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Relatório Interno de Investigação Pesqueira n° 42

SELECTIVIDADE DAS REDES DE ARRASTO DE CAMARÃO NA BAIA DE MAPUTO


As opiniões expressas neste estudo são dos autores e não reflectem necessariamente as opiniões do
Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (IIP) ou o mandato deste.
O conteúdo desta publicação/relatório ou parte da mesma, não deverá ser reproduzida, sem referência
explicita da fonte (citação devida).

Autor: SAMUCIDINE, Kélvin Ano: 2020


Título: Selectividade das redes de arrasto de camarão na Baía de Maputo
Publicação: Relatório Interno de Investigação Pesqueira,Nº42
Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Maputo. 20p.

Propriedade: Instituto Nacional de Investigação Pesqueira


Título: Relatório Interno de Investigação Pesqueira no 42, Maio de 2020
Autores: Kélvin SAMUCIDINE
Direcção: José Mário Mafuca e Isabel Chaúca
Comissão Editorial: Isabel Chaúca, José Halafo e Rafael Rafael
Coordenação de Edição: Elisa Ofinar
Capa, Arranjos e Design Gráfico: Fligência Djedje
Impressão: IIP
Tiragem: 35 exemplares
Endereço: Av. Mao Tsé Tung, n o 389; Telef.: (+258) 21 490 536 / 21 490 307 / 82 311 8530
Fax: (+258) 21 492112
MAPUTO - MOÇAMBIQUE
Relatório Interno de Investigação Pesqueira nº 42

SELECTIVIDADE DAS REDES DE ARRASTO DE CAMARÃO NA BAIA DE MAPUTO

Kélvin Samucidine

Instituto Nacional de Investigação Pesqueira


Índice

1. Introdução ............................................................................................................................. 1

2. Objectivos ............................................................................................................................... 3

2.1. Objectivo Geral ................................................................................................................ 3

2.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 4

3. Revisão bibliográfica ............................................................................................................ 4

4. Material e m Métodos ........................................................................................................... 4

4.1. Área de estudo .................................................................................................................. 4

4.2. Enquadramento e descrição do cruzeiro........................................................................... 5

4.3. Material ............................................................................................................................ 6

4.4. Amostragem ..................................................................................................................... 6

4.4.1. Recolha de amostras ................................................................................................. 7

4.4.2. Processamento das amostras biológicas.................................................................... 8

4.5. Análise de dados............................................................................................................... 8

5. Resultados e Discussão ......................................................................................................... 9

5.1. Composição dos tamanhos das principais espécies de camarão ...................................... 9

5.2. Selectividade das redes de malha 45 mm e 55 mm na captura de camarão ................... 12

6. Conclusões ........................................................................................................................... 15

7. Recomendações ................................................................................................................... 16

8. Referências Bibliográficas .................................................................................................. 17


1. Introdução

A pescaria de camarão na Baía de Maputo, desempenha um importante papel socioeconómico no seio das
comunidades costeiras.

Esta actividade beneficia em torno de 3000 famílias (entre pescadores, comerciantes e carpinteiros
navais), destacando-se entre as mais importantes fontes de emprego e segurança alimentar (Michaque,
2008). A produção contribui com cerca de 50% do volume de capturas desembarcadas anualmente (IIP,
2013), sendo destinada ao abastecimento do mercado interno e exportação ao mercado regional (Dengo e
Govender, 1999).

A nível da Baia de Maputo, a pescaria encontra-se inserida na Pesca de Pequena Escala, englobando a
pesca semi-industrial e a pesca artesanal. Paralelamente, é também reconhecida a presença de um número
considerável de recolectores1 usando redes mosquiteiras ao longo das fozes dos rios que desaguam na
Baia (Bacaimane, 2005). No entanto, de acordo com Afonso (2009) a valorização comercial deste recurso
na escala regional reside entre outros aspectos, na abundância e tamanhos atractivos, excluindo desse
modo a fracção proveniente das artes não regulamentadas. Assim, a contribuição efectiva em receitas
anuais é proveniente dos desembarques dos arrastões da frota semi-industrial e da pesca artesanal, sendo
estimada em cerca de 3,5 milhões de USD (Monteiro e Marchand, 2009).

