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Numerical solutions to the mechanical and electromagnetic wave equations have been worked out. In terms of
numerical solutions, we can evaluate the behavior of these waves under different view points, for the equation
that governs these phenomena differ specifically in the propagation speed. Thus, the numerical implementation
follows without changes for both the mechanical and electromagnetic waves. As we are interested in evaluating
the behavior of the wave solutions in a single propagation medium, we shall make use of the finite difference
method to discretize the wave equation. As one of the main goals of this contribution is to encourage readers to
use numerical methods to find solutions for physical problems, we shall present in a very simple way the numerical
procedures, as well as their applications under different conditions, taking care, however, of the precision of the
method. To validate the methodology implemented in our paper, we compare the analytical solutions available in
the literature with the results here obtained.
Keywords: Mechanical waves, electromagnetic waves, finite difference method, wave propagation and vibration.
os princípios de conservação da carga entre outros. Este onde ∆m é o elemento de corda. Como a aceleração tem
procedimento é bastante eficiente na detecção de tumores apenas componente ao longo do eixo-y, podemos escrever
cerebrais em pacientes com câncer. Para aplicação em a seguinte relação para a projeção ao longo do eixo-x,
grandes escalas, podemos citar a transmissão de sinal via
T1 cos θ1
satélites entre outros. T2 = .
O objetivo de apresentar uma solução numérica visa cos θ2
descrever o fenômeno físico com uma abordagem bas- Substituindo na Eq.(1), resulta que
tante simples e precisa. Umas das grandes vantagens em
utilizar soluções numéricas deve-se ao fato de que há ∆ma
T1 tan θ2 − tan θ1 = ,
muitos problemas em aberto que não possuem soluções cos θ1
analíticas, de forma que a abordagem numérica é que nos como estamos lidando com pequenos ângulos, podemos
permite contornar esta dificuldade. Uma outra vantagem aproximar cos θ1 ' 1 e usando, a relação entre massa
é que é sempre possível simplificar o problema proposto, e densidade, temos que, para um pequeno elemento da
tornando nulos alguns termos da equação, sem a neces- corda, ∆m = µ∆x. Para simplificar a notação, definire-
sidade de reescrever o código desenvolvido para o caso mos a tensão na corda T ≡ T1 . Logo, com essas relações
geral. É importante que o leitor tenha a ideia de que há a equação pode ser escrita como,
um preço a pagar pelo uso de soluções numéricas devido
ao esforço computacional gasto na solução do problema tan θ2 − tan θ1 µ ∂2y
a serem tratados. Porém, com os avanços na área de = .
∆x T ∂t2
tecnologia da informação, os tempos de simulação para A derivada de uma função descreve a inclinação da
diferentes tipos de casos/problemas estão sendo reduzi- reta tangente no ponto; logo, a tangente no ponto, dada
dos e tornando cada vez mais viável o uso de soluções pela derivada da função, lê-se:
numéricas.
Apresentaremos uma visão geral do problema e as 1 ∂y ∂y µ ∂2y
simulações para cada caso de interesse. − = .
