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“SAUDADE DA FONTE”
Um dos poços, ajeitando as “coisas” no seu interior para caber mais entulhos,
vai até o fundo.
Desta experiência de “entulhar-se”, ele se dá conta de “ALGO ESSENCIAL” já
existente nele... se emociona... é ALGO já experimentado, mas esquecido...
perdeu-se o contato...
A EXPERIÊNCIA FUNDANTE fora abandonada um dia.... Afastados de sua
“FINALIDADE” de existir, os poços, aparentemente “modernos” e “cheios”,
experimentaram o fracasso da vida
Nós também, afastados da FONTE (experiência do Amor Trinitário), vivenciamos
os dramas de nossos fracassos: fracasso no diálogo, na comunicação, no amor, na
busca do bem, da verdade... Abafar a ÁGUA VIVA encontrada no interior de cada um(a)
de nós é favorecer o “fracasso de nossa liberdade”
Páre diante de Jesus e acolha seu pedido: “Dá-me de beber!”
Páre também diante de alguma situação social e ouça o mesmo pedido.
Ampliar o espaço – CAVAR (Is. 54,2-3).
Nem todos os poços fizeram a experiência profunda. Houve tentativas de
comunicar-se no mais profundo. Mas a experiência pessoal é única, irrepetível,
intraduzível...
Todos foram convidados. Mas nem todos quiseram “desentulhar-se”.
Esvaziar-se exige a certeza de ser habitado. Exige a coragem de descer e entrar em contato
com a profundidade das águas que leva à profundidade do outro.
Quem fez esta descoberta, recebe a graça de cavar sempre mais, ampliar o espaço interior.
Na oração: Reze sobre os “instrumentos” que nesta etapa de sua vida estão servindo para
cavar,
ampliar mais o espaço de sua existência para jorrar a água viva que mata a sede e
dá Vida Nova (Is. 34,19-21).