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Cultura Hip Hop.

Identidade e Sociabilidade:
Estudo de Caso do Movimento em Palmas

Rose Mara Vidal de Souza∗

Índice Palmas, suas formas de comunicação e


contextualização da história do movimento
1 Introdução 1 e suas reivindicações. Utiliza de pesquisa
2 Tribos Urbanas 3 bibliográfica, entrevistas estruturadas com
2.1 Raízes do movimento . . . . . . 3 coleta de dados, fotos e imagens. Conclui-se
2.2 Crise de identidade nas metrópoles 4 que o movimento hip hop em Palmas, apesar
2.3 O Tribalismo . . . . . . . . . . 4 de incipiente, é uma tribo urbana e está
3 O Movimento Hip Hop 5 inserido dentro de um novo conceito de
3.1 O Hip Hop nos Estados Unidos . 6 comunicação e resistência social e cultural.
3.2 O Hip Hop no Brasil . . . . . . 6
4 Sobre A Microtribo de Palmas 7 Palavras-chave: Palmas; Cultura Ur-
4.1 A Última Capital Planejada do bana; Hip Hop.
Século . . . . . . . . . . . . . . 7
4.2 Histórico dos Grupos . . . . . . 8
4.3 Identificação dos Grupos . . . . 9 1 Introdução
5 Considerações Finais 10 O mundo está em constantes transforma-
6 Referências bibliográficas 12 ções sociais, econômicas e políticas. Entre
elas, na pós-modernidade, a fragmentação
Resumo dos grupos sociais, definida por Mafessoli
(2001) como o fenômeno das tribos urbanas.
Apresenta o movimento hip hop de Palmas O tribalismo pós-moderno tem como carac-
enquanto uma possibilidade de contestação terística principal a desafeição pelas gran-
e expressão identitária dos grupos juvenis des instituições sociais, como partidos polí-
urbanos através da comunicação indepen- ticos, governos e sindicatos, dada a inércia
dente, sem a participação da mídia de massa. destes em atender aos apelos das comunida-
Nesse sentido, esta pesquisa, perpassa pela des. Essa fragmentação da sociedade pós-
identificação dos grupos de hip hop em moderna tem provocado crise de identidade

Jornalista, professora do Curso de Comunicação nos indivíduos. Até a modernidade a ra-
Social da Universidade Federal do Tocantins, Asses- zão dominava, mas atualmente a emoção e o
sora de Comunicação do Governo do Tocantins. E- afeto são priorizados nesses grupos gregários
mail: rosevidal@yahoo.com.br
2 Rose Mara Vidal de Souza

que convivem com valores e sentidos cultu- duto de massa, evoluindo para 25 gêneros,
rais próprios das grandes cidades. onde um dos gêneros, o gangsta rap, vende
Nesse contexto, as tribos urbanas e seus milhões de discos por ano. As letras, em
movimentos, que se proliferam, principal- sua maioria, fazem apologia ao sexo, drogas
mente nas metrópoles, tentam expressar pela e violência, diferentemente daqui do Brasil,
emoção o sentimento de fratria na busca de onde a ideologia política e o anonimato dos
uma identidade. Os membros dessas tribos artistas são características marcantes do hip
são esteticamente semelhantes, com roupas hop tupiniquim.
iguais, adereços, gosto musical, ideologia A cultura hip hop brasileira não possui
política e social. Assim, identificam uns aos mais que duas décadas, no entanto, apesar
outros na heterogeneidade das massas urba- de existir uma tendência de apropriação de
nas. alguns símbolos da cultura negra internaci-
São metaleiros, clubbers, punks, emoco- onalizada – como as roupas - dando a im-
res etc, subgrupos sociais, verdadeiras tribos pressão de um movimento globalmente mais
que formam o espaço urbano. Entre elas está uniforme, a realidade é bem diferente nas ter-
o movimento hip hop, que apesar de ter raí- ras nacionais. Os temas centrais do hip ho-
zes coloniais, transformou-se em um marco peiros brasileiros são inspirados no cotidiano
da geração pós-moderna. vivido: a falta de escola, emprego, saúde e
Este trabalho de pesquisa Cultura hip hop lazer.
– identidade e sociabilidade: estudo de caso Na última etapa da pesquisa o movimento
do movimento em Palmas - apresenta o mo- hip hop é diagnosticado em Palmas. A úl-
vimento na capital do Tocantins, norte do tima cidade planejada do século, apesar de
país. A pesquisa se divide em quatro etapas: ter 18 anos, possui problemas de velhas capi-
no primeiro momento contextualiza os fatos tais. O crescimento desordenado do períme-
históricos e culturais. A seguir traça-se o pa- tro urbano resulta em periferias com caracte-
râmetro do movimento hip hop e suas carac- rísticas de favelas, como falta de saneamento
terísticas pós-modernas (neo-tribalismo). O básico, energia, escola e postos de saúde. A
trabalho foi teoricamente embasado nas re- pesquisa detecta a existência de 19 grupos
flexões de Hall, Canclini, Maffesoli, Dióge- de hip hop, sendo 10 grupos moradores da
nes, Pimentel, Scandiucci e outros. região norte e 9 da região sul. Baseado em
A terceira etapa mostra o hip hop en- entrevistas e questionários, foi traçada uma
quanto cultura urbana, como surgiu nos gue- análise do perfil da identidade e da sociabili-
tos nova iorquinos dos anos 60, com o ja- dade dos hip hopeiros palmenses.
maicano Afrika Bambaataa. O desenvolvi- A hipótese levantada é que o hip hop em
mento nos Estados Unidos da América, de- Palmas ainda está distante da identidade do
talha os quatro elementos que compõem essa movimento hip hop nacional, ou seja, não
cultura (MC, DJ, Break e Grafite), além das possui as características de uma cultura de
influências latina e européia. Mostra que o resistência do suburbano.
movimento hip hop perdeu suas característi- O resultado deste trabalho poderá contri-
cas originais ideológicas nos E.U.A. Como buir como referência para todas as pessoas
a cultura das ruas foi transformada em pro- que procuram entender a identidade e soci-

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abilidade do movimento hip hop em Palmas ciais como desemprego, falta de saneamento
no mundo pós-moderno. básico, habitação e educação de má quali-
dade. (HISTÓRIA..., 2006, on-line).
Todo esse contexto culminou para que a
2 Tribos Urbanas
população procurasse novas frentes de traba-
2.1 Raízes do movimento lho. Assim, a América recebeu milhões de
imigrantes europeus. No Brasil, centenas de
Apesar de ter suas raízes na diáspora negra, pessoas desembarcavam no porto de Santos,
o movimento hip hop faz parte das chama- em busca de trabalho nas fazendas de café ou
das “tribos urbanas”; porém para se entender nas fábricas têxteis.
o que são “tribos urbanas”, faz-se necessária Anteriormente esses postos de trabalho
uma volta ao tempo, fazendo um apanhado eram ocupados pelos negros trazidos do con-
das origens das cidades, o berço do referido tinente africano. Só que em regime de es-
movimento. A cidade foi o ponto de partida cravidão. Por volta de 1550 foram trazidos
para o desenvolvimento das primeiras civili- para a América os primeiros negros. Até
zações (palavra que vem do latim, "civitas", 1850, quando o tráfico de escravos tornou-
mesma raiz de cidade), da escrita, dos sis- se ilegal, estima-se que tenham sido trazidos
temas de comércio, do dinheiro, da estrati- cerca de 3,6 milhões de africanos somente
ficação e hierarquias sociais (clero, nobreza, para o Brasil. Eles vinham nos "tumbeiros",
povo, etc.), da religião e da educação organi- ou "navios negreiros", amontoados, em con-
zada, da agricultura sistemática, e de muitas dições desumanas, muitos morriam antes de
outras coisas mais (SABBATINI, 2000, on- chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram
line). lançados ao mar. Aqui chegando, os ne-
O surgimento dos conglomerados urbanos gros eram “armazenados” em um barracão a
é um fato histórico, geográfico e, acima de espera de que fossem vendidos (ESCRAVI-
tudo, social. Com seu aparecimento se dá o DÃO..., 2006, on-line).
fim da pré-história, já que no início a socie- Enquanto a revolução industrial acontecia
dade primitiva não desenvolveu cidades, mas na Europa, aqui, nas Américas, os escravos
apenas aldeias rurais (as chamadas “proto- eram tratados da pior forma possível. Traba-
cidades”), que não eram fixas e mudavam lhavam sete dias na semana e sem horário es-
de lugar com a exaustão do solo, época que tipulado, recebendo apenas trapos de roupa e
compreendeu especialmente os períodos pa- alimentação precária. No Brasil, o povo ne-
leolítico, mesolítico. gro ainda era obrigado a seguir a religião ca-
Com a criação das cidades veio a necessi- tólica, imposta pelos senhores de engenho,
dade de buscar novas áreas para colonizar. A e a adotar a língua portuguesa na comuni-
Revolução Industrial contribuiu para o cres- cação. Escondidos, realizavam seus rituais,
cimento populacional e acelerou o êxodo ru- praticavam suas festas, mantiveram suas re-
ral, determinando o aparecimento das gran- presentações artísticas e até desenvolveram
des cidades industriais, como Londres e Pa- uma forma de luta: a capoeira (ESCRAVI-
ris. Com a urbanização e os aglomerados hu- DÃO..., 2006, on-line).
manos vieram também as problemáticas so- Em meados do século XIX, precisamente

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em 1863, o então presidente dos Estados sam por uma crise de identidade. (MAFES-
Unidos, Abraham Lincoln, decretou a aboli- SOLI, 2006)
ção da escravatura. No Brasil, em 13 de maio O processo de globalização estabelece
de 1888, através da Lei Áurea, se estabeleceu uma nova relação entre as culturas locais e
liberdade plena aos negros no Brasil. Esta a cultura global. A disseminação da cultura
lei, assinada pela Princesa Isabel, abolia de mundializada influencia os padrões de com-
vez a escravidão no Brasil, a última nação a portamento. Segundo Hall (2004) uma “crise
adotar o sistema nas Américas (ABOLIÇÃO de identidade” que resulta das amplas mu-
da Escravatura, 2006, on-line). danças provocadas pelas novas estruturas so-
A abolição da escravidão, apesar de garan- ciais que estimulam uma reestruturação ou
tir a liberdade, não alterou em nada as condi- mesmo reinvenção da identidade cultural.Há
ções socioeconômicas dos ex-escravos, que uma busca das particularidades e o senso de
continuaram a viver, de uma forma geral, na diferença se intensifica cada vez mais em to-
pobreza, sem escolaridade e sofrendo com das as regiões do planeta. Podemos observar
a discriminação. (ESCRAVIDÃO no Brasil, que atualmente o consumo mundial é base-
2006, on-line). ado num só modelo vindo de uma determi-
Vinte e sente anos após a abolição, ou seja, nada ordem. (HALL, 2004, p. 7).
por volta de 1890, nascia em New Orleans
(cidade do sul dos EUA), um novo ritmo de- 2.3 O Tribalismo
rivado do blues e da música européia: o jazz.
(PIMENTEL, 1997, p.32). Segundo Maffesoli (2006), a sociedade está
No entanto o que influenciou o movimento entrando em um novo paradigma cultural,
hip hop foi o soul. Som que surgiu tam- deixando para trás os traços da chamada Mo-
bém nos anos 1960. Em seguida outro ritmo dernidade e adotando um ponto de vista mais
afro-descendente surgia: o funk. A agressi- emotivo, hedonista, dionisíaco em relação ao
vidade das letras imortalizadas na voz de Ja- mundo. Antes de ser político, econômico ou
mes Brown. O solo musical do hip hop saiu social, o tribalismo é um fenômeno cultu-
justamente desses dois componentes: o soul ral. Verdadeira revolução espiritual . Revo-
e o funk. (PIMENTEL, 1997, p.06). lução dos sentimentos que ressalta a alegria
da vida primitiva, da vida nativa. Revolu-
ção que exacerba o arcaísmo no que ele tem
2.2 Crise de identidade nas de fundamental, estrutural e primordial. O
metrópoles Tribalismo está muito afastado dos valores
A formação e afirmação das cidades “gran- universalistas ou racionalistas, próprios aos
des” (metrópoles), enquanto habitat de gru- detentores dos poderes atuais.
pos sociais trouxe inúmeros problemas ine- O tribalismo lembra, empiricamente, a im-
rentes às novas formas de sociabilidades. portância do sentimento de pertencimento, a
Entre eles a fragmentação dos grupos, con- um lugar, a um grupo, como fundamento es-
vencionado a partir de 1970 de “tribos urba- sencial de toda vida social.
nas”, cujos indivíduos constantemente pas-
É uma constatação empírica. Estamos

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notando em vários lugares uma certa de- vida pública e da experiência humana
safeição pelas grandes instituições soci- comum.(apud SCANDIUCCI , 2005, p.
ais, como os partidos políticos e os sindi- 16).
catos. Em cidades grandes como o Rio
ou São Paulo, as pessoas estão se rea- Ainda seguindo o raciocínio de Barcellos
grupando em microtribos e buscando no- (2003), o impacto do irmão se traduz na ex-
vas formas de solidariedade, que não são periência de assimilação e apreciação da di-
encontráveis necessariamente nas gran- versidade. É importante frisar que ao di-
des instituições sociais habituais (MAF- zer “irmão” o autor não se refere somente
FESOLI, 2001, p.02). ao laço de sangue, podendo ser o da ami-
zade também. Em entrevista, Mano Wilson,
O tribalismo é a volta a elementos que MC da Aureny III, diz que seria acolhido em
a modernidade julgava ultrapassados, ar- qualquer lugar do mundo onde haja movi-
caicos, fundamentais, com um humanismo mento hip hop. Assim, o hip hop possibilita
muito forte, uma verdadeira solidariedade ao habitante da periferia a experiência pro-
juvenil, uma nova fraternidade. Tribalismo funda da frataria.
é um novo humanismo, mais completo, rico,
em que o trabalho tem o seu lugar, mas ao
3 O Movimento Hip Hop
lado do prazer, da estética, da criação (Maf-
fessoli, 2006). De acordo com Contador (1997), o termo
Scandiucci (2005) diz que não é sempre hip hop, foi criado em meados de 1968 por
regra – e é bom destacar este fato -, mas per- Afrika Bambaataa, reconhecido como fun-
tencer a um grupo, pode fortalecer a auto- dador oficial do hip hop. Ele teria se inspi-
estima do indivíduo. A cultura do hip hop rado em dois movimentos cíclicos, ou seja,
é a possibilidade de expressão e construção um deles estava na forma pela qual se trans-
de uma identidade do jovem da periferia, mitia a cultura dos guetos americanos, a ou-
na maioria afro-descendentes. Essa vivência tra estava justamente na forma de dançar po-
de grupo no movimento hip hop é chamada pular na época, que era saltar (hop) movi-
de arquétipo da fratria, conforme Barcellos mentando os quadris (hip).
(2003): Segundo Big Richard (2005), são qua-
tro elementos do hip hop: MC (composi-
É cada vez mais nítida a presença do tor do rap), DJ (artista e técnico que mis-
arquétipo fraterno, sua necessidade e sua tura músicas diferentes para serem ouvidas
atuação, igualmente no campo social, e/ou dançadas, usando suportes como vinil,
onde as ações institucionalizadas do Es- CD ou arquivos digitais sonoros para "tocar),
tado (especialmente na América Latina) Break Boy /ou Break Girl (B.Boy - dança-
dão crescentemente lugar às ações mais rinos) e Grafiteiro. “Entre eles, as diferen-
significativas e cada vez mais impor- ças são grandes, porém todos têm um obje-
tantes das diversas solidariedades, por tivo comum: a transmissão de uma mensa-
exemplo na proliferação e no trabalho gem consciente, relacionada com a realidade
das ONGs nos mais variados planos da

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vivida em seu meio de origem...” (BIG RI- Atualmente o rap possui 25 gêneros:
CHARD, 2005. pág. 38). Gangsta Rap, New Jack Swing, G-Funk,
Acompanhando a definição de Diógenes Go-Go, Alternative Rap, Bass Music, East
(1998, p.121) a idéia básica do movimento Coast Rap, Hardcore Rap, Jazz-Rap, Old
é a de constituir canais de atuação e de aglu- School Rap, Quiet Storm, Southern Rap,
tinação entre jovens através da cultura e da West Coast Rap, Latin Rap, Pop-Rap, Bri-
arte. Segundo Diógenes a definição dos ele- tish Rap, Contemporary R&B, Dirty Rap,
mentos do hip hop : a) Expressão corpo- Foreign Language Rap, Party Rap, Under-
ral – O break é uma dança de grande im- ground Rap, Turntablism, Dirty South, Poli-
pacto visual, acrobática e estética, mundial- tical Rap, Golden Age (LISTA. . . , 2006, on-
mente conhecida. Surgiu nos Estados Uni- line).
dos na década de 60. Foi uma forma que os
jovens pobres norte-americanos encontraram 3.1 O Hip Hop nos Estados
para simbolizar a situação dos jovens solda-
dos que se encontravam na guerra do Vietnã Unidos
(os mutilados da guerra). b) Relato musical Os Estados Unidos da América, considerado
– O RAP (rhitym and poetry) caracteriza- o berço do movimento hip hop, atualmente
se pelo enfoque político que é dado nas le- não lembra nem de longe o que foi o mo-
tras e o número reduzido de batidas por mi- vimento nos anos 60 e 70. O que começou
nuto (BPM). Surgiu nos bairros pobres da Ja- como um movimento de rebeldia foi se tor-
maica a partir do improviso de poemas fala- nando aos poucos produto da indústria cultu-
dos em cima de trechos de antigas músicas ral. O sucesso do hip hop, principalmente do
negras e logo foi transportado para as fave- rap, cresceu na década de 1980, no entanto
las dos Estados Unidos onde desenvolve-se tomando uma nova roupagem. (GANGSTA
como alternativa de diversão para os garotos RAP, 2006, on-line).
e garotas pobres que não podiam pagar en- Gangsta Rap é um subgênero do rap, mas
trada nos clubes da sociedade. c) Manifesta- com letras que fazem apologia ao sexo, dro-
ção gráfico-plástico. O Real-Grafitte – estilo gas e violência. Geralmente, os autores têm
de desenho de traços livres e efeitos visuais, problemas com a lei, alguns inclusive tem ou
caracterizado, principalmente, pela diversi- já tiveram envolvimento com gangues. Fi-
dade de tonalidades e cores utilizadas, pode guras como Ice-T, Snoop Dogg, Tupac Sha-
ser feito em paredes, roupas e telas. Trata, kur, entre outros, já passaram pelos tribunais
principalmente, de temas sociais. por atividades relacionadas com o tráfico, as-
O quarto elemento, não definido por Dió- sassinatos, etc. (GANGSTA RAP, 2006, on-
genes (1998), é o DJ. Foi o jamaicano Kool line).
Herc que pensou na utilização de dois toca-
discos repetindo o mesmo trecho, que cha- 3.2 O Hip Hop no Brasil
mamos de breakbeat (batida) de um vinil.
Deste modo, o DJ poderia aumentar e con- O nome hip hop surgiu no Brasil na década
trolar o tempo da música o quanto quisesse. de 80. O hip hop brasileiro é diferente do
(ELEMENTO..., 2006, on-line). norte-americano. Apesar de existir uma ten-

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dência de apropriação de alguns símbolos de 4 Sobre A Microtribo de Palmas


uma cultura negra internacionalizada - como
as roupas - dando a impressão de um movi- 4.1 A Última Capital Planejada
mento globalmente mais uniforme, as muitas do Século
diferenças que separam brasileiros e norte- Tocantins é o mais novo estado da Federa-
americanos ajudam a determinar, no Brasil,
ção e sua capital Palmas- a última cidade
um Hip Hop diferenciado. (A CONSTRU-
planejada do século - foi fundada em 20 de
ÇÃO ..., 2006, on-line).
maio de 1989 e instalada dia 1o de janeiro de
As letras retratam o cotidiano vivido. A 1990. O nome Palmas foi escolhido em ho-
falta de escola, emprego, saúde e lazer são menagem a Comarca de São João da Palma,
tema para os quatro elementos do hip hop.
sede do primeiro movimento separatista da
Como podemos observar nesta letra do grupo
região, instalada em 1809 na barra do rio
de Rap, Racionais MC:
Palma com o rio Paranã. O grande número
de palmeiras, espécie nativa da região, foi
Equilibrado num barranco incômodo,
outro fator que influenciou na escolha do
mal acabado e sujo, porém, seu único lar,
nome (HISTÓRIA DE PALMAS, 2006, on-
seu bem e seu refúgio.Um cheiro horrí-
line).
vel de esgoto no quintal, por cima ou por
De acordo com dados da Seduh - Secre-
baixo, se chover será fatal.Um pedaço
taria Municipal de Desenvolvimento Urbano
do inferno, aqui é onde eu estou. Até o
e Habitação, o município de Palmas tem
IBGE passou aqui e nunca mais voltou
um plano diretor que é dividido em quadras,
(...)
subdividas áreas residenciais (Arnos, Arses,
Sim, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim,
Arsos, Arnes) e comerciais (ACCS, ACVS,
quero que meu filho nem se lembre da-
AA, etc), semelhante à Brasília.
qui, tenha uma vida segura. Não quero
No entanto, paralelo ao povoamento des-
que ele cresça com um "oitão"na cintura
sas quadras, novas áreas fora do plano dire-
e uma "PT"na cabeça (Racionais, Um
tor foram invadidas, formando bairros. Hoje,
Homem na Estrada, 1992)
Palmas possui 20 bairros periféricos, sendo
Do cotidiano nas periferias brasileiras – 18 na região Sul (Aureny I, Aureny II, Au-
principalmente das metrópoles - sai essa cul- reny III, Aureny IV, Taquari, Taquaralto,
tura visceral baseada na rebeldia. Invisível a Santa Fé, Santa Fé II, Morada do Sol I,
maior parte do tempo, esse mundo só chama Morada do Sol II, Morada do Sol III, Sol
a atenção no momento em que deixa de ser Nascente, Santa Bárbara, Santa Helena, Ma-
dança e música e se torna violência. (O ria Rosa, Taquaruçu 2a etapa, Irmã Dulce
HIP..., 2006, on-line). e União Sul) e dois na região Norte (Santo
Amaro e Água Fria).
Segundo pesquisa populacional (2003) di-
vulgada pela Prefeitura de Palmas, 67% da
população estava concentrada nas regiões
periféricas, levando em consideração que a

