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APOSTILA DE ELETROMAGNETISMO I 1

0 ANÁLISE VETORIAL

Este capítulo fornece uma introdução e uma recapitulação dos conhecimentos de álgebra vetorial,
estando por isto numerado com o zero. Não faz parte de fato dos nossos estudos de eletromagnetismo, mas sem
ele o tratamento dos fenômenos de campos elétricos e magnéticos torna-se mais complicado, uma vez que estes
são resultados matemáticos de operações vetoriais.

SISTEMA DE COORDENADAS
Um exemplo prático de um sistema de coordenadas encontra-se numa carta geográfica
onde um ponto é localizado em função da latitude e da longitude, isto é, medidas angulares
que são tomadas em função de um referencial neste sistema plano. No espaço, um ponto
também pode ser perfeitamente determinado quando conhecemos a sua posição em vista de
um sistema de coordenadas. Particularmente no espaço tridimensional, um ponto é
determinado em função de 3 coordenadas.
Os sistemas de coordenadas definem um ponto no espaço como fruto da intersecção de
3 superfícies que podem ser planas ou não. Vamos nos ater aqui a três tipos de sistemas de
coordenadas: cartesianas, cilíndricas e esféricas.

Sistema de coordenadas cartesianas, também conhecido por coordenadas retangulares,


define um ponto pela intersecção de 3 planos. Neste sistema um ponto P (x, y, z) é definido
pela intersecção dos planos x, y e z constantes paralelos respectivamente ao plano y0z, ao
plano x0z e ao plano x0y, conforme a figura 0.1. É o sistema (x, y, z).

Figura 0.1: o sistema de coordenadas cartesianas ou retangulares (x, y, z).

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Sistema de coordenadas cilíndricas. Neste sistema de coordenadas o ponto P (r, φ, z) é


determinado pela intersecção de uma superfície lateral cilíndrica de raio r constante e altura
infinita, pelo semiplano φ constante (que contem o eixo z) e finalmente pelo plano z
constante, como pode ser mostrado na figura 0.2. É o sistema (r, φ, z).

Figura 0.2: o sistema de coordenadas cilíndricas (r, φ, z)

Sistema de coordenadas esféricas que define um ponto P (r, θ, φ) na superfície de uma


esfera de raio r constante centrada na origem, vinculando-o pela intersecção desta superfície
com uma outra cônica θ (ângulo formado com o eixo y) constante e um semiplano φ
(contendo o eixo z) constante, melhor esclarecido pela figura 0.3. É o sistema (r, θ, φ).

Figura 0.3: o sistema de coordenadas esféricas (r, θ, φ)

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VETOR
Muitas grandezas necessitam de uma direção e de um sentido além do valor e da
unidade, ou seja, de sua intensidade para uma definição perfeita. Assim, definiremos os
vetores como representantes de classes ou conjuntos de segmentos orientados com mesma
intensidade ou módulo, direção e sentido no espaço. A figura 0.4 mostra um mesmo vetor
r
v representado por segmentos de retas de mesmo tamanho, mesma orientação e paralelas no
espaço.

r
Figura 0.4: a classe de vetores v no espaço

VERSOR OU VETOR UNITÁRIO


r r
Trata-se de um vetor â v de módulo 1, com a direção de um dado vetor v . Um vetor v
é definido como múltiplo o submúltiplo de m vezes este versor â v e possui o mesmo sentido
quando m for positivo ou o sentido oposto, caso m seja negativo. Assim, um vetor pode ser
expresso como o produto de um versor por um escalar de modo que:
r
v = m â v (0.1)

Outra forma de se indicar um versor é aquela que exprime a relação entre um vetor e o
seu próprio módulo, isto é,
r r
v v
â v = r = (0.2)
v v

Se conhecermos o sistema de coordenadas, um ponto P pode ser localizado no espaço


pelas componentes de um vetor posição que vai da origem deste sistema de coordenadas ao
referido ponto. Trata-se de uma soma vetorial das componentes orientadas por seus versores.
r
Um vetor V cuja origem coincide com a origem de um sistema de coordenadas cartesianas e
com extremidade no ponto P pode ser dado por:
r
V = (P − O) = Vx â x + Vy â y + Vz â z (0.3)

Do mesmo modo o ponto P pode ser determinado nos sistemas cilíndrico e esférico
sendo a soma vetorial das componentes dadas respectivamente por
r
V = (P − O) = Vr â r + Vφ â φ + Vz â z (0.4)

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r
V = (P − O) = Vr â r + Vθ â θ + Vφ â φ (0.5)

A figura 0.5 mostra os três versores aplicados em P. Os vetores unitários do sistema


retangular apresentam direções fixas, independentemente do ponto P, o que não ocorre nos
outros dois sistemas de coordenadas (exceto para o versor â z ), onde cada versor é normal à
sua superfície coordenada, coerente com o sentido de crescimento de cada coordenada
associada ao ponto P.

