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O que é literatura?

Como Aguiar e Silva estudou, o lexema literatura deriva de um substantivo grego e


apareceu em outros países no decorrer dos anos. Significa a arte de escrever bem,
com erudição e com a utilização de formas corretas da gramática.
O adjetivo literário diz respeito a tudo que é arte e ciência, em geral.
As “belas artes” são a forma correta de se escrever textos ou poesias.
Segundo Voltaire, a literatura é uma forma particular do conhecimento de cada um
onde são expostas suas próprias ideias. Por outro lado, ele diferencia o
conhecimento que é representado pela filosofia e pela ciência.
Existem várias traduções para o termo literatura. Entre elas, o conjunto de
produções literárias de um determinado país, onde cada país tem seu próprio estilo
de escrita.
De acordo com a gênese histórico cultural, foi na segunda metade do século XVIII
que surgiram as transformações semânticas e o lexema literatura adquiriu
transformações fundamentais de significado. E com isso foi se tornando cada vez
menos aceitável a forma de definir como “belas-letras” os escritos de caráter
científico, mudando assim os valores estéticos.
A literatura não consiste apenas em valores estéticos e em herança da forma
escrita do passado, mas apresenta um interrupto processo de mudança na
produção de textos no decorrer da história.
Literariedade segundo Aguiar e Silva, bem como Massaud Moisés, é o conjunto de
características que faz com que uma obra seja definida como literária ou não.
Alguns críticos assim como Antonio Candido não aceitam certos tipos de obras, só
reconhecem as obras antigas como literárias.
Um texto, para ser literário, precisa ter uma elaboração especial de linguagem,
com a utilização de elementos de ficção e imaginação do autor.
Shakespeare, por exemplo, é considerado um dos maiores autores da literatura do
século XVI em todo o mundo.
O termo literatura pode ser usado em muitos sentidos diferentes. Para o propósito
será preferível iniciar de modo amplo e neutro como uma arte verbal.
A importância da literatura constitui-se nas diferenças entre palavra escrita e signo
visual do desenho ou sons pronunciados pela música, etc.
Cada palavra possui muitos significados, o que leva a questão de apurar o que,
exatamente, elas significam.
A língua está sujeita a transformações históricas; os termos atuais podem não
estar contidos em um dicionário antigo e vice-versa.
As conotações vocábulas mudam; gírias de ontem podem se tornar uso
consagrado hoje.
Podemos saber de duas formas o que as palavras realmente significam: ou
somente o autor sabe dizer; ou cada leitor deve decidir, para si, que significado lhes
atribui.
Na finalidade de distinguir as interpretações parciais ou errôneas das que são
válidas, é preferível adotar uma posição pragmática.
Em uma obra podem surgir problemas textuais; quando existe um grande intervalo
entre a composição original e a versão revista, qual deve ser preservada no volume
original?
Podem surgir problemas com virtudes de certas pressões públicas. Obras sérias e
admiradas hoje em dia já foram censuradas antigamente.
Cada texto pode apresentar problemas especiais e cada um só pode ser tomado
em seus próprios termos.
Talvez a maneira mais antiga e mais venerável de se descrever a literatura como
arte seja considerá-la uma forma de imitação.
Pode-se sugerir também que a literatura imita ou reflete a vida.
Outra maneira tradicional de definir literatura é a relação dela com o público. Neste
caso confere o efeito que a literatura exerce nos leitores ou expectadores, essa
teoria é chamada de pragmática dado que o efeito é considerado emocional,
denominando-se teorias afetivas.
Relacionar a literatura com seu leitor é outra forma de vê-la. Assim ela se
apresenta como produto do poeta, dramaturgo etc. esteja este considerando a obra
uma inspiração divina ou fruto de construção consciente.
O teatro e o romance são exemplos de ficcionalidade (universo virtual), pois
apresentam personagens que podemos achar algo em comum ou parecido. As
personagens podem nos parecer tão familiares que podemos chegar ao ponto de
querer saber mais sobre suas vidas. O mesmo ocorre com poemas líricos.
O conceito estrutura leva a distinção da literatura e a realidade como um todo, pois
uma obra literária, não possui uma estrutura, mas é uma estrutura.