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8 Rose Mara Vidal de Souza

população da Capital naquela época era de gundo Rock Jr, coincidentemente são as duas
147 mil habitantes. Atualmente esse número regiões mais discriminadas da Capital.
subiu para 208 mil habitantes, e novos bair- Grupos como Fisionomia do Rap, IML,
ros foram criados, o que leva a acreditar que Testemunho das Ruas, Atitude das Ruas,
cerca de 80% dos moradores de Palmas mo- Rock Jr e MCs, Sombras do Hip Hop, Das
ram nos subúrbios. Na periferia as condições Antigas, Sabedoria Divina, Versos das Ruas,
de habitação, saneamento e transporte são entre outros atuam na cidade. Eles parti-
semelhantes a outras capitais brasileiras. Um cipam de apresentações, feiras, seminários
trabalhador que mora em Taquaralto, um dos mostrando as músicas, as mensagens que
principais bairros da região sul, gasta uma protestam contra a violência e a injustiça. “A
hora (ônibus coletivo) do centro da cidade realidade local nos inspira a compor as músi-
até seu bairro. cas”, explica o MC Mano Wilson do Fisiono-
No bairro Santo Amaro, região norte, os mia do Rap (Aurenys). O grupo é composto
casebres construídos com palha e barro são por seis integrantes, sendo três vocalistas e
comuns, não possui asfalto, energia, água cinco dançarinos.
encanada e o serviço de coleta de lixo não O movimento dá mostras de organização,
chega, destoando dos dados oficiais da Pre- em 2005 foi criada a Associação da Comu-
feitura de Palmas. nidade hip hop do Estado do Tocantins. A
As Arnos – Área Residencial Norte, tam- orientação para que os grupos se organizem
bém conhecida como Vila União, de acordo facilita a execução de ações em parceria com
com a pesquisa de 2003, possuía 38.961 ha- o poder público e a sociedade civil.
bitantes, ou seja, quase 27% da população O rapper Maninho, do grupo Estilo Brutal,
palmense concentrava-se naquela região. De avaliou a associação de forma positiva. “Se
acordo com a assessoria de comunicação da é para melhorar o movimento, é muito im-
Seduh, apesar de estar incluída dentro do portante. A nossa luta é coletiva e buscamos
plano diretor, as Arnos têm características de o reconhecimento e a organização do movi-
periferia, pois em 1992 foi invadida. mento para que cada um possa ajudar a sua
comunidade, seja por meio do rap, do break,
4.2 Histórico dos Grupos do grafite, ou do DJ,” afirma, referindo-se
aos quatro elementos do hip hop.
Segundo um dos rappers mais antigos de Pal- Por meio da arte, o movimento está con-
mas, MC Rock Jr, o movimento hip hop co- tribuindo para que meninos e meninas fi-
meçou em 1996, na região norte (Arnos) da quem longe das drogas e da violência. “Pedi-
Capital. Mano Júnior, mais conhecido como mos somente reconhecimento da sociedade,
“Branco”, influenciado pelo movimento de espaço para apresentações artísticas, bem
Araguaína – cidade que fica na região norte como a integração do hip hop em eventos
do Tocantins-, começou com o break. culturais”, disse MC Sombra.
Mas só dois anos mais tarde o hip hop iria No entanto, há menos de um mês, o presi-
ganhar força na Capital. Atualmente existem dente da Associação da Comunidade hip hop
19 grupos do gênero em Palmas. Eles se con- do Estado do Tocantins, MC Wilson, que não
centram nas Arnos e nas Aureny’s, que se- faz parte de nenhum grupo de hip hop de Pal-

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Cultura Hip Hop. Identidade e Sociabilidade 9

