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DIREITO INTERNACIONAL 18/02/20

Prof. Guilherme Bystronski

Aula 04 | Sujeitos de DI. Personalidade jurídica internacional. Indivíduos.

Objetivo da Aula
Fornecer os conceitos de sujeito de DI e de personalidade jurídica internacional e explicar como
os sujeitos de DI não são idênticos em sua natureza e na extensão dos seus direitos e obrigações
internacionais. Explicar como os indivíduos podem adquirir direitos e obrigações internacionais.

Pontos do edital abordados: 4

Leituras Obrigatórias
• Celso – Capítulos XV e XXIX (até o parágrafo 311 – 311A em diante somente no módulo
Atena).
• Guido – Capítulo 7 e Parágrafo 7.3 (recomendado)
• Accioly – Parágrafos 1.6 e 1.6.1
• Rezek – Parágrafos 83, 84, 85, e 86.

Leituras Avançadas
Amaral Júnior – Parágrafo 3.1 e 3.4.
Mazzuoli – Parágrafos 1, 2, 3, e 8 do Capítulo I da Parte II
Portela – Parágrafos 1, 5, e 7 do Capítulo IV da Parte I

Noção de ordem pública traduz os valores defendidos pelo homem médio de cada sociedade e
consagrados no contexto da legislação do seu Estado. A noção de ordem pública evolui de
acordo com a evolução dos valores de cada sociedade, não é estática e congelada no tempo.

Princípio da Ordem Pública


A adequação das normas estrangeiras a tal princípio é verificada pelos tribunais locais. Sendo
considerada a norma estrