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10 motivos paRA ˆ

vocE
aprender tudo sobrE
microbiota intestinal e
fazer a diferenÇa no seu
ATENDIMENTO
E-book Interativo
Quando você visualizar este símbolo acima, é só clicar e
desfrutar de conteúdo além deste material.

10 MOTIVOS

1 O Sistema Imunológico está 80% ligado ao Intestino.

2 A Perda de Peso não acontece com uma Microbiota Alterada!

Eixo intestino e Cérebro: seu paciente é ansioso ou


3 compulsivo ? Entenda como a microbiota afeta suas
Emoções e até mesmo o seu Apetite...

Inflamação Crônica – gatilhos inflamatórios podem vir da


4 Microbiota Intestinal e isso contribuir com o desenvolvimento
de Doenças Auto Imunes

Falta de Energia e Fadiga generalizada ? Saiba como o


5 desequilíbrio da Microbiota pode Drenar a sua Energia.

6 Probióticos funcionam ?

Microbiota é uma ciência relativamente Nova e que está em


7 constante Atualização. Não tem como parar de se Atualizar!

Você conhece como é o Equilíbrio das Bactérias em um


8 Paciente Saudável ?

A Genética influencia na nossa Microbiota e nas


9 Sensibilidades Alimentares ?

A Dieta é a melhor maneira de tratar a Microbiota


10 Intestinal. Mas qual Dieta Prescrever ?
OS 10 MOTIVOS

Olá, tudo bem? Antes de entrarmos no conteúdo do


material, só queria dizer que ficamos muito felizes em
saber que você está interessada em estudar mais a fundo
sobre a microbiota intestinal. Saiba que o fato de você
estar buscando se aprofundar em um dos temas com
mais pesquisas nos últimos anos, pode ser sem sombra de
dúvidas, um grande diferencial para a sua carreira.
MEUS PARABÉNS!

Agora, vamos estudar!


Para introduzir o tema e te mostrar 10 motivos para você
aprender tudo sobre microbiota intestinal e fazer a
diferença no seu atendimento, vamos dar uma passada
rápida em algumas curiosidades sobre a microbiota
intestinal. A primeira curiosidade coisa que vou te contar é
que a microbiota intestinal, em média, pesa
aproximadamente 0,3 % do peso corporal do indivíduo. Ou
seja, para um indivíduo de 70 kg, próximo de 200 g é o
que pesa a sua microbiota. Parece pouco,né? Pelo menos
em comparação aos efeitos que a mesma pode propiciar
ao seu organismo...

Mais uma curiosidade que quero te dizer é a seguinte: o


trato digestivo do ser humano mede cerca de 7 - 10 m,
sendo que só para dar um exemplo do quão grande é,
imagine se colocássemos o mesmo em superfície. Daria
para cobrir um apartamento estúdio de 30 - 40 m2.
Bastante coisa né? Mas não para por aí. É tanta bactéria
que suas células estão presentes em número compatível
às células humanas, no nosso corpo, além de que o
genoma humano consiste de aproximadamente 23000
genes, enquanto o nosso microbioma codifica mais de 3
milhões de genes.
OS 10 MOTIVOS

Ah, e lá vai mais um detalhe: 95 % das bactérias presentes


no seu corpo estão localizadas no intestino grosso, no
qual assim é um dos ecossistemas microbianos mais
densamente povoados (Veja a imagem abaixo).

Desse modo, com tanta bactéria, tenha em mente que o


intestino é de fato, uma "porta" para o nosso corpo, pois a
microbiota intestinal (que não é composta somente de
bactérias, mas também de outros microrganismos como
vírus e fungos) desempenha um papel importante na
capacidade intestinal de funcionar como uma barreira
auxiliadora do sistema imune, no combate aos patógenos.
OS 10 MOTIVOS

E para finalizar essa introdução do e-book com algumas


curiosidades sobre a microbiota intestinal, tenha em
mente que há uma correspondência entre a composição
da microbiota intestinal de cada indivíduo, como se fosse
a sua digital.

Para explicar melhor, entenda que a sua composição é tão


única como uma digital própria. Assim, pode-se dizer que
de acordo com a sua composição única, não somente o
processo digestivo das pessoas se dará de forma distinta,
mas também as funções essenciais relacionadas a
microbiota, como à proteção contra infecções.

