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Adela Cortina
Um impulso para a cidadania ativa
Hoje com 58 anos, a eterna militante dos direitos humanos iniciou sua carreira no
âmbito da metafísica, até se interessar pelo estudo da fundamentação ética – em
especial, dos fundamentos da ética comunicativa criada a partir do filósofo alemão
Jürgen Habermas – realizado na Alemanha. Neste período, se deu conta da
importância da aplicação do aprendizado às distintas esferas da vida social.
Cbio – Mas não há alguém tão vulnerável, a ponto de não conseguir movimentar-
se para melhorar?
Adela – Claro!
Por exemplo, a Medicina se relaciona efetivamente aos seres vulneráveis.
Doentes são especialmente vulneráveis. Temos, entretanto, que preparar as
distintas comunidades e grupos, com a meta de torná-los hábeis a defender-se da
vulnerabilidade.
O que queremos? Uma comunidade apta a buscar assistência sanitária; a
questionar a respeito de seus direitos e dificuldades, para ter saúde. Muito mais
auto-suficiente do que aquela que precisa que outros lhe mande remédios, comida
e ajuda.
- "A ética serve para fazer parte das pessoas, o que não é um mau projeto. Para
que tenham ideais de justiça e vida. É isso: a ética serve para que sejamos mais
justos e felizes"
- "Um dos grandes desafios do século XXI é conseguir que os que tenham o poder
tenham também a ética. Parte da salvação da humanidade está justamente que a
ética chegue ao poder"
- "Quando existe uma forma de vida em que a felicidade é ir às compras e essas
compras se tornam um fim em si mesmas, sem dar-se conta de quem está ao lado
morrendo de fome, percebemos que o consumismo está expulsando a
solidariedade"
- "Os políticos deveriam perceber que deveriam ser responsáveis com as coisas
que fazem. E os cidadãos, que deveriam ser mais participativos"
- "A globalização tem nos levado a temas que, em curto prazo, podem ser terríveis
e fazer com que haja maior distância entre os países ricos e os países em
desenvolvimento. A brecha é cada vez maior entre os que não interessam a
ninguém e aqueles que se distraem consumindo como loucos"
- "Se uma empresa gastou uma enorme quantidade de dinheiro para patentear um
gene, quer comercializá-lo imediatamente. Isso aumenta a responsabilidade dos
pesquisadores, muito mais preparados do que as empresas para atenderem
moratórias e esgotarem todos os prazos, até ver os resultados".