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AGS
Proteção e Durabilidade
para Linhas de Transmissão
INTRODUÇÃO
A verificação do desempenho das ferragens
aplicadas nas Linhas de Transmissão, realizada de
modo sistemático pela maioria das grandes
Empresas Concessionárias de Energia Elétrica, tem
fornecido importantes informações sobre a aplicação
e resultados quanto ao uso de vários tipos de
ferragem. De modo especial, as atenções
concentram-se na verificação dos pontos de
suspensão. Tal preferência reflete a importância das
condições de trabalho do cabo neste trecho, que
representa o elo mais fraco de toda a Linha. Assim,
procuramos analisar alguns aspectos dessa questão
e, ao mesmo tempo, discutir algumas particularidades
do uso do Grampo de Suspensão Armado AGS no
ponto de suspensão.
Fig. II
DANOS MECÃNICOS
No ponto de suspensão ocorre uma concentração de
esforços de várias origens que representa um
problema mecânico de solução não muito fácil,
considerando-se que o cabo condutor, na grande
maioria dos casos, é construído de alumínio, cuja
resistência mecânica é das menores,
comparativamente a outros metais: Ainda com
relação ao alumínio, dois tipos de danos mecânicos
Fig. I serão particularmente importantes: Abrasão e Fadiga.
A Abrasão é originada pelo deslizamento do cabo de
alumínio contra uma outra superfície de outro metal
ESFORÇOS ESTÁTICOS E DINÃMICOS mais duro, ou mesmo de alumínio.
De modo simplificado, podemos considerar aplicados
ao cabo condutor, no ponto de suspensão, dois tipos
de esforços: estáticos e dinâmicos. São Esforços
Estáticos aqueles resultantes do peso próprio do
cabo, dobramento e compressão desenvolvidos pelo
grampo. Estes esforços atuam de modo relativamente
constante e concentrados na suspensão. Aos
Esforços Estáticos sobrepõem-se os Esforços
Dinâmicos originados pelos movimentos
desenvolvidos pelo condutor. Na Figura II podemos
observar esquematicamente representados os Fig. III
Esforços Estáticos aplicados no ponto de suspensão.
De todos eles, apenas o esforço correspondente ao
peso do cabo, se desenvolve de modo uniforme ao A Fadiga é um fenômeno de ruptura a nível molecular
longo de todo o vão. Desta forma, o esforço ocorrida peia acumulação de energia não dissipada
resultante do dobramento e compressão é aplicado em forma de calor. A ocorrência da cisão ou ruptura é
exclusivamente neste local, adicionado ao já portanto uma conseqüência de um armazenamento
referido componente, correspondente ao peso do molecular de energia, que se dá de modo cumulativo
cabo. ou seja, uma vez iniciado não sofre retrocesso.
Fig. VI
Este fato é da maior importância para a compreensão
da solução mecânica representada pelo AGS. A.
aplicação, portanto, de qualquer esforço de
Fig. IV compressão sobre o cabo, produz deformações
internas tais como ilustra a Figura VII. Note-se que
CAUSAS DOS DANOS MECÃNICOS essas deformações não ocorrem na superfície
externa do cabo, pois na superfície os esforços estão
As causas mais freqüentes de ocorrência de Abrasão distribuídos ao longo de todos os fios que apoiam o
resultam de ferragens com defeito de projeto, Grampo.
construção ou deficiências da aplicação dos
acessórios que dão origem a folgas entre esses
dispositivos e o cabo, produzindo o desgaste. Caso
freqüente é o originado pelo afrouxamento dos
parafusos dos grampos.
Fig. VII
A forma como a concentração dos esforços ocorre já
foi apresentada. Porém, o mecanismo pelo qual ela
atua contra o cabo condutor será ilustrado a seguir
através de dois modelos mecânicos.
MODELO MECÂNICO I
Pela Figura VIII observamos dois vergalhões
idênticos de alumínio sendo que em um deles foi
causada uma deformação (amolgadura) semelhante
Fig. V àquela que ocorre no interior dos fios de alumínio, no
interior do cabo, quando sujeito à compressão.
As principais origens dos Danos de Fadiga são:
• Concentração de Esforços
• Existência de movimento cíclico (vibração)
CONCENTRAÇÃO DE ESFORÇOS
Para melhor entender a ação da concentração dos
esforços sobre o cabo é necessário examinarmos Fig. VIII
primeiramente a própria constituição ou construção
deste. Sabemos que o cabo é fabricado de fios que Se fixarmos em uma base rígida uma das
se dispõem em camadas aplicadas sucessivamente extremidades dos vergalhões e vibrarmos a
umas sobre as outras. Sabemos também que o extremidade livre, constataremos que o vergalhão
sentido de enrolamento ou encordoamento de uma que sofreu a deformação irá romper-se antes do que
camada para a seguinte é oposto. o vergalhão intacto, e que a ruptura se dará sobre o
Deste modo, o apoio entre uma camada e a vinco ou amolgadura. Este fato é conseqüência da
camada seguinte de fios são pontos e não uma concentração de esforços provocada pela
superfície contínua. existência da deformação.