∆x ∂x x+∆x ∂x x T ∂t2
Consideremos uma corda presa em suas extremidades Então, se aplicarmos o limite quando ∆x → 0 na
na horizontal, sendo deslocada da posição de equilíbrio. equação acima, obtém-se
Seja L o comprimento da corda. Para descrever o mo-
vimento dessa corda em torno da posição de equilíbrio, ∂ y(x + ∆x) − y(x) µ ∂2y
lim = ,
vamos utilizar apenas um elemento de corda de massa ∆x→0 ∂x ∆x T ∂t2
∆m. Como essa corda está sendo tensionada pela ação
resultando assim na equação de onda mecânica dada por,
das forças T1 e T2 , conforme mostra a Fig.1, podemos
aplicar a segunda lei de Newton a esse elemento de corda ∂ 2 y(x, t) 1 ∂ 2 y(x, t)
e obter, assim, a equação que governa a propagação de = , (2)
∂x2 v 2 ∂t2
onda dessa corda, tal que,
onde v é a velocidade de propagação da onda mecânica,
que depende da densidade linearsda corda µ e da tensão
T
T2 cos θ2 ı̂ − T1 cos θ1 ı̂ + T2 sin θ2 ̂ − T1 sin θ1 ̂ = ∆mâ, da corda T , definida como v ≡ . É importante que
(1) µ
o leitor observe que há diferentes tipo de ondas, isto é,
Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 41, nº 4, e20190064, 2019 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2019-0064
Silva e Helayël Neto e20190064-3
• Ondas de matéria: São ondas mais restritas que Como a equação de onda é uma equação de 2a ordem
se revelam em escalas atômica e subatômica cujos tanto no espaço, quanto no tempo, podemos truncar a
estudos são realizados em experimentos de alta pre- série na segunda derivada. Combinando as expressões,
cisão que permitem detectá-las. Estão associadas a temos que suas derivadas ficam expressas da seguinte
partículas subatômicas, como os elétrons, prótons, forma,
nêutrons e neutrinos, por exemplo. São classificadas
desta forma devido ao seu comportamento dual, ora ∂2 ψ(x, t − ∆t) − 2ψ(x, t) + ψ(x, t + ∆t)
ψ(x, t) = ,
se comportam como partículas, ora como ondas. ∂t 2 ∆t2
e
Neste artigo, buscaremos soluções analíticas e numéri-
∂2 ψ(x − ∆x, t) − 2ψ(x, t) + ψ(x + ∆x, t)
cas tanto para ondas mecânicas, bem como, ondas ele- 2
ψ(x, t) = .
tromagnéticas. Há muitas formas de obter a solução da ∂x ∆x2
equação Eq.(2). Na literatura [2], a solução da equação Substituindo estas expressões na Eq.(4), temos que
de onda é dada por,
1 ψ(x, t − ∆t) − 2ψ(x, t) + ψ(x, t + ∆t)
y(x, t) = ym sin(κx − ωt + φ), (3) v2 ∆t2
ψ(x − ∆x, t) − 2ψ(x, t) + ψ(x + ∆x, t)
2π = .
onde κ = é o vetor de onda, λ é o comprimento de ∆x2
λ
2π Iremos redefinir os parâmetros de modo a simplifi-
onda, ω = é a frequência angular e T é o período da
T car a notação, tal que, ψx,t±1 ≡ ψ(x, t ± ∆t), ψx±1,t ≡
onda, ou seja, o tempo necessário para que a onda per- v 2 ∆t2
corra uma distância igual ao seu comprimento de onda, ψ(x ± ∆x, t) e k ≡ . Fazendo algumas manipula-
∆x2
λ. Para a obtenção de soluções ondulatórias, adotaremos ções algébricas, temos
o método de separação de variáveis para ondas estacio-
nárias, onde as condições de contorno são especificadas.
ψx,t+1 = k ψx−1,t +ψx+1,t +2ψx,t 1−k −ψx,t−1 . (5)
Apresentaremos a solução numérica para o caso geral,
isto é, aquela que pode ser aplicada tanto para ondas A Eq.(5) representa a solução numérica da equação de
mecânicas, bem como, para ondas eletromagnéticas. onda obtida de forma bastante simples, visto que esta-
mos assumindo que a propagação da onda ocorrerá em
2. Solução Numérica da Equação de apenas um meio. É importante destacar que, se levarmos
Onda em conta a transmissão de uma onda entre meios distin-
tos, podemos obter a solução numérica para este caso
Apresentaremos uma solução numérica para equação de utilizando técnicas de integração entre meios distintos
onda mecânica ou eletromagnética unidimensional, dada para tratar a descontinuidade entre os dois meios. Para
pela Eq.(2). Para isso, usaremos a notação ψ(x, t) para baixas velocidades v c, isto é, por exemplo, a veloci-
representar a função de onda, visto que é uma notação dade do som v = 343 m/s, teremos o comportamento
mais geral. Desta forma, a Eq.(2) em função desta nova de uma onda mecânica se propagando em um meio que
notação assume a seguinte forma, pode ser o ar. Para altas velocidades, v = c onde c é a
velocidade da luz no vácuo, teremos o comportamento