Figura 0.5: versores das componentes coordenadas.

PRODUTO ESCALAR
É uma operação vetorial cujo resultado é um valor escalar, ou seja, uma grandeza
r
algébrica; um valor numérico precedido de um sinal. O produto escalar entre dois vetores A
r r r
e B cujas direções formam um ângulo α entre eles é denotado por A ⋅ B cujo resultado é
dado por:
r r
A ⋅ B = AB cos α (0.6)

Pela relação (0.6) observamos que o produto escalar entre dois vetores multiplica o
módulo de um vetor pelo módulo da projeção do outro sobre ele. De acordo com a figura 0.6,
em uma linguagem matemática podemos escrever:
r r
A ⋅ B = A.projA B = B.projBA (0.7)

O produto escalar resulta positivo quando o ângulo é agudo, nulo quando ele for reto e
negativo quando o ângulo α entre os vetores for obtuso (90º < α < 180º).

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r r
figura 0.6: o produto escalar entre A e B .

Sendo o resultado de um produto escalar um valor algébrico, a propriedade comutativa


pode ser assim verificada:
r r r r
A ⋅ B = AB cos α = BA cos α = B ⋅ A (0.8)
r
Sejam dois vetores em um sistema de coordenadas onde A = A x â x + A y â y + A z â z e
r
B = Bx â x + B y â y + Bz â z . Considerando que o produto escalar entre dois versores paralelos
possui módulo igual a 1 e que entre versores perpendiculares o resultado é nulo, o produto
escalar será dado por
r r
A ⋅ B = A x B x + A y B y + A z Bz (0.9)

O quadrado do módulo de um vetor pode ser obtido a partir do produto escalar de um


vetor por ele próprio. Assim,

r r r2
A ⋅ A = A = A 2x + A 2y + A 2z (0.10)

PRODUTO VETORIAL
r r
O produto vetorial entre dois vetores A e B , onde suas direções formam um ângulo
r r
agudo α entre eles, denotado por A × B , fornece como resultado um outro vetor com as
características abaixo:
r r r r
1. Intensidade: A × B = A . B sen α = AB sen α ;
r r
2. Direção: perpendicular aos dois vetores A e B ;
3. Sentido: o do avanço de um parafuso de rosca direita, fornecido pela regra da mão
direita, na ordem em que se tomam os dois vetores.
r r
Em linhas gerais o produto vetorial de dois vetores A e B pode ser expresso na direção
r r
e sentido de um versor â n perpendicular a A e B , cujo sentido é dado pela regra da mão
direita e ilustrado na figura 0.7. Assim,
r r
A × B = (AB sen α) â n (0.11)

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r r
Figura 0.7: o produto vetorial entre A e B

Podemos também verificar sem nenhuma dificuldade que este produto não é comutativo
e podemos escrever que se o versor â n estiver definido
r r r r
B × A = − A × B = − AB sen(α) â n (0.12)

Podemos observar na figura 0.5 que os versores das coordenadas são perpendiculares
entre si em qualquer um sistema. Assim, cada versor pode ser estabelecido em função dos
outros dois como resultado de um produto vetorial. Para um sistema de coordenadas
cartesianas ou retangulares teremos:

â x × â y = â z
â y × â z = â x (0.13)
â z × â x = â y

Da mesma forma para um sistema de coordenadas cilíndricas:

â r × â φ = â z
â φ × â z = â r (0.14)
â z × â r = â φ

E para um sistema de coordenadas esféricas:

â r × â θ = â φ
â θ × â φ = â r (0.15)
â φ × â r = â θ

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Estas expressões mostram que cada versor pode ser determinado em função dos outros
dois. Pela relação (0.12) verificamos que se invertermos a ordem dos versores no produto
vetorial, teremos um versor negativo àqueles obtidos pelas relações (0.13), (0.14) e (0.15).
Quaisquer dois vetores ou versores paralelos possuem o produto vetorial nulo, visto que
sen 0 = sen π = 0.

ELEMENTOS DIFERENCIAIS DE VOLUMES, LINHAS E SUPERFÍCIES


Sistema cartesiano
Tomemos um paralelepípedo elementar de arestas dx, dy e dz conforme a figura 0.8 (a),
onde o seu volume dv é dado por

dv = dx.dy.dz (0.16)

O elemento vetorial de linha dL é dado pela soma vetorial de suas arestas dx, dy e dz
orientadas pelos versores â x , â y e â z resultando na diagonal do paralelepípedo, de maneira
que
r
dL = dxâ x + dyâ y + dzâ z (0.17)

Figura 0.8: comprimentos, áreas e volumes elementares.