MODELO MECÃNICO II REDUÇÃO DA COMPRESSÃO
Consideramos agora dois vergalhões idênticos e A compressão pelo Grampo sobre o cabo existe
engastados de modo diferente a uma base rígida. Um como recurso de fixação do mesmo em atendimento
deles está engastado rigidamente e o outro tem uma às condições mínimas para o escorregamento. É
almofada de material elástico, tal como uma portanto em função do atrito que se obtém essa
borracha, no local do engastamento. aderência entre Grampo e cabo. Consequentemente,
quanto maior a área de contato entre os dois para um
dado esforço ao escorregamento, menor a
compressão requerida; quanto maior a área de
contato entre cabo e Grampo, menor será a
compressão desenvolvida. Outro aspecto dessa
questão pode ser observado na Figura X que mostra
o cabo em corte e indica a contribuição representada
pelo uso da Armadura na distribuição dos esforços
aplicados pela compressão do Grampo.
Fig. X
Fig. IX
Observa-se que nos casos C _e D os fios indicados
Imaginamos agora que ambos sejam submetidos à nas áreas pontilhadas não participam do esforço
mesma vibração. Não é difícil concluir que o resultante da compressão, pois este se desenvolve
vergalhão do engaste rígido irá sofrer ruptura por apenas entre os fios contidos nessas áreas.
Fadiga muito antes que o B. A razão de tal ocorrência Evidencia-se portanto que a Armadura contribui para
resulta também da maior ou menor concentração de que o esforço de compressão no caso D inclua todos
esforços desenvolvidos durante a vibração. No caso os fios do cabo, resultando na redução individual do
A, a base rígida obriga que o dobramento exigido esforço.
pela vibração concentre-se em uma região pequena e
próxima ao engaste; no caso B, esse mesmo esforço
é absorvido e distribuído por um trecho maior do REDUÇÃO DO DOBRAMENTO
vergalhão. Tanto em A como em B haverá a A redução do dobramento é conseguida pelo
incidência de ruptura por Fadiga, mas no caso A, a aumento do comprimento e conveniente arco de
concentração dos esforços resultará na ruptura em apoio no Grampo e pela incorporação de um reforço
período mais curto. tal como a Armadura, que, pelo enrijecimento desse
trecho do cabo, reduz substancialmente os efeitos do
A SOLUÇÃO MECÂNICA dobramento.
PROPRIEDADES DO COXIM
Fig. XI O coxim é constituído por um elastômero, neoprene
ou EPDM, cujas características podem ser as mais
diversas. Pela formulação, conseguem-se obter
variações nas propriedades do material que,
ESFORÇO DE DOBRAMENTO evidentemente, dependem da destinação do produto
final. No AGS, o coxim tem uma formulação
Pela incorporação de elementos mais rígidos que o adequada às necessidades, como por exemplo a
cabo, sem entretanto provocar uma descontinuidade resistência ao ozona. Desde o seu lançamento, há
brusca da flexibilidade, é aumentado o raio de cerca de 40 anos, o coxim de neoprene sofreu
curvatura no trecho e reduzido o esforço de algumas modificações. Entretanto, ainda podemos
flexionamento. Por outro lado, retornando-se aos encontrar em pleno uso algumas unidades instaladas
modelos mecânicos já apresentados, podemos naquela época. Além disso, a utilização do neoprene
compreender facilmente pela semelhança, como o em equipamentos e dispositivos elétricos já é uma
AGS protege o cabo no ponto de suspensão. No prática totalmente consagrada.
modelo mecânico I, vimos como a compressão
exercida sobre o cabo podia levar ao aparecimento
de amolgaduras (vincos) nos fios internos,
consequentemente expondo o cabo condutor a uma AGARRAMENTO
ruptura. Este fato, facilmente reproduzível, explica No AGS, o agarramento atinge valores superiores a
bem a razão pela qual a ruptura dos cabos, por 25% da tensão de ruptura dos cabos condutores,
Fadiga, se inicia nos fios internos. No AGS, a após alguns meses da sua instalação inicial. Isto
ausência da compressão na parte central do cabo, porque com o passar do tempo verifica-se uma
evita o surgimento de tais deformações e melhor acomodação do neoprene e maior
consequentemente as rupturas. agarramento pelas Varetas.