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Incluído em 19/01/2005
Esta classificação tem objetivo mais didático que prático, porquanto na prática cotidiana
observamos com maior freqüência a ocorrência de casos mistos.
Na CID.10
Na atual classificação da Organização Mundial de Saúde (CID.10), o distúrbio
denominado Personalidade Borderline está incluído no capítulo dos Transtornos de
Personalidade Emocionalmente Instável. Este transtorno se subdivide em 2 tipos; o Tipo
Impulsivo e o Tipo Borderline. O subtipo Impulsivo é sinônimo do que conhecemos por
Transtorno Explosivo e Agressivo da Personalidade.
Nessas pessoas a capacidade de planejar pode ser mínima e os acessos de raiva intensa
podem, com freqüência, levar à explosões comportamentais e de violência. Essas
explosões costumam ser facilmente precipitadas, principalmente quando esses atos
impulsivos são criticados ou impedidos por outros.
No DSM.IV
Mas, como sempre, a melhor descrição da Personalidade Borderline está em outra
classificação; no DSM.IV (Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais)
da Associação Norte-Americana de Psiquiatria. Pelo DSM.IV vê-se que a característica
essencial do Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão comportamental de
instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na auto-imagem e nos afetos. Há uma
acentuada impulsividade, a qual começa no início da idade adulta e persiste
indefinidamente.
São indivíduos sujeitos a acessos de ira e verdadeiros ataques de fúria ou de mau gênio,
em completa inadequação ao estímulo desencadeante. Essas crises de fúria e
agressividade acontecem de forma inesperada, intempestivamente e, habitualmente, tem
por alvo pessoas do convívio mais íntimo, como os pais, irmãos, familiares, amigos,
namoradas, cônjuges, etc.
Embora o Borderline mantenha condutas até bastante adequadas em grande número de
situações, ele tropeça escandalosamente em certas situações triviais e simples. O limiar
de tolerância às frustrações é extremamente susceptível nessas pessoas.
Este curto-circuito agressivo expresso pelo Borderline, sob forma de crise, pode
desempenhar várias funções psicodinâmica, como por exemplo, aliviar o excedente de
tensão interna, impedir maior conflito e frustração, ressaltar a presença do paciente,
ainda que de forma desagradável e ineficaz, melhorar a auto-afirmação, obrigar o
ambiente a reconhecer sua importância, ainda que para se lhe opor ou confrontar.
Segundo Marco Aurélio Baggio, quem melhor descreve o Ego desses pacientes, os
Borderlines são pouco capazes de se empenharem numa tarefa com persistência e
acuidade. Desistem do esforço e circulam em torno daquilo que é preciso fazer mas não
fazem. Em relação ao contacto inter-pessoal, eles têm uma tendência a atacar o outro do
qual dependem, como forma de camuflar a grande necessidades de dependência. São
habilidosos em estimular o outro a lhes propiciar aquilo que precisam, mas recebem
tudo o que lhe fazem como quem nada deve.
Essas pessoas ficam facilmente entediadas, não aceitam bem a constância ou mesmo a
serenidade, e podem estar sempre procurando algo para fazer. Os sentimentos
agressivos dessas pessoas não costumam ser dissimulados e eles freqüentemente
expressam raiva intensa e inadequada ou têm dificuldade para controlar essa raiva. Eles
podem exibir extremo sarcasmo, persistente amargura ou explosões verbais. Por outro
lado, essas expressões de raiva freqüentemente são seguidas de vergonha e culpa e
contribuem para o sentimento de baixa auto-estima.
Curso e Prevalência
O Transtorno da Personalidade Borderline é diagnosticado predominantemente em
mulheres, as quais compões cerca de 75% dos casos. Quanto à prevalência, estima-se
em cerca de 2% da população geral, ocorrendo em cerca de 10% dos pacientes de
consultórios psiquiátricos e em cerca de 20% dos pacientes psiquiátricos internados.
Entre os portadores de Transtornos da Personalidade em geral, a prevalência do
Transtorno da Personalidade Borderline varia de 30 a 60%.
QUADRO CLÍNICO
1. - Angustia
É crônica e difusa. Trata-se de um afeto contínuo e surdo mas que, no obstante, pode se
manifestar como uma crise de angústia aguda e com sintomas somáticos
correspondentes. Pode sobrevir uma crise histérica com comprometimento de todas as
funções psíquicas, juntamente com manifestações somáticas variadas, tais como
vertigem, taquicardia e outros característicos do Transtorno de Ansiedade Aguda.
Ainda que não consigam experimentar emoções genuínas, também não podem suporta-
las caso existam. Protegem-se contra os sentimentos mantendo as relações em um nível
superficial ou mudando freqüentemente de trabalho, de amigos ou do lugar onde vivem.
3. - Depressão
A depressão do Borderline se caracteriza, basicamente, por sentimentos de vazio e
solidão. A diferença do que ocorre no verdadeiro depressivo, no qual existe medo da
destruição do objeto amado, no caso do Borderline ha explosões de ira ou raiva contra o
objeto considerado frustrante.
4. - Intolerância à solidão
5. - Anedonia
6. - Neurose poli-sintomática
h) Descontrole dos impulsos. Este descontrole impulsivo pode ser ego diatônico ou ego
sintônicos. O alcoolismo, drogadição, bulimia, compras descontroladas, cleptomania,
são sintomas impulsivos comuns entre os Borderlines.
8. - Tendências sexuais não-normais (Parafilias)
Alguns autores (Nestor Ricardo Stingo, Maria Cristina Zazzi, Liliana Avigo, Carlos
Luis Gatti) acham que a pessoa Borderline pode ser inimputável nos casos onde haveria
um estado de inconsciência, notadamente por intoxicação por drogas ou álcool ou,
ainda, devido a alteração mórbida das faculdades mentais. Este último caso, quase
exclusivamente diante da presença de sintomas psicóticos.