno. L o s tres asuntos repre-
s e n t a d o s v e n í a n siendo de repertorio en los c í e l o s de la pintura
cristiana, y a i m p a s i b l e m e n t e bajo la disciplina oriental, y a
v i v i f i c a d o s por el g e n i o de Giotto. E n la A n u n c i a c i ó n , el á n g e l
Gabriel s e transforma, de arrogante y ligero emisario s e g ú n
los bizantinos i d e a r o n , e n el a p o c a d o m a n c e b o que trocó su
cetro e n r a m a de p a z , c u a l S i m o n e y Lippo lo r e p r e s e n t a r o n
e n la c o n o c i d a tabla del museo de F l o r e n c i a ; pero F e r r á n d e z
no llegó á inspirarse e n el tipo s e n e s , d e m a s i a d o humilde, sino
que su figura e s trasunto fidelísimo de la de Giotto e n l a A r e n a
de P a d u a , que sin duda llegó á c o n o c e r por testimonio m á s ó
menos directo, y aunque d e s m e r e z c a de su modelo, c o n s e r v a
el a c a t a m i e n t o respetuoso e n l a actitud y noble señorío de ade-
m á n que al asunto cuadra. El jarro, aunque sin las a z u c e n a s ,
era y a c o m p l e m e n t o obligado de esta e s c e n a cuando el s e v i -
llano pintaba. E n el nimbo v a escrito: «Ángelus domini nü-
c i a v i t m a r i e e t coce»
L a P r e s e n t a c i ó n no es asunto que s e preste sino á a m p l i -
ficaciones y á g a l a s de arquitectura. E l l o s e introdujo m á s
t a r d e , p e r o e l g e n i o sintético y g r a v e de Giotto lo r e c h a z a b a ;
asi limitóse á c o n s e r v a r la disposición t r a d i c i o n a l , como s i m -
p l e e x p o s i t o r , y F e r r á n d e z t a m p o c o h i z o otra c o s a , pero de-
j a n d o e n descubierto su e s c a s a pericia e n d i s e ñ a r y compo-
GARCI F E R R Á N D E Z 769
ner. Los nimbos l l e v a n estos letreros: «Maria mater d e i a v e

m a r i a — l o s e p uirum m a r i e — s a n c t o s i m e o n — a n a propheti-
sa.» A d e m á s en el rótulo que tiene la última se repite: «Anna
prophetissa bta.» E s notable l a indumentaria de Simeón, c o m -
puesta d e t ú n i c a c e l e s t e , estola, ceñidor y tiara con Ínfulas.
L a V i r g e n o s t e n t a e n un hombro y e n la c a b e z a l a s estrellas
que, por tradición b i z a n t i n a , solían ponerle los italianos. D e -
bajo corre una faja con l e t r a s de relíeve_que d i c e n , con todos
sus errores y elisiones: «nut dímictís seruu um dne s c d m ubu
tuu h e r e d e s na.» E s t e final a l u d e al cuadro inferior, donde
H e r e d e s e n su trono preside la m a t a n z a de los I n o c e n t e s , y
es al p a r e c e r la composición m á s original de F e r r á n d e z , y a
que no m á s feliz, pues su fuerza dramática no e x i g í a m e n o s
que todo un Giotto para salir airoso. A l s e v i l l a n o se le ocurrió
lo de l a s m u j e r e s s u p l i c a n t e s arrodilladas, y aquello de la
otra tirando de las barbas al s a y ó n que trata de arrebatarle á
su hijo, episodio no e x e n t o de c h i s p a , aunque resulte c ó m i c o
e n fuerza de ser torpe su expi'esión. E u desquite a l c a n z a v a -
lor e x c e p c i o n a l e s t a pintura con efigiar tríijes de e n t o n c e s ,
d e s p e g á n d o s e d e l c o n v e n c i o n a l i s m o seudo-clásico de los tos-
canos.
H e aquí su e x p l i c a c i ó n : L a s mujeres l l e v a n t o c a e n l a c a -
b e z a con cabos rojos, ó bien r e v u e l t a como a l m a i z a r moris-
co; m a n t o v e r d e ó rojo, ó e n v e z de é l una e s p e c i e de loba
azul con botones de oro; a d e m á s , brial v e r d e ó v i o l e t a c o n
e n c a j e e n el escote a l g u n a v e z , cola y m a n g a s hasta el c o d o ,
bajo las que a s o m a n otras l a r g a s y a c a m p a n a d a s de color de
g r a n a , y son trajes a b s o l u t a m e n t e i g u a l e s á los de l a s b ó v e -
das famosas de la A l h a m b r a . El r e y H e r e d e s v i s t e u n a túnica
de rojo v e r m e l l ó n con franjas de oro, m a n t o azul con forro
brocado, y largos y puntiagudos z a p a t o s color de m i n i o . En los
soldados h a y v a r i e d a d : uno, con «capiello de fierro», t ú n i c a
v i a d a ó listada por mitad, de rojo y amarillo y de gris y
n e g r o , cinto y g u a n t e l e t e s de hierro; otro, c o n almófar y a m -
plia g o l a de m a l l a s , c a p a c e t e puntiagudo, sujeto á la e s p a l d a
por u n a correa, ropilla de color de violeta, cinturón algo caído
sobre l a s c a d e r a s , al que s e p r e n d e c o n un nudo la v a i n a , cal-
770 ARTE i
zas, una negra y la otra blanca, y guanteletes; en otros dos la

ropilla, de colores minio y verde, es tan ceñida y llena de bo-1
tones que parece ajustarse á un coselete, los brazos y piernas
se cubren de hierro, con breves navajas resguardando las
articulaciones, y uno lleva bonete azul; las armas son espa- i
das á modo de bracamartes, lanzas y una maza pequeña. '
Nada más se me ocurre de pertinente, una vez que acom-
pañan á estas líneas reproducciones sobre fotografías, y ha-
brás, oh, lector, de contentarte con ello, puesto que los origi-
nales yacen bajo el misterio de una clausura, tan lejos de la
tierra donde se crearon, cuanto dista el Termes del Guadal-
quivir. Allí se me deparó, ha seis años, el ver estas desdeñadas
tablas, y bien quisiera que otros se solazasen igualmente con
ellas; pero no es cosa fácil salvar los umbrales de un convento
de monjas, y aunque tanto merecen salir á donde brillen para
la historia patria, temo si algún día será más allá de nuestras
fronteras donde halle digno refugio la primer tabla con firma
española que hasta hoy se conoce.
M. GÓMEZ-MOEENO.
El Arte en la Exposición de Zaragoza.
(Impresiones.)
Mientras ocupan digno l u g a r e n l a s p á g i n a s de CULTURA

ESPAÑOLA los estudios que quienes s a b e n de asuntos artísticos
nos h a n prometido, no será ocioso que y o anticipe una impre-
sión de conjunto. La diosa A C T U A L I D A D lo e x i g e , y un v i a j e
recientísirao m e autoriza á e l l o .
Vosotros, los visitadores de l a s c a ó t i c a s exposiciones de
Paris, Londres, V i e n a , Chicago, e t c . , e t c . , sin duda e l e v a r é i s
los hombros con gesto d e s p e c t i v o a n t e la r e l a t i v a pequenez del
c e r t a m e n z a r a g o z a n o . No culpéis de ello, sin e m b a r g o , á la
inmortal ciudad, que arrestos y empuje le sobran para m á s al-
tas empresas. Culpad á F r a n c i a que concurre por fórmula, e n
la c u a l la g a l a n t e r í a h a puesto m á s que un verdadero propó-
sito: culpad á casi toda España (Cataluña, V a l e n c i a y A r a g ó n
e x c l u s i v e ) a l e j a d a s de lo que era deber de patriotismo y pre-
v i s i ó n de n e g o c i a n t e . Mas con e s a s deficiencias y por e n c i m a
de e l l a s , l a E x p o s i c i ó n de Z a r a g o z a es un c e r t a m e n importan-
tísimo, y á m á s a t r a y e n t e , simpático, fresco y lozano. Y es el
A R T E , m á s que otra cosa, lo que da e s a nota.
E l A r t e e n l a E x p o s i c i ó n (y p a r a el c a s o , toda Z a r a g o z a
e s este año exposición) h a de considerarse e n dos partes: el
contineiite y el contenido: p a l a c i o s y m o n u m e n t o s por una par-
te, obras e x p u e s t a s por otra.
L a A r q u i t e c t u r a , arte supremo, reina e s t e año e n la ciu-
dad del Ebro; e n la E x p o s i c i ó n , sembrando el c a m p o de pala-
cios, p a b e l l o n e s y edificios; e n l a población, e l e v a n d o monu-
mentos y l á p i d a s á l a s h a z a ñ o s a s memorias de los Sitios; e n
772 ARTE
«El Portillo», p r e p a r a n d o lujoso P a n t e ó n á l a s « H e r o í n a s » .

L o s a r q u i t e c t o s z a r a g o z a n o s h a n dado p r u e b a s de lo que v a -
l e n , y al f r e n t e de ellos R i c a r d o M a g d a l e n a , c u y o n o m b r e
t i e n e q u e ir unido á t o d a s l a s a l a b a n z a s , c o m o d e b i e r a e s -
tarlo á t o d a s l a s r e c o m p e n s a s .
L o s edificios d e l a E x p o s i c i ó n s e d i v i d e n e n dos g r u p o s :
los definitivos y los transitorios. A q u é l lo f o r m a n : el de Museos
(arquitectos Magdalena y Bravo), el de Escuelas (Navarro),
e l de B e n e f i c e n c i a (Lafiguera y Y a r z a ) ; é s t e s e c o m p o n e de los
p a b e l l o n e s de A l i m e n t a c i ó n , M a q u i n a r i a , A g r i c u l t u r a , Ca-
s i n o , e t c . , e t c . , (arq. de todos, M a g d a l e n a ) . Por n a t u r a l c r i t e -
rio, l o s estilos y l a s f a c t u r a s son d i f e r e n t e s e n a m b o s g r u p o s ;
e n el q u e h a d e p e r d u r a r , r e i n a el estilo r e g i o n a l del s i g l o
XVI, c o n a d a p t a c i o n e s q u e c o n s t i t u y e n u n a m e z c l a moderna-
mente histórica (si s e m e p e r m i t e e s t a p a r a d ó g i c a frase), u n
t a n t o o b s c u r a e n el edificio de E s c u e l a s , y s a b i a m e n t e c l a r a
y a r m ó n i c a e n e l de Museos, q u e r e c u e r d a , no c o p i a , la ¡ a y !
d e s a p a r e c i d a c a s a de Zaporta. E n el g r u p o de los transitorios
d o m i n a u n f r e s c o , b e l l í s i m o y s i m p á t i c o modernismo, en el que
el y e s o y el staff e s t á n a n i m a d o s c o n a l e g r e s tonos, c u a n t o e i ^
e l otro g r u p o r e i n a n los s e v e r o s c o l o r e s de l a p i e d r a y el la-"
drillo.
D o s pabellones se salen del cuadro: el de Francia y el de
l a « E x p o s i c i ó n M a r i a n a » . B u s c a n d o u n a fórmula, t a n g a l a n t e
c o m o l a de m a r r a s , p u d i e r a d e c i r s e q u e el a r q u i t e c t o d e l p a -
b e l l ó n f r a n c é s ( c u y o n o m b r e ignoro) d e m u e s t r a q u e n o l e h a
f a l t a d o m á s que v o l u n t a d p a r a h a c e r un fastuoso edificio de
«Los L u i s e s » . E l p a b e l l ó n «Mariano» (arq. P e r i c a s , de B a r c e -
lona) e s una e x t r a v a g a n t e é i n o c e n t í s i m a o b r a , e n f o r m a de
i g l e s i a , q u e r e c u e r d a los j u g u e t e s de c a r t ó n .
L o s monucuentos q u e á sus g l o r i a s e l e v a Z a r a g o z a , son
n u m e r o s o s é i m p o r t a n t e s . E n e l c e n t r o de l a E x p o s i c i ó n v a
s u r g i e n d o u n a g r a n m o l e de p i e d r a , q u e s e r á e l m o n u m e n t o á
l o s Sitios, d e (ûerol. A ú n e s u n a i n c ó g n i t a . N o e s t á m á s defi-
n i d o el de A g u s t i n a de A r a g ó n , q u e B e n l l í u r e h a e m p l a z a d o
f r e n t e a l Portillo. Y e s t o d a v í a u n b o c e t o e l d e l a « E x p o s i -
ción» (de M a g d a l e n a , hijo, y l o s h e r m a n o s Oslé), d o n d e dos ni-
EL ARTE EN LA EXPOSICIÓN 773
ñ o s (el A r t e y l a C i e n c i a ) c o n d u c e n u n l e ó n ( Z a r a g o z a ) , de-
j a n d o a t r á s u n a s r u i n a s (lo p a s a d o ) ; simbolismo un t a n t o g e -
roglífieo. E n e l P u e n t e d e P i e d r a y e n el P a s e o de T o r r e r o ,
dos p e q u e ñ o s m o n u m e n t o s (de M a g d a l e n a ) , r e c o r d a r á n l u g a -
res de heroísmo.
C o m p l e t a e s t e conjunto m o n u m e n t a l , e l P a n t e ó n d e l a s
H e r o í n a s (arq. M a g d a l e n a ) . E n l a c a p i l l a a b s i d a l de l a E p í s -
tola, e n l a g r a n d e y d e s t a r t a l a d a , pero h i s t ó r i c a i g l e s i a d e l
Portillo, v a t o m a n d o f o r m a u n bello conjunto d e c o r a t i v o : u n
retablo « p l a t e r e s c o » d e a l a b a s t r o , g r a n d e s c a r t e l a s de m á r -
mol y b r o n c e , y bajo e l l a s u n a p u e r t a que a b r e a l r e c i n t o
donde y a e s t á n los r e s t o s de l a s h e r o í n a s . U n a de e l l a s , A g u s -
tina, d e s c a n s a dentro del mismo muro, que hizo temblar c o n
su h a z a ñ a , junto á su z ó c a l o e j e c u t a d a .
O c a s i ó n e s de n o o l v i d a r á l o s e s c u l t o r e s L a s u e n , P a l a o y
a l g u n o m á s , q u e e n t o d a s e s t a s o b r a s h a n p u e s t o figuras, m e -
dallones y bajorrelieves.
El contenido a r t í s t i c o de E x p o s i c i ó n t i e n e t a m b i é n dos gru-
pos: e l retrospectivo y e l contemporáneo. En valer es desigua-
l í s i m o . N o s a l v a d e l a i n s i g n i f i c a n c i a q u e r e i n a e n el de a r t e
m o d e r n o , l a a p a r i c i ó n de a l g u n a s o b r a s y firmas m a e s t r a s .
Y c o m o e s t a s p á g i n a s no s o n m á s q u e u n a impresión, quédese
aquí el a s u n t o s i n m á s d e t a l l e s .
Por c o n t r a s t e , el g r u p o de a r t e r e t r o s p e c t i v o , m a g n í f i c a -
m e n t e a l o j a d o e n el p r i n c i p a l edificio d e l a E x p o s i c i ó n , e s im-
portante y riquísimo.
D i s p o n e e l á n i m o , al e m b o c a r la g r a n e s c a l e r a , u n a e s t u -
p e n d a c a r r o z a barroca, q u e e x p o n e e l M a r q u é s d e S a n A d r i á n .
Yo n o t e n g o n o t i c i a de q u e e n p a r t e a l g u n a s e h a y a s a c a d o á
la admiración ejemplar parecido, como arte y como conser-
v a c i ó n . L a p r o p i a P r i n c e s a de l o s U r s i n o s p o d r í a a l o j a r s e
d e n t r o d e a q u e l l a máquina. A n t e l a s t a l l a s , h i e r r o s , p i n t u r a s ,
c u e r o s y t a p i c e r í a s , y a c a s o , m á s q u e todo, a n t e el conjunto
t a n a r t í s t i c o y d e c o r a t i v o , t i e n e q u e r e n d i r s e e l m á s fiero e n e -
m i g o d e l «Luis X V » .
Y a arriba, las s a l a s ofrecen al espectador maravillado
sus r i q u e z a s sin c u e n t o . P a s e m o s por a l t o , ¡y y a e s p a s a r ! por^
50
774 ARTE
lo conocidos, los objetos e x p u e s t o s por la R e a l Casa, los tapi-

c e s de L a S e o , l a s tablas del Museo de H u e s c a , la V i r g e n de l a
V e g a de S a l a m a n c a , la e s t a t u a b u r g a l e s c a de D . Mauricio,
los dibujos de la c o l e c c i ó n « J o v e l l a n o s » , l a arqueta á r a b e
d e P a m p l o n a , l a «Paz» de Ciudad R e a l , «los Goyas» del Pilar,
el e v a n g e l a r i o y e l relicario de R o n c e s v a l l e s , l a a r q u e t a e s -
m a l t a d a de H u e s c a . . . ¿Pero c ó m o no sentirse sugestionado por
e s a s r i q u e z a s i g n o r a d a s q u e h a n salido de l a s rústicas s a c r i s -
tías a r a g o n e s a s y de l a s c a s a s de los particulares? ¡ U n a A n u n -
c i a c i ó n (sala 4.") de M e m m l i n g ó de G. D a v i d , ó de quien s e a
(el m a e s t r o Tormo tiene l a p a l a b r a ) , la cruz procesional de
L i n a r e s (Teruel), colosal obra de orfebrería y e s m a l t e d e l
siglo x v ; el tríptico del m i s m o pueblo, estupendo e s m a l t e
del XVI, i m p e c a b l e y digno del m á s e n c u m b r a d o m u s e o ; l a .
l l a m a d a «custodia de D . J a i m e » , finísima p i e z a g ó t i c a de D a - '
r o c a ; el c á l i z «del Compromiso d e Caspe»; l a custodia e s m a l -
t a d a de T r o n c h e n . . . . !
¡Y p e n s a r que faltan p i e z a s m a g i s t r a l e s , c o m o la Silla de
S a n R a m ó n , de R o d a !
E n el a m b i e n t e que se respira e n la Z a r a g o z a de 1908,
c u y o s c i u d a d a n o s p a r e c e que l l e v a n e n sti s e m b l a n t e algo de
P a l a f o x y del tío J o r g e , e n aquellos s e ñ o r i a l e s p a l a c i o s , col-
gados de fiesta todo el ano; e n el a l a r d e de a r t e , h e c h o e n
p a r t e p a r a c o n m e m o r a r l o s i n m o r t a l e s «Sitios», traído e n
otra con la o c a s i ó n de su glorioso r e c u e r d o ; e n todo, final-
m e n t e , s e e x h a l a u n c a l o r d e e n t u s i a s m o , q u e sólo r e l e y e n d o
l a s p á g i n a s de la «Zaragoza» de Galdós, ó de l a «Condesa de
Bureta» de P a ñ o , s e e n c u e n t r a traducido e n p a l a b r a s . ¡jRo-
manticismo heroico, dirán los espíritus fuertes! No i m p o r t a ,
p a r a el p o r v e n i r que Z a r a g o z a ansia: el A r c o de la E s t r e l l a
de P a r í s no h a sido obstáculo p a r a «el Metropolitano».
VICENTE LAMPÉREZ Y ROMEA.
Zaragoza-Madrid, J u l i o do 1908.
Los pintores cuatrocentistas:
JUAN REXnCH
E n estas m i s m a s c o l u m n a s p e d i a D . L u i s Tramoyeres que

8 6 h i c i e r a u n estudio sobre el v a l e n c i a n o Juan Bexach, al que
en libros, c o n f e r e n c i a s y r e v i s t a s s e s u p o n í a autor auténtico
do r e t a b l o s e x i s t e n t e s t o d a v í a .
D i c h o s e ñ o r , c o n su m a e s t r í a a c o s t u m b r a d a , d a b a en n o t a
r e s u m i d a todp c u a n t o s e s a b í a d e l pintor v a l e n c i a n o , en la
s i g u i e n t e q u e r e p r o d u c i m o s d e n u e s t r o n ú m . I X , p. 139:
« P e r t e n e c e t a m b i é n á e s t e g r u p o e s c o l a r ( e s d e c i r , a l d e An-
tonio Guerau, d e q u i e n é l s u p o n e d i s c í p u l o s á Luis Dalmau y
Jaime Jacomart, n u e s t r o s y a b i e n f a m o s o s c u a t r o c e n t i s t a s ) , un
maestro v a l e n c i a n o , poco estudiado, no obstante compartir
c o n Jacomart e l f a v o r d e l p ú b l i c o , e l m a e s t r o Juan Rexarch
ó Reixats. S a b e m o s p i n t ó e n 1 4 4 0 u n g r a n Crucifijo para el
r e f e c t o r i o de la Cartuja d e P o r t a c e l i ; en 1 4 5 6 , u n retablo
p a r a B o c a i r e n t e ; e n 145S, otro e x i s t e n t e e n u n a c a p i l l a d e la
I g l e s i a d e S a n J u a n d e A l b a c e t e , y por 1 4 6 0 , una Adoración
ê. los Reyes c o l o c a d a e n l a p r i m e r a c a p i l l a , lado del evange-
lio, d e l a I g l e s i a p a r r o q u i a l d e D e n l a (1). Tenemos documen-
t o s s u y o s q u e a l c a n z a n h a s t a 1564».
D e s p u é s de s e n d o s v i a j e s , de propósito h e c h o s , t e n g o la
triste fortuna d e p o d e r afirmar r o t u n d a m e n t e q u e n o s o n s u -
y o s ni e l r e t a b l o d e l a c a p i l l a b a u t i s m a l d e D e n l a que bajo
i n d i c a c i o n e s d o c u m e n t a l e s r e v e l a d a s p o r D . Boque Chabás
(1) Sobre los verdaderos asuntos d«l retablo de Denla, v i a i e mi.» adriante.
776 ARTE
y a l e a t r i b u y e r a el Sr. Burguera, ni retablo a l g u n o de l a s c a -

pillas de S a n Juan de A l b a c e t e , que b a s a d o e n datos del Ar-
c h i v o de H a c i e n d a le atribuyó el Sr. Barón de A l c a h a l i , por-
q u e a q u e l retablo d i a n e n s e y t o d a s l a s n u m e r o s a s t a b l a s de l a
capital m a n c h e g a corresponden c o n t o d a e v i d e n c i a al arte
del siglo X V I , ó por lo m e n o s , y á lo m á s , al de fines
del X V .
E l Sr. Burguera, digno profesor de Teoría é Historia de
l a s B e l l a s A r t e s e n l a E s c u e l a d e V a l e n c i a y colaborador e s -
tudiosísimo del Sr. T r a m o y e r e s e n l a s i n v e s t i g a c i o n e s histó-
rico-artísticas r e g i o n a l e s á que a m b o s c o n s a g r a n su v o c a c i ó n
m á s decidida, e n la s e g u n d a de l a s c o n f e r e n c i a s que dió en el
i n v i e r n o de 1907, sobre los o r í g e n e s de l a pintura v a l e n c i a n a
e n el Rat Penat dijo de Rexach lo q u e s i g u e , s e g ú n el a c e r t a -
do r e s u m e n que publicó (número del 20 Febrero), el diario
Las Provincias: «Señaló como otro de los artistas que c o m -
p a r t í a n la j u s t a f a m a que g o z a b a n los pintores v a l e n c i a n o s
{Jacomart, Bails, e t c . ) , á Juan Reixats, autor, e n t r e otros mu-
chos, d e l retablo q u e e x i s t e e n D e n i a j u n t o á l a p i l a bautis-
m a l , c o n l a s i m á g e n e s de S a n J o a q u í n y S a n t a A n a , S a n t a
Isabel y S a n J u a n , c o n otros c i n c o cuadritos q u e forman la
p r e d e l a , l l a m a n d o la a t e n c i ó n el d e l c e n t r o , que r e p r e s e n t a
l a c r e a c i ó n de E v a .
Con el ú n i c o propósito de e x a m i n a r la obra c i t a d a fui á D e -
n i a (en Marzo último), y l a pude e x a m i n a r á mi sabor.
E f e c t i v a m e n t e , son esos los asuntos r e p r e s e n t a d o s , á s a b e r ,
á i z q u i e r d a y á d e r e c h a (del e s p e c t a d o r ) del primero y del
s e g u n d o cuerpo, y a l centro de la p r e d e l a , sólo formada ésta
c o n tres t a b l a s , á saber, l a de E v a ( c o n el p r i m e r p e c a d o e n
el fondo) y l a s de S a n t o s Cosme y D a m i á n y Santos F r a n c i s -
co y Onofre, s e n t a d o s los cuatro, q u e l a flanquean. P e r o a d e -
m á s , tiene el retablo e n el centro, e n el primer cuerpo el B a u -
tismo, e n el s e g u n d o el E c c e . H o m o , y el P a d r e E t e r n o e n el
t í m p a n o del frontoncito q u e c o r o n a e s a p a r t e central, siendo
del siglo XIX (de Llorens, discípulo de Vicente López), el pri-
m e r o d e e s t o s t r e s cuadros, q u e sustituiría á otro del m i s m o
asunto, p u e s que era el Bautismo lo principal del r e t a b l o , lo
LOS PINTORES CUATROCENTISTAS 777
i n d i c a n c l a r a m e n t e l a s figuras de los p a d r e s del Bautista (1).

El Padre Eterno p a r e c e d e m u y e n t r a d o el siglo x v i .
L a o r d e n a c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a de la t a l l a c o r r e s p o n d e del
todo á e s e s i g l o , y e s s i n e m b a r g o , l a p r i m i t i v a d e l r e t a b l o .
E n los frisos c o r r e n g r o t e s c o s e l e g a n t e s q u e e n I t a l i a p u d i e
r a n c o n s i d e r a r s e c o m o d e l siglo x v , asi como l o s de l a s p i l a s
t r a s , p e r o q u e a c á los t e n g o por c i n c o c e n t i s t a s . M á s lo s o n l o s
c a p i t e l e s sólo f o r m a d o s c o n c u a t r o estrías. L a p i n t u r a c e n t r a l
t i e n e a r r i b a (de lo p r i m i t i v o ) , u n a t a l l a d e losanje q u e p a r e
c e , y no e s g ó t i c a .
P e r o si d e l j u i c i o s o b r e l a s t a l l a s , e n m i opinión, definiti
vo, pasamos al de las tablas m á s auténticamente primitivas,
que son l a s c i t a d a s por B u r g u e r a — p u e s el Ecce Homo e s t á
repintado acaso y suscita otras cuestiones—todavía se v e m á s
claro (á m i v e r , s e e n t i e n d e ) q u e la o b r a no c o r r e s p o n d e , n i
de m u c h o , a l p r o m e d i o d e l s i g l o x v , sino m á s p r o b a b l e m e n t e
á la p r i m e r a d é c a d a d e l s i g l o x v i . Si el autor fué v a l e n c i a n o
(pues pudo s e r c a s t e l l a n o , a u n q u e y o ni e n V a l e n c i a ni e n
Castilla l e h a l l o l a z o s de p e r s o n a l p a r e n t e s c o de e s c u e l a ) ,
pudo r e c i b i r u n a e d u c a c i ó n a r t í s t i c a y a a r c a i c a por 1480, y
resistió bien, n a d a s u m i s o á l a s n u e v a s m o d a s , los p r e r r a f a e
l i s m o s d e San Leocadio, sin t e n e r t a m p o c o r e l a c i ó n c o n el
a r t e flamenquizante de Maestro Rodrigo. Sólidamente arcaico,
n a d a de a d o c e n a d o , y sí m u c h o de s i n c e r i d a d é i n d e p e n
d e n c i a , e s t a s n o t a s n o s p r e g o n a n el m é r i t o del a n ó n i m o d e s
c o n o c i d o a u t o r d e l r e t a b l o b a u t i s m a l de D e n i a , c u y a s r e l a
c i o n e s c o n Rexach, por i n c o m p a t i b i l i d a d a b s o l u t a d e f e c h a s ,
entiendo que se deben rechazar definitivamente.
Igual resultado negativo obtuvo mi investigación excur
s i o n i s t a v i s i t a n d o ( e n J u n i o ú l t i m o ) , '.la c i u d a d d e A l b a c e t e ,
r a r a s v e c e s f r e c u e n t a d a de los amateurs, por c i e r t o .
En la Iglesia de San Juan, la principal, antigua Colegiata,
h a y m u c h a s t a b l a s q u e dejo e s t u d i a d a s , c o n o c a s i ó n d e l a fra
c a s a d a r e b u s c a de l a obra d e Bexach, así c o m o u n a s n o t a b l e s
(1) El Sr. Chabás cree que la p r i m i t i v a t i t u l a r de este r e t a b l o fué L a Con

cepción. Véase m á s adelante.
778 ARTE
grisallas al fresco e n la sacristía, obra de uno de les m á s v a -

lientes manieristas rafaelescos que puedan haber pintado en
España; r e p r e s e n t a n , del tamaño del natural, el Calvario,
la institución del Pontificado, la predicación del Bautista, la
conversión de San Pablo y la Magdalena ungiendo los pies
de Cristo,
D e l a s tablas, aparto desde luego las de Santiago matamo-
ros, la Virgen del Pilar y la del Rosario, que lo m á s antiguas
que puedan ser es de la segunda mitad del x v i (si no es la pri-
mera algo m á s arcaica), y unas pequeñas del trastero, acaso
más modernas. Nos quedan á estudiar ti'es retablos, entre los
cuales supónese que está el que dijo que estaba allí el Sr. Ba-
rón de Alcahali en su Diccionario, añadiendo que por docu-
mentos del A r c h i v o de H a c i e n d a de l a provincia, se demostra-
ba que lo habia pintado Juan Reixats, en 1458, para la ermita
de l a s Animas de la lejanísima sierra de Alcázar. El mismo
Alcahali supone, aunque no dice si lo sabe por prueba, que el
retablo (cuyos asuntos no e s p r e s a ) , se trasladó andando el
tiempo á la y a derruida Iglesia de los Franciscanos, de Alba-
cete, de donde si que es fácil admitir que pasara á la parro-
quial de S a n Juan, cuando la exclaustración ó algo después.
D e dichos tres retablos, uno de ellos (el de la tercera ca-
pilla, lago evangelio), es m u y moderno, churrigueresco; pero
se le empotraron, agregándolas á uno y otro lado del mismo y
en é p o c a m u y anterior á la e x c l a u s t r a c i ó n , cuatro tablas: La
Anunciación, el Niño adorado por San José y la Virgen, la
Epifanía y la Presentación (de m á s de un meti'o de altas por
unos 80 centímetros de ancho), que son de un discípulo de
Hernando de Llanos ó de Hernando láñez, del más leonardesco
de ellos, y artista que no deja de mostrar semejanza con Fray
Juan Correa y aun con Vasco Pereira. Estamos, pues, e n
1540-1550, ó á lo m á s en 1520, y siempre lejanísimos de
Rexach.
Tampoco á la é p o c a de é s t e se puede atribuir el retablo
de la capilla absidal del lado del E v a n g e l i o , en el que se nos
muestra otro de los discípulos de los Hernandos, aqui del m e -
jor de ellos (sea Llanos ó s e a láñez), confirmándose el verda-
dero a r r a i g o d e l a e s c u e l a m a n c h e g a d e l siglo x v i . E s t e r e t a -
blo se h i z o , c r e e r é , p a r a a q u e l l u g a r p r e c i s a m e n t e , y s e l a b r ó
de t a l l a que m u e s t r a u n a c u r i o s a o r d e n a c i ó n a r q u i t e c t ó n i c a ,
y u n a m á s c u r i o s a f ó r m u l a de t r a n s i c i ó n del p l a t e r e s c o a l
p l e n o r e n a c i m i e n t o , por 1 5 6 0 p r o b a b l e m e n t e (?). E n t r e l a s c o - |
l u m n a s d e u n solo c u e r p o h a y dos t a b l a s e n c a d a lado CBesu-m
rrección y Anunciación, á l a i z q u i e r d a . Oración en el huerto y
Adoración de los Pastores, á l a derecha, de un metro y cuar-
to de a l t a s por m á s de m e d i o de a n c h a s ) , y q u e d a n o t r a s e n e l
estilóbato, donde algunas se han cubierto con pintura imitan-
do j a s p e {Santos Andrés y Santiago y /Sanias Águeda y Bár-
bara, d e u n o s 4 5 c e n t í m e t r o s p o r 66 d e a n c h o , é Isaías y Sa-
lomón, c u a d r a d o s d e 4 5 c e n t í m e t r o s de lado); el c e n t r o mo-
dernizado, con escultura del Resucitado y estatuillas plate-
rescas.
Q u é d a n o s , por ú l t i m o , el r e t a b l o h o y d e S a n P a s c u a l B a i -
lón ( e s c u l t u r a ) , q u e m e dijeron fué el p r i n c i p a l d e l a c a p i l l a
p r i m e r a d e l l a d o del E v a n g e l i o ; e n e l l a s e c o n s e r v a a h o r a
a l i a d o d e r e c h o , sustituido por uno m u y r e c i e n t e en e l f o n d o .
E s de tres c u e r p o s (si no t e n e m o s al uno por p r e d e l a ) y la p a r t e
c e n t r a l s e c o r o n a c o n f r o n t o n c i t o , todo d e t a l l a f r a n c a m e n t e
p l a t e r e s c a e s p a ñ o l a de e n t r a d o el s i g l o x v i . L a s t a b l a s l a t e r a -
l e s s o n s e i s : dos, San Pablo en el areópago (?) y el /Sanio Entie-
rro, e n e l c u e r p o m á s b a j o , flanquean la h o r n a c i n a m o d e r n a
de S. P a s c u a l ( a p a i s a d a s d e uno 5 5 c e n t í m e t r o s de a n c h o ) , y
c u a t r o Santa Mártir con espada, Salomé recibiendo la cabeza
del Bautista, e n el s e g u n d o c u e r p o , y Bautismo de Cristo y
Santa Mártir con un perro e n el t e r c e r o (unos 90 c e n t í m e t r o s
p o r 55 c a d a u n a ) , flanquean l a p r i n c i p a l {La Virgen adorada
y coronada por ángeles, de m a y o r a n c h o , y de m a y o r a l t o ) , y
l a q u e e n p a r t e f o r m a á t i c o , q u e h a sido s u s t i t u i d a por u n
l i e n z o a l d e s a r m a r s e y r e h a c e r s e el r e t a b l o . P o r el e s t i l o , e s t a s
p i n t u r a s no c o n t r a d i c e n l a f e c h a q u e la t a l l a i n d i c a á toda
e v i d e n c i a ; p u e d e n s e r d e un p i n t o r l o c a l q u e m u y e n p l e n o si-
g l o XVI, r e c u e r d a c o s a s y e s t i l o s d e l o s p r i m e r o s a ñ o s d e l a
c e n t e n a , y a u n de los ú l t i m o s d e l x v ; pero q u e e s t á m u y lejos
de la é p o c a de Rexach. E n l a e r m i t a de S a n A n t ó n de A l b a c e -
780 ARTE
te, h o y de l a s H e r m a n i t a s de los Pobres, fui á e x a m i n a r otro

retablo d e l m i s m o estilo ó m u y similar y q u e por s u t a l l a c o -
rresponde al estilo del reinado de F e l i p e I I I .
En definitiva, creo que n i n g u n a de l a s 24 t a b l a s que pude
e x a m i n a r e n S a n J u a n de A l b a c e t e (sin c o n t a r l a s 10 d e S a n
A n t ó n ) , fueron ni h a n podido ser p i n t a d a s a n t e s d e l año 1500,
y que alli n a d a se g u a r d a del arte de Rexach, que fuera como
fuera, había de ser un artista e d u c a d o a n t e s de 1439.
E l resultado n e g a t i v o de m i s e x c u r s i o n e s , e n t i e n d o q u e de-
b í a publicarlo p a r a c o n v e n c e r n o s de que no t e n e m o s , h o y por
h o y , obra auténcica a l g u n a que con toda c e r t e z a p o d a m o s
atribuir á Juan Reixarch, Reixats ó Rexach.
II
E n cambio, a l g o inédito puedo añadir á l a n a r r a c i ó n d e s -

consoladora del resultado n e g a t i v o d e mis i n v e s t i g a c i o n e s e x -
cursionistas: datos d o c u m e n t a l e s que debo á la a m a b i l i d a d de
un d e s c o n o c i d o , h o y mi a m i g o , por l a g r a t i t u d q u e l e d e b o y
que desde estas c o l u m n a s m e ufano e n p r o c l a m a r .
U n lector de CULTURA ESPAÑOLA, el distinguido a r c h i v e -
ro D . Manuel F e r r a n d i s , del A r c h i v o histórico d e V a l e n c i a ,
enfervorizado por la l e c t u r a de n u e s t r a r e v i s t a en el estudio
histórico-artístico, h a l l ó datos y t u v o l a g e n t i l e z a de propor-
c i o n a r m e , i n e s p e r a d a m e n t e , y sin c o n o c e r m e , copiosa docu-
m e n t a c i ó n referente á Jacomart, p r i m e r o — d e quien v e í a que
nos p r e o c u p á b a m o s m u c h o l o s amateurs—, y d e Rexach, en
s e g u i d a , m u y luego; c r u z á n d o s e con mi primera c a r t a de g r a -
c i a s l a s e g u n d a r e m e s a de c o p i a s d o c u m e n t a l e s referentes á
e s t e pintor, a u n d e s c o n o c i d o , c u y a s obras a u t e n t i c a b l e s a c a -
baba y o de b u s c a r e n v a n o e n D e n i a y e n A l b a c e t e .
CULTURA ESPAÑOLA p u b l i c a r á e n su d i a los copiosos n u e -
v o s datos sobre Jacomart, tocando h o y e l turno á l o s m á s b r e -
v e s , que se refieren á Rexach, a l d e s c o n o c i d o — a l m e n o s por
sus o b r a s , t o d a v í a i n c o g n o s c i b l e .
L a l e c t u r a d e los t a l e s d o c u m e n t o s e s f a t i g o s a si n o s e h a c e
estudio b r e v e y s í n t e s i s p r e v i a de e l l o s , lo q u e aquí v o y á for-
m u l a r , sin o l v i d a r d e t a l l e i n t e r e s a n t e , e n los s i g u i e n t e s p á r r a -
fos; r e f e r e n t e s , c o m o s e v e r á , á s o l a s dos obras d e Juan
Rexach, q u e s e r í a n p r e c i s a m e n t e l a p r i m e r a y la ú l t i m a d e
c u a n t a s por sus e n c a r g o s d o c u m e n t a l m e n t e c o n o c e m o s : el r e -
t a b l o de l a c a p i l l a d e l Castillo r e a l de la c i u d a d de J á t i v a ,
y el de l a C a p i l l a r e a l e n los d o m i n i c o s de V a l e n c i a .
U n c a n ó n i g o de V a l e n c i a , titular del riquísimo b e n e f i c i o
l l a m a d o pabordría, Mosén A n t o n i o S a n z , construía e n l a huer-
ta de V a l e n c i a u n huerto ó v e r g e l , m u y c e r c a d e l P a l a c i o
r e a l d e l A r r a b a l ó R e a l de V a l e n c i a , finca a q u é l l a q u e p a s ó
á ser d e l R e y , n o s e d i c e c ó m o , pero sí q u e «por j u s t o s
títulos».
A l e n t r a r e n el R e a l p a t r i m o n i o l a finca d e l c a p i t u l a r , re-
sultó q u e é s t e t e n í a c o n t r a t a d a c o n el pintor de V a l e n c i a ,
Juan Rexach, l a p i n t u r a , y a e n p a r t e t r a b a j a d a , d e l r e t a b l o
q u e quiso p o n e r e n l a c a p i l l a de su v e r g e l ó c a s a de c a m p o .
Y e n t o n c e s e l B a i l e ó A d m i n i s t r a d o r g e n e r a l de l a H a c i e n d a
r e a l ó R e a l p a t r i m o n i o , p ú b l i c o y propio de l a Corona de V a -
l e n c i a , q u i z á por i n d i c a c i ó n d e l R e y , a u s e n t e m u c h o s a ñ o s e n
I t a l i a , p e r o n o n a d a d e s p r e o c u p a d o de los p i n t o r e s v a l e n -
c i a n o s , decidió- q u e c o m p l e t a n d o el m i s m o Juan Rexach su
obra (ó a m p l í á n d o l a , a c a s o ) , el r e t a b l o s e d e s t i n a r a p a r a l a
n u e v a c a p i l l a d e l Castillo d e l a c i u d a d de J á t i v a .
T r e s p i e z a s , y a d e m á s un bancal ó p r e d e l a , y dos g u a r d a -
p o l v o s ó ^ « í s e r a s , s o n l a s c i n c o t a b l a s ó t a b l o n e s q u e por
130 florines, 1.430 s u e l d o s r e a l e s de V a l e n c i a , s e obligó á do-
rar, p i n t a r y a c a b a r Rexach e n c o n t r a t o c o n e l B a i l e g e n e r a l
Micer J u a n M e r c a d e r , c o n t r a t o c u y o t e s t o y f e c h a no nos s o n
conocidos todavía.
P o r e s t a c i r c u n s t a n c i a no t e n e m o s r e f e r e n c i a á l o s a s u n -
tos de l a s t a b l a s p i n t a d a s , sino l a s dos s i g u i e n t e s , e s t o e s ,
q u e u n a ( a c a s o la p r i n c i p a l , a c a s o l a t i t u l a r d e l r e t a b l o ) r e -
p r e s e n t a b a l a A s u n c i ó n d e l a V i r g e n , y q u e h a b í a entre e l l a s
«otras h i s t o r i a s » , y a q u e e l t e x t o d e uno de los d o c u m e n t o s ,
d i c e . . . « r e t a b l o . . . q u e . . . R e x a c h . . . de m a n d a t o y por o r d e n a -
782 ARTE
c i ó n de Juan Mercader, h i z o y pintó de l a A s u n c i ó n de l a g l o -

riosa V i r g e n María y otras historias» ó e s c e n a s .
En c a m b i o nos sobran datos de los p a r t i c u l a r e s de l a t r a s -
lación, c o l o c a c i ó n y p a g o de la obra del pintor, y t a m b i é n de
la tramitación oficinesca de la contabilidad c o n s i g u i e n t e ;
todo ello e n l a s c u e n t a s de la B a i l í a , r e p a r a d a s y fiscalizadas
por el Maestre R a c i o n a l , v e r d a d e r o Tribunal de Cuentas del
Reino de V a l e n c i a .
U n carpintero ó entallador, t a m b i é n de V a l e n c i a — n a d a se
h a c í a e n J á t i v a — , se e n c a r g ó , por otro contrato con el m i s m o
B a i l e , á h a c e r l a m e s a de altar ó sotabanco—banco llamaban
á la p r e d e l a — p o r 55 sueldos; contrato y f e c h a no conocidos
todavía.
El b a n c o ó m e s a y el retablo fueron c o l o c a d o s e n l a capi-
lla del Castillo de J á t i v a el 17 de F e b r e r o de 1439, h a b i é n d o -
s e de a b o n a r al pintor por sus c i n c o días de i d a , v u e l t a y
e s t a n c i a en J á t i v a p a r a a s e n t a r su obra, con u n a c a b a l g a d u -
r a , 36 sueldos y medio (6 dineros) por su s a l a r i o — á razón
d e 6 sueldos y medio al d í a — , c o n m á s 7 sueldos y m e d i o por
alquiler d e tres m a n t a s y t r e s s á b a n a s q u e e n v o l v e r l a s ta-
b l a s , 3 sueldos por cordeles y paja p a r a el m i s m o objeto y
2 por e l alquiler d e u n a a d z e m b l a , a c é m i l a , p a r a d e v o l v e r á
V a l e n c i a las m a n t a s y s á b a n a s . L a B a i l í a p a g ó d i r e c t a m e n -
te, a d e m á s , u n a c a b a l g a d u r a , 10 sueldos por c u a t r o d i a s solos
(á 2 sueldos y medio diarios), «para a c o m p a ñ a r (el e s c u d e r o
Verdió) á J u a n R e x a c h , e l c u a l i b a p a r a c o l o c a r un retablo
e n la capilla», frases, c a n t i d a d e s y términos que m e h a c e n
c r e e r q u e n i n g u n a de las dos c a b a l g a d u r a s i b a c a r g a d a c o n el
retablo, sino que iban m o n t a d a s por el pintor y el escudero del
B a i l e . D e lo contrario, tendríamos i n d i c a c i ó n de q u e no era
d e m a s i a d o voluminoso y p e s a d o el retablo que l l e v a b a una
sola a c é m i l a e n los 60 k i l ó m e t r o s cortos del viaje, suponiendo
q u e el escudero no viajó, ó viajó á pie a c o m p a ñ a n d o al pintor.
L a B a i l í a p a g ó al carpintero e n t a l l a d o r , Guillermo V i v e s ,
la m e s a de altar e n 3 de Julio de 1439, y á Eexach, á c u e n -
ta, 330 sueldos e n 15 de Abril de 1439. Y sustituido el B a i l e
J u a n Mercader, por el que fué después sucesor s u y o B e r e n g u e r
Mei'cader ( p a r i e n t e s u y o , lo s u p o n g o , y d e a n t e s A l c a i d e , pre-
c i s a m e n t e , d e l castillo de J á t i v a ) , s e p a g ó al e s c u d e r o e n 4 d e
Marzo d e 1440; y á R e x a c h , por los r e s t a n t e s 1.100 sueldos
de lo p r i n c i p a l , y por los g a s t o s v a r i o s del v i a j e e n 23 de F e -
brero de 1440. T o d o s e s t o s p a g o s , s e g ú n apocas ó r e c i b o s , q u e
s e r e s e ñ a n , p e r o no s i e m p r e s e g u a r d a r o n a c o m p a ñ á n d o l o s á
las cuentas.
L a E a c i o n a l i a opuso, á su t i e m p o , r e p a r o s ó dudas á l a s
c u e n t a s d e los B a i l e s , y por c o n s e c u e n c i a d e e l l a s , hubo n e c e -
sidad de u n a Carta r e a l d e Alfonso V, d a n d o por b i e n h e c h o s
el e n c a r g o de la p i n t u r a d e l r e t a b l o y su p a g o , y de u n testi-
monio auténtico del Sub-alcaide de J á t i v a — e r a Alcaide aún
el B e r e n g u e r Mercadei-—, certificando el h e c h o d e la e n t r e g a
y c o l o c a c i ó n del r e t a b l o e n 1439. Por c i e r t o q u e l a R e a l Cé-
d u l a e s de 1440, á 7 de A g o s t o , f e c h a d a e n G a e t a , y l a certi-
ficación d e l S u b - a l c a i d e e s e n diez a ñ o s posterior, de 2 3 de
M a y o de 1450, d e m o s t r á n d o s e que l a R a c i o n a l i a a c e p t a b a l a s
C a r t a s r e a l e s c o m o créditos legislativos que se diría h o y , p e r o
e x i g i é n d o s e a d e m á s del c o m p r o b a n t e d e l p a g o , apoca 6 r e c i -
bo, la prueba del hecho del servicio, es decir, la entrega de
l a c o s a , c a r g a d a al r e s p o n s a b l e de un i n v b n t a r i o . ¡Hoy, al
m e n o s e n e s t o , no h i l a m o s s i e m p r e t a n d e l g a d o !
El t e x t o de l a R e a l Cédula t a m p o c o nos es c o n o c i d o toda-
v í a , p e r o v a b i e n r e s e ñ a d o e n l a s c u e n t a s . N ó t e s e q u e e s pos-
terior a l p a g o t o t a l d e l a s c u e n t a s , y q u e n o sólo n o s e refiere
á otra a n t e r i o r , por l a c u a l s e m a n d a r a p i n t a r el r e t a b l o , sino
q u e p a r e c e d e d u c i r s e de su t e x t o q u e fué de i n i c i a t i v a feliz
y n o d e s a u t o r i z a d a del B a i l e la i d e a d e l r e t a b l o , c o n t r a t o y
p a g o . Por lo c u a l t a m p o c o n o s p o d e m o s c r e e r a u t o r i z a d o s
p a r a s u p o n e r , por c i e r t o , A l f o n s o V f u e r a e n t u s i a s t a d e l a r t e
de Rexach, al c u a l n u n c a los d o c u m e n t o s l l a m a n pintor de la
casa del Señor Rey, c o m o l l a m a n á Antonio Guerau, a l f a m o s o
Luis Dálmau, y al y a t a m b i é n h o y f a m o s o Jaime Jacomart,
a r t i s t a s c o n t e m p o r á n e o s d e n u e s t r o Juan Rexach.
P a s a n a ñ o s , Jacomart h a sido l l e v a d o á I t a l i a por el R e y
m a g n á n i m o , mientras de Flandes ha vuelto c y c k i a n o su pen-
sionado Dalmau, y e n e l e n t r e t a n t o h a residido e n V a l e n c i a
784 ARTE
Rexach trabajando los retablos cuyo encargo y a conocíamos.