mas, mora no plano diretor, candidatou-se a O movimento hip hop conta histórias fic-
deputado estadual no pleito 2006. tícias ou reais de pessoas que vivem na peri-
Quanto ao movimento social dos hip ho- feria, baseadas na vivência na periferia. Para
peiros palmenses acontece de forma isolada. elas, o hip hop é uma forma de resistência e
Mano Wilson, dos Aurenys, desenvolve um mudança da realidade.
trabalho com 70 crianças no colégio munici- Dos 10 líderes dos grupos que responde-
pal Maria Júlia. Mano Sombra, das Arnos, ram os questionário, 8 moram há mais de 7
profere aulas de break para 600 crianças. Os anos em Palmas, representando 80% do uni-
trabalhos são mantidos em parceria com o verso pesquisado. Os estados de procedência
governo municipal e federal, através do pro- dos grupos pesquisados são Maranhão, Pará,
grama Escola Aberta à Comunidade. Piauí e Goiás.
A Associação da Comunidade hip hop do O tempo de formação dos grupos variam
Estado do Tocantins não está à frente de ne- de 6 meses a 12 anos. Segundo o rapper
nhum projeto social, não faz reuniões perio- Mano Sombra, das Arnos, a falta de incen-
dicamente com seus associados e não possui tivo e a pressão em casa são os principais
nenhum meio de comunicação, como acon- motivos para o abandono da atividade.
tece com o movimento em São Paulo, por A faixa etária dos componentes dos gru-
exemplo, que possui desde rádio comunitá- pos fica entre 16 e 27 anos. Para o MC
ria, revista, jornal até portal na Internet. Marquinho, a juventude é o principal foco
De acordo com Mano Marquinho, dono da do movimento hip hop. “Denunciamos, in-
loja Conexão Hip Hop, a falta de apoio para formamos e divertimos os jovens da perife-
a realização de eventos e programas sociais é ria...levando através de nossa música, grafite
o principal empecilho, mas assume que falta e dança mensagens positivas”, explicou Mar-
harmonia entre os membros do movimento. quinho.
“Precisamos nos unir e lutar pelo que quere- Apesar do hip-hop ser um espaço que per-
mos”, ressalta Marquinho. mite aos jovens das periferias inserirem-se
A loja Conexão Hip Hop, que fica na Arno na sociedade de forma politizada e crítica,
31, comercializa roupas e acessórios do mo- a imagem dos jovens ligados ao movimento
vimento hip hop serve como um ponto de en- nem sempre foi positiva. Os meios de co-
contro dos hip hopeiros. municação construíram imagens e represen-
tações de uma forma muito negativa, do de-
4.3 Identificação dos Grupos linqüente juvenil, como se eles fossem uma
espécie de inimigo número um das cidades.
Para apresentar o movimento hip hop em Quanto ao nível de escolaridade dos com-
Palmas realizou-se um levantamento dos ponentes dos grupos de hip hop de Palmas,
grupos da Capital. Dos 19 grupos identifi- a pesquisa mostra que 5% possuem superior
cados e abordados pela pesquisa, 10 (52%) incompleto. Outros 50% possuem nível mé-
responderam o questionário. dio completo, 30% nível médio incompleto
Dos 10 grupos que participaram da pes- e 15% nível fundamental completo.
quisa 69% são moradores da região norte da Baseado ainda no questionário aplicado,
Capital, e 31% da região sul. nenhum grupo possui sede própria para a re-

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alização dos ensaios. As reuniões acontecem entidade, no entanto gostariam de que fosse
na casa de amigos ou na loja Conexão Hip criada uma. Durante as entrevistas, sintetiza-
Hop, que é uma espécie de ponto de encon- das no documentário Suburbanus, podemos
tro dos hip hoppeiros da cidade. notar a longa distância que o movimento hip
Discorrendo sobre as características espe- hopeiro palmense está do movimento naci-
cíficas dos grupos de hip hop de Palmas, a onal. Os grupos são dispersos e não lutam
divulgação das ações realizadas pelos grupos em conjunto pelo idealismo do movimento.
é feita boca a boca entre a comunidade, por Não sabem quem são e onde estão. Não tem
panfletagem independente ou grafitadas nos organização e não possuem um líder.
muros.
Com relação ao relacionamento do movi-
5 Considerações Finais
mento hip hop e a mídia palmense, os gru-
pos foram unânimes em definir como “bom”, Devido ao crescimento das cidades, a vasta
procurando um bom relacionamento com a aglomeração de pessoas, e o enfraqueci-
imprensa local, enviando sugestões de pauta, mento das instituições sociais (governo, sin-
sendo que algumas merecem cobertura pela dicatos, etc) criam-se tentativas de respostas
mídia habitual. ao sentimento de massificação como: a di-
Quanto aos patrocinadores dos eventos, fusão de estilo de vida diferenciada e a ex-
também, 100% dos entrevistados responde- perimentação que tenta criar novas unidades
ram que é o próprio movimento que financia sociais, mais afetivas para os indivíduos.
os eventos. Segundo MC Marquinho, pro- O encontro do “outro” organizado em gru-
prietário da loja Conexão Hip Hop, sempre pos (punks, funkeiros, pagodeiros) repre-
que vão pedir patrocínio levam um não, seja senta a tentativa de resposta e remédio para
de órgãos públicos ou da iniciativa privada. o sentimento de solidão urbana e permite o
“Fica difícil fazer qualquer coisa aqui na co- uso criativo na elaboração de códigos e re-
munidade”, disse Marquinho. gras. Que em outras palavras vem tentar so-
Questionados quanto à discriminação da lucionar a “crise de identidade” tão comum
mídia em relação ao movimento, eles tam- atualmente.
bém foram unânimes em responder que sim. A exaltação das diferenças, na sociedade
Resposta repetida, quando feita a mesma pós-moderna, torna-se explícita através das
pergunta em relação à sociedade. tribos urbanas. Podemos constatar que ser
“O jornal vem aqui quando alguém morre, diferente de alguns sendo “igual” a outros é a
quando alguma casa é assaltada, quando máxima do individualismo contemporâneo.
prendem alguém, fora isso aqui é um lugar Maffesoli (1987, p.16) define o neo-
que repórter não vem muito não. Nem TV, tribalismo como um sujeito coletivo vivendo
nem jornal, nem rádio. Por falar em rádio numa comunidade emocional em oposição
aqui nem programa de rádio que toca rap ao modelo de organização racional típico da
tem, aliás, nem rap toca no rádio, a não ser sociedade moderna. Assim, nas tribos o que
aqueles que estão na moda, ou funk”, disse conta é o estar junto. Tal afirmação foi con-
MC Marquinho. firmada neste trabalho de pesquisa que to-
Nenhum grupo é filiado à associação ou

