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UNIVERSIDADE CEUMA
PRO-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE PSICOLOGIA
São Luís
2020
0
São Luís
2020
1
Aprovado em:______/______/_______
Nota: __________________________
BANCA AVALIADORA
_________________________________________________________
Profa. Ms. Marcela Lobão de Oliveira (Orientadora)
Universidade CEUMA
_________________________________________________________
1º Avaliador
Universidade CEUMA
_________________________________________________________
2º Avaliador
Universidade CEUMA
2
RESUMO
Entre as formas de agressão à mulher idosa, a infantilização é uma das que apresenta
maior complexidade em ações de precaução e impedimento. Nesse contexto, este
estudo tem como objetivo discutir a infantilização como forma de violência contra a
idosa no âmbito familiar. Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter explicativo
e de abordagem qualitativa. Para construção desse estudo, foram feitas pesquisas
nas bases de dados da SciELO e o Periódicos Eletrônicos em Psicologia – PePSIC.
Para contemplação do objetivo do trabalho, emergiram 03 eixos temáticos, sendo
eles: infantilização como um tipo de violência da mulher idosa; contextos sociais para
o desenvolvimento da infantilização da mulher idosa e consequências do ato da
infantilização na autonomia da mulher idosa. Conforme estudos pesquisados,
verificou-se que a infantilização é um padrão comportamental ao qual a pessoa
interage com a idosa de maneira infantil, logo, como observado no estudo, essa ação
torna-se um tipo de violência velada, em que, na maioria das vezes, os familiares não
percebem em seus atos e na sua comunicação, ambos atrelados a um discurso de
amor e afeto, a condição de infantilização em que colocam as idosas. Portanto, assim,
considera-se que esta temática, a infantilização, realizada por meio da linguagem e
de atitudes infantilizadas, deve merecer, por parte da comunidade acadêmica, maior
atenção, visto que, a literatura sobre o tema é escassa e por se tratar de uma
violência camuflada em forma de bem-estar e cuidados.
1
Graduada em Psicologia pela Universidade CEUMA. E-mail: adeliaefesios6@uol.com.br
2 Prof.(a) Ms. da Universidade CEUMA. E-mail: marcela005138@ceuma.com.br
3
ABSTRACT
Among the forms of aggression against elderly women, infantilization is one of the most
complex in precautionary and preventive actions. In this context, this study aims to
discuss infantilization as a form of violence against elderly women in the family context.
It is a literature review, of an explanatory character and a qualitative approach. For the
construction of the study, researches were carried out on the databases of SciELO and
the Electronic Journals in Psychology - PePSIC. To contemplate the objective of the
paper, three thematic axes emerged, they are: infantilization as a type of violence
against elderly women; social contexts for the development of infantilization against
the elderly woman and consequences of the infantilization act on the autonomy of the
elderly woman. According to the researched studies, it was found that infantilization is
a behavioral pattern in which a person interacts or treats the elderly in a childlike way,
so, as was observed in the study, it is a type of veiled violence, which most often, family
members do not perceive in their acts and in their communication, the infantilized
condition that elderly women face, due to the veiled speech of love and affection.
Therefore, it is considered that this theme, infantilization, carried out through language
and infantilized attitudes, should deserve more attention from the academic
community, since the literature on the topic is scarce, as it is a violence practiced in
the form of good-being and care.
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
Para que o presente artigo atinja sua finalidade, é necessário que se faça
uma contextualização acerca da temática por meio de artigos e periódicos de forma
que fique claro o propósito do trabalho para que, assim, tenha consistência
técnica/científica. Dessa forma, é requerida uma abordagem dividida nos seguintes
temas: 1- Envelhecimento: representações da velhice na autonomia da mulher; 2 -
Breve contextualização da violência contra a idosa e 3 - Infantilização da Idosa como
violência simbólica.
apresenta, além de uma dimensão de saúde pública, uma dimensão sociológica, pois
está associada a imagem de que a mulher idosa é uma pessoa com posição de
subordinação e desvalorização (DAMACENO et al., 2018).
Segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos
Humanos (2018), o disque 100 recebeu no ano de 2018, o número de 37.454
denúncias de violências contra a pessoa idosa, sendo que 62,6% dos casos foram de
mulheres idosas violadas. O estudo de Silva e Dias (2016) sobre a incidência de maus-
tratos e de violência praticadas contra as mulheres idosas, demonstra que o perfil da
vítima, geralmente é a mulher com mais de 70 anos, viúvas, emocionalmente
dependentes, residindo, na maioria dos casos, com familiares, um dos quais é quase
sempre apontado como seu possível agressor.
Embora a violência possa afetar todos os idosos, é mais provável que as
mulheres idosas experimentem várias formas e níveis de atos violentos do que os
homens idosos. Segundo Dias, Lopes e Lemos (2018) as mulheres vivem mais e, na
sua maioria com doenças crônicas para as quais podem precisar de apoio no lar e na
comunidade. Segundo, é menos provável que as idosas tenham pensões adequadas
e outros benefícios que os homens idosos, dando-lhes menos recursos para garantir
sua independência. Finalmente, as mulheres ao longo da vida experimentam
desvantagens cumulativas e status inferior ao dos homens, deixando-as mais
vulneráveis a abusos e negligências na velhice.
Considerando os fatores associados a maus tratos contra a mulher idosa,
a literatura destaca que a história de abuso de álcool ou drogas e de distúrbio
psicopatológico em sua família são fatores de risco bem conhecidos. Silveira (2018)
ressalta que a diminuição de capacidade cognitiva e física e, consequentemente, uma
maior dependência, também são consideradas fatores de risco para a violência contra
esse público. Consequentemente, essa violência ocasiona fatores negativos para a
idosa como: a quebra dos laços afetivos, depressão, isolamento, tristeza profunda,
visão ruim da vida, às vezes até chegando a óbito (SILVEIRA, 2018).
A presença desses fatores pode favorecer o aumento da dependência para
o autocuidado em atividades da vida diária e, portanto, aumentar a possibilidade de
sofrer abuso em seu ambiente comunitário. A idosa que sofre a violência tende a se
ver frágil e incapaz de reagir diante das más condições as quais é exposta, o que em
muitas situações, gera o afastamento, de modo geral, dos seus familiares. Logo,
conforme Damasceno et al. (2018) a mulher idosa que sofre violência intrafamiliar se
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3 MÉTODO
se um escopo de 10 anos de publicação sobre o tema, uma vez que existem poucas
publicações acerca do assunto e por terem sido encontrados artigos publicados em
2009 e 2011 com uma relevante importância. Não foram incluídos artigos incompletos,
repetidos, em outros idiomas, cartas ao editor, editoriais e os textos completos que
não correspondiam à temática.
Com os critérios de inclusão e não inclusão, buscou-se artigos que
discutem os principais fatores para o acontecimento da infantilização da mulher idosa,
bem como apresentem a existência de publicações que tematizem a questão das
consequências do ato da infantilização na autonomia dessa mulher. Numa primeira
análise dos resumos dos artigos encontrados, excluiu-se aqueles cujos focos não
estavam relacionados com a temática estudada, como, por exemplo, artigos que falam
de violência em idosa, numa contextualização geral. Também foram excluídos os
artigos repetidos e produzidos antes de 2009, assim como aqueles elaborados em
uma língua estrangeira, uma vez que o interesse do artigo é analisar as produções
cientificas nacionais sobre tema abordado.
Após a seleção dos artigos, fez-se a leitura dos textos na íntegra, em
seguida, para coleta de dados dos artigos, foi elaborado um instrumento baseado em
um protocolo de revisão para o fichamento, composto dos seguintes itens: autor (ano),
tipo de estudo, método utilizado e resultado encontrado, com isso, foram
estabelecidas categorias no intuito de caracterizar a produção encontrada para
finalmente partir para a elaboração do artigo em questão.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
difícil ser idosa numa sociedade onde culturalmente as pessoas valem mais pelo que
fazem, isto é, pela sua ligação com o mundo social ativo.