P a s a n no menos que veintitrés años, cuando los documentos •
descubiertos por el Sr. Ferrandis nos revelan lo siguiente: \
Que para la Capilla real de Santo Domingo de V a l e n c i a \
que comenzara Alfonso V, pensando en poner e n ella su se-
pulcro, y que continuó y acabó con la belleza que es todavía |
de ver Juan I I , se encargó el retablo principal á Juan Rexach '
y a en el reinado de este último R e y .
El texto del contrato nos es desconocido todavía, sabiendo
únicamente que fué en día y mes que se dejaron en blanco e n
las cuentas de la Bailía (6 de Julio en el recibo), pero corres-
pondientes al año 1463, la fecha de uno de los pagos á cuenta
que le hizo el Baile Berenguer Mercader en cantidad de
1.833 sueldos y un cuarto.
Por esos b r e v e s documentos de la cuenta y el recibo, sa-
bemos que el importe total del retablo ascendía á la no livia-
n a cantidad de 5.500 sueldos—cuatro v e c e s lo que le valió al
pintor el encargo anterior de la Bailía—, que contenía histo-
rias ó escenas que se habían especificado en el contrato, to-
davía desconocido en su texto, pero que ni en la data ó cuen-
ta, ni en la apoca ó recibo, se dejaba de decir que los cuadros
habían de estai pintados CON COLORES AL ÓLEO, diciéndose
con frase copiada en uno y en otro documento, que se paga-
ba... «por pintar e acabar bó e abtament de colors al olí lo
retaule»; noticia—con otras de fecha anterior, comunicadas
por el Sr. Ferrandis—de verdadero interés para marcar la
fecha del arraigo en V a l e n c i a del óleo, procedimiento pictó-
rico que tanto apasionara al Rey magnánimo, tan entusiasta
de Van E y c k y de los antiguos flamencos.
Por este último documento se echa de ver que, fallecido Al-
fonso V en 1468, Jacomart en Valencia, después de volver de
Italia, en 1461, y por 1480 e n Barcelona, probablemente, Dal-
mau, se encargaba á Juan Rexach una obra de las de m a y o r
consideración que la Casa R e a l Aragonesa pudiera e n c a r g a r ,
y que por tanto, aun no llamándosele ni aún entonces, pintor
del R e y , no debemos suponer que Berenguer Mercader m a -
ñeara demasiado haciendo por 1463 tal encargo al que vein-
t i c u a t r o a ñ o s a n t e s t r a b a j a r a el r e t a b l o d e su c a s t e l l a n i a d e
J á t i v a . Y o , al m e n o s , c r e o que Rexach era e n V a l e n c i a el m á s
a f a m a d o pintor e n el i n s t a n t e de morir Jacomart rigurosa-
mente contemporáneo suyo (aunque quizá algo mayor en
e d a d ) , y q u e e l e n c a r g o d e l r e t a b l o d e l a c a p i l l a d e los R e y e s
lo d e m u e s t r a p l e n a m e n t e .
Y c o m o y o v e o en Jacomart—á p e s a r d e sus v i a j e s , á p e s a r
d e l a o r i e n t a c i ó n q u e e n s e n t i d o d e l a r t e d e los Van EycTc l e
q u e r r í a i m p r i m i r su M e c e n a s A l f o n s o V , y que m u y superfi-
c i a l y f r a g m e n t a r i a m e n t e se n o t a e n s u s obras, á p e s a r d e lo
i t á l i c o d e c i e r t o s d e t a l l e s a r q u i t e c t ó n i c o s d e los f o n d o s — , u n
verdadero artista regional, indígena y muy independiente en
puridad d e todo e x t r a n j e r i s m o , y o no p u e d o m e n o s d e i m a g i -
nar, por v í a p u r a m e n t e c o n j e t u r a l , q u e Rexach fué m u y a d i c -
to á l a e s c u e l a d e Jacomart, de quien suponga recibiría ejem-
plos, y con quien quizá se coeducó en las escuelas pictóricas
v a l e n c i a n a s del primer tercio del siglo x v , tuvieran ambos ó
no t u v i e r a n á Guerau por m a e s t r o ó á otro ú otros d e los p i n -
tores que entonces v i v í a n en la ciudad de V a l e n c i a , verda-
d e r a c o r t e de l a R e i n a G o b e r n a d o r a D o ñ a María, e n l a s a u s e n -
c i a s d e t a n t o s a ñ o s e n I t a l i a d e su m a r i d o o l v i d a d i z o , el R e y
magnánimo.
ELÍAS TORMO.
fContinuará.) i
bocumentos inéditos referentes á Rexach: el retablo del castillo

de Játiva.
í t e m pos eu d a t a los quals per mi l i u r a lo dit en daniel barcelo a n Guillen ;

vinos fuster de la c i u t a t de Valencia per los quals me a u e n g u i a b aquell per !
fer 6 o b r a r v n b a n c h de fusta a ops de v n r e t a u l e que yo faz a c a b a r p e r a la
capella del castell de la c i u t a t de x a t i u a E h a u i apoca closa per lo dit scriua ¡
a tres de J u l i o l del dit a n y . = L V sol. j
(Al m a r g e n ) . = A p o c a . = E son presos en c s m t e per v i g o r de la letra del s e - 1
786 ARTB
n y o r E e y c o b r a d a en lo m a r g e de la d a t a de CCCXXX sol feta a n í o h a n r e x a c h

p i n t o r a v a n t en CCOXVIII c a r t e s . = E certificacio den m a r t i j c h a n s o t s a l c a y t
del castell de la c i u t á t de x a t i u a en p a p e r scrita e s o t s í i g n a d a de m a d e n j o -
h a n borrell a b la c u a l certifica com en l a n y M C C C C X X X V I I I I lo d i t micer
j o h a n mercader b a t l e g e n e r a l t r a m e s al dit castell h u m s o t a b a n c h ensemps a b
lo r e t a u l e qne es en la capella del dit castell los quals conf essa h a u e r r e e b u t a
dins aquella e n lo dic a n y . E promes es obliga d a r n e comte e r a b o en i o n cass
e loch. E es enfilada a la ñ del fil.
(Maestre racional.—Cuenta 27 del Baile General de 1489, fol. 806.)
J u a n Mercader.
(Dubte á la anterior data al final de la cuenta.)
í t e m en CCGVI cartes E s feta d a t a a n Guillen viues fuster L V aol, p e r la
r a b o alli c o n t e n g u d a a la cual d a t a f all m a n a m e n t e certificacio que lo r e t a u -
le alli m e n c i o n a t si a s t a t mes en lo castell de x a t i u a p e r la capella del q u a l
posa fon fet f e r . = E e s t i t u i lo dit m a n a m e n t E apres r e s t i t u í l a dita certifica-
cio.=Ideo cancellata.
[Certificación en hoja suelta junto á la data.)
Al molt h o n o r a b l e mossen e de g r a n sauiesa mossen ¡loys de vich caua-
Uer conseller del molt a l t s e n y o r B e y e mestre r a c i o n a l de l a c o r t del d i t se-
n y o r en E e g n e d e Valencia, y o en m a r t i j o h a n s o t s a l c a y t del castell de la
c i u t a t de X a t i u a p e r lo h o n o r a b l e mossen b e r e n g u e r mercader a l c a y t del d i t
castell, certifioh a v o s t r a h o n o r a b l e sauiesa com en l a n y M C C C C X X X V I I I I lo
honorable micer j o h a n mercader t u n e b a t l e g e n e r a l del dit E e g n e me t r a m e s
en lo d i t castell h u n s o t a b a n c h ensemps a b lo E e t a u l e q u e es en la Capella
del d i t Castell los quals y o confes que r e b i dins aquell en lo d i t a n y . E p r o -
met em oblich d a r n e comte e r a b o e n son loch e cas p e r queus n e fa? la pre-
s e n t certificacio en poder del n o t a r i deius scrit p e r a c l a r a d o deis comptes
del d i t micer J o h a n mercader feta en x a t i u a a X X I I I de m a i g a n y de n a t i u i -
t a t de n o s t r e senyor MCCCC o i n q u a n t a .
S i g n u m mei J o h a n n i s borrell c i u i t a t i s x a t i u e e t a n c t o r i t a t e r e g i a n o t a r i i
publici q u i hecBcripsi et reoepi et de predictis fidem fació et t e s t i m o m i u n .
II
í t e m pos e n d a t a (al m a r g e n CCCXXX sol.) los cuais per m i l l u r a lo dít en

daniel barcelo a n j o h a n r e x a c h p i n t o r de la c i u t a t de Valencia, C " C X X X
sol., e n p a g a p r o r a t a de a q u e l l s C X X X florins e p e r aquells MCCCCXXXsol.
r e y a l s de Valencia p e r los quals mo.so a u o n g u t a b aquell per d a u r a r p i n t a r o
a c a b a r tres peces e v n b a n c h e dos polsercs a compliment de v n r e t a u l e , lo
q u a l lo h o n o r a b l e mossen A n t h o n i sanij q.° pobordro (sic) de la Seu de Valen-
cia h a u i a fet c o m e i K j a r a ops de la capella del ort o v e r g e r c o n s t r u i t por
aquell p r o p lo r e y a l del s e n y o r E e y . E lo q u a l d i t o r t o v e r g e r per justs titols
es p e r u e n g u t a l dit senyor. E lo cual d i t r e t a u l e y o faz a c a b a r a ops ^.e la ca-
paila n o u a del castell de l a c i u t a t de x a t i u a . E h a u i apoqua closa p e r lescri-
ua de l a m i a c o r t a X V dies de Abril del a n y Mil C C C C X X X V I I I I .
(Al margen). = L e t r a del senyor E e y de ma sua signada e ab son sagell se

w e t sagoJlada, dada en la c i u t a t de G a y e t a a Y I I dies del mes d'Agost del
a n y MCCCCXXXX drenada al Maestre R a c i o n a l de la cort del dit senyor en
lo E e g n e de Valencia o a a l t r e gualseuol del dit micer j o h a n mercader q.°
batle g e n e r a l e de mossen berenguer mercader^caualler present t a t l e ge-
neral en lo dit E e g n e o del E e g e n t lo dit offici per absencia de aquell compte
•boydor en la qual se conté Que com los dits micer johan mercader e lo dit mo-
ssen b e r e n g u e r m e r c a d e r o lo E e g e n t lo dit offici per absencia de aquell ha-
euessen fet o b r a r e a c a b a r v n r e t a u l e ab son banch e polseres a ops de la ca-
Peila del castell de la c i u t a t de X a t i u a E per la dita r a h o haguessen donades
e p a g a des les q u a n t i t a t s seguents 50 es a n j o h a n rexach pintor de la c i u t a t de
Valencia per p i n t a r e a c a b a r lo dit r e t a u l e MCCCOLXXIIII sol., <?o es lo dit
q u o n d a m batle g e n e r a l C C C L X X I I I I sol, e lo dit E e g e n t M. C. sol.. E de al-
t r a p a r t p e r messions de a n a r a posar e metre lo dit retaule en la dita cape-
lla ex sol. P e r tal lo dit senyor ab la dita letra, diu e m a n a al dit Maestre
E a c i o n a l e de c e r t a sciencia quen lo r e t i n e n t deis comptes axi del dit quon-
dam batle general com del dit mossen berenguer mercader batle general o del
<lit E e g e n t aquells posant en d a t a les dites q u a n t i t a t s e altres que per la dita
r a h o h a u r í e n donades e pagades de quals seuol pecuníes a mans llurs peruen-
gudes per r a h o de llurs officis e r e s t i t u i r la dita l e t r a ab apoques axi del dit
en j o h a n de rexach com altres, aquelles dites q u a n t i t a t s en llurs comptes
reoba e a d m e t a tots dubte e contradiccio ces3ants.---E certificado den j o h a n
borrell n o t a r i e scriua de les obres e aotes del dit castell de X a t i u a en paper
scrita e ab son a c o s t u m a t signe suhsignada cobrada en lo margo de la d a t a
de M C X X X X V sol. feta al dit en j o h a n de r e x a c h en CGLXXI cartes del
compte primer r e t n t por lo d i t en berenguer mercader batle g e n e r a l de la ad-
m i n i s t r a d o de la dita b a t l i a ab la cual certifica que lo dit r e t a u l e fon portafc
al <Iit castell e mes en la dita capella per lo dit en j o h a u de rexach pintor a
X V I I de ffebrer a n y MCCCCXL.
(Maestre racional. = C u e n t a 27 del Baile General de 1439, fol. 318.)
J u a n Mercader ,
ni
í t e m pos en d a t a los quals per mi Hura lo dit en Daniel barcelo a n M a r t i

verdio scuder de casa del h o n o r a b l e mossen berenguer mercader caualler a l -
c a y t del castell de la c i u t a t de X a t i u a X X X sol. I I I drs. por les r a h o n s se-
g u e n t s Es assaber X X sol. I I I drs. per loguer de v n mull que aquel de mon
m a n a m e n t logua den J o h a n del toro per V I I I I jorns que tench aquell ab la
q u a l a n a dos v i a t g e s al castell de la c i u t a t de X a t i u a , (jo es lo v n v i a t g e a b
lo oomanador de Nems lo q u a l por m a n a m e n t del senyor E e y deuía p a r l a r a b
ífra Morot c o m a n a d o r D a u i n y o lo q u a l era de m a n a m e n t del dit Senyor de-
t e n g u t a preso en lo dit Castell por t r a t a r del rescat de aquell. E l a l t r e v i a t g e
per a c o m p a n y a r johan rexach iñntor lo qual a n a u a per posar vn retauhU
en la capella del dit Castell que a r a h o de I I sol. I I I drs. per casoun deis dits
V I I I I j o n r s f a n los dits X X sol. I I I drs. E los r e s t a n t s X «ol. li doni per la
788 ARTE
prouisio sua e de la dita caualcadura per lo derrer viatga t a n solament per

quatre jorns que vaga en aquell a raho de I I sol. VI drs. per cascun dia.
E hani apoca closa per leseriua de la mia cort a I I I I dies de Mar? del dit
any MCCCOXXXX,
(Al margen de la derecha): X X X sol. I I I drs.
(Cuenta del Baile General de 1440, fol. 270.)
IV
ítem pos en data los qnals per mi liui'a lo dít en Daniel barcelo an johan
rexach pintor de la ciutat do Valancia MOXXXXV sol. Es assaber MO sol. a
compliment de paga de aquells CXXX florins o per aquells MCOCCXXXX
íol, per los quals )o honorable micer johan mercader doctor en leys conseller
del molt alt senyor Key e olim batle general del regne de Valencia se auen-
gue ab lo dit en J o h a n rexach per daurar pintar e acabar tres peces e vn
banch e dos polseres a compliment de vn retaule lo qual lonorable mossen
Anthoni san? quondam Pabordre de la sen de Valencia hauía fot comenijar
a ops de la capella del ort o v e r t e r construit por aquell prop lo reyal del dit
senyor E e y . E lo qual dit ort ó verger per jtist titols es peruengut al dit Se
nyor. E l o qual dit retaule lo dit olim batle general hauia fet a c a b a r a ops
de la capella noua del oastell de la ciutat de Xatiua, E X X X X V sol. es assa
ber X X X I I sol. VI drs. per salari del dit J o h a n rexach ab vna caualcadura
per V jorns que de manament meu ha vacoat entre anar star et tornar en e
de la ciutat de Valencia al dit oastell de X a t i u a por assentar e parar lo dit
retaule en la dita Capella a raho de VI sol. VI drs. par cascun jorn E X I I sol.
V I drs. los quals do mon manament ha bestrets e pagats ô es VII sol. VI drs.
an jacme de oalpanazia mercader de Valencia per lo ioguer de tres flaijades e
tres lancjols que de aquell foren logats a ops d'embalar e ligar lo dit retaule
per fer portar aquell al dit Oastell E I I I sol. per cordes e palla per embalar
lo dit retaule B I I sol. per lo loguer de vna adzembla ab la qual les dites fla-
ifades et laniôls foren tornats del dít Oastell a la dita ciutat de Valencia. Com
la restant q u a n t i t a t a compliment deis dits MCOCCXXXX sol. bagues ja do-
n a t bestret e pagats lo dit olim batle general al dit en J o h a n rexach. E
haui apoca closa per lesoriua de la mia cort a XXXII de ffebrer del a n y
MCCCOXXXX. = M C X X X X V sol.
Por la copia, M. FEHBÁKDIS.
(Continuará.)
BIBLlOQRflFin
Cancionero salmantino, por D . DÁMASO LEDESMA, Presbítero. Obra premiada

por la R. A. de Bellas Artes de San Fernando.
E l arte musical n a c e del aire libre.

D e s g r a c i a d a y a n é m i c a m ú s i c a l a d e los a i r e s d e salón
Sus g e s t o s a c o m p a s a d o s son a u t o m a t i s m o d e fantoches; sus c a d e n c i a s
•on consonancias d e versos b a i l a b l e s y empalagosos; sus temas son f a n t a -
sías d e i m a g i n a c i o n e s a f e m i n a d a s p o r el p e r f u m e e n e r v a n t e d e u n a a t -
mósfera artificial.
L a m ú s i c a del campo es s a n a , v a r o n i l . S u r i t m o l i b r e es pulsación d e
v i d a , su verso l i b r e e s prosa a r t i s t i c a , i n t e l e c t u a l , sujeta sólo al sincro-
n i s m o del p e n s a m i e n t o - Sus melodías son motivos toraaios, d e g e n e r a c i ó n
e n g e n e r a c i ó n , del a i r e mismo, del r u m o r d e l a s hojas de los á r b o l e s , del
c a n t a r d e l a s a g u a s del a r r o y o , d e l gorjeo d e loa pájaros del bosque
T i e n e n n u e s t r a s tonadas p r i m i t i v a s p o p u l a r e s , a d e m á s , l a p r e s t i g i o s a
p á t i n a del t i e m p o , l a m a r c a a m o r o s a q u e e n ellas h a n dejado los q u e •
forjaron l a r a z a h i s p a n a , lo i n g e n u o d e l a Infancia del a r t e . Son, como el
romancero d e l a m ú s i c a , l a f u e n t e d e d o n d e n a c e todo el c a u d a l d e l a l i -
t e r a t u r a d e los sonidos.
P o s e e n las c a n c i o n e s n a t u r a l e s del campo, l a r i q u e z a clásica d e las
m o d u l a c i o n e s del a r t e g r i e g o . Quien escribe estas líneas h a c o m p r o b a d o
«on l a escala d e P t o l o m e o l a g a m a d e las n o t a s q u e r e c o r r e l a g a i t a pas-
toril d e n u e s t r a s t i e r r a s s a l a m a n q u i n a s , y h a r e s u l t a d o conforme al mis-
mo modo helénico q u e l a famosa g a m a escocesa, l a d e las b a l a d a s soña-
doras l l e n a s d e poesía i n s u p e r a b l e .
E s t a s tonadas campesinas, de c u a t r o n o t a s , v e r d a d e r o s teiracordios
g r i e g o s , p r o d u c e n l a v a r i e d a d d e modos r e a l m e n t e distintos, c o n i n t e r -
valos d e s i g u a l e s e n c a d a e s c a l a , r e l a c i o n a d o s á l a tónica p r o p i a m e n t e
dicha.
No es así n u e s t r a m ú s i c a artificial, l a d e l a e s c a l a atemperada á la
q u e e s t á n esclavizados los i n s t r u m e n t o s d e sonidos fijos, m ú s i c a bico-
' o r (1) c o n dos ú n i c o s modos, c o n v e r d a d e r a monotonía t r a n s p o r t a b l e m e -
c á n i c a m e n t e como en el armónium.
(1) Véase mi artículo Ensayo de regeneración de la escala musical en COLTD-

de Agosto 1906.
»*. E s p A S o L A
001,TUEA Bl
790 ARTE
E s t a m b i é n l a c a n c i ó n d e los c a m p o s e l c a n t o l l a n o del p u e b l o , m a g .
nifica m ú s i c a con q u e c a n t a s u s e n t i r religioso en u n r i t m o s e v e r o y so
l e m n e . A p r e n d a n e n él los estudiosos del c a n t o g r e g o r i a n o , el e s t i l o d e
e s a m a r c h a r í t m i c a sin c o m p a s e a r
¡Y q u é b i e n i n t e r p r e t a l a c a n c i ó n p o p u l a r el a l m a d e e s t a s t i e r r a s l l a -
nas de Castilla!
E s a n o t a final, p r o l o n g a d a h a s t a q u e so p i e r d e d e oir, es l a l l a n u r a d e
l e j a n í a s d i f u m i n a d a s en el h o r i z o n t e , es el eco q u e r e p i t e n los v a l l e s , es
el « m a n s o r u i d o » q u e s u e n a e n l a a l a m e d a , es el a g u a q u e c a n t a e n l a
aceña.
E s a s m e l o d í a s s o ñ o l i e n t a s q u e los g a ñ a n e s e n t o n a n e n los c a r r o s , s o n
v e r d a d e r a s « c a n c i o n e s d e c u n a » , es l a N a t u r a l e z a q u e a d u e r m e á sus h i -
jos, p a r a q u e d e s c a n s e n d e l a l a b r a n z a del c a m p o « c r i a d a p o r el A l t í s i -
mo», en f r a s e d e l a E s c r i t u r a .
Y la « c a n c i ó n d e s i e g a » y l a « c a n c i ó n d e trilla» son h i m n o s a l sol, c o n
resonar de espigas t r i t u r a d a s bajo u n a luz aplastante, y u n calor a b r a -
sador.
E s a 63 l a m ú s i c a p o p u l a r , la d e la a n c h a p l a n i c i e d e n u e s t r a s t i e r r a »
r o j i z a s , l a d e l a s «j a r d a s , o n d u l a d a s c u e s t a s , l a d e l a s g r i s e s l o n t a n a n z a s
hondas» q u e cantó como n a d i e Gabriel y Galán.
Yo n o só d e c i r m á s de ese « C a n c i o n e r o s a l m a n t i n o » q u e p a r a b i e n d e l
a r t e h a coleccionado y d e p u r a d o con t a n t a p a c i e n c i a como a c i e r t o , y t a n -
t o c a r i ñ o como sacrificios y d e s v e l o s , el i n t e l i g e n t e o r g a n i s t a de l a C a t e -
dral de Salamanca, D. Dámaso Ledesma.
JUAN DOMÍNGUEZ BKEEÜBTA.

FILOSOFÍA
Nuevas direcciones de la Horal.
La crisis moral. <
Es nuestra época u n a época de transición; por doquier resuena la

p a l a b r a crisis, h a b l á n d o s e d e crisis literaria, jurídica, e e o n ó m i c a ,
d e l a m o r a l , d e l a c i e n c i a , e t c . (1); y e s o s d i v e r s o s e s t a d o s d e c r i s i s ,
p u e d e n c o n d e n s a r s e e n u n a sola frase: Crisis d e l p e n s a m i e n t o c o n -
temporáneo. Hallámonos los hombres d e la actual generación colo-
cados entre u n pasado q u e parece muerto y se quisiera enterrar, y
u n p o r v e n i r nebuloso é incierto, q u e n o s solicita y a t r a e .
No faltarán acaso qnienes c r e a n q u e esa crisis del p e n s a m i e n t o
no es p r i v a t i v a de l a época p r e s e n t e , sino q u e es propia del espíritu
humano, condenado á no hallar reposo absoluto en ninguna verdad,
puesto que siempre h a n d e ser discutibles y discutidas las bases
esenciales d e l a Ciencia, la Filosofía, la Moral y l a Religión; pero
considerando serenamente las enseñanzas d e la Historia, hemos de
c o n v e n i r en q u e n o t o d a s las épocas o s t e n t a n los c a r a c t e r e s a g u d o s
d e indecisión y d e d u d a con q u e n o s a p a r e c e n los momentos a c -
tuales.
Esta crisis del pensamiento c o n t e m p o r á n e o , n o p o d í a dejar d e
p r o d u c i r h o n d a s r e p e r c u s i o n e s e n l a M o r a l , t a n t o científica como
práctica. E s i n d u d a b l e q u e d e u n siglo a c á , l a evolución d e l p e n s a -
miento colectivo, h a traído á la circulación u n n ú m e r o m u y consi-
derable d e concepciones prácticas diversas, opuestas y hasta del
todo irreconciliables. T o d o se h a puesto e n tela d e juicio; l a s b a s e s
esenciales d e la Moral y del Derecho vense quebrantadas; la con-
(1) Che siamo in crisi, ce l'hanno cantata in lulti i toni; in verso é in prosa i
• • i íi&ri é dalla taana, nelle coaferenze é negli articoli di fondo, Camilo T r i r e -
r o . II problema del Bene, Torino-Clausen, 1907, p. 1.' • •
794 FILOSOFÍA
cepción del individuo, d e la familia y d e la sociedad, se h a modifi-

c a d o p r o f u n d a m e n t e ; la fe r e l i g i o s a , q u e h a b í a c o n s t i t u i d o s i e m p r e
una salvaguardia y u n a a y u d a poderosísima de la Moralidad, ha de-
j a d o d e e j e r c e r s o b r e l a s a l m a s el influjo q u e a n t e s e j e r c i e r a , n o , e n
v e r d a d , p o r q u e h a y a p e r d i d o s u eficacia, s i n o p o r q u e los i n d i v i d u o s
y los p u e b l o s s e a p a r t a n d e e l l a . P o r e s o , l a « c o n c i e n c i a s o c i a l » , d e -
s i g n a n d o c o n e s t e t é r m i n o el c o n j u n t o d e c o n c e p c i o n e s y s e n t i m i e n -
tos c o m u n e s á todo u n pueblo, p a r e c e hallarse, como dice Morselli,
del todo vacilante y dudosa, p r e s a d e bruscos sobresaltos y conti-
n u a s s a c u d i d a s ; n a d a h a y q u e se n o s presente b a s t a n t e estable y
sólido p a r a p o d e r g a r a n t i r l a solidez y estabilidad d e las costum-
bres; u n a densa niebla se cierne sobre l a s nociones m i s m a s d e bien
y d e m a l , d e lo j u s t o y lo i n j u s t o , d e lo lícito y lo p r o h i b i d o ; y s e -
mejantes conceptos p a r e c e n convencionales y arbitrarios, sin fun-
d a m e n t o s firmes e n l a r e a l i d a d y e n l a c o n c i e n c i a (1).
N a d i e , p o r o t r a p a r t e , p u e d e d u d a r d e q u e el n i v e l m o r a l e s h o y
m u c h o m á s b a j o d e lo q u e d e b i e r a , h a b i d a c u e n t a d e l a s c o n d i c i o -
nes en que se desenvuelve la vida contemporánea; la experiencia d e
todos los instantes pone c l a r a m e n t e d e manifiesto q u e la m o r a l i d a d
e n m u c h o s i n d i v i d u o s se h a l l a m u y lejos d e r e s p o n d e r á l a s e x i g e n -
cias d e u n a vida familiar bien organizada y d e u n a vida social
p r ó s p e r a : «Considérese l a realidad, dice Seailles, á través d e l a s
n i e b l a s d e n u e s t r a s i l u s i o n e s fllosóflcas; p o l í t i c o s c o r r o m p i d o s q u e
sólo i n t e r r o g a n a l p u e b l o p a r a d e s c u b r i r e n s u s p a s i o n e s los m e d i o s
m á s seguros d e engañarle... la violencia del apetito sustituida á la
reivindicación del d e r e c h o . . . u n a literatura, desprendida de la
c o n c i e n c i a p o p u l a r , q u e a n t e lo a n g u s t i o s o d e t a n t o s y t a n g r a v e s
p r o b l e m a s c o m o s e h a l l a n h o y p l a n t e a d o s , n o s e c a n s a d e c o n t a r el
antes, el mientras y el después d e l a d u l t e r i o el alcoholismo q u e
n o s p r e p a r a u n p u e b l o d e locos... (2).
F u e r z a e s , e n efecto, r e c o n o c e r q u e n i el p r o g r e s o d e l a s r i q u e -
z a s , n i el p e r f e c c i o n a m e n t o d e l a s i n s t i t u c i o n e s p o l í t i c a s , n i l o s
g r a n d e s descubrimientos realizados por la Ciencia, h a n sido capa-
c e s d e e l i m i n a r ó d e r e s o l v e r el p r o b l e m a m o r a l (3). « E v i d e n t e e s ,
d i c e B a y l a c , el m a l e s t a r d e l p e n s a m i e n t o c o n t e m p o i ' á n e o : L o s e n s a -
(1) Véase G. L. Duprat, La Morale, París, Doin, 1901, p . 8.

(2) Gabriel Seailles, Lis affirmations de la Contcience modéme, P a r i s , 1903,
p.líO.
(3) Véase P a n l Burean, La crite morale de$ Umpí nouveaux, Paria, Bload,
1907, págs. 249 y sig.
NUEVAS D I R E C C I O N E S D E LA M O R A L 795
yos nuevos de Moral se multiplican desde hace algunos años, y casi

no h a y profesor de Filosofía que no tenga su sistema particular» (1).
T no debe en manera alguna confandirse la «crisis moral», de
que venimos hablando, con la «inmoralidad». Es esta última una
negación que supone algo positivo, la moralidad, y que se halla
constituida por la violación mayor ó menor de las leyes y costum-
bres aceptadas universalmente como verdaderas y buenas; es per-
versidad de ánimo ó corrupción, hiprocresía ó rebelión abierta, pla-
gas que en mayor ó menor escala han existido en todos los tiem-
pos y lugares; pero esa inmoralidad no supone ningún estado de
crisis, ni puede confundirse con la crisis moral de que sufre la con-
ciencia contemporánea, y que no implica afirmación ni negación,
Bino que se manifiesta en dudas y vacilaciones; por eso, el estado de
crisis es siempre doloroso y está saturado de angustia, demandan-
do lástima y no aversión.
Mucho espacio necesitaríamos si hubiéramos de señalar las can-
sas múltiples y diversas de ese estado de crisis moral, resultado en
parte de la crisis lógica, de la crisis del conocimiento, resultado
también del desuso en que ha caído el hábito de la meditación re-
posada; no queda tiempo ni hay costumbre de rumiar y asimilarse
por completo las doctrinas que se encierran en la inmensa balumba
de libros con que hoy nos agobia la producción; es efecto, asimis-
mo, de la crisis religiosa y del descrédito de la Metafísica, sobre
todo.
Todas las disciplinas filosóficas han sufrido una honda transfor-
mación; y si la Ciencia moral, á causa de las consecuencias prácti-
c a s , tardó más, no ha dejado empero de experimentar los efectos
del ansia analizadora y crítica propia de los tiempos, y de la neo-
manía, el afán de ser ó parecer originales. Dentro de cada escuela,
80 dibujan infinidad de matices y diferencias, que dificultan, hasta
hacer casi imposible la tarea de orientarse; no se busca la verdad
por sí misma y dispuestos á abrazarla donde quiera que se en-
cuentre; se aspira sistemáticamente á decir algo nuevo, viable ó no,
que eso importa poco con tal que revista ciertas apariencias. E s e
afán de inventar, cuando es exclusivo y sistemático es m u y de la-
mentar, pues aunque no sea rigurosamente exacto lo que afirma
S o u s s a u x de que «lo esencial en Moral se halla y a descubierto» ( 2 ) ,
(1) J . B a y l a c , Revue de Philosophie, Septiembre, 1907, p. 257.

(2) L. du Boussaux, Eihique, Bruxelles, Dewit, 1908, p . V.
796 FILOSOFÍA
se d e b e , a l m e n o s , proceder con g r a n p a r s i m o n i a c u a n d o de p o n e r
ideas nuevas en circulación se trata.
H a y h o y en primer término, pensadores que quieren suprimir
p o r c o m p l e t o l a M o r a l . C o n o c i d a es l a e x p r e s i ó n d e s d e h o s a c o n q u e
l a d e s i g n a b a N i e t z s c h e ; l l a m á b a l a MOKALINA, y e r a s e g ú n é l , c o m o
u n s u c e d á n e o d e l a « n i c o t i n a » , u n p r o d u c t o n o c i v o q u e d e b e el h o m -
b r e e l i m i n a r á t o d a c o s t a (1). E l r u d o p u ñ o d e l a M o r a l , d e c í a 6 t i r -
n e r , el a d o r a d o r d e l Único, c a e i m p l a c a b l e s o b r e l a s n o b l e s m a n i -
f e s t a c i o n e s d e l e g o í s m o (2). «No h a y y a M o r a l , d i c e B e r g e , y p o r ello
m u c h o s c o n t e m p o r á n e o s s e s o r p r e n d e n y afligen. N o c o m p r e n d e m o s
n i s u e x t r a ñ e z a , n i s u aflicción; el e s t a d o a c t u a l d e l a s o c i e d a d es el
r e s u l t a d o i n e v i t a b l e d e l a e v o l u c i ó n u n i v e r s a l » (3).
P u e d e n s e r t a m b i é n c o n s i d e r a d o s c o m o amorálistas otros pensa-
dores q u e , sin a b o m i n a r de la Moral, afirman q u e es impotente é
i i r e a l , q u e n o ejerce n i n g u n a influencia sobre la c o n d u c t a .
Sin h a b l a r d e la Moral tradicional, del espiritualismo clásico,
e x i s t e n d e n t r o d e l a d i r e c c i ó n metafísica el dogmatismo íntelectua-
lista d e L i t t r é y T a i n e , q u e r e d u c e n l a m o r a l á l a i d e n t i d a d d e l o s
actos con la verdadera naturaleza del agente, diciendo, por ejem-
p l o , q u e los d e b e r e s d e j u s t i c i a d e b e n a s i m i l a r s e a l r e s p e t o d e i g u a l -
d a d e s como las d e q u e se compone l a ciencia m a t e m á t i c a : el siste-
m a d e Vacherot y Jouffroy, sosteniendo que debe aceptarse u n a b -
s o l u t o , p e r o sólo c o m o u n p o s t u l a d o d e l a M o r a l : los sistemas criti-
cistas, y a s e a e l d e K a n t y s u s m á s fieles a d e p t o s , y a el d e q u i e n e s
c o m o L a n g e y P a u l s e n , p r e t e n d e n h a l l a r e n el fenómeno lo q u e K á n t
b u s c a b a e n el noúmeno; ó y a s e a , p o r ú l t i m o , el d e los q u e a f i r m a n
q u e t o d o e n e s t e m u n d o s u c e d e como si h u b i e r a u n a b s o l u t o i n m a -
n e n t e , d a n d o a s í l u g a r á u n a especie d e sistema m o r a l metafisico-
p a n t e í s t a , c o m o el d e L o t z e y F e c h n e r .
D e b e a d e m á s tenerse en c u e n t a la prodigiosa v a r i e d a d d e for-
m a s q u e a d o p t a h o y el positivismo; e l utilitario d e los B e n t h a m j
S t u a r f Mili, a l q u e p u e d e n e n p a r t e r e f e r i r s e l a s d o c t r i n a s d e L a a s ,
d e A v e n a r i u s y d e M a c h , c o n l a v a r i a n t e materialista, representada
p o r (Spencer; el biológico, s e g ú n el c u a l , el p r i n c i p i o ú l t i m o d e t o d a
a c t i v i d a d es el q u e r e r - v i vir biológico, a n t e r i o r a l egoísmo y altruis-
m o , q u e son r e f l e x i v o s ; s i s t e m a q u e p o d r í a h a l l a r s e r e p r e s e n t a d o
(1) Véase León Desers-La Morah dans tes pr«ncipe»-Paris-Pousaielgue-1905

pig.IX.
(2) Vincent Berge. La Vrai Morale, París, Giard e t Briere, 1907, p . V.
(3) Vóaao Georges Balante, Revue philosophlque, Marzo 1908, p. 274.
N U E V A S D I R E C C I O N E S D E LA M O R A L 797
por I h e r i n g y por W u n d t , con su voluntarismo biológico y su l e y d e

l a « h e t e r o g o n i a d e l o s fines»; el sociológico, de Simmel, Durlíheim
y L e v y - B r u h l , y e l empirismo solidarista d e Bourgeois, d e los q u e
l u e g o h a b l a r e m o s ; el cosmológico, q u e r e d u c e el ideal m o r a l á u n
h e c h o f a t u r o , q u e será el t é r m i n o p r o b a b l e d e la evolución; y l a l e y
moral, á la ley d e adaptación; el positivismo integral de Guyau,
q u e t r a t a d e p o n e r d e a c u e r d o los hechos científicos c o n los m o r a -
l e s ; el semiprngmatismo de R a u h , q u e coincide con los sociologis-
tas en afirmar q u e la experiencia moral debe ser casi únicamente
social y e n d e s d e ñ a r el d e b e r d e p e r f e c c i o n a m i e n t o individual,
p e r o q u e difiere d e él e n s o s t e n e r q u e la m o r a l i d a d es p o r n a t u r a l e -
za imposible d e a n a l i z a r , y q u e a u n c u a n d o se discurre s o b r e ella,
se h a b l a s i e m p r e d e l a s c o n s e c u e n c i a s p r á c t i c a s d e los a c t o s ; y p o r
ú l t i m o , el empirismo francamente pragmatista, sistema no bien de-
l i n e a d o a ú n , p e r o q u e se c a r a c t e r i z a p o r colocar el criterio d e l a
v e r d a d , tanto especulativa como práctica en los resultados.
Surgen, finalmente, a n t e el i n v e s t i g a d o r , las direcciones senti-
mentalistas d e H u m e y S m i t h ; el sentimentalismo estético de Ea-
v a i s s o n , f u n d a d o sobre el s e n t i m i e n t o p r o d u c i d o p o r l a belleza d e
l o s a c t o s ; el sentimentalismo místico de Secretan y Schleiermacher,
sosteniendo q u e el sentimiento m o r a l a d q u i e r e su valor, su certi-
d u m b r e y s u c u a l i d a d d e r e v e l a d o r d e l b i e n e n sí d e l a s m a n i f e s t a -
ciones d e l A b s o l a t o e n el a l m a d e l h o m b r e (I).
Y h a b r á d e notarse q u e la confusión v a en aumento al conside-
rar q u e h a y moralistas, la m a y o r parte, inclasificables; tal, por
e j e m p l o , el n e o c r i t i c i s t a R e n o u v i e r , q u e e n s u M o r a l , p r e c o n i z a á
v e c e s el f o r m a l i s m o k a n t i a n o , y h a s t a la m o r a l i n d e p e n d i e n t e ; t r a n -
s i g e o t r a s c o n el e u d e m o n i s m o p o s i t i v i s t a , y s e a p r o x i m a a l i n t e l e c -
tualismo de Taine, ora aparece individualista, o r a socialista (2);
tal asimismo Brochard, con su pretendido retorno á Aristóteles; t a -
les los eclécticos m o d e r n o s , c o m o P a u l J a n e t , L a c h e l i e r , B o n t r o u x
y el propio B o u g l é , q u e , á p e s a r d e su sociologismo racionalista,
halla c e n s u r a s p a r a ciertas e x a g e r a c i o n e s d e los sociólogos, y d e -
fiende lo e s e n c i a l d e l a M o r a l e u l o c o n c e r n i e n t e á l o s p r i n c i p i o s i n -
m e d i a t o s d e l a p r á c t i c a ; s i n h a b l a r d e l a s d o c t r i n a s d e Berg<!on, d e
las q u e se d e r i v a u n a m o r a l metafísica i n d i v i d u a l i s t a , y d e la posi-
(1) Véase A l b e r t Leolóro; La Morale ratioaelle. L a u s a n n e P a y o t , 1908, pá-

g i n a s 122 á 2r)9.
(2) Véase Ch.. Ecinouviei" Science de la Morale. Noiiv. edit. P a r i s , A l e a n ,
1908.
798 FILOSOFÍA
ción d e a l g u n o s s e m i m o d e r n i s t a s , como Blondel, P o i n c a r é , Le E o y

y otros.
E n t r e los intentos d e síntesis llevados ú l t i m a m e n t e á cabo en
m a t e r i a m o r a l m e r e c e u n a m e n c i ó n especial el d e Fouiliée e n su re
c i e n t e l i b r o « M o r a l d e l a s i d e a s - f u e r z a s » (1), y c u y o s i s t e m a c o n s t i
t u y e u n a dirección hostil al e m p i r i s m o , a u n q u e n o deja d e tener con
él c i e r t a s a f i n i d a d e s . P r o f u n d i z a F o u i l i é e e n el c o n c e p t o d e l i d e a l ,
e n el q u e c r e e d e s c u b r i r u n a f u e r z a c a p a z d e l l e v a r á l a a c t u a l i z a
ción, lo r e a l . U n a d e sus b a s e s es la t e o r í a i n g e n i o s a , p e r o inconsis
tente, de la idea-fuerza de libertad q u e nos permite pasar del deter-
m i n i s m o a l l i b e r t i s m o . O t r a b a s e s e h a l l a e n l a s u s t i t u c i ó n d e l im
perativo p o r el persuasivo, v i n i e n d o , p u e s , á c o i n c i d i r c o n G u y a u e n
la supresión d e la obligación y la sanción; y , a u n c u a n d o en gene
r a l l e c o n d e n a , n o d e j a d e i n c l i n a r s e á. v e c e s h a c i a el p r a g m a t i s m o ,
c o m o c u a n d o d i c e q u e «la v e r d a d d e l a s n o c i o n e s m o r a l e s d e b e c o m
p r o b a r s e a t e n d i e n d o á s u s b u e n o s efectos.»
E n esta confusión de sistemas y doctrinas d e q u e hemos querido

d a r i d e a , s e h a c e m á s difícil c a d a d i a , el o r i e n t a r s e . P o r el m o m e n
to, nos proponemos analizar las dos direcciones morales q u e p a r e
cen r e u n i r h o y m a y o r n ú m e r o d e sufragios, la Moral solidarista y
la Moral sociológica.
II
/*\oral la solidaridad.
Al p r e s c i n d i r d e l o s f u n d a m e n t o s t r a d i c i o n a l e s , q u e e r a n m e t a -
físicos, p a r a l a Moral, h a sido preciso r e c u r r i r á la Ciencia en de
m a n d a d e bases n u e v a s . Insuficiente doctrinal y p r á c t i c a m e n t e la
Moral evolucionista, é incapaz de s u m i n i s t r a r l a base sólida q u e las
conciencias necesitan, sus últimos partidarios se limitan á presen
t a r l a como u n a m e r a explicación psicológica de los preceptos m o r a
les, b u s c a n d o h o y l a b a s e p a r a la M o r a l en la Biología, s o b r e todo
d e s p u é s q u e Milne E d w a r d s , hizo aplicación a l o r g a n i s m o d e la l e y
d e d i v i s i ó n d e l t r a b a j o y d e l a s o l i d a r i d a d d e l a s f u n c i o n e s (2). « E c o -
(1) Morale des idees-farces, P a r i s , Alean, 1908.

(2) Véase Fouiliée «Los elementos sociojógioos de la Moral». Versión cas
tellana. Madrid, Jubera, 1908.
NUEVAS DIRECCIONES D E LA MORAL 799
nomía política y Biología, dice Boaglé, mezclan sus aguas en el s o -

1 arismo... El fenómeno general del que no se cansan de citar ejem-
P os los conferenciantes solidaristas, es precisamente aquél, cuyas
ormas y conveniencias han sido mejor estudiadas por economistas
y naturalistas á la vez: la división del trabajo, con el cambio de
servicios que entraña (1)
He aquí ahora los principios fundamentales de esta doctrina,
^ê ha sido sistematizada por el célebre político francés M. León
Boürgeois.
La solidaridad es un hecho científico perfectamente comproba-
0; solidaridad quiere decir interdependencia de las células en el
Bér organizado y de los individuos en la sociedad. La idea de vida
es idéntica á la de asociación. Para que un viviente alcance su com-
pleto desarrollo es preciso que todos sus órganos concurran armó-
nicamente á la realización de un fin común, que es la vida total del
individuo.
El hombre se halla ligado á la sociedad pasada y á la presente,
pero, como esto es sólo una solidaridad de hecho que, espada de
os filos, sirve para el bien lo mismo que para el mal, pues el con-
tagio y ]a herencia producen opuestos resultados, se hace preciso
corregir los defectos de la solidaridad natural; y creen los solida-
ristas que la Ciencia puede servir para ello, y a que, si no nos es po-
sible cambiar las leyes naturales, podemos al menos hacerlas servir
á nuestros fines. «Así como en la l e y de gravitación buscamos el
medio de establecer el equilibrio de nuestros edificios, así debemos
buscar en la l e y de solidaridad el equilibrio de las cosas morales y
sociales, es decir, la justicia... la necesidad de justicia existe en
toda conciencia... es, pues, preciso que la justicia exista y , mediante
la solidaridad podrá y deberá establecerse» (2).
Apóyase la Moral solidarista sobre l a hipótesis de la, deuda so-
cial y el cuasi-contrato.
Nace el hombre deudor por muchos conceptos, ya que al venir
& la vida goza de un capital inmenso, acumulado por las generacio-
nes anteriores, siendo, por ende, deudor de sus antepasados: Siendo
el hombre un ser social, y suponiendo l a asociación un cambio con-
tinuo de servicios, es también deudor de sus semejantes actuales;
(1) C. Bougló. Le eolidarisvie. P a r í s , G i a r d et B r i é r e , 1907, p. 15.

(2) Essai d'urie philos de la tolidarilé, p o r D a r l u , S a u h , Buisson, Gide y
« t r o s . P a r í s . A l e a n , p . 36.
800 FILOSOFÍA
lo e s a s i m i s m o d e l a s g e n e r a c i o n e s f a t n r a s , p a e s l a l i u m a n i d a d n o
h a t r a b a j a d o p o r é s t e n i p o r a q u é l , s i n o p o r t o d o s los h o m b r e s q u e
h a n d e vivir, hallándonos, por tanto, obligados á transmitir y a u m e n -
t a r el c a p i t a l r e c i b i d o .
A h o r a b i e n , e n el m e r o h e c h o d e a p r o v e c h a r n o s d e l a s v e n t a j a s
d e l a v i d a s o c i a l , a c e p t a m o s t a m b i é n s u s c a r g a s ; n o h a y e n esto u n
c o n t r a t o , p r o p i a m e n t e d i c h o , p e r o sí u n c o n t r a t o p r e s u n t o . S u p o -
n i e n d o q u e los h o m b r e s h u b i e r a n p o d i d o e n t e n d e r s e p r e v i a m e n t e
p a r a regularlas condiciones del contrato, habríanlas r e g ú l a l o así sus
v o l u n t a d e s . Eüto es lo q u e se l l a m a u n c u a s i c o n t r a t o . E x p r e s a , p u e s ,
la s o l i d a r i d a d , l a n o c i ó n d e u n d e b e r m á s e x t e n s o q u e el d e b e r d e
justicia, m á s riguroso q u e el d e c a r i d a d : u n d e b e r t a l , q u e l a socie-
d a d puede prescribirlo y sancionar su ejecución.
D e e s t a s u e r t e , d i c e n los s o l i d a r i s t a s , s e h a l l a f u n d a d a l a M o r a l ,
p u e s t o q u e , d e u n a m a n e r a d i r e c t a ó i n d i r e c t a , t o d o s los d e b e r e s s e
reducen á obligar al h o m b r e á coordinar su actividad en vista d e
los fines c o l e c t i v o s . F u e r a d e t o d a m e t a f í s i c a y d e t o d o d o g m a c o n -
fesional, e s t á d e m o s t r a d o q u e e x i s t e u n f u n d a m e n t o d e l a M o r a l ,
que es u n a v e r d a d de hecho fácilmente comprobable por todos; y
« s o b r e e l l a se e n c u e n t r a e d i f i c a d a l a M o r a l c o m o s o b r e u n i n d e s -
t r u c t i b l e l e c h o d e r o c a s > (1).
E n su o b r a «Los e l e m e n t o s sociológicos d e l a M o r a l » , r e c l a m a
E o u i l l é e p a r a sí, el h o n o r d e h a b e r i n t r o d u c i d o el c o n c e p t o d e soli-
daridad, con sus teorías acerca del organismo contractual y de la
(1) J . P a y o t : Cours de Morale, p. 31. Véase P a u l Burean.—Lo crise morale

des temps nouveaux.—Paris, Bloud, 1907, cap. I X .
Véase como se expresa el autor del sistema (L. Bourgeois, SoUdarilé, P a -
rís, Colín, 1898, pág. 118 y sig.): «Las aptitudes de nuestro cuerpo, los instru-
mentos y productos de nuestro trabajo, los instintos que velan <-n nosotros,
las palabras de que nos servimos, las ideas que nos gutan..., todo eso es la
obra lenta del pasado, se halla á nuestra disposición y se nos incorpora. Desde
el momento en que el niño es un ser distinto, es un deudor... Dna deuda: su
sustento, fruto del largo cultivo que desde hase siglos ha reproducido, multi-
plicado y mejorado las especies animales y vegetales... Deuda: su lenguaje...
Deudas, y de inmc-nso valor, el libro y la herramienta... Y cuanto raá.9 avance
en la vida más crecerá su deuda: deuda á cada paso eu la calla, á cada roda-
da del cocha ó del vagón, á cada vuelta de hélice del buque, á cada consumo
de un producto do la agricultura, de la industria ó de la ciencia...»
NUEVAS D I R E C C I O N E S D E LA MORAL 801
propiedad sociaL «Nosotros mismos, dice, hemos desarrollado en

binchas ocasiones esta concepción de la solidaridad, sobre la cual
abían insistido Bastiat, Henri Marión y Secretan... También Guyan
ce ebró la solidaridad en prosa y en verso...» (1). Antes que él había
icho Pierre Leroux: «Yo he sido el primero en tomar de los legis-
r nombre de solidaridad para introducirle en la Filosofía, es
êir, á mi juicio, en la religión del porvenir. He querido reempla-
zar la caridad del Cristianismo con la solidaridad humana» (2).
amblen A. Comte había expuesto doctrinas análogas: «Todos, de-
îa, nacemos cargados de obligaciones de toda clase respecto de la
sociedad» (3).
Pero aún tiene el solidarismo precedentes más remotos. Confron-
ando las ideas de Leroux con las de los primeros cristianos, decía
irónicamente M. Faguet: «¡Es increíble el número de ideas qne á
eroux ha robado el Cristianismo!» Los sentimientos esenciales de
a doctrina solidarista, son sentimientos cristianos subyacentes.
* Iodos nosotros, dice San Pablo, somos miembros de un solo cuer-
Po... Así como por la caída de uno solo, todos los hombres cayeron
la condenación, así reciben todos su justificación por la justicia
e uno solo. Así como todos mueren en Adán, así reviven todos en
risto.» Posee también el Cristianismo el dogma solidarista por ex-
celencia, el dogma de la Comunión de los Santos, que v a mucho
más lejos y tiene mucha mayor trascendencia que todas las solida-
ridades de los contemporáneos.
Dicen algunos solidaristas (4), que su doctrina se diferencia de
a cristiana, en que, según ésta, el hombre debe, sobre todo ó hasta
únicamente, preocuparse de la salvación propia, demostrando así,
1 1 total desconocimiento de las verdaderas doctrinas del Cristianis-
mo, que pone en el olvido de sí, mismo el medio de conseguir la pro-
pia salvación: «El que pierda su alma, la ganará.» Dicen asimismo,
<ine si bien la solidaridad es menos exigente que la caridad, respec-
to del individuo aislado, exige más, considerando á los individuos
organizados. No piensa así Tarde, cuando dice: «Tiene la solidari-
ad, para ciertos espíritus, la ventaja de ser la caridad hecho laico,
•«ajo este punto de vista nada ganamos en el cambio, y no hemos
(1) Versión castellana, p . 379.

(2) V é a s e B o u g l é . Ob. c i t . , p . 8.
(3) Véase B u r e a u . Ob. cit., p. 299.
(4) Véase Bonglé. Ihid., págs. 18 y sigs. Fouiliée paisim.
802 FILOSOFÍA
h e c h o o t r a c o s a , q u e s u s t i t u i r c o n u n t é r m i n o j u r í d i c o y frío, u n t é r -
mino totalmente impregnado de ternura humana».
**
H a y en esta doctrina moral ideas exactas y v e r d a d e r a s . La s o -

l i d a r i d a d es u n h e c h o y su r e o o n o o i m i e a t o signiflca u u p o s i t i v o p r o -
greso respecto de las d o c t r i n a s e s t r e c h a m e n t e individualistas d e l
siglo x v m . E n t o d o s los ó r d e n e s s o m o s los u n o s s o l i d a r i o s d e los
o t r o s ; en el o r d e n b i o l ó g i c o , la s o l i d a r i d a d t i e n e p o r c o l a b o r a d o r e s
a l m i c r o b i o y a l b a c i l o , e n c a r g a d o s d e l l e v a r el c o n t a g i o á g r a n d e s
d i s t a n c i a s e n el t i e m p o , y e n el e s p a c i o ; en el o r d e n e c o n ó m i c o se
d a n t a m b i é n i m p o r t a n t e s m a n i f e s t a c i o n e s d e l a s o l i d a r i d a d ; los s a -
l a r i o s d e u n p a í s r e p e r c u t e n en o t r o m u y d i s t a n t e , y d e a h í , e n t r e
o t r o s efectos, lo q u e l l a m a el A b a t e Millot, el peligro amarillo (I).
E n el o r d e n m o r a l y s o c i a l l a s o l i d a r i d a d e m p l e a m e d i o s d e t r a n s -
misión m á s sutiles y misteriosos, pero la multiplicidad ó i m p o r t a n -
c i a d e s u s efectos r e v e l a n c l a r a m e n t e , e l i n m e n s o p o d e r d e la f u e r z a
q u e los e n g e n d r a . T o d o a c t o d e v i r t u d , c o m o d i c e F o n s e g r i v e (2),
p r o d u c e u n a onda de bien q u e v a e x t e n d i é n d o s e e n c í r c u l o s c o n c é n -
t r i c o s p o r t o d a l a h u m a n i d a d ; y lo m i s m o á l a i n v e r s a , t o d o a c t o
m a l o . L a s o l i d a r i d a d m o r a l es p r i m e r a m e n t e individual; los a c t o s
todos d e la v i d a d e c a d a individuo se hallan ligados í n t i m a m e n t e
e n t r e sí, s i e n d o e n s u m a y o r í a c o n s e c u e n c i a u n o s d e o t r o s (3). E s
t a m b i é n social, y a q u e s o m o s y t e n e m o s q u e s e r h o m b r e s d e n u e s t r o
t i e m p o , h a l l á n d o n o s c o n s t a n t e m e n t e i n f l u e n c i a d o s p o r el m e d i o ; y
e s p o r ú l t i m o humana y a q n e s o m o s los h e r e d e r o s d e l p a s a d o , q u e
g r a v i t a s o b r e n o s o t r o s , n u n c i o s d e l p o r v e n i r , q u e p r e p a r a m o s (4).
V é s e p u e s , c u a n t a e s l a i m p o r t a n c i a m o r a l d e la s o l i d a r i d a d q u e
p u e d e constituir n n auxiliar poderoso de la ley moral; pero q u e no
(1) i Qué debe hacerse por el pveltof Versión castellana. Madrid, Jube-
ra, 1905.
(2) Georges L. Fonsegrive: Elements dephilos; t. IT, P a r í s , Picard, 1890.
(S) «El borracho de la comedia de Jefferson, dice Wiliam James, á cada
nueva recaída en su vicio se excusa diciendo: ¡esta ves no s'. cuevla!.... pero,
resulta contada de todos modos, porque on el fondo, entre BUS células y fibra»
nerviosas, las moléculas la cuentan, la registran y la almacenan para ser-
virse de ella contra él á la primera ocasión en que la tentación se reproduzca;
nada de lo que hacemos, queda á u n lado, en el sentido literal de l.i palabra»,
«Los ideales de la vida», trad. castellana. Barcelona, 1904; t I I , página (i7.
(4) C o T L ü B A E s p A f l o i A, Agosto 1906; páginas 849 y siguientes.
sirve, para fandamentar, cual pretenden los solidaristas, la Moral,

sin necesidad de apelar á ningún concepto metafísico.
«La necesidad de justicia, hemos visto que dicen los solidaristas,
existe en toda conciencia y reina imperiosamente en ella; esto es
un hecho perfectamente comprobado.»
Está bien; pero, ¿cuál es el origen de esa idea ó de ese instinto
de justicia? ¿Es el resultado de una evolución más 6 menos lenta,
como quería Spencer? Semejante hipótesis,.carece, en primer lugar,
de todo fundamento; la historia nos muestra que al lado de la ley
de progreso existe otra ley de decadencia y de muerte; si esa no-
ción, además, es el resultado de una evolución, podría ser destruida
por una evolución en sentido contrario: un hábito puede ser des-
truido por otro hábito opuesto. ¿Se dirá, en vista de esto, que esa
noción de justicia responde á algo que existe fuera de nosotros? He-
nos entonces y a en plena metafísica, de la que se quiere prescindir:
henos recurriendo á conceptos metafísicos y saliéndonos del terreno
de los hechos.
«Así como la ciencia, dícese también, nos permite corregir los
malos efectos de las leyes naturales, así, esa misma cicucia, nos
permitirá corregir los malos efectos de la solidaridad.»
Conformes en que la Ciencia nos dirá cómo podemos corregir la
solidaridad y hacerla servir á nuestros fines, pero no nos dice que
debam.os hacerlo. La Ciencia (dicho se está que empleamos esta pa-
labra en el sentido que hoy quieren dársela, de ciencia j>ositiva)
nos dice que quien quiera el fin ha de querer los medios, pero no
nos dice que debamos querer el fin; el imperativo de la Ciencia es
hipotético: «/SÍ quieres que tal hombre no muera de hambre, dale de
comer»: para ordenar categóricamente, sin condición, hay que re-
currir á la Metafísica, única que puede demostrarnos, no sólo que
estamos ligados á nuestros semejantes, sino que estaraos obligados;
el establecimiento de la obligación requiere un principio y una base
metafísicos. Para transformar, en suma, la solidaridad hecho en
solidaridad deber, es insuficiente la Ciencia positiva ( I ) .
(1) Muchos son los pensadores que h a n hecho n o t a r que la solidaridad es

amoral, constituyendo u n a ley de n u e s t r a n a t u r a l e z a , que lo mismo sirvo
p a r a el bien que p a r a el mal. «Uu hecho, dice SeaiUes, no es u n derecho n i u n
deber. El odio, la t i r a n í a , la lucha do clases, la g u e r r a , son formas de la soh-
daridad, como lo son la concordia y el amor.. (Ob. cit., p. 182.) -La depen-
dencia r e l a t i v a de los seres, dice P a u l Bourget, tiene dos significaciones... el
l e ó n es solidario de su presa, puesto que sin ella no puede vivir; sólo que s u
804 FILOSOFÍA i
Viniendo a h o r a al e x a m e n d e los principios f u n d a m e n t a l e s d e l

sistema, habremos, en primer término, d e decir, q u e según su n o -
c i ó n j u r í d i c a , el cuasi contrato n o p u e d e r e c a e r m á s q u e s o b r e l o s
hechos p u r a m e n t e voluntarios del h o m b r e . Ahora bien, ¿qué h a y d e
voluntario e n el cuasi-contrato d e los solidaristas? ¿Hemos sido l i -
b r e s p a r a a d q u i r i r el c o m p r o m i s o q u e i m p l i c a ? ¿ H e m o s p e d i d o n o s -
o t r o s e l n a c e r , h e c h o p o r v i r t u d d e l c u a l se c i e r r a e l c o n t r a t o ? E s ,
p u e s , p r e c i s o b u s c a r el f u n d a m e n t o d e l d e b e r e n o t r a c o s a q u e e n u n
mero hecho ajeno á nuestra voluntad.
T a m p o c o e s p o s i b l e e s t a b l e c e r j u r í d i c a m e n t e l a deuda social.
T o d a deuda supone u n acreedor; y «¿dónde están, decía Brunetiére,
los h e r e d e r o s de G u t e n b e r g y los d e r e c h o - h a b i e n t e s d e S t e p h e n s o n ? ;
á falta d e ellos, ¿quién t i e n e d e r e c h o á r e c o b r a r ese crédito?» T o d o s
y n i n g u n o somos los h e r e d e r o s , d e u d o r e s y a c r e e d o r e s á la vez, sin
q u e p u e d a fijarse n u e s t r a p a r t e d e d e u d a y n u e s t r a p a r t e d e c r é d i -
to. A d e m á s , p a r a q u e u n a p e r s o n a resulte v e r d a d e r a m e n t e acree-
d o r a d e o t r a p o r a l g ú n a c t o , m e n e s t e r es q u e t a l a c t o s e h a y a l l e v a -
d o á c a b o con el fin d e p r o p o r c i o n a r u n b e n e f i c i o á e s a o t r a p e r s o n a ;
y ¿ t r a b a j a r o n l a s g e n e r a c i o n e s p a s a d a s con el fin, per se, d e p r o c u -
r a r n o s beneficios á nosotros?; ¿ r e a l i z a m o s nosotros n u e s t r a s e m p r e -
s a s para q u e n u e s t r o s d e s c e n d i e n t e s r e c o j a n s u s f r u t o s ? S i s e h a b l a
d e deuda d e l a h u m a n i d a d h a c i a l o s i n v e n t o r e s , l o s h é r o e s ó l o s s a n -
tos, es tomando esa palabra en u n sentido amplísimo, deuda d e re-
c o n o c i m i e n t o , d e g r a t i t u d , p e r o n o e n el s e n t i d o d e d e u d a l e g a l , d e
justicia. «Consiento, dice humorísticamente M. Malapert, en hallar-
m e r e c o n o c i d o a l p r i m e r g o r i l a , m i a b u e l o , q u e m e r e c i e r a el n o m b r e
de antropopiteco, pero no veo en q u é sentido soy y o su deudor
p r o p i a m e n t e h a b l a n d o » (1).
P o r q u e los s o l i d a r i s t a s , y e n e s o e s t á l a p r i n c i p a l r a í z d e s u s
errores, confunden la justicia y sus exigencias, con las d e la cari-
d a d . C i e r t o s i , q u e el c a m p o d e l a j u s t i c i a es b a s t a n t e m á s a m p l i o
solidaridad consiste en m a t a r l a y devorarla.» («La Etapa», Madrid, J u b e r a ,

p. 206.) «Puesto que somos solidarios, dice Fouiliée, sacrifiquémonos los u n o s
por los otros, dirán los altruistas; puesto que somos solidarios, dirán á su vez
los egoístas, sirvámonos de ios demás en beneficio propio.» («Los elem. socio-
lógicos de la Mor.», Madrid, J u b e r a , 1908, p . 381.) «La solidaridad, dice, p o r
último, P a u l Bureau, impasible en su neutralidad amoral, se presta lo mismo
á las combinaciones ingeniosas del sacrificio y del amor, que á los cálculos
cínicos del egoísmo; vale lo que v a l e n los seres solidarios.» (Ob. cit., p. 325.)
(1) Essai d'une philos de la Solidarité, p. 104. V. Baylac, lug cit., 264.
d e lo que muchos han creído y creen; cierto que la vida social, sobre
todo, exige con rigurosa justicia el cumplimiento de deberes posi-
tivos, contra lo que algunos se figuran (1), pero aun concedido eso,
no podrá menos de reconocerse que hay un dominio, el dominio de
la caridad, que no puede ser regulado por ningún Código, dominio
cuyas leyes no pueden tener sanción externa, dominio, en suma,
indeterminado é indeterminable jurídicamente.
La solidaridad, por otra parte, que es en muchos casos un auxi-
liar poderoso para la moralización de los individuos, no puede en
manera alguna erigirse en norma universal de la conducta, puesto
que muchas veces debemos oponernos á la solidaridad, estamos obli-
gados á emanciparnos de las trabas de la solidaridad, sea individual,
sea social, ó sea humana. La historia entera así viene á confirmarlo.
El progreso de la humanidad sólo ha podido realizarse, rompiendo
las cadenas de las solidaridades preexistentes, para reemplazarlas
con otras más suaves, aun á costa del martirio. ¡Medrado quedaría
el individuo y medrada la humanidad si su norma de conducta hu-
biera sido y fuera la solidaridad!
III
noral sociológica.
Si bien la doctrina moral sociológica es nueva por su aparato

científico, tiene empero algunos precedentes. Ya Comte había dicho
que el hombre es un «producto de la sociedad»; el propio Hegel ha-
bía afirmado que la persona humana es un «producto del Estado»;
7) restringiéndole todavía más, pretende Izoulet que el hombre es
un «producto de la ciudad»; y las exageraciones en este sentido van
en aumento hasta el extremo de decir Gumplowiez, no ya sólo que
la moral, el arte, la religión y la ciencia, son productos imposibles
sin la sociedad, sino que lo es la conciencia misma psicológica: «El
niayor error, dice, de la psicología individualista, es el de admitir
que el hombre piensa... lo que piensa en el hombre no es él, sino su
comunidad social» (2).
(1) Véase lo que sobre este p a r t i c u l a r dijimos en CULTORA ESPAÑOLA, No- .

