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INTRODUÇÃO
E pôr falar casos verídicos, difíceis saber quem não se comove com o
calvário vivido pôr Terry Schiavo, mulher de 41 anos e o caso do garoto
Jhéck Breener de Oliveira de 4 anos está no leito de UTI, vítima de uma
doença degenerativa irreversível de Franca São Paulo.
Uma vez que a ciência nada mais poderia fazer para salvar-lhe a vida, as
máquinas assumiram o controle do seu organismo, apenas conseguindo
adiar um fim inevitável: a morte.
“O doutor Ulisses Lemos Torres, de São Paulo, apontado como o homem de
maior cultura médica do país, considera inteiramente antética a obstinação
terapêutica que tem como finalidade manter um resquício de vida
vegetativa, a manutenção das funções vitais artificialmente não prolonga a
vida, mas certamente aumenta a agonia da morte”.
Seguindo essa linha bíblica, Platão descreve que sábio não é o cientista
teórico, mas sim o homem virtuoso, ou o que busca a vida virtuosa, e a
virtude é uma purificação, sendo que através dela o homem descobre como
se desprender do corpo e com tudo que está ligado a esse terreno. O homem
que é virtuoso, para Platão, é o que está assimilando Deus naturalmente, que
a plebe da época não concordava com esses valores, pois via a hierarquia de
bens, descrita pelo filósofo, contraposta a sua, porém para Platão, o sábio
era aquele que busca assemelhar-se ao Deus.
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EUTANÁSIA
DIREITO DE MATAR
DIREITO DE MORRER
O SUICÍDIO
Shakespeare
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Por outro lado, as legislações européias são muito mais benevolentes, ora
Isentando-a de qualquer pena (Rússia, Código Criminal de 1922), ora
cominando penas atenuadas, como na Inglaterra, Holanda, Suíça,
Áustria,Noruega, República Checa e Itália, ainda que alguns outros não a
admitam.
Por outro lado, o diploma legal de 1940 define, com base na sua exposição
de motivos, o que considera ser motivo de relevante valor social ou moral:
“O motivo que, em si
mesmo, é aprovado pela
moral prática como, por
exemplo, a compaixão
ante irremediável
sofrimento da vítima”.
ascendente, descendente,
conjugue ou irmão”.
Por outro lado, o Código de Ética Médica, em seu artigo 66, é bastante claro
quando veda ao médico a utilização, em qualquer caso, de meios destinados
à abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu
responsável legal.
“Hipocritamente, muitas
vezes, o que se observa
não é a piedade ou a
compaixão, mas sim o
propósito mórbido e
egoístico de poupar-se ao
pungente drama da dor
alheia”.
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DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA
Disto resulta que a maior parte dos casos não tem sido levada a julgamento,
certamente por conveniência dos familiares e por consenso da própria
corporação médica que prefere acobertar os casos havidos freqüentemente
no meio hospitalar. Uma prova disso são as cada vez mais freqüentes ordens
médicas DNR (“do norressucitate”), utilizando-se a terminologia anglo-
saxônica para pacientes fora de possibilidades terapêuticas (FPT), na nossa
própria terminologia. Nestes casos, não se aplicam mais as manobras
heróicas de ressuscitarão cardiopulmonar (RCP), tais como massagem
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“A mais elementar
prudência aconselha que
nenhum homem a pretexto
de piedade, ante o
padecimento alheio, se
atribua à faculdade ou o
direito de matar”.
CONCLUSÃO
Pode-se afirma, sem receio algum, que a Eutanásia é tão antiga como a vida
em sociedade, que ela nasce do primado de a vida em seu término deve ser
cercada de cuidados e amenizações.
A vida é sagrada e inviolável sob qualquer circunstância.
A eutanásia não se presta para defender a morte dos inúteis, dos velhos e dos
improdutivos. A eutanásia visa libertação do sofrimento humano, quando
não há mais esperanças de cura e depois do paciente ter sido submetido a
uma junta médica, devendo sempre prevalecer à vontade do enfermo.a dor
por si só não autoriza a eliminação da vida, deve vir acompanhada da
impossibilidade da cura.
Longe do meu pensamento, em discorrer sobre a eutanásia, de ofender a
qualquer instituição religiosa, filantrópica.
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ANEXOS
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Apesar de ainda registrar atividades cerebrais, ele já não enxerga, não fala e
não tem mais os movimentos do pescoço, braços e pernas.
"Não agüento mais ver meu filho sofrendo. Ele não merece. É um garoto
lindo, muito amado, mas que não tem o direito de acompanhar o nascer do
sol... Não pode brincar, nunca vai saber o que é jogar futebol na rua ou
brigar com os colegas de escola... Nem o prazer de saborear os alimentos ele
tem, pra que viver assim?", desabafa.
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Há três meses, Jeson não visita o filho. "Não suporto a dor de vê-lo na cama
com as perninhas atrofiando e morrendo aos poucos. Fico desesperado". Da
última vez que esteve no CTI, Jeson de Oliveira precisou ser contido pelos
médicos e funcionários do hospital.
"Esse garoto é a minha vida. Não posso admitir que alguém queira tirar-lhe
a vida, ainda que tênue. Eu tenho fé, acredito na força de Deus e sei que Ele
vai salvar meu filho", disse a mãe. Ao contrário do pai, Silvia, que tem 22
anos, visita o filho todos os dias, das 13h às 19h.
"Não entendo por que ele (o pai) quer pedir a eutanásia se mal liga para o
garoto", diz a mãe. Silvia conversou com a reportagem do Comércio na sala
de espera do CTI Infantil numa das muitas visitas que faz ao filho. Vestida
de preto e carregando um álbum com fotografias de João desde que nasceu
até a semana retrasada, ela contou o drama que enfrenta.
"Optei por não trabalhar para poder ficar o maior tempo possível ao lado do
meu filho. Não sei quanto tempo ele ainda vai viver e quero curtir cada
momento de sua vida. Ele é tudo pra mim".
Primeiros sintomas
O drama familiar começou há quase três anos João até os 18 meses de vida,
era um garoto normal. Quando completou um ano e meio, já andava e se
aventurava a falar as primeiras palavras: papai e mamãe.
Lá, João permaneceu por pouco mais de um ano. Seu estado de saúde só
piorou. "Ele perdeu o movimento das pernas e já não falava. Fiquei
desesperada porque nenhum médico identificava qual era o problema", disse
Silvia, mãe do garoto.
Sem cura
BIBLIOGRAFIA