Segundo Ezra Pound, "literatura é linguagem carregada de significado". "Um
clássico é clássico não por estar conforme regras estruturais ou se ajustar a certas
definições (das quais o autor clássico provavelmente jamais teve conhecimento), ele
é clássico devido a uma certa juventude eterna e irreprimível".
Ou seja, a literatura vem de experiências, é subjetiva e cheia de sentimentos, e as
palavras usadas nela representam algo maior que somente um verbete, uma
palavra em um dicionário.
Algo pode ser considerado literatura se refaz a realidade social, isto é, se recria o
cotidiano e revela-o. Pound explica sua definição ao usar como exemplo o fato de
que "Pisanello pintou cavalos de tal maneira que a gente se recorda da pintura, e o
Duque de Milão o enviou a Bolonha para comprar cavalos". Ele diz ainda que
"bastava a Pisanello OLHAR para os cavalos". Assim é a literatura. Assim como
bastou a Pisanello observar os cavalos para pintá-los em um quadro, basta a um
autor experiências para fazer de sua obra um exemplo de literatura.
Logo no início do primeiro capítulo, René Wellek faz uma distinção entre literatura
e estudos literários: uma é arte; a outra, o saber. Continua dizendo que a
experiência literária, para um estudante, nada mais é que um objeto irracional
assimilado para ser conhecimento, e que alguns teóricos argumentam que de fato a
literatura é para ser apreciada, não estudada.
A compreensão da palavra é altamente individual, subjetiva. Todas as tentativas de
encontrar significados, leis gerais, sempre fracassam.
Wellek faz uma comparação entre estudos literários e a física, onde a física possui
suas fórmulas enquanto os estudos literários são abstratos e mais se esquivam de
nossa compreensão.
Por fim, entendemos que “literatura” talvez possua, sim, um significado, o de
individualismo.
O quarto texto, novamente de Wellek, traz mais uma vez a indagação do que é e o
que não é literatura, assim como os problemas enfrentados na solução de tal
mistério.
René cita a teoria de Edwin Greenlaw, que diz que a história da civilização e os
estudos literários são idênticos, pois ambos têm em comum a matéria impressa ou
escrita.
Outro critério para definir a literatura é por seu valor estético, sua expressão
literária. No caso da poesia lírica e teatro, são aceitos justamente por seu valor
estético; os outros tipos de texto somente por sua reputação, e se bem vista.
Como distinguir a língua literária da científica? A primeira é conotativa, repleta de
ambiguidades, pontos expressivos e altamente influenciável; a segunda, sua
linguagem é universal, de entendimento de todos, e por fim, denotativa.
A linguagem literária precisa ser muito bem elaborada para que não apresente
semelhanças com a linguagem cotidiana, precisa poetizar. A obra literária deve ter
como predominância a estética, embora esta seja também elemento de outros
discursos.
A natureza da literatura surge no drama, na epopéia, gênero tradicional da lírica.
Nela o imaginário toma conta, nada é literalmente verdadeiro. As personagens
não são existentes, mesmo que apresentem características verdadeiras. Até mesmo
os romances, muito realistas não se enquadram no real.
Termina o capítulo ressaltando que para entender a análise moderna de uma obra
de arte, deve-se começar sempre com questões complexas: seu surgimento, seu
modo de existência.
Segundo Terry Eagleton, então, o que seria literatura?
A literatura do século XVII inclui Shakespeare, Webster, Marvell e Milton, mas
compreende também os ensaios de Frances Bacon, os sermões de John Donne ,a
autobiografia espiritual de Banyan ,e os escritos de Ser Thomas Browne, já a
literatura inglesa do século XIX inclui Lamb (mas não Bentham), Macaulay (mas não
Marx) e Mill (mas não Dorwin ou Herbert).
A distinção entre fato e ficção não parece ser muito útil é uma das razões para isto
ocorrer. É a própria distinção muitas das vezes questionável.
À crítica, caberia dissociar arte e mistério, e se preocupar com a maneira pela qual
os textos literários funcionavam na prática.
A literatura não é pseudo-religião, psicologia ou sociologia, mas uma organização
particular de linguagem.
A obra literária não é um veículo de ideias nem reflexão sobre a realidade da
sociedade, é um fato cujo funcionamento pode ser analisado como se examina uma
máquina feita de palavras, não de objetos ou sentimentos, sendo um erro grave
considerá-la como uma expressão de pensamento de um autor.