"íîembre 1906. _ j
(2) Oit. por Fonülée, 'Lot elementos sociológicos de la MoraU, Madrid, J n - ]
bera, 1908, p . 849.
CULTURA "5' >
806 FILOSOFÍA
E l primero e n s e ñ a l a r los principios f u n d a m e n t a l e s d e l a M o r a l

s o c i o l ó g i c a h a s i d o M . D a r k h e i m e n s u s o b r a s : La división du tra-
vail social Y Les regles de la methode sociologique. Apoyándose en
e s o s p r i n c i p i o s , c o n s t r u y ó e l s i s t e m a M . L e v y - B r u h l e n La Morale
et la Science des moeurs, habiendo contribuido poderosamente á
v u l g a r i z a r l e , M . A l b e r t B a y e , e n s u Morale scientifique y más recien-
t e m e n t e e n L'idée de Bien.
Tiene esta doctrina moral bastantes puntos de contacto con l a
e v o l u c i o n i s t a : a p o y á b a s e é s t a s o b r e l o s instintos sociales, y pre-
t e n d e b a s a r s e a q u e l l a , s o b r e l o s hechos sociales; según la evolucio-
nista, l a evolución m o r a l d e b e llegar á la evolución social; l a socio-
lógica considera también la evolución, pero cree, al revés de a q u e -
lla, q u e l a evolución social es l a q u e p r o d u c e l a evolución m o r a l .
S e g ú n la Moral sociológica, la cuestión m o r a l es u n a cuestión s o -
cial. «Los h e c h o s m o r a l e s , dice L e v y - B r u h l , son hechos sociales q u e
v a r í a n e n función d e los d e m á s hechos sociales; l a moral d e u n a s o -
ciedad dada, debe considerarse en relación necesaria con la reali-
d a d social. El método y el espíritu d e la ciencia moral, deben por
ende, ser los mismos q u e los d e l a ciencia social, y puesto q u e é s t a
e s t u d i a los hechos sociales p a r a inferir s u s leyes, d e b e r e m o s n o s o t r o s
considerar las reglas morales, las obligaciones, los derechos... c o m o
u n conjunto de hechos (I).
¿De q u é modo constituiremos la Ciencia moral? D e ninguno, res-
p o n d e n los sociologistas; no h a y p r o b l e m a m o r a l , como n o h a y p r o -
b l e m a físico ó p r o b l e m a fisiológico (2). L a s u p r e s i ó n d e l p r o b l e m a
moral lleva aparejada la s u p r e s i ó n d e los juicios m o r a l e s , d e l a s
apreciaciones de la conducta, debiendo limitarnos p u r a y simple-
m e n t e á describir los hechos; siendo m u y de l a m e n t a r q u e al tener
los h o m b r e s c o n o c i m i e n t o d e los h e c h o s , n o p u e d a n p r e s c i n d i r d e
d e f o r m u l a r a c e r c a d e ellos u n juicio d e valor a c o m p a ñ a d o d e s e n -
t i m i e n t o s q u e n o q u e r r í a m o s d e j a r d e e x p e r i m e n t a r (3). L a c i e n c i a
m o r a l , p o r c o n s i g u i e n t e , n o d e b e e n m a n e r a a l g u n a i n v e s t i g a r lo que
debe ser, s i n o t a n s ó l o lo que es; n o d e b i e n d o t a m p o c o prescribir.
E s m e n e s t e r , a s i m i s m o , d i c e n los sociologistas, s e p a r a r l a Cien-
c i a m o r a l d e l A r t e m o r a l , el c u a l , c o m o d i c e B a y e t (4), «en r a z ó n d e
(1) La Morale et la Sciencie des moeurs, p . 14.

(2) Ibid., p . 263.
(3) Ibid., p . 188.
4) Morale scientifique, p . 177.
SU c a r á c t e r e s e n c i a l m e n t e s o c i a l , n o s e p r o p o n d r á r e g l a m e n t a r l a
v i d a i n d i v i d u a l interior, sino q u e h a b r á d e dejarla ' d e s e n v o l v e r s e
espontánea y libremente». No habiendo, pues, deberes p a r a consigo
m i s m o , ni p a r a c o n los d e m á s i n d i v i d u o s en c u a n t o tales, no e x i s t e
otro objetivo d e d e b e r e s q u e el sujeto colectivo, siendo preciso q u e
é s t e s e a o t r a c o s a q u e el t o t a l d e l o s i n d i v i d u o s q u e l e c o m p o n e n ,
p u e s si f u e s e s ó l o u n a s u m a , n o t e n d r í a o t r o v a l o r m o r a l q u e e l d e
sus elementos.
El individuo no existe, es u n a p u r a e n t i d a d a b s t r a c t a , lo q u e
e x i s t e r e a l m e n t e es l a s o c i e d a d , el o r g a n i s m o , c u y o s a p a r a t o s y
c é l u l a s s ó l o t i e n e n v a l o r p o r s u u n i ó n c o n e l c o n j u n t o . «Si s e l e q u i t a
al h o m b r e , d i c e D u r k h e i m , t o d o lo q u e r e c i b e d e l a s o c i e d a d , no
q u e d a m á s q u e u n ser r e d u c i d o á la sensación... Sin el l e n g u a j e , c o s a
social, son prácticamente imposibles las ideas generales ó abstrac-
t a s . . . A b a n d o n a d o á sí p r o p i o , el i n d i v i d u o c a e r í a bajo la d e p e n d e n -
c i a d e l a s f u e r z a s f í s i c a s » (1). A s í c o m o l a s o c i e d a d es s u p e r i o r m a -
terialmente al individuo, y a q u e resulta de la coalición de todas l a s
f u e r z a s i n d i v i d u a l e s , a s í t a m b i é n le e s moralmente superior. L a so-
c i e d a d e s u n a a u t o r i d a d m o r a l q u e e x i g e el r e s p e t o y d a á c i e r t a s
r e g l a s d e c o n d u c t a , el c a r á c t e r i m p e r a t i v o q u e d i s t i n g u e l a obliga-
ción m o r a l . J a m á s , a ñ a d e n los sociologistas, j a m á s se ha e n c o n t r a d o
u n a sola r e g l a m o r a l q u e n o fuese el p r o d u c t o d e factores sociales
d e t e r m i n a d o s ; y esto o b e d e c e á q u e t o d o s los s i s t e m a s d e m o r a l p r a c -
ticados p o r los p u e b l o s son función d e s u organización social, d e p e n -
d e n de su estructora y v a r í a n con ella.
E s i n d u d a b l e q u e l a M o r a l , lo m i s m o q u e t o d a Ciencia, h a d e c o -
m e n z a r p o r l a o b s e r v a c i ó n y a n á l i s i s d e los h e c h o s ; p e r o , si p u e d e
c o n c e d e r s e á los sociologistas q u e l a o b s e r v a c i ó n es e n Moral ne-
cesaria, n o e s p o s i b l e a d m i t i r q u e s e a suficiente. Es u n hecho de ob-
servación v u l g a r q u e los h o m b r e s todos formulan juicios morales,
a p r e c i a c i o n e s s o b r e l a c o n d u c t a p r o p i a y a j e n a ; t a l es el h e c h o fun-
d a m e n t a l q u e p u e d e servir al moralista de base p a r a sus investiga-
ciones; pero, u n a vez recogido ese hecho, tiene necesariamente q u e
p r e g u n t a r s e : ¿qué condiciones i m p l i c a n esos juicios morales? ¿Por-
(1) BuUetin de la Societé de Philosophie, A b r i l , 1906, p . 132.

808 FILOSOFÍA
q u é l a h u m a n i d a d l l a m a buenos á u n o s a c t o s y malos á o t r o s ? P a r a
esa calificación m o r a l , t i e n e n q u e poseer los h o m b r e s u n a norma,
¿cuál es? ¿cuál debe ser? L o s h o m b r e s s e c r e e n l i b r e s ¿ c o n t i t u y e t a l
c r e e n c i a u n a i l u s i ó n ? ¿son e x p l i c a b l e s s i n l a l i b e r t a d , l a s n o c i o n e s
morales, sanción, remordimiento, arrepentimiento, bien m o r a l , etc.?
«No h a y p r o b l e m a m o r a l , d i c e n los s o c i o l o g i s t a s , c o m o n o h a y
p r o b l e m a físico, n i p r o b l e m a fisiológico».
C i e r t o , c o n t e s t a F o u i l i é e , q u e n o h a y p r o b l e m a físico, p e r o h a y
u n p r o b l e m a fisiológico, q u e es el d e v i v i r , y u n p r o b l e m a m o r a l ,
q u e e s el d e v i v i r b i e n q u e r i e n d o l o m e j o r . C u a n d o n n c e n t i n e l a ,
p o r e j e m p l o , s e h a l l a c o l o c a d o e n l a a l t e r n a t i v a d e ó d a r el alerta,
e x p o n i é n d o s e á u n b a l a z o , ó c a l l a r s e y o c u l t a r s e d e j a n d o q u e el
e n e m i g o se a p o d e r e d é l a p o s i c i ó n y s a c r i f i q u e á s u s c a m a r a d a s , se
p l a n t e a u n p r o b l e m a m o r a l , no i n d e t e r m i n a d o sino concreto, pro-
b l e m a q u e d e p e n d e á su vez de otro p r o b l e m a u n i v e r s a l y último.
¿ C o n s t i t u y e l a v i d a el s u p r e m o b i e n ? . . . . «No s e r á n s e g u r a m e n t e l o s
e s t u d i o s a r q u e o l ó g i c o s y s o c i o l ó g i c o s s o b r e el tabou y el tótem los
q u e h a b r á n d e resolver la cuestión y decidir al centinela á perder
l a v i d a g r i t a n d o ¡ q u i é n v i v e ! » (1)
L a i d e a f u n d a m e n t a l d e t o d a M o r a l , es l a i d e a d e obligación; con
d e f i n i r los h e c h o s m o r a l e s , c o n e x p l i c a r s u g é n e s i s y s u d e s e n v o l -
v i m i e n t o e n l a s o c i e d a d , n o s e e s t a b l e c e n i p u e d e e s t a b l e c e r s e el
c a r á c t e r obligatorio d e l a s l e y e s ; r e q u i é r e s e p a r a ello n n p r i n c i p i o
superior, u n a r a z ó n suficiente d e n u e s t r a obediencia y sumisión. Y
esa b a s e d e la obligación, del i m p e r a t i v o c a t e g ó r i c o , n o p u e d e ser la
v o l u n t a d c o l e c t i v a ; el i n d i v i d u o q u e se e x p l i c a s e d e e s e m o d o e l
o r i g e n d e los i m p e r a t i v o s , les p e r d e r í a el r e s p e t o , p o r q u e no v e r í a
en ellos o t r a c o s a q u e u n a f u e r z a d e i n t i m i d a c i ó n arbitraria, sin
justificación racionaZ suficiente. Y no v a l e a p e l a r p a r a ello, al i n t e -
r é s s o c i a l , á m e n o s q u e p r e v i a m e n t e s e h a y a d e m o s t r a d o q u e él
bien p a r a el h o m b r e c o n s i s t e e n s a c r i f i c a r s e a l i n t e r é s c o l e c t i v o ; y
se h a y a asismismo establecido, q u i é n y como se h a d e s e ñ a l a r ese
interés.
S o n l o s s o c i o l o g i s t a s a d v e r s a r i o s e n c a r n i z a d o s d e l ideal, d e lo
que debe ser; j a m á s , d i c e L e v y - B r u h l , h a t e n i d o el físico l a p r e t e n -
s i ó n d e a v e r i g u a r c u á l e s deberían ser l a s l e y e s n a t u r a l e s ; lo m i s m o
d e b e h a c e r el m o r a l i s t a .
P o d r í a d i s c u t i r s e l a a f i r m a c i ó n d e q u e el físico n o s e p r e o c u p a .
(1) Los elementos sotiológ'xcos de la Moral. Y. castellana, p . 299.

de cuáles deberían ser las leyes naturales; pero a u n concediéndolo,

habrá siempre u n a diferencia esencialísima entre las investigacio-
n e s d e l físico y l a s d e l m o r a l i s t a : la n a t u r a l e z a física n o d e p e n d e
de nosotros; pero la n a t u r a l e z a moral, sí. P o r otra p a r t e , y y a que
se q u i e r e p e r m a n e z c a m o s en el t e r r e n o d e los bechos, ¿no es p o r
v e n t u r a u n h e c h o q u e el ideal se i m p o n e á nosotros á t o d a s horas?
Los juicios morales q u e formulamos d e continuo, ¿no implican u n a
c o m p a r a c i ó n p o r n o s o t r o s e s t a b l e c i d a e n t r e lo que ha sido y lo q u e
c r e e m o s q u e debió sei-? « E s a s i n j u r i a s c o n t r a el i d e a l , d i c e F o u i l i é e ,
son á nuestro juicio injurias contra la inteligencia m i s m a . E s seguro
que la ostra no tiene ideal, pero tampoco tiene ciencia ni filosofía.
T a n pronto como se h a c e o b r a d e inteligencia, se distingue, se eva-
lúa; se prefiere la salud á la e n f e r m e d a d , la razón á la demencia,
d e t a l s u e r t e , q u e el t e n e r m á s s a l u d , v i e n e á s e r u n ideal» (1).
L a m é n t a n s e , s e g ú i v i m o s los sociologistas, d e q u e n o p u e d a el
h o m b r e prescindir d e formular u n juicio d e valor a c e r c a d e los actos
que contempla, y experimentar asimismo sentimientos de aversión
ó simpatía; porque esas evaluaciones son anticientíficas; quieren
q u e n o s limitemos á e x a m i n a r los hechos á describirlos y á a g r u p a r -
los s e g ú n s u s r e l a c i o n e s objetivas, e s decir, q u e c o n t e m p l e m o s , p o r
ejemplo, a l a v a r o , d e s c r i b a m o s la génesis y desenvolvimiento d e la
avaricia, pero que nos libremos de hacer u n a escala de valores y
colocar al a v a r o en u n g r a d o inferior al h o m b r e generoso. Como se
v e , los sociologistas llegan hasta los m a y o r e s a b s u r d o s , con tal d e
n o Jiacer metafísica. « R e c u e r d o , d i c e D e s e r s (2), h a b e r v i s t o á u n
d e s d i c h a d o q u e h a b í a asesinado á su p a d r e y á su m a d r e Expe-
r i m e n t é u n a o p r e s i ó n , u n a a n g u s t i a , i g u a l á b.-.en s e g u r o , á l o q u e
todos habríais experimentado: pues bien, esa vuestra opresión h a -
bría sido a b s o l u t a m e n t e anticientífica. Lo q u e debemos hacer al v e r
á ese h o m b r e es, consignar el h e c h o , i n t e r e s a r n o s p o r él, c o m o
c u a n d o e x a m i n a m o s u n insecto ó u n a p l a n t a , pero con la m i s m a
indiferencia d e juicio con q u e h a r í a m o s constar q u e u n a p a r e d es
blanca, ó que en verano hace de ordinario m á s calor que en in-
vierno».
L a c a u s a principal d e los errores del sociologismo se halla e n l a
falsa identificación d e la sociedad con u n o r g a n i s m o : Los a p a r a -
(1) Ibid., p . 398.

(2) León Desers. Les Morales d'aujourd'hui et la Morale Chrétienne, P a r i s ,
Poussielgue, 1907, p . 127.
810 FILOSOFÍA
tos, órganos y células q u e constituyen u n ser viviente no tienen v i d a

m á s q u e e n y p o r s u u n i ó n con el c o n j u n t o , ¿ s u c e d e a s í , p o r v e n t u -
r a , c o n los i n d i v i d u o s r e s p e c t o d e l a s o c i e d a d ? C i e r t o q u e el h o m b r e
aislado no p o d r á a l c a n z a r su ser completo d e h o m b r e ; pero p o d r í a
existir y t e n e r v i d a p r o p i a . E n los o r g a n i s m o s v i v i e n t e s , c o m o h a c e
n o t a r el d a n é s H o f f d i n g , l o s ó r g a n o s c e n t r a l e s s o n l o s q u e e x p e r i -
m e n t a n el p l a c e r y el d o l o r ; e n el o r g a n i s m o social s o n , p o r el c o n -
t r a r i o , l a s c é l a l a s , los i n d i v i d u o s . E l o r g a n i s m o s o c i a l , d i c e el p r o p i o
S p e n c e r , n o p o s e e u n sunsorium commune, una conciencia colectiva;
n o t i e n e m á s s e n s a c i o n e s y p e n s a m i e n t o s q u e los d e s u s m i e m b r o s ;
el c e n t r o p s í q u i c o s e h a l l a e n c a d a u n a d e l a s u n i d a d e s , n o e n el
t o d o ; el p l a c e r es i n d i v i d u a l ; l a f e l i c i d a d e s t a m b i é n i n d i v i d u a l . L a
sociedad, dice á su vez Fouillée, no c r e a la i n d i v i d u a l i d a d , sino q u e
la d e t e r m i n a simplemente h a c i é n d o l a sufrir la acción constante de
o t r a s i n d i v i d u a l i d a d e s . Al a n i q u i l a r al i n d i v i d u o i n c u r r e n los socio-
l o g i s t a s e n el d e f e c t o q u e á t o d a c o s t a q u i e r e n e v i t a r , el d e h a c e r
m e t a f í s i c a , d 3 r e a l i z a r a b s t r a c c i o n e s , p u e s si el i n d i v i d u o es u n a
p u r a abstracción, la colectividad, compuesta d e individuos, será
t a m b i é n u n a a b s t r a c c i ó n ; l a s u m a d e c e r o s es c e r o .
Así se e x p l i c a q u e esta d o c t r i n a m o r a l r e c h a c e toda clase d e de-
b e r e s i n d i v i d u a l e s , p u e s si el i n d i v i d u o n o es m á s q u e u n a c é l u l a
d e l o r g a n i s m o s o c i a l , sólo l a s o c i e d a d t e n d r á d e b e r e s y d e r e c h o s ,
d e s e r l ó g i c o s l o s s o c i o l o g i s t a s , d e b i e r a n s u p r i m i r , n o sólo los d e b e -
r e s y d e r e c h o s i n d i v i d u a l e s , sino t a m b i é n los d e b e r e s p a r a con los
i n d i v i d u o s y los d e r e c h o s s o b r e los i n d i v i d u o s , p u r a s c é l u l a s s i n v i d a
propia.
P e r o ¿es c i e r t o q u e «la c o n c i e n c i a m o r a l c o m ú n n o h a c o n s i d e r a -
do j a m á s como m o r a l u n acto q u e se refiera e x c l u s i v a m e n t e á la
c o n s e r v a c i ó n ó d e s e n v o l v i m i e n t o d e l i n d i v i d u o ? » T o d o lo c o n t r a r i o ;
n u e s t r a r a z ó n nos dice q u e no p u e d e h a b e r d e b e r e s sociales sin q u e
los h a y a en p r i m e r t é r m i n o individuales, ¿cómo p o d r á u n o v e r s e
o b l i g a d o al p e r f e c c i o n a m i e n t o d e l o s d e m á s si n o se s i e n t e o b l i g a d o á
t r a b a j a r p o r el p e r f e c c i o n a m i e n t o p r o p i o ? L o m i s m o t e ó r i c a q u e
p r á c t i c a m e n t e l a m o r a l i n d i v i d u a l es la b a s e d e l a s o c i a l ; p u e s l a
moral individual no trata de desarrollar una individualidad egoísta,
sino la p e r s o n a h u m a n a , o r d e n a n d o p r e c i s a m e n t e despojarse d e lo
q u e es d e m a s i a d o i n d i v i d u a l . El perfeccionamiento social r e s u l t a d e
l a p e r f e c c i ó n d e s u s i n d i v i d u o s , y v i c e v e r s a , ¿es p o s i b l e q u e d e j e d e
causar perjuicios á la sociedad quien no tiene m o r a l i d a d interior?
« T o d o d e b e r p a r a c o n l o s d e m á s , d i c e F o u i l l é e , es i n d i v i s i b l e m e n t e
NUEVAS D I R E C C I O N E S D E LA MORAL 811
nn d e b e r p a r a c o n s i g o : N o p u e d o y o respetaros m á s q u e si m e r e s -
peto á mí mismo , n o p u e d o aviaros m á s q u e a m á n d o m e á m i m i s -
m o , a m a n d o e n m í los c a r a c t e r e s d e a m a b i l i d a d q u e e n c u e n t r o e n
los otros » (1).
D i c e n , a s i m i s m o , los sociologistas, q u e así como la s o c i e d a d h a
c r e a d o el l e n g u a j e , a s í t a m b i é n p u e d e c r e a r y c r e a l a m o r a l i d a d .
N o e s c i e r t o , e n p r i m e r l u g a r , q u e l a s o c i e d a d h a y a creado e l
l e n g u a j e . E l e l e m e n t o m á s i m p o r t a n t e d e e n t r e los q u e c o n c u r r e n á
h a c e r p o s i b l e el l e n g u a j e , e s l a i d e a d e r e l a c i ó n e n t r e el s i g n o y l a
c o s a s i g n i f i c a d a ; el h e c h o d e v i v i r l o s h o m b r e s e n s o c i e d a d e x p l i c a e n
g r a n p a r t e el d e s e n v o l v i m i e n t o d e l a f a c u l t a d d e h a b l a r ; p e r o el
factor inicial del lenguaje, la idea de emplear signos p a r a e x p r e s a r
el p e n s a m i e n t o , es u n a i d e a c o m p l e t a m e n t e n a t u r a l en u n ser dota-
d o d e i n t e l i g e n c i a . Si c a d a u n o d e l o s h o m b r e s e s , p o r o t r a p a r t e ,
t o t a l m e n t e i n c a p a z d e c r e a r el l e n g u a j e , ¿ p o d r á c r e a r s e c o n l a t o t a -
lización de incapacidades? Pero, a u n admitiendo que la sociedad
h u b i e s e c r e a d o el l e n g u a j e , p o h a b r í a p o r eso d e r e c h o p a r a i n f e r i r
q u e crease también la m o r a l i d a d , cosa completamente distinta.
Veamos, p a r a terminar, las consecuencias á que llevaría la apli-
c a c i ó n d e los p r i n c i p i o s sociológicos.
Si l a M o r a l c o n s i s t e , c o m o a f i r m a n l o s s o c i o l o g i s t a s , e n a c o m o -
d a r s e á l a s c o s t u m b r e s , a l e s t a d o social del t i e m p o e n q u e se v i v e ,
l a Moral, b i e n se v e , s e r á del t o d o r e l a t i v a , c a m b i a r á s e g ú n los
t i e m p o s y l u g a r e s , d e tal suerte, q u e allí d o n d e las c o s t u m b r e s ha-
y a n p e r m i t i d o el i n f a n t i c i d i o ó l a a n t r o p o f a g i a , e s a s a b e i - r a c i o n t í s
s e r á n m o r a l e s , y si l l e g a s e n á p e n e t r a r e n n u e s t r a s c o s t u m b r e s , s e -
r í a n l o t a m b i é n p a r a n o s o t r o s . Cierto q u e á esto r e p l i c a n d i c i e n d o
que a u n cuando la moral de u n a sociedad d a d a , sea relativa y pro-
visional, «no es s e n t i d a como tal, sino q u e se i m p o n e d e u n m o d o
absoluto que no tolera la desobediencia,ni la indiferencia, ni a u n la
reflexión crítica»; p e r o b i e n c l a r a m e n t e se a d v i e r t e q u e la r é p l i c a
c a r e c e d e c o n s i s t e n c i a ; d e hecho, h a y q u i e n e s d e s o b e d e c e n ; y e n e l
t e r r e n o ideal ¿ c ó m o d e m o s t r a r á n l o s s o c i o l o g i s t a s q u e debemos obe-
decer?
¿ C ó m o , p o r o t r a p a r t e , h a b r e m o s d e c o n d u c i r n o s e n el c a s o d e
d u d a , en los l l a m a d o s «casos d e conciencia»? H a y q u e c o n t e n t a r s e ,
dicen, con soluciones a p r o x i m a d a s y provisionales á falta d e o t r a s .
(1) Ob. cit., p. 352.

812 FILOSOFÍA
¡Como si f u e r a p o s i b l e d a r u n a s o l u c i ó n j > r o m s t o 7 i a í en u n c a s o d e
vida ó mnerte!
M u c h a s o t r a s c o n s e c u e n c i a s f u n e s t a s d e la d o c t r i u a s o c i o l ó g i c a
p o d r í a n s e ñ a l a r s e , t a l e s c o m o el c o n f o r m i s m o ó c o n s e r v a n t i s m o m o -
r a l ; p e r o p r e f e r i m o s d a r fin á e s t a s c o n s i d e r a c i o n e s , t r a n s c r i b i e n d o
l a s p a l a b r a s m i s m a s d e l m á s e n t u s i a s t a p r o p a g a n d i s t a d e l sociolo-
g i s m o : «Las f o r m a s , dice, q u e r e v i s t e l a i d e a d e bien, son m ú l t i p l e s ,
c o n t r a d i c t o r i a s y c a m b i a n t e s . E l b i e n , es, en c a d a p a í s , e a c a d a i n s -
t a n t e , lo q u e l a s c o n c i e n c i a s c o l e c t i v a s , i m p l í c i t a ó e x p l í c i t a m e n t e ,
j u z g a n s e r b u e n o . Lejos d e h a l l a r s e s i e m p r e d e a c u e r d o esos j u i c i o s
s e c o n t r a r í a n c o n f r e c u e n c i a y h a s t a se c o n t r a d i c e n v i o l e n t a m e n t e .
N i n g ú n p r i n c i p i o s u p r e m o d o m i n a 6 a t e n ú a s u conflicto Esos
juicios de las conciencias colectivas no valen n u n c a m á s que p a r a
u n t i e m p o ; n o e x p r e s a n j a m á s n a d a d e definitivo é i r r e v o c a b l e
E l b i e n e s h o y , lo q u e l a s c o n c i e n c i a s c o l e c t i v a s j u z g a n s e r b u e n o ;
s e r á m a ñ a n a , lo q u e m a ñ a n a j u z g a r á n b u e n o El sociólogo o b -
s e r v a la r e a l i d a d , p e r o n o l a j u z g a . P a r a él, la difusión d e l a s i d e a s
c r i s t i a n a s es u n h e c h o , l a difusión d e l a s i d e a s a n a r q u i s t a s es o t r o
h e c h o ; l a s i d e a s q u e a n i m a n á los g r u p o s d e l a d r o n e s , c o m o l a s q u e
a n i m a n á l a s s o c i e d a d e s d e b e n e f i c e n c i a , s o n objetos d e o b s e r v a -
ción ¿Quiere esto d e c i r q u e se nos n i e g a el d e r e c h o d e j u z g a r l o s ?
C o m o h o m b r e s n o , p e r o sí en c u a n t o sabios» ( I ) .
GENAKO GONZÁLEZ C A E R E S O .
(1) Albert Bayet, L'idée de Bien, París, Aloán, 1908, págs. 228 y sigs.
NOrnS BlBLlOQRflFlCnS
l.-Filosofla.
D R . SEB. REINSTADLER; 'Elementa pbitosophix scholasticx. Dos volúmenes de xxvii-467

y xvm-457 páginas. Friburgo de Brisgovia. Herder, 1907, 6 marcos.
H á l l a s e l a o b r a i n s p i r a d a p r i n c i p a l m e n t e e n el s a n t o D o c t o r d e A q u i -
no, sin d e j a r p o r ello d e e s t u d i a r l a s p r i n c i p a l e s c u e s t i o n e s q u e los p r o -
g r e s o s d e l a s c i e n c i a s filosóficas y p o s i t i v a s b a n p u e s t o s o b r e el t a p e t e .
E l a u t o r h a r e c u r r i d o c o n f r e c u e n c i a á los m a e s t r o s d e L o v a i n a , e s p e -
c i a l m e n t e á M e r c i e r y Nys, p a r a l a C r i t e r i o l o g i a y C o s m o l o g í a , a n a l i -
z a n d o l a s t e o r í a s n e o - k a n t i a n a s y r e l a t i v i s t a s ; y las d o c t r i n a s m o d e r n a s
a c e r c a d o l a c o n s t i t u c i ó n I n t i m a d e los c u e r p o s . E n l a P s i c o l o g í a , q u e e l
autor, ímpropiameute en nuestro sentir, llama Antropología, e x a m i n a
c u e s t i o n e s t a n i n t e r e s a n t e s como l a s r e l a t i v a s á l a ganeración equivoca
y a l o r i g e n d e l a s especies; l a s t e o r í a s d e t e r m i n i s t a s , el f e n o m e n i s m o , l a
t e l e p a t í a , e t c . E n E t i c a c o n s a g r a g r a n e x t e n s i ó n á l a s c u e s t i o n e s so-
ciales.
Cree, siguiendo l a tradición, deber comenzar p o r l a Lógica. D i v i d e
l a P s i c o l o g í a e n analítica y sintética, c o n t r i b u y e n d o así á p e r p e t u a r el
e r r o r d e l a e x c l u s i v i d a d d e esos l l a m a d o s m é t o d o s , y q u e , m á s q u e t a l e s ,
son procedimientos g e n e r a l e s de todo método. Tampoco nos explicamos
el p o r q u é d e e s t u d i a r l a e s p i r i t u a l i d a d a n t e s q u e l a s i m p l i c i d a d d e l a l m a .
L a E t i c a , p o r ú l t i m o , n o s p a r e c e a s a z deficiente, a u n d e n t r o d e l c r i t e r i o
t r a d i c i o n a l , y a q u e f a l t a t o d a l a Moral i n d i v i d u a l .
C. WILLIEMS: Institutiones pbilosopbicxs. Dos volúmenes de XXV11-S78 y xviii-661

páginas. Treveris-Paulinus Druckerey, 1 5 marcos.
E s s i n d i s p u t a e s t e u n o d e los m e j o r e s y m á s copiosos t e x t o s d e F i l o -
sofía e s c o l á s t i c a escritos r e c i e n t e m e n t e e n l a l e n g u a del L a c i o . E l a u t o r ,
q u e l l e v a m u c h o s a ñ o s e n s e ñ a n d o e s t a c i e n c i a , h a t e n i d o ocasión d e a p r e -
ciar cuáles son las razones q u e m á s eficazmente h a b l a n á las i n t e l i g e n -
c i a s , y á las i n t e l i g e n c i a s de estos t i e m p o s m á s e x i g e n t e s q u e l a s d e o t r o s .
De criterio amplio, no se h a e n c e r r a d o e n fórmulas estrechas y exclu-
814 FILOSOFÍA
sivas, d a n d o , por el c o n t r a r i o , c a b i d a á las adquisiciones de l a ciencia

m o d e r n a . L a exposición e n l e n g u a j e claro y e l e g a n t e , es m u y m e t ó d i c a
y o r d e n a d a por r e g l a g e n e r a l , conteniendo m u c h a s indicaciones b i b l i o -
gráficas.
L a L ó g i c a es, á n u e s t r o juicio, l a q u e t i e n e m e n o s v a l o r y o r i g i n a l i d a d ;
m u c h o m a y o r e s nos h a n parecido los de l a Criteriologia, e n l a c u a l des-
p u é s de e s t u d i a r el problema crítico, e x a m i n a d e t e n i d a m e n t e l a s t e o r í a s
ideológicas, d e d i c a n d o especial a t e n c i ó n á las de H e r b a r t , S c h o p e n h a u e r ,
H a r t m a n n , F e c h n e r , Lotze, P a u l s e n , W u n d t y los N e o - k a n t i a n o s . P o r lo
q u e respecta á las o t r a s p a r t e s d e l a filosofía h a d e s d e ñ a d o el a u t o r al-
g u n o s a n t i g u o s p r o b l e m a s p a r a c o n s a g r a r m a y o r espacio á las cuestiones
d e a c t u a l i d a d , q u e e s t u d i a con g r a n s e r e n i d a d d e juicio.
II.—Psicología.
P . ENHICO WASSMANN: Xa Biología moderna e la leoria dell'evolucione, Un volumen

de 480 páginas. Firenzc. Librería editricc fiorentina.
Muchos son los t r a b a j o s consagrados a l estudio d e los p r o b l e m a s b i o -

lógicos e n lo q u e r e s p e c t a sobre todo al origen de l a s especies; pero pocos
t a n serenos, t a n d o c u m e n t a d o s y t a n n u t r i d o s de sólidos a r g u m e n t o s
como el del sabio jesuíta, a u t o r de este libro. L a m i t a d p r ó x i m a m e n t e
del v o l u m e n está d e d i c a d a á l a exposición d e los principios biológicos,
l a morfología y fisiología de l a célula y las leyes diversas q u e r e g u l a n s u
formación y desenvolvimiento, p a r a p r o c e d e r después al e x a m e n d e l a
t e o r í a de l a evolución e n su esencia y e n sus a p l i c a c i o n e s .
Muéstrase el a u t o r f a v o r a b l e á l a t e o r í a d e l a evolución b i o l ó g i c a ,
como u n a consecuencia n a t u r a l de l a evolución geológica, siempre q u e
se h a g a n a l g u n a s restricciones, e s p e c i a l m e n t e e n lo r e l a t i v o á l a creación
y l a p r e t e n d i d a e t e r n i d a d de l a m a t e r i a . E a lo q u o al h o m b r e r e s p e c t a ,
después d e afirmar l a creación p o r Dios d e c a d a u n a d e l a s a l m a s h u -
m a n a s , t e r m i n a c o n estas p a l a b r a s d e R e i n k e : «Conviene á l a d i g n i d a d
de In ciencia afirmar s o l a m e n t e q u e a c e r c a d e l o r i g e n del h o m b r e n o
sabe nada».
FÉTix LE DANTEC: Elemenis de Philosophie biologique. Un volomen de i v - J 9 7 páginas.

París, Félix Alcán, 1907, 3,5o francos.
E s t e l i b r o , q u e se p u b l i c a al mismo t i e m p o e n i n g l é s , es n n r e s u m e n
d e las d o c t r i n a s biológicas e x p u e s t a s por el i l u s t r e profesor d e l a S o r b o n a
en v a r i a s de sus obras. E s t u d i a e n l a p r i m e r a p a r t e los métodos d e l a
Biología, p o n i e n d o d e manifiesto q u e al l a d o d e l m é t o d o g e n e r a l d e
las c i e n c i a s físicas, p u e d e l a Biología e m p l e a r u n m é t o d o p r o p i o , a u n
c u a n d o todos c o n c u e r d e n . E x a m i n a e n l a s e g u n d a l a s c u e s t i o n e s p r o p i a s
p a r a p o d e r d a r u n a f ó r m u l a científica á l a e v o l u c i ó n i n d i v i d u a l y á l a
h e r e n c i a d e los c a r a c t e r e s a d q u i r i d o s , lo c u a l c o n d u c e á l a f o r m a c i ó n d e
l a s especies y á l a l e y b i o g e n é t i c a .
C o n o c i d a es l a g r a n c o m p e t e n c i a d e L e D a n t e c e n biología, y - c o n o
c i d a s son á s u v e z sus i d e a s m a t e r i a l i s t a s y a t e a s ; d e b e c o n todo a d v e r
tirse q u e en esta obra muestra g r a n reserva y moderación, relativa
m e n t e á o t r a s ; lo q u e n o obsta p a r a q u e afirme sin p r u e b a q u e l a liber
t a d «es u n a v e r d a d e r a ilusión». « L a t e o r í a t r a n s f o r m i s t a , dice t a m b i é n
( p á g i n a 290), aceptada hoy sin discusión por todos los sabios, s u s t i t u y e
al f e n ó m e n o v e r d a d e r a m e n t e m a r a v i l l o s o d e l a a p a r i c i ó n d e u n h o m b r e
s o b r e l a t i e r r a , el f e n ó m e n o , i n f i n i t a m e n t e m á s sencillo d e l a a p a r i c i ó n
d e n n p r o t o p l a s m a v i v i e n t e » . P a r e c e , p u e s , el a u t o r o l v i d a r s e , d e q u e el
más y el menos no mudan la especie; si m a r a v i l l o s a es l a a p a r i c i ó n d e l
h o m b r e n o c r e e m o s lo f u e r a m e n o s l a d e l protoplasma viviente. Algo
a v e n t u r a d a p a r é c e n o s a s i m i s m o l a afirraacióu, h e c h a a d e m á s s i n a d u c i r
p r u e b a s , d e q u e n o l o g r ó P a s t e u r d e m o s t r a r l a i n u t i l i d a d d e los esfuerzos
p a r a c r e a r l a v i d a . C r e e m o s p o r el c o n t r a r i o , r e c o r d a r nosotros h a b e r
v i s t o c i t a d o el e j e m p l o este del g r a n P a s t e u r e n a l g ú n l i b r o d e L ó g i c a ,
como m o d e l o de d e m o s t r a c i o n e s y d e a p l i c a c i ó n d e los p r o c e d i m i e n t o s
e x p e r i m e n t a l e s , d e los l l a m a d o s m é t o d o s d e c o n c o r d a n c i a , d e dife
rencia, e t c .
F u e r a de ésto, e l l i b r o d e L e D a n t e c , q u i e n p u e d e figurar c o n j u s t i c i a
e n t r e los m á s d i s t i n g u i d o s biólogos, es u n a a d m i r a b l e síntesis d e l a s d o c
t r i n a s s o b r e el o r i g e n y d e s a r r o l l o de l a v i d a ; e x p u e s t a a d e m á s c o n g r a n
c l a r i d a d , s i e n d o a c c e s i b l e h a s t a p a r a los p r o f a n o s .
G. G. C.
1. WAVNBAUM. ía physionomie humaine. Son mécanisme el son role social. Félix

Alean, editeur. Paris, 1907. 320 páginas.
D e i a l e c t u r a d e e s t e l i b r o se infiere q u e el D r . W . es m é d i c o m u y
i l u s t r a d o ; es h o m b r e d e c i e n c i a , e n t u s i a s t a y s i m p á t i c o , q u e á t o d a
h o r a , e n t o d o sitio y a c e r c a d e t o d a m a t e r i a o b s e r v a y filosofa; es a g u d o ,
fácil é i n g e n i o s o e s c r i t o r q u e t i e n e m u c h a s i d e a s p r o p i a s , a u n q u e s i n
h a b e r e s p e c i a l i z a d o p r o f u n d a m e n t e e n u n a sola m a t e r i a . E l e s t u d i o q n e
p u b l i c a n o es s i s t e m á t i c o y o r d e n a d o , sino a t r a y e n t e , l i g e r o , l l e n o d e
d i g r e s i o n e s á q u e s u s aficiones m ú l t i p l e s l e l l e v a n .
Hay en la obra indicaciones útiles y a l g u n a observación v e r d a d e r a
m e n t e científica, v. g r . , l a d e e x p l i c a r e l mecanismo de l a fisionomía,
j>or l a e s t r e c h a c o n e x i ó n q u e e x i s t e e n t r e el s i s t e m a v a s c u l a r e x t r a - e r a -
816 FILOSOFÍA
n i a n o , ó del c e r e b r o , c o a e x i ó a q u e explica ciertos m o v i m i e n t o s d e l a

fisionomía, como reflejos d e o p e r a c i o n s s c e r e b r a l e s ; p e r o c u a n d o e l a u t o r
se l a n z a á p o n e r en e v i d e n c i a el p a p e l social d e l a fisionomía, c o m i e n z a
á e x a g e r a r , s i g u i e n d o sin q u e r e r las t r a d i c i o n e s supersticiosas d e l a
flsiognómiea a n t i g u a , l a d e a q u e l l o s tiempos e n q u e se e s t u d i a b a n seria-
m e n t e l a q u i r o m a n c i a , e l a r t e d e a d i v i n a r por sueños y o t r a s discipli-
nas d e e s t e j a e z .
Como m u e s t r a d e estas e x a g e r a c i o n e s t r a n s c r i b i r é l i t e r a l m e n t e a l g u -
n a s frases s u e l t a s : la connaissance des hommes s'acquiert, grace á l'étude
de leurs physionomie; la physionomie est le simbole, la synthese, la for-
mule chimique de l'lioinme. Y l a frase q u e c o n s t i t u y e el l e m a d e su o b r a
y , p o r lo visto, r e s u m e y c o n d e n s a e n pocas p a l a b r a s todo su p e n s a m i e n -
t o , es l a s i g u i e n t e . La physionomie humaine, étaut solidaire du cerveau,
perfectione l'espéce et rend tous les hommes solidaires entre eux.
E n e s t a m a t e r i a , a u n creo q u e es v e r d a d la m o d e s t a frase d e o t r o
psicólogo f r a n c é s a n t i g u o ; L a B r u y é r e decía: « L a physionomie n'est p a s
u n r e g l e q u i nous soit d o n n é p o u r j u g e r des h o m m e s : elle n o u s p e u t
s e r v i r d e conjecture.t
J. E .
FEDERICO DALMAU Y GRATACOS: La sensación (estudio psico-fisiológico). Un

opúsculo de 77 páginas. San Feliu de Guixols, 1907.
E n t a n c o r t o n ú m e r o d e p á g i n a s h a c e el docto profesor del S e m i n a r l o

d e G e r o n a , u n r e s u m e n completo d e las d o c t r i n a s m o d e r n a s a c e r c a d e l a
n a t u r a l e z a d e l a sensación; su génesis; su localización y o b j e t i v a c i ó n ; s a
medida y poder dinamogénico, e t c .
No t i e n e el folleto del Sr. D a l m a u n a d a d e i n v e s t i g a c i ó n p r o p i a ; es
m á s b i e n u n t r a b a j o d e selección y d e c r í t i c a ; a c e r t a d a y c u i d a d o s a
a q u é l l a , I n s p i r a d a é s t a e u u a c r i t e r i o escolástico, a l c u a l , e m p e r o , se nos
figura no se m a n t i e n e del todo fiel, c u a n d o e s t u d i a el p r o b l e m a d e si
existen ó no fenómenos psicológicos i n c o n s c i e n t e s . Decídese el a u t o r p o r
la negativa, siguiendo, según advierte, á Fonsegrive, y apoyándose e u
lo poco fundado d e los a r g u m e n t o s a d u c i d o s p o r muchos d e l o s p a r t i d a -
rios d e l a conciencia epifenómeno.
El m a l está e n q u e el S r . D a l m a u sólo se h a fijado e n los a r g u m e n t o »
de T a i n e ; pero es m u y p r o b a b l e q u e c a m b i a s e d e o p i n i ó n si e s t u d i a s e la»
r a z o n e s q u e el a b a t e F a r g e s , e n t r e otros, a d u c e e n p r o d e l a e x i s t e n c i a
de fenómenos psicológicos i n c o n s c i e n t e s .
G. G. C.
lll.-noral.
ANTONIO ROSMINI: Compendio di Etica, con anotazioni de G, B. T{. Un volumen

de xv-297 páginas. Roma, Dcsclée Lefebvre, 1907.
P a r a d i s i p a r t o d a sospecha s o b r e l a a u t e n t i c i d a d del l i b r o y p a r a juE-

tificar su a p a r i c i ó n d e s p u é s d e m á s d e medio siglo d e l a m u e r t e d e Ros-
m i n i , a d v i e r t e G. B . q u e el i l u s t r e filósofo i t a l i a n o !e escribió e n dos dis-
t i n t a s é p o c a s á r u e g o s d e su a m i g o el profesor d e Filosofía e n T u r í n ,
A n d r e a S c i o l l a , c o n s e r v á n d o s e el m a n u s c r i t o q u e h o y d a á l a i m p r e n t a
r e d a c t a d o casi p o r e n t e r o d e p u ñ o y l e t r a d e R o s m i n i .
D i v i d e l a E t i c a e n t r e s p a r t e s , i n v e s t i g a n d o e n l a general l a n a t u r a -
l e z a del b i e n h o n e f t o e n sus t r e s e l e m e n t o s : l a v o l u n t a d , l a l e y y l a r e l a -
ción e n t r e a m b a s ; e x p o n i e n d o l u e g o l a s r e g l a s p a r a j u z g a r d e l a m o r a -
l i d a d d e los propios a c t o s , c o n s t i t u y e n d o esto u n a especie d e lógica de la
moral. E n l a E t i c a especial e s t u d i a los d e b e r e s especiales del h o m b r e , y
d i s c u r r e , por ú l t i m o , e n l a eudcmonológica sóbrelas excelencias del bien
h o n e s t o y l a felicidad q u e a l h o m b r e r e p o r t a el r e a l i z a r l o .
V a el l i b r o m u y e x t e n s a m e n t e a n o t a d o con o b j e t o d e h a c e r c o m p r e n -
sibles m u c h o s d e sus p a s a j e s , h a c i e n d o r e f e r e n c i a s á l a s d o c t r i n a s e x -
puestas por Rosmini en otras obras.
G. G. C.
EUGENIO M . DE HOSTOS: Jfforal social. Un volumen de 240 páginas. Aladrid, 1906.
L a «Sociedad d e E n s e ñ a n z a » d e S a n t o D o m i n g o h a a c o r d a d o f a v o r e -
c e r l a p u b l i c a c i ó n d e f s t a y l a s d e m á s o b r a s del a u t o r . C a t e d r á t i c o d e
M o r a l e n l a R e p i i b l i c a d o m i n i c a n a : lo v a r i a d o d e l a e m p r e s a c o m p e n -
s a r á su p e s a d e z . C i n c u e n t a y cinco p a r e c e n ser l a s o b r a s d e b i d a s á l a fe-
c u n d i d a d del Sr. H o r t o s ; e n t r e e l l a s h a y c o m e d i a s , b i o g r a f í a s y estudios
c r í t i c o s , t r a t a d o s d e d e r e c h o p e n a l y politice; d e p s i c o l c g i a , d e m o r a l y
d e sociología; d e g e o g r a f í a u n i v e r s a l , d e g e o g r a f í a evolutiva y d e a s t r o -
nomía; de g r a m á t i c a , de historia universal y de historia de la litera-
tura, etc., etc.
. ' M u y de desear sería q u e l a s otras obras t u v i e r a n mayor valor cientí-
fico q u e s u Moral social, l a c u a l n o es, e n síntesis, o t r a cosa q u e u n con-
j u n t o a s i s t e m á t i c o d e i d e a s n a d a o r i g i n a l e s s o b r e l a sociología, sus fines y
r e l a c i o n e s , s i n q u e p o r n i n g u n a p a r t e a p a r e z c a lo q u e c o n s t i t u y e v e r d a -
d e r a m e n t e la ciencia, e x a m e n y exposición de principios y do funda-
mentos.
G. G. C.
818 FILOSOFÍA
PROFESOR GJUSEPPE TONIOLO : Trallalo de ISnconomia sociale. Introduzione. Un

volumen de xv-374 páginas. Firence, Librería editrice fiorentina, «907.
L a ciencia de l a E c o n o m í a social hállase a c t u a l m e n t e e n u n periodo

de s i s t e m a t i z a c i ó n , a s p i r á n d o s e á d a r u n o r d e n r a c i o n a l y sintético á los
conocimientos dispersos y desorganizados; á eso t i e u d e n los esfuerzos del
inglés Marshall, d e l a l e m á n S c h o m b e r g , del i t a l i a n o Cossa, de los f r a n -
ceses L e r o y - B e a u l i e u , Antoine y otros.
El i n s i g u e profesor d e la U n i v e r s i d a d de P i s a , t a n j u s t a m e n t e afa-
m a d o como sociólogo, h a q u e r i d o c o l a b o r a r e n esta o b r a de s i s t e m a t i z a -
ción y b a l d e a d o u n T r a t a d o de E j o n o m i a social, del q u e c o n s t i t u y e u n a
i n t r o d u c c i ó n el p r e s e n t e volumen. H á l l a s e c o n s a g r a d a l a p r i m e r a p a r t e
á l a exposición del concepto, c a r á c t e r y método d e l a Economía social;
es l a s e g u n d a u n a exposición histórica d e sus evoluciones, y e s t u d i a p o r
fin en l a t e r c e r a los principios especulativos de l a E c o n o m í a y los hechos
f u n d a m e n t a l e s del o r d e n social, con u n criterio e m i n e n t e m e n t e católico.
A j u z g a r p o r este p r i m e r v o l u m e n , l a o b r a del sociólogo i t a l i a n o h a
d e c o n t r i b u i r eficazmente a l progreso d e estos estudios. N ó t a n s e , c o n
todo, a l g u n a s deficiencias, tales como l a d e no considerar, e n t r e las di-
recciones de l a E t i c a c o n t e m p o r á n e a , l a moral sociológica, l a de l a soli-
d a r i d a d y el amoralisrao ( p á g . 150). No nos a g r a d a ta-npoco l a c o s t u m b r e
i m i t a d a d e los ingleses, d e n o c i t a r e n el t e x t o , dejándolos p a r a el final
d e l a o b r a , los títulos y r e f e r e n c i a s d e l a s o b r a s q u e e s t u d i a ó d e q u e s e
ha valido.
G. G C
C. BouQLÉ: Qu'esl ce que ¡a Sociologie? Mn \o\Mvaen de 175 páginas. París, Félix

