Sei sulla pagina 1di 2

SER HUMANO: sopro divino, fragilidade da argila

“Feitos de barro e sopro, somos um feixe de surpreendentes emoções,


em geral congelada pelo medo de ser o que se é” (Frei Betto)

O sopro de Deus impresso no mais profundo de nosso ser, está enfaixado pela
fragilidade da argila.
Somos a grande combinação resultante do sopro de Deus e a argila que nos
conforma.
Cada pessoa é portadora deste sopro de Deus e desta força amorosa que o
impulsiona à plenitude.
Cada um de nós é a força criativa de Deus impressa em cada coração
O material das grandes criações e intuições são as imperfeições, as fraquezas, os fracassos: a verdadeira
argila com a qual se constrói a verdadeira humanidade.
Deste “material imperfeito” tiramos orientação e lição. As situações e as circunstâncias vulneráveis e
frágeis da existência nos servem de ensinamento, são tesouros que podem nos plenificar.
O “mestre interior” nos diz que os erros, por vezes, podem nos abrir ao verdadeiro significado da
vida; que o fracasso, a frustração ou a experiência do limite são um treino, um aprendizado da
verdadeira sabedoria.
O segredo da vida está em saber aproveitar os limites e as imperfeições, não em recusá-los.
A verdadeira humanidade do homem começa a se revelar no momento em que toma consciência do seu
ser “imperfeito”. Ser incompleto, limitado... tem o seu próprio encanto; ser imperfeito é a condição
para agir como ser humano.
“Minhas imperfeições e meus erros são uma benção de Deus tanto quanto o são meu sucessos
e meus talentos” (Gandhi).

Na visão de Deus o que se considera uma experiência negativa pode converter-


se em algo positivo.
Quem se sente paralisado pelo peso dos seus fracassos e imperfeições pode
encontrar nas próprias experiências a possibilidade de pôr-se novamente a
caminho, com uma bagagem mais leve.
Não há fraqueza ou erro que seja em vão. Nossas numerosas imperfeições
cotidianas são as infinitas possibilidade de nos tornarmos mais humanos.
Podemos falar, então, de “fecundas imperfeições”.
“As nossas maiores imprudências podem ser muito sábias” (Wittgenstein)
Não se pode crescer como pessoa e, consequentemente, não nos podemos tornar
humanos se recusamos as imperfeições e se não acolhemos as imperfeições
dos outros.
Há mais espiritualidade na aceitação de nossas imperfeições que na tendência
à perfeição.
Na consciência do limite o ser humano se abre e se orienta para a sua
humanidade.
A qualidade do ser humano se joga, pois, entre a perfeição e a humanidade. A perfeição é um desvio
que nos distancia da compaixão, é uma fraude que fazemos a nós mesmos, é uma alternativa inaceitável.
É mais humano ousar ser imperfeito que ousar ser perfeito.

O Evangelho não se preocupa com a perfeição; no Evangelho, o homem


permanece humano.
Jesus liberta o ser humano da obsessão de ser perfeito. Por ter valor aos olhos
de Deus, não é necessário que a pessoa seja perfeita. Depois de Jesus, o
imperfeito pode entrar em contato com Deus sem esperar; pela primeira vez,
também o imperfeito pode falar com Deus de tu para Tu.
O caminho de Jesus não vai pelo terreno da perfeição, mas sobre o do perdão e
da compaixão, ou seja, na aceitação do limite e da imperfeição.
Jesus, no centro do seu anúncio, não coloca a perfeição, mas o valor daquilo que é humano.
Jesus sustenta o ser humano no seu processo pessoal de tomada de consciência e de aceitação das
próprias imperfeições. Ele revela a “face humana da imperfeição”.
O Evangelho não oprime a imperfeição do ser humano, mas lhe dá acolhimento.
Através de suas parábolas, gestos, ações e palavras, Jesus resgata a dimensão do
limite, resgata o ser humano na sua imperfeição. “Jesus foi fiel à natureza humana”
(P. Chauchard).

Textos bíblicos: Lc. 19,1-10 Lc. 18,9-14

Na oração: A finalidade da consciência e da aco-


lhida da imperfeição é ajudar-nos a
viver, tonar-nos leve a tarefa de ser. Um esvazia-
mento do ser está na base da alegria de viver.
É recuperar a nossa própria humanidade.

Potrebbero piacerti anche