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A CIDADE, LUGAR DE NOVIDADE

“As cidades constituem o encontro de todos os desencontros de nossa


história”
(Betinho)
A cidade é o lugar das contradições e ambiguidades.
É uma “estranha senhora que hoje sorri, amanhã te devora”. Quem vive longe dela gostaria de
estar lá, quem está lá não vê a hora de sair. A cidade, que tem seu valor na
variedade de serviços que presta ao homem, é caracterizada também pela
mobilidade, pelo pluralismo de culturas, pela grande distância econômica entre
as pessoas, pelo ritmo acelerado das informações e conhecimentos...
As contradições da cidade fazem com que não tenhamos um compromisso concreto com ela, ou seja,
não a amamos como amamos a nossa terra natal, mas buscamos tirar proveito dela. Ela, por sua vez,
expõe seus membros à competição e os abandona, excluindo sobretudo os chamados “fracassados”.

A cidade oferece um espaço de socialização a partir da rua, do trabalho, da escola, da


academia, do shoping center, etc... O ritmo urbano força as pessoas a estarem em
constante passagem pelos vários locais de convívio, sem firmar relacionamentos
profundos e a desenvolverem
o medo do outro, a auto-suficiência, a insensibilidade, o individualismo...
O espaço da Igreja não é mais o centro, ou ponto de convergência, a partir
do qual se organiza a vida em sociedade. Impera a cosmovisão individualista:
o indivíduo é o centro, ser de necessidades. “O anonimato é fato marcante na vida
do citadino. O urbano é um solitário andando em uma multidão
solitária”.
A cidade é o lugar onde as tradições são colocadas em xeque.
É o espaço das inovações, dos riscos, dos experimentos e da busca do novo.
Nela se encontra o lugar dos sonhos, dos desejos, da liberdade e autonomia.
A tecnologia permite o surgimento de experimentos sempre mais sofisticados.
“A cidade é uma trama de relações conflitivas fruto dos conflitos de classe que
acabam
determinando as relações sociais no interior das cidades” (Benedito Ferraro).

Nas grandes cidades a religião tornou-se uma escolha pessoal, subjetiva e pri-
vatizada. A religião não está mais atendendo à função de socialização. Não é
mais responsável pela busca de sentidos para a vida das pessoas. É procurada
para dar respostas à ansiedade, às angústias, às carências, às dúvidas... É descartável,
porque constantemente depara-se com novos problemas e recorre-se a outras
fontes religiosas. Desta forma, nas grandes cidades opera-se um “mercado
religioso” onde aumenta a compra de soluções mágicas e imediatas para as
carências localizadas.
* Como ser portador de Boa Notícia nas grandes cidades?
* Como ser presença de Deus no meio de tantas “verdades” e idolatrias?
* Como ser sinal de comunhão e do Amor misericordioso do Deus da Vida?
Diante dos desafios de uma pastoral urbana, há três coisas que podemos
aprender de S. Inácio:
a) Uma opção clara pelas cidades e uma aproximação realista a elas e seus problemas.
b) Uma pastoral orientada pelo princípio da edificação, que une espiritualidade e bem comum:
“o bem quanto mais universal é mais divino”.
c) Uma opção urbana, cuja meta é a formação integral das pessoas; o ser humano deve ser considerado
como ser em movimento, protagonista da mudança, capaz de criar novos modos de existir,
de
romper com o instituído e buscar o diferente, o novo, o desconhecido...

O mundo urbano é, certamente, área de missão da Igreja e dos cristãos. Sua


principal preocupação é a defesa integral da vida e de seu sentido último, o
mundo dos valores éticos que iluminam o homem e a mulher na sua ação no
mundo. Para concretizar essa missão, os cristãos devem assumir uma atitude
testemunhal, tendo como proposta uma ética comunitária, fundada no valor
sagrado da pessoa humana e de suas relações, sobretudo com o mais fraco e
pobre como interpelação do Deus vivo.
O missionário na cidade, para tornar eficaz sua ação, deve estar sempre na porta de saída, com o olhar vol-
tado para as necessidades do interior das cidades. Sua função é ser “fermento na massa”.
É aquele que ultrapassa todas as fronteiras, com uma alternativa sempre nova: a Boa Notícia. O Evangelho
ilumina a vida das cidades e exige dos evangelizadores atitudes novas, propostas ousadas...
Texto bíblico: Apoc. 21
Na oração: É preciso pôr o coração de Deus no coração da grande cidade. Como re-
criar, no coração da cidade, o “ícone” da
mova Jerusalém, a cidade cheia de humanidade e comunhão, o lugar da
justiça e fraternidade...?

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