Alcán, 1907, 2 , 5 o francos.
El objeto p r i n c i p a l , p o r n o decir e x c l u s i v o , d e B o u g l é , n o es otro e n

e s t e libro q u e el de p r o b a r q u e l a Sociología t i e n e derecho á existir como
ciencia; los c u a t r o capítulos e n q u e d i v i d e el libro e s t á n informados d e
ese p e n s a m i e n t o capital, L a s razones q u e a d u c e no p a r e c e n del todo con-
v i n c e n t e s ; y a q u e u n a colección de análisis y estudios aislados sobre di-
versos p u n t o s de m o r a l social, de morfología y biología sociales, no son
suficientes p a r a constituir c i e n c i a q u e h a d e t e n e r u n c a r á c t e r sintético.
T a m b i é n p a r e c e n o t a r s e e n Bougló u n cierto t e m o r d e h a c e r labor es-
p e c u l a t i v a ; y , obsesionado sin d u d a con los posibles r e p a r o s p r a g m a t i s -
t a s , n o cesa d e r e p e t i r q u e «la m a n e r a mejor de r e s p o n d e r á l a p r e g u n t a
¿qué es l a Sociología?, s e r í a m e d i a n t e l a acción, es decir c o n produccio-
nes sociológicas; el m e n o r g r a n o de i n d u c c i ó n positiva nos r e s u l t a r í a
mejor q u e c i e n d i s e r t a c i o n e s abstractas.»
El libro d e B o u g l ó se l e e con i n t e r é s y a p o r t a g r a n d e s e s c l a r e c i m i e n - 1
tos á diversos p r o b l e m a s , t a l e s como l a s r e l a c i o n e s e n t r e l a S o c i o l o g í a y l
l a h i s t o r i a y las r e c i e n t e s t e o r í a s s o b r e l a división d e l t r a b a j o . i
G. G. C. í
CAMILLE E O S : Pesimisme, Teminisne, Moralisme. Un volumen de vi-iyS página».
París, Félix Alcán, 1907, 2,ío francos.
E s t u d i a s e e n p r i m e r t é r m i n o el pesimismo considerándole en tres mo-

mentos diferentes; en la a n t i g ü e d a d , en la que e r a exclusivamente em-
pírico, y s i n c o n s t i t u i r s e e n s i s t e m a ; el pesimismo c r i s t i a n o , e n P a s c a l ,
q u e afirma q u e el h o m b r e , sin el a u x i l i o d e l a g r a c i a t i e n e q u e s e r pesi-
m i s t a ; y p o r ú l t i m o el pesimismo a t e o , e n L e o p a r d i . E s t u d i a s e l u e g o e l
feminismo á l a l u z d e l a c i e n c i a , d e l a m o r a l y d e l a l i t e r a t u r a ; y exa-
mínense por último varios problemas de moral trascendental.
Afirma el a u t o r q u e el r e s u l t a d o d e sus i n v e s t i g a c i o n e s n o es d e s c o r a -
z o n a d o r , p o r q u e le p a r e c e d e b u e n a u g u r i o l a p a s i ó n m i s m a c o n q u e s e
a b o r d a n s e m e j a n t e s p r o b l e m a s ; p e r o e s t a afirmación es t o t a l m e n t e g r a -
t u i t a : «La solución definitiva, dice, n o se h a l l a e n u n a r e s p u e s t a i n m u -
t a b l e , sino e n l a s i n c e r i d a d y el esfuerzo c o n s t a n t e s c o n q u e l a i n v e s -
t i g a c i ó n se s i g a . . . ; indefinidamente* y o c u r r é s e n o s e n v i s t a d e esto cl p r e -
g u n t a r : ¿ p u e d e h a b e r a l g o m á s d e p r i m e n t e y descorazonador aunque
M. Bos n o q u i e r a , q u e el n o p o d e r h a l l a r n u n c a l a s o l u c i ó n d e f i n i t i v a á
t a n t r a s c e n d e n t a l e s p r o b l e m a s y v e r s e c o n d e n a d o s á p e r s e g u i r l a , indefi-
nidamente?
G. G. C.
PAUL GALTIER: te sens de l'art, ta nalure, son role, sa valeur. Préface par Emile
Bontroux. Un volumen en 8.° de xxxii-269 páginas, 2.* edición. París, Hachette
et Compagnic, 1907.
Cinco c a p í t u l o s c o m p r e n d e e s t e l i b r o : 1." ¿ q u é es el a r t e ? , 2." l o q u e

e n s e ñ a u n a o b r a d e a r t e ; 3.° l a m o r a l i d a d d e l a r t e ; 4." el p a p e l s o c i a l d e l
a r t e ; 5 . " l a c r í t i c a del a r t e .
El a r t e t i e n e s u s r a í c e s e n l a e m o c i ó n d e l a r t i s t a q n e c r e a l a o b r a d e
a r t e ; los i d e a l i s t a s ( P l a t ó n , S c h e l l i n g , H e g e l ) q u e c o n c i b e n l a b e l l e z a
c o m o u n a r e a l i d a d e n sí i n f i n i t a m e n t e s u p e r i o r a l i n d i v i d u o y á l a e s p e -
cie, y los r e a l i s t a s q u e v e n e n l a n a t u r a l e z a el m o d e l o p a r a t o d a c r e a -
c i ó n a r t í s t i c a h a n e x a g e r a d o e v i d e n t e m e n t e l a i n t e r v e n c i ó n d e esos dos
elementos, idea y realidad, e n l a producción de la belleza.
El a r t e , dice G a l t i e r , es s u p e r i o r á l a n a t u r a l e z a , como lo es l a c i e n -
c i a y l a m o r a l i d a d , h a s t a el p u n t o d e q u e p o r i n s t i g a c i ó n d e los a r t i s t a s
820 FILOSOFÍA
l l e g a m o s á s e n t i r lo bello e n l a n a t u r a l e z a . «La o b r a d e a r t e es el r e s u l -
t a d o de l a emoción e s t é t i c a q u e el a r t i s t a e x p e r i m e n t a al c o n t e m p l a r l a
n a t u r a l e z a i ( p á g . 32).
E s t a posición i n t e r m e d i a a d o p t a G a l t i e r al definir el aspecto m o r a l
del a r t e . H a l l a i g u a l m e n t e e x a g e r a d a l a opinión d é l o s q u e c o n d e n a n l a s
bellas a r t e s p o r q u e i n c i t a n á l a v o l u p t u o s i d a d y al p l a c e r d e los sentidos
y l a d e a q u e l l o s otros q u e a t r i b u y e n a l a r t e l a m á g i c a v i r t u d d e purifi-
c a r lo m á s a b y e c t o i d e a l i z á n d o l o . El a r t e d e suyo n o es m o r a l n i i n m o r a l ,
es cosa d i s t i n t a d e l a m o r a l i d a d ; su ú n i c a misión consiste e n r e a l i z a r e l
m á x i m u n posible de belleza sin c o n t r a r i a r á l a m o r a l provocando senti-
m i e n t o s y acciones i n m o r a l e s .
Si b i e n el concepto del a r t e y su m o r a l i d a d f o r m a n como el n ú c l e o
c e n t r a l d e todo el libro, n o p o r eso s e a g o t a l a o r i g i n a l i d a d d e l p e n s a -
m i e n t o del a u t o r e n sus dos últimos capítulos. Sin p e r d e r de v i s t a sus
i d e a s sobre l a n a t u r a l e z a del a r t e ; G a l t i e r a n a l i z a su misión social y l a s
condiciones del critico p r e s e n t a n d o s i e m p r e aspectos n u e v o s é ideas i n -
geniosísimas.
A d v e r t i r e m o s , p a r a concluir, q u e l a o b r a c o n t i e n e b a s t a n t e s g r a b a -
dos como a r g u m e n t o gráfico de l a d o c t r i n a .
A. G. I .
R. Ruiz AMADO: la Iglesia y la libertad de enseñanza. Un volumen de iv-i35 pá-

ginas. Madrid, 1907. i,5o pesetas.
P r o p ó n e s e d e m o s t r a r el docto j e s u í t a q u e l a I g l e s i a h a sido s i e m p r e
p a r t i d a r i a d e l a l i b e r t a d de e n s e ñ a n z a , y q u e por c o n s i g u i e n t e , n o es
sólo ahora c u a n d o I 0 3 católicos se d e c l a r a n p a r t i d a r i o s d e esa l i b e r t a d , j
Desde el siglo i i i , f o m e n t ó l a I g l e s i a l a s ciencias y p r o v e y ó á l a socie- i
d a d de m a e s t r o s , sin q u e ni nna sola vez, ni en ninguna forma se l a
o c u r r i e r a r e s e r v a r s e de derecho el monopolio q u e v e n í a e j e r c i e n d o de
hecho, p o r l a t o t a l a u s e n c i a de c o m p e t i d o r e s .
IV.—Filosofía religiosa.
F R . N . DEL PRADO: De gratia et libero arbitrio Tres volúmenes de LXXxiv-756;

402 y páginas. Friburgo de Suiza, 1907.
P r o p ó n e s e el ¡ l u s t r e a u t o r de e s t a v o l u m i n o s a é i n t e r e s a n t í s i m a o b r a
s e g u i r l a s e n d a t r a z a d a p o r los Pontífices L e ó n X I I I y P í o X, al r e c o -
m e n d a r á todos los m a e s t r o s la r e s t a u r a c i ó n d e l a s d o c t r i n a s del D o c t o r
A n g é l i c o , y , fiel á este objetivo d e i n s p i r a r s e s i e m p r e e n l a s a b i d u r í a del
S a n t o d e A q u i n o h a dividido su o b r a en t r e s p a r t e s . E n l a p r i m e r a s e
e s p o n e n y c o m e n t a n las seis quoestiones, q n e a c e r c a d e l a G r a c i a des-

a r r o l l a S a n t o T o m n s e n l a S u m a T e o l ó g i c a (I-II, desde l a 109 a l a 114).
T r a t a d e d e m o s t r a r e n l a s e g u n d a el a c u e r d o e n t r e l a G r a c i a y el l i b r e
a i b e d r i o , s e g ú n las d o c t r i n a s d e S a n A g u s t í n y S a n t o Tomás. E n l a p a r t o
t e r c e r a , p o r ú l t i m o , se h a c e u n estudio crítico d e l a s d o c t r i n a s d e M o l i n a
a c e r c a d e l a c o n c o r d i a del l i b r e aibedrio c o n l a g r a c i a , l a p r e s c i e n c i a ,
la p r o v i d e n c i a y l a p r e d e s t i n a c i ó n .
E n l a s seis cuestiones d e la S u m a q u e se e s t u d i a n en l a p r i m e r a p a r t e ,
t r a t a S a n t o T o m á s de l a necesidad de la G r a c i a , d e su esencia, de s u di-
v i s i ó n , d e su c a u s a , d e l a justificación, efecto d e l a c a u s a operans; y d e l
m é r i t o , efecto d e l a g r a c i a cooperans. E n e s t a s mismas cuestiones p u e d e
h a l l a r s e l a d o c t r i n a p r o f e s a d a p o r S a n A g u s t í n , dispersa por v a r i a s d e
sus o b r a s , a c e r c a d e l a G r a c i a , y q u e p o d r í a c o n d e n s a r s e e n a q u e l l a s
sus p a l a b r a s : Qui creavit te sine te, non justificat te sine te.
C o m p l e m e n t o de e s t e d e t e n i d o estudio es el análisis del p r o b l e m a
r e l a t i v o al a c u e r d o e n t r e l a g r a c i a d i v i n a j - l a l i b e r t a d h u m a n a .
S a b i d o es q u e a c e r c a d e e s t a i n t e r e s a n t í s i m a c u e s t i ó n h a y dos princi-
p a l e s opiniones (sin c o n t a r a q u e l l a s o t r a s q u e , t r a t a n d o d e c o n c i l i a r i a s ,
o c u p a n u n t é r m i n o medio e n t r e esos dos e x t r e m o s ) . L a p r i m e r a , d e l i -
n e a d a por S a n A g u s t í n y d e s a r r o l l a d a por S a n t o T o m á s , redficese á
a f i r m a r q u e l a g r a c i a p o r s u n a t u r a l e z a i n t r í n s e c a es eficaz a n t e s , é i n -
d e p e n d i e n t e m e n t e del c o n s e n t i m i e n t o d e l a l i b e r t a d . Al e x a m e n y d e -
fensa d e e s t a d o c t r i n a c o n s a g r a el doctísimo dominico l a s e g u n d a p a r t e
de la obra.
L a o t r a opinión e x t r e m a es l a de los m o l i u i s t a s (1), q u i e n e s sostie-
n e n q u e la g r a c i a eficaz no t i e u e eficacia p o r sí misma, sino q u e se h a c e
eficaz m e r c e d al c o n s e n t i m i e n t o del l i b r e a i b e d r i o ; r e s u l t a n d o d e e s t o
q u e l a g r a c i a eficaz no se d i s t i n g u e i n t r í n s e c a m e n t e (sino d e n n a m a n e
r a e x t r í n s e c a , p o r e l c o n s e n t i m i e n t o d e l a l i b e r t a d ) d e l a suficiente.
Como a n t e s dijimos, el P . del P r a d o d e d i c a l a t e r c e r a p a r t e y el ter-
c e r v o l u m e n á l a i m p u g n a c i ó n d e l a d o c t r i n a moliuista e n t o d a s y c a d a
u n a d e sus p a r t e s ; t e r m i n a n d o l a o b r a con l a r e f u t a c i ó n d e l congruismo
d e B e l a r m i n o y S u á r e z , del q u e afirma q u e v i e n e á resolverse e n el m o -
(1) Débese esta t e o r í a al jesuíta español L u i s Molina, profesor de Teolo-

g í a en la Universidad de Evora, 4 fines del siglo i v i . Los dominicos denun-
ciaron su obra á la Inquisición, acusando á su a u t o r de r e n o v a r los errores
de los pelagianos y semi-pelagianos. L a causa fué á Roma, discutiéndose en
las famosas j u n t a s que se llamaron congregaciones do Auxiliis; quedando
indeciso el punto. El P a p a P a u l o V n a d a quiso decidir, prohibiendo, sola-
m e n t e á u n o y otro partido el darse m u t u a m e n t e calificativos odiosos. Desde
esa época, el Molinismo fué enseñado como u n a opinón libre; pero encon-
trando siempre en los agustinianos y tomistas unos adversarios irreconcilia-
bles. «El qne pueda, dice á este propósito Mosbeím, a d i v i n a r á en cuál de los
doB partidos hay más verdad y moderación.»
OULTOEA
63
822 FILOSOFÍA
l i n i s m o ; r e c h a z a t a m b i é n , a u n q u e m á s s u a v e m e n t e , el c o n g r u í s r a o d e n o -
m i n a d o Sorbónico ó d e T o u r n e l i o , y c r i t i c a , p o r ú l t i m o , o t r a s o p i n i o n e s
n e s i n t e r m e d i a s e n t r e el t o m i s m o y el m o l i n i s m o .
N u e s t r o c o m p a t r i o t a , el i l u s t r e profesor e n l a U n i v e r s i d a d d e F r i -
b u r g o , h a escrito u n a obra v e r d a d e r a m e n t e f u n d a m e n t a l , r e v e l a d o r a
d e v a s t a y m u y b i e n a s i m i l a d a e r u d i c i ó n ; d e profundísimos e s t u d i o s filo-
sóficos y teológicos; r e a l z a n d o e l m é r i t o i n t r í n s e c o , l a c l a r i d a d y p r e c i -
sión n o c o m u n e s , e n l a e x p o s i c i ó n . ¡ L á s t i m a g r a n d e q u e l a m a y o r p a r t e
d e los i n t e l e c t u a l e s e s p a ñ o l e s se h a l l e n a c t u a l m e n t e poco c a p a c i t a d o s
p a r a c o n o c e r y m e d i t a r s o b r e estos i n t r i n c a d o s p r o b l e m a s ! E s t o , a p a r t e
d e q u e se nos figura q u e s u solución h a d e p r e o c u p a r l e s poco en los t i e m -
pos q u e c o r r e m o s . H o y q u e se h a l l a n e n t e l a d e j u i c i o , q u e s e d i s c u t e n
y a p a s i o n a n los e s p í r i t u s , los f u n d a m e n t o s mismos d e l a R e l i g i ó n y d e l a
F e , poco e n v e r d a d p u e d e n i n t e r e s a r c u e s t i o n e s d e p o r m e n o r , d i s p u t a s
d e e s c u e l a q u e n o a f e c t a n á l a e s e n c i a í n t i m a del d o g n a .
C l a r o es, p o r e n d e , q u e si el P . del P r a d o h u b i e r a p e r s e g u i d o con e s t a
s u o b r a d e s p e r t a r el i n t e r é s de sus c o e t á n e o s , l a o b r a s e r l a u n v e r d a d e r o
f r a c a s o ; p e r o n o lo es e n m o d o a l g u n o , si e l d o c t o d o m i n i c o h a p r e s -
c i n d i d o , como c r e e m o s , d e l a s c i r c u n s t a n c i a s d e l u g a r y t i e m p o , y h a
escrito su libro p a r a satisfacer ansias y necesidades que tal vez v u e l v a n
á sentir las futuras generaciones.
N o f a l t a r á e m p e r o q u i e n h a b r í a p r e f e r i d o v e r q u e el sabio d o m i n i c o
c o n s a g r a b a sus v i g i l i a s y s u p o d e r o s a i n t e l i g e n c i a á p r o b l e m a s d e m á s
p a l p i t a n t e i n t e r é s , q u e son m á s e x i g i d o s por el e s t a d o a c t u a l de a n g u s -
t i a m o r a l y r e l i g i o s a , q u e h u b i e r a n d e p o d e r p r o d u c i r m á s positivos r e -
sultados h o y q u e t e n e m o s el pragmatismo á l a o r d e n del d í a .
A l g o , n o o b s t a n t e , p u e d e el l i b r o i n t e r e s a r á l a Filosofía, p u e s si b i e n
e s c i e r t o q u e n o c o n s i d e r a el filósofo á Dios y a l h o m b r e d e i g u a l m o d o
q u e el t e ó l o g o , n o lo es m e n o s , q u e , como d i c e S a n t o T o m á s , t o d a l a
c u e s t i ó n a c e r c a del influjo d i v i n o , se h a l l a f u n d a d a s o b r e l a v e r d a d q u e
p r o c l a m a l a m e t a f í s i c a d e q u e : Solus Deus est suum esse; in ómnibus
autem aliis differt esse rei et esentia ejus.
N o somos nosotros, p a s a n d o á o t r o g é n e r o d e c o n s i d e r a c i o n e s , no s o -
m o s p a r t i d a r i o s a outrance d e l a s i d e a s f r í a s ; nos g u s t a n los a p a s i o n a d o s ,
los c á l i d o s ; p a r é c e n o s esto i n d i c i o d e c o n v i c c i o n e s p r o f u n d a s , de c r e e n -
c i a s a r r a i g a d a s , d e firmes a m o r e s ; p o r eso n o nos p a r e c e m a l el a r d o r e n
l a d e f e n s a , si v a a c o m p a ñ a d o d e m o d e r a c i ó n e n el a t a q u e : No se o l v i d a
d e esto sistemáticamente el P . d e l P r a d o , a u n q u e q u i z á e x t r e m e á v e c e s
el a t a q u e , como c u a n d o a c u s a al m o l i n i s m o d e maniqueista, si b i e n con l a
r e s t r i c c i ó n d e quoddam genus manichaeismi; c u a n d o le h a c e oscilar e n -
t r e C a l v i n o y P e l a g i o , y h a s t a t a l v e z h a y a u n p o q u i t o de a n i m o s i d a d y
e x a g e r a c i ó n e n n e g a r l e t o d a o r i g n i n a l i d a d a c u s á n d o l e d e g l o s a r á escri-
t o r e s p e l a g i a n o s y h a s t a a r r í a n o s . D e b e , con t o d o , h a c é r s e l e l a j u s t i c i a
d e q u e n o l l e v a l a s cosas h a s t a d e c i r á l a i n v e r s a a l g o p a r e c i d o á lo d e
a l g u n o s a n t i g u o s m o l i n i s t a s : «Tan sólo á Molina h a r e v e l a d o Dios lo q u e

e n modo a l g u n o h a b í a n n i e n t r e v i s t o s i q u i e r a S a n A g u s t í n , los S a n t o s P a -
dres, y muchos sapientísimos teólogos h a s t a él»; ni lleva t a m p o c o su a p a -
s i o n a m i e n t o h a s t a donde lo l l e v a n a l g u n o s m o d e r n o s molinistas t a l e s
como P e d r o E i n i g {Institut. Theol. dogm. T r i v e r i s , 1896, P . I. c a p . V).
P o r n u e s t r a p a r t e , m i e n t r a s no se d e s m i e n t a n las afirmaciones do
Bossuet y del P . N a t a l A l e j a n d r o , dominico y tomista, c r e e m o s c o n ellos
q u e no se p u e d e a c u s a r al molinismo de p e l a g i a n o ó s e m i p e l a g i a n o , y a
q u e e s t á t o l e r a d o p o r l a I g l e s i a y nos a t e n d r e m o s a l : In neccsariis, uni-
tas; in dubiis, libertas; et in ómnibus, charitas.
G. G. C.
JOSEPHO D ' A N N I D A L E : Summula Tbeologia moraJis—Editio quinta diligcntcr revisa ct
emendata. Tres volúmenes en 4 . ° , de 14 X ' 6 ' ¿e 4 7 0 , 5oo y 472 páginas, res-

pectivamente. Roma, Dercléc, Lefebvre y Compañía (Piaza Grazioli), 1908.
Es u n t r a t a d o completísimo de t e o l o g í a moral, e n q u e el a u t o r , p r e s -
c i n d i e n d o del m é t o d o casuístico, s i e n t a los principios g e n e r a l e s con t a l
e x a c t i t u d y precisión q u e no o m i t e c i r c u n s t a n c i a ni p a r t i c u l a r i d a d a l g u -
n a ; así q u e el a t e n t o e x a m e n del principio es n o r m a s e g u r a p a r a decidir
e l aspecto m o r a l e n la i n m e n s a v a r i e d a d de s i n g u l a r i d a d e s con q u e se
ofrece l a r e a l i d a d é t i c a .
E n ese método sintético e s t á i n s p i r a d o t a m b i é n el p l a n g e n e r a l de la
o b r a . D e s p u é s de p o n e r el p r i m e r t r a t a d o de las personas, como f u n d a -
m e n t o de t o d a su o b r a , e s t u d i a los actos humanos, l a ley y la c o n c i e a c i a .
D e la r e l a c i ó n e n t r e esos e l e m e n t o s s u r g e n los pecados, las p e n a s y las
obligaciones ó d e b e r e s del h o m b r e . Y como se t r a t a de u n a v i d a m o r a l ,
de c a r á c t e r s o b r e n a t u r a l y d i v i n o , t e r m i n a l a o b r a con el t r a t a d o de los
sacramentos.
P e r o si es u n m a n u a l ú t i l í s i m o para el m o r a l i s t a , el filósofo e c h a d e
menos no sólo el a n á l i s i s del c o n c e p t o de la m o r a l i d a d , sino en g e n e r a l
los f u n d a m e n t o s filosóficos de m u c h a s d o c t r i n a s q u e a p a r e c e n e n esa o b r a .
. A, G. l. .
Carla pastoral que el limo, y Revmo. Sr. Dr. D. Remigio Gandáscgui y Gorrochá-
tegui, Obispo-Prior de las Ordenes militares, dirige al clero y fieles de su dió-
cesis, acerca de las doctrinas dct modernismo. Un volumen en 4.^ de 64 páginas.
T r e s p a r t e s c o m p r e n d e e s t e t r a b a j o : I.'' O r i g e n filosólico del moder-

nismo. 2." E x p l i c a c i ó n del m o d e r n i s m o ; y 8.''' R e f u t a c i ó n .
D e n t r o de los límites de d o c u m e n t o s de e s t a índole, h a sabido el docto
P r e l a d o de C i u d a d - R e a l s i n t e t i z a r las d o c t r i n a s d e l m o d e r n i s m o y s e ñ a -
824 FILOSOFÍA
l a r sus defectos c a p i t a l e s , d a n d o u n a p r u e b a i n e q u í v o c a d e l i n t e r é s c o n
q u e sigue las n u e v a s manifestacioues de l a especulación filosóflco-reli-
g i o s a . E x t r e m a d a m e n t e solicito p o r el b i e n e s p i r i t u a l d e s u s d i o c e s a n o s ,
h a q u e r i d o p r e v e n i r sus i n t e l i g e n c i a s c o n t r a posibles d e s v í o s .
A . G. I .
F R . ROUSSEL-DESPIERRES; Jíors du sceptichme. Liberlé el Beanlé.—Un volumen d e

l V - 3 9 0 páginas, París, Félix Alean, 1907, 7,5o francos.
A r r a n c a el a u t o r d e u n a s c u a n t a s p r e m i s a s q u e n o se t o m a l a m o l e s
t i a d e d e m o s t r a r : l a r e l i g i ó n h a m u e r t o ; los i d e a l e s religiosos h a n des
a p a r e c i d o ; l a f u t u r a s o c i e d a d s e r á i n d u d a b l e m e n t e i r r e l i g i o s a , el c r i s t i a
n i s m o e n f u e r z a d e s e r s o b r e h u m a n o , es i n h u m a n o ; n o e x i s t e n n i e x i s t i
r á n y a cristianos, verdaderos cristianos: la democracia procede de u n
p r i n c i p i o i n c o n c i l i a b l e c o n t o d o o r d e n religioso; l a i r r e l i g i ó n m i s m a p u e
de decirse q u e h a muerto
S o b r e estos p r i n c i p i o s , a x i o m á t i c o s s i n d u d a p a r a M r . R - D . , y a q u e
n o c r e e n e c e s a r i o a d u c i r r a z o n e s e n s u a p o y o , p r e t e n d e edificar n n n u e
v o s i s t e m a ; h e l o a q u i e n b r e v e síntesis: E s i n d u d a b l e q u e u n a s o c i e d a d
p u e d e n a c e r y v i v i r f u e r a d e l a l e y d i v i n a ; n o es i n d i s p e n s a b l e p a r a el
G o b i e r n o d e lo s h o m b r e s l a c o l a b o r a c i ó n d e l a P r o v i d e n c i a ; p e r o u n c u e r
po social n o p u e d e constitxiirse n i d u r a r , sin a p o y a r s e s o b r e a l g ú n e q u i
v a l e n t e filosófico d e l d o g m a , es d e c i r , s o b r e u n i d e a l : á s u m i n i s t r a r e s e
i d e a l á los i n c r é d u l o s se c o n s a g r a M r . R . - D . : E l p r o b l e m a social consiste
e n h a l l a r el s i s t e m a d e c o o p e r a c i ó n m á s c o m p a t i b l e con l a a u t o n o m í a
i n d i v i d u a l ; n e c e s a r i a es p a r a ello l a l i b e r t a d ; p e r o l a l i b e r t a d n o es m á s
q u e u n m é t o d o , u n i n s t r u m e n t o p a r a r e a l i z a r el i d e a l .
E l i d e a l d e l a s o c i e d a d i n d i v i d u a l i s t a s e r á u n i d e a l de belleza. E Q los
ú l t i m o s c a p í t u l o s d e l l i b r o , a f i r m a el a u t o r , q u e h a c i a ese i d e a l d e b e
orientarse necesariamente, u n a sociedad de conciencias incrédulas y au
t ó n o m a s : y d e s c r i b e p o r ú l t i m o , lo q u e á s u j u i c i o s e r á l a c i v i l i z a c i ó n es
tética del p o r v e n i r .
G . G. C.
JULIO ALARCÓN T MENÉNDEZ.- lín feminismo aceplable.—Un volumen de SiS páginas.

Madrid, Razón y Fe, 1908, 3 pesetas.
M u c h a s ( t a l v e z d e m a s i a d a s p a r a los escasos d e s e n v o l v i m i e n t o s q u e
l a s d a ) , m u c h a s y m u y i n t e r e s a n t e s cxiestiones p l a n t e a e n e s t e l i b r o el
docto j e s u í t a , p a r a q u i e n sólo h a y u n f e m i n i s m o a c e p t a b l e : e l d e l a i l u s
tre Concepción Arenal con a l g u n a s restricciones, c o m p l e t a m e n t e in
justificadas á nuestro juicio.
Q u i s i e r a el P . A. q u e a q u e l l a e s c r i t o r a u o p r o p u s i e r a n i r e c o m e n d a r a
n a d a , siuo en n o m b r e siempre d e Dios y de l a I g l e s i a ; y todo lo q u e eso
n o s e a p a r é c e l e m a l o ó deficiente. Si se t r a t a d e s e ñ a l a r el f u n d a m e n t o
filosófico d e l d e b e r , n o p u e d e a d m i t i r s e se d i g a q u e se e n c u e n t r a , p o r ejem-
plo, en l a u t i l i d a d p e r s o n a l ; p e r o ¿hay i n c o n v e n i e n t e , c u a n d o no se t r a t a
d e disquisiciones filosóficas, y sí sólo de a c o n s e j a r , h a y i n c o n v e n i e n t e e n
a p o y a r s e p a r a ello e n el i n t e r é s social ó e n el del propio sujeto? ¿No l l e g a
h a s t a e x i g i r l a p r u d e n c i a y l a t á c t i c a q u e el q u e a c o n s e j a b u s q u e r a z o -
n e s e u el egoísmo del i n t e r e s a d o , e n su p r o p i a c o n v e n i e n c i a ? ¿Qué o t r a
cosa h a c e n los místicos y m o r a l i s t a s c r i s t i a n o s , c u a n d o p o n e n a n t e n o s -
o t r o s l a f e l i c i d a d f u t u r a , ó la t r a n q u i l i d a d de c o n c i e n c i a , p a r a d i r i g i r n o s
al bien? ¿ P o r q u é . p u e s , c e n s u r a r á C. A r e n a l q u e no h a c e o t r a cosa?
H a s t a t a l e x t r e m o l l e v a el P . A . su e m p e ñ o d e h a l l a r m á c u l a s e n l a
e s c r i t o r a g a l l e g a , q u e l l e g a á e x t r a v i a r s e por c o m p l e t o ; sólo a s í se e x -
p l i c a q u e e n c u e n t r e c e n s u r a b l e su definición de l a M o r a l : «El conoci-
m i e n t o y l a p r á c t i c a del d e b e r r e a l i z a d o p o r el p u r o a m o r del b i e n » . D i c e
el P . A . q u e «eso es m u y vago» ( p á g , 99), p o r q u e p u e d e i n d i c a r el u t i l i -
t a r i s m o e g o í s t a ó a l t r u i s t a , sin fijarse e n q u e e l bien no es el p l a c e r ó l a
u t i l i d a d : ¡de ese m o d o , t a m b i é n e n c o n t r a r á e q u i v o c a y v a g a , l a f ó r m u l a
t r a d i c i o n a l c r i s t i a n a : Donum est faciendum pues también aquí podría
p r e g u n t a r s e c o m o e l P . A . si ese b i e n e r a el b i e n p r o p i o ! E n l a p á g i n a
119, c o p i a l a s s i g u i e n t e s frases de C. A r e n a l : « D i v i n i z a (la R e l i g i ó n c a -
tólica) l a c a s t i d a d , santifica el a m o r y h a c e del m a t r i m o n i o u n s a c r a m e n -
t o . L a m u j e r p u d o c r e e r s e d o b l e m e n t e r e d i m i d a p o r el q u e m u r i ó e n l a
c r u z » ; y a ñ a d e e s t e e x t r a ñ o c o m e n t a r i o : «¡Vamos, a t r é v a s e á a ñ a d i r q u e
e l q u e m u r i ó e u l a c r u z es N u e s t r o S e ñ o r J e s u c r i s t o . . . . ! P e r o l a p o b r e n o
s e a t r e v e » . E s o y a es d e m a s i a d o ; e m p e ñ a r s e e n i m p o n e r , n o y a i d e a s ,
s i n o h a s t a d e t e r m i n a d a s p a l a b r a s , del todo i n n e c e s a r i a s P u e s e s t e es
el t o n o del l i b r o e n t e r o , qiie l e h a c e d e s m e r e c e r m u c h o y es v e r d a d e r a
l á s t i m a : p o n e r e p a r o s al P a t r o n a t o p a r a l a t r a t a de b l a n c a s ( p á g , 160),
p o r q u e dice, q u e sólo se h a b l a d e reprimir y n o d e extirpar, aniquilar
¡como si esto ú l t i m o f u e r a p o s i b l e y no r e v e l a r a u n a p l a u s i b l e m o d e s t i a
el p r i m e r propósito!
E n las p á g i n a s 148 y s i g u i e n t e , h a b l a el P . A. del s i s t e m a d e e d u c a -
ción d e los n i ñ o s : P o d r í a d e f e n d e r s e q u e el s i s t e m a de v e l o s , m e n t i r a s y
del silencio e n p u n t o á l a e d u c a c i ó n s e x u a l , es p r e f e r i b l e al o i r o ( a u n
c u a n d o e n c o n t r a d e p o n g a n l a r e a l i d a d , l a e x p e r i e n c i a d e todos nos-
o t r o s y el p e n s a m i e n t o d e q u e eso es d e j a r á los n i ñ o s d e s a r m a d o s a n t e
l a c o r r u p c i ó n ) , p e r o lo q u e u o p u e d e h a c e r s e es d e c i r como d i c e el P . A.
del libro de S i l v a n u s S t a l l : «Lo q u e d e b e s a b e r el n i ñ o » , q u e « n i n g u n a
p e r s o n a decente n i c r i s t i a n a d e b e p o n e r e s e l i b r o e n m a n o s d e los n i ñ o s » .
G. G. C.
826 FILOSOFÍA
A , LÓPEZ PELÁEZ: ía Cruzada de ta Buena Prensa.—Un volumen de 36o páginas.

Barcelona, Gustavo Gili, 1908. 3,So pesetas.
El doctísimo obispo de J a c a , q u e se h a b í a d i s t i n g u i d o con obras de

c a r á c t e r filosófico, t a l e s como El darwinismo y la ciencia y o t r a s , se h a
c o n s a g r a d o e s p e c i a l m e n t e , desde h a c e u n o s tres años, á t r a b a j o s d e l ú d e -
le social, q u e h a n c o n t r i b u i d o á a u m e n t a r su b i e n c i m e n t a d a f a m a . T r a s
Los daños del lib7'o (1905); La importancia déla Prensa (1906); La acción
del sacerdote en la Prensa (1907); a p a r e c e hoy este n u e v o libro q u e e n
n a d a cede e n m é r i t o i n t r í n s e c o y en v a l o r c i r c u n s t a n c i a l á los a n t e r i o r e s .
No es e n é s t e , como e n esos otros libros del i n s i g n e P r e l a d o , no es, de-
cimos, ni c o n s t i t u y e el m é r i t o p r i n c i p a l , pero sí el m á s s a l i e n t e y el q u e
p r i m e r o r e s a l t a a n t e las m i r a d a s del lector, el de l a erudición; revélala
v a s t í s i m a y en e x t r e m o v a r i a d a ; las citas, t e x t o s y r e f e r e n c i a s s u c é d e n s e
e n sus p á g i n a s con asombrosa r a p i d e z ; a l lado d e l t e x t o bíblico figura el
de u n d i a r i o político; j u n t o al de u u P a p a ú Obispo, los de u n p a s t o r p r o -
t e s t a n t e ó u n G r a n O r i e n t e de la m a s o n e r í a ; l a c i t a de u n libro funda-
m e n t a l de A p o l e g é t i c a , s e g u i d a de u n p a s a j e en q u e se c u e n t a n las vici-
sitiides económicas d e u n a p u b l i c a c i ó n d i a r i a , etc., p o r q u e l a v a r i e d a d es
asombrosa.
Y no se c r e a qxie e s t a hipertrofia de e r u d i c i ó n d a ñ a á la u n i d a d y be-
lleza del libro; e s t á n t a n o p o r t u n a m e n t e t r a í d a s , t a n s a b i a m e n t e mezcla-
d a s con l a d o c t r i n a o r i g i n a l , son t a n c o n g r u e n t e s con el p e n s a m i e n t o ca-
p i t a l , q u e no f a t i g a n , no a b r u m a n , no a p a r t a n l a a t e n c i ó n del fin p r i -
mario.
A b u n d a n t a m b i é n p r o d i g i o s a m e n t e los ejemplos, los casos históricos,
las cifras, los d o c u m e n t o s c o m p r o b a n t e s , los hechos, e n s u m a , q u e confir-
m a n las t e o r í a s .
P e r o con ser g r a n d e s y r a r o s no son estos m é r i t o s los únicos del l i b r o .
A u n q u e se d i r i g e á los católicos., y su finalidad es de apostolado (y q u e á
nosotros, católicos, nos p a r e c e o p o r t u n í s i m a y t r a s c e n d e n t a l i s i m a ) , l a
l e c t u r a del libro es t a m b i é n i n t e r e s a n t e m i r a d o sólo, q u e es como a q u í
q u e r e m o s m i r a r l e , d t s d e el p u n t o de v i s t a d e l a c i e n c i a , de la social
p r i n c i p a l m e n t e . No se p l a n t e a n e n él p r o b l e m a s a b s t r a c t o s y sintéticos
de sociología; p e r o bien sabido es q u e p o r c o n v e n i e n t e y h a s t a por indis-
p e n s a b l e q u e el estudio de esos p r o b l e m a s sea, t i e n e menos eficacia
p a r a l a acción, p r o d u c e m e n o r e s r e s u l t a d o s i n m e d i a t o s q u e ol estudio de
p r o b l e m a s menos v a s t o s , menos complicados, p e r o de a p l i c a c i ó n i n m e d i a -
ta en la práctica.
D e su ropaje e x t e r i o r b a s t a r á digamos q u e el libro se l e e con g u s t o y
sin c a n s a n c i o h a s t a el final.
6 . G. C.
n N f l U S I S b E REVISTAS
Annales de Philosophie Chrétienne ( A b r i l , 1908).—E. JORDÁN: La rcspon-

sábüité de l'Eglise dans la represión de Vheresie au Moyen-Age (conti-
n u a c i ó n ) . S e ñ á l a n s e los casos e n q u e se a p l i c a b a l a p e n a d e m u e r t e p o r
el d e l i t o d e h e r e j í a , r e f u t a n d o l a s t e o r í a s q u e t r a t a n d e e x c u s a r d l a
a u t o r i d a d e c l e s i á s t i c a a r r o j a n d o l a r e s p o n s a b i l i d a d d e los c a s t i g o s s o b r e
l a a u t o r i d a d civil, sobre el b r a z o s e c u l a r . — A B B É J . MARTÍN: Saint Epi-
phane ( c o n t i n u a c i ó n ) . E s t ú d i a n s e la= d o c t r i n a s d e S a n E p i f a n i o e n lo
c o n c e r n i e n t e al c o n o c i m i e n t o r e l i g i o s o . — C n . H U I T : i e Platonisme en
France au XVIII" siecle ( c o n t i n u a c i ó n ) . P r e s c i n d i e n d o d e B a l t u s , p u e d e
d e c i r s e q u e en el siglo x v i i i los h i s t o r i a d o r e s y b i b l i ó g r a f o s del p l a t o -
n i s m o e a F r a n c i a son escasos y s u l a b o r b a s t a n t e m e d i o c r e . A ese n ú -
m e r o p e r t e n e c e n F r é r e t , á q u i e n se d e b e \\n t r a b a j o s o b r e los o r í g e n e s
d e la c i e n c i a y d e la filosofía; F o a c h e r , q u e hizo a l g u n o s e s t u d i o s s o b r e
l a r e l i g i ó n d e los p e r s a s y la d e los g r i e g o s ; G a r n i e r , e n su M e m o r i a Ca •
racteres de la filosofía socrática, y o t r o s . — P . H A U S : Le Droit et la Science.
A f i r m a n a l g u n o s q u e l a s l e y e s j u r í d i c a s p o s i t i v a s son p u r a s c o n v e n c i o n e s ,
m i e n t r a s q u e l a s l e y e s científicas reflejan la r e a l i d a d con r i g u r o s a e x a c -
t i t u d . E x a m i n a el a u t o r d e q u é m a n e r a las l e y e s p o s i t i v a s son el p r . -
d u c t o de \ i n a e l a b o r a c i ó n o b j e t i v a , cómo, p o r o t r a , l a s r a í c e s d e l a s l e y e s
científicas s o n e n p a r t e c o n v e n c i o n a l e s , y c ó m o finalmente, unas y
o t r a s se h a l l a n s u j e t a s á l a l e y u n i v e r s a l d e l a e v o l u c i ó n .
ídem. (Mayo), Essai sur la notion de Tlicorie physique de Platón á Ga-
Zz7ee.—Agítanse m u y h o e n n u e s t r o s dias l a s c u e s t i o n e s r e l a t i v a s a l v a l o r
d e l a t e o r í a física y á sus r e l a c i o n e s con l a e x p l i c a c i ó n m e t a f í s i c a ; p e r o ,
lo m i s m o q u e o t r a s c u e s t i o n e s , n o t i e n e n n a d a d e n u e v o , a u n c u a n d o
h a y a n c a m b i a d o d e f o r m a ; y así, l a c u e s t i ó n m o d e r n a do las r e l a c i o n e s
e n t r e l a t e o r í a física y la m e t a f í s i c a se f o r m u l a b a dos m i l a ñ o s h a h a b l a n -
do d e r e l a c i o n e n e n t r e la A s t r o n o m í a y l a F í s i c a . E l a r t i c u l i s t a t r a t a d e
e x a m i n a r las respuestas dadas á estas cuestiones por el p e n s a m i e n t o he-
lénico, p o r l a c i e n c i a s e m í t i c a , p o r l a E s c o l á s t i c a c r i s t i a n a d e l a E d a d
M e d i a y p o r los a s t r ó n o m o s del R e n a c i m i e n t o . — P . HAUS: Le Droit el la
Science ( c o n c l u s i ó n ) . H a y dos ó r d e n e s d e v e r d a d e s : l a s e x p e r i m e n t a l e s
q u e se d e r i v a n d e l a n á l i s i s d e los h e c h o s y l a s l ó g i c a s q u e se d e d u c e n d e l
a n á l i s i s de los c o n c e p t o s ; u n a v e z d e s c u b i e r t a s esas v e r d a d e s f o r m a n u n
edificio i n q u e b r a n t a b l e . Esto n o o b s t a n t e , p u e d e d e c i r s e : R e s p e t e m o s l a
828 FILOSOFÍA
ciencia como si fuese v e r d a d e r a , y respetemos las leyes como si fuesen

justas; porque las leyes científicas, a u n reposando sobre las funciones
objetivas, no dejan de poner e n juego l a libre a c t i v i d a d h u m a n a ; y l a s
'eyes jurídicas, a u n c u a n d o p a r e c e q u e e m a n a n de v o l u n t a d e s a u t ó n o -
mas, no dejan de h a l l a r s e esencialmente condicionadas por las contin-
g e n c i a s sociales.
RevuBde Philosophie (Mayo, 1908).—ABBÉ J . MARTIN: Un poete philo-

sophe. Estudio crítico de la personalidad y doctrinas de Sully P r u d h o m -
me, en las cuales v e el a u t o r , no como M . Heinon, u n símbolo de la a g e
nía de la política y la fe heridas por la Ciencia, sino la elevación l e n t a
y progresiva del a l m a hacia el i d e a l . — A . MARIE y R. MBUNiEa: Les cour-
bes respiratoires dans l'euphoric des paralitiques généraux. Del estudio
del ritmo respiratorio y sus modificaciones infieren los a u t o r e s e n t r e o t r a s
cosas, q u e las curvas r e s p i r a t o r i a s d e m u e s t r a n c l a r a m e n t e lo erróneo de
l a teoría periférica J a m e s - L a n g e . — P . DUUEM: Le mouvement absolu et
le mouvement r e ? a í ¿ / ( c o n t i n u a c i ó n ) . E s t u d i a en este a r t í c u l o las doctri-
nas de Alberto de Sajonia a c e r c a del movimiento.
ídem (Junio).—P. l.Cvcue,: Leprocés de l'Absolu. E u el sistema de
filosofía científica al q u e se a d h i e r e hoy la m a y o r í a de los i n t e l e c t u a l e s ,
s e da u n a curiosa a n t i n o m i a , m i e n t r a s t r a t a n de excluir la Metafísica
del comercio científico, se sirven de ella, a u n q u e con otros nombres, no
sólo e n l a ciencia sino e n la v u l g a r i z a c i ó n científica. L o absoluto es el
enemigo del pensamiento moderno; y sin e m b a r g o , esa noción e n t r a e n
l a ciencia si bien con diversas acepciones y disfrazada bajo términos
n u e v o s . — O . AIMEL: Individuálisme et philosophie bergsonienne. Con-
v e n i e n t e ó perjudicial, es i n d u d a b l e q u e la t e n d e n c i a i n d i v i d u a l i s t a
t i e n e hoy g r a n fuerza y vitalidad. L a filosofía de Bergson se halla hoy
á la o r d e n del día. En la filosofía b e r g s o n i a n a h a y un aspecto m u y i n t e -
r e s a n t e y q u e h a sido poco observado, y es el de las relaciones q u e u n e n
s u t a n original concepción de la v i d a del espíritu con el individualismo
c o n t e m p o r á n e o . / no es Bergson el único filósofo moderno c u y a psico-
logía se halla i m p r e g n a d a de individualismo; tal por ejemplo, el danés
Hoffding, y los p r a g m a t i s t a s . - R . TUKRE: Psyehologie de l' equilibre du
corps humain. L a Fisiología es la e n c a r g a d a de fijar las condiciones
p u r a m e n t e mecánicas d e l equilibrio, mas a u n q u e este estudio es m u y
i m p o r t a n t e ; no lo es menos el psicológico; a d e m á s de lo p u r a m e n t e me-
cánico se precisa u n a inervación psicomotriz q u e produzca ó conserve
el equilibrio; si esa acción vital cesa, el equilibrio se rompe. Deben
p u e s , estudiarse por el psicólogo las condiciones do conservación del
equilibrio, s u 3 excitaciones periféricas p r e d e t e r m i n a n t e s y o t r a s c u e s -
tiones de no menor i n t e r é s . — P . DÜHBN: Le mouvement absolu et le
mónvement relatif (continuación). E x a m í n a n s e eu este a r t í c u l o las doc-
t r i n a s sobre el movimiento local, de la «Escuela de París» y la de los a l e -
m a n e s S u m a n e n h a r d , Reisch y Sunczel. _
ANÁLISIS DE REVISTAS 829
, Revue Neo-Scolastique (Mayo, 1908).—CLODIÜS PIAT: De IHntuition en

Théodicée. C a n s a d o s del positivismo, m u c h o s p e n s a d o r e s m o d e r n o s t r a -
t a n d e a c o g e r s e á los d a t o s d e l a i n t u i c i ó n p a r a h a l l a r e u ella u n a b r i g o ,
c o n t r a l a d u d a , c r e y e n d o q u e esos d a t o s s i r v e n p a r a f u n d a r u n a t e o r í a
c o m p l e t a del c o n o c i m i e n t o y d é l a a c c i ó n . Con objeto d e e x a m i n a r l a
i n f l u e n c i a d e l a i n t u i c i ó n e n T e o d i c e a , el a u t o r e s t u d i a l a s d i v e r s a s
f o r m a s q u e el p r o b l e m a d e l a i n t u i c i ó n h a r e v e s t i d o d e s d e el a r g u m e n t o
d e S a n A use" m o h a s t a «la e x p e r i e n c i a del Infinito d e q u e t a n t o se h a -
bla h o y . — C . SEN'TKOÜL: La verité dans V art ( c o n c l u s i ó n ) . L a p r i m e r a
c o n d i c i ó n d e l a v e r d a d d e las o b r a s d e a r t e es l a e x a c t i t u d d e la c o n c e p -
ción a r t í s t i c a ; y l a s e g u n d a , l a s i n c e r i d a d d e e s a c o n c e p c i ó n . L a s g r a n -
d e s e s c u e l a s a r t í s t i c a s se d i v i d e n e n dos clases, s e g ú n q u e c o n s i d e r e n
p r e p o n d e r a n t e s u v a l o r e s t é t i c o , ó su e x a c t i t u d y s i n c e r i d a d : l a e s c u e -
l a r o m á n t i c a prefiere l a s i n c e r i d a d d e l a emoción e s t é t i c a ; la e s c u e l a
clásica, tiende más bien á la e x a c t i t u d de la concepción ideal.—Fn. A .
GBMBLLI: Le fondement hiologique de la psyehologie. Nunca ha desper-
t a d o n i n g u n a c i e n c i a el i n t e r é s q u e h o y d e s p i e r t a l a P¿icologia, i n t e r é s
q u e se m a n i f i e s t a e n c o n c e p c i o n e s divers-is a c e r c a d e l o b j e t o y c a r á c t e r
de e s t a c i e n c i a : Unos l a c o n s i d e r a n c o m o la c i e n c i a filosóficamente fun-
d a m e n t a l , m i e n t r a s q u e o t r o s l a c o n s i d e r a n como c i e n c i a e x c l u s i v a m e n -
t e e x p e r i m e n t a l ; y n o f a l t a n q u i e n e s a s i m i l a n la psicología á la b i o l o g í a .
E x i s t e n l í m i t e s i n f r a n q u e a b l e s e n t r e l a psicología y l a fisiología, l a p r i -
m e r a d e b e e s t u d i a r los hechos psíquicos sin p r e o c u p a r s e , d e los s o m á -
ticos. T a m p o c o d e b e e m p l e a r s e e x c l u s i v a m e n t e l a e x p e r i m e n t a c i ó n e n
P s i c o l o g í a , sino q u e d e b e c o n c i l l a r s e c o n l a i n t r o s p p x c i ó n , y c o l a b o r a r
ambos métodos, colaboración esta que no puede dejar de ser facunda.
Revue philosophlque ( A b r i l , 1908).—D. PAEODI: La Morale des idées-for-

ces. E s t u d i o c r í t i c o d e l a ú l t i m a o b r a de F o u i l i é e , q u e l l e v a ese t í t u l o . —
A . CHIDB: Pragmatisme et intelectuálisme. N a d a m á s comprensible y le-
g í t i m o , t r a s las a b e r r a c i o n e s d e l i n t e l e c t u a l i s m o q u e el r e t o r n o al d a t o
i n m e d i a t o ; p e r o h a ido d e m a s i a d o lejos e s t a r e a c c i ó n c o n t r a el intelev,-
t u a l i s m o h a s t a el e x t r e m o d e d e c i r q u e «la o b r a t o d a d e S h a k e s p e a r e n o
v a l e lo q u e u n olor d e p a n cocido.» A p e s a r d e eso y á d e s p e c h o d e ellos
m i s m o s j'^ d e sus p r o p i o s p r i n c i p i o s , los p r a g m a t i s t a s se c o n v i e r t e n al in-
t e l e c t u a l i s m o , y r e s t i t u y e n l a r a c i o n a l i d a d á l a a c c i ó n p r o f u n d a , «sacri-
fican c o m o d e c í a S ó c r a t e s , á E s c u l a p i o u n g a l l o » . — P.ÛL GAULTIEU:
L'independence de la morale ( c o n t i n u a c i ó n ) . L a c i e n c i a , e u el s e n t i d o qv.e
o r d i n a r i a m e n t e se da á la palabra, la ciencia objetiva tiende á suprimir
l a m o r a l , p o r m o s t r a r s e r e b e l d e á t o d a c o n s i d e r a c i ó n d e finalidad y á t o d a
a p r e c i a c i ó n d e n u e s t r o s a c t o s , h a c i e n d o d e la m o r . i l i d a d u n s i m p l e h e c h o
s o c i a l ; p e r o los a t a q u e s q u e e n n o m b r e d e l a c i e n c i a se d i r i g e n á l a Etic;*,
p r o v i e n e n d e u n a r e s t r i c c i ó n a b u s i v a del c o n c e p t o de c i e n c i a , d e b i d a a l
positivismo. Pero a u n c u a n d o v e r d a d e r a ciencia, no deja de ser l a E t i c a
830 FILOSOFÍA
•ana c i e n c i a s u s t a n t i v a q u e difiere d e t o d a s las d e m á s por l a n a t u r a l e z a

de su objeto, y por sus m a y o r e s e x i g e n c i a s .
ídem (Mayo).—CH. L A L O : Les sens esthetiques.'Piieie s e n t a r s e como u n a
v e r d a d i n c o n t e s t a b l e la afirmación de q u e l a s a r t e s , h i s t ó r i c a m e n t e o r g a -
n i z a d a s , sólo se d i r i g e n á los dos sentidos s u p e r i o r e s : l a vista y el oido. Aho-
r a b i e n ¿cuáles son l a s r a z o n e s d e este privilegio? Los psicólogos moder-
nos t r a t a n d e r e b a t i r los a r g u m e n t o s t r a d i c i o n a l e s con q u e se justificaba
a q u e l hecho.—E. B E E H I E B : De l'iniage áVidée. El p e n s a m i e n t o v a acom-
p a ñ a d o d e i m á g e n e s y d e p a l a b r a s ; a u n q u e l a psicología c o n t e m p o r á n e a
p a r e c e h a b e r rediicido miicho el p a p e l d e l a i m a g e n en el p e n s a m i e n t o ,
p u e d e no o b s a n t e r e h a b i l i t a r s e á l a i m a g e n t e n i e n d o e n c u e n t a q u e n o
sólo el p e n s a m i e n t o e x t e r i o r i z a e n i m á g e n e s , sino q u e e x i s t e u n m o v i -
m i e n t o inverso q u e p a r t e de las i m á g e n e s p a r a e l e v a r s e g r a d u a l m e n t e á
l a i d e a . E n t r e los tipos d e i n t e l i g e n c i a , a d e m á s de los a n a l í t i c o s y los sin-
t é t i c o s d e P a u l h a n d e b e c o n t a r s e el t i p o m e d i t a t i v o , q u e e n l a s i m á g e -
n e s y a l e g o r í a s d e s c u b r e i d e a s . — B . M B R T H S S : La génese psgchologique
de la conscience morale. E n vista de v a r i o s casos d e fisiología m ó r b i d a
d e b e i n f e r i r s e q u e l a moral p r o c e d e d e u n a difusión d e las funciones e n
el m e t a b o l i s m o g e n e r a l del o r g a n i s m o . L a e l a b o r a c i ó n m o r a l s u p o n e p e r -
t u r b a c i o n e s p r i m i t i v a s , p r o t o p á t i c a s , difíciles con frecuencia d e encon-
t r a r e n los a n t e c e d e n t e s del sujeto; pero c o r r e s p o n d e al psicólogo el in-
t e n t a r disociar esas síntesis d e l a c o n c i e n c i a m o r a l .
G. G. C.
Journal of Philosophy, Psychology and Scientifie Methods. Vol. V, núm. I,

January, 2, 1908, — A B T H U R O. S O V E J O T : The Thirteen Pragmatisms.—
I . E s t u d i a el a u t o r e n e s t e p r i m e r a r t í c u l o las d i s t i n t a s t e o r í a s q u e se
h a n r e u n i d o bajo l a d e n o m i n a c i ó n g e n é r i c a d e p r a g m a t i s m o . El p r a g -
m a t i s m o es u n v e r d a d e r o P r o t e o ; l a r a í z p r i n c i p a l d e las d i v e r g e n c i a s
e n t r e p r a g m a t i s t a s se h a l l a e n l a sigaiflcación, d e m a s i a d o e q u i v o c a ,
d a d a á t e o r í a s t a l e s como las dal s e n t i d o d e las proposiciones, d e l a com-
p r o b a c i ó n , e t c . — M . " W H I T O S C A L K I N S : Psgehology os Science of Self.—
I . P r i n c i p i o d e u n e s t u d i o a c e r c a de l a noción de la Psicología. E x a m i n a
el a u t o r las r e l a c i o n e s del e s p í r i t u y del c u e r p o y r e c h a z a l a s e x p l i c a -
ciones fisiológicas. D e b e el psicólogo t e n e r e n c u e n t a los hechos físicos,
fisiológicos, e t c . , q u e son las condiciones d e los hechos psíquicos, p e r o
d e b e c o n s i d e r a r q u e «las explicaciones físicas, fisiológicas y biológicas
d e los fenómenos físicos, son, por su n a t u r a l e z a , ínsuficieutes é hipo-
téticas »
Vol. V, núm. 2, January, 16, 1908. — AHTHUE O . S O V E J O Y : The Thirteen