Nesse sentido, Martins e Rodrigues (2015) afirmam que existem
estereótipos sociais para as idosas, como “são pessoas doentes que tomam muita
medicação” ou “fazem raciocínios senis” e entre outros, apesar de não estarem
associados às características específicas do envelhecimento. Um exemplo disso é a
ideia de que “todas as idosas são solitárias”, demonstrando que a infantilização seria
uma forma de influenciar a forma como os indivíduos interagem com essa mulher.
Vale ressaltar que a sociedade em si possui uma imagem sobre as
mulheres idosas que nem sempre é a mais correta, pois, geralmente, elas são
estereotipadas como uma pessoa com habilidades físicas e cognitivas diminuídas, o
que pode levar os familiares a assumirem a ideia de incapacidade, em vez de atender
às necessidades reais da idosa, conforme Dias, Lopes e Lemos (2018). Santos et al.
(2016) afirmam ainda que o discurso paternalista e infantilizante pode ser ainda mais
prejudicial para as idosas que aceitam passivamente serem tratadas como confusas
ou esquecidas, do que àquelas que agem defensivamente, uma vez que a aceitação
pode realmente criar uma espécie de autocuidado, provocando o comportamento
esperado em uma idosa dependente.
Diante do exposto, Santos e Laurentino (2015) afirmam que apesar da
sociedade atualmente ver a idosa como uma fonte de conhecimento devido a todo
contexto histórico de conquistas das mulheres, entretanto, em alguns aspectos
sociais, essa fase da vida também significa impotência e inutilidade, sobretudo quando
ocorre essa violência sutil, com a infantilização, pois os maus tratos a idosa e o seu
isolamento social não ficam evidentes, apesar de mesma passar a ser incluída em um
grupo homogêneo de pessoas que apresentam diminuição das suas capacidades
vitais e dos recursos socioeconômicos, conforme os familiares impõem.
(2016) afirmam que a visão infantilizada do familiar referente à idosa, por vezes resulta
na dependência física e consequentemente, tira a autonomia dessa mulher. Nesse
sentido, Serra (2010) enfatiza que se o familiar a infantiliza, ignora suas experiências,
sua história, suas capacidades, atuando de maneira impresumível e imprópria,
cooperando para perda de sua autonomia, ocasionando dependência emocional desta
para com o familiar.
Floriano et al. (2012) e Damasceno et al. (2019) concordam que a
autonomia está relacionada à autodeterminação e à capacidade de fazer escolhas.
Santos et al. (2016) citam as definições de Hertz, sobre autonomia que seriam:
voluntariedade, individualidade e auto direção. Logo, a partir dessas definições, torna-
se evidente que a noção de autonomia é multidimensional e dependente do contexto
em que é inserido, no qual toda a autonomia individual esteja incorporada em
relacionamentos e circunstâncias particulares. Contudo, segundo Dias, Lopes e
Lemos (2018), a independência é frequentemente usada como sinônimo de
autonomia. No entanto, talvez seja mais apropriadamente visto como uma dimensão
ou um fator que contribui para a autonomia pessoal.
Logo, referente a infantilização, Serra (2010) afirma que existe a
necessidade de que a autonomia possa entrar em conflito com a necessidade de
promover a independência: as pessoas que necessitam de cuidados podem optar por
se tornar mais dependentes, visto que o relacionamento geralmente implica em um
grau de desigualdade entre a idosa dependente e o familiar e é caracterizado por
perda de liberdade pessoal, ou seja, passa a ter dependência do ciclo de vida física,
psicológica e também social e econômica. As idosas que necessitam de cuidados de
familiares frequentemente dependem de algumas ou de todas as dimensões
biopsicossociais.
Nesse sentido, Floriano et al. (2012) ressaltam que se o familiar a
infantiliza, a desconsidera como uma pessoa adulta, com suas vivências, sua história,
suas capacidades intelectuais, cognitivas, dentre outras, este pode estar atuando de
maneira negativa e inapropriada para com essa idosa e, dessa forma, colaborando
para perda de sua autonomia, bem como, estimulando a dependência emocional da
mulher idosa para com o familiar, a ponto dela começar a ter comportamento infantil.
Dias et al. (2019) relatam ainda que o ato de infantilizar a idosa afeta de maneira
intrínseca na vida desta, prejudicando o seu estado biopsicossocial de forma geral ou
especificamente, pois vive em meio ao sofrimento e a violação dos seus direitos
19
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
às pessoas que passam por essa experiência. Nesse sentido, pretende-se realizar o
estudo de campo conforme interesse inicial após a liberação do Comitê de ética.
REFERÊNCIAS
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de gênero. Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade, v. 4, n.3, p. 481-491,
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http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/1054
5> Acesso em: 20 abr.2020.
FLORIANO, Luciane Almeida et al. Cuidado realizado pelo cuidador familiar ao idoso
dependente, em domicílio, no contexto da estratégia de saúde da família. Texto
Contexto Enferm, v. 21, n. 3, p. 543-8, 2012. Disponível em: <
22
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-
07072012000300008&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 20 abr. 2020.
GIL, Antonio Carlos et al. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
2018.
GUIMARÃES, Ana Paula dos Santos; GÓRIOS, Carlos; RODRIGUES, Cintia Leci;
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LIMA, Lara Carvalho Vilela; BUENO, Cléria Maria Lobo Bittar. Envelhecimento e
Gênero: A Vulnerabilidade de Idosas no Brasil. Saúde e Pesquisa, v. 2, n. 2, p. 273-
280, 2009. Disponível em: < https://periodicos.edu.br>saudpesq>article>download>
Acesso em: 20 mar. 2020.
SILVA, Cirlene Francisca Sales; DIAS, Cristina Maria de Souza Brito. Violência
contra idosos: perfil sociodemográfico dos familiares agressores, tipos de violência
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v.1, n. 2, p. 563-581, 2016. Disponível em: <
https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5555888> Acesso em: 05 mar.
2020.
ANEXOS
25
Atenciosamente,
Assinatura da orientadora
Curso: Psicologia
Senhora Orientadora,
1. ___________________________________________________
2. ___________________________________________________
Atenciosamente,
______________________________
1 IDENTIFICAÇÃO
▪ ALUNO: Adélia dos Santos da Silva
▪ CPD: 61537
▪ CURSO: PSICOLOGIA
2 TÍTULO DO TCC: INFANTILIZAÇÃO COMO FORMA DE VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER IDOSA NO CONTEXTO FAMILIAR
3 APRESENTAÇÃO DO TCC
▪ Data:
▪ Horário:
▪ Tempo utilizado para apresentação: ______ minutos.
▪ Tempo utilizado para arguição: ______ minutos.
4 NOTAS
BANCA
NOTA
ITEM EXAMINADORA MÉDIA
MÁXIMA
1º 2º
Conteúdo 5,0 pts
Redação 4,0 pts
Normalização 1,0 pt
Total de Pontos 10,0 pts
Ciência do aluno:________________________________________________
5 JULGAMENTO FINAL
Curso: Psicologia
__________________________________________________________________
Atenciosamente,
_________________________________________________________
Iniciar a produção
Devolutivas via e-mail:
11 27/04 do resultado e
ajustes no TCC.
discussão.
Melhorar a
sistematização do
resultado e
discussão e
Devolutiva via e-mail:
12 28/04 avançar.
resultado e discussão.
Vídeo chamada
marcada para
ajustes finais no
TCC
Ajustes finais:
13 04/05 Vídeo chamada. resultado e
discussão.
Orientação via e-
mail para a
Resultado e discussão
14 produção das
finalizados.
considerações
finais.
Ajustes finais nas
Devolutiva via e-mail:
15 06/05 considerações
considerações finais.
finais.
Alterações nas
Considerações finais
16 11/05 considerações
concluída.
finais.
Preenchimento da
Devolutiva via e-mail: ficha de frequência.
17 12/05
considerações finais. Assinatura digital.
Carta informativa
Fazer as devidas
correções
18 20/05 Artigo em fase final. solicitadas para o
envio completo do
TCC.
Artigo finalizado, com Fazer o deposito
revisão das normas da conforme as
19 22/05
ABNT e correções orientações
ortográfica. vinculadas.