Talvez seja necessária uma abordagem diferente. Talvez a literatura seja definível,
não pelo fato de ser ficcional ou imaginativa, mas porque emprega a linguagem de
forma peculiar.
Segundo essa teoria, a literatura é a escrita que as palavras do crítico russo Roman
Jakobson representam: uma violência organizada contra a fala comum. Os
jornalistas comerciais, por considerarem a obra literária como uma reunião mais ou
menos arbitrária de “artifícios", só mais tarde passaram a ver funções dentro de um
sistema textual global.
Para os jornalistas, o caráter literário advinha das relações diferenciais entre um
tipo de discurso e o outro, não sendo, portanto, uma característica perene. Eles não
queriam definir a “literatura", mas a “literaturidade”. Os usos especiais da linguagem
que não apenas poderiam ser encontrados em textos “literários”, mas também em
muitas outras circunstâncias exteriores.
Um segmento de texto pode começar sua existência como história ou filosofia e
depois passar a ser classificada como literatura, ou pode começar como literatura e
passar a ser valorizada por seu significado arqueológico.
Podemos ver literatura através do que ela abrange. Não foi descoberto porque
Lamb, Macaulay e Mill sejam literatura, mas eram exemplos de quem "escreve
bonito".
Os tempos se modificaram, porém, os valores não. Todas as obras literárias em
outras palavras são reescritas pela sociedade que as ler.
A literatura é uma arte que apresenta material de estudo. Por meio de um texto
literário, conseguimos perceber as ânsias de um povo em determinada época, além
de muitas características e modo de enxergar a vida, não sendo, porém, só
aspectos sociais e históricos, mas conhecimento em geral.
Cada um contém sua maneira de entender literatura e textos literários. Alguns se
destacaram, outros não, mas contribuíram de uma certa forma.
A Literatura não pode ser, de fato, definida "objetivamente". Terry Eagleton explica
que essa definição não depende da natureza daquilo que é lido, mas sim da maneira
que se lê.
Segundo o autor, os julgamentos de valor parecem ter forte relação com o que se
considera literatura ou não, pois estão muito ligados a ideologias sociais; modos de
sentir, avaliar, perceber e acreditar. Talvez fosse então, todo o tipo de escrita, que por
alguma razão específica se torna mais valorizada, levando em consideração todos os
aspectos antes citados.
Portanto, conclui-se que compreender o significado de literatura depende de vários
fatores que não se deve ignorar. E que a partir da leitura, compreensão e absorção
de conteúdo escrito, cria-se individualmente um conceito sobre o assunto.
O nome literatura é, certamente, novo (data do início do século XIX; anteriormente,
a literatura, conforme a etimologia, eram as inscrições, a escritura, a erudição, ou o
conhecimento das letras. Barthes renunciou a uma definição, contentando-se com
esta brincadeira: ‘A literatura é aquilo que se ensina, e ponto final.’ Foi uma bela
tautologia. Mas pode-se dizer outra coisa que não ‘Literatura é literatura?’, ou seja,
‘Literatura é o que se chama aqui e agora de literatura? ’.
No sentido mais amplo, literatura é tudo o que é impresso (ou mesmo manuscrito),
são todos os livros que a biblioteca contém (incluindo-se aí o que se chama literatura
oral, doravante consignada). Essa acepção corresponde à noção clássica de ‘belas-
letras’ as quais compreendiam tudo o que a retórica e a poética podiam produzir, não
somente a ficção, mas também a história, a filosofia e a ciência, e, ainda, toda a
eloquência.
No sentido restrito, a literatura (fronteira entre o literário e o não literário) varia
consideravelmente segundo as épocas e as culturas. Desde o século XIX, por
literatura compreendeu-se o romance, o teatro e a poesia, retomando-se à tríade pós-
aristotélica dos gêneros épico, dramático e lírico, mas, doravante, os dois primeiros
seriam identificados com a prosa, e o terceiro apenas com o verso, antes que o verso
livre e o poema em prosa dissolvessem ainda mais o velho sistema de gêneros. O
sentido moderno de literatura (romance, teatro e poesia) é inseparável do
romantismo, isto é, da afirmação da relatividade histórica e geográfica do bom gosto,
em oposição à doutrina clássica da eternidade e da universalidade do cânone
estético.