Pragmatisms.—ll. Los «trece p r a g m a t i s m o s » se corisideran bajo las d e -
n o m i n a c i o n e s s i g u i e n t e s : T e o r í a s de la significación, t e o r í a s epistemoló-
g i c a s c o n c e r n i e n t e s á la n a t u r a l e z a d e l a v e r d a d , t e o r í a s del criterio d e
ANÁLISIS DE REVISTAS 831
l a v a l i d e z d e u n juicio, t e o r í a o n t o l ó g i c a . L o q u e a c t u a l m e n t e n e c e s i t a
s o b r e t o d o el p r a g m a t i s m o es u n a «clasificación d e sus f ó r m u l a s y d e
u n a d i s t i n c i ó n e n t r e c i e r t a s i d e a s ó p o s t u l a d o s s o b r e q u e se f u n d a .
Vol. V, núm, 3, January 30, 1908.—A. B . D . ALBXANDER: Kuno Fisclicr

an estímate of his Ufe aiid Work.—Análisis d e l a s d o c t r i n a s d e l histo-
r i a d o r K . F i s c h e r , p o n i e n d o d e manifiesto su oposición al m a t e r i a l i s m o
y a l e s c e p t i c i m o p o p u l a r e s e n A l e m a n i a á fines d e l siglo x i x . — M . W H I -
TON CALKIXS: Psychology as Science of Self. — A n á l i s i s d e l a n a t u r a l e z a
del y o . I n s p i r a s e p r i n c i p a l m e n t e el a u t o r e n l a s d o c t r i n a s d e R o y c e y d e
W a r d . I n s i s t e s o b r e el h e c h o d e q u e todos los c a r a c t e r e s del y o son o b -
j e t o d e u n a e x p e r i e n c i a i n m e d i a t a . Conclusión i d e a l i s t a ; p e r t e n e c e e l
a u t o r á la escuela a m e r i c a n a h e g e l i a n a de J . Royce.
Vol. V, núm. 4 , February, 13, 1 9 0 8 . — J o n s DEVVEY: Wliat do es Pragma-

tism mean by praetical? — T r a t a el a u t o r , con m o t i v o del r e c i e n t e l i b r o
d e W . J a m e s , Pragmatism, d e d e t e r m i n a r el s e n t i d o del v o c a b l o « p r á c t i -
co» e n l a c o n t r o v e r s i a p r a g m a t i s t a . H a i n t e n t a d o W . J a m e s h a c e r e n su
l i b r o u n a síntesis d e los diversos e l e m e n t o s del p r a g m a t i s m o ; á p e s a r d e
SU t a l e n t o n o - s i e m p r e lo h a c o n s e g u i d o . E s f u é r z a s e D e w e y p o r p o n e r e n
e v i d e n c i a los e l e m e n t o s i n d e p e n d i e n t e s d e l a n u e v a filosofía ( t e o r í a s d e
l a significación, d é l a c r e e n c i a , d é l a c o m p r o b a c i ó n , d e l a p r á c t i c a , etc.)
Vol. Y, núm. 5, February, 27, 1908. — M . WHITON CALKISS: Psychology

as Science of Self.—Pone el a u t o r d e manifiesto d e q u é m o d o su d o c t r i n a
del y o , como h e c h o p r i m o r d i a l d e l a c o n c i e n c i a , p e r m i t e d a r u n a des-
c r i p c i ó n a d e c u a d a d e l a c o n c i e n c i a . M e r e c e n o t a r s e u n a i n t e r e s a n t e cla-
sificación d e los m e d i o s psicológicos e n sus r e l a c i o n e s c o n los hechos fisio-
lógicos y b i o l ó g i c o s .
Vol. V, núm. 7, March, 2 6 , 1908.—J. E- BOODIN: Consciancess and Sea-

lity.—l. E n e s t e p r i m e r a r t í c u l o p r e s e n t a B o o d i n u n a definición n e g a t i v a
d e la c o n c i e n c i a c o n s i d e r a d a como d i m e n s i ó n no m a t e r i a l d e l a r e a l i d a d .
E x a m i n a p r i n c i p a l m e n t e el a u t o r l a s t e o r í a s m a t e r i a l i s t a s y e n e r g é t i c a s .
L o s procesos c o n s c i e n t e s se h a l l a n c o n d i c i o n a d o s p o r los procesos i n c o n s -
c i e n t e s , p e r o n o se r e s u e l v e el p r o b l e m a d e n o m i n a n d o á estos ú l t i m o s
s u b c o n s c i e n t e s . — W . JAMES: Truth versiis Tridhfcines.-Deñende James
su t e o r í a d e l a v e r a c i d a d como n o c i ó n f u n d a m e n t a l q u e i n c l u y e l a d e
v e r d a d . Si v e r d a d significa c o n f o r m i d a d con el objeto, es p r e c i s o i n s i s t i r
s o b r e el a s p e c t o s u b j e t i v o d e l a r e l a c i ó n , es d e c i r , s o b r e l a s c r e e n c i a s .
Vol. V, núm. 8, April, 9, 1908. - S T . SMITH: The treshold of rectified

perception as a clinical test.—Señala, el u s o clínico d e l a s p t r c e p c i o n e s
v i s u a l e s r e c t i f i c a d a s ; l a i l u s i ó n t e m p o r a l se t r u e c a e n u n a p e r c e p c i ó n
n o r m a l t a n p r o n t o como el sujeto se h a f a m i l i a r i z a d o c o n e l stimulus de
la experiencia.
832 FILOSOFÍA
Vol. V, núm. 9, April, 2 3 , 1908.—J. E- BOODIN: Conseiancess and Eea-

lity.—ll. E x p o n e el a u t o r su concepción r e a l i s t a de la conciencia, i n s i s
t i e n d o sobre los hechos patológicos d e disociación q u e s u t e o r i a p e r m i t e .
Su d o c t r i n a es de i n s p i r a c i ó n e n e r g é t i c a y r e s t a b l e c e l a c o n t i n u i d a d
e n t r e el m u n d o y el yo. No se p r o p o n e n i n g ú n p r o b l e m a de o r i g e n ; con
s i d e r a l a conciencia como c o n s t a n t e y no s e p a r a los procesos psicológicos
de los hechos psíquicos.
Vol. V, núm. 10, May, 7, 1908. — G. A . COE: Rdigions Valué. — El g r a n

v a l o r de l a r e l i g i ó n consiste e n su g r a n p o d e r de unificación. E l v a l o r
religioso no es distinto del v a l o r m o r a l . L a esfera de la r e l i g i ó n y d e l a
m o r a l es l a v i d a social; l a d i f e r e n c i a se h a l l a e n q u e , por sí sola, l a m o r a l
no t o m a más q u e u n a p a r t e del i d e a l h u m a n o , q u e l a r e l i g i ó n a c e p t a
por e n t e r o .
_ _ _ _ EM. D .
Intento bibliográfico de la
Doctrina Cristiana del P. J. de Ripalda.
L a solicitud de la I g l e s i a Católica s e h a r e v e l a d o s i e m p r e
de modo m a r a v i l l o s o e n la e n s e ñ a n z a de l a s v e r d a d e s q u e
c o n s t i t u y e n el d o g m a cristiano.
E n loa o r í g e n e s de esta Institución d i v i n a , fundada por
J e s u c r i s t o , n i n g ú n adulto podía ser miembro de e l l a , sin h a -
llarse s u ñ c i e n t e m e n t e instruido de a n t e m a n o e n el conoci-
miento de las v e r d a d e s c a t ó l i c a s . Catecúmeno se l l a m a b a a l
que s e instruía e n la fe; Catequista e r a el que t e n í a por mi-
sión e n s e ñ a r á los catecúmenos, y Catequesis l a e n s e ñ a n z a
real ó conjunto de doctrina que el c a t e q u i s t a e x p o n í a v e r b a l -
m e n t e á los c a t e c ú m e n o s : de aqui la p a l a b r a Catecismo, n o m -
bre que recibe el libro que c o n t i e n e los principales m i s t e r i o s
de la Religión, así como las o b l i g a c i o n e s que é s t a i m p o n e
al cristiano, para conseguir su último fin, que e s la s a l v a c i ó n
eterna.
E n t r e los g r a n d e s catequistas d e s c u e l l a n dos figuras: la de
S a n A g u s t í n y S a n Cirilo Jei'osolimitano, quienes, a d e m á s de
sus p r e d i c a c i o n e s , consignaz'on por escrito sus e n s e ñ a n z a s ; el
D r . de H i p o n a e n su i n c o m p a r a b l e libro de la Doctrina Cris-
tiana, y el Obispo de J e r u s a l é n e n sus a d m i r a b l e s Gate-
queses.
T a r e a no m e n o s h e r m o s a q u e sublime sería la de seguir
paso á paso l a g é n e s i s y e v o l u c i ó n de la C a t e q u í s t i c a cristia-
n a á t r a v é s de los siglos; ni p r e t e n d e m o s fin t a n noble, ni si-
quiera a s p i r a m o s á resumir e n b r e v e s l i n e a s l a historia de
l a c a t e q u í s t i c a e s p a ñ o l a . Quien d e s e e c o n o c e r á fondo este
836 VARIA
último punto, no deje de estudiar la Regla de fe católica del

primer Concilio Toledano, así como las sabias disposiciones
de casi todos los Concilios españoles, relativas á la instruc-
ción de los niños, y las a c e r t a d a s medidas que para la ense-
ñanza de los mismos adoptaron los sínodos diocesanos h a s t a
el Concilio de Trento.
Por lo que toca á nuestro intento, y sujetándonos al epí-
grafe de nuestro trabajo, dividiremos éste en dos partes: Ca-
tecismos anteriores al del P. Ripalda y edicionef del Catecis-
mo del P. Ripalda. En l a primera daremos á conocer: los
principales Catecismos españoles anteriores al P. Ripalda;
las traducciones extranjeras de estos Catecismos, con noticia
de los publicados en América, y Filipinas por autores españo-
les, impresos en lengua castellana ó indígena, así como los
de autores no españoles, pero impresos en castellano; y , por
último, l a s traducciones ó impresiones en castellano de Cate-
cismos escritos por autores no españoles. A estas referencias
seguirá como apéndice una indicación de los Catecismos m á s
notables impresos por los reformistas españoles, dentro y fue-
ra de España. E s t a s e c c i ó n comprenderá e l espacio de tiem-
po que media entre el año 1474, fecha de la introducción de
l a imprenta en nuestra patria, y el de 1600 en que y a se
había publicado en B u r j o s el primer Catecismo conocido del
P. J. de Ripalda.
En la segunda parte daremos c u e n t a de las ediciones del
Catecismo del P. Ripalda, por nosotros conocidas, desde la
de 1591 h a s t a las h e c h a s en el año 1900.
Para evitar confusiones seguiremos el orden rigurosamen-
te cronológico.
E n l a revista Razón y Fe a c a b a de publicarse un notable
trabajo del E.. P. Juan M. Sola, con el titulo de El Qatecismo
único en España. En él se mencionan m u c h a s de las e d i c i o n e s
de Catecismos españoles, que nosotros nos proponemos dar á
conocer; pero como el objeto final del precitado artículo n o
es idéntico al nuestro, que es el puramente bibliográfico, h a -
bremos por necesidad de extender más los limites á que se h a
ceñido el erudito P. Sola en este punto para él secundario.
INTENTO BIBLIOGRÁFICO 837
L a p r i m e r a p a r t e de nuestro trabajo se l i m i t a r á al estudio |

bibliográfico d e los C a t e c i s m o s i m p r e s o s e n E s p a ñ a y s u s do-'
m i n i o s , a n t e r i o r e s á la p u b l i c a c i ó n del de el P . J. d e E i p a l d a ,
y e x t e n s i v o s al siglo x v i . ' ^
SIGLO XV
I.-GONZÁLEZ DE MENDOZA (Pedro). 1478
D e este a ñ o se cita u n catecismo compuesto por el C a r d e n a l y

Arzobispo d e Sevilla D. P e d r o González de M e n d o z a , p a r a q u e los
judíos se i n s t r u y e s e n y convirtiesen m á s fácilmente á la Religión
cristiana. El P . Diosdado Caballero fué, según p a r e c e , quien lo
m e n c i o n ó p r i m e r o (1) y l o h a c e c o n r e f e r e n c i a a l C r o n i s t a Diego
Ortiz d e Z ú ñ i g a , diligentísimo h i s t o r i a d o r d e Sevilla; el b i b l i ó g r a f o
d a i n (2) s u p o n e q u e e l l i b r o c a r e c e d e i n d i c a c i o n e s t i p o g r á ñ c a s ,
a u n c u a n d o d e b i ó i m p r i m i r s e e n Sevilla h a c i a 1478 p r ó x i m a m e n t e ;
e l P . M é n d e z n o h a c e m e n c i ó n d e e s t e C a t e c i s m o . E s c u d e r o (3) s e
limita á copiar al P . Caballero: e n s u m a , se t r a t a de u n libro que
n a d i e ha visto y harto dudoso, a u n c u a n d o su existencia n o pueda
n e g a r s e e n a b s o l u t o . Si a l g ú n d í a s e e n c u e n t r a u n e j e m p l a r d e este
Catecismo, s e r á l l e g a d a la ocasión d e h a b l a r d e él c o n m á s am-
plitud.
2.-JIMÉNEZ DE CIS>JEROS (Fr. Francisco). 1498
E n e l S í n o d o d e T a l a v e r a , c e l e b r a d o e n 1498 é i m p r e s o e n S a l a -
m a n c a h a c i a fines d e l m i s m o a ñ o , s e h a l l a i n c l u i d a l a D o c t r i n a que
los P á r r o c o s h a n d e e n s e ñ a r á los ñeles en v i r t u d d e l p r e c e p t o esta-
blecido en las Constituciones del Sínodo, debidas al infatigable celo
del Cardenal Cisneros. El libro dice como sigue:
JESXJS
Constituciones del a r c o b i s p a | do de Toledo. E la tabla de
lo 1 q u e h a d e e n s e ñ a r a los n i ñ o s .
(1) C a b a l l e r o : B . Diosdado.—De p r i m a t y p o g r a p h i a e h i s p a n i o a e a e t a t e s p e -
oimen.—In 4.°. E o m a e . — A p u d A n t o n i u m fulgouium.—1793.
(2) H a i n : L u d o v i o i . — B e p e r t o r i u m bibliographicum.—4 vol. i n 4.°. S t u t t -
g a r t i a e J. G. Cottae.—1826.
(3) Escudero Perosio: Francisco.—Tipografía H i s p a l e n s e , i n 4.°.—Madrid
Saos, de Bivadene^rra.—1894.
CULTURA 64
838 VARIA
4 . ° . — Sin indicaciones tipográficas, pero en Salamanca, 1498.—i hs. no fols. al

principio + 21 fols.—Signs. a-b de 8 h s . + c de 5.—Las dos primeras hojas care-
cen de registro.
E n l a C o n s t i t u c i ó n I V d e l S í n o d o s e d i s p o n e q u e los c u r a s e n s e -
ñ e n t o d o s los d o m i n g o s , d e s p u é s d e V í s p e r a s , l a s o b l i g a c i o n e s d e
t o d o cristiano, e s p e c i a l m e n t e á los n i ñ o s m e n o r e s d e doce a ñ o s , y
p a r a q u e s e p a n á q u é a t e n e r s e e n e s t e p u n t o s e p o n e a l fin Lo que
los curas ó aquellos á quienes ellos lo encomendaren son obligados
por las Constituciones sinodales á enseñar á los niños todos los do-
mingos después de Vísperas, á s a b e r : l a s e ñ a l d e l a C r u z , el P a d r e
n u e s t r o , el A v e M a r í a , el C r e d o , l a S a l v e , los A r t í c u l o s d ) l a fe, l o s
m a n d a m i e n t o s d e l a l e y d e D i o s y los d e l a I g l e s i a , l a s O b r a s d e m i -
s e r i c o r d i a y los P e c a d o s c a p i t a l e s .
S i el C a r d e n a l J i m é n e z d e C i s n e r o s n o e s t u v i e r a y a c o n s i d e r a d o
c o m o u n a d e l a s figuras m á s g r a n d e s d e s u t i e m p o e n l a h i s t o r i a d e
E s p a ñ a , bastarían las Constituciones de T a l a v e r a p a r a elevarlo á
u n o d e los p r i m e r o s puestos é i n m o r t a l i z a r ' s u n o m b r e . El mérito d e
estas Constituciones, a p a r t e de otros, estriba en h a b e r sido como
e l c o m p e n d i o d e l a s m a t e r i a s q u e t r a t ó el C o n c i l i o d e T r e n t o e n l a s
s e s i o n e s d e « r e f o r m a t i o n e » , a d e l a n t á n d o s e p o r ello el C a r d e n a l d e
T o l e d o á t o d o s los p a d r e s q u e i n t e r v i n i e r o n e n el Concilio T r i -
dentino.
L o s e j e m p l a r e s d e e s t e l i b r o , y p o r t a n t o los d e l C a t e c i s m o , n o
son tan raros, por fortuna, como han creído algunos. L a Biblioteca
N a c i o n a l de M a d r i d p o s e e c u a t r o ; l a U n i v e r s i d a d C e n t r a l , d o n d e s e
c o n s e r v a la magnífica biblioteca de Cisneros, cuenta con otro; el b i -
bliófilo a m e r i c a n o M r . H u n t i n g t o n t i e n e u n o e n s u c o l e c c i ó n h i s p á -
n i c a , p r o c e d e n t e d e la librería del M a r q u é s d e X e r e z d e los C a b a -
lleros; e n la Biblioteca Nacional d e Lisboa se g u a r d a otro, y es m á s
q u e probable que en las Bibliotecas de nuestras catedrales h a y a
ejemplares de estas Constituciones.
L a i m p r e s i ó n es d e S a l a m a n c a y n o d e Toledo, como p a r e c e de-
ducirse de la inscripción hecha por Hidalgo, quien al h a b l a r d e este
libro h a c e referencia al escudo de P e d r o H a g e u b a c h . L a diferencia
d e c a r a c t e r e s s a l t a á l a v i s t a c o n sólo c o m p a r a r l o s c o n l o s c a r a c t e - j
r e s góticos pertenecientes al s e g u n d o g r u p o s a l m a n t i n o . L a f e c h a |
d e l a Aprobación d e M e l c h o r G o r r i c i o XI Ealendas Januarias, no j
p u e d e r e f e r i r s e a l a ñ o 1497 c o m o s u p o n e H a e b l e r : p r i m e r o , p o r q u e i
e n S a l a m a n c a , sobre t o d o en los d o c u m e n t o s eclesiásticos, e m p e z a b a ;
e l a ñ o el 2 5 d e D i c i e m b r e , c o m o g e n e r a l m e n t e a c o n t e c í a e n E s p a ñ a ,
y segundo, porque la fecha de promulgación de las Constituciones

es de Octubre de 1498.
Dan noticia de este libro algunos bibliógrafos, entre otros el P a -
dre Caballei'o, quien habla de él como manuscrito, y dice: «es i n -
creíble que no se imprimiera sabida la munificencia d e Cisneros y
el floreciente estado de la imprenta en Toledo».
3.-LEDESIHA (Pedro). i498|
Doctrina cristiana | e n cobles | composta e n lo x v s e g l e \

p e r 1 lo R. P . L e d e s m a | a u g m e n t a d a a b lo Ilibre d e l | v e n t u -
ros pelegri | e ab l e s cobles d e l a mort [ ara novaraent corre-
g i d e s I . D e b a j o u n a v i ñ e t a c o n l a i m a g e n d e l niño J e s ú s .
in 3 2 ° . — 3 2 - 1 - 4 8 págs.
Barcelona.—Estampa de F . Altes, — 1 8 9 1 .
¿Es reimpresión de la edición del siglo x v , ó es impresión pri-

mera de la doctrina compuesta en el dicho siglo?
SIGLO XVI
4 . - A L C A L A (Fr. Pedro de). 1505.-1edición.

Escudo de armas del Arzobispo Pr. Hern^^ndo de Talavera y de-
bajo:
o: A r t e p a r a ligeramefce | s a b e r l a l e g u a a r a u i g a .
Al fin: CE F u e i n t e r p t a d a e s t a obra y v o c a b u l i s t a da r o m a n -
ce | e n arauigo e n la grande y m u y nombrada cibdad d g r a |
n a d a por fray Pedro de alcalá, m u y idigno fraile d e | l a orde
di glioso dotor s a n J e r ó n i m o , c o t i n o f a m i l i a r , y [ e o f e s s o r d i
R. s e ñ o r d o n f r a y F e r n a n d o d e T a l a v e r a . p " | m e r o a r z o b i s -
po d í a d i c h a c i b d a d . Y m u y d i g n o r e l i g i o | so d e l a m e s m a
o r d e n . E n e l a ñ o d e l s e ñ o r d mili e t q u i n i e | t o s y v n a ñ o s .
Fue impressa et acabada por Juan v a " ] lera de salamanca
impressor en la dicha cibdad d grana | da. A cinco dias d e l
m e s d e hebrero de mili et quinietos | e t cinco años.
4 . ° — 3 1 8 hs. no fols. —Signs. a-f, a-z, A-Ic de 8 hs y L de 6.—A dos colum-
nas el Vocabulario y á renglón seguido en la Gramática.—Letra gótica de varios
tamaños.—Grabados y capitales cn madera.
840 VARIA
L a o b r a p r e s e n t e c o n t i e n e t r e s p a r t e s : l a Gramática, el Catecis-
mo y el Vocabulario. Lia, G r a m á t i c a t e r m i n a e n l a l í n e a 6 d e l r . ° d e l
fol. c 6 . — S i g n e el c a t e c i s m o q u e c o m p r e n d e : E l s i g n a r y s a n t i g u a r ,
el A v e M a r í a , el P a t e r n o s t e r , el C r e d o , l a S a l v e , l a C o n f e s i ó n , u n a
b r e v e c o l a c i ó n p a r a l o s c l é r i g o s q u e c o n f i e s a n los c r i s t i a n o s n u e v o s ,
l a s o b r a s d e m i s e r i c o r d i a , los S a c r a m e n t o s , l o s a r t í c u l o s d e l a f e ,
los s e n t i d o s , l a s v i r t u d e s t e o l o g a l e s y c a r d i n a l e s y l a f o r m a p a r a
a d m i n i s t r a r el v i á t i c o á los e n f e r m o s . — A c o n t i n u a c i ó n v a el o r d e n
d e l a M i s a y d e s p u é s el V o c a b u l a r i o . — E n el v.° d e l fol. L iv s e h a -
l l a el colofón: a l v ° los n ú m e r o s e n r o m a n c e y e n á r a b e : e n e l r . "
d e l fol. L V. e s t á el e s c u d o d e l i m p i ' e s o r y a l v . ° d e l m i s m o el d e l o s
R e y e s Católicos.
E s d e a d v e r t i r q u e el t e x t o d e l C a t e c i s m o e s t á e n l e n g u a á r a b e ,
excepto la colación que, a d e m á s d e e s t a r en á r a b e , se halla t a m b i é n
en r o m a n c e .
A u n q u e el l i b r o e s t é firmado p o r P r , P e d r o d e A l c a l á , e s i n d u -
dable que en su composición tomó no p e q u e ñ a parte F r . H e r n a n d o
de T a l a v e r a , confesor de la R e i n a Isabel la Católica y Arzobispo d e
G r a n a d a . D e s d e l u e g o p u e d e a s e g u r a r s e q u e el C a t e c i s m o s e d e b e á
F r . H e r n a n d o d e T a l a v e r a y q u e fué t r a d u c i d o p o r F r . P e d r o d e A l -
c a l á . El celo del Arzobispo d e G r a n a d a p o r la c o n v e r s i ó n d e los
m o r o s y p o r l a i n s t r u c c i ó n d e los y a c o n v e r t i d o s á l a fe, l e s u g i r i ó
la idea d e darles r e d a c t a d a s en n n compendio las principales ver-
d a d e s d e l a r e l i g i ó n , p a r a q u e a s í i n s t r u i d o s los m o r o s e n e l l a s , p u -
d i e r a n r e c i b i r el b a u t i s m o .
D e esta edición h a y cuatro ejemplares en la Biblioteca Nacional,
p e r o se c o n o c e n m á s ; p o r q u e el Vocabulario s e e n c u e n t r a c i t a d o fre-
c u e n t e m e n t e e n los R e p e r t o r i o s b i b l i o g r á f i c o s y a n u n c i a d o e n a l -
gunos catálogos de libros puestos á la venta.
5.-ALCALA (Fr. Pedro de) 1505. -2." edición.
Escudo d e a r m a s d e l Arzobispo F r . H e r n a n d o de T a l a v e -
ra y debajo:
Arte p a r a l i g e r a m e n t e s a b e r la l e n | g u a a r a u i g a e m e n d a -
da y a ñ a d i d a y s e g u n d a m e n t e i m p r i m i d a .
4 . ° — S i n i n d i c a c i o n e s t i p o g r á f i c a s , p e r o en G r a n a d a p o r J u a n V á r e l a , i5o5.—
48 h s . n o f o l s . — S i g n s . a - f d e 8 h s . - R e n g l ó n seguido.—Letra gótica de varios
t a m a ñ o s . — G r a b a d o s y c a p i t a l e s en m a d e r a . — I m p r e s o e n n e g r o y r o j o .
E l libro se d i v i d e e n G r a m á t i c a y Catecismo: a q u é l l a t e r m i n a en
l a 4.* l í n e a d e l fol. c iiij v . ° — E l C a t e c i s m o e m p i e z a á c o n t i n u a c i ó n .
y contiene el mismo texto d e la primera edición, t e r m i n a n d o con el

O r d i n a r i o d e l a M i s a . — E l r . ° d e l fol, f v i i j e s t á e n b . y a l v.° h a y
un g r a b a d o q u e representa al profeta David.
L a p r i m e r a e d i c i ó n d e l Vocabulario debió agotarse r á p i d a m e n t e ,
p o r q u e en el m i s m o a ñ o se i m p r i m i ó u n a s e g u n d a , si b i e n sólo cons-
ta como indicado queda, d e la Gramática y del Catecismo. Los ti-
p o s d e a m b a s e d i c i o n e s s o n i d é n t i c o s y lo m i s m o l o s g r a b a d o s .
H e m o s descrito c o n e x t e n s i ó n los p r e c e d e n t e s C a t e c i s m o s p o r
ser ó los p r i m e r o s q u e a p a r e c e n impresos en E s p a ñ a , ó p o r haber
s i d o c o m p u e s t o s p o r h o m b r e s t a n e s c l a r e c i d o s e-i l a h i s t o r i a d e
n u e s t r a n a c i ó n . E n la descripción d e los q u e v a n á seguir s e r e m o s
m á s concisos, extendiéndonos ú n i c a m e n t e en aquellos q u e p o r su
r a r e z a ó por su autor, m e r e z c a n q u e nos s a l g a m o s d e los límites, e n
q u e hemos p r o c u r a d o e n c e r r a r este artículo.
6.-MADRÍD (Fr. Alonso de). 1526
Arte p a r a servir á Dios y Tratado de la Doctrina Chris-

tiana.
in 1 6 . ° .
Alcalá.—Miguel de Eguía.
E l docto franciscano F r . Alonso de M a d r i d supo reunir e n s u a s -
c é t i c o l i b r o e l <íArte para servir á Dios* y e l ^Tratado de la Doctri-
na Christiana». Esta o b r a fué m u y c o r r i e n t e e n el siglo x v i y m e -
reció el honor de ser t r a d u c i d a á varias l e n g u a s . Sin e m b a r g o , n o
e n t o d a s l a s ediciones se h a l l a el T r a t a d o de la D o c t r i n a . S i r v a esta
advertencia para cuando describamos otras impresiones posteriores
á esta d e 1526.
7.—MADRID (Fr. Alonso de). 1530
Arte para servir á Dios y Tratado de la Doctrina Chris-

tiana.
ín 1 6 . °
Burgos.
8.-GONZÁLEZ (Gutierre). 1532
Libro de la doctri | n a x p i a u a c o n v n a e x p o s i | clon sobre

ella que la d e c l a r a | m u y altamente: instituyda | n u e u a m e n -
te e n roma con au | ctoridad de la sede apostólica ] para ins-
t r u c c i ó n d ' l o s n i ñ o s | y m o g o s : j u n t a m e n t e c o n | otro tratado
de doctrina | moral exterior que enseña la | buena crianga
842 VARIA
que d e u e n t e n e r | los moQOs: y como se h a n d' [ a u e r e n l a s

costumbres de sus | personas: y e n que m a n e r a se de | uen
auer c e r c a del e s t a d o o | c a m i n o que t o m a r e n de viuir. |
M.d.xxxij.
Fol. menor.—56 hs. fols.—Signs. a-q de 8 hs.
Sevilla. Junio de i53i.
Esta edición debe ser la segunda, pues al fin se lee: assimesmo
es nueuamente impresso (el libro) en Seuilla. Alio de M.d.xxxij en
el mes de junio.
9.—MADRID (Fr. Alfonso de). 1542
Arte p a r a s e r v i r á D i o s y T r a t a d o de la D o c t r i n a Chrís-
tiana.
in i6.°
Burgos.
lO.-COVARRUBIAS (Fr. Pedro de). I3-Í5
Memorial de | p e e c a d o s : et auiso d' l a v i | d a c h r i s t i a n a

copioso et I m u y coplido: p r o u e c h o | so assi p a los cofesso-
res: | c o m o p a los p e n i t e n t e s : | copiladopor e l r e u e r e n | do p a -
dre f r a y pedro de j couas rubias: maestro e | S a n t a Theolo-
g i a d' la or | den de sanco D o m i n g o [ de los P r e d i c a d o r e s : |
Año D M x l v (sic).
Al fin: Aquí f e n e c e el tratado l l a m a d o m e m o r i a l d [ p e e -
c a d o s et auiso de la uida christiana: m u y | p r o u e c h o s o p a r a
los c o n f e s s o r e s , c o m o p a | ra los penitentes. E l a s absolucio-
n e s de I cualquier s e n t e n c i a descomunio alos | curas y c o n -
fessores m u y n e c e s s a | rias. F u e impresso e n la m u y no | ble
v i l l a de Medina del c a m ) po por Pedro de Castro | A c a b o s -
s e e n fin de m a y o . | A ñ o de m i l y | quinientos et qua | r e n t a
et c i n c o A ñ o s , j ^
in 8.° —Sin foliación.--Sig». a-lc de 8 hs.— Letra gótica.
Portada orlada: al v.° Jesús María. Debajo una estampa de Je-
sús crucificado en el momento de recibirla lazanda.
En el fol. a ij.— Prólogo.—En el fol. a iij v.° In nomine patris et
fliii spiritus sancti. Amen.—Sigue el texto del Catecismo con las dife-
rentes maneras de confesarse, según el estado y profesión de cada
uno y acaba en el fol. k 7.—El fol. k 8 en b.
II.—MADRID (Fr. Alfonso de). 1546
A r t e p a r a s e r v i r á D i o s y T r a t a d o d e l a D o c t r i n a Chris-
tiana.
in . 6 . 0
Sevilla.
l 2 . - F L 0 n E Z ( F r . Andrés de). . 1549
D i a l o g o d e l a D o c t r i n a Christiana d e l E r m i t a ñ o y e l N i ñ o .
in 8.°.
Toledo.—Juan de Ayala.
l 3 . - S 0 T 0 ( F r . Pedro de).
K h u r t z e r Begriff c a t h o l i s c h e r L e h r .
Ausburgo.
I 4 . - F L 0 R E Z (Fr. Andrés). 1552
Doctrina Christiana del Ermitaño y Niño. Copuesta por

fray Andrés Florez. Corregida y emendada y aprouada por
m u c h o s l e t r a d o s y t h e o l o g o s : por m a d a d o d'l P r i n c i p e n r o s e -
ñor: y d e s u R e a l c o s e j o . Madado p o r e l A r z o b i s p o d e T o l e d o ,
y por otros p r e l a d o s : q se t e g a y u s e e n s u s y g l e s i a s .
8 . ° — 1 2 0 hs.—Letra gótica.
Valladolid.—Sebastián Martínez.—i 55i.
E s t a e d i c i ó n p a r e c e ser r e p r o d u c c i ó n de la que s e hizo e n T o l e -
d o en 1 5 4 9 .
I 5 . - P É R E Z DE AVALA (Martin).
El catecúmeno o cristiano instruido.

Milán.
16.—CUEVA (Gaspar Miguel de la). 1554
Doctrina christiana con declaraciones.

in 1 2 . °
Zaragoza.
Así la c i t a D . N i c o l á s A n t o n i o en el t o m o I d e s u Biblioteca
Nova.
I 7 . - L 0 P E Z DE SEGURA (Juan).
D e la instrucción christiana y exercicios espirituales y

preparación para la Misa y santa Comunión.
in 4.°
Burgos.—Juan Junta.
844 VARIA
Esta obra, d e carácter ascético m á s q u e catequístico, la dedicó

su autor á Doña María, Reina de Inglaterra.
I8.-PEREZ DE AYALA (Martín). 155*
D o c t r i n a c r i s t i a n a p a r a loa q u e e n t i e n d e n y a a l g o m á s d e
lo que á los n i ñ o s s e l e s s u e l e e n s e ñ a r . i
Milán. '
19.—PESQUERA (Gregorio de).

D o c t r i n a c h r i | s t i a n a , y Espejo de b i e n biuir: diuidi | do
e n t r e s p a r t e s . L a p r i m e r a e s v n | d i a l o g o o c o l o q u i o e n t r e dos
n i ñ o s I c o n m u c h a s c o s a s d e l a fe p r o u e c h o - | s a s , y la d o c -
trina declarada y luego j la llana. E n la segunda se contie-
n e n I m u c h a s o b r a s b r e u e s y d e b u e n a y s a | u a (sic) d o c t r i -
n a . E n l a t e r c e r a t i e n e m u | c h a s c o p l a s y c a n t a r e s d e u o | tos
p a r a s e h o l g a r y c a n | t a r l o s n i ñ o s . | Con P r i v i l e g i o | T a s s a -
do e n
Al fin: A g l o r i a y a l a b a n z a | de J e s u Christo n u e s t r o D i o s :
y d e I su g l o r i o s a m a d r e n u e s t r a s e ñ o r a . | H a c e fin el libro
llamado Do« | ctrina Christiana. F u e im» | p r e s a e n l a m u y
noble v i | l i a d e V a l l a d o l i d , E n | C a s a d e S e b a s t i a n | Martí-
nez, Año I
1554.
S . O - i S i hs. foís. + una en b . al fin.—Signs. A-Z-AA-HH de 8 hs. é I I de
4.—Renglón seguido.—Letra gótica y redonda.—Capitales grabadas en madera.
Al v . ° d e la p o r t a d a h a y u n a a c l a r a c i ó n del P r í n c i p e D . F e l i p e ,
hijo d e Carlos V, en l a c u a l se dice: «Por q u a n t o v o s G r e g o r i o d e
p e s q u e r a , a d m i n i s t r a d o r d e los niños d e la d o c t r i n a c h r i s t i a n a d e la
villa de Madrid, m e hezistes relación. Diziendo q u e a c a u s a q u e de
l a d o c t r i n a q u e se e n s e ñ a e n la d i c h a villa á los dichos niños, se a n
a g r a d a d o muchas personas y la dessean tener para enseñar en sus
casas a u e y s sido i m p o r t u n a d o p a r a l a imprimir...» D e c u y a s pala-
b r a s se colige ser el a u t o r d e esta D o c t r i n a D . Gregorio d e P e s q u e -
r a , quien reunió en u n libro la e n s e ñ a n z a oral q u e en M a d r i d se
d a b a á los n i ñ o s .
L a p r e s e n t e o b r a se d i v i d e en t r e s p a r t e s . L a p r i m e r a es la q n e
p r o p i a m e n t e s e l l a m a doctrina cristiana, y contiene la declaración
d e l o s artículos de la fe, d e l o s mandamientos y lo q u e el c r i s t i a n o
d e b e saber y orar. L a s e g u n d a p a r t e se o r d e n a á enseSar á leer á
los niños, p a r a c u y o ñ u se les d a n t r a d u c i d o s los capítulos del E v a n -
ffelio d e S a n M a t e o , c o m u n m e n t e d e s i g n a d o s c o n el n o m b r e d e Ser-
món de la montaña, q u e e n s e ñ a l a s b i e n a v e n t u r a n z a s . A c o n t i n u a -
ción se halla l a Epístola d e S a n B e r n a r d o en q u e el santo e x p o n e
l a p e r f e c c i ó n d e l a v i d a . S í g n e s e u n t r a t a d i t o c o n el t í t u l o d e Espe-
jo de bien vivir. Compuesto por un devoto religioso de la Orden de
San Agustín, a l q u e a c o m p a ñ a o t r o t i t u l a d o : Esto ha sido sacado
de un libro que es llamado CRtiz D E CRISTO, 7iecho por un religioso
devoto de la Orden de San Francisco. Después v a n u n libro titula-
d o : Comienza la obra de la confusión. Compuesto por un devoto va-
rón; el Rosario de nuestra Señora, nuevamente ordenado de la ma-
nera que se ha de rezar, según en la Orden de Santo Domingo se
dice; l o s Proverbios cristianos y devotos para quien dellos se quisie-
re aprovechar, y c o n c l u y e c o n o r a c i o n e s p a r a a y u d a r á b i e n m o r i r .
L a tercera parte de la Doctrina comprende g r a n número d e can-
t a r e s y coplas d e v o t a s p a r a q u e los n i ñ o s y o t r a s p e r s o n a s c a n t e n y
se a l e g r e n c o n devoción. E n t r e estos c a n t a r e s y coplas los h a y p a r a
c a n t a r c o n m ú s i c a ])opular d e a q u e l t i e m p o . A ellos p e r t e n e c e n l o s
s i g u i e n t e s . A l t o n o d e l a gallarda:
Mira cristiano tu a l m a como esta

que vendrá la muerte y te llevara,
q u e v e n d r á la m u e r t e y t e l l e v a r a .
Coplas del vergel:
L a s q u e servís al Señor
salí y veréis u n vergel
de la iglesia m u y ñel
militante.
Al tono de la p a v a n a :
Niño chiquito substancia del P a d r e
summo Señor del orbe criado,
veos nascido de virgen y m a d r e
en duro pesebre estar reclinado
e n t r e l a m u í a y el b u e y
en u n portal destejado
en u n portal destejado.
Hállanse igualmente muchos romances, villancicos y tonadillas

referentes á la vida y pasión de Jesús, á la de su Santísima Madre,
y á hechos gloriosos d e los santos. Son d i g n a s d e m e n c i ó n especial
l a s q u e s e r e f i e r e n á l a doctrina de buena crianza, q u e f o r m a n u n
excelente tratado de urbanidad.
846 VARIA
Como conclusión d e esta t e r c e r a p a r t e de la d o c t r i n a se e n s e ñ a

La manera que se puede tener en recoger niños pobres perdidos, en
casas de doctrinas y Los capitulos que se presentaron en el Consejo
de sus Majestades en la villa de Madrid á veinte y cinco dias del
mes de Octubre de 1552 años. Que por los Señores del Consejo se
mandan guardar en las casas de Doctrina en estos Reinos y que las
Justicias dellos los cumplan y executen.
D e s p u é s d e l colofón h a y u n a h o j a e n b l a n c o y e n el r . " d e l folio
s i g u i e n t e (CCXLIX), d o s a b e c e d a r i o s g ó t i c o s y uno latino en letras
m a y ú s c u l a s y m i n ú s c u l a s p a r a q u e a p r e n d a n á escribir los n i ñ o s . A l
v . ° d e l m i s m o folio e s t á l a t a b l a d e e r r a t a s y t e r m i n a el l i b r o d e e s t a
m a n e r a : D i u i d i o s e e s t a d o c t r i n a e n | t r e s p a r t e s : p o r c a u s a d e lo q u e
esta m a n d a d o p o r su | Majestad, y por los señores del su m u y a l t o
consejo e n | sus c a p í t u l o s a r r i b a d i c h o s : e n el c a p í t u l o d i e z y seis i
que dize. que en las casas de doctrina y escuelas ense n | ñ e n b u e n a
doctrina y a leer en buenos libros: y que | c a n t e n i y lean | y e s e r i u a n
b u e n a s c o s a s : p a r a q u e | t o d o lo h a l l e n e n e s t e l i b r o p a r a lo p o d e r
e n II I s e ñ a r y e x e r c i t a r . Corregido y e n m e n d a | do p o r el m a e s t r o
A l e x o v a n e g a s : ] p o r m a n d a d o d e los s e ñ o r e s del | concejo real-
A c a b ó s e d e i m | p r i m ü - a p r i m e r o d e ] Majô. A ñ o d e ] . 1 5 5 4 .
Si n o s h e m o s e x t e n d i d o a l g o m á s e n la d e s c r i p c i ó n d e e s t a D o c -
t r i n a , h a sido por las curiosas noticias q u e contiene y por n o hallar-
la citada en ningún repertorio bibliogi'áñco.
20.—XIMÉNEZ 1554
Manual de doctrina cristiana.

L a noticia precedente está t o m a d a del Catálogo del M a r q u é s d e
l a R o m a n a , e n el c u a l n i se i n d i c a el n o m b r e d e l a u t o r n i se d a n
otras indicaciones que las transcritas.
2I.-FL0REZ (Fr. Andrés). 1555
D o c t r i n a c h r i s t i a n a del E r m i t a ñ o y el n i ñ o .
Valladolid.—Sebastián Martínez.
Segunda edición de esta obra hecha en Valladolid, la p r i m e r a
se hizo en 1552.
22.-MADRID (Fr. Alfonso de).
Arte para servir á Dios y Tratado de l a D o c t r i n a chris-

tiana.
Toulouse.
23.—MARTÍN DE LAGUNA (Alfonso). (555
Suma de l a doctrina c h r i s t i a n a .
Salamanca.
24.-VALTANAS MEXIA (Domingo de).
D o c t r i n a c h r i s t i a n a . . . Compuesta por F r . . . . d e l a Orden de

Sancto Domingo.
Al fin: I m p r e s s a e n Seuilla e n c a s a d e Martin de Montes-
d o c a . A c a b ó s e á ocho días del m e s de Mar90 de mil y q u i n i e -
tos y c i n c u é t a y cinco años.
8.°—348 hs., letra redonda y gótica.
25.-CÜRDER0 (Juan Martín). t556
S u m a d e l a doctrina c r i s t i a n a .
in 8.°
Amberes.
26.—SOTO (Fr. Pedro de). 1560
Khurtzer Begriff c a t h o l i s c h e r L e h r .
in 1 2 . "
Dilinga.—Sebastián Maier.
27.—NAVARRA (Francisco de). 1561
B r e v instrvctio d e l a doctrina c h r i s t i a n a o r d e n a d a p e r
m a n a m e n t del lUustrissim y R e u e r e n d i s s i m s e n y o r d o n F r a n -
c i s c o de N a v a r r a p e r l a diuina g r a c i a A r c h e b i s b e d e V a -
lencia. En Valencia, Pouch estampada en casa de l o a n
Mey, 1561.
in 1 2 . ° — 1 2 hs. no fols.
28.—ELSO (Sancho de).
D o c t r i n a c h r i s t i a n a y pasto espiritual del a l m a p a r a los

q u e t i e n e n c a r g o d e a l m a s y p a r a todos estados e n c a s t e l l a n o
y vascuence.
in 8.°
Pamplona,—Adrián de Anvers.
29.—SOTO (Fr. Domingo de). 1563
C a t e c i s m o ó doctrina cristiana.
in 8."
Salamanca.—Matías Gast.
848 VARIA
30.—GONZÁLEZ (Gutiérrez). 1564

Doctrina ctiristiana.
in 4-°
Toledo.—Miguel Ferrer.
T a m a y o de Vargas da noticia de esta edición de la siguiente
manera: «Doctrina Christiana y exposición della». «Tratado de
Doctrina moral exterior para la enseñanca de los moôs q escribió
por facultad de la Sede apostólica el Prothonotario y Comensal del
Pontífice Gutierre González, fundador de la Capilla de la Concep-
ción de Nuestra Señora de San Andrés de Jaén.—Toledo, por Mi-
guel Ferrer, 1564, 8.°
31.-AUSERRE (P. Edmundo). 1565
C a t e c h i a m o o S u m a de l a R e l i g i ó n Christiana, c o m p u e s t a
e n l e n g u a f r a n c e s a por el m a e s t r o . . . d e la C o m p a ñ í a de J e -
sús y t r a d u c i d a por L o r e n z o P a l m i r e n o , c o r r e g i d a y e m e n -
d a d a y e n a l g u n a s p a r t e s a ñ a d i d a y e n otras m u d a d a por e l
P a d r e A n t o n i o Cordeses, de la m i s m a C o m p a ñ í a .
in 8.0
Valencia.
El texto original es del Padre Edmundo Augerre, Juan Lo-
renzo Palmireno lo tradujo al castellano, y el P . Cordeses corri-
gió y amplió la traducción del insigne humanista alcañicense. Por
razón de los traductores incluímos este Catecismo entre los espa-
ñoles.
32.-VALENZUELA (Fr. Pedro de).
D o c t r i n a Christiana p a r a los niños y h u m i l d e s y e x p l i c a -

ción della.
Alcalá.
33.-AUGERRE (Edmundo). 1566
C a t e c h i s m o o sumraa de la R e l i g i ó n Christiiina, c o m p u e s -
t a e n L e n g u a F r a n c e s a , por el m a e s t r o E m o u d o A u g e r ( s i c ) ,
d e l a C o m p a ñ í a d e J e s ú s , y t r a d u z i i l a por L o r e n z o P a l m i r e -
no, corregida y e m e n d a d a , y en algunas partes añadida, y e n
o t r a s m u d a d a por el m u y R e u e r e n d o P a d r e A n t o n i o C o r d e s -
s e s . P r o v i n c i a l de la m e s m a C o m p a ñ í a de J e s ú s . Con p r i u i l e -
l e g i o d e l V i - R e y por d i e z a ñ o s , y c o n l i c e n t i a d e l O r d i n a r i o
I m p r e s s o e n Caller, por V i n c e n t i o S e m b e n i n o , a d e s p e s a s d e l
Reuerendo Canónigo Canelles, M D L X V I .
in 8 . ° - 7 0 + 3 hs. de tabla.
Edicióa extremadamente r a r a , h a s t a el p u n t o d e n o c o n o c e r s e
h o y m á s e j e m p l a r q u e el e x i s t e n t e e n l a B i b l i o t e c a d e C a g l i a r i .
34.-PÉREZ DE AYALA (Martín). 1566
Doctrina cristiana en lengua arábiga y castellana para

i n s t r u c c i ó n de los n u e v a m e n t e c o n v e r t i d o s d e l r e i n o de V a -
lencia.
Valencia.—Juan Aley.
3 5 . - S 0 T 0 (Fr. Domingo de). 1567
Catecismo ó Doctrina cristiana.

in 8."
Salamanca.—Pedro de Lasso.
36.—XiMÉNEZ ARIAS (Diego).
Enchiridion ó Manual de Doctrina cristiana.

in 8.»
Salamanca.
37.—OROZCO (Fr. Alonso ds). 1568
C a t h e c i s m o p r o u e c h o s o . H e c h o por el P a d r e F r a y A l o n s o
d e O r o z c o , p r e d i c a d o r de su. M. E n e l q u a l s e d e c l a r a sola-
m e n t e n u e s t r a l e y Christiana s e r l a v e r d a d e r a . Y t o d a s l a s
otras sectas, ser engaños del demonio. (Escudete). Impresso
c o n l i c e n c i a , d e l s e ñ o r obispo de V t i c a v i s i t a d o r y v i c a r i o
g e n e r a l , p o r el e x c e l e n t i s s i m o S e ñ o r d o n H e r n a n d o de A r a g ó n ,
A r z o b i s p o de g a r a g o g a . Y c o n l i c e n c i a d é l o s S e ñ o r e s I n q u i s i -
d o r e s . E a g a r a g o g a e n c a s a d e l u á n Millan. 1 5 6 8 . V é n d e n s e
e n g a r a g o g a e n c a s a d e M i g u e l de S u e l u e s I n f a n c o n M e r c a d e r
de libros.
Al fin: F u e i m p r e s s o el p r e s e n t e C a t h e c i s m o , E n Qarag09a,
e n c a s a de l u á n Millan, i m p r e s s o r d e libros. A ñ o . 1 5 6 8 .
8 . ° — 1 3 4 hs. las dos últimas no fols.—La foliación empieza en el fol. 6 . —
Signs. A-R de 8 hs.—Letra redonda.—Capitales y grabados en madera. g
L o c o n t e n i d o e n e s t e Catecismo se e x p r e s a al v.° de la p o r t a d »
e n e s t a f o r m a : «Lo q u e se t r a t a e n este C a t h e c i s m o es: •
Vna declaración del Credo. H
850 VARIA
Declaración délos diez mandamientos.

.Los cinco mandamientos déla yglesia Romana.
Los siete sacramentos.
Los siete pecados mortales.
Las siete obras de misericordia.
Vna declaración del pater noster en siete peticiones.
La presente edición ha sido hasta ahora desconocida, y sólo nos
consta de la existencia de un ejemplar, que ha servido para las an-
teriores indicaciones bibliográficas, y que guardamos en nuestra
Biblioteca.
38.-RAMIR0. 1568
La doctrina cristiana.
in 8.°
Valencia. — i 568.
Así se halla citada en el Cat. de la librería del Excmo. Sr. Mar-
qués de la Romana, pág. 10, col. 2.*
¿La imprimiría Pedro de Huete?
39.-C01VIA (Fr. Pedro Mártir). 1569
Catecismo de D o c t r i n a c r i s t i a n a .
Lérida.—Pedro de Robles.
Según Torres Amat, de quien hemos tomado la noticia, hay un
ejemplar de este Catecismo en la Biblioteca Episcopal de Vich.
40.-VICTORIA (Fr. Francisco do).
Confessionario | v t i l y pro ] u e c h o s o , Compuesto | por F .

F r a n c i s c o de V i c t o | ria, Cathedratico de | T h e o l o g i a , e n |
Salaman 1 ca.
H a y u n a v i ñ e t a q u e r e p r e s e n t a á S a n Ildefonso y á la
V i r g e n poniéndole una c a s u l l a , y debajo: En Medina del Cam- .
po impresso, | por F r a n c i s c o del Canto. | Año 1569.
in 8.°—24 hs. fols.
En el fol. 5 v." se da la Tabla de lo que se contiene en esta doc-
trina Christiana. Los Artículos de la fe, los mandamientos de la ley
divina, los de la Santa Madre Iglesia... Comienza la doctrina cris-
tiana: Todo fiel cristiano debe saber las cosas siguientes para se
coíessar regir y gouernar y sainar. ,
41.-CANISI0 (Pedro). 1570
S v m m a | Doctrinae 1 Christianae per | qvaestiones I v c v |

lenter conscri | pta , ] Nunc demum recognita & locupletata,
a u c t o r e ] D . P e t r o Ganisio, S o c i e t a t i a l e s v r h e o l o g o , v t | e x
eius noua Praef atiene constabit. | Accessit huic recognitioni
auctoritas, decretum & priuile | gium Ferdinandi Imp. & Phi-
lippi R e g i s H i s p . I
E s c u d e t e c o n l a s i n i c i a l e s : I H S.
Cvm licentia. | S a l m a n t i c a e E x c u d e b a t Mathias Gastius. |
M D L X X . I I m p e n s i s V i n c e n t i j á Portonarijs. | E s t a ^tas
sado en...
Al fin: S a l m a n t i c a e ] T y p i s M a t h i a e Cxastij. | A n n o 1 5 7 0 .
8.°—12 hs. de prels. s. n. -|- i35 fols. + y hs. finales de índice.
Edición desconocida á todos los bibliógrafos, incluso á los Pa-
dres Backer y Sommervogel: debemos su descripción al distinguido
biblióiilo Sr. D . Antonio Graiño, quien graciosamente nos ha facili-
tado el único ejemplar hoy conocido.
42.—MADRID (Fr. Alfonso de).
A r t e p a r a s e r v i r á D i o s y T r a t a d o de la D o c t r i n a Chris-
tiana.
Alcalá.
4 3 . - P 0 L A N C 0 ( P . Juan).
Dottrina Christiana.
in i 6 . °
Venetia.—Francesco Pampezzetto.
44.-LEDESMA (Diego de). 1571
Dottrina Christiana breue per insegnar in pochi giorni per

i n t e r r o g a t i o n e a m o d o di D i a l o g o .
in ló.»
Roma.
45.—'JZARRAGA. '
A B C, E d o C h r i s t i n o e n i n s t r v c t i o n e a o t h o i t z e g u i t e c o for-
marequin.
852 VARIA
(A B C ó instrucción d e l cristiano y modo de h a c e r s u s

oraciones).
in 1 1 . " - 8 8 hojas.—Rochellan.—Pierre Hautin.
46.-NAVARRA (Francisco de). 1571
Cartilla y b r e v | instructio d e l a d o c t r i n a Christiana, or-

d e n a d a p e r I m a n a m e n t del Illustrissim & R e u e r e n d i s s i m s e -
n y o r I D o n F r a n c i s c o de N a u a r r a p e r l a d i v i n a g r a c i a | Ar-
c h e b i s b e q u e f o n c h de V a l e n c i a . | I m p r e s s a per m a n a m e n t
del Illustrissim & Reuerendissim | s e n y o r D o n l o a de E i b e r a d
P a t r i a r c h á de A n - | t i o c h i a , & A r c h e b i s b e d e V a l e n c e . ( E s -
cudo de a r m a s d e l Arzobispo Ribera). E s t a m p a d a e n V a l e n -
c i a , A n y M. D . L x x j . | V e n e n s e a l a p o r t a deis Apostéis.
8.°—II hs. no fols.
E n el a ñ o 1897, y á i n s t a n c i a s d e l e r u d i t o b i b l i ó g r a f o D . J o s é E .
S e r r a n o (q. e. p. d.), e l i m p r e s o r F e d e r i c o D o m e n e c h , h i z o u n a n u e -
v a edición d e esta curiosa Doctrina.
E s t e catecismo contiene los artículos d e l a F e , los m a n d a m i e n -
tos d e l a l e y d e Dios y d e l a Iglesia, l a s o b r a s d e m i s e r i c o r d i a , los
p e c a d o s c a p i t a l e s y v i r t u d e s o p u e s t a s á e l l o s , los S a c r a m e n t o s , el
P a d r e nuestro. A v e María, Salve, Credo, la confesión, las v i r t u d e s
c a r d i n a l e s y teologales, los d o n e s d e l E s p í r i t u S a n t o , los s e n t i d o s y
p o t e n c i a s d e l h o m b r e , l o s e n e m i g o s d e l a l m a y u n a e x h o r t a c i ó n so
b r e lo q u e h a d e c r e e r y o b r a r el c r i s t i a n o .
El impresor fué P e d r o d e H u e t e .
Se d a u n f a c s í m i l e d e l a p o r t a d a e n la pá.g. 216 del « D i c c i o -
n a r i o de l a s I m p r e n t a s que h a n e x i s t i s t i d o en V a l e n c i a desde la in-
t r o d u c c i ó n d e l a r t e t i p o g r á f i c o h a s t a el a ñ o 1868», por el c i t a d o s e ñ o r
D. José E . Serrano y Morales.
47.—AÜ6ERRE (Edmundo de). 1573
C a t e c i s m o o S u m a d e l a R e l i g i ó n c r i s t i a n a compuesto e n
l e n g u a f r a n c e s a por el P . . . . d e l a Compañía d e J e s ú s , y tra-
d u c i d a por L o r e n z o P a l m i r e n o , c o r r e g i d a y e m e n d a d a , y e n
a l g u n a s p a r t e s a ñ a d i d a y e n otras m u d a d a por e l P . Antonio
Cordeses d e l a m i s m a Compañía.
in 8.0
Tudeia.—Tomás Porralis
48.-LEDESMA (P. Diego de). 1573
D o c t r i n a c r i s t i a n a e n c a s t e l l a n o y del m o d o d e c a t e q u i z a r
en italiano.
Roma.
Así cita esta doctrina el Sr. D . Gabriel María Vergara y Martín
en su obra «Ensayo de una colección bibliográñco biográfica de no-
ticias referentes á la provincia de Segovia», en la pág. 533.
49.-CARDILL0 DE VILLALPANDO (Gaspar). 1574
Suma de doctrina Christiana, que compuso en Latín el

D o t o r P e d r o Canisio y t r a d u x o e n l e n g u a C a s t e l l a n a el D o t o r
G a s p a r Cardillo d e V i l l a l p a n d o . í t e m v n a d e c l a r a c i o d e l p s a l -
m o Miserere m e i . A l a TUvstre S e ñ o r a d o ñ a l u a n a Coello,
M u g e r d e l Illustrissimo s e ñ o r A n t o n i o P é r e z . E n A l c a l á . E n
c a s a de l u á n I ñ i g u e z d e L e q u e r í c a . A ñ o 1576.
Al fin: E n A l c a l á . E n c a s a d e l u á n I ñ i g u e z d e L e q u e r i c a .
A ñ o 1474 (sic).
8 . 0 — 1 7 5 hs. fols.
50.-AUaERRE (Edmundo.) I575
C a t e c h i s m o ó S u m a de l a R e l i g i ó n c r i s t i a n a , c o m p u e s t a e n
l e n g u a f r a n c e s a por e l P d e la C o m p a ñ í a d e J e s ú s y t r a -
d u c i d a por L o r e n z o P a l m i z e n o , c o r r e g i d a y e n m e n d a d a y e n
a l g u n a s p a r t e s a ñ a d i d a y e n o t r a s m u d a d a por el P . A n t o n i o
Cordeses, de la misma Compañía.
in 4 . °
Madrid,—Francisco Sánchez.
5 I . - 0 R 0 Z C 0 (Fr. Alonso de)

Catecismo.
in 8.0
Salamanca.
52,—VALENZUELA (Fr. Pedro de)
D o c t r i n a Cliristiana p a r a l o s n i ñ o s y h u m i l d e s y e x p l i c a -
ción della.
Alcalá. —Sebastián Martínez.!