1 ∂2 ∂2 de uma onda eletromagnética se propagando com veloci-
ψ(x, t) = ψ(x, t). (4)
v 2 ∂t2 ∂x2 dade constante. A Eq.(5) é uma equação progressiva no
Para discretizar esta equação, usaremos a série de tempo, onde podemos calcular a função de onda ψx,t em
Taylor2 [3, 4], de modo que, a expansão em torno do função da condição inicial ψx,o e de sua derivada inicial
ponto ∆t é dado por ψ̇x,o . Usando a série de Taylor [4], podemos determinar
a função de onda num instante t, sendo
∂
ψ(x, t ± ∆t) = ψ(x, t) ± ∆t ψ(x, t) ∂
∂t ψ(x, t + ∆t) = ψ(x, t) + ∆t ψ(x, t)
∆t2 ∂ 2 ∆t3 ∂ 3 ∂t
+ ψ(x, t) ± ψ(x, t) + ..., ∆t2 ∂ 2
2! ∂t 2 3! ∂t3 + ψ(x, t) + Θ(∆t2 ),
2 ∂t2
analogamente, para pontos em torno de ∆x, temos
onde Θ(∆t2 ) representa a ordem do erro de truncamento
∂ da série de Taylor. Como estamos querendo avaliar a onda
ψ(x ± ∆x, t) = ψ(x, t) ± ∆x ψ(x, t) ∂
∂x num instante t = 0, temos que ψ̇(x, 0) ≡ ψ(x, 0) e que
∆x2 ∂ 2 ∆x3 ∂ 3 ∂t
+ ψ(x, t) ± ψ(x, t) + .... ∂2
2! ∂x 2 3! ∂x3 ψ(x, 0) = v 2 ∇2 ψ(x, 0). Substituindo essas relações
∂t2
2 Utiliza o mesmo conceito do Método de Diferenças Finitas na equação acima, vem
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2019-0064 Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 41, nº 4, e20190064, 2019
e20190064-4 Rediscutindo Soluções Numéricas de Equações de Onda
v∆t
(7) 2 L
Z
≤ 1, nπx
∆x Bn = ψ(x, 0) sin dx,
L 0 L
isso implica dizer que, dependendo da velocidade de pro-
pagação da onda, as relações entre os intervalos espaciais onde L é o comprimento da corda. Para validar assumi-
∆x e temporais ∆t, serão diferentes de modo a satisfazer remos que
πx
esta condição. Isso pode ser observado para análise de ψ(x, 0) = sin ,
ondas eletromagnéticas, devido à velocidade da luz ser L
bastante significativa. A solução numérica será estável ψ̇(x, 0) = 0.
desde de que os erros ou perturbações na solução não
cresçam de forma significativa, isto é, não se acumulem A solução dada pela Eq.(8) pode ser reescrita da se-
a ponto de a solução numérica divergir, comprometendo guinte forma3
assim sua solução. Note que a solução numérica deste mé-
πx
πvt
todo é marchante, isto quer dizer que erros em instante ψ(x, t) = sin cos , (9)
L L
de tempos anteriores podem ser acumulados com o passar
do tempo. Se esses erros forem significativos, a solução A Tab. 1 mostra a comparação dos resultados obtidos
numérica irá se afastar da solução analítica. Desta forma, pela solução analítica, dada pela Eq.(9) com a solução
a estabilidade do método está diretamente relacionada numérica, dada pela Eq.(5) para as seguintes condições:
com o crescimento/diminuição dos erros introduzidos nos L = 1 m, v = 1 m/s e t = 0.5 s.
cálculos. Outro fator importante é que quando lidamos É importante observar que os resultados são precisos
com métodos de diferenças finitas, associamos a precisão e acurados, pois os erros relativos percentuais ficam em
e acurácia do método com o tamanho da malha. Logo, torno de 0.15%, com erro máximo de aproximadamente
se a malha for muito pequena, mais preciso é o método. 1%. Estamos considerando uma malha de discretização
Nesta solução, levamos também em conta a condição de 0.1 m que é bem grande. O objetivo é mostrar que os
de estabilidade, isto é, a relação entre a velocidade de métodos numéricos podem ser utilizados para resolver di-
propagação e as malhas espaciais e temporais. ferentes tipos de problemas, com uma implementação bas-
É importante destacar que uma vez definido as condi- tante simples, de modo que, qualquer aluno interessado
ções iniciais do problema, a solução numérica irá evoluir em programação e cálculo numérico possa implementar
rapidamente para a solução do problema. Para validar esse código usando uma linguagem de programação de
o método proposto iremos comparar a solução numérica sua preferência. Este programa foi desenvolvido usando a
com soluções analíticas de referência. Para análise de plataforma Visual Studio com compilador da Intel para
propagação de onda, devemos levar em conta que como o Fortran 90. No Apêndice, adicionamos o algoritmo do
a velocidade da onda é constante, sua localização é dada programa usado neste artigo.