Embora a pescaria se realize um pouco por toda extensão da Baía de Maputo, o maior esforço de pesca
encontra-se concentrado em pequenas áreas perfazendo aproximadamente 225 km2 (Pegado et al., 2001).
De acordo com Coelho (1972), a concentração efectiva do esforço de pesca nessas áreas é largamente
associada as condições de acesso pelo tipo de arte, podendo a sua eficiência variar com as marés tal como
descrito em Pegado et al., (2001). As áreas hospedam desde os estágios pós-larvares à sub-adultos da
maioria das espécies de camarão penaeideo, como sejam Penaeus indicus, Metapenaeus monoceros,
Penaeus japonicus, Penaeus monodon, e Metapenaeus stebbingi, sendo as duas primeiras, historicamente
apontadas como as mais abundantes e de maior valor comercial (Chauca et al., 2007).

A espécie Penaeus indicus, também denominada “camarão branco”, habita as áreas costeiras sobre fundos
lodosos e arenoso, distribuindo-se por profundidades que variam entre 2 – 90 metros. A sua importância
comercial é fundamentalmente atribuída a abundância relativa em áreas acessíveis a Pesca de Pequena
Escala, bem como os apreciáveis tamanhos (Fêmeas, CT=228 mm); (Machos, CT=184 mm) (Fisher et al.,
1990).

1Grupo de pescadores sem barco (maioritariamente composto por Mulheres e crianças), que se dedicam a captura de Juvenis de
penaeideos e alguns representantes da família Sergestidae (Acetes erythaeus e Parapenaeopsis aclivirostris), para consumo local
em forma de camarão seco (Dengo & Govender, 1999)
1
A espécie Metapenaeus monoceros, também denominada “camarão castanho”, habita as áreas costeiras,
distribuindo-se por profundidades que variam de 1 a 60 metros. Representa a segunda espécie mais
importante em virtude da sua abundância relativa em áreas acessíveis a pesca de pequena escala, bem
como os apreciáveis tamanhos (Fêmeas, CT=195 mm); (Machos, CT=150 mm); (Fisher et al., 1990).

Refira-se no entanto, que a produção de camarão referente ao mais recente período tem evidenciado
variações acentuadas na contribuição das espécies, sendo marcadas pela redução de espécies comerciais a
favor de outras espécies (Fig. 1). A tendência se mostra ainda mais evidente nos arrastões da frota semi-
industrial em relação as artes da pesca artesanal que capturam camarão (arrastos para bordo, arrasto para
praia e emalhe de fundo) (Die et al., 2013).

Figura 1: Variação da composição das capturas nas diferentes artes de pesca de camarão no período 2007 - 2013

Entre as prováveis hipóteses, um enfoque particular tem sido dirigido ao surgimento de espécies exóticas
de camarão (Metapenaeus dobsoni e Parapenaeopsis sculptilis).

A espécie Metapenaeus dobsoni, reconhecida por habitar as águas costeiras com fundo lodoso (37 metros
no estágio adulto), figura entre as mais importantes em algumas zonas de distribuição natural,
representando cerca de 50% do camarão desembarcado anualmente (Ex: Kerala - India).

Apesar do tamanho pouco atractivo (macho, CT=118 mm; fêmea, CT=130 mm) a sua importância
encontra-se associada as elevadas capturas anuais (Ex: Chennai, 545 ton). É ainda caracterizada por
apresentar uma alta tolerância a variações de salinidade (3 – 25 ppt), rápida maturidade sexual (Machos,
CT=59 mm; fêmeas, CT=84 mm) e altamente fecunda (34500 – 159000 ovos/individuo).

2
Esse leque de aspectos ecológicos da espécie provavelmente confira alguma vantagem competitiva para
ocupação do nicho ecológico na Baia de Maputo (espaço e alimento), ao que segundo Leão et al., (2011)
poderá interferir no sucesso reprodutivo e renovação do stock das espécies nativas. Actualmente, a sua
contribuição nas capturas totais já se mostra bastante pronunciada comparativamente as espécies nativas
comerciais (Metapenaeus dobsoni, 39%; Penaeus indicus 34%; Metapenaeus monoceros, 22%; outros
camarões, 5%) (IIP, 2012). Ao contrário das espécies comerciais (P. indicus e M. monoceros) cuja
biomassa explorável se mostra pronunciada entre Março a Julho, a ocorrência da espécie exótica (M.
dobsoni) parece se estender ao longo da campanha de pesca.