«U1.TURA i
55
854 VARIA
53.—CARDILLO DE VILLALPANDO (Gaspar.) 1576
S u m a d e l a D o c t r i n a Cristiana.
Alcalá.—^Juan I ñ i g u e z Lequerica.
E s t r a d u c c i ó n d e l a q u e escribió el P . P e d r o Canisio, y s e g u n d a
edición de la de Gaspar Cardillo.
54.-MADRID (Fr. Alfonso de).
A r t e p a r a s e r v i r á D i o s y T r a t a d o d e l a D o c t r i n a Chris-
tiana.
in 16." Ctexto latino).
Lovaina.
55.-BLANC0 (Francisco). 1577
Suma de la Doctrina Cristiana.

in 1 6 . "
Zaragoza.
A s í l o c i t a D . N i c o l á s A n t o n i o e n el t o m o I d e s u Biblioteca Nova.
56.—SALAZAR (Fr. Esteban de).
V e i n t e d i s c u r s o s sobre el Credo e n d e c l a r a c i ó n de N u e s -
t r a S a n t a fe c a t ó l i c a y D o c t r i n a C r i s t i a n a .
Granada.
L a o b r a d e S a l a z a r n o es p r o p i a m e n t e c a t e c i s m o ; p e r o v e r s a s o -
bre u n a parte esencialísima d e la Doctrina Cristiana, por c u y a r a -
zón l a incluímos e n este trabajo.
57.-MADRID (Fr. Alfonso de). 1578
Arte para servir á Dios y Tratado d e l a D o c t r i n a Chris-

tiana.
Ingolstad.
58.-CAR0ILLQ DE VILLALPAKDO (Gaspar). 1580
C a t e c i s m o b r e v e p a r a e n s e ñ a r á los niños.
¡n 12.»
Alcalá.—Iñiguez de Lequerica.
L a o b r a p r e s e n t e no d e b e confundirse c o n l a t r a d u c c i ó n q u e el
m i s m o a u t o r hizo d e l Catecismo d e l P . Canisio; p u e s es libro origi-
nal del autor, enderezado principalmente á l o s niños. >
59.—ARAGÓN (Artal de). 1584
C a t e c i s m o de lo q u e el c r i s t i a n o e s t a o b l i g a d o a s a b e r ,
c r e e r y obrar, c o n u n a d e c l a r a c i ó n u n i v e r s a l d e l a D o c t r i n a
Christiana.
in 8.»
Zaragoza.
60.-LEDESMA (P. Diego de).
Corte c h r i s t e l y k e l e e r i n g e i n m a n i e r e v a n tsamenspre-
kinghe.
in 8.°
Berglien.
61.—MOLINA (Fr. Alonso de).
Doctrina cristiana en lengua mexicana.

4-°—16 hs. no fols.
Sevilla.—Francisco Pérez.
Atestiguan la existencia de esta edición Bguíara, Beristain ó
Icazbalceta.
V e i n t e d i s c u r s o s s o b r e e l Credo e n d e c l a r a c i ó n d e N u e s t r a
S a n t a fe c a t ó l i c a y D o c t r i n a C h r i s t i a n a .
Lyón
63.—LEDESMA (P. Diego de). 1585
Corte c h r i s t e l y k e l e e r i n g e i n m a n i e r e v a n tsamenspre-
kinghe.
in 8.°
Lovcn.
64.—PÉREZ (Sebastián). 1586
D o c t r i n a Christiana y s u d e c l a r a c i ó n .
in12.^
Burgo de Osma.—Diego Fernández.
65.—BLANCO (Francisco). 1587

Suma de la Doctrina Christiana.
in 12."
Valladolid.—Diego Fernández.
856 VARIA
66.—ACEBEDO (P. Antonio de). 1589
Catecismo de los misterios de la F e con la e x p o s i c i ó n d e l

Símbolo de los apóstoles.
Barcelona.
67.-ACEBE00 (P. Antonio de). 1590
Catecismo de los misterios de l a F e c o n la e x p o s i c i ó n del

Símbolo de los apóstoles.
Perpiñán.
68.-SALAZAR (Fr. Esteban de). 1591
V e i n t e discursos sobre el Credo y d e c l a r a c i ó n de N u e s t r a

S a n t a fe c a t ó l i c a y D o c t r i n a Christiana.
Alcalá.
V e i n t e discursos sobre el Credo y d e c l a r a c i ó n de N u e s t r a

S a n t a fe c a t ó l i c a y D o c t r i n a Christiana.
Barcelona.
70.-SARMIEHT0 DE MENDOZA (Francisco).
D i a l o g o de la D o c t r i n a Cristiana.
in 12."
Baeza.—Bautista Montoja.
71.—ACEBEDO (P. Antonio de). 1592
Catecismo de los misterios d e la F e con la e x p o s i c i ó n del

Símbolo de los a p ó s t o l e s .
Zaragoza.
A s í h a l l a m o s c i t a d o e s t e C a t e c i s m o e n el c a t á l o g o d e D . G a b r i e l
S e r a , fol. 103 r . ° , d e d o n d e p a r e c e h a b e r l o t o m a d o N i c o l á s A n t o n i o .
D o t t r i n a Christiana breue per i n s e g n a r i n pochi g i o r n i e

per i n t e r r o g a t í o n e a modo di d i a l o g o .
in i6.°—23 páginas.
Firenze. —Filippo Ciunti,
73.—CASTARIOLA (Vicente). 1594
D o c t r i n a Cristiana e n c a s t e l l a n o y d e l m o d o d e c a t e q u i z a r
e n i t a l i a n o ; t r a d u c c i ó n e n g r i e g o d e l a q u e e s c r i b i ó e l P. D i e -
g o de L e d e s m a .
Roma.
T a m b i é n fué i m p r e s a e n R o m a la D o c t r i n a C r i s t i a n a del P . D i e -
g o d e L e d e s m a y d e l a q u e s e d a c u e n t a e n el a ñ o 1 5 7 3 .
74.—GRANADA (Fr. Luis de). 1595
Compendio | de D o c t r i n a Cristiana, di | v i d i d o e n t r e s
p a r t e s . L a p r i m e r a | t r a t a de los A r t í c u l o s de n u e s t r a s a n c t a
F e C a t h o l i c a . L a s e I g u n d a de los d i e z M a n d a m i e n t o s . La
t e r c e r a de l a | o r a c i ó n y de los s i e t e S a c r a m e n t o s . | Com-
p u e s t a por e l P a d r e Maestro F r a y L u y s de G r a n a d a d e la
orden de | Predicadores. Traduzido de lengua Portuguesa e n
nuestro v u l g a r | C a s t e l l a n o por F r a y J u a n d e M o n t o y a de la
m i s m a orden. ] A l fin del libro s e c o n t i e n e n t r e z e s e r m o n e s
d e l a s p r i n c i p a l e s fies | t a s d e l a ñ o . C o m p u e s t o s por e l m i s m o
autor. I D i r i g i d o a don P e d r o de Castro y Quiñones A r z o b i s p o
d e G r a n a d a | y d e l consejo d e l R e y n u e s t r o S e ñ o r | A c o s t a
d e l o a n D i a z M e r c a d e r d e libros. | U n e s c u d o c o n l a s a r m a s
d e l A r z o b i s p o D . P e d r o de Castro y d e b a j o : E n G r a n a d a | c o n
P r i v i l e g i o E e a l . | por S e b a s t i a n d e M e n a . A ñ o MDXCV". |
Esta tassado en cinco blancas el pliego.
Al fin: G r a n a d a ] c o n l i c e n c i a d e l R e y n u e s t r o S e ñ o r , y
P r i v i l e g i o I R e a l . E n c a s a d e S e b a s t i a n de M e n a | A ñ o 1 5 9 5 .
in 4-°—lo h s . de prels. s. n. pero con registros y comprensivas de Aproba-
ción, dedicatoria, privilegios advertencia y unos versos + 167 fols.
75,-GRANADA (Fr. Luis de).
C o m p e n d i o | d e D o t r i n a C h r i s t i a n a , r e c o p i l a | do d e di-
v e r s s o s A u t o r e s q u e d e s t a m a t e r i a e s c r i ] u i e r o n , por el R e -
u e r e n d o P . M. F . L u i s de G r a n a d a | P r o u i n c i a l de l a O r d e n
de los P r e d i c a d o r e s | e n l a P r o u i n c i a d e P o r t u g a l . | A ñ a d i é -
r o n s e a l fin t r e z e S e r m o n e s d e l a s p r i n c i p a l e s fiestas d e l | a ñ o
y otro e n q u e s e d a a v i s o q u e e n l a s c a y d a s p u b l i c a s d e al-
858 VARIA
g u n a I p e r s o n a , n o se pierda el crédito de la virtud de los

b u e n o s ni s e | entibie el b u e n proposito de los flacos, todo
por j el m i s m o Autor. 1 T r a d u z i d o de l e n g u a P o r t u g u e s a e n
Castellana por el P. F . E n j rique de A l m e y d a de la m i s m a
Orden de Santo D o m i n g o , j Dirigido a la S. C. R. M. de l a
E m p e r a t r i z . H a y un e s c u d o real y á los l a d o s : Año 1595.
Con p r i v i l e g i o | e n Madrid por la biuda d e P. Madrigal.
in 4.°—8 hs. de prels. s. n. + 827 pags. y el v.° en b -(- i hs. de tabla.
Esta edición, como la anterior, son traducciones bastante adul-
teradas de la edición original portuguesa, hecha en Lisboa, en casa
de Juan Blavio de Agripina de Colonia, en el año 1559.
Una tercera traducción .la hizo el Rvdo. P. Justo Cuervo, pu-
blicada en el vol. XIII de las obras de Fr. Luis de Granada por el
mismo P. Cuervo.
K a t e c b i s m u s a r b a m o k s l a s k i e k w i e n a m k r i k s z c z i o n i i pri-
•wals.
in 16."—190 pag.
Wiiniuie.
La traducción lituánica de este Catecismo fué hecha por Nicolás
Danksza, pero no procede del texto castellano ni del latino, sino de
una edición que se había hecho en lengua polaca.
77.—Anónimo. (596
Cartilla p a r a e n s e ñ a r | a 1er (sic) a l o s niños. Con l a doc-

trina I Christiana que s e c a n t a , | A m a d o s h e r | m a n o s . A g o r a
de nueuo e x a m i n a d a , c o r r e g i d a , ] y e m e n d a d a : y c o n l i c e n -
c i a de su I Magostad i m p r e s s a . (Debajo un g r a b a d o que repre-
s e n t a u n a estrella c o n e l a n a g r a m a I H S e n e l centro.) E n
P a m p l o n a . [ Por Mathias Mares A ñ o de | M. D . X C V I . | Esta
t a s s a d o por los S e ñ o r e s del Consejo R e a l | e n diez m a r a u e d i s .
in 1 6 . ° — 1 6 hs. no fols. — Letra gótica y romana. —Grabados en madera.
Edición desconocida por los bibliógrafos. Únicamente el biblió-
filo americano Mr. Hutington, en su catálogo de obras españolas,
reimpresas en Nevé York, da un facsímile, no de ésta, sino de una
edición de esta doctrina hecha también en Pamplona, pero en 1606.
La descrita no es tampoco primera edición, pues en el título se dice:
agora de nueuo... impressa.
C a
©goza Q c m e z o e;.'-?;nínsifl,co;resf5ij
y etnendEáat'/ cor, lícescía&^te
E N P A M P L O N A *
P o r M a t h i a s M ares Año de
M, D. SCVl.
Cibtairado por los Señores ¿t\ Coo&jo
78.—OSTOLAZA 1596
Doctrina Christiana en Romance y Bascuence h e c h a por

m a n d a d o d e D . P e d r o M a n s o , Obispo d e C a l a h o r r a y d e l a
Calzada.
in 8.° rall.»-8 hs.
Bilbao.—Pedro Colé de Ibarra.
79.-MADRID (Fr. Alonso de).
Arte para servir á Dios y Tratado de la Doctrina Chris-

tiana.
Madrid.
860 VARIA
80.-PÉREZ DE AYALA (Martín). 1599
Catechismo | p a r a i n s t r v c | c i o n d e los n v e v a - | m e n t e c o n -
vertidos 1 de moros. | Impresso por orden del P a t r i a r c h á de
A n t i o c h i a y Argobispo de V a l e n c i a | D o n J u a n de Ribera.
H a y un escudo c o n l a s a r m a s del Arzobispo R i v e r a y debajo :
En V a l e n c i a | E n c a s a de P e d r o Patricio M e y , junto a S. Mar-
tin, 1 MDXCIX.
Al fin. E n V a l e n c i a . | E n c a s a de Pedro P a t r i c i o , junto
a S. Martin. | A ñ o 1599.
in 4."—4 hs. prels. s. n.: la 4.* en b.—441 pags. -f- 1 h. para el colofón
-f- 4 hs. finalef de Tabla de los | Diálogos que se con | tienen en los dos libros |
deste Catechismo.
Aunque este Catecismo se hizo principalmente para los moros
convertidos al cristianismo, el texto no se halla en arábigo, sino en
castellano.
L a s p r e c e d e n t e s n o t i c i a s r e l a t i v a s al Catecismo e n E s p a -
ñ a , l a s distintas ediciones r e g i s t r a d a s c o n l a s disposiciones,
facultades, licencias y privilegios que e n ellos se encuentran,
dan idea del alto aprecio que nuestros c a t e q u i s t a s h i c i e r o n de
los libros destinados á e n s e ñ a r la D o c t r i n a c r i s t i a n a . En A m é -
rica el Catecismo fué una n e c e s i d a d : al pisar l a s p l a y a s d e l
N u e v o Mundo, e n c o n t r a b a el misionero multitud de pueblos
que c o n v e r t i r á la religión c a t ó l i c a ; pero aquellos pueblos h a -
b l a b a n c a d a uno su l e n g u a y e r a n sus n a t u r a l e s de i n t e l i g e n -
c i a r u d i m e n t a r i a p a r a c o m p r e n d e r las v e r d a d e s d e l catoli-
c i s m o . ¿Cómo r e m e d i a r estos males? P u e s estudiando y h a -
b l a n d o su i d i o m a , e n s e ñ á n d o l e s á l e e r y d á n d o l e s impreso e n
su l e n g u a el C a t e c i s m o c o n objeto de prepararlos é instruir-
los a n t e s de ser bautizados. Por eso, l a s p r i m e r a s obras im-
p r e s a s e n e l N u e v o Mundo, son p i i n c i p a l m e n t e r e l i g i o s a s ,
juntamente con gramáticas y vocabularios para enseñarlas.
A s í p r o c e d i e r o n hombres del espíritu y talento de F r . P e d r o
<Í3 Gante y F r . J u a n de Z u m á r r a g a , quienes llegaron, espe-

cialmente el primero, á componer un Catecismo en jeroglífi-
cos, p a r a que por medio de símbolos l l e g a r a n los indígenas á
formarse idea y tener concepto de los misterios de la religión
ci"istiana.
Fueron muchos los Catecismos impresos en América; nos-
otros nos limitaremos á d a r á conocer los principales, como
a n t e r i o r m e n t e hemos hecho con los impresos en España.
81.-RIBAS (Fr. Juan de). 1537

Doctrina cristiana e n lengua m e x i c a n a .
Si no falsa, es muy dudosa la existencia de esta Doctrina citada
por el Sr. Beristain. Téngase en cuenta que Juan Pablos, conside-
rado como el primer impresor en México, firmaba coa Juan Crom-
berger, el día 15 de Janio de 1539 en Sevilla, uua escritura, recien-
temente dada á conocer por Sr. Gestoso, por la cual se comprome-
tía á trasladarse á Méjico é imprimir allí á nombre del gran tipó-
grafo sevillano.
Mientras no se encuentren datos decisivos que atestigaen la
existencia de la imprenta en Méjico antes de 1540, hay que fijarla
en este año, en que ya la había establecido en la capital el mencio-
nado Juan Pablos.
Por esto nos parecen, sino falsas, en extremo dudosas, ésta y la
siguiente noticia de Catecismos.
82.-ZUIVIARRAGA (Fr. Juan do). 1539
Breve y m a s compendiosa Doctrina Christiana en lengua
Mexicana y Castellana, que contiene las cosas m a s necesa-
r i a s de nuestra s a n c t a fe catholica, p a r a a p r o v e c h a m i e n t o
destos indios n a t u r a l e s y salvación de sus a n i m a s . Con licen-
cia y privilegio.
Al fin: A h o n r a y gloria de Nuestro Señor Jesu-christo y
de la Virgen Santísima su Madre, fué impresa esta Doctrina
Christiana por m a n d a d o del señor don Fray Juan de Zumá-
rraga, primer obispo desta g r a n ciudad de Temuchtitlan, Mé-
xico desta N u e v a E s p a ñ a , y á su costa, en c a s a de J u a n
Cromberger, año de mili y quinientos y t r e i n t a y n u e v e .
4.° — I J hs.
Esta noticia se halla en las Cartas de Indias, pág. 787.
862 VARIA
83.-ZUÍHARRAGA (Fr. Jup.n de). 1540.
D o c t r i n a cristiana: e n q u e e n s u m a s e c o n t i e n e todo l o
p r i n c i p a l y n e c e s s a r i o que el cristiano deue saber y obrar. Y
e s v e r d a d e r o c a t h e c i s m o p a r a los adultos q u e s e h a n d' b a p -
tizar: y p a r a l o s n u e u o s baptizados n e c e s s a r i o y saludable d o -
cumento: y lo q u e m a s c o n u i e n e p r e d i c a r y dar a e n t e n d e r a
los indios: s i n o t r a s c o s a s q u e n o t i e n e n n e c c e s s i d a d d e s a b e r .
I m p r e s s a e n M é x i c o por m a n d a d o d e l R e u e r e n d i s s i m o Señor
don f r a y J u a n Qumarraga: primer obispo d e M é x i c o . D e l c o n -
sejo de su Magestad
Al fin: A gloria y a l a b a n 9 a de dios nro. señor y d e su b e n -
dita m a d r e f u e i m p r e s s a esta d o c t r i n a c a t h o l i c a e n m e x i c o
por m a n d a d o d e l reuerendissimo s e ñ o r don f r a y Juan Quma-
r r a g a : primero obispo de l a m i s m a ciudad: p a r a v t i l i d a d c o -
m ú n . E s p e c i a l de l o s indios: porque por e l l a s e a n c a t h e t i z a -
dos los q u e ouieren de baptizar, y e n s e ñ a d o s los b a p t i z a d o s .
4."—76 hs. no fols.—Letra gótica. —34 líns. en plana.
El Único e j e m p l a r c o n o c i d o de e s t a D o c t r i n a existe en l a B i b l i o -
teca P r o v i n c i a l de T o l e d o .
El a u t o r de l a Biblioteca Sanfvancescana h a c o n f u n d i d o el c o l o -
f ó n de e s t a Doctrina c o n el d e l Manual de Adultos i m p r e s o en el
mismo l u g a r , d a n d o é s t e en v e z d e l d e a q u é l l a .
A u n q u e en la o b r a no s e m e n c i o n a el n o m b r e d e l t i p ó g r a f o ni el
del a ñ o de i m p r e s i ó n ; e s c a s i s e g u r o q u e s e i m p r i m i ó e n el m i s m o
año q u e el Manual de Adultos y p o r el m i s m o i m p r e s o r , e s d e c i r , en
1540 en c a s a de J u a n C r o m b e r g e r , y a ú n a c a s o s e a a n t e r i o r al Ma-
nual q u e l l e v a f e c h a d e l 13 d e D i c i e m b r e de 1 5 4 0 .
84.-ZUMARRAGA (Fr. Juan de). 1543.
D o t r i n a b r e u e m u y p r o v e c h o s a d é l a s c o s a s q p t e n e c e n alafe
c a t h o l i c a y a n r a cristiandad e n estilo llano p a r a comü i n t e -
l i g é c i a , Copuesta p o r e l Reuerfidissimo S. do fray J u a n guma-
r r a g a p r i m e r obpo d' M e x i c o . D e l cósejo d' s u m a g e s t a d .
I m p s s a e n l a m i s m a ciudad d' M e x i c o por s u m u d a d o y a s u
c o s t a . A ñ o d' M. dxliij.
Al fin: A h o r a y a l a b a n g a de nro señor l e s u x p o y d e l a
gl'iosa v i r g é s a n c t a M a r i a s u m a d r e : a q s e a c a b a ei p r e s e n t e
t r a t a d o . E l q u a l fue v i s t o y e x a m i n a d o y c o r r e g i d o por m a -
d a d o d'l. R. S. Do f r a y l u á n O u m a r r a g a : p r i m e r Obispo d e
M é x i c o : y d e l c o s e j o d' su M a g o s t a d , r e . I m p m i o s e e n s t a g r a
c i u d a d d' T e n u c h t i t l á M é x i c o d e s t a n u e v a E s p a ñ a : e n c a s a d e
l u á n c r ó b e r g e r por m a d a d o d'l m i s m o señor obpo Do f r a y l u á
^ u m a r r a g a y a su c o s t a A c a b o se de imprimir a xiiij d i a s d e l
m e s de l u n i o : d e l a ñ o d e . N . d. q u a r é t a y qtro a ñ o s .
4 . ° — 8 4 hs. no fols.—Signs. a-k de 8 hs. y 1 de 4.—Letra gótica.— Renglón
seguido. — 34 líns. por plana.
Primer libro impreso en América con fecha cierta; no obstante
ser esta Doctrina uno de los primeros impresos en América abundan
los ejemplares; entre nuestras Bibliotecas lo poseen la Nacional y
la Provincial de Toledo.
85.-CÓRD0BA (Fr. Pedre de). 1544.
D o c t r i n a x p i a n a p a i n s t r u c i o n et i n f o r m a c i o d é l o s i n d i o s :
por m a n e r a de h y s t o r i a . C o m p u e s t a por e l m u y r e u e r e n d o
p a d r e f r a y P e d r o de Cordoua: de b u e n a m e m o r i a : p r i m e r o
fundador d'la o r d e n d é l o s P r e d i c a d o r e s e n l a s y s l a s d e l m a r
O c é a n o : y por otros r e l i g i o s o s d o c t o s d'la m i s m a orde. L a ql
dotrina fue v i s t a y e x a m i n a d a y a p r o u a d a por e l m u y R. S. e l
l i c é c i a d o T e l l o de S á d o u a l L i q u i s i d o r y V i s i t a d o r e n e s t a n u e -
v a E s p a ñ a por su M a g o s t a d . L a qual fue e m p r e s s a e n M é x i c o
por m a n d a d o d e l m u y . R . S. d o f r a y J u á g u m a r r a g a p r i m e r
obispo d e s t a c i u d a d : d e l c o s e j o de s u M a g e s t a d , e t c . y a s u
c o s t a . A ñ o d e . M. d. x l i i i j .
4 . ° . — 3 o hs. no fols.—Signs. a c de 8 hs. y d de 6.—Letra gótica. — 3 4 líns. en
cada plana.
La doctrina de Fr. Pedro de Córdoba ha pasado por ser el pri-
mer libro impreso en México. Son raros los ejemplares de esta edi-
ción, que han llegado á alcanzar altos precios en el mercado de
libros.
H a y ejemplares en la Biblioteca Provincial de Toledo.
86.—ZUMÁRRAGA (Fr. Juan de). 1545-46.
D o c t r i n a c h r i s t i a n a : e n q u e e n s u m a s e c ó t i e n e todo lo
p r i n c i p a l y n e c e s s á r i o q el c h r i s t i a n o d e u e s a b e r y obrar. Y
864 V A R U
6 3 v e r d a d e r o c a t h e c i s m o p a r a los adultos q se h a n d ' bapti-

zar: y p a r a los n u e u o s b a p t i z a d o s n e c e s s a r i o y s a l u d a b l e d o -
c u m e n t o : y lo q u e m a s c o u i e n e p r e d i c a r y dar a e n t e n d e r a
los indios: s i n otras q u e no t i e n e n n e c e s i d a d de s a b e r . Im-
p r e s s a e n M e x i c o por m a n d a d o d ' l R e u e r é d i s s i m o S e ñ o r D o n
f r a y J u a n O u m a r r a g a . p r i m e r Obispo d e M e x i c o . D e l cOsejo
de su M a g e s t a d , e t c .
¡«4.°
El e j e m p l a r ú n i c o conocido de esta Doctrina se c o n s e r v a b a en la
Biblioteca P r o v i n c i a l d e Toledo, pero h o y se i g n o r a d o n d e e x i s t e .
L a d e s c r i p c i ó n p r e c e d e n t e s e l a c o m u n i c ó el S r . Z a r c o d e l V a l l e a l
Sr. D. J o a q u í n García Icazbalcíita.
87.—MOLINA (Fr. Ai-anso de) 1546
D o c t r i n a x p i a n a breue t r a d u z i d a o n l e n g u a M e x i c a n a por
e l p.^ frai Alonso de Molina de la Orden de los m e n o r e s y e x a -
m i n a d a por e l R'^" p.^ l o a n g o n g a l e z , Canónigo de la la y g l ' i a
C a t h e d r a l , de la Q i u d a d d e M e x i c o , por m a n d a d o del R m o .
Sor. don f r a y l o a de Qumarraga, obispo de la dha 9iudad, e l
qual la hizo imprimir en el año de 1546. á 20 de J u n i o .
Estas son las únicas noticias de la Doctrina precente, c u y a exis-
t e n c i a e r a a l g o d u d o s a , h a s t a q u e l a p u s o e u c l a r o el .Sr. I c a z b a l c e -
ta, quien, á p e s a r de todo, no logró ver ejemplar a l g u n o .
88.-ZUMARRAGA (Fr. Ju«n de).
D o c t r i n a cristiana: m a s cierta y v d a d e r a p a r a g e n t e sin

erudicio y l e t r a s : e n q s e c o n t i e n e el c a t e c i s m o o i n f o r m a d o
p a r a indios c o todo lo principal y n e c e s a r i o q el x p i a n o d e u e
s a b e r y obrar, fj I m p r e s s a e n M e x i c o por m a n d a d o del R e u e -
r e n d i s s i m o señor D o n fray J u a n 9Linií''rraga, primer Obispo
de M e x i c o .
Al fin: (j A g l o r i a d e J e s u christo y d e s u b e n d i t a m a d r e :
aquí s e a c a b a lo añadido a l c a t h e c i s m o por doctrina m a s fácil
p a r a los indios m e n o s e n t e n d i d o s y m a s rudos y n e g r o s . E l
q u a l fue impresso e n la m u y leal y g r a n c i u d a d de M é x i c o por
m a n d a d o d ' l r e v e r e n d í s s í m o señor don f r a y J u a n Qumarraga:
primer obispo d' M e x i c o . D e l c o s e j o d ' su M a g e s t a d , e t c . A c á -
bo s e d' i m p r i m i r e n fin d'l a ñ o d' m i l et q u i n i e n t o s y q u a r e n -

ta y seys años.
4.°—100 hs. no fols.—Signs. a-n de 8 hs. menos k, que es de 4. —Letra góti-
ca.—Renglón seguido.—34 líns. en cada plana.
89. -Anónimo. ¿1547?
Doctrina cristiana en lengua m e x i c a n a .

in 8 . " — i o 5 hs.
E l t e x t o d e e s t a Doctrina es m e x i c a n o . S u a u t o r p u d o ser muy
b i e n F r . P e d r o d e G a n t e , y el i m p r e s o r lo f u é i n d u d a b l e m e n t e Juan
P a b l o s e n n o m b r e p r o p i o , ó e n el d e C r o m b e r g e r , a u n q u e é s t e h a b í a
ya muerto.
90.—Anónimo. 1548
D e c l a r a c i ó n y e x p o s i c i ó n de la D o c t r i n a C h r i s t i a n a e n L e n -
g u a E s p a ñ o l a et M e x i c a n a : e c h a por los r e l i g i o s o s de la o r d e n
de S a n c t o D o m i n g o . A ñ o de 1538.
Al fin: A g l o r i a y a l a b a n z a de nuestro R e d e m p t o r J e s u
Christo, y de su b e n d i t a Madre, a q u i s e a c a b a la D o c t r i n a
Christiana e n L e n g u a e s p a ñ o l a y M e x i c a n a Fué impressa
e n e s t a m u y l e a l c i u d a d d' M é x i c o e n c a s a d' j u a n p a b l e s por
m a n d a d o d e l r e u e r e n d i s s i m o s e ñ o r don f r a y J u a n O u m a r r a g a
p r i m e r Obispo d e M é x i c o . Y p o r q u e e n l a c o n g r e g a c i ó n q u e
l o s s e ñ o r e s obispos t u u i e r o n se o r d e n o q u e s e h i c i e s s e n d o s
d o c t r i n a s : una b r e u e y otra l a r g a : y l a b r e u e e s la que el a ñ o
d e M. d. x l v j . s e e m p r i m i o . M a n d a su s e ñ o r í a r e u e r e n d i s s i m a
q u e l a otra g r a n d e p u e d a ser e s t a : p a r a d e c l a r a c i ó n de la
otra p e q u e ñ a . A c a b o se de i m p r i m i r a. x v i j d í a s d e l m e s d e
e n e r o . A ñ o d' M. d. y x l v i i j . A ñ o s .
4 . ° — 1 5 4 hs. fols.—Letra gótica.—A dos columnas.—Texto castellano en una
y mexicano en otra.
9L-GUEVARA (Fr. Juan de).
D o c t r i n a c r i s t i a n a e n l e n g u a H u a s t e c a por d e l a Orden
de San Agustín.
Doctrina chistiana en lengua Española y Meicana: hecha •

por los religiosos d é l a o r d e n d e s e t o D o m i n g o . A g o r a n u e u a - j
m e n t e c o r r e g i d a y e n m e n d a d a . A ñ o 1550. ]
866 VARIA
Al fin: A gloria y a l a b a n 9 a d e nro redempfcor J e s u X p o y

de su bendita m a d r e ( aqui s e a c a b a l a d e c l a r a c i ó n de la d o c -
trina x p i a n a e n l e n g u a Española y M e x i c a n a A c a b ó s e do
imprimir a x i j . dias d e l m e s de hebrero. A ñ o d' M. d. 1. años.
4.°—1 56 hs., las nueve primeras no fols. siguiendo la numeración en la X.—
Letra gótica. —Texto á dos columnas, español en una y mexicano en otra.
Es segunda edición de la Doctrina compuesta por los PP. Domi-
nicos y primera de este año.
Doctrina chistiana en lengua Española y Mxicana (sic):
h e c h a por los religiosos de la orden de seto D o m i n g o . Agora
n u e u a m e n t e c o r r e g i d a y e m e n d a d a . A ñ o d' 1550.
Al fin: A gloria y a l a b a n g a de nuestro r e d e m p t o r J e s u
X p o y d e su b e n d i t a Madre, aqui s e a c a b a l a d e c l a r a c i ó n d e
la d o c t r i n a x p i a n a e n l e n g u a E s p a ñ o l a y M e x i c a n a Aca-
bóse de imprimir a. x v i j . d i a s del m e s de Abril. A ñ o de 1 5 5 0 .
4."—156 hs., las nueve primeras no fols. y sigue la foliación con la X. - L e t r a
gótica.—Texto á dos columnas, español en una y mexicano en otra.
Es tercera edición de la Doctrina compuesta por los P P . Domi-
nicos y segunda de este año.
94.-FERNANDíZ (Fr. Benito).
D o c t r i n a e n que se e x p l i c a n la c r e a c i ó n del Mundo, l a E n -

c a r n a c i ó n del Verbo D i v i n o , l a V i d a , P a s i ó n y Muerte d e J e -
sucristo con otros Misterios y los S a c r a m e n t o s y Oraciones.
4.°—México.
La existencia de esta edición es muy dudosa. La mencionan los
historiadores Dávila y Padilla, Fr. Alonso Fernández, Fr. Francis-
co Burgoa y nuestro insigne bibliógrafo D. Nicolás Antonio; pero
ninguno de ellos ha logrado verla. El hecho de que Harrisse y el
Sr. Icazbalceta no la mencionen, ó la consideren como apócrifa, nos
obliga á nosotros á no admitirla y por ende á no tenerla como la
primera edición.
95.—GANTE (Fr. Pedro de). 1553

D o c t r i n a c r i s t i a n a por...
Al fin: d A honrra y g l o r i a d e nuestro señor l e s u x p o y
de su b e n d i t a m a d r e : aquí s e a c a b a l a presente doctrina x p i a -
na en lengua Mexicana. L a q u a l f u e r e c o p i l a d a por e l R . p .

F r a y P e d r o d e G a n t e d e l a o r d e n de s a n t F r a n c i s c o . Fue
i m p r e s s a e n c a s a d& J u a n p a b l e s i m p r e s s o r d e l i b r o s . A ñ o .
de. 1553.
8.°—164 hs.—Letra gótica.—Texto mexicano.
E d i c i ó n m u y r a r a ; p u e s sólo s e c o n o c e n d o s e j e m p l a r e s , a m b o s
faltos d e p o r t a d a .
96.—GANTE (Fr. Pedro de). 1554.
Catecismo de la Doctrina Cristiana en jerogliñcos para l a
e n s e ñ a n z a de los indios americanos.
Se conocen d o s e j e m p l a r e s diferentes: u n o d e l a Sección d e Ma-
nuscritos d e la Biblioteca N a c i o n a l d e Madrid, y otro e n el A r c h i v o
Histórico Nacional d e Madrid.
V é a s e el a r t í c u l o p u b l i c a d o e n l a Revista de Bibliotecas, Archi-
vos y Museos, a ñ o I V d e l a s e g u n d a é p o c a , p á g i n a 5 9 9 y s i g u i e n t e s ,
por Narciso Sentenach.
L a s d o s e d i c i o n e s d e l Catecismo d e P r . Pedro d e Gante, salieron
á l u z e n t r e los a ñ o s 1553 á 1555. E s p r o b a b l e q u e el Catecismo e n
jeroglíficos p r e c e d a e n tiempo á los impresos; pero t a m b i é n p u d o
a c o n t e c e r q u e l a r u d e z a d e los indios n o p e n e t r a s e el sentido d e l a s
p a l a b r a s i m p r e s a s , y e l i n s i g n e f r a n c i s c a n o se v i e s e e n e l t r a n c e d e
s i m b o l i z a r e l Catecismo para adaptarlo mejor á la inteligencia d e
a q u e l l a s g e n t e s . D e b e m o s , p u e s , colocarlo p o r lo m e n o s e n t r e a m -
b a s fechas, e s decir, e n 1554.
9 7 . - G A N T E (Fr. Pedro de). 1555.
Doctrina cristiana en lengua Mexicana.

Al fin: A honra y gloria de nuestro Señor l e s u X p o y de
s u b e n d i t a M a d r e aqui s e a c a b a l a p r e s e n t e d o c t r i n a X p i a n a
e n l e n g u a M e x i c a n a . L a ql fue r e c o p i l a d a p o r e l R. F r . P e -
dro d e G a n t e d e l a O r d e n s a n F r a n c i s c o (sic). F u e i m p r e s s a
e n c a s a de J u a n Pablos impressor de libros, a ñ . de 1555.
Un vol. in 1 6 . ° — J 7 1 hs.
Son l a s Únicas noticias q u e se c o n s e r v a n d e esta r a r í s i m a edi-

ción.
98.—MARROQUIN (Francisco). 1556.
Catecismo y doctrina cristiana e n idioma U t l a t e c o por el
l i m o . Sr. D .
in 4 . ° - - 3 i hs. no fols.
868 VARIA
N i n g ú n bibliográfico h a l o g r a d o v e r n n e j e m p l a r d e e s t a edición;,
a u n q n e l a c i t a n c a s i t o d o s los q u e d e A m é r i c a s e h a n o c u p a d o . E n
1724 se h i z o u n a r e i m p r e s i ó n e n G u a t e m a l a , y p r o b a b l e m e n t e h a
d e s a p a r e c i d o el e j e m p l a r q u e s i r v i ó p a r a h a c e r l a .
99.-GILBERTI (Haturino.) 1559
D i a l o g o de doctrina christiiina e n l e n g u a d e M e c h o a c a n .
H e c h o y copilado de muchos libros de s a n a doctrina por e l
m u y R e v e r e n d o padre F r a y . . . de la Orden del S e r a p h i c o P a -
dre S a n t F r a n c i s c o . T r a t a de lo q u e h a de saber, c r e e r , h a -
zer, d e s e a r y a b o r r e c e r el christiano. V a preguntando el dis-
cípulo al m a e s t r o .
Al fin: A h o n r a y g l o r i a de nuestro S e ñ o r J e s u X p o y de
su bendita Madre l a V i r g e n Maria, aqui s e a c a b a el libro l i a - '
mado Dialogo de doctrina christiana en lengua de Mechoacan:
h e c h o y copilado de muchos libros d e s a n a doctrina por el
m u y R. P . F r a y Maturino Gílbertí de l a Orden d e l S e r a p h i c o
P a d r e S a n t F r a n c i s c o : el qual fue v i s t o y e x a m i n a d o por el
m u y R. P a d r e F r a y Alonso de V e r a c r u z , m a e s t r o e n s a n t a
t h e o l o g i a y P r o v i n c i a l de l a Orden d e l Señor S a n t A g u s t í n .
F u e impresso en c a s a de J u a n P a b l o s Bressano, con l i c e n c i a
del Ilustrissímo Señor D . L u y s de V e l a s c o Visorey y Capí
t a n General e n e s t a E s p a ñ a N u e v a por su Magestad. Y assi-
m e s m o con l i c e n c i a del m u y Ilustre y R e v e r e n d í s s í m o S e ñ o r
D . A l o n s o de Montufar, Argobispo d e s t a g r a n d e , y n s i g n e y
m u y l e a l ciudad de M e x i c o . A c a b ó s e de imprimir a X V días
d e l m e s d e Junio d e 1559. Años.
Fol. - 2 1 hs. no fols, -1- 3 de tabla.—Tipos redondos en los preliminares y
gótico en el texto.
L a d e s c r i p c i ó n b i b l i o g r á f i c a p r e c e d e n t e e s t á t o m a d a d e l a Biblio-
teca Sanfrancescana. E n l a t r a n s c r i p c i ó n d e l a f e c h a (1539) p a r a el
a u t o r , h a y e v i d e n t e m e n t e e r r o r ; p o r q u e n i J u a n P a b l o s se h a l l a b a
entonces en Méjico, ni D . Alonso de Montufar e r a Obispo. H a y ,
p u e s , q u e p r o l o n g a r l a f e c h a h a s t a el a ñ o 1559, e n q u e l a h e m o s c o -
locado nosotros, y q u e es l a q u e c o r r e s p o n d e á l a v e r d a d e r a e n q u e
s e i m p r i m i ó el l i b r o .
100.—ALCÁZAR (Fr. Juan de). Antes de 1563.
Doctrina cristiana en lengua zapoteca.
IOI.-FERNANDEZ(Fr. Benito). 1564.
D o c t r i n a e n q u e s e e x p l i c a n la c r e a c i ó n d e l Mundo, l a E n -
c a r n a c i ó n d e l V e r b o D i v i n o , l a V i d a , P a s i ó n y Muerte de J e -
s u c r i s t o , c o n otros Misterios y los S a c r a m e n t o s y O r a c i o n e s .
4.°
México.—Pedro Ocharte.
V é a s e e n el a ñ o 1550 lo q u e s e h a d i c h o r e s p e c t o d e l a e x i s t e n -
c i a d e la p r i m e r a edición, q u e v o l v e m o s á r e p e t i r p o r lo q u e h a c e á
esta segunda. Siendo m u y dudosas ambas, consideramos como pri-
m e r a l a q u e m á s a b a j o s e d a e n el a ñ o 1567, y c o m o s e g u n d a l a q u e
se i n c l u y e e n el d e 1 5 6 8 .
102.—ANUNCIACIÓN (Fr. Domingo de la). 1565
D o c t r i n a x p i a n a b r e u e y c o m p e n d i o s a por v i a d e d i a l o g o
e n t r e u n m a e s t r o y un discípulo, s a c a d a e n l e n g u a c a s t e l l a n a
y m e x i c a n a c o m p u e s t a por el m u y r e u e r e n d o p a d r e f r a y d o -
m i n g o de l a a n u n c i a c i ó n , v i c a r i o que al p r e s e n t e e s d e c u y c a -
c a n , de la o r d e n d e l b i e n a u e n t u r a d o p a d r e S e t o D o m i n g o .
Al fin: A g l o r i a y a l a b a n g a d e nro r e d e m p t o r j e s u x p o y
d e su b e n d i t a m a d r e y p a r a v t i l i d a d y p r o u e c h o d e l a s a l a s ,
a q u i s e a c a b a l a d e c l a r a c i ó n b r e u e y c o m p e n d i o s a de la d o c -
t r i n a x p i a n a e n l e n g u a e s p a ñ o l a y m e x i c a n a , s e n t e n c i a por
s e n t e n c i a , F u e y m p r e s s a e n e s t a m u y l e a l c i u d a d d' m e x i c o
e n c a s a d' pedro o c h a r t e por m a n d a d o d'l y l l u s t r i s s i m o y r e -
u e r e n d i s s i m o señor don f r a y alonso d' m o n t u f a r , Argobispo
d' l a d i c h a c i u d a d m e r i t i s s i m o a c a b ó s e a 15 d i a s d e l m e s d e
Mar9o. 1565 a ñ o s . :
4.°—84 hs. —Letra gótica.—Texto á dos columnas. '
I03.-FERIA (Fr. Pedro de). 1567
D o c t r i n a Christiana e n l e n g u a c a s t e l l a n a y e a p o t e c a : c o m -
p u e s t a por el R e v . P a d r e F r . P e d r o de F e r i a , p r o v i n c i a l d e
l a Orden de S a n c t o D o m i n g o , e n l a p r o v i n c i a d e S a n t i a g o d e
N u e v a H e s p a ñ a . E n M e x i c o , e n c a s a de P e d r o O c h a r t e , 1 5 6 7 .
Al fin: A g l o r i a y a l a b a n g a d e nro R e d e m p t o r J e s u X p o , y
d e su b e n d i t i s s i m a m a d r e n r a s e ñ o r a y d e nro glorioso y s a n c -
870 VARIA
tisimo padre s a n c t o D o m i n g o . . . F u e impressa e n esta m u y

l e a l y i n s i g n e c i u d a d de M é x i c o e n c a s a de Pedro O c h a r t e ,
impressor de libros, con l i c e n c i a d'l illustrissimo y reueren-
dissimo Señor don F r a y Alonso de Montufar, argobispo m e r i -
tissimo d' la d i c h a ciudad: a c a b ó s e a diez y ocho dias d'l m e s
d' Margo de 1567. años.
4.°—8hs. prels. -j- ii6 de texto.—El castellano impreso en caracteres góti-
cos y el zapoteco en redondo.
l04.-FERNANDEZ(Fr. Benito). 1567

Doctrina misteca.
Al fin: A gloria y a l a b a n 9 a de nuestro R e d e m p t o r l e s u
Christo, y de s u b e n d i t a Madre S a n c t a Maria, y prouecho d e
los próximos. A q u i s e a c a b a la D o c t r i n a e n l e n g u a m i s t e c a :
c o m p u e s t a por el m u y Reuei'endo P a d r e f r a y Benito F e r n a n -
d e z V i c a r i o prouincial de la M i s t e c a de la orden de los Predi-
c a d o r e s e n e s t a n u e v a E s p a ñ a . F u e impressa en M é x i c o e n
c a s a de Pedro Ocharte impresor de libros, a c a b ó s e a. 22. de
Nouiembre de. 1567. años. L a u s D e o .
4 . ° — 1 9 0 hs.—Texto en lengua mixteca.—Letra gótica.
Primera edición de esta doctrina. Véase lo dicho al tratar de las
que se suponen impresas en 1550 y 1 5 6 4 .
105.-FERNANDEZ (Fr. iBenlto). 1568
D o c t r i n a Cristiana e n l e n g u a M i s t e c a .
Al fin: A gloria y a l a b a n g a de nuestro R e d e m p t o r l e s u
X p o . A q u i s e a c a b a la D o c t r i n a X p i a n a e n l e n g u a M i s t e c a :
c o m p u e s t a por el m u y R . p a d r e f r a y Benito F e r n a n d e z . F u e
i m p r e s s a e n México e n c a s a de Pedro Ocharte impressor de
libros. A c a b ó s e a v e y n t e y quatro dias d'l m e s d' E n e r o d'
1 5 6 8 . Años.
4 . ° — T e x t o mixteco.—Letra gótica.
Lo mismo esta segunda que la primera edición de esta Doctrina
son raras, y aun los únicos ejemplares conocidos se hallan incom-
pletos. Véase lo que se ha dicho al tratar de estas Doctrinas en los
años 1550 y 1564.
106.—OLMOS (Fr. Andrés). Antes de 1571!
i
D o c t r i n a cristiana. i
E n t r e los opúsculos a t r i b u i d o s a l franciscano Olmos, se c i t a n el

Catecismo y l a Doctrina cristiana compuestos é impresos en l e n g u a
G u a x t e c a , Mexicana, T e p e h u a y T o t o n a c a . León P i n e l o , en su
« T r a t a d o d e l a s A n t i g ü e d a d e s M e x i c a n a s » y B e r i s t a i n e n s u «Bi-
blioteca Hispano Americana Septentrional», aseguran haber visto
los Opilsculos y , p o r t a n t o , l a s Doctrinas d e Fr. A n d r é s O l m o s ; p e r o
n i fijan el l u g a r n i el a h o e n q u e se i m p r i m i e r o n . D e b i ó s e r a n t e s
d e 1 5 7 1 , p u e s falleció el a u t o r e n O c t u b r e d e e s t e a ñ o .
107.—TORAL (Fr. Francisco). Antes de 1571
D o c t r i n a cristiana e n l e n g u a P o p o l a c a .
I08.-CRUZ (Fr. Juan de la). 1571
D o c t r i n a Christiana e n la l e n g u a G u a s t e c a con l a l e n g u a
c a s t e l l a n a . L a g u a s t e c a correspondiente a c a d a p a l a b r a : de
g u a s t e c o : S e g ú n q u e s e pudo tolerar e n l a frasis: de l a l e n g u a
g u a s t e c a : c o m p u e s t a por yndustria de v n frayle de la Orden
del glorioso s a n c t Augustin: Obispo y doctor de la s a n c t a
y g l e s i a . E n m e x i c o E n c a s a de Pedro Ocharte. 1 5 7 1 .
Al fin: A c a b ó s e e s t a D o c t r i n a christiana, e n el m e s de
S e t i e m b r e de. 1670. a ñ o s e n e l c o n v e n t o de U n e x o t l a En
M e x i c o e n c a s a de Pedro Ocharte, a quinze de Setiembre de
Mili y quinientos y s e t e n t a y un Años A costa de F e r n a n d o
Pacheco.
4.°—52 hs.—Letra gótica.—Profusión de grabados.
109.-M0LINA (Fr. Alonso de).
D o c t r i n a b r e v e e n l e n g u a M e x i c a n a por el P
L a existencia d e esta edición se colige d e ciertas p a l a b r a s q u e
fie l e e n e n el d o c u m e n t o d e q u e h a b l a el S r . I c a z b a l c e t a e n el n ú -
m e r o 10 d e s u BiBLiOHKAFÍA MEXICANA del siglo XVI.
(10.-ANUNCIACIÓN (Fr. Juan de la). 1575
D o c t r i n a Christiana m v y cumplida, donde se c o n t i e n e la

e x p o s i c i ó n de todo lo n e c e s s a r i o p a r a D o c t r i n a r a los Yndios,
y administralles los Sanctos S a c r a m e n t o s . Compuesta e n len-
g u a Castellana y M e x i c a n a por el m u y E e u e r e n d o padre F r a y
l u á n de la A n u n c i a c i ó n , Religioso de l a orden del glorioso
872 VARIA
D o c t o r de l a Y g l e s i a s a n t A g u s t í n . D i r i g i d a al m u y e x c e l l e n t e
P r i n c i p e d o n Martin E n r i q u e z V i s o r e y g o b e r n a d o r y c a p i t á n
general en esta nueua España y presidente del Audiencia real
q u e e n e l l a r e s i d e . E n M é x i c o e n c a s a de P e d r o Balli.
4.°—282 hs. —Letra redonda y cursiva.
Son raros los ejemplares de esta edición.
Ill.-VARGAS 'Melchor de). 1576
Doctrina Christiana, m u y vtil, y necessária en Castellano,

M e x i c a n o y Otomi: t r a d u z i d a e n l e n g u a Otomi por el m u y
R. p a d r e F r a y Melchior de V a r g a s , de l a Orden de s a n t A u -
g u s t i n , Prior de A t o c p a n . O r d e n a d a por m a n d a d o d e l y l l u s -
trissimoy Reuerendissimo señor D o n Pedro Moya de Centre,
r a s , A r c o b i s p o de M e i c o , d e l c o n s e j o de su M a g e s t a d : y c o n
l i c e n c i a i m p r e s s a . Con p r i v i l e g i o . E n M é x i c o , e n c a s a de P e -
dro B a l l i . A ñ o d e . 1676.
4.°—Letra gótica en la columna del castellano; romana en la del mexicano y
otomi.
El ejemplar conocido está falto desde el fol. 2 7 .
112.-ANUNCIACIÓN (Fr. Juan de la). 1577
Cathecismo en lengua Mexicana y Española, breue y m u y

c o m p e n d i o s o , p a r a s a b e r la D o c t r i n a Christiana y e n s e ñ a r l a :
C o m p u e s t o por e l M u y R e v e r e n d o P a d r e F r a y J u a n de l a A n u n -
c i a c i ó n , Subprior d e l Monasterio d e S a n t A g u s t í n d e M é x i c o . .
Al fm: A g l o r i a y h o n r a de D i o s nuestro señor, y d e l a
g l o r i o s a v i r g e n s a n c t a Maria s e ñ o r a n u e s t r a , e n e l v l t i m o d i a
d e l m e s de S e p t i e m b r e s e a c a b o l a i m p r e s i ó n d e a q u e s t a o b r a
de S e r m o n a r i o y C a t h e c i s m o . C o m p u e s t a por e l m u y r e u e r e n -
do p a d r e F r a y J u a n d e l a A n u n c i a c i ó n , Subprior d e l Mo-.
n a s t e r i o d e S a n t A g u s t í n de a q u e s t a c i u d a d de M é x i c o . E n
M é x i c o . Por A n t o n i o R i c a r d o I m p r e s s o r d e libros. A ñ o d e .
M . D . L X X V I I . Años.
4 . ° — 2 6 8 hs. no fols.—El Catecismo á dos columnas, en castellano una y en
mexicano otra.
II3.-M0LINA (Fr. Alonso de). 1578
D o c t r i n a Christiana, e n l e n g v a m e x i c a n a m u y n e c e s a r i a :
e n l a q u a l se c o n t i e n e n todos los p r i n c i p a l e s m y s t e r i o s d e ^
nuesbra S a n c t a F e e c a t h o l i c a . O o m p v e s t a por el m u y R e v e -
r e n d o P a d r e F r a y A l o n s o de Molina, de l a o r d e n d e l glorioso
P a d r e S a n t F r a n c i s c o . Con p r i v i l e g i o . E n M e x i c o , E n c a s a de
P e d r o O c h a r t e . M. D . L X X V I I I .
4.°—96 hs.—Letra redonda.—Texto mexicano.
Son raros los ejemplares de esta edición.
114.-SÁNCHEZ DE MUÑÓN (Sancho). 1579
D o c t r i n a c r i s t i a n a por el D r . D . . . .
in 9 . ° — 5 2 hs.
México.—Antonio Ricardo.
Esta edición fué ignorada hasta que la dio á conocer el Sr. Icaz-
^dilcctiHi
II5.-R0LDAN (Fr. Bartolomé). 1580
Cartilla y D o c t r i n a Christiana, b r e v e y c o m p e n d i o s a , p a r a
e n s e ñ a r los niños: y c i e r t a s p r e g u n t a s t o c a n t e s a la d i c h a
D o c t r i n a : por m a n e r a de D i a l o g o : t r a d u z i d a , c o m p u e s t a , or-
d e n a d a , y r o m a n e a d a e n la l e n g u a C h u c h o n a d e l p u e b l o d e
T e p e q i c o de l a S e d a , por el m u y R e u e r e n d o P a d r e F r a y B a r -
t h o l o m e R o l d a n , d e l a o r d e n d e l glorioso P a d r e S a n c t o D o -
m i n g o . Con l i c e n c i a . E n M e x i c o , E n c a s a de P e d r o O c h a r t e .
MD.LXXX.
Al fin: A h o n r a y g l o r i a d e l a s a n c t i s s i m a t r i n i d a d y d e
l a v i r g e n n u e s t r a s e ñ o r a s a n c t a Maria y p r o u e c h o de los fie-
l e s Christianos, s e a c a b o d e i m p r i m i r e s t a p r e s e n t e O b r a ,
c o m p u e s t a y t r a d u z i d a e n l a l e n g u a C h u c h o n a , por el R. p a -
dre F r a y B a r t h o l o m e R o l d a n d e l a o r d e n d e l b i e n a v e n t u r a d o
padre Santo Domingo, en casa de Pedro Ocharte, impressor
de libros, a d i e z d i a s d e l m e s de O c t u b r e , d e m i l y q u i n i e n t o s
y ochenta años.
4°—78 hs.—Letra gótica y redonda.
Sólo se conoce un ejemplar de esta rarísima edición, y es acaso
el único libro impreso en lengua chuchona,
II6.-SAHAGUN (Fr. Bernardino de). 1583

C a t e c i s m o de la D o c t r i n a c r i s t i a n a e n L e n g u a Mexicana.
in 4.°
México.—Pedro Ocharte.—I 583.
Así lo cita Beristain, tomo III, pág. 82.
874 VARIA
ll7.-Anónlmo, 1583
D o c t r i n a c h r i s t i a n a y Catecismo p a r a instrucción d e los
indios y de l a s d e m á s personas que h a n de ser e n s e ñ a d a s e n
n u e s t r a S a n c t a fe. Con un Confessionario y otras c o s a s n e c e s -
s a r i a s p a r a los que doctrinan que se c o n t i e n e n e n l a p a g i n a
s i g u i e n t e . Compuesto por autoridad del Concilio p r o v i n c i a l
q u e s e c e l e b r o e n l a ciudad de los R e y e s el año de 1 5 8 3 — y
p o r lo m i s m o traduzido e n l a s dos l e n g u a s g e n e r a l e s d e e s t e
R e j m o , Q u i c h u a y A y m a r á . ( E s c u d e t e ) . I m p r e s s o con l i c e n c i a
de la Real A u d i e n c i a e n la Ciudad de los R e y e s por A n t o n i o
Ricardo pi'imero impressor de estos R e y n o s del P i r u . — A ñ o
d,e M D L X X X I I I años.
4.°—32 hs.—Signs. AA-AG de 6.—Tabla.—Provisión Real y disposiciones
del Concilio sobre la impresión. (Los Reyes, 12 de Agosto de i584.) «El Santo
Sínodo Provincial á todos los fieles de esta provincia.»—Decreto sobre el Cate-
cismo.—Decreto sobre la traducción.—Erratas.—Texto.—Colofón.
El escudete en forma c u a d r a n g u l a r con I H S al centro, u n a le-
y e n d a i n t e r i o r q u e d i c e : Vocabis nomen ejus lesum, y o t r a e x t e r i o r
p o r los c u a t r o l a d o s , c u y a l e t r a e s : Dvlce tvvm nostro scribas inpec-
tore nomen, namque tvo constat nomine nostra salus.
E l P. U r i a r t e a t r i b u y e , á j u i c i o n u e s t r o , c o n r a z o n e s f u n d a d a s ,
& los PP. J o s é de A c o s t a , A l o n s o de B a r z a n a , B a r t o l o m é de S a n t i a -
go y B l a s V a l e r a , a l p r i m e r o el t e x t o , y á l o s r e s t a n t e s l a t r a d u c -
c i ó n de e s t a Doctrina. E s e s t e el p r i m e r l i b r o i m p r e s o en l a A m é r i -
c a d e l S u r p o r el i m p r e s o r A n t o n i o R i c a r d o , i t a l i a n o , q u i e n p r i m e -
r a m e n t e t u v o su t a l l e r en M é j i c o .
118.—Anónimo. 1584
D o c t r i n a Christiana y Catecismo p a r a i n s t r v c c i o n d e los

I n d i o s , y d e l a s d e m á s personas, que h a n de ser e n s e ñ a d a s
e n n u e s t r a s a n c t a F e . Con v n Confessionario, y otras c o s a s
n e c e s s a r i a s p a r a los q u e doctrinan, que s e c o n t i e n e n e n l a
p á g i n a siguiente. C o m p v e s t o por a v c t o r i d a d d e l Concilio P r o -
u i n c i a l , que s e c e l e b r o en l a Ciudad de los R e y e s , el año
d e 158B. Y por l a m i s m a traduzido e n l a s dos l e n g u a s g e n e -
r a l e s , d e e s t e R e y n o , Quichua y A y m a r a . Impresso con l i c e n -
c i a d e l a R e a l A u d i e n c i a , e n l a Ciudad de los E e y e s , por A n - ¡
tonio R i c a r d o primero I m p r e s s o r e n estos R e i n o s del P i r u .