por x(t) = xo + vt. Para comprovar a acurácia da solução numérica, refi-
namos a malha espacial e mantemos a malha temporal,
3. Análise de Resultados de modo que, ∆x = 0.05 m e ∆t = 0.05 s. Como a con-
v∆t
dição de estabilidade prever que a razão ≤ 1; logo,
Apresentaremos os resultados obtidos pela solução nu- ∆x
mérica e compararemos com os resultados obtidos por podemos definir a velocidade de propagação v = 1 m/s
soluções analíticas para validar a metodologia implemen- para satisfazer esta condição. Neste caso, as simulações
tada neste artigo. 3É importante destacar que a Eq.(9) está de acordo com a
A solução da equação de onda para uma corda vi- Eq.(3). Para verificarmos, vamos fazer uso da seguinte proprie-
brando, pode ser obtida usando o Método de Separação sin(a + b) + sin(a − b)
dade trigonométrica, tal que, sin a cos b = .
de Variáveis [6], tal que ψ(x, t) = φ(x)T (t). Substituindo 2
πx πvt
essa relação na Eq.(4) resulta que Fazendo a = eb= , a função de onda pode ser reescrita
L L
1 πx + πvt 1 πx − πvt
como ψ(x, t) = sin + sin . A Eq.(9) re-
∞ " 2 L 2 L
presenta o modo fundamental, isto é, n = 1. Sendo assim, o
X nπx nπvt
ψ(x, t) = sin An sin λ
L L comprimento da corda é dado por L = . Fazendo uso das
n=1 2
# definições do vetor de onda κ, da frequência angular ω e da
relação ω = κv, temos que, a função de onda é dada por
nπvt
+ Bn cos , (8) 1 1
ψ(x, t) = sin κx + ωt + sin κx − ωt .
L
2 2
Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 41, nº 4, e20190064, 2019 DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1806-9126-RBEF-2019-0064
Silva e Helayël Neto e20190064-5
numéricas mostraram que os resultados numéricos são Conforme mencionado anteriormente, a solução numé-
idênticos aos resultados analíticos apresentados na Tab. rica dada pela Eq.(5) pode ser aplicado tanto para equa-
1. Isso comprova que, com uma malha bastante refinada, ção de onda mecânica e/ou eletromagnética. A principal
a aproximação da derivada da função onda pelo método diferença está na velocidade e no meio de propagação. A
de diferenças finitas é válido. Em consoante, temos que Fig. 4 mostra os resultados obtidos pela simulação numé-
a relação entre ∆x, ∆t e v atendem o critério da condi- rica da propagação de um sinal/onda eletromagnética no
ção de estabilidade, impedindo que a solução numérica vácuo. Neste caso, tomamos a velocidade de propagação
acumule erros de truncamento. v = c, o tamanho da região L = 100 m e o tempo de
Apresentaremos alguns resultados obtidos pela solução simulação t = 10−6 s. As malhas espaciais e temporais
numérica para função de onda, dada pela Eq.(5). A Fig. são definidas, tais que, ∆x = 0.1 m e ∆t = 10−10 s. As
2 mostra os resultados obtidos
pela simulação numérica condições iniciais são tais que
πx
assumindo que ψx,o = sin e ψ̇x,o = 0. As malhas
L x∆x , 0≤x≤4
espaciais e temporais são definidas, tais que, ∆x = 0.05 m ψx,o = 5∆x , 5 ≤ x ≤ 10
e ∆t = 0.05 s, onde a velocidade de propagação v = (15 − x)∆x , 11 ≤ x ≤ 15
1 m/s, o tamanho da região L = 10 m e o tempo de
simulação t = 15 s. x2 ∆x , 0 ≤ x ≤ 4
ψ̇x,o =
A Fig. 3 mostra os resultados obtidos pela simulação 25∆x , 5 ≤ x ≤ 10
numérica assumindo que a função de onda e sua de-
riva inicial sejam, respectivamente, ψx,o = x e ψ̇x,o = 0. As notações de tempo apresentada nos gráficos são da
As malhas espaciais e temporais são definidas, tais que, seguinte forma, t = 1E − 8s = 1.0 × 10−8 s.
∆x = 0.1 m e ∆t = 0.01 s, onde a velocidade de propa- Como a onda se move com alta velocidade, ajustamos
gação v = 1 m/s, o tamanho da região L = 10 m e o as malhas espaciais e temporais para satisfazerem a con-
tempo de simulação t = 10 s. dição de estabilidade. Note que os intervalos de tempo
são bastante curtos, pois em 1 s este sinal/onda percorre
uma distância de 300 mil km. Logo, guardar todos esses
Figura 2: Solução numérica da equação de onda mecânica e estacionária para alguns instantes de tempo para função de onda inicial
trigonométrica.
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e20190064-6 Rediscutindo Soluções Numéricas de Equações de Onda
Figura 3: Solução numérica da equação de onda mecânica e estacionária para alguns instantes de tempo para função de onda inicial
linear.
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Silva e Helayël Neto e20190064-7
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e20190064-8 Rediscutindo Soluções Numéricas de Equações de Onda
voltados à análise desses fenômenos é de extrema impor- [6] G.M. Ortigoza Capetillo, Rev. Mexicana de Física 53,
tância. Neste sentido, buscamos apresentar uma solução 56 (2007).
numérica que visa descrever o fenômeno físico com uma
abordagem bastante simples e precisa. As vantagens em
utilizar soluções numéricas foram discutidas ao longo
deste artigo, visando mostra ao leitor sob quais aspectos
é viável utilizar soluções numéricas em confronto com
as soluções analíticas, que nem sempre é possível obtê-
las. No entanto, é sempre possível obter uma solução
numérica, permitindo assim, contornar o problema. Uma
outra vantagem é que sempre é possível simplificar o
problema proposto sem a necessidade de reescrever o
código desenvolvido para o caso geral.
A solução numérica apresentada neste artigo pode ser
aplicada tanto para ondas mecânicas, bem como, ondas
eletromagnéticas. Isso implica dizer que o código desen-
volvido para ambos os casos é o mesmo. A abordagem
deste artigo visa mostra de forma simples a resolução do
problema sob o ponto de vista de métodos numéricos,
bem como, mostrar aos leitores a importância de validar
sua solução numérica. Discutimos a importância de ter-
mos uma malha refinada para obtermos resultados mais
precisos, assim como, atender os critérios de estabilidade
do método proposto para que a solução numérica não se
afastar de forma significativa da solução analítica/exata
do problema.
Neste trabalho, utilizamos o método de diferenças fi-
nitas para discretizar as equações de onda mecânica e
eletromagnética. A solução numérica desta equação, per-
mite avaliar o comportamento dessas ondas sob diferentes
aspectos e condições, isto é, se propagando no vácuo, bem
como, vibrando ou se propagando em algum meio (ar,
água, gás). Os resultados obtidos para a validação do mé-
todo proposto foram bastante satisfatórios, permitindo
assim aplicar esta metodologia de cálculo para avaliar o
fenômeno físico.
Buscamos uma abordagem simples e precisa, pois o
nosso principal objetivo é trazer uma física que seja
acessível a todos os estudantes.
Material suplementar
O seguinte material suplementar está disponível online:
Apêndice.
Referências
[1] A.C.B. Machado, V. Pleitez e M.C. Tijero, Rev. Bras.
Ensino Física 28, 407 (2006).
[2] D. Halliday, R. Resnick e J. Walker, Fundamentos de
Física - Volume 2 (Editora LTC, São Paulo, 2016).
[3] C. Scherer, Métodos Computacionais da Física (Editora
Livraria da Física, São Paulo, 2010).
[4] S. Nakamura, Computational Method in Engineering and
Science (John Wiley and Sons, Nova Jersey, 1977).
[5] A.O. Fortuna, Técnicas Computacionais para Dinâmica
dos Fluidos (Editora Edusp, São Paulo, 2000).
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