Mas é claro que não para por aí! Venha comigo neste e-
book especial ao MICROBIOTA C.L.U.B.  que eu preparei
com muito carinho para você, e descubra 10 motivos para
você aprender tudo sobre microbiota intestinal e fazer a
diferença no seu atendimento.

Com muito carinho,

Coordenadora Técnica/Científica Microbiota C.L.U.B


Nutricionista especialista em Nutrição Clínica Funcional;
Mestre em ciências pela FMUSP;
Especialista em cuidados Integrativos pela UNIFESP;
FODMAP Training Monash University
O SISTEMA IMUNOLÓGICO
ESTÁ 80% LIGADO AO
INTESTINO
Sistema ImunolÓGICO E INTESTINO

O primeiro dos 10 motivos pelos quais você deve aprender


tudo sobre microbiota intestinal para fazer a diferença no
seu atendimento, é o seguinte: o sistema imunológico está
80 % ligado ao intestino. Neste momento, é provável que
essa afirmação soe como algo estranho e totalmente
novo para você. Porém, agora vou te explicar o porque
podemos afirmar isso.

O sistema imunológico e a microbiota intestinal possuem


um relacionamento mutualista, no qual é regulado e
cooperativo de modo que um esteja apoiado no outro,
desde o primeiro contato do bebê com seu micróbios
próprio, ao nascer.

Já a medida que crescemos, a microbiota molda o


desenvolvimento do nosso sistema imunológico, e o
sistema imunológico molda a composição da microbiota,
comunicação na qual é mantida ao longo da vida. Mas
sabe por que é tão importante que você saiba dessa
relação?

Devido ao fato de que 70 a 80% das células imunológicas


do corpo são encontradas no intestino. Mais precisamente,
cerca de 70 %  de todas as células do sistema imune
residem na parte proeminente do Tecido Linfóide
Associado à Mucosa (MALT), conhecida como Tecido
Linfóide Associado ao Intestino (GALT).

Além disso, aproximadamente 80 % das células


plasmáticas residem no GALT, sendo principalmente
células portadoras de Imunoglobulina A (IgA).
A PERDA DE PESO, NÃO
ACONTECE COM UMA
MICROBIOTA ALTERADA
Perda de peso e microbiota

É normal no consultório da nutricionista quando o objetivo


do paciente é a perda de peso, a atenção exacerbada ao
balanço energético negativo, a distribuição de
macronutrientes da dieta e se necessária, a
suplementação. Aí você pode parar para se perguntar:
isso está errado?

Em partes não. Mas digo "em


partes", pois a microbiota
intestinal desempenha um
papel importantíssimo no
processo de emagrecimento.
Provavelmente, a disbiose da
microbiota intestinal promove
a obesidade induzida pela
dieta e as complicações
metabólicas consequentes

Isso acontece devido a uma variedade de mecanismos,


incluindo a desregulação do sistema imune, do
metabolismo energético e dos hormônios intestinais, além
de mecanismos pró-inflamatórios.

De modo sucinto, tais alterações estão associadas


principalmente a produtos microbianos como os Ácidos
Graxos de Cadeia Curta (AGCC) e os Lipopolissacarídeos
(LPS), nos quais desempenham um papel funcional na
regulação do tecido adiposo e do metabolismo energético
, inclusive a nível mitocondrial.
EIXO INTESTINO E
CÉREBRO: SEU PACIENTE
É ANSIOSO OU
COMPULSIVO ? ENTENDA
COMO A MICROBIOTA
AFETA SUAS EMOÇÕES
E ATÉ MESMO O SEU
APETITE...
EIXO intestino e cÉREBRO

Em uma primeira vista, pode parecer algo muito distante


o intestino do nosso cérebro e das emoções, ou ainda da
regulação do apetite. Então, agora vou lhe apresentar
como o intestino pode influenciar o nosso cérebro, de
modo a que seja relacionado inclusive a ansiedade ou
episódios compulsivos do paciente. Conheça o eixo
intestino-cérebro!

Através das vias aferentes e eferentes do


nervo vago, há a comunicação entre o cérebro
e o intestino. Sentimentos como o medo e a
ansiedade, por exemplo, além de uma má
alimentação, podem alterar a secreção e
motilidade intestinal. Contudo, não somente
nós afetamos a nossa microbiota, o oposto
também acontece.

Isso de deve porque a comunicação deste eixo é como se


fosse uma via de mão dupla, onde o cérebro tem a
capacidade de influenciar a microbiota, alterando sua
flora pela ação de neurotransmissores. Assim como, a
microbiota intestinal é capaz de influenciar o
comportamento, a partir da produção de metabólitos que
atuam no sistema nervoso.