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Cultura Hip Hop. Identidade e Sociabilidade 11

mou como amostra o movimento hip hop em Dos 19 grupos identificados, apenas 10
Palmas. responderam ao questionário. Dos 10 gru-
Em um primeiro momento comprovado, pos que participaram da pesquisa 69% são
através de pesquisa bibliográfica, é que o moradores da região norte da Capital (Ar-
movimento hip hop é genuinamente oriundo nos), e 31% da região sul (bairros). Ape-
da diáspora negra e que nos anos 60 foi aglu- nas um grupo é do plano diretor (Altruístas),
tinando outras culturas, como o break, que mesmo assim, os mesmos, residiam anterior-
originou-se das danças dos soldados latinos mente na região dos Aurenys.
que voltavam do Vietnã. Vindos dos estados do Maranhão, Pará, Pi-
A sociedade fragmentada cria a crise de auí e Goiás, eles moram há mais de 7 anos
identidade. Em Palmas, essa busca de papéis em Palmas, representando 80% do universo
no hip hop ocupa o lugar identitário para um pesquisado, devido a falta de perspectiva no
grupo de indivíduos, a maioria do sexo mas- grupo eles desistem tão rápido, quanto for-
culino, de classe popular, de origem negra, mam os grupo. Segundo Mano Wilson, do
que embora sem consciência política do mo- Aureny I, Palmas já teve mais de 25 grupos
vimento hip hop encontra na sua atitude a de hip hop. A pesquisa revelou que a faixa
alternativa para a falta de trabalho e a difi- etária dos componentes dos grupos fica entre
culdade de ascensão escolar que a sociedade 16 e 27 anos.
tanto cobra. A comunicação no movimento é feita boca
Em Palmas o hip hop é um movimento in- a boca entre a comunidade, por panfletagem
cipiente, principalmente no que se refere à independente ou grafitadas nos muros, com-
resistência a cultura tradicional e serve de provando a independência de comunicação
base identitária e emocional para seus inte- do movimento, um dos itens mais preserva-
grantes. É no hip hop que eles se encon- dos pelos hip hopeiros.
tram e se definem, mesmo que temporari- Com relação ao relacionamento do movi-
amente. A pesquisa aponta que diferente- mento hip hop e a mídia palmense, os gru-
mente do restante do Brasil, principalmente pos foram unânimes em definir como “bom”,
São Paulo e Rio, os grupos hip hopeiros pal- procurando um bom envolvimento com a im-
menses são isolados, não interagem e desco- prensa local, no entanto quando questiona-
nhecem a realidade vivida no cenário naci- dos se sentem preconceito da sociedade e da
onal, como as lutas pela melhoria da quali- mídia a resposta foi afirmativa.
dade de vida, a deficiência no sistema peni- Ainda baseado na pesquisa o DJ, um dos
tenciário, os projetos sociais implementados quatro elementos que compõem a cultura hip
através do movimento hip hop. hop é inexistente no movimento em Palmas.
Neste sentido, Mano Sombra, da região Quanto aos outros elementos - break, MC e
das Arnos, faz um trabalho de break (dança) grafite – são amplamente difundidos entre os
com 600 crianças, no entanto, se houvesse grupos. As letras dos raps carregam men-
cooperação com os outros membros do mo- sagens positivas de otimismo e paz. “Sem-
vimento, poderia ser ampliado e inserido no- pre tentamos passar o que há de bom na
vas atividades como grafite e composição de vida, como um trabalho honesto e o não uso
músicas.

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12 Rose Mara Vidal de Souza

de drogas”, enfatiza Mano Marquinhos, da Heloísa P. Cintrão, São Paulo: EDUSP,


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Desta forma, pressupõem-se que o movi-
mento hip hop em Palmas, apesar de desca- DIÓGENES, Glória. Cartografias da cul-
racterizado do movimento nacional - princi- tura e da violência: guangues, galeras
palmente no que se refere à construção de e o movimento hip hop, São Paulo: An-
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