Afio de M. D . L X X X I I I I . A n o s . E s t a t a s s a d o v n R e a l por
cada pliego, en papel.
Al fin: I m p r e s s o e n l a Ciudad d e los R e y e s , por A n t o n i o
R i c a r d o , p r i m e r o Impressor e n e s t o s R e y n o s d e l Piru. A ñ o
d e M. D . L X X X I I I I .
4.°—84 hs. + 8 págs.
119.—Anónimo. 1585
Doctrina christiana, Cathecismo breve, y Cathecismo m a -

y o r . A n o t a c i o n e s o E s c o l i o s sobre l a t r a d u c c i ó n d e l a s l e n -
g u a s Q u i c h u a y A y m a r a : E x p o s i c i ó n d e l a D o c t r i n a Chris-
t i a n a . I m p r e s s o . E n la c i u d a d de los R e y e s por A n t o n i o E i -
c a r d o de Turin, p r i m e r o I m p r e s s o r e n estos R e y n o s d e l P i r u .
Año MDCXXXV.
4.°—8 hs. de prels. + 2 i 5 hs. fols.
120.—CARRANZA (Fr. Diego). Antes de 1590
Doctrina cristiana en lengua Chontal.

Así la citan Gil González Dávila, Quetif y Echard y Beristain,
tom. I, pág. 246.
121.—BARCENA (P. Alfonso de).
Doctrina cristiana.
Lima.—Antonio Ricardo.
122.—Anónimo. 1593
D o c t r i n a c r i s t i a n a e n l e n g u a China.
Manila.
Citada por Medina.—Imp. en Manila.—pág. 3 n.° 2.
123.—Anónimo.
Doctrina cristiana tagalo-española con texto castellano y

latino.
Manila.—Imprenta de los Dominicos.
Citada por Medina.—Imp. en Manila, pág. 3 n.° 1.
124.—SAN JUAN BAUTISTA (Fr. Elias de). Antes de I6OO;
Catecismo en lengua mexicana.

876 VARIA
I n c l u i r e m o s en este trabajo como a p é n d i c e los C a t e c i s m o s

de los Reformistas españoles; la razón que á ello nos i n d u c e ,
no e s otra que la de c o m p l e t a r e s t e estudio bibliográfico, e n
e l cual, si bien corresponde á l a doctrina ortodoxa la m á s
s a n a y notable p a r t e , no seria justo e x c l u i r la parte h e t e r o -
d o x a , que corresponde á los reformistas; y a que no por su
importancia, al m e n o s por la influencia que esta doctrina
ejerció e n nuestros teólogos y a s c é t i c o s , obligándoles á escri-
bir sus Catecismos, unas v e c e s p a r a que e n ellos a p r e n d i e s e
el pueblo cristiano l a s v e r d a d e s de la fe, y otras p a r a refutar
los errores diseminados e n l a s D o c t r i n a s de los reformistas.
D a r e m o s , p u e s , s u c i n t a n o t i c i a de los C a t e c i s m o s protes-
tantes que h o y c o n o c e m o s .
I25.-ENCINA8 (Francisco de). 1540
B r e v e | i compendiosa | institución de la R e l i g i ó n c h i s t i a -
n a , n e c e s s á r i a para todos aquellos | que con justo título quie-
ren usurpar | el n o m b r e de Christo. Escripta | por el docto
v a r ó n F r a n c i s c o | de E l a o , a r u e g o de un | a m i g o y h e r m a n o
mío I e n Christo. I m p r e s s a e n T ó p e l a por A d a m o | Corvo el
anno de 1540.
8.» - 3 4 9 hs.
A esta obra siguen el Tratado de la libertad cristiana, y los
Siete Psalmos que vulgarmente son llamados Penitenciales, las cua-
les obras llevan paginación distinta.
Francisco de Enzinas hebraizó malamente s u apellido, llamán-
dose Elao. El lugar de impresión designado por Topeta correspon-
de, según todas probabilidades, á la ciudad de Gante.
126.—RONCE DE LA FUENTE (Constantino). 1544
S u m m a I d e D o c t r i n a | Christiana ¡ c o m p u e s t a por el D o c -
tor Constantino, | (j ÍTEM | El sermón d e CHRISTO nuestro
R e d e m p t o r en el m o n t e , Traduzido e n | Castellano por el m i s -
mo Author. | (Un grabado). Todo a g o r a de nueuo añadido y

e n m e n d a d o | Con priuilegio imperial.
Al fin: d F u e Impressa e n Seuilla e n c a s a de | l u á n d e
L e ó n . A s a n c t a Maria | de Gracia. A ñ o de | 1545.
A j u i c i o del Sr. U s o z d e l R í o , n o es e s t a l a p r i m e r a e d i c i ó n d e
e s t a D o c t r i n a , s i n o l a d e l a ñ o 1540, q u e n o s o t r o s n o h e m o s p o d i d o
v e r , n i él t a m p o c o l l e g ó á r e p r o d u c i r .
127.—DÍAZ (luán). 1546
Christianse religionis S u m m a . Ad illustrissimum P r i n e i p e m

D o m i n u m D . Ottonem Heinricum P a l a t i n u m E h e n i et utrius-
q u e Bavarias D u c e m . . . Per clarissimum v i r u m J o a n n e m D a -
z i u m H i s p a n u m . Neuburgi D a n u b i i conscripta III K a l e n d a s
Martii. A u n o M D X L V I .
Al fin: I m p r e s s u m Neuburgi D a n u b i i apud J o a n n e m K i l i a -
n u m , Principalis Quíesturíe scribam. A n n o M D X L V I .
8 . 0 — 6 hs.
E d i c i ó n m u y r a r a . H a y ejemplares en la Biblioteca d e F r a n c f o r t ,
en la Bodleiana de Oxford y en la de Strasburgo.
D e esta o b r a se m e n c i o n a n las siguientes ediciones: dos a l e m a -
n a s , u n a i m p r e s a e n Z u r i c h e n 1547 a t r i b u i d a á T e o d o r o B i b l i a n d e r
y o t r a u n i d a á l a Historien d e Rabus, d e la q u e se conocen i m p r e -
s i o n e s d e 1554, 1555, 1556 y 1572. E n f r a n c é s s e e n c u e n t r a e n l a
Histoire des vrais Tesmoins, i m p r e s a e n 1570, y e n l a Histoire des
Martyrs, e d i c i o n e s d e 1582 y 1597.
128.—Anónimo. 1550
C a t h e c i s m o . | A s a b e r e s F o r m u l a r i o 1 p a r a i n s t r u y r a loa
m o c h a c h o s e n la Christiandad. H e c h o a m a n e r a de D i a - | logo
d o n d e el Ministro de | la I g l e s i a pregunta y | el m o c h a c h o
r e s p o n d e . ] E p h e . 2. 1 E l fundamento de la I g l e s i a e s l a d o c -
tri- I n a de los P r o p h e t a s y Apostólos. | 1550.
8. o - , 8 ; págs.
E s t e e s el p r i m e r C a t e c i s m o c a l v i n i s t a impreso en lengua espa-

ñ o l a . S a l i ó d e l a s p r e n s a s d e G i n e b r a ; p e r o i g n o r a m o s q u i é n lo t r a -
dujo á nuestro idioma
878 VARIA
I 2 9 . - P 0 N C E DE LA FUENTE (Constantino). 1551
S u m m a de | doctrina Christiana. | E n q s e c ó t i e n e todo |

lo principal y n e c e s s a | rio q el hobre christia | no deue s a b e r
y obrar | T a m b i é n el sermo de 1 christo nuestro redép- | tor
e n e l m o n t e . | P o r e l . D. Constantino. 1 Con priuilegio.
Al fin: F i n de l a s u m m a de doctrina | christiana, c o m p u e s -
ta por el do- | ctor Constantino: i m p r e s s a \ e n Seuilla por
Chris= I toual aluarez: a | x x v i i j . de m a r = j 90 a ñ o de )
1B51.
I30.-PONCE DE LA FUENTE (Constantino). 1553
D o c t r i n a Christiana e n q u e e s t a c o m p r e h e n d i d a t o d a l a i n -
formación que p e r t e n e c e al hombre que q u i e r e s e r v i r á D i o s .
Por el D o c t o r Constantino. P a r t e P r i m e r a de los articules d e
l a fe. (Escudo del impresor). E n A n v e r s . E n c a s a de J u a n
Steelsio. A ñ o M . D . L I I I .
Al fin: F u e impreso e n A n v e r s e n c a s a de J u a n L a t i ó . Año
M.D.LIIII.
4."—13 hs. prels 398 de texto.
I 3 I . - P 0 N Í ; E de l a f u e n t e (Constantino). 1556
C a t e é i s \ m o christiano, | compuesto por el D o c t o r | Cons-

t a n t i n o . I A ñ a d i ó s e l a confession d' v n | p e c a d o r p e n i t e n t e ,
h e c h a por | el m i s m o Author: (Grabado). E n A n v e r s | E n
c a s a de Guillermo S i m ó n , | a l a e n s e ñ a del P a p a g a y o . ] 15B6.
j Con p r i u i l e g i o .
I32.-PÉREZ D E PINEDA (Juan). 1557
S u m a r i o d e l a d o c t r i n a cristiana.
Venecia.—Pedro Daniel.
I33.-CARRA^ZA :Fr. Bartolomé). 1558
Comentarios sobre el C a t e c i s m o C h r i s t i a n o .
in f o l . - 4 3 3 hs. '
Anvers.—Martín Nució.
Incluimos este Catecismo entre los heterodoxos por hallarse
en los índices prohibitivos; no por su autor, que, como^ es sabido,
murió en la comunión de la Iglesia católica. i
134—Anónimo. 1559
C a t h e c i s m o | q u e significa | F o r m a de in- ] s t r u c c i o n : q u e
c o n t i e n e los p r i n - | cipios de l a R e l i g i ó n de D i o s , u- | til y n e -
c e s s á r i o p a r a todo fiel C h r i s t i a n o . 1 Compuesto e n m a n e r a de
D i a l o g o d o n - | de p r e g u n t a el m a e s t r o y r e s p o n d e el d i s c i p u l o .
(Escudo d e l i m p r e s o r ) , P s . C X I X . «La d e c l a r a c i ó n de t u s p a -
l a b r a s a l u m b r a y | d a e n t e n d i m i e n t o a los p e q u e ñ o s » . N u e v a -
m e n t e i m p r e s s o , | A ñ o de | 1559. G e n e v a , J o a n Crispin.
Edición rarísima, pues no se conoce más ejemplar que el conser-
vado en el Museo Británico. Es también catecismo calvinista, y reim-
presión del que se hizo en 1550.
135.—Anónimo. 1560
B r e v e | t r a t a d o de l a d o c t r i n a A n ] t i g u a de D i o s , i de l a
n u e I v a d e l o s h o m b r e s , útil i | n e c e s s á r i o p a r a todo fiel |
Cristiano. | J e r e m í a s c a p í t . 6. | Esto d i c e el S e ñ o r , E s t a d e n
los c a - I m i n o s a n t i g u o s , i s a b e d c u a l e s el | b u e n c a m i n o , i
a n d a d por el: i h a l l a - | r e i s refrijerio p a r a v u e s t r a s a n i m a s . |
S a n J u a n capit. 14. | Yo soi e l c a m i n o , la v e r d a d , i la v i d a .
N i n - I g u n o v i e n e al P a d r e sino por m i , d i z e | el S e ñ o r T o d o -
p o d e r o s o . I F u e i m p r e s o a ñ o de | 1 5 6 0 .
Esta doctrina es indudablemente traducción de la que compuso
Urbano Roy. No sabemos de qué edición faé traducida, y en cuan-
to al traductor se atribuye á Juan Díaz Pérez.
Í36.-CALV1N0 (Juan). 1597
I n s t i t u c i ó n de l a R e l i g i ó n Chri- | s t i a n a , c o m p u e s t a e n
quatro libros, y d i v i d i d a bn | c a p í t u l o s . | Por J u a n C a l v i n o . ]
Y ahora nuevamente traduzida en R o m a n c e | Castellano. Por
C y p r i a n o | d e "Valera. ( U n g r a b a d o ) . E n c a s a d e R i c a r d o d e l
C a m p o . I 1597.
8." — 1 4 hs. prels. -|- i.o33 págs. -(- 28 hs. de índice y Tabla.
La edición parece ser de Amberes, y Legún las palabras de la
portada ahora nuevamente, es de creer que corría otra edición an-
terior castellana.
H e m o s l l e g a d o á l a c o n c l u s i ó n d e l a p r i m e r a p a r t e de^
880 VARIA
nuestro trabajo, consignando e n ella los p r i n c i p a l e s c a t e c i s -

mos, asi ortodoxos como heterodoxos, publicados en y fuera
de E s p a ñ a e n el siglo x v i . Como i n d i c a m o s al principio, e s t a
primera parte s i r v e solamente de prólogo al fin principal de
nuestro trabajo, que es el de dar á c o n o c e r l a s e d i c i o n e s por
nosotros c o n o c i d a s del Catecismo del P. Ripalda. Como é s t a s
son innumerables, a g r a d e c e r e m o s l a s n o t i c i a s que s e nos d e n
respecto de las m i s m a s , para que así nuestro intento biblio-
gráfico resulte lo más completo posible, dentro de l a m i s m a
imposibilidad de r e s e ñ a r todas las e d i c i o n e s que d e l dicho C a -
t e c i s m o se h a n h e c h o .
JUAN M. SÁNCHEZ,
La Gimnasia pedagógica
II
Gimnasia del pensar
T o d a acción h a m a n a , h a s t a la q n e se nos ofrece con las a p a r i e n -

c i a s d e m á s s e n c i l l a , e s n n c o m p l e j o físico, m o r a l é i n t e l e c t u a l (1). L a
f a e n a m e c á n i c a d e l m i n e r o , a u n q u e n o s i m p r e s i o n e m á s e n e l l a el
e s f u e r z o f í s i c o , n o p o r eso e x i g e m e n o r d o s i s d e t e m p l e m o r a l ó d e
c a r á c t e r , necesaria p a r a sufrir y a g u a n t a r las molestias de su l a b o r
r u d a ; y es a d e m á s p r e c i s o , p a r a e j e c u t a r l a m e d i a n a m e n t e , r e a l i z a r
u n a m u l t i t u d d e operaciones intelectuales, sin las q u e sería inútil ó
d e n i n g ú n v a l o r el e s f u e r z o m e c á n i c o . E l a c t o d e d a r l i m o s n a se n o s
figura, á p r i m e r a v i s t a , a c t o e x c l u s i v a m e n t e m o r a l ; h e m o s d e t e n e r
en c u e n t a , sin e m b a r g o , q u e , p o r torpeza d e e n t e n d i m i e n t o del q u e
la hace, la l i m o s n a p u e d e ser tan indiscreta y m a l a p l i c a d a , q u e e n
vez d e obra moral, sea origen de consecuencias inmorales gravísi-
m a s ; por otra parte, en m u c h a s ocasiones deja de hacerse u n a li-
m o s n a , sólo p o r n o s u f r i r l a p e q u e ñ a m o l e s t i a f í s i c a d e l e v a n t a r s e
d e u n a silla y a n d a r d i e z ó d o c e p a s o s . E l t r a z a r el p l a n o d e u n t é r -
m i n o , ó el m a p a d e u n a p o b l a c i ó n , s e m e j a , a s í d e p r o n t o , o p e r a c i ó n
e x c l u s i v a m e n t e i n t e l e c t u a l , p o r q u e n o se n o s o c u r r e p e n s a r e n l a
m o r a l i d a d ó i n m o r a l i d a d con q u e p u e d a verificarse; es imposible,
n o o b s t a n t e , p r e s c i n d i r d e e s t e e l e m e n t o , h a s t a el p u n t o q u e e n el
t r a z a d o d e c a d a l í n e a p u e d e h a b e r u n d e l i t o , si s e t r a z a c o n el
fin d e o c u l t a r l a e x i s t e n c i a ó l a s d i m e n s i o n e s d e a l g u n a finca;
a d e m á s , u n p l a n o n o se l e v a n t a sin d o t e s d e c a r á c t e r p a r a v e n c e r los
obstáculos ó dificultades t é c n i c a s , y no e s c a s o s esfuerzos físicos d e
h a b i l i d a d m a n u a l . P o r c o n s e c u e n c i a , p a r a r e a l i z a r esos a c t o s e n
(1) Esta materia está relacionada directamente con la que expusimos en el

núm. VI de CÜLTUKA, pág. G58.
882 VARIA •
t o d a s u c o m p l e j i d a d v i v a , a o es p o s i b l e p r e s c i n d i r d e n i n g u n o d e
los e l e m e n t o s q u e los i n t e g r e n .
L a acción de p e n s a r , p a r a verificarse de modo que resulte disci-
p l i n a p a r a el e n t e n d i m i e n t o , e s p r e c i s o q u e s e r e a l i c e c o n t o d a s l a s
condiciones internas y externas que p a r a tal disciplina sean necesa-
r i a s , d e s d e el p r i m e r i n s t a n t e ó m o m e n t o i n i c i a l . U n a p e r s o n a s i e n t e
d o l o r e s i n t e n s í s i m o s ; s u p r i m e r o c u r r e n c i a es b u s c a r r e m e d i o q u e
los c a l m e ; i n v e s t i g a r á l a c a u s a ; a c u d i r á á p e r s o n a e x p e r t a , e t c . , e t c . ;
o t r o t i e n e h a m b r e , y p e n s a r á e n los m e d i o s d e s a t i s f a c e r l a : l a e m o -
c i ó n e x c i t a el t r a b a j o i n t e l e c t u a l , c o m o e l e m e n t o c o o r d i n a d o c o n l a
s e n s i b i l i d a d y l a v o l u n t a d : el s u f r i m i e n t o p r e s e n t e , ó l a e s p e r a n z a
d e s a t i s f a c c i ó n f u t u r a , son e s t í m u l o s q u e a c t i v a n ó a c e l e r a n el m o v i -
m i e n t o d e l a i n t e l i g e n c i a . E n u n a p a l a b r a , p a r a e x c i t a r el m o v i m i e n -
to d e la inteligencia, h a y estímulos en cierto modo e x t r a ñ o s al acto
p u r o i n t e l e c t u a l ; y éste n o se e x p l i c a r í a , si n o s e t u v i e s e n en c u e n t a
e s a s m ú l t i p l e s r e l a c i o n e s ; p o r eso p u d o d e c i r s e m u y b i e n : »la n e c e s i -
d a d es l a m a d r e d e l a i n v e n c i ó n , p o r q u e o b l i g a á c o n c e n t i ' a r n u e s -
tras facultades intelectuales sobre cierta clase de ideas y nos fuerza
á m i r a r por todos los aspectos y á c o m b i n a r l a s d e mil m a n e r a s . »
Sin e m b a r g o , p a r a q u e u n h o m b r e científlco e s t u d i e el p r o c e s o d e l
p e n s a r , es i n d i s p e n s a b l e q u e a n a l i c e l a s o p e r a c i o n e s d e l e n t e n d i -
m i e n t o ; t i e n e q u e d i s t i n g u i r , a b s t r a e r ó s e p a r a r el a c t o i n t e l e c t u a l
d e t o d o s los d e m á s e l e m e n t o s ó c i r c u n s t a n c i a s , en m e d i o d e los c u a -
l e s s e verifica; h a d e o b s e r v a r l o c o m o e l e m e n t o d i s t i n t o y a p a r t e
de toda otra actividad.
Mas esa dirección analítica p u e d e alucinarle, haciéndole creer
q u e es fácil r e a l i z a r l u e g o u n a o p e r a c i ó n i n t e l e c t u a l s e p a r a d a d e
los o t r o s e l e m e n t o s , v. g r . , los e l e m e n t o s m o r a l e s y f í s i c o s , los
c u a l e s , p o r e x i g e n c i a s d e l m é t o d o científico, h a t e n i d o él q u e a b s -
t r a e r y á v e c e s p r e s c i n d i r d e ellos. E s p o s i b l e d e s c o m p o n e r en p i e z a s
u n a m á q u i n a , y recomponerla después; pero las acciones h u m a n a s
no puoden descomponerse en multitud de piezas, ni caben métodos
e d u c a t i v o s p a r a e s a s p i e z a s s e p a r a d a s ; el h o m b r e n o es c o n j u n t o d e
piezas, sino organismo vivo. U n a planta, p a r a vivir, necesita aire,
l u z , a g u a , t i e r r a , p e r o n o p u e d e d á r s e l e a l t e r n a t i v a m e n t e sólo l u z ,
sólo a i r e , sólo t i e r r a , sólo a g u a , s i n o t o d a s e s a s c o s a s á l a vez, e n l a s
p r o p o r c i o n e s i n d i s p e n s a b l e s p a r a su v i d a ; n o se p u e d e n a b s t r a e r ó
s e p a r a r u n a s d e o t r a s . L a d i r e c c i ó n del a n á l i s i s científlco, p o r c o n -
isecuencia, no puede servir de n o r m a ó criterio p a r a la educación.
E s a m a r c h a del análisis ha d a d o l u g a r , sin e m b a r g o , á u n a con-
L A GIMNASIA P E D A G Ó G I C A 883
c e p c i ó n s i m p l i c i s t a , o c a s i o n a d a á, d e s e q u i l i b r a r l o s e l e m e n t o s q u e
i n t e g r a n l a s a c c i o n e s h u m a n a s . Si n o h a y e m o c i ó n e n q u e n o s e
m e z c l e su e l e m e n t o m o r a l é i n t e l e c t u a l ; ni acto d e p e n s a r sin es-
f u e r z o físico y e m o c i ó n q u e lo i m p u l s e , m a n t e n g a ó a c o m p a ñ e , p r e -
t e n d e r r e a l i z a r u n a de esas cosas, sin sus elementos constitutivos, es
p r e t e n d e r r e a l i z a r u n a simulación, u n r e m e d o . U n plato es objeto
q u e , a n a l i z a d o e n sus v a r i o s elementos, a p a r e c e como u n c o m p u e s t o
d e m a t e r i a , p e s o , c o l o r , d i m e n s i o n e s , e t c . Si t r a t á s e m o s d e f a b r i -
c a r l o c o n sólo a l g u n o s e l e m e n t o s , s e p a r a d o s d e los d e m á s , r e p r e s e n -
t a r í a m o s , v. g r . , las d i m e n s i o n e s , por m e d i o del dibujo, t r a z a n d o
dos circunferencias concéntricas en u n papel; podríamos embadur-
n a r la superficie con a l g u n o s colores. ¿Será plato real? No: m e r a r e -
presentación ó i m a g e n . De la m i s m a m a n e r a la g i m n a s i a de u n a ac-
c i ó n , v e r i f i c a d a c o n sólo e l e m e n t o s a b s t r a c t o s , e s m e r o s í m b o l o , e s '
remedo, como las representaciones teatrales.
N o b a s t a , p u e s , fijarse e n e l e l e m e n t o q u e p a r e z c a p r e d o m i -
n a n t e en l a a c c i ó n , d e s a t e n d i e n d o los o t r o s ; n i h a c e r c l a s i f i c a c i o n e s
sistemáticas de acciones, afirmando que u n a s son físicas, otras m o -
rales y otras intelectuales, y q u e p a r a verificar c a d a u n a de ellas
r e s p e c t i v a m e n t e , sólo s e n e c e s i t a v i g o r físico, t e m p l e m o r a l , i n g e n i o
ó h a b i l i d a d d e inteligencia, no: p a r a c a v a r no b a s t a v i g o r físico;
n a d i e c a v a si n o t i e n e l a p a c i e n c i a , el a g u a n t e y l a s h a b i l i d a d e s i n -
t e l e c t u a l e s q u e n e c e s i t a el c a v a d o r . E l e s c o l l o c o n q u e h a t r o p e z a d o
l a g i m n a s i a p e d a g ó g i c a e s e s e : el c r e e r q u e c o n s ó l o e j e r c i c i o s f í s i -
cos se p u e d e n e d u c a r las a p t i t u d e s físicas; con ejercicios e x c l u s i v a -
m e n t e i n t e l e c t u a l e s , s e p u e d e e d u c a r el e n t e n d i m i e n t o ; c o n e j e r c i -
cios m o r a l e s , la v o l u n t a d .
A ú n se h a m e z c l a d o otro g r a v e error d e c o n s e c u e n c i a s m á s fu-
n e s t a s . L o s p s i c ó l o g o s a c u d e n , p a r a e s t u d i a r el a c t o i n t e l e c t u a l , á l a
introspección propia, á observar sus propios actos intelectuales; por
reflexión; con esto p u e d e n d a r s e a l g u n a c u e n t a d e u n a d e las m o -
d a l i d a d e s d e l p e n s a r , es d e c i r , d e l a m e c á n i c a e s p e c i a l d e c i e r t a
c l a s e d e s u s p e n s a m i e n t o s , p e r o s e h a n a l u c i n a d o é, i n t e r p r e t a n d o
a u t o m ó r f l c a m e n t e los o t r o s m o d o s d e p e n s a r , c r e e n q u e a s í c o m o
ellos r e f l e x i v a m e n t e piensan, p i e n s a n t a m b i é n las d e m á s p e r s o n a s ;
y q u e n o h a y o t r o p e n s a r q u e el q u e e l l o s h a n o b s e r v a d o y f o r m u -
lado. Es ese m u y g r a v e error.
L a m a y o r p a r t e d e los h o m b r e s p i e n s a n y d i s c u r r e n o r d i n a r i a -
m e n t e s i n e m p l e a r l a m e c á n i c a a r t i f i c i o s a q u e l o s p s i c ó l o g o s se v e n
p r e c i s a d o s á e m p l e a r en su discurrir científico. E n l a m a y o r í a d e
884 VARIA
las ocasiones la inteligencia h u m a n a no tiene necesidad de servirse

de experiencias oscuras, de datos m á s oscuros, sobre fenómenos
complicados; ni tiene que a c u d i r á c a d e n a s l a r g a s d e intrincados
r a z o n a m i e n t o s , n i e s f o r z a r s e en l l e g a r á c o n s e c u e n c i a s l e j a n í s i m a s ,
n i le s o n i n d i s p e n s a b l e s s e ñ a l e s ó m o j o n e s p a r a n o p e r d e r s e en i n e x -
t r i c a b l e s l a b e r i n t o s ; s i n o q u e e n s u sencillo t r a b a j o i n t e l e c t u a l p u e -
d e h a s t a p r e s c i n d i r d e símbolos y f ó r m u l a s , á q u e el científico r e -
c u r r e e n s u difícil l a b o r d e r e f l e x i ó n d i s c u r s i v a . P a r a m a y o r c l a r i -
d a d y c o n f i r m a c i ó n d e la d o c t r i n a p o n d r é u n o s e j e m p l o s :
Si á u n c a v a d o r del c a m p o le p r e g u n t a m o s q u é es c a v a r , es p r o -
b a b l e q u e n o s d é u n a definición m u y c l a r a , c l a r í s i m a , sin g é n e r o -
p r ó x i m o n i ú l t i m a d i f e r e n c i a : c o g e r á el a z a d ó n y s e p o n d r á á c a -
v a r . Y lo h a c e a s í , n o p o r i g n o r a n c i a , p u e s s a b e p e r f e c t a m e n t e e n
q u é consiste la operación, sino por falta de otro hábito mental, q u e
n o h a c u i d a d o él d e a d q u i r i r , p o r s e r a j e n o á s u f a e n a : el h á b i t o d e
b u s c a r p a l a b r a s y c o n c e r t a r f r a s e s p a r a e x p l i c a r l ó g i c a m e n t e el a c t o
d e c a v a r ; l e es m á s fácil p e n s a r , c o m o é l t i e n e h á b i t o d e p e n s a r , e s
d e c i r , c a v a n d o : á c a d a g o l p e d e a z a d a le o c u r r e u n a m u l t i t u d d e
p e n s a m i e n t o s y a u n d i s c u r s o s , p a r a e l e g i r el p u n t o s o b r e el q u e c o n -
v i e n e p e g a r , s o b r e l a m e j o r p o s i c i ó n d e su c u e r p o , d i r e c c i ó n y p o s t u -
r a d e la a z a d a , m a y o r ó m e n o r f u e r z a d e b r a z o s , s e g ú n l a d u r e z a y
c a l i d a d del terreno: actos intelectuales rápidos é inconscientes, q u e
s e m e z c l a n c o n r e s o l u c i o n e s i n s t a n t á n e a s d e l a v o l u n t a d y con e s -
fuerzos físicos n e c e s a r i o s t o d o s p a r a q u e l a o p e r a c i ó n s e v e r i f i q u e
debidamente.
E l h o m b r e d i s c u r r e m u c h o m á s d e lo q u e p u e d e e x p r e s a r , y a s e a
por medio de p a l a b r a s , y a por medio de acciones; pues existe u n
m u n d o de trabajo intelectual sin expresión exterior, incomunicable
por noticia é inasequible por reflexión; y esa dificultad d e intros-
p e c c i ó n , se le p r e s e n t a n o sólo a l j o r n a l e r o , s i n o á los m i s m o s p s i c ó -
logos, los c u a l e s , a l f o r m u l a r el r e s u l t a d o d e s u s o b s e r v a c i o n e s , s e
d e j a n sin f o r m u l a r l a m a y o r p a r t e de las cosas q u e h a n p a s a d o p o r
s u m e n t e , ó d e los j u i c i o s r e a l m e n t e h e c h o s q u e n o h a n s i d o r e f l e x i -
v a m e n t e f o r m u l a d o s . Al p i n t o r , a l t r a b a j a r s o b r e el lienzo, le es p r e - .
ciso q n e p o r su i m a g i n a c i ó n h a y a n i d o r e v o l o t e a n d o , o s c u r a ó c l a -
r a m e n t e , p r e c i s a ó c o n f u s a m e n t e , d o s , c i n c o , diez, t r e i n t a i m á g e n e s
ó figuras con v a r i a s e x p r e s i o n e s d i s t i n t a s , a n t e s d e d e c i d i r s e p o r
u n a ; y al t r a z a r las líneas del dibujo ó d a r color, c a d a r e t o q u e , c a d a
v a r i a c i ó n , supone n u e v a serie de trabajos de imaginación y d e
e n t e n d i m i e n t o y v o l u n t a d p a r a elegir d e e n t r e t o d a e s a m u l t i t u d qu©
LA GIMNASIA P E D A G Ó G I C A 885
d a v u e l t a s p o r su c e r e b r o . El compositor de m ú s i c a , al c o m p o n e r
u n a p i e z a , elige los m o t i v o s e n t r e cien q u e a b a n d o n a , a l t e r a ó m o -
difica. F e n ó m e n o p a r e c i d o o c u r r e e n t o d a o p e r a c i ó n h u m a n a .
M a s a l q u e d a r r e a l i z a d a l a o b r a , sólo a p a r e c e en ella l a e x p r e -
s i ó n d e l t r a b a j o i n t e l e c t u a l q u e s e d a c o m o d e f i n i t i v o , el r e s u l t a d o
útil d e a q u e l bullir de la inteligencia, q u e d a n d o sin e x p r e s i ó n ex-
t e r n a l a m a y o r p a r t e d e l t r a b a j o i n t e l e c t u a l q u e n o se h a c r e í d o
f e c u n d o : s e e x p o n e sólo lo d i s c u r r i d o , i m a g i n a d o ó p e n s a d o , q u e s e
a d e c ú a más inmediatamente á la acción realizada, p a r a la q u e h a n
funcionado las varias actividades y energías del organismo.
E l a c t o d e p e n s a r ó d i s c u r r i r se e n l a z a , p u e s , como e l e m e n t o
coordinado, en función, unido í n t i m a m e n t e , casi confundido, con
a c t o s f í s i c o s y m o r a l e s . S e d i s c u r r e h a c i e n d o , y lo h e c h o ó r e a l i z a d o
d e l a o b r a , v . g r . , lo c a v a d o , p i n t a d o ó c o n s t r u i d o , s i r v e d e m e d i o
d e d e s c a n s o , c o m o p u n t o d e p a r a d a , d e s d e el c u a l s e h a d e p a r t i r d e
n u e v o p a r a c o n t i n u a r ; s e i d e a y d i s c u r r e p a r a a ñ a d i r á lo h e c h o ;
y á veces se modifica ó a l t e r a la dirección p r i m e r a por las condicio-
nes ó circunstancias especiales de la obra: u n arquitecto traza u n
p l a n o d e e d i f i c i o , y , a l a b r i r los c i m i e n t o s , se e n c u e n t r a t e r r e n o d i s -
t i n t o d e l q u e c r e y ó e n c o n t r a r , y h a d e m o d i f i c a r el p e n s a m i e n t o p r i -
m i t i v o , s e g ú n lo e x i j a n l a s c i r c u n s t a n c i a s n u e v a s . L o i m p r e v i s t o
c a m b i a y a l t e r a l a d i r e c c i ó n p r i m i t i v a ; el e n t e n d i m i e n t o s e d o m a
por la experiencia, por la necesidad de a d e c u a r s e á la acción.
A u n el d i s c u r r i r d e l c i e n t í f i c o , q u e s e t i e n e p o r m á s l i b r e d e t r a -
b a s q u e le sujeten, e x i g e p u n t o s d e p a r a d a p a r a su i n t e r m i t e n t e im-
pulso: n e c e s i t a ir f o r m u l a n d o juicios; la f ó r m u l a es p u n t o de p a r a d a
q u e f a c i l i t a el t r a b a j o i n t e l e c t u a l ; e s a f ó r m u l a q u e á v e c e s e s sólo
e x p r e s i ó n interior, y a es fruto m a d u r o , c o g i d o y g u a r d a d o c o m o cosa
i n o r g á n i c a ; s e g u a r d a e n I», m e m o r i a , y s e a c t ú a l u e g o s o b r e l a f ó r -
m u l a q u e r e c u e r d a el j u i c i o , p a r a n o v o l v e r á v e r i f i c a r d e n u e v o l a s
m i s m a s o p e r a c i o n e s m e n t a l e s . L a p a l a b r a es símbolo q u e n e c e s i t a
el p e n s a d o r , c o m o a y u d a en c o m p l i c a d o s r a z o n a m i e n t o s ; es u n m e d i o
d e fijar el t r a b a j o h e c h o , c o m o el b o c e t o p a r a el p i n t o r , el a p u n t e
p a r a el m ú s i c o , e t c . E l m a t e m á t i c o a c u d e á o t r o s s í m b o l o s q u e l e
r e c u e r d e n , e n g l o b a d a s , las r e l a c i o n e s p e r c i b i d a s , como los e s q u e -
m a s d e los q u e t r a b a j a n en o t r a s m a t e r i a s científicas, v. g r . , los
m a p a s p a r a el g e ó g r a f o , los d i b u j o s p a r a el m e c á n i c o , e t c . , m e d i o s
artificiosos q u e sirven p a r a a j ' u d a r la f a e n a del p e n s a m i e n t o : c o m o
a l c a v a d o r , á q u i e n el t r o z o c a v a d o l e s e ñ a l a el p u n t o d e n u e v a a p l i -
cación de sus esfuerzos.
886 VARIA
P o r n o h a b e r c o n s i d e r a d o b i e n el oficio d e l a s f ó r m u l a s e n l a
m e c á n i c a del pensamiento, se h a n sufrido funestas a b e r r a c i o n e s : el
filósofo, c o m o l a a c c i ó n s u y a e s p e n s a r p a r a e x p r e s a r , c o m o s u o b r a
ñ n a l c o n s i s t e e n e x p r e s a r lo p e n s a d o , s e a c o s t u m b r a á m a n e j a r e l
m e d i o de expresión como inherente al pensamiento, a c a b a por for-
m a r el h á b i t o de p e n s a r f o r m u l a n d o , no s a b e d i s c u r r i r ni p e n s a r
s i n o e s c o n s í m b o l o s , c o n f r a s e i n t e r i o r , c o n el verbum mentís y , p o r
alucinación ó por inconsciencia, cree q u e n a d i e piensa sin frase in-
t e r i o r ; y n o e s v e r d a d : el q u e p i n t a u n l i e n z o , a l i r p i n t a n d o , n o
p i e n s a c o n f r a s e i n t e r i o r , sino con i m á g e n e s , c o n l a p a l e t a , los co-
l o r e s , e l e n c e r a d o , e t c . ; d e l m i s m o m o d o q u e el c a v a d o r e n e l m o -
m e n t o d e o b r a r n o d i s c u r r e c o n el verbum mentís, sino c o n la a z a d a
y el t e r r u ñ o . Claro es q u e el q u e ejerce el a r t e d e frasear, q u e es
u n a acción, tiene q u e d i s c u r r i r m e d i a n t e los objetos d e su acción,
q u e s o n l a s p a l a b r a s y l a s f r a s e s ; y c o m o l a l e n g u a es m i e m b r o
e x p e d i t o q u e t o d o el m u n d o s a b e m á s ó m e n o s m a n e j a r , y e s g e n e -
r a l q u e se piense c u a n d o se h a b l a , y se piensa entonces f r a s e a n d o ,
s e h a h e c h o c o m ú n l a c r e e n c i a e n l a n e c e s i d a d d e e s e í d o l o filosó-
fico, el verbum mentís. H a s t a se llega al e x t r e m o d e c r e e r q u e lo
f o r m u l a d o r e p r e s e n t a el p e n s a m i e n t o t o t a l , c u a n d o n o e s m á s q u e
u n a p a r t e c i l l a , el p e n s a r c o n s c i e n t e y r e f l e x i v o s i m b o l i z a d o e n l a s
p a l a b r a s : t a m b i é n a l p i n t o r se le o l v i d a n la m a y o r p a r t e d e las i m á -
g e n e s q u e n o h a r e a l i z a d o e n el l i e n z o .
D e a h í s e h a d e r i v a d o el e r r o r g e n e r a l d e c r e e r q u e n o s e p i e n s a
s i n o c o n p a l a b r a s , y s e d a el n o m b r e d e s a b i o a l q u e s a b e decir
m e j o r , y q u e es u n p e n s a d o r t o r p e el q u e n o s a b e e x p r e s a r verbal-
mente lo p e n s a d o . M o n t a i g n e , el p s i c ó l o g o M o n t a i g n e , n o c r e í a q n e
tuviesen b u e n a s cosas en la cabeza aquellos que no supieran e x p r e -
sarlas: «Tienen concepciones informes, que no nacen porque están
e n c o n c e p c i ó n p u r a , sin p o d e r l a s p a r i r . M a t e r i a i m p e r f e c t a . . . si su-
p i e r a n , l e s f a l t a r í a r e t ó r i c a , e x o r d i o , e t c . , p e r o lo d i r í a n s e n c i l l a -
mente.»
M o n t a i g n e e x p r e s a a q u í el p r e j u i c i o v u l g a r ; l a v e r d a d n o e s e s o :
l a l i m p i d e z , c l a r i d a d , p r e c i s i ó n d e i d e a , n o s e e x p r e s a sólo c o n l a
frase limpia, c l a r a , precisa y bien c o n c e r t a d a de u n discurso, sino
t a m b i é n con la acción limpia, clara y bien concertada de u n h o m b r e
p r á c t i c o . H a y q u i e n d i s c u r r e m u y b i e n c o n el p i n c e l y l o s c o l o r e s ,
y n o t i e n e h a b i l i d a d p a r a m a n e j a r e l verbum mentís, ni mover la
l e n g u a ; y h a y q u i e n m a n e j a m u y bien la l e n g u a y no s a b e ejercer
n i n g ú n o t r o oficio q u e el d e c h a r l a t á n .
LA GIMNASIA PEDAGÓGICA 887
P r e c i s a m e n t e , el p e n s a r m á s c o n d i c i o n a d o , e l m e n o s s u j e t o á
e r r o r , e l m á s c o r r e c t o , a l p r o p i o t i e m p o q u e el m á s h i g i é n i c o y m á s
s a n o , e s el p e n s a r d e l a a c c i ó n e x t e r n a . E l e n t e n d i m i e n t o e n é s t a s e
e d u c a d e s d e el m o m e n t o i n i c i a l : c o n v i e n e p e n s a r , c u a n d o l a p r u d e n -
•cia ó l a s c i r c u n s t a n c i a s a c o n s e j e n ó e x i j a n p e n s a r ; c o m o b e b e r ,
c u a n d o las c i r c u n s t a n c i a s r e c l a m e n beber, es decir, c u a n d o los e s -
t í m u l o s n a t u r a l e s y l a o c a s i ó n lo i m p u l s e n , lo i n c i t e n , lo p i d a n ó r e -
c l a m e n . E l c a v a d o r d e b e c a v a r c u a n d o su trabajo sea p e r t i n e n t e ,
c u a n d o l a e s t a c i ó n , l a c o s e c h a ó el c a m p o lo p i d a n , c u a n d o l e o f r e c e n
j o r n a l ; y d e b e c a v a r en h o r a , sitio y c i r c u n s t a n c i a s c o n v e n i e n t e s ,
s e g ú n el m o d o d e p r e p a r a c i ó n q u e s e b u s c a e n el t e r r e n o , c o l o c á n -
d o s e e n el l u g a r q u e l e c o r r e s p o n d a p a r a l l e n a r s u oficio y c o o r -
d i n a n d o s u e s f u e r z o c o n el d e l o s c o m p a ñ e r o s , n o s ó l o e n el p r i m e r
g o l p e , s i n o m i e n t r a s d u r e l a l a b o r . S u i n t e l i g e n c i a h a d e ir s i g u i e n d o
d ó c i l m e n t e los i n c i d e n t e s d e l a o b r a ; y e s a s u j e c i ó n d e l p e n s a r e s l a
g r a n disciplina: obliga al entendimiento á coordinarse, como ele-
m e n t o o r g á n i c o , u n i d o á l a s d e m á s e n e r g í a s , q u e e s lo q u e c o n s t i -
t u y e el s a b e r v i v o . Y s e d i s c i p l i n a m á s , p o r q u e l a o b r a o b l i g a c o n -
t i n u a m e n t e á c o m p r o b a r y corregir las operaciones intelectuales.
E l t r a b a j o d e l p e n s a d o r c i e n t í f i c o n e c e s i t a , c o m o el p e n s a r p r á c -
t i c o , d e u n e l e m e n t o e x t e r n o q u e le c o n d i c i o n e , le d i s c i p l i n e y a u n
d i r i j a s u m a r c h a , c o n lo c u a l s e h a c e m á s c ó m o d a , f á c i l y s a n a s u
t a r e a ; y lo n e c e s i t a m á s , c u a n t o m á s l a r g a s s o n s u s o p e r a c i o n e s i n -
telectuales y más complejas; ha de estar condicionado, según la
clase de relaciones que trate de inquirir.
Si b u s c a r e l a c i o n e s d e s e m e j a n z a ó d e s e m e j a n z a e n t r e d e t e r m i -
n a d o s objetos d e la n a t u r a l e z a , d i s c u r r i r á m á s fácil, c ó m o d a y se-
g u r a m e n t e , c u a n t o d e m á s a d e c u a d a p o s i c i ó n los o b s e r v e ; lo m e j o r ,
d e o r d i n a r i o , es t e n e r l o s d e l a n t e : la p r e s e n c i a del objeto ó del fenó-
m e n o , o b l i g a y s u j e t a a l e n t e n d i m i e n t o á v e r lo q u e e n c a d a u n o d e
e l l o s h a y , y á n o a f i r m a r lo q u e e n e l l o s n o a p a r e z c a ; l a d i r e c t a i n s p e c -
c i ó n f a c i l i t a e x t r a o r d i n a r i a m e n t e el t r a b a j o i n t e l e c t u a l ; p e r m i t e q u e
se a c u d a , de continuo, á c o m p r o b a r , á repetir las impresiones; y se
h a c e d e s c a n s a d a m e n t e , s i n q u e t e n g a q u e p o n e r s e el e s p í r i t u e n l a
tensión violenta, m u c h a s veces e n g a ñ o s a , del r e c u e r d o d e cosa le-
j a n a ; a s í s e o b t i e n e el r e s u l t a d o m á x i m o c o n el e s f u e r z o m í n i m o .
D e l a m i s m a m a n e r a , el q u e b u s c a r e l a c i o n e s d e m e d i o á ñ n , d e
c a u s a á efecto, d e sucesión ó e n l a c e , es i n d i s p e n s a b l e q u e p r e s e n c i e ,
c o m p r u e b e y aplique por modo directo, poniendo en acción las c a u -
s a s , e x p e r i m e n t a n d o , s i n lo c u a l e s f á c i l a l u c i n a r s e .
888 VARIA
A d v i r t i e n d o todo eso, q u e s o m e r a m e n t e h e m o s tenido que i n d i -

car para no entretenernos en m á s complicados análisis psicológi-
cos, se e n t e n d e r á b i e n q u e t o d o s i s t e m a d e e d u c a r el p e n s a m i e n t o
que prescinda de esas condiciones de sanidad é higiene, todo mé-
todo que no lleve consigo esa disciplina, toda gimnasia intelectual
en la q u e se verifiquen o p e r a c i o n e s m e n t a l e s m a l c o o r d i n a d a s , h a
de producir hábitos pésimos: es necesariamente viciosa.
E l e n t e n d i m i e n t o q u e funciona a i s l a d a m e n t e , sin c o o r d i n a c i ó n
c o n o t r a s e n e r g í a s , d a n d o v u e l t a s s o b r e sí m i s m o , e s c o m o r u e d a
q u e d a v u e l t a s s ó l o p o r r o d a r ; si e l e n t e n d i m i e n t o , e n v e z d e s e r
l á m p a r a q u e a l u m b r e el c a m i n o , s e c o n v i e r t e e n p e o n z a q u e d a
v u e l t a s s o b r e u n p u n t o , q u e d a r á s u oficio p o r c u m p l i r ; e s d e n i n g ú n
p r o v e c h o . T o d o a c t o i n t e l e c t u a l l l e v a d o á efecto sin los e s t í m u l o s
naturales, fuera de ocasión propicia, n a c e y a indisciplinado. L a d i s -
ciplina debe comenzar obedeciendo dócilmente á las condiciones
que nos inciten á elegir discretos motivos de pensar, entre las diver-
sas m a t e r i a s en q u e p u e d a ejercitarse el e n t e n d i m i e n t o , s e g ú n la p o -
sición social del i n d i v i d u o , s e g ú n las c i r c u n s t a n c i a s e x t e r n a s d e l
a c t o ú o c a s i ó n , y , p o r fin, s e g ú n l a s c o n d i c i o n e s i n t r í n s e c a s q u e e l
acto concreto intelectual exige.
P o r c o n s e c u e n c i a , si h a y m é t o d o s c o n s t i t u i d o s p o r g i m n a s i a s
que obligan á pensar inoportuna ó impertinentemente, sobre ma-
t e r i a s v a n a s ó f ú t i l e s , ó p o r m e d i o s i n d i r e c t o s q u e n o s e a n el e j e r -
c i c i o a p l i c a d o á r e a l i d a d n o r m a l ( I ) ; si e x i s t e n m é t o d o s e n q u e l a s
operaciones de p e n s a r se inician por estímulos e x t r a ñ o s á la persona
q u e h a d e v e r i f i c a r l o s , s u s c i t a d a s extemporáneamente por otro que
d i r i g e l a g i m n a s i a (2); si d e t o d a s l a s o p e r a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s q u e
el h o m b r e verifica, sólo se a t i e n d e á r e a l i z a r a q u e l l o q u e r e f l e x i v a -
m e n t e h a p o d i d o a n a l i z a r s e , d e j a n d o s i n a p l i c a r el 9 0 p o r 1 0 0 , q u e
e s lo i n c o n s c i e n t e (3); si e n v e z d e e j e c u t a r o p e r a c i o n e s i n t e l e c t u a l e s
d i r e c t a s se a c t ú a s o b r e f ó r m u l a s e n q u e se h a c r i s t a l i z a d o el p e n s a -
m i e n t o a j e n o ; si s e a b s t r a e l a a c c i ó n d e p e n s a r , d e t o d o s l o s e l e m e n -
t o s e m o c i o n a l e s y m o r a l e s q u e l a i n t e g r a n (4), s i n s u j e c i ó n á c o n d i -
ciones e x t e m a s é internas que garanticen su corrección y exacti-
(1) Véase CÜLTDBA, I, 288.

(2) í d e m Id., II, 633.
(3) í d e m id., II, 625.
(4) Recuérdese lo dicho a n t e r i o r m e n t e , p á g . 621.
t u d ; esos m é t o d o s , los p a r a m e n t e p e d a g ó g i c o s , son a q u e l l o s en q n e

c o n el e s f u e r z o m á x i m o s e o b t i e n e el r e s u l t a d o m í n i m o , y l l e v a n
aneja, como esencial, la indisciplina del entendimiento. i
*
* *
Si el a c t o d e p e n s a r n o p u e d e r e a l i z a r s e i n d e p e n d i e n t e m e n t e d e
o t r o s e l e m e n t o s p s í q u i c o s , y e l m á s d i s c i p l i n a d o e s el d e l a a c c i ó n ,
y p a r a e f e c t u a r é s t a d e b e i r c o o r d i n a d o el e n t e n d i m i e n t o c o n o t r a s
e n e r g í a s , ¿cómo h a n podido e n s e ñ a r á p e n s a r los p e d a g o g o s ?
Los pedagogos no h a n podido ni pretendido enseñar á pensar
m e d i a n t e l a p r á c t i c a d e f u n c i o n e s sociales q u e ellos n o e j e r c e n ; h a n
a c u d i d o a l m e d i o m á s c ó m o d o y a s e q u i b l e : e n l a expresión hablada
d e l p e n s a m i e n t o , h a n e n c o n t r a d o el m e d i o m á s á p r o p ó s i t o p a r a a l u -
cinarse ellos m i s m o s y a l u c i n a r á los d e m á s . Ahí está p r e c i s a m e n t e
u n o d e los secretos q u e m a n t i e n e n la a l q u i m i a p e d a g ó g i c a .
El hablar, como toda acción, exige motivo, circunstancias, con-
diciones n a t u r a l e s , f u e r a d e las c u a l e s es necio h a b l a r ; p e r o los p e -
d a g o g o s h a n i d e a d o el i n g e n i o s o e x p e d i e n t e d e h a b l a r p a r a p e n s a r ,
y el d e p e n s a r p a r a h a b l a r ; y a s í , p e n s a n d o p a r a h a b l a r y h a -
b l a n d o p a r a p e n s a r , d a n v u e l t a s en círculo vicioso, como rocín d e
n o r i a q u e g i r a e n r e d o n d o c o n l o s ojos t a p a d o s , y n o a d v i e r t e q u e v a
r o d a n d o sin s a c a r g o t a de a g u a ; círculo vicioso q u e i n d e f e c t i b l e -
m e n t e a c a b a en hablar por hablar. D e este modo, en vez de u n a in-
d i s c i p l i n a , se h a n e n c o n t r a d o los p e d a g o g o s c o n dos i n d i s c i p l i n a s :
la de h a b l a r á tontas y la d e p e n s a r á locas. V é a m o s l o :
E l h a b l a r es acción condicionada q u e exige disciplina real: h a y
q u e a c o s t u m b r a r s e á h a b l a r con a l g ú n ñ n ; no h a d e decirse todo lo
q u e á u n o se le o c u r r a , sino las cosas q u e v e n g a n á cuento, con-
forme á las circunstancias; h a de h a b e r elección discreta de m a t e -
r i a s , d e f r a s e s , d e v o c a b l o s , s e g ú n lo q u e se h a y a d e d e c i r y la p e r -
s o n a á q u i e n u n o s e d i r i j a , s e g ú n el fin d e lo q u e h a y a m o s d e e x -
p r e s a r , e t c . , e t c . L a o p o r t u n i d a d e s el p r i m e r m o t i v o q u e c o n d i c i o n a
lo q u e h a d e p e n s a r s e p a r a h a b l a r ; y s e e l i g e , d e l o p e n s a d o , s ó l o l o
q u e e s d i s c r e t o d e c i r . A s í c o m o el p i n t o r n o p i n t a t o d a s l a s i m á g e n e s
q u e v a n p a s a n d o p o r s u m e n t e , n i el m ú s i c o e s c r i b e t o d a s l a s n o t a s ,
s i n o l a s a d e c u a d a s a l fin d e s u o b r a , a s í t a m b i é n el q u e h a b l a d e b e
e l e g i r l a s i d e a s y f r a s e s . A u n m á s : a s í c o m o el p i n t o r sólo p u e d e d i s -
c r e t a m e n t e p r o p o n e r s e p i n t a r lo q u e c o n s i e n t a l a n a t u r a l e z a ó m e -
890 VARIA
dios d e su a r t e , c o n los colores d e su p a l e t a e n l a superficie plana-

d e l l i e n z o , a s í a l h a b l a r s ó l o es p o s i b l e d e c i r lo q u e l a n a t u r a l e z a
del instrumento consiente. E l lenguaje es símbolo a b s t r a c t o ; y á la
m a n e r a c o m o el p i n t o r n o t i e n e e n s u p a l e t a , s i n o u n o s p o c o s c o l o -
r e s y m a t i c e s , n o t o d o s lo q u e l a n a t u r a l e z a o f r e c e , a s í t a m b i é n e l
l e n g u a j e sólo se sirve d e la c o m b i n a c i ó n d e v e i n t e & t r e i n t a sonidos
p a r a expresarlo todo; no posee p a l a b r a s p a r a e x p r e s a r t o d a mo-
d a l i d a d ó m a t i z ; a p e n a s tiene u n a s c u a n t a s p a r a los m a t i c e s princi-
p a l e s , p e r o n o p a r a los m i l y m i l m a t i c e s ; n o t i e n e u n a p a r a c a d a
g r a d o de intensidad de deseo, ni p a r a c a d a dimensión, ni p a r a c a d a
ser i n d i v i d u a l d e la n a t u r a l e z a , ni m e n o s p a r a t c d o s los c a m b i o s
incesantes qne á c a d a momento sufren las cosas del m u n d o .
P o r s u a b s t r a c c i ó n , el l e n g u a j e h a d e s u s c i t a r e n el q u e o y e u n a
f r a s e , s i g n i f i c a c i ó n d i s t i n t a á l a q u e l e d a el q u e l a e x p r e s a ; el q u e
h a b l a s a b e q u e lo q u e é l d i c e , s e r e f i e r e á c o s a s c o n c r e t a s q u e é l p e r -
s o n a l m e n t e h a v i s t o ó s e n t i d o , m i e n t r a s el q u e l e o y e lo a p l i c a íi l a s
q u e p o r sí h a e x p e r i m e n t a d o ; d e m o d o q u e , sí c a d a c u a l h a v i s - o
distinta cosa, p u e d e ocurrir q u e sin intención de e n g a ñ a r h a y a en-
g a ñ o ; p o r q u e l a p a l a b r a q u e t i e n e u n s e n t i d o p a r a el q u e h a b l a ,
t i e n e n e c e s a r i a m e n t e o t r o p a r a el q u e l a o y e . E s o o c u r r e c o n s t a n t e -
m e n t e , y s e e v i d e n c i a d e m a n e r a m á s p a l m a r i a : 1.°, c u a n d o l a f r a s e
está c a r g a d a d e metáforas; 2.°, c u a n d o se e m p l e a n vocablos q u e d e -
s i g n a n o b j e t o s a c e r c a d e l o s c u a l e s el e s p í r i t u d e l o s o y e n t e s n o h a
podido formar idea e x a c t a ó precisa, v . gr., las palabras gobierno,
religión, estado, constitución política, poder, comercio, legislación,
elegancia, etc., etc., las cuales, á pesar de u s a r s e por todos, son p o -
q u í s i m a s las p e r s o n a s q u e s a b e n r e a l m e n t e definirlas, y 3.°, c u a n d o
se e m p l e a n t é r m i n o s abstractos de significación m u y e x t e n s a .
P o r e s o a c a e c e , á m e n u d o , el q u e e x p r e s e m o s c o s a d i s t i n t a d e l a
q u e r e a l m e n t e h e m o s q u e r i d o e x p r e s a r , y o t r o s c r e a n e n t e n d e r lo
q u e r e a l m e n t e n o h a n e n t e n d i d o : e s p e j i s m o s á q u e s e p r e s t a el l e n -
g u a j e , y c o n los q u e h a y q u e c o n t a r p a r a n o c a e r e n t r e m e n d a s a b e -
rraciones. L a s p a l a b r a s son siempre términos comunes, aplicables á
muchos objetos; y por más precisa que nos parezca u n a frase, y m á s
l i m p i a , es r e a l m e n t e e x p r e s i ó n v a g a . L a a c c i ó n d e h a b l a r se p r e s t a ,
por consiguiente, á mayores indisciplinas que otras acciones huma-
n a s . Y si es f á c i l e q u i v o c a r s e , c u a n d o s e t i e n e n e c e s i d a d d e o p e r a -
ción m e n t a l m u y e x a c t a m i r a n d o d i r e c t a m e n t e los o b j e t o s y e x p e r i -
m e n t a n d o y p e s a n d o c o n e s c r ú p u l o , ¿á q u é i n d i s c i p l i n a n o s e e x p o n e
l a g i m n a s i a de h a b l a r p a r a pensar, q u e es como h a b l a r por hablar?^
LA G I M N A S L \ P E D A G Ó G I C A 891
Sin e m b a r g o , á p e s a r d e q u e e l l e u g a a j e es i n s t r u m e n t o m u y d e -
f e c t u o s o , s e e m p l e a p a r a t o d o , y a u n s e a b u s a d e él, p o r q u e es l a e x -
p r e s i ó n q u e suele m á s lucir, ó m á s fácilmente se luce: la p a l a b r a
p e r m i t e s e r r e p r o d u c i d a p o r e s c r i t u r a , y l l e g a á lo m á s l e j a n o y á r e -
motos tiempos: la noticia del acto m e n t a l e x p r e s a d o por p a l a b r a s se
comunica r á p i d a m e n t e á las m u c h e d u m b r e s .
T i e n e , a d e m á s , o t r o g r a v í s i m o i n c o n v e n i e n t e : q u e se p r e s t a á si-
m u l a r el p e n s a m i e n t o ; s e p u e d e h a b l a r s i n p e n s a r n i d i s c u r r i r l o
q u e se h a b l a , sólo p o r m e m o r i a v e r b a l ; se p u e d e n r e p e t i r f ó r m u l a s
q u e p a r e z c a n p e n s a m i e n t o s clarísimos. E n la e x p r e s i ó n h a b l a d a se
o f r e c e g r a d a c i ó n i n m e n s a ; es m e c a n i s m o q u e p u e d e e m p l e a r s e , n o
sólo p a r a e x p r e s a r i d e a s m u y o r g á n i c a s , p e n s a m i e n t o s o r i g i n a l e s
propios, sino t a m b i é n p a r a c o m u n i c a r m e r a s noticias, q u e se t r a n s -
m i t e n m e c á n i c a m e n t e , y p o r fln, p u e d e l l e g a r s e a l e x t r e m o d e e m i -
tü- r u i d o s v e r b a l e s , s i n e n t e n d e r lo q u e é s t o s s i g n i f i c a n , v. g r . , c u a n d o
se r e z a u n a l e t a n í a en latín ú otra l e n g u a d e la q u e n o se s a b e u n a
p a l a b r a ; y , sin e m b a r g o , h a s t a en este último e x t r e m o , p u e d e c a u -
s a r e n o t r o s l a i l u s i ó n d e q u e el q u e e m i t e el r u i d o s a b e l a significa-
c i ó n d e lo q u e p r o n u n c i a . L o s t o n t o s s e figuran q u e el l o r i t o p i e n s a
c u a n d o h a b l a . E l l o r i t o sólo e n g a ñ a á i n e x p e r t o s ; p e r o h a y t a m b i é n
h o m b r e s l o r i t o s q u e p u e d e n , p o r v a n i d a d , e n g a ñ a r s e á sí p r o p i o s
c r e y e n d o q u e p i e n s a n c u a n d o sólo r e p i t e n , y e n g a ñ a r á l o s d e m á s ,
l o s c u a l e s e n m u c h a s o c a s i o n e s n o p u e d e n c e r c i o r a r s e d e si e l q u e
h a b l a c o m p r e n d e lo q u e d i c e .
Esas v a r i a s gradaciones de la expresión, las p u e d e observar y
c o m p r o b a r c u a l q u i e r a , asistiendo á e x á m e n e s p e d a g ó g i c o s . Si á los
chicos se les p r e g u n t a de m a t e r i a q u e no s a b e n , se p o n e n u n p o q u i t o
n e r v i o s o s , á v e r si m e t i e n d o e n t e n s i ó n los n e r v i o s c o n s i g u e n m o v e r
l a m a s a c e r e b r a l ; a l g u n o s c o m i e n z a n á m o v e r los l a b i o s p a r a v e r
si p u e d e n e x c i t a r el m o v i m i e n t o d e t o d a l a m á q u i n a y d e c i r a l g o ; s i
r o m p e n p o r fin el m o v i m i e n t o c o n l a m e m o r i a v e r b a l , l a n z a n u n a
t a u t o l o g í a , u n t r o z o d e f r a s e , á v e r si c o n el r u i d o d e u n a p o r c i ó n
de ésta, se despierta y sale la otra. Otros m á s despejados, a c u d e n A
t ó p i c a s i n t r o d u c c i o n e s , v . g r . : Después de haber tratado en la lec-
ción anterior de tal materia ( y l e e n el p r o g r a m a ) , heinos de tratar
de otra muy importante que se enlaza lógicamente... (Esos, real-
m e n t e , sólo s a b e n q u e u n a l e c c i ó n v a t r a s o t r a l e c c i ó n ) . O t r o s m á s
estudiosos, que han conseguido algo m á s que m e m o r i a verbal, jue-
g a n con frases abstractas que aplican á concretos fantásticos, tales
c o m o los q u e se l e p u e d e n o c u r r i r á u n m u c h a c h o c u a n d o p r o n u n c i a
892 VARIA
l a s p a l a b r a s estado, virtud, ciencia, que no pueden representarle

n a d a c o n c r e t o r e a l , si n o s o n l o s oscui-os f a n t a s m a s q u e se a p a r e -
c e n á los q u e e m p l e a n v o c a b l o s c u y o s i g n i f i c a d o p r e c i s o n o s a b e n .
Los p e d a g o g o s , p a r a e n s e ñ a r á p e n s a r , se e n c u e n t r a n , p u e s ,
a n t e e s t e d i l e m a p r á c t i c o : el d e e x c i t a r el p e n s a m i e n t o p a r a e n s e -
ñ a r á h a b l a r , ó el d e m o v e r l a l e n g u a p a r a e n s e ñ a r á p e n s a r . ¿ P o r
d ó n d e s e c o m i e n z a ? Si s e q u i e r e q u e los c h i c o s h a b l e n , es p r e c i s o
q u e a n t e s p i e n s e n ; y si s e q u i e r e q u e p i e n s e n , h a n d e e m p e z a r p o r
h a b l a r . A n t e este círculo vicioso, r o m p e n la c a d e n a , m e d i a n t e u n a
o p e r a c i ó n artificiosa, q u e p a r e c e s u s c i t a r la a c t i v i d a d del p e n s a -
m i e n t o : l e s h a c e n l e e r y r e p e t i r lo l e í d o ; y l o s c h i c o s l e e n y r e p i t e n ;
y c o m o los p e d a g o g o s c a s i t o d o lo q u e s a b e n lo h a n a p r e n d i d o le-
y e n d o , y ellos c r e e n q u e p i e n s a n , h a c e n c r e e r á los c h i c o s q u e e s t o s
á s u v e z p i e n s a n , c u a n d o sólo r e p i t e n lo l e í d o , ¡ c r e e n q u e e s o es
pensar!
L o s q u e s e figuran p e n s a r , c u a n d o l e e n lo q u e o t r o h a p e n s a d o ,
s o n c o m o el i m p e r t i n e n t e t a r a r e a d o r d e u n a p i e z a d e m ú s i c a q u e
o t r o t o c a , á q u i e n s e le figurase q u e , a l ir t a r a r e a n d o , e s t a b a c o m -
poniendo la pieza original, no siendo en r e a l i d a d m á s q u e imperti-
n e n t e t a r a r e a d o r . C a b a l m e n t e el p e n s a r a c t i v o e s o p . e r a c i ó n d i s -
t i n t a , c a s i c o n t r a r i a , á l a d e l e e r : l e y e n d o , s e afloja ó d e b i l i t a l a
a c t i v i d a d d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o p r o p i o ; el e s p í r i t u p i e r d e l a t e n -
s i ó n y a m e n g u a el e s f u e r z o p a r a a p o y a r s e e n lo q u e o t r o d i c e ; y
m u c h a s v e c e s , c o n l a l e c t u r a , se e n t u r b i a n l a s p r o p i a s o p i n i o n e s ,
mezclándose con las ajenas y formando u n pisto intelectual de con-
fusión ó e m b r o l l o . Sólo es ú t i l l e e r c u a n d o se h a a d q u i r i d o l a e x p e -
r i e n c i a n e c e s a r i a p a r a e n t e n d e r l a t r a s c e n d e n c i a d e lo q u e s e l e e ,
y d e s p u é s de h a b e r f o r m a d o opiniones personales con o p e r a c i o n e s
p r o p i a s d e p e n s a m i e n t o o r i g i n a l . E l p e n s a r s o b r e f ó r m u l a s , sin q u e
a n t e s s e h a y a a d q u i r i d o h á b i t o d e v e r p o r sí a l g o d e lo q u e e l l a s
e x p r e s a n , es a c t o i n t e l e c t u a l fofo. P o r c o n s e c u e n c i a , el l e e r n o s i r v e
p a r a e s t i m u l a r n i v i g o r i z a r el t r a b a j o d e n u e s t r o e n t e n d i m i e n t o , si
a n t e s é s t e n o se h a h e c h o a c t i v o y v i g o r o s o . Y n o v a l e u t i l i z a r l a
lectura p a r a buscar motivos de disputas y contradicciones: esta g i m -
n a s i a i n t e l e c t u a l , d e q u e s e h a a b u s a d o e n l a s e s c u e l a s ; sólo s i r v e ,
como la g i m n a s i a física h e c h a c o n t r a p e c i o s y t r a m p o l i n e s , p a r a p r o -
ducir las habilidades dislocadas d e l titiritero, útiles ú n i c a m e n t e
p a r a d i v e r t i r á los e s p e c t a d o r e s dol c i r c o .
C o n e s a g i m n a s i a se h a n figurado los p e d a g o g o s q u e p u e d e n
p e n s a r s i n c o m p r e n d e r r e a l m e n t e lo p e n s a d o .
LA GIMNASIA P E D A G Ó G I C A 893
«Curioso é instructivo libro, dice E a m ó n y Cajal (I), p o d í a escri

b i r s e c o n los c o n c e p t o s q u e l o s m a e s t r o s (léase pedagogos) aseguran
formalmente comprender siendo en realidad incomprensibles.»
E s t e h e c h o o c u r r e todos los d í a s e n c a s i t o d a s las i n s t i t u c i o n e s
p e d a g ó g i c a s , y s e e x p l i c a : a l r e p e t i r los p e d a g o g o s l a s f r a s e s q u e
h a n leído en libros, al exponer doctrinas ajenas y ver q u e á otros
q u e las o y e n se les figura c o m p r e n d e r l a s , i m a g i n a n q u e ellos n o l a s
d i r í a n , si no las h u b i e s e n a n t e s c o m p r e n d i d o , c u a n d o r e a l m e n t e
n o h a n h e c h o m á s q u e fonograíiar las frases, es decir, h a b l a r p o r
hablar.
El arte de h a b l a r , como hemos dicho repetidas veces, tiene su
a p l i c a c i ó n p r o p i a , c o m o t o d o a r t e ; n o c o n s i s t e e n h a b l a r sólo p o r e l
v a n o p l a c e r d e h a b l a r : esto no p u e d e constituir disciplina; p u e s así
c o m o l a v i s t a s e e d u c a h a c i e n d o q u e s ó l o v e a lo q u e d e b e ó i n t e r e s a
v e r , p a r a lo c u a l h a y q u e h u i r d e fijarse e n l a s m u c h a s c o s a s i n d i
f e r e n t e s q u e p a s a n p o r d e l a n t e d e n u e s t r o s ojos; así c o m o la m a n o
s e a d i e s t r a s u j e t á n d o l a á v e r i f i c a r los m o v i m i e n t o s c o n c e r t a d o s
q u e exige determinada tarea manual, dejando de hacer inútiles ma
n i o b r a s , a s í t a m b i é n e s el h a b l a r . T o d o el a r t e d e l a r e t ó r i c a , m á s
q u e en la caprichosa clasificación de las mil n e c e d a d e s e x t e r n a s , á
l a s q u e e n las i n s t i t u c i o n e s p e d a g ó g i c a s se califican con e n r e v e s a
dos n o m b r e s griegos, consiste, como todo arte, en la adecuación de
l o s m e d i o s a l fin, y e n l a a p l i c a c i ó n o p o r t u n a e n c a d a c i r c u n s
tancia.
D e l a g i m n a s i a d e h a b l a r por h a b l a r , se h a n d e r i v a d o los g o n -
g o r i s m o s , los cultismos, los c h u r r i g u e r i s m o s d e frase, e s t i g m a d e
las decadentes literaturas; la idolatría de las minucias arquitectóni
c a s d e l a l e n g u a , q u e es l a i d o l a t r í a d e l m a d e r o y n o el c u l t o r a c i o
n a l d e lo r e p r e s e n t a d o p o r l a i m a g e n . F i j a r s e sólo e n l a e s t r u c t u r a
e x t e r n a , e l n ú m e r o y v a i ú e d a d d e v o c a b l o s , e s fijarse e x c l u s i v a
m e n t e e n los a d o r n o s del i n s t r u m e n t o y n o e n l a h a b i l i d a d d e l a r
tista; es inferir la h a b i l i d a d del pintor, de la clase de m a d e r a q u e
t i e n e el m a n g o d e s a p i n c e l , ó d e l n ú m e r o d e c e r d a s d e c a b a l l o q u e
constituyen su brocha.
P o r h a b e r s e fijado e n e l l e n g u a j e c o m o m e d i o d e g i m n a s i a , s e p a
r a d o de su aplicación n o r m a l , como faena s e p a r a d a é i n d e p e n d i e n t e ,
s e h a c a í d o e n el a b i s m o d e b u s c a r l a n o b l e z a d e l a d o r n o , l a o r a t o
ria huera, esdrújula, ampulosa y rebuscada, llena de fárrago y
(1) EBVISTA DB ABAGÓN, 1 9 0 3 , p á g i n a 8.51.

894 VARIA
rim'boinbancias con las q u e se c u b r e la i n a n i d a d d e la idea; precipi-

c i o final e n q u e p a r a l a f r a s e o l o g í a t é c n i c a d e los p e d a g o g o s . L a s
l i t e r a t u r a s j ó v e n e s , n a c i d a s a n t e s d e p e r í o d o s p e d a g ó g i c o s , se d i s t i n -
g u e n por la idea sencilla, la expresión lacónica, no e n r e v e s a d a , p r o -
ducto de impresiones directas y de razonamientos disciplinados y
ceñidos; las viejas, nacidas d e inñueneias pedagógicas, se distin-
guen en cambio por la neurótica, llena de simbolismos y subjetivis-
mos fantasmagóricos, alambicada, laberíntica, e x t r e m a d a m e n t e me-
tafórica, propia ú n i c a m e n t e de entendimientos dislocados. C u a n d o
l a m á q u i n a a n d a bien y ejecuta la función con m o v i m i e n t o s o r d e n a -
d a m e n t e organizados, p a r e c e que realiza operación sencilla; c u a n d o
comienza á descoyuntarse, rechina y a r m a estrépito, y hasta se ad-
vierten funciones múltiples, p o r q u e las piezas n o se c o o r d i n a n ó se
s e p a r a n . E s d i g n o d e n o t a r el c o n t r a s t e q u e s e o f r e c e e n l a s e d a d e s
e x t r e m a s del h o m b r e : en la a d o l e s c e n c i a , la a c t i v i d a d física y m e n -
tal suele ser e x u b e r a n t e y rica, pero su expresión por p a l a b r a s suele
s e r p o b r e ; e n l a a n c i a n i d a d , p o r el c o n t r a r i o , l a e x p r e s i ó n h a b l a d a
s u e l e s e r m á s r i c a y a b u n d a n t e , p r e c i s a m e n t e c u a n d o el v i g o r f í s i c o
y el m e n t a l s o n p a u p é r r i m o s . L o m i s m o o c u r r e e n a l g u n o s f e n ó m e n o s
sociales: c o m p á r e n s e las D o c e T a b l a s con los Códigos J u s t i n i a n e o s ;
c u a n d o m á s fuertemente e n l a z a d a s se h a l l a b a n las relaciones sociales
y m á s v i v o e s t a b a el d e r e c h o e n R o m a , a p e n a s t e n í a e x p r e s i ó n h a -
b l a d a ó e s c r i t a ; p e r o c u a n d o r e a l m e n t e d e c a e ó a g o n i z a el d e r e c h o ,
p o r d e c r e p i t u d ó d e s i n t e g r a c i ó n d e las fuerzas sociales, se p u b l i c a n
las sistemáticas Instituciones de Justiniano, pictóricas de simbolis-
mos y de fórmulas.
E l h a b l a r , r e c t a m e n t e a p l i c a d o y con arte, suele ser o p e r a c i ó n
sin estrépito, s o l e m n i d a d ni r u i d o , como la d e b r o t a r el a g u a cris-
t a l i n a d e u n a fuente; m a s eso no p u e d e l o g r a r s e , sino d e s p u é s d e
l a r g o c u r s o s u b t e r r á n e o d e l e n t a s filtraciones, g o t a á g o t a , en l a o s -
c u r i d a d de las e n t r a ñ a s de la tierra; no es ese c h a p a r r ó n turbio y
violento q u e a r r a n c a los s e m b r a d o s .
La oratoria inficionada de pedagogismo h a servido m u c h a s v e -
ces p a r a no decir n a d a , ó decir cosas q u e no p u e d e n c o m p r e n d e r s e ,
c o m o l a u s a d a p o r a q u e l l o s d e q u i e n e s D u g a l d d i c e q u e « c o n el ñ n
d e d i s i m u l a r á sí m i s m o s , ó d e d i s i m u l a r a n t e l o s o t r o s s u i g n o r a n -
c i a , p o r m e d i o d e f ó r m u l a s t e ó r i c a s , o s c u r e c e n el s e n t i d o d e l a n a -
turaleza mediante palabras vacías de sentido».
L a gimnasia de hablar a c a b a , indefectiblemente, como la gim-
n a s i a del circo, en h a b l a r p a r a lucirse, y no p a r a e x p r e s a r cosas
L A GIMNASIA P E D A G Ó G I C A 895
pertinentes. «Sobre cualquier asunto, p o r árido y diminuto q u e

f a e r a , d i s e r t a b a l a r g a m e n t e y c o n m u c h a e l e g a n c i a » , d i c e el P a d r e
Isla. L a p e d a n t e r í a retórica h a sido vicio escolástico s e m p i t e r n o
d e s d e l o s sofistas d e l a G r e c i a ; á c a s i t o d o s l o s p e d a g o g o s d e v o c a -
c i ó n s e p u e d e a p l i c a r l a f r a s e d e T e r e n c i o : {Eeauton. act. III, c . 5,
V. 8) « E s t e h o m b r e v a á d e c i r m e c o n m u c h o é n f a s i s , g r a n d e s n e -
cedades».
S é n e c a d i s t i n g u í a e n t r e filósofos q u e d e c l a m a n l a c i e n c i a p a r a
e n s e ñ a r l a , e n c o n t r a p o s i c i ó n c o n l o s filósofos q u e p o n e n s u s a c t o s
de acuerdo con sus principios; y llama á los primeros catedrarii
(filósofos d e c á t e d r a ) .
T a i n e decía: «El v e r d a d e r o profesor (aquel q u e p u e d e conside-
r a r s e c o m o t i p o ) , e s u n fósil q u e h a b l a » (H Taine: su vida y su co-
rrespondencia, p á g . 240).
H u x l e y : «Es triste q u e h a y a h o m b r e s q u e ignorándolo todo, á lo
m e n o s t o d a s l a s v e r d a d e s d e la n a t u r a l e z a , l i m i t a n s a ciencia á lo
que otros h a n escrito; pero tienen t a n desarrollada la pujanza d e
expresión, q u e se siente u n o inclinado á t o m a r sus maullidos lán-
g u i d o s y sensuales, por la a r m o n í a d e l a s esferas.»
El verbalismo h a sido e n f e r m e d a d m e n t a l q u e h a c a u s a d o estra-
gos constantemente en las instituciones d e enseñanza (I); las escuelas
d e todos los países y d e t o d a s l a s épocas se h a n a d h e r i d o á l a s dis-
t i n c i o n e s v e r b a l e s e n v e z d e l a s c o s a s m i s m a s : e s e f u é el m é t o d o
p e d a g ó g i c o g r i e g o en metafísica y física, p o r el q u e se resuelven
las cuestiones graves de la naturaleza mediante u n a distinción ver-
b a l . Con e x p l i c a r l a s p a l a b r a s d e u n t e x t o , p o r l a s p a l a b r a s d e o t r o ,
h a n c r e í d o l o s p e d a g o g o s e x p l i c a r lo q u e p e n s ó el a u t o r . ¡ C u á n t o s
disparates no se h a n dicho d e Cicerón, por preceptores ó dómines
(ll Los hombres perspicaces de todos los tiompos b a n notado el fenómeno

con claridad. D. Santiago Bamón y Caja) ha dicho, de los pedagogos españo-
les, Id-siguiente: « E l maestro no es otra cosa, por punto general, y
aquí aludo á la m a y o r í a de los maestros de primera y segunda enseñanza,
que u n recitador torpe y r u t i n a r i o Enseñado á ser moro portavoz de la
tradición y simple receptáculo de ideas y frases hechas, propende, por ley de
herencia, á ejecutar eu sus discípulos la mala obra que sus maestros le hi-
cieron. Su designio parece haber sido siempre m a t a r la espontaneidad del
alma española>. (Revista de Aragón, año 1902, pág. 332.) H a b l a n d o de algunos
de sus maestros dice: «Para esos tales, las proposiciones más vulgares, como
h a y a n sido formuladas por eximias autoridades filosóficas, ae convierten en
símbolos misteriosos ó encierran u n hondo ó inescrutable s e n t i d o . (Revista
de Aragón, a ñ o 1903, pág. 352.) . .
896 VARIA
latinos y por discípulos de esos d ó m i n e s , i n c a p a c e s d e p e r c i b i r e n la

complejísima figura d e a q u e l p o l í t i c o , m á s q u e el a s p e c t o r e t ó r i c o !
A b s t r a e n los discursos, p a r a a n a l i z a r u n a m o d a l i d a d d e l e n g u a j e ;
y n o s a b e n q u e e s a modalidad no nace abstracta, sino formando
parte concreta de u n a habilidad condicionada por un cúmulo de
circunstancias sociales, e x t r a ñ a s en cierto modo al lenguaje m i s m o .
Los pedagogos se han empeñado m u c h a s veces en crear u n a ha-
b i l i d a d f u e r a d e s u s c o n d i c i o n e s n a t u r a l e s , c o m o p r e t e n d í a el g r a n
p e d a g o g o Q u i n t i l i a n o c r e a r o r a d o r e s , sin las c i r c u n t a n c i a s sociales
que determinan su formación ó nacimiento.
P a u l h a n s e ñ a l a c o m o p e l i g r o p a r a los i n t e l e c t u a l e s d e v a s t a cul-
t u r a , el q u e l a s i d e a s p e r m a n e z c a n p u r a m e n t e v e r b a l e s , a i s l a d a s d e
la v i d a , sin vigor y sin r a í c e s p r o f u n d a s , p o r q u e la m a y o r p a r t e d e
l o q u e e l l o s a p r e n d e n , lo a p r e n d e n p o r l e c t u r a s ó l i b r o s , s i n q u e e n -
c a r n e en e x p e r i e n c i a ni aplicación. ¿Cuánto m a y o r no será ese pe-
l i g r o t r a t á n d o s e d e j ó v e n e s f o r z a d o s e n lo m e j o r d e s u v i d a á e j e c u -
tar una gimnasia intelectual puramente pedagógica, esencialmente
verbalista?
A u n e n t r e los h o m b r e s m á s s a b i o s , m á s e x p e r t o s , e n las n a c i o n e s
m á s p r á c t i c a s y en los e s t a b l e c i m i e n t o s y e n c a r r e r a s m á s prácti-
c a s , p o r n a t u r a l c a í d a d e g r a v e d a d d e lo p e d a g ó g i c o , p á r a s e s i e m -
p r e e n e s e a b i s m o . V é a s e lo q u e d i c e H u x l e y a c e r c a d e l a s e s c u e l a s
d e ingenieros d e I n g l a t e r r a : «Apelo á c u a l q u i e r ingeniero p a r a q u e
me diga cuánto tiempo no ha empleado, después de salir d e la es-
c u e l a , e n a d q u i r i r los c o n o c i m i e n t o s q u e t o d a v í a e r a n p a r a é l e x t r a -
ños, y d e los c u a l e s no le h a b í a n d a d o sus m a e s t r o s la m e n o r i d e a . . .
M Á S ALLÁ n E L MUNDO D E LAS PALABRAS, HAY UN MUNDO D E HECHOS.>
E s c o n s e c u e n c i a n e c e s a r i a de la m a r c h a r e g r e s i v a , esencial á los
métodos pedagógicos: en aquellas operaciones intelectuales cuya
finalidad e s l a e x p r e s i ó n h a b l a d a , e n e l m é t o d o p e d a g ó g i c o q u e ea
r e ñ e j o (1), s e h a d e p a r t i r s i e m p r e , n o d e l a c t o d e d i s c u r r i r , s i n o d e
la fórmula, expresión h a b l a d a ó escrita. D e a h í q u e el v e r b a l i s m o
se h a y a infiltrado h a s t a en los m á s s a g a c e s e s p í r i t u s ; v é a s e , por
e j e m p l o , lo q u e p r o p o n e B a i n , c l p s i c ó l o g o B a i n , c o m o g i m n a s i a i n -
t e l e c t u a l p a r a e d u c a r ó p r o d u c i r i n v e n t o r e s ( ! j : p r o p o n e q u e el p e -
d a g o g o e x p o n g a a n e e l o s a l u m n o s a l g u n a s s e r i e s d e i d e a s , á fin d e
q u e éstos s a q u e n la conclusióu, la d e s c u b r a n ó inventen. Es el
(1) CüLTüBA, I I , p á g i n a 630.

m i s m o m é t o d o d e p r e U i d i g i t a c i ó a cieatífica d e los d i á l o g o s socrá-

t i c o s (1).
A u n s u p o n i e n d o q u e en v e z d e e s a e x p o s i c i ó n d e s e r i e s d e i d e a s
se c o n d u j e s e á los chicos m a t e r i a l y p e r s o n a l m e n t e á d e s c u b r i r ,
V. g r . , u n i g n o r a d o e s t a n q u e ; y s e l e s f u e r a d i r i g i e n d o p o r s e n d a s i n -
t r i n c a d a s ; y al l l e g a r á las c e r c a n í a s del e s t a n q u e se les d e j a r a solos
p a r a q u e p o r sí m i s m o s lo d e s c u b r i e s e n , n o s e l e s e n s e ñ a r í a á d e s -
c u b r i r ; p o r q u e el t r a b a j o i m p o r t a n t e y p r i n c i p a l n o e s el d e i r d e s d e
el último s e n d e r o al e s t a n q u e , e s o no c u e s t a n a d a , sino l a d e descu-
b r i r la d i r e c c i ó n d e los s e n d e r o s ; l a fuerza i n v e n t i v a , esa v i r t u d , se
h a d e e d u c a r d e s d e el p r i m e r p a s o , y a u n a n t e s d e é s t e d e b e n a c e r
el p r o p ó s i t o e s p o n t á n e o d e d e s c u b r i r . L o d e m á s e s c ó m i c o e n s a y o
d e i n v e n c i ó n . Y si á l a a c c i ó n r e a l s e l a s u s t i t u y e c o n s e r i e s d e i d e a s
expuestas de palabra, la invención a c a b a en verbalismo ridículo,
c o m o el e j e r c i c i o d e i n g e n i o p e d a g ó g i c o c o n s i s t e n t e e n d e s c i f r a r
c h a r a d a s , logogrifos ó saltos d e caballo.
L a g i m n a s i a del h a b l a r , s e p a r a d o d e su función propia, q u e es
h a b l a r en las ocasiones oportunas en que debe hablarse, no produce
m á s q u e i n o p o r t u n o s c h a r l a t a n e s . E s a es la v i r t u d d e t o d a e d u c a -
ción hecha e x c l u s i v a m e n t e por gimnasias; pues como éstas se h a c e n
sólo p o r ejercitarse, n u n c a h a y exceso ni i n o p o r t u n i d a d ; a u n q u e se
h a b l e en altas voces en la soledad del c a m p o á las dos d e la m a d r u -
g a d a , y se d i g a n i m p e r t i n e n c i a s y frases sin ton n i son, n o i m p o r t a :
se h a c e g i m n a s i a , y la g i m n a s i a p u r a no está c o n d i c i o n a d a ni sujeta
á la disciplina de la aplicación real.
P o r ese m o t i v o n o es fácil p o n e r e n e v i d e n c i a la i n d i s c r e c i ó n d e
l a g i m n a s i a , n i a u n n o t a r l a ó d i s t i n g u i r l a , si n o e s c o m p a r á n d o l a c o n
la conducta discreta y razonable d e la acción normal; la alquimia
p e d a g ó g i c a n o se d e s c u b r e m i e n t r a s n o se c o m p r u e b a su eficacia e n
a p l i c a c i o n e s r e a l e s ; si el r e s u l t a d o d e e n g a ñ o s a s e n s e ñ a n z a s se po-
n e á p r u e b a e n c o n d i c i o n e s e n g a ñ o s a s , c o m o son los e x á m e n e s p e -
d a g ó g i c o s , n o s e p u e d e d e s c u b r i r l a a l q u i m i a . Si el p e d a g o g o e n -
gaña fingiendo q u e p i e n s a y el d i s c í p u l o á s u v e z e n g a ñ a e x p r e -
s a n d o e n e x á m e n e s lo q u e d e l p e d a g o g o h a a p r e n d i d o , e s o s e x á m e -
n e s son p r u e b a e n g a ñ o s a d e hechos e n g a ñ o s o s . M i e n t r a s no sej
s a l g a d e e s e v i c i o s o c í r c u l o , n o e s p o s i b l e q u e el e n g a ñ o s e d e s c u - '
b r a . P o r e s o s e h a n m a n t e n i d o l a s i n s t i t u c i o n e s p e d a g ó g i c a s y sus
(1) CDLTÜHA I I , p á g i n a 638.

898 VARIA
procedimientos, sin d e s a c r e d i t a r s e r a d i c a l m e n t e d u r a n t e m u c h o s
siglos.
H e a q u í u n ejemplo típico d e c ó m o se e n c u b r e la i n a n i d a d d e lo
p e d a g ó g i c o . Si e n t r a s en u n a escuela, p r e g u n t a s á los chicos c o n
f ó r m a l a s q u e n o s e a n las i m p r e s a s en los l i b r o s q u e ellos leen, y n o
t e c o n t e s t a n , a l p r o n t o s e n t i r á s t e n t a c i o n e s d e c r e e r q u e los c h i c o s
n o s a b e n lo q u e t ú h a s p r e g u n t a d o ; p e r o s e i n t e r p o n d r á el p e d a g o g o
y t e s o s t e n d r á m u y en serio y á p i e s j u n t i l l a s , q u e los chicos s a b e n
e s a s c o s a s p e r f e c t a m e n t e y m a c h a s o t r a s m á s ; y q u e si e l l o s n o h a n
c o n t e s t a d o es p o r q u e t ú n o s a b e s h a c e r p r e g u n t a s . E l p e d a g o g o e n -
tonces, p a r a p r o b a r su afirmación, f o r m u l a r á la p r e g u n t a conforme
á la l e t r a del libro; y c o m o los c h i c o s a p r e n d i e r o n u n a r e t a h i l a d e
fórmalas que g u a r d a n pegadas al cerebro por reminiscencias ver-
b a l e s p u r a s , a l o í r el s o n s o n e t e d e l a f ó r m u l a d e l p e d a g o g o , s o l t a r á n
d e c a r r e t i l l a l a f ó r m u l a d e l a c o n t e s t a c i ó n ; y el p e d a g o g o u f a n í -
simo y o r g u l l o s o t e d i r á : «¡Ve u s t e d c o m o los chicos s a b e n eso p e r -
f e c t a m e n t e ! E l t o n t o es u s t e d q u e n o s a b e p r e g u n t a r . »
E s a i n o c e n t e a s t u c i a s e h a r e p e t i d o t a n t a s v e c e s , q u e a l fin l o s
d i s c r e t o s h a n t e n i d o q u e e n t e r a r s e ; s o b r e t o d o , se d e s c u b r e fácil-
m e n t e la i n a n i d a d del v e r b a l i s m o p e d a g ó g i c o , c u a n d o se pone á
p r u e b a e n a p l i c a c i o n e s e x t r a ñ a s 4 l a p e d a g o g í a m i s m a (1).
Los más agudos pedagogos de nuestro tiempo, por huir de esa
rutina vieja y desacreditada, han pretendido imaginar ó inventar
o t r o s m é t o d o s , q u e e v i t e n el c a e r e n el v e r b a l i s m o : h a n q u e r i d o h a -
c e r práctica y objetiva l a e n s e ñ a n z a . P e r o si c o n l a g i m n a s i a e s t u l t a
del c h a r l a r , se m a l e d u c a la inteligencia, facultad q u e p a r e c e sus-
c e p t i b l e d e s e r a y u d a d a p o r p r o c e d i m i e n t o s p e d a g ó g i c o s (2); ¿ q u é e s
posible q u e l o g r e n ellos con las g i m n a s i a s p r á c t i c a s , m o r a l y t é c -
n i c a , p a r a l a s c u a l e s e s i m p o t e n t e lo p u r o p e d a g ó g i c o ? L a s p r á c t i -
c a s e x c l u s i v a m e n t e p e d a g ó g i c a s , n o s ó l o i n d i s c i p l i n a n el e n t e n d i -
miento, sino q u e p u e d e n i n c a p a c i t a r ó inutilizar al h o m b r e p a r a la
acción.
Y e s t o e s lo q u e c o n s t i t u i r á el o b j e t o d e n u e s t r o e s t u d i o e n l o s
artículos siguientes.
JULIÁN RIBERA.
(1) Recuérdese que el fin último de lo pedagógico está fuera de si mismo. CuL-
TÜEA, I I , 634.
(2) CuLTUBA, I I I , 929.
LIBROS RECIBIDOS
Alonso Cortés (N.): Romances sobre la partida de la Corte de Valla

dolid en 1606. Valladolid, I m p r e n t a «La N u e v a P i n c i a » , 190S.
A m u n á t e g u i (M. L . ) : Apuntaciones lexicográficas. (Tomo I.) S a n t i a g o
d e Chiile, I m p r e n t a Barcelona, 1907,
Annual report of the Smithsonian Institution. (1905-1906.) W a s h i n g
ton, G o v e r n m e n t p r i n t í n g office, 1906-1907.
A r d u i n o (M.): Consoli, consolati e diritto consolare. ( M a n u a l i Hoepli,
s e r i e scientifica, 350-351.) Milán, Hoepli, 1908.
Asín Palacios (M.): Une vie abregée de Sainte Marine. ( E x t r . de l a
«Rev. d e 1' O r i e n t Chrétien», 1908, I.)
B a c b a ( C ) : Mémoires de Mgr. Máximos Mazloum. Beirut, 1908.
B a s s e t (R.): Le sinaxaire árabe jacobite. (Rédactión copte.) II. Les
mois de Hatour el de Kíhalc. (Edición, v e r s i ó n y notas.) P a r i s , D l d o t , 1908.
B e l a u u d e (V. A.): La cuestión de límites peruano-boliviana, ante el ar
bitro argentino. L i m a - P e r ú . I m p r e n t a de «La opinión n a c i o n a l » , 1908.
B o r t h e l o t (R.): Évolutionnisme et platonisme. P a r í s , A l e a n , 1908.
C a r r e r o s Z a c a r é s (S.): Tratados entre Castilla y Aragón. Su influencia
en la terminación de la Reconquista. V a l e n c i a , P a u , 1908.
Del V a l l e R u i z (B.): M s canciones. B a r c e l o n a , Gili, 1908.
D w e l s h a u v e r s (G.): La syntMse mentóle. P a r í s , A l e a n , 1908.
F a r r e r a s (P.): El rayo y el agua subterránea. M a d r i d , 1908.
F a s t r e z (A.): Ce que V armée peut étre pour la nation. Bruxelles e t
L e i p z i g , Misch et T h r o n , 1907.
Goeje (M. J . d e ) : Kitab ál-imama wa-s-siyasa. R o m a , Casa edit. i t a
l i a n a , 1908.
G o l d z i h e r (I.): Zur geschichte der hanbalitischen Bewegungen. (Extr.
del «Zeitschrift d e r D e u t s c h e n Morgenliindischea Gesellschaft» L X I I . )
H a r t e n b e r g (P.): Psychologie des neurasthéniques. P a r í s , Alean, 1908.
Hoffding (H.): Philosophie de la religión ( T r a d . f r a n c . de J . Schlegel.)
P a r í s , Alean, 1908.
I n s t i t u t d' estudis c a t a l a n a : Dictamen-acord proposant a la Excden-
tisima Diputado provincial de Barcelona V adquisidó de la biblioteca
Aguiló. B a r c e l o n a , «La Neotipia», 1907.
900 VARIA
J a m e s (W.): Fases del sentimiento religioso. ( T r a d . esp.) T r e s v o l ú m e -

n e s . B a r c e l o n a , Carbonel y E s t e r a , 1907-1908.
L a l o ( C h . ) : Vesthétique espérimentale contemporaine. P a r í s , Al-
c a n , 1908.
M a r c q (R.), V a u t h i e r (M.) y E r r e r a ( P . ) : La personification civiledes
nssociations. B r u x e l l e s e t Leipzig-, Misch et T h r o n , 1907.
M e n é n d e z y P e l a y o (M.): El Doctor D. Manuel Milá y Fontanals.
( S e m b l a n z a l i t e r a r i a . ) B a r c e l o n a , Gilí, 1908.
M o i s a n t ( X ) : Psyehologie del' incroyant- P a r í s , B e a u c h e s n e , 19fJ8.
líon\-dm (U.y. De.spués déla hora nona. Narraciones de los tiempos
apostólicos ( T r a d . de M. Costa y L l o b e r a ) . B i b l . E m p o r i u m , H I . B a r c e -
l o n a , Gili, 1908.
P a m p l o n a E s c u d e r o ( R . ) : El camino de los ciegos. (Biblioteca A r g e n -
Bola, II.) Z a r a g o z a , Gasea, 1908.
P e g u e s (Th.): Commentaire francais litteral de la Somme théologique
de Saint Thomas d' Aquin. I I . T r a i t e de, la T r i n i t é . T o u l o u s e , 1903.
R e v a u l t d ' AUonnes (G.): Les inclinations; leur role dans la psyeholo-
gie des sentiments. P a r í s , A l e a n , 1908.
Rojas (R.): Cartas de Europa. B a r c e l o n a , S o p e ñ a , 1908.
S á n c h e z (J. M.): Impresores y libros impresos en Aragón en el si-
glo XVI. Desiderata. M a d r i d , i m p r e n t a A l e m a n a , 1903.
S e n d e r e n s (J, B.): Apologie scientiflque de la foi chrétienne. París,
P o u s s i e l g u e , 1908.
Sérol (M.): Le besoin et le devoir religieux. P a r í s , B e a u c h e s n e , 1908.
T u c k e r B r o o k e (G. F.): The Shakespeare Apocrypha, being a collection
of fourteen plays which havebeen ascribed to Shakespeare. Oxford, Cla-
r e n d o n press, 1908.
Van B i é m a (É.): V espace et le temps chez Leibniz et chez Kant. P a r í s ,
A l e a n , 1908.
V a n B i é m a (É.): Martin Knutzen. La critique de l' harmonie prééta-
blie. P a r i s , A l e a n , 1903.
V a r g a s (J. M.): Catálogo de la serie de medallas papales. Z a r a g o z a ,
E s e a r , 1908.
Vaz F e r r e i r a ( C ) : Ideas y observaciones. Montevideo, Barreiros y
R a m o s , 1905.
Oficinas de ta Revista:
Calle de San Vicente. 56, 3.° dcha.
nflDRID
Imprtnta tbírisa, i cartfo d« tstani»lao /"Nautra, P o m s , \2, Aadrld.

11 Cultura Española. 08-1908, N.º 11

Caricato da

Informazioni sul documento

Titolo originale

Copyright

Formati disponibili

Condividi questo documento

Condividi o incorpora il documento

Opzioni di condivisione

Hai trovato utile questo documento?

Questo contenuto è inappropriato?

Copyright:

Formati disponibili

11 Cultura Española. 08-1908, N.º 11

Caricato da

Copyright:

Formati disponibili

CULTÜRfl

(Antes REVISTA tiE nRflOON)

MISTÓRin.-SeccIón dirigida por R. Altamira y E.

Antonio Blázquez.—El r e i n a d o d e B e r m u d o I I e n los M a n u s c r i -

SECCIÓN b E LITERflTURfl /AObERNn

M. Gómez-Moreno.-Garcl F e r r á n d e z , p i n t o r de Sevilla 766

Genaro González C a r r e H o . - N u e v a s direcciones d e la Moral 793

DIRECTORES: R . A l t a m i r a ( O v i e d o , G e n e r a l S a n M i g u e l , 1 y 3), Meto-

Dos Manuscritos interesantísimos p a r a la historia de E s p a ñ a

P u d i e r a creerse q u e con estas i n d i c a c i o n e s se conoce el c o n t e n i -

perimus in antiqaissími cod. ut apud invenimus in ecel. Sti. Petri de

g o t h o r u m Sebastian! Salmanticensi eccl. eps. s i o á m a i o r i b u s et p r e -

dejando m u e s t r a de q u e su e x a m e n no fué m u y cuidadoso, y a n o -

Aquí p o d r e m o s a ñ a d i r noticias de copias del cronicón de D. P e -

(1) Procede de la biblioteca del conde do Miranda, i g u a l que el n.° 1.513.

3 . " E l n ú m e r o 1.376, m u y i n t e r e s a n t e , c o n t i e n e (1):

l a y o ; civitates, etc. Decretos de Alfonso era 1050; de regulares canonicis: con-

(1} Contiene t a m b i é n , con el titulo de Scriptores A n t i q u i H i s p a n i a e , la

2. Aliud nefas nefandissimus üli Princeps egit Habuit duas no

dignissime sepelierunt ea. Corpus auctem Sanctii Pelagii posue-

4. Sed Rex caelestis, sólita pietate, memorans misiricordiae

L a Historia de la rebelión de Paulo contra W a m b a , por Julián

h a b i e n d o diferencias esenciales respecto d e los r e i n a d o s d e Bermu-

E n 1902 a p a r e c i ó el p r i m e r v o l u m e n d e e s t a o b r a y e u 1903 el se-

M . G H GEOFFROY DE GRANDMAISON. Correspondancc du comte de la Forest, Jlmbos-

E n 1905 a p a r e c i ó el t o m o I d e e s t a ouriosisima c o r r e s p o n d e n c i a , edi-

MiauEL ALLUÉ SALVADOR, Licenciado en Ciencias Históricas.—los Sitios de Xara-

A u n q u e i n d i c a e n el prólogo e l Sr. Allué, j o v e n e x a l u m n o d e l a F a -

L a c o n m e m o r a c i ó n del c e n t e n a r i o d e los Sitios, e x c i t a el celo d e edi-

poco t i e m p o d e t e r m i n a d a l a g u e r r a , p e r o los ejemplares e r a n rarísimos

l o i Silios de Zaragoza. —Homenaje de los generales franceses y españoles, d Jos hé-

El D i r e c t o r d e l a R e v i s t a Ateneo, D . M a r i a n o Miguel Val, h a q u e r i d o

GUERRA c o n t r a los f r a n c e s e s y sus p r i n c i -

1 8 0 8 , con los d e s a c i e r t o s c o m e t i d o s REGENCIA DE

Bonaparte á Madrid. Interesante

t a d o s e g u n d o tercio del p a s a d o si- tamental d'antiquités de Rouen. Es-

p a ñ o l a por l a Metrópoli t r a t a n d o ISLAS FILIPINAS

Una piedra miliar del iVIuseo provincial de antigüedades de Barcelo­

(1) El P . D. Fidel Fita, en u n articulo publicado en el BaleHn de la Real

Congreso Histórico internacional de la D . GASCÓN GUIMBAO: La provin-

(1) E n esta copia que poseemos i n t e r p r e t a la primera linea:

tisimo Sr. D. Francisco Javier Fe- documentada de los gastos abona-

fía fallecido D . Antonio Aulestia Pijoán. Su nombre evoca el p r i m e r

P e r o su o b r a c a p i t a l es l a Historia de Catalunya, escrita con a m o r

G: W a t s o n Colé: A catalogue of books relating to the discovery and

— Memoria sobre la construcción de una nueva carta geográfica de

E m m a H . Blair a n d A . R o b e r t s o u C l e v e l a n d : History ofthe Philippi-

A. d e A l m a d a Les Colonies portugaises. P a r í s , 1908.

J o s é Cáscales Muñoz: Los Estados Unidos y el Japón. Estudio histó-

en el mundo, siempre q u e pudieran i n t e r e s a r l e ; de los estudios

de todo esto, l a t e el calor de la simpatía que inunda de luz

como á u n hijo c u y o s triunfos s e v e n c o n orgullo. Cuando

«•La i m p l a n t a c i ó n e n E s p a ñ a de los modernos m é t o d o s de

como el de artista, si b i e n «en p o t e n c i a m á s que e n a c t o » ,

Hace algunos años, en el prólogo al tomo U de la Antología de

(1) La Avellaneda, Autobiografía y O artas de la ilustre poetisa, hasta ahora

reales ó aparentes, u n a f nndamentación causal de la psicología d e l

Más a d e l a n t e , dice, r e d o n d e a n d o su retrato moral: «...mi p r i m a

El enlace de estos sentimientos con las poesías de la juventud,

Mas no los lazos de amistad me nombreí,

Ya está ahí toda la concepción romántica de la vida. La exage-

tar quejoso de ella; usted puede conocer sus vicios é injusticias y no

¿Qué es el modernismo? He aquí una pregunta que vengo ha-

Una piedra miliar del iVIuseo provincial de antigüedades de Barcelo

( 1 ) Vid. p. ex. Resende, P^ida e Feytos cap. 5 6 e 1 5 4 ; Goes, Chroníca do Prin

bem a s í n t a x e a r c a i c a do t e x t o (1). A' procura de u m roman