De acordo com os operadores da pescaria, a tendência dominante cada vez crescente desta espécie, tem
contribuido para a redução dos benefícios económicos em virtude da fraca apreciação no mercado
regional. Entre as implicações a nível da indústria pesqueira, tem sido apontada a paralização da frota
devido a fraca compensação dos custos de operacionalização.

Alternativamente, tem sido debatida a praticabilidade de uma pesca selectiva desta espécie, como uma
medida de controle da velocidade de sua propagação (invasão do nicho) bem como de optimização do
recurso através do abastecimento do mercado doméstico. De acordo com os mesmos, a medida poderá
contribuir para o amortecimento dos custos de opercionalização das embarcações em períodos de fraca
produção das espécies comerciais.

Desse modo, o presente estudo visou essencialmente analisar a eficiência das redes de malhas 45 mm e 55
mm para a optimização das capturas do camarão exótico Metapenaeus dobsoni, tendo em conta a
sustentabilidade das espécies nativas comercialmente importantes.

O mesmo representa uma importante contribuição na definição de estratégias para uma pesca profitável
ao longo da campanha (equilibrio entre rendimentos Vs custos de operacionalização da frota), bem como
de controle da invasão efectiva pela espécie exótica M. dobsoni.

2. Objectivos

2.1. Objectivo Geral

Avaliar a eficiência da malha de 45 mm nos arrastões semi-industriais para optimização das capturas de
camarão (espécies comerciais e exóticas).

3
2.2. Objectivos específicos

 Analisar a composição dos tamanhos das principais espécies de camarão (P. indicus, M.
monoceros, P. sculptilis e M. dobsoni) no período de veda;

 Analisar a selectividade das redes de arrasto (45 mm e 55 mm) em relação as espécies de camarão
(P. indicus, M. monoceros, P. sculptilis e M. dobsoni).

3. Revisão bibliográfica

A selectividade da arte de arrasto traduz a capacidade de retenção de diferentes tamanhos e espécies na


captura durante um arrasto, em função do tamanho populacional acessível a pesca (Wileman et al., 1996).
Segundo o mesmo autor, essa capacidade é regulada por especificidades tecnológicas das redes,
permitindo que os arrastos seleccionem determinadas espécies (selecção específica) ou determinados
tamanhos (selecção dos tamanhos) da população. Para a pescaria do camarão, um determinado
comprimento da carapaça “L” tem uma probabilidade de ser retido na rede r (L) que pode variar de 0
(0%) à 1 (100%). No entanto, entre os factores que possam influenciar essa probabilidade (padrão de
selecção) figuram: tipo de costura das malhas, diferenças no tamanho da malha dos panos, bloqueio das
malhas por acumulação da produção e resíduos, velocidade do arrasto, reacções comportamentais dos
recursos relativamente ao tipo de arte (Barco, Motor, e ruídos hidro-acústicos) (Pinto, 1997). Uma arte
selectiva poderá ser descrita como ecologicamente sustentável quando per si assegurar a minimização das
capturas de espécies não alvas, bem como tamanhos não apropriados (Nguyen, 2013).

Assim, estudos sobre selectividade das redes revestem-se de grande importância para minimizar os efeitos
negativos dos arrastos aos recursos pesqueiros. Paralelamente, se por um lado a eficiência das artes é
parcialmente afectada pela sua capacidade selectiva, um ajuste efectivo da performance da arte poderá
contribuir para uma gestão cada vez sustentável dos níveis de mortalidade por pesca.