Sistema cilíndrico
Tomaremos agora um paralelepípedo curvilíneo cujas arestas serão dadas por dr, r.dφ e
dz mostradas na figura 0.8 (b). Da mesma forma como procedemos no sistema retangular, o
elemento de volume será

dv = dr.rdφ.dz = rdrdφdz (0.18)

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E o comprimento elementar dL será dado então pela soma de suas componentes dr, rdφ
e dz orientadas pelos versores â r , â φ e â z onde

r
dL = drâ r + rdφâ φ + dzâ z (0.19)

Sistema esférico
Considerando ainda um paralelepípedo curvilíneo de arestas dr, r.dθ e r.senθ.dφ
mostradas na figura 0.8 (c), o elemento de volume será dado por

dv = dr.rdθ.r sen θdφ = r 2 sen θdrdθdφ (0.20)

Logo, o comprimento elementar dL será dado por


r
dL = drâ r + rdθâ θ + r sen θdφâ φ (0.21)

Os elementos de área, em qualquer dos três sistemas de coordenadas, podem ser


determinados sem maiores dificuldades em qualquer sistema de coordenadas, uma vez que
bastará multiplicar as arestas elementares que definem a superfície da face em questão.

IDENTIDADES VETORIAIS
As identidades vetoriais relacionadas abaixo podem ser provadas, embora algumas
exijam do estudante um pouco de trabalho “braçal”. Simplificando, a notação vetorial é
denotada apenas pelos vetores em letras maiúsculas, sem as setas, enquanto que os escalares
serão representados por letras minúsculas.

(A × B) ⋅ C ≡ (B × C) ⋅ A ≡ (C × A ) ⋅ B (a)

A × (B × C ) ≡ (A ⋅ C )B − (A ⋅ B)C (b)

∇ ⋅ (A + B) ≡ ∇ ⋅ A + ∇ ⋅ B (c)

∇(u + v ) ≡ ∇u + ∇v (d)

∇ × (A + B) ≡ ∇ × A + ∇ × B (e)

∇ ⋅ (uA ) ≡ A ⋅ ∇u + u (∇ ⋅ A ) (f)

∇(uv ) ≡ u (∇v ) + v(∇u ) (g)

∇ × (uA ) ≡ (∇u )× A + u (∇ × A ) (h)

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∇ ⋅ (A × B) ≡ B ⋅ (∇ × A ) − A ⋅ (∇ × B) (i)

∇(A ⋅ B) ≡ (A ⋅ ∇ )B + (B ⋅ ∇ )A + A × (∇ × B) + B × (∇ × A ) (j)

∇ × (A × B) ≡ A∇ ⋅ B − B∇ ⋅ A + (B ⋅ ∇ )A − (A ⋅ ∇ )B (k)

∇ ⋅ ∇v ≡ ∇ 2 v (l)

∇ ⋅∇ × A ≡ 0 (m)

∇ × ∇v ≡ 0 (n)

∇ × ∇ × A ≡ ∇(∇ ⋅ A ) − ∇ 2 A (o)

EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO
r
1) Encontre o vetor A que liga o ponto P (5, 7, -1) ao ponto Q (-3,r 4, 1). Calcule também
o vetor unitário ou versor associado ao vetor determinado por A .
2) Dados os pontos (5 mm; π; 2 mm) e ( 3 mm; -π/6; -2 mm) em coordenadas
cilíndricas, encontre o valor da distância entre eles.
r r
3) Dados A = 2â x + 4â y − 3â z e B = −â x + â y , calcule os produtos escalar e vetorial entre
eles.
r r
4) Dados A = 2â x + 4â y e B = 6â y − 4â z , calcule o menor ângulo entre eles usando o
produto vetorial e o produto escalar entre eles.
5) Use um sistema de coordenadas esféricas para calcular a área sobre uma casca esférica
de raio r com α ≤ θ ≤ β. Qual o resultado quando α = 0 e β = π?
r r r r
6) Dados A = 4â y + 10â z e B = 3â y , calcule a projeção de A sobre a direção de B .
r r
7) Determine a expressão do produto vetorial entre A e B num sistema cartesiano e
mostre que ele pode ser calculado a partir do determinante de uma matriz 3 x 3.
8) Defina a condição de paralelismo entre dois vetores a partir do produto vetorial entre
eles.
9) Obtenha a condição de ortogonalidade entre dois vetores.
10) Dado o plano A x + B y + C z = K, onde K é uma constante, obtenha o vetor
r
Vn normal a este plano. Pode existir mais de uma solução?

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