Para exemplificar esta relação, vamos utilizar a serotonina


como exemplo. No intestino, além da produção fisiológica
de serotonina, há também a captação do seu precursor: o
triptofano, que pode ser usado pelo sistema nervoso para
produção de mais serotonina.
EIXO intestino e cÉREBRO

Esse neurotransmissor exerce funções orgânicas


cerebrais, como: regulação do sono, humor, apetite e
temperatura corporal. O mesmo acontece com outras
substâncias, e sendo assim, existe uma relação de
dependência entre o sistema nervoso e o intestino (Veja a
imagem abaixo).

Resumidamente, podemos dizer que se a função intestinal


não é saudável, a função cerebral também não é
saudável, e claro, o contrário também é verdadeiro.

Sherwin et al., 2019.


INFLAMAÇÃO CRÔNICA:
OS GATILHOS
INFLAMATÓRIOS PODEM
VIR DA MICROBIOTA
INTESTINAL E ISSO,
CONTRIBUIR COM O
DESENVOLVIMENTO
DOENÇAS AUTOIMUNES
InflamaÇÃO CRÔNICA

A inflamação é um processo que ocorre naturalmente no


organismo humano, porém, no momento em que este
estado não cessa, de forma a que persiste cronicamente,
pode ser um dos fatores causadores de inúmeras doenças
metabólicas, como a obesidade e as doenças autoimunes.
E mais uma vez, a microbiota intestinal está relacionada a
este acontecimento, devido a que os gatilhos inflamatórios
podem originar-se a partir de modificações na
composição da microbiota intestinal.

No que diz respeito às doenças


autoimunes, são decorrentes de
um processo imunológico de
combate ao antígeno, mas que
não se encerra após a
eliminação do agente estressor
inicial, culminando em danos
aos tecidos.

A literatura também aponta a síndrome do leaky gut, na


qual, é conceituada pelo aumento da permeabilidade
intestinal advinda do disfuncionamento da barreira
entérica e que acarreta em uma rota paracelular de
antígenos, toxinas e bactérias, do lúmen intestinal para a
corrente sanguínea.

Como consequência dessa síndrome, há a intensificação


da resposta imunológica, que pode estar associada à
patogênese de diversas doenças autoimunes, como o
diabetes mellitus tipo 1, a esclerose múltipla, a doença
celíaca, a doença de Crohn e as doenças inflamatórias
intestinais.
InflamaÇÃO CRÔNICA

Tal relação se dá através do desencadeamento da


endotoxemia metabólica e da resposta inflamatória local
e sistêmica exacerbada (Veja a imagem abaixo), com
maior atividade de células do sistema imune inato e
adquirido, além de citocinas pró-inflamatórias como as
interleucinas e o fator de necrose tumoral (TNF).

Mu et al., 2017.
FALTA DE ENERGIA E
FADIGA GENERALIZADA ?
SAIBA COMO O
DESEQUILÍBRIO DA
MICROBIOTA PODE
DRENAR A SUA
ENERGIA...
FADIGA E MICROBIOTA

Dentre os 10 motivos que estou abordando com você aqui


no e-book, tá aí um que você não sabia. Acertei?

Sobre este tema, a microbiota intestinal


pode sim contribuir para a menor
disposição de energia do seu paciente
no dia a dia. Para te explicar como, o
eixo-intestino cérebro como exposto no
capítulo 3, relaciona-se a microbiota na
qual quando presente em estado
disbiótico, causa alterações nos níveis
de cortisol, serotonina e de citocinas
(TNF-Alfa, histamina e IL-6).

Somente as alterações decorrentes da disbiose intestinal


nesses hormônios e citocinas, poderiam ser ligadas a
menor disposição de energia do paciente, contudo, a
microbiota pode impactar diretamente o metabolismo
energético, a nível mitocondrial.

A mitocôndria é uma organela na qual é responsável por


dentre outras funções, pela regulação do metabolismo
energético através de processos como a fosforilação
oxidativa e a beta-oxidação dos ácidos graxos.

Sobre sua associação com a microbiota, sabe-se que há


um eixo bi-direcional entre microbiota-mitocôndria, por
meio da atuação dos AGCC e dos ácidos biliares em
fatores de transcrição responsáveis pela otimização do
funcionamento mitocondrial, como PGC-1Alfa e AMPK
(Veja a imagem na página seguinte).
FADIGA E MICROBIOTA

CLARCK; MACH., 2017.

