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Deus deseja. E um dos desejos básicos desse Deus “desejador” é dar-nos seus
desejos como forma de
forma de dar-se a si mesmo.
“... o mesmo Senhor deseja dar-se-me enquanto pode, segundo sua ordenação divina...”
(EE.234).
Deus põe em nosso coração seus próprios desejos, e todo o processo espiritual
consiste em ir identifi-cando os próprios desejos com os desejos de Deus. Isto
pede de nós uma atenção ao “desejar de Deus”, escuta atenta dos desejos
profundos, saber levantar a folhagem do “desejo superficial” para descobrir o solo
de nosso “desejo mais íntimo, mais divino”.
Isto pede também “fazer nosso” esse desejo, porque, por mais que Deus o
tenha colocado no coração, o desejo não é nosso enquanto nós não o faça-
mos nosso, porque Deus respeita sempre nossa liberdade e deixa a nós a deci-
são e a responsabilidade.
“Não basta que Deus ponha na criatura o que deve querer e desejar; mas
tem que parecer a ela que aquilo é o melhor para seu serviço e louvor. A
ação de Deus não elimina o risco;... tudo é dom, mas, surpreendentemente,
este dom não é nada se eu não decido. Eu elejo a partir do dom, mas tudo
é resposta e liberdade... Tudo é dom, mas sou eu quem opto e respondo,
eu que me arrisco e me comprometo”. (Adolfo Chércoles)
Na oração: o desejo não se situa no nível dos instintos, porém no nível da atividade simbólica.
Desejar alguma coisa significa atribuir-lhe um significado simbólico: aquela coisa
torna-se importante, central.
Conseguí-la não significa apenas tomar posse daquele objeto. Muito mais do que isso,
significa regozijar-se pelo que ele significa: plenitude, vida, segurança, realização
de si...