4. Material e m Métodos

4.1. Área de estudo

A Baia de Maputo representa a segunda mais importante área de pesca de camarão, a seguir ao Banco de
Sofala e encontra-se localizada a sul de Moçambique entre os paralelos 25°55' S e 26°10' S e os
meridianos 32°40' E e 32°55' E. Encontra-se ligada ao oceano Indico no extremo Nordeste através de uma

4
entrada com cerca de 18 km de largura, estendendo-se desde Macaneta até a ilha dos Portugueses a
Sudeste (Lencart e Silva, 2007). No extremo Sul, encontra-se a Península de Machangulo e a Este, as
Ilhas da Inhaca e dos Portugueses, protegendo a Baía das correntes e ondas oceânicas (Fig 1). Com uma
extensão de 1200 km2, a área autorizada à actividade pesqueira na Baía de Maputo é estimada em 503,2
km2 (Bacaimane, 2005). No entanto, embora a pescaria se realize um pouco por toda extensão da Baía de
Maputo, o maior esforço de pesca encontra-se concentrado em pequenas áreas, fortemente influenciadas
pelo tipo de maré (Pegado et al., 2001) (Fig. 2).

Figura 2: (I) Baía de Maputo (a sul de Moçambique); (II) principais limites geográficos: a) Ponta Macaneta; b) Ilha dos
Portugueses; c) Ilha de Inhaca; d) Estuario do Incomati; e) Estuario do Espirito Santo; f) Estuario do rio Maputo; g) Cidade de
Maputo. (III) Zona de pesca de camarão, com indicação das áreas de concentração do esforço de pesca em função do tipo de
maré. Fonte: Adaptado de Lencart e Silva (2007) e Pegado et al. (2001)

4.2. Enquadramento e descrição do cruzeiro

O estudo foi realizado no âmbito de um programa de monitorização da pescaria de camarão na Baia de


Maputo, visando a optimização dos rendimentos face ao aparecimento das espécies exóticas. O mesmo foi
executado através de um cruzeiro de investigação no período de veda, ao abrigo de uma cooperação entre
a associação dos Armadores da Pesca Semi-industrial de camarão e o Instituto Nacional de Investigação
Pesqueira - IIP.

O cruzeiro decorreu no mês de Fevereiro de 2014, período que de acordo com Die et al (2013) é registada
a maior biomassa de camarão e a mais diversa em composição por espécies. As sessões de arrasto tiveram
lugar a bordo de uma embarcação licenciada para a pesca semi-industrial, denomina de Onda do Mar
5
(Mar Sul, Lda), com um comprimento total de 13,6 m, 190 HP, TAB 24,2 e conservação da produção a
gelo. O cruzeiro consistiu essencialmente em jornadas diárias (05:00 – 17:00), contando com uma
tripulação composta por técnicos do IIP e um grupo “efectivo” de pescadores afectos a mesma
embarcação em campanhas comerciais. Para o presente estudo foram realizados 13 dos 16 arrastos
planificados, cobrindo a extensão da área sob influência dos estuários do Espirito Santo e Incomati
(aproximadamente 90 Km2). De acordo com Pegado et al., (2001), esta área regista o maior esforço de
pesca das artes camaroneiras, em virtude da abundância de camarão e riqueza específica.

4.3. Material

 3 Coletes salva vida


 3 capas de chuva
 3 pares de luvas
 3 pares de botas
 1 aparelho GPS
 1 aparelho CTD
 2 Balanças 10 kg
 2 Craveiras
 2 Baldes de 20 kg
 2 pranchetas
 Fichas de amostragem

4.4. Amostragem

A amostragem foi efectuada com base no modelo aleatório. Para o efeito foi considerado o estrato de
pesca sob forte influência dos estuários do Espirito Santo e Incomati, reconhecido pela grande diversidade
e abundância relativa das espécies de camarão (Pegado et al., 2001 e Samucidine e Hagy, em preparação).

6
4.4.1. Recolha de amostras

As amostras da produção foram obtidas com base no procedimento de pesca usado nos arrastões
comerciais, devidamente sincronizados com o ciclo de maré. Por cada tipo de maré (viva e morta) foram
realizados arrastos sucessivos, perfazendo 13 dos 16 arrastos planificados (fraccionados
proporcionalmente em relação ao tipo de maré).

A eficiência das redes foi avaliada com base na selectividade das malhas de 45 e 55mm (redes de teste),
permitindo inferir sobre a quantidade de camarão que escapa através das malhas do saco. Para o efeito, o
fundo do saco de cada rede (45 e 55 mm) foi coberto com um saco de maior abertura (número de malhas)
mas com um tamanho da malha menor (35 mm), conforme ilustrado abaixo (Fig. 3).

Figura 3. Representação esquemática do sistema de redes usado nos arrastos de camarão para análise da
selectividade das malhas 45mm e 55mm. Fonte: adaptado de Rotherham et al, 2008

Cada arrasto teve a duração de 45min, controlada em tempo real com o auxílio de GPS, a uma velocidade
constante de 3.5 km/h.

Ao fim de cada arrasto, a produção das redes de teste (45mm ou 55mm) era despejada na popa da
embarcação e estimado o seu peso por meio de observação directa e conversão em número de caixas de
30 kg, seguindo-se o registo da informação em Fichas de Diário de Bordo. O mesmo procedimento era
seguido em relação a produção retida no saco duplo (35 mm).

A selectividade das malhas foi então analisada por meio da comparação dos tamanhos do camarão retido
no saco das redes de teste (45mm e 55 mm) e o camarão retido no saco duplo (35mm), tal como descrito
em Sparre e Venema (1997).
7
4.4.2. Processamento das amostras biológicas

Por cada arrasto foi recolhida uma amostra aleatória equivalente a 10 % da captura total. Para o efeito, foi
usada como unidade de medida uma caixa de 30 kg, que era preenchida por fracções retiradas de
diferentes locais (centro, margens, de cima e de baixo) da captura total, com recurso a uma pá (Palha de
Sousa et al., 2008).

Com base na referida amostra, era efectuada a análise da composição da captura, consistindo
essencialmente em uma triagem da produção, identificação das espécies e separação por sexos, medição
dos comprimentos da carapaça, contagem e pesagem.

4.5. Análise de dados

A selectividade das redes foi determinada com base na probabilidade de um determinado comprimento da
carapaça de camarão S (L) ser retido na rede. A relação foi posteriormente representada graficamente
através da função logística (Eq. 1), resultando em uma curva sigmoidal também conhecida como “Curva
de selectividade” (semelhante a curva de distribuição normal acumulada).

1
SL  Eq. 1; (Sparre & Venema, 1997)
1  exp( S1  S 2 * L)

podendo no entanto ser reescrita

ln(1 / S L  1)  S1  S 2 * L Representando uma recta;

Onde:

Nr de ind . com compr. L no saco


SL 
Nr de ind . com compr. L no saco mais os no saco duplo

L – é o ponto médio (comprimento médio) do intervalo das classes de comprimentos;

S1 e S2 - representam os parâmetros “a” e “b” da recta.


8
A fracçao retida (SL.obs) em cada rede de teste (malhas 45 e 55 mm), foi usada para determinar a curva
logística que se ajustasse aos comprimentos médios observados em cada classe de tamanho.

A performance da selectividade da rede de arrasto foi descrita com base nos parâmetros:

( S1  ln 3)
L25  Eq. 2 (Sparre & Venema, 1997);
S2

S1
L50  Eq. 3 (Sparre & Venema, 1997)
S2

( S1  ln 3)
L75  Eq. 4 (Sparre & Venema, 1997);
S2

2 * ln 3
SR  L75  L25  Eq.5 (Nguyen, 2013)
S2

Onde:

 L25, L50 e L75 - comprimento de indivíduos com 25%, 50% e 75% de probabilidade
respectivamente, de ser retido na rede;
 SR – Intervalo de comprimentos compreendido entre L25% e L75%, que é simétrico em torno de
50% (Intervalo de selecção).

5. Resultados e Discussão

5.1. Composição dos tamanhos das principais espécies de camarão

Durante o período de estudo foi analisada a distribuição dos tamanhos das espécies exóticas e comerciais
capturadas com recurso as redes de 45 mm e 55mm de tamanho de malha (Fig. 4).

A espécie P. indicus foi capturada na faixa de tamanho entre 21 a 49 mm de comprimento da carapaça,


compreendendo a maior frequência de indivíduos na classe 25 – 29 mm e o comprimento médio da
carapaça estimado em 31 mm.

9
A espécie M. monoceros foi capturada na faixa de tamanhos entre 11 a 43 mm de comprimento da
carapaça, com a maior frequência de indivíduos na classe 20 – 23mm e o comprimento médio da carapaça
estimado em 23 mm.

A espécie M. dobsoni foi capturada na faixa compreendida entre os 9 a 25 mm de comprimento da


carapaça. A maior frequência de indivíduos foi registada na classe 15 – 21 mm e o comprimento médio da
carapaça, estimado em 19 mm.

A espécie M. sculptilis foi capturada na faixa entre os 9 e 47 mm de comprimento da carapaça, com uma
distribuição bi-modal. A maior frequência de indivíduos foi registada nas classes 19 a 25mm e 34 a 36
mm de comprimento da carapaça e o comprimento médio da carapaça, estimado em 27mm.

Figura 4. Distribuição por comprimentos da carapaça para as espécies P. indicus, M. monoceros, P. sculptilis e M. dobsoni.

De um modo geral, a distribuição dos tamanhos observada para as espécies comerciais (P. indicus e M.
monoceros) pode ser descrita como típica para o período em análise, maioritariamente composta pelo
grupo etário sub-adultos.

Relativamente a espécie P. indicus a dominância relativa do grupo etário sub-adultos, traduz uma
contribuição massiva do recrutamento que, segundo Chauca et al., (2007) e Cristo & Mascarenhas (1986),
10
atinge o pico entre Janeiro e Março. O estágio adulto por outro lado, embora amplamente representado em
termos de classes de tamanho [31 – 49], a baixa frequência relativa observada para as diferentes classes
(<10%) poderá reflectir a contribuição dos sobreviventes da campanha anterior no stock, tal como
descrito em (Sparre & Venema, 1997).

Para a espécie M. monoceros, a maior frequência relativa deste grupo etário parece ser mais evidente em
um intervalo de classes bastante restrito (19 - 23 mm). Este facto, poderá ser atribuído a dinâmica de
recrutamento da espécie. De acordo com (Brinca & Palha de Sousa, 1984) uma vez que o recrutamento
decorre por um período relativamente prolongado (Dezembro-Junho), a abundância mensal de indivíduos
poderá se mostrar fraca em algumas áreas e por conseguinte, uma fraca contribuição de tamanhos. Para o
período em análise, o grupo etário adulto [CC > 29mm] se mostrou fracamente representado em termos
de classes de tamanho, com frequência relativa igualmente baixas (<5%). Essa tendência poderá traduzir
uma baixa taxa de sobrevivência na campanha anterior, tal como descrito em Sparre & Venema (1997).

Em relação a espécie exótica M. dobsoni, a distribuição dos tamanhos esteve maioritariamente


representada pelo grupo etário adultos [CC > 18mm]. Essa configuração poderá sugerir uma alta taxa de
sobrevivência de recrutas no estágio juvenil e sub-adultos, registando um crescimento pronunciado
durante o período de veda. Tendo em conta o seu padrão de reprodução anual, caracterizado por
apreciáveis taxas de fecundidade (34500 – 159000 ovos/individuo) (Pillai & Thirumilu, 2013), a maior
contribuição de sub-adultos possivelmente seja registada no decurso da campanha de pesca. A ocorrência
da espécie ao longo de toda a campanha (tal como reportado pelos pescadores), possivelmente seja
atribuída a um equilíbrio entre os pulsos de recrutamento e a pressão de pesca em uma área restrita da
Baia de Maputo.

A espécie P. sculptilis se mostrou amplamente representada em tamanhos, dominando no entanto, o grupo


etário juvenis e sub-adultos [9 – 30mm]. A frequência de indivíduos adultos observada sugere uma taxa
de sobrevivência apreciável na campanha de pesca anterior, que poderá estar associada a dispersão para
áreas de refúgio pouco acessíveis para os arrastões.

Complementarmente, a distribuição bimodal da frequência nas diferentes classes, poderá significar


alguma segregação espacial para os grupos etários (disponibilidade de alimentos ou áreas de refúgio).
Essas hipóteses, podem ainda ser suportadas com base nos depoimentos dos pescadores, segundo os quais
a espécie demonstra um padrão de ocorrência bastante esporádico pressupondo o processo de adaptação
ao ecossistema.

11
Por outro lado, a composição dos tamanhos observada reflecte essencialmente uma variação ontogénica
da dieta entre os estágios juvenil e adulto. Essa observação é suportada por Franco et al (2006), segundo o
qual, a composição dos tamanhos do camarão nos grupos etários, é largamente atribuída ao tipo alimentos
e respectiva disponibilidade na área de pesca considerada. Em Juvenis e Sub-adultos, a dieta consiste
essencialmente na produção primária e microfitobentos; e em adultos (epibenticos), consiste em
microinvertebrados como gastrópodes e poliquetos.

5.2. Selectividade das redes de malha 45 mm e 55 mm na captura de camarão

De um modo geral, a malha de 45mm demonstrou um padrão de selecção intra-específico, sendo descrito
pela selecção de uma faixa de tamanhos especifica para determinada espécie (Fig. 5).

Para a espécie P. indicus, a maior selecção de tamanhos usando a rede de 45 mm de malha foi registada
no intervalo compreendido entre 29 – 34 mm de comprimento da carapaça, sendo o L50 (tamanho com
50% de probabilidade de retenção) estimado em 32 mm. No entanto, a substituição pela rede de malha de
55mm resultou em um incremento no intervalo de selecção de [29 – 34mm] para [29-40mm], incidindo
sobre um calibre ligeiramente maior, descrito por um L50 de 35 mm de comprimento da carapaça.

Para a espécie M. monoceros, a malha de 45 mm demonstrou um intervalo de selecção relativamente


amplo, compreendido entre 16 – 30 mm de comprimento da carapaça, e um L50 de 24 mm. A
substituição pela rede de malha 55 mm não resultou em uma alteração no intervalo de selecção dos
tamanhos, permanecendo a faixa compreendida entre [16-30mm] de comprimento da carapaça bem como
a incidência sobre calibre de 24 mm, tal como observado com a malha de 45 mm.

A espécie P. sculptilis foi maioritariamente seleccionada no intervalo compreendido entre 9 – 23 mm de


comprimento da carapaça, sendo o L50 de 16 mm. No entanto, a substituição pela rede de malha 55 mm
resultou em um incremento bastante significativo tanto no intervalo de selecção de [9 – 23mm] para [25-
45mm], bem como sobre a incidência para calibres relativamente maiores (34 mm de comprimento da
carapaça).

Para a espécie M. dobsoni, a selecção usando a malha de 45 mm incidiu sobre uma faixa de tamanhos
relativamente maior, compreendida entre 10 – 24 mm de comprimento da carapaça, e o L50 estimado em
16 mm. A substituição pela rede de malha 55 mm resultou em um incremento no intervalo de selecção de
[10 – 24mm] à [21 – 27 mm], bem como sobre calibres ligeiramente maiores (23 mm de comprimento da
carapaça).

12
13
Figura 5: curvas de selectividade da malha 45 mm e 55 mm para as espécies de camarão P. indicus, M. monoceros,
P. sculptilis e M. dobsoni.

De um modo geral, a alteração da malha de 55mm para 45 mm não resultou em mudanças significativas
no padrão de selecção inter específica, capturando as principais espécies que compõem o stock de
camarão da Baia de Maputo (P. indicus, M. monoceros, P. sculptilis, M. dobsoni). Em relação a
composição dos tamanhos de camarão, ambas redes (45 e 55 mm), permitem a exclusão de juvenis das
espécies comerciais (P. indicus e M. monoceros), não evidenciando variações significativas nos tamanhos
médios capturados (L50= 32, L50= 24) respectivamente.

Relativamente as espécies exóticas, a redução do intervalo de selecção de tamanhos de [25 – 45 mm] a [9


– 23 mm] em P. sculptilis sugere alguma redução do seu valor comercial, em virtude da incidência das
capturas sobre tamanhos médios relativamente menores (16mm) que os registados na malha de 55mm
(34mm). No entanto, tendo em conta o fraco conhecimento sobre a dinâmica da população desta espécie
na Baia de Maputo, até então com um padrão de ocorrência (espaço-temporal) bastante esporádico, pouco
se pode inferir sobre a sustentabilidade dos tamanhos.

Para a espécie M. dobsoni por outro lado, com um padrão de ocorrência (espaço-temporal) mais ou menos
regular, a redução do intervalo de selecção dos tamanhos [21 – 27mm] para [10 – 24mm] não interfere no
seu valor comercial. De acordo com os operadores da pesca, a sua valoração é atribuída a contribuição em
número de indivíduos por unidade de medida, sendo a produção destinada a subsistência e ao
abastecimento dos mercados locais (comércio de pequena escala).

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Selecção passiva

Sob ponto de vista ecológico, as diferenças observadas no padrão de selecção das malhas 55mm e 45mm
poderão ser atribuídas ao efeito conjugado dos factores como taxa de captura, bloqueio das malhas pela
composição das capturas e reacções comportamentais das espécies de camarão (Pinto, 1997).

Tendo em conta o próprio mecanismo de arrasto demersal, o sistema de cabos na boca da rede provoca
uma densa “nuvem” de lodo que provavelmente reduza a visibilidade da maioria dos recursos. O efeito
assim criado reduz a capacidade selectiva dos arrastos, recolhendo a maior fracção de recursos ao longo
da trajectória (capturabilidade), e por conseguinte reduzindo a capacidade de escapar através das malhas
da rede. De acordo com Isaksen & Larsen (1993) esse efeito reflecte um padrão típico de arrastões em
águas tropicais e sub-tropicais, sendo as reacções comportamentais para escape através das malhas,
geralmente descritas como passivas.

Complementarmente, a tendência cada vez crescente da biomassa dessa espécie exótica, sugere o sucesso
reprodutivo e por conseguinte alguma vantagem competitiva na ocupação dos nichos relativamente as
restantes espécies de camarão. De acordo com Leão et al. (2011) essa tendência representa uma eminente
ameaça de invasão, que poderá resultar no desaparecimento das espécies nativas comerciais.

Desse modo, embora o uso da malha 45 mm possa representar alguma ameaça a sustentabilidade dos
tamanhos das espécies exóticas, uma alocação espaço temporal do esforço de pesca poderá constituir uma
alternativa de controlo à propagação e dominância dessas espécies pelas áreas de pesca.

6. Conclusões

O uso de malha de 45 mm se mostrou bastante eficiente para optimização das capturas da espécie exótica
M. dobsoni, não interferindo significativamente na sustentabilidade dos tamanhos para as espécies
comerciais P. indicus e M. monoceros (permite que indivíduos com tamanho pequeno escapem da rede).

No entanto, o uso dessa malha no início da campanha (Março – Junho) poderá implicar uma fraca
selecção do tamanho comercialmente óptimo (malha de 55mm - L50 35mm de CC; malha de 45 mm –
L50 32mm de CC) para a espécie P. indicus, e portanto o rápido declínio do stock.

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7. Recomendações

Para a optimização dos rendimentos médios anuais da pesca semi-industrial, recomenda-se um ajuste
espacial e temporal no uso das malhas 55 mm e 45 mm.

 Para o efeito, reveste-se de extrema importância a monitorização do padrão de dominância relativo


das espécies nas principais áreas de arrasto (Samucidine e Hagy, em preparação) no decurso de uma
campanha de pesca anual. A acção visa optimizar a eficácia da malha 45 mm em relação as áreas e
períodos de maior abundância da espécie exótica M. dobsoni sem prejuízo sobre a sustentabilidade
ecológica das espécies comercialmente importantes (P. indicus e M. monoceros).

 A alocação óptima (em áreas e períodos de pesca adequados) poderá entre outros benefícios, permitir
um controlo da dispersão da espécie Metapenaeus dobsoni, reduzindo a pressão de pesca sobre
outras áreas importantes e por conseguinte a recuperação de biomassa desovante (Penaeus indicus).

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8. Referências Bibliográficas

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