Desse modo, a microbiota intestinal pode impactar não


somente na disposição para as atividades do dia a dia,
mas também, a performance esportiva.
PROBIÓTICOS FUNCIONAM ?
PROBIÓTICOS FUNCIONAM?

O fator primordial para que haja a adequação da


composição da microbiota intestinal do seu paciente é a
alimentação e o manejo do seu estilo de vida, como um
todo Contudo, sem sombra de dúvidas, quando necessária
a suplementação com probióticos pode ser feita para se
modular a microbiota intestinal, no momento em que o
objetivo é a melhora de parâmetros metabólicos, ou até
mesmo, a performance esportiva.

Recentemente, vêm sendo publicados trabalhos nos quais


relacionam o papel dos probióticos no manejo de doenças
e da inflamação. Dentre as condições estudadas nesses
trabalhos, a diabetes mellitus tipo 2 (DMT2) pode ser
incluída e cuidada através da suplementação dos
probióticos.

Como justificativa, no ano passado foi publicado um


estudo com o objetivo de avaliar os efeitos dos probióticos
na atenuação dos níveis de endotoxinas, e de outros
parâmetros cardiometabólicos correlacionados em
pacientes com DMT2 (Sabico et al., 2019).

Para tal, foi conduzido por seis meses, um ensaio clínico


duplo-cego randomizado e controlado por placebo.
PROBIÓTICOS FUNCIONAM?

No protocolo, 61 voluntários diabéticos recentemente


diagnosticados foram recrutados e divididos em dois
grupos, placebo ou suplementação de 2,5 X 106 cfu/g de
uma solução multi-cepas probiótica duas vezes ao dia
(Bifidobacterium bifidum W23, Bifidobacterium lactis W52,
Lactobacillus acidophilus W37, Lactobacillus brevis W63,
Lactobacillus casei W56, Lactobacillus salivarius W24,
Lactococcus lactis W19 e L. lactis W58).

Após a intervenção, os pesquisadores constataram que


houve uma diminuição significativa nos níveis circulantes
de endotoxinas, melhora na sensibilidade à insulina
(diminuição do HOMA-IR) e do perfil glicêmico de modo
geral, além da atenuação da concentração de colesterol
total e triglicerídeos, sendo o conjunto desses fatores
conhecido por seus benefícios ao status
cardiometabólico. 

No que se refere a inflamação, foi constatado um


aumento significativo na concentração das adiponectinas
e uma redução nos níveis de citocinas inflamatórias e da
proteína C-reativa.

Agora trazendo para o âmbito esportivo. Foi publicado um


estudo também no ano passado, no qual os
pesquisadores constaram que após a suplementação de
maratonistas com as cepas Lactobacillus acidophilus
CUL60, L. acidophilus CUL21, Bifidobacterium bifidum
CUL20, e Bifidobacterium animalis subsp.Lactis CUL34, foi
verificada uma redução significativa dos sintomas
associados ao desconforto gastrointestinal, como vômito,
náusea e flatulência (Pugh et al., 2019).
PROBIÓTICOS FUNCIONAM?

Porém, como te falei no início deste capítulo, os resultados


positivos acerca do papel dos probióticos na modulação
da microbiota intestinal não se restringem somente a dois
estudos, ou somente às cepas apresentadas nos mesmos.

Há inúmeros estudos acerca dos probióticos na prática


clínica, nos quais pode ter certeza que vamos abordar
com você no MICROBIOTA C.L.U.B., com muito mais
detalhes para você aprender a prescrever no seu
atendimento clínico.

Mas aqui no e-book, ainda não encerramos por hoje!


Vamos ao próximo capítulo...
MICROBIOTA É UMA
CIÊNCIA RELATIVAMENTE
NOVA E QUE ESTÁ EM
CONSTANTE
ATUALIZAÇÃO. NÃO TEM
COMO PARAR DE SE
ATUALIZAR!
Uma nova ciÊNCIA

Não sei quando você que está lendo este e-book se


graduou em nutrição. Ou pode ser que você nem se
formou ainda,... mas independente da situação, de uma
coisa eu tenho certeza: eu duvido que você tenha
estudado sobre microbiota intestinal de forma mais
robusta durante a sua graduação.