Mais restritamente ainda: literatura são os grandes escritores. Também essa noção é
romântica. O cânone clássico eram obras-modelo, destinadas a serem imitadas de
maneira fecunda; o panteão moderno é constituído pelos escritores que melhor
encarnam o espírito de uma nação. Nova tautologia: a literatura é tudo o que os
escritores escrevem. Notemos apenas este paradoxo: o cânone é composto de um
conjunto de obras valorizadas ao mesmo tempo em razão da unicidade da sua forma
e da universalidade (pelo menos em escala nacional) do seu conteúdo; a grande obra
é reputada simultaneamente única e universal. Todo julgamento de valor repousa
num atestado de exclusão. Dizer que um texto é literário subentende sempre que um
outro não é. A literatura, no sentido restrito, seria somente a literatura culta, não a
literatura popular.
Num mundo cada vez mais materialista ou anarquista, a literatura aparecia como a
última fortaleza contra a barbárie, o ponto fixo do final do século XIX: chega-se assim,
a partir da perspectiva da função, à definição canônica de literatura.
Da Antiguidade à metade do século XVIII, a literatura – sei que a palavra é
anacrônica, mas suponhamos que ela designe o objeto da arte poética – foi
geralmente definida como imitação ou representação de ações humanas pela
linguagem.
A partir da metade do século XVIII, a arte e a literatura não remetem senão a si
mesmas. Em oposição à linguagem cotidiana, que é utilitária e instrumental, afirma-
se que a literatura encontra seu fim em si mesma. A literatura explora, sem fim prático,
o material linguístico. Assim se enuncia a definição formalista de literatura. Do
romantismo a Mallarmé, a literatura, como resumia Foucault, ‘encerra-se numa
intransitividade radical’, ela ‘se torna pura e simples afirmação de uma linguagem que
só tem como lei afirmar sua árdua existência; não faz mais que se curva, num eterno
retorno, sobre si mesma, como se seu discurso não pudesse ter como conteúdo
senão sua própria forma’.
Os formalistas russos deram ao uso propriamente literário da língua. Logo, à
propriedade distintiva do texto literário, o nome de literalidade. Jakobson escrevia em
1919: ‘o objeto da ciência literária não é a literatura, mas a literariedade, ou seja, o
que faz de uma determinada obra uma obra literária’.
Afastemos, antes de tudo, esta primeira objeção: como não existem elementos
linguísticos exclusivamente literários, a literariedade não pode distinguir um uso
literário de um uso não literário da linguagem. Jakobson, então, denominou ‘poética’
uma das seis funções que distinguia no ato de comunicação (funções expressivas,
poética, conativa, referencial, metalinguística e fática), como se a literatura (o texto
poético) abolisse as cinco outras funções, e deixou fora do jogo os cinco elementos
aos quais elas eram geralmente ligadas (o locutor, o destinatário, o referente, o código
e o contato), para insistir unicamente na mensagem em si mesma.
A literariedade não resulta da utilização de elementos linguísticos próprios, mas de
uma organização diferente dos mesmos materiais linguísticos cotidianos. Em outras
palavras, não é a metáfora em si que faria a literariedade de um texto, mas uma rede
metafórica mais cerrada, a qual relegaria a segundo plano as outras funções
linguísticas.
Ora, o provisório tem tudo para durar, porque não há essência da literatura, ela é uma
realidade complexa, heterogênea, mutável. Tudo o que se pode dizer de um texto
literário não pertence, pois, ao estudo literário. O contexto pertinente para o estudo
literário de um texto literário não é o contexto de origem desse texto, mas a sociedade
que faz dele um uso literário, separando-o de seu contexto de origem. Retenhamos
de tudo isso o seguinte, a literatura é uma inevitável petição de princípio. Literatura é
aquilo que as autoridades (os professores, os editores) incluem na literatura.

Conclusão
Este trabalho abrange vários autores com opiniões diferenciadas do significado de
literatura e literariedade, porém todos dispõem da mesma ideologia: para que uma
obra seja considerada literária, é necessário englobar temas de caráter representativo
da sociedade e também fazer uso de palavras rebuscadas e figuras de linguagem. O
conceito de literatura é criado a partir do conhecimento bibliográfico de cada indivíduo
e sua visão de mundo, isto é, sua participação na sociedade e seus valores.

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