Digo por experiência própria, inclusive, pois aqui em São


Paulo mesmo, onde temos algumas das melhores
universidades do país, não há absolutamente nada sobre
a microbiota intestinal na grade curricular.

Contudo, isso não é "culpa" das instituições de ensino em


si. As pesquisas acerca da microbiota intestinal e sua
aplicação na melhora da saúde do ser humano são bem
recentes, sendo que não é exagero nenhum dizer que
quase todo mês, pelo menos, há algum estudo de grande
relevância científica publicado nas maiores revistas
científicas do mundo, como Nature, Cell Metabolism e GUT.

Assim sendo, procure sempre estar por dentro das novas


atualizações científicas do tema, pois se tem outra coisa
que tenho certeza nessa vida, é que se você quer fazer a
diferença realmente no seu atendimento clínico, de modo
a propiciar uma consulta cada vez mais individualizada ao
seu paciente, não tem como parar de estudar mais sobre
a microbiota intestinal.
VOCÊ CONHECE COMO É
O EQUILÍBRIO DAS
BACTÉRIAS EM UM
PACIENTE SAUDÁVEL ?
Eubiose e paciente saudÁvel

Você conhece como é o equilíbrio das bactérias em um


paciente saudável ? O chamado estado de eubiose?
Não tem como querer melhorar o intestino sem saber
onde você quer chegar, ou seja, sem ter em mente qual
composição da microbiota intestinal seria a mais
"adequada" ao seu paciente.

Porém, apesar de cada indivíduo receber um perfil


exclusivo de microbiota intestinal, pode-se dizer que a
microbiota é composta por diferentes espécies de
bactérias classificadas taxonomicamente por gênero,
família, ordem e filo, sendo tais fatores variáveis conforme
enterotipos, Índice de Massa Corporal (IMC), frequência de
exercícios, estilo de vida e hábitos culturais e alimentares.

Assim sendo, sinto em lhe informar, mas não existe uma


composição única e exclusiva como considerada como
perfeita ao ser humano, pois como você pode ver, existem
inúmeras especificidades e aspectos envolvidos.

Porém, de forma geral e


considerando-se um indivíduo
adulto saudável, a microbiota
intestinal é composta no que
se refere ao filo, de
aproximadamente 90 % de
Firmicutes e Bacteroidetes, até
8 % de Proteobactérias, e a
percentagem restante de
Actinobactérias, Fusobactérias
e Verrucomicrobia.
Eubiose e paciente saudÁvel

Já no que diz respeito ao


gênero, alguns das mais
importantes bactérias
comensais ao ser humano são
a F. Prausnitzii e a
Bifidobacteria, na qual devem
corresponder a 5 -10 % das
bactérias, além da
Arkkemansia e da Roseburia,
que espera-se que sua
população seja algo em torno
de 2 - 5 % para uma microbiota
intestinal saudável.
A GENÉTICA INFLUENCIA
NA NOSSA MICROBIOTA
E NAS SENSIBILIDADES
ALIMENTARES ?
microbiota e genÉTICA

De antemão já vou te deixar com a resposta ao título


deste capítulo: sim, a genética influencia na nossa
microbiota e nas sensibilidades alimentares, e não é
pouco. Todavia, uma frase que você deve ter em mente
para te acompanhar durante toda a sua carreira, é a
seguinte: genética não é destino

E para falar desta relação de modo sucinto, deve-se ter


em mente primeiro que microbiota e microbioma são
conceitos diferentes. A microbiota intestinal é o somatório
de todos os microorganismos que colonizam determinado
local, incluindo as bactérias, fungos, vírus e outros.

Em contrapartida, o microbioma representa o somatório


de todos os microorganismos, além do seu genoma e dos
fatores ambientais do seu hábitat. Assim, envolve o
somatório do bacterioma, viroma, micobioma e archaea.
E, ainda, pode incluir a combinação de dados da
metabolômica, metagenômica e/ou transcriptômica.

Assim sendo, de modo bem direto, cada pessoa segundo


fatores genéticos, pode reagir de uma forma diferente a
certo alimento. Ou seja, a sensibilidade alimentar que é um
termo utilizado para determinar reações tardias adversas
aos alimentos, levando horas ou dias para as primeiras
manifestações dos sintomas, se dá de modo distinto entre
as pessoas.
microbiota e genÉTICA

Tal sensibilidade no que se refere a dieta, pode ser


originada por exemplo do consumo elevado de FODMAPs.
Neste caso, as reações, apesar de serem as mesmas de
uma alergia, se manifestam geralmente de forma mais
leve, sendo mais direcionadas ao sistema gastrointestinal,
como diarreia, enjoos, constipação e o inchaço do
abdômen.

Além disso, concomitantemente, a sensibilidade alimentar


está associada ao desenvolvimento de doenças, como a
doença inflamatória intestinal e a síndrome do intestino
irritável.

GenÉTICA
NÃO É
DESTINO!
A DIETA É A MELHOR
MANEIRA DE TRATAR A
MICROBIOTA INTESTINAL.
MAS QUAL DIETA
PRESCREVER ?
PRESCRIÇÃO DIETÉTICA

Qual dieta prescrever? Esta é uma pergunta difícil de ser


respondida!

Digo isso pois cada paciente é um caso à parte. Um caso


único. Ou seja, tudo vai depender do paciente e de suas
condições, mas de modo geral, algumas das dietas mais
bem postuladas para o tratamento da disbiose intestinal
são a dieta LOW FODMAP (quando bem planejada), a
dieta plant based e a dieta do mediterrâneo (Veja o
esquema abaixo).

Rinninella et al., 2019.


PRESCRIÇÃO DIETÉTICA

Além disso, indivíduos que sofrem com quadros de


disbiose e síndrome do intestino irritável, quando expostos
a uma alimentação baseada em alimentos in natura e
minimamente processados, aumentam a oferta de
nutrientes essenciais para que os microrganismos
benéficos continuem a se reproduzir e ainda para modular
a microbiota, o uso de probióticos podem ser também
uma boa opção.

Por fim, considerando a incidência de casos de ansiedade


e depressão, pacientes que sofrem dessas condições
podem estar com problemas relacionados a microbiota
intestinal. O nutricionista pode fazer esse rastreio através
de uma boa avaliação, que envolve compreender o hábito
alimentar, investigar se há desconfortos relacionados ao
trato gastrointestinal, como anda a frequência de
evacuações e o uso contínuo de medicamentos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
ConsideraÇÕES FINAIS

Como consideração final acerca do conteúdo deste


material, lembre-se que o controle da disbiose intestinal
pode ser efetuado através de estratégias que contam
com a individualidade alimentar, buscando alinhar
preferências alimentares com uma dieta que apresente
uma variedade de fibras alimentares, gorduras
insaturadas, proteína vegetal e polifenóis, além do
consumo mínimo de 2 L de água ao dia.

Mas como você pode ver neste e-book, o cuidado com a


saúde intestinal vai MUITO além das recomendações
gerais feitas no parágrafo acima (Veja a imagem abaixo).

Valdes et at., 2018.


ConsideraÇÕES FINAIS

A microbiota intestinal deve estar na linha de frente da


prevenção e do tratamento de muitas das doenças que
acometem o ser humano nos dias de hoje, mas não
somente as doenças em si pode ser impactadas pela
nossa microbiota. A performance esportiva é outro campo
que cada vez mais, conta com mais pesquisas nas quais
associam os microorganismos intestinais ao desempenho
do praticante do exercício físico.

Sendo assim, como você pode


perceber, ainda há muito mais a ser
explorado sobre a microbiota
SAVE
intestinal e para te ajudar neste
caminho, criamos o MICROBIOTA
C.L.U.B, no qual é o primeiro
congresso especializado em
microbiota intestinal do Brasil e
acontecerá on-line, nos dias 15 e THE DATE
16/08.

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venda. Assim, você aproveita  a melhor promoção
disponível durante todo o evento, além de benefícios
exclusivos. Venha conosco e de fato, aprenda cada vez
mais sobre como a sua conduta clínica quando aliada ao
entendimento da microbiota intestinal, pode fazer a
diferença no seu atendimento.

ATÉ LOGO!
nos vemos dias 15 e 16 de agosto
ReferÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CLARK, Alisson. The Crosstalk between the Gut Microbiota and


Mitochondria during Exercise. Frontiers in Physiology, [S. l.], p. 1-14, 19 maio
2017.
FURMAN, David et al. Chronic inflammation in the etiology of disease
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SHERWIN, Eoin et al. Microbiota and the social brain. Science, [S. l.], p. 1-12,
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VALDES, Ana M et al. Role of the gut microbiota in nutrition and health. The
Karina Al Assal
BMJ, [S. l.], p. 1-11, 13 jun. 2018.
Responsável Técnica
karinaalassal@gmail.com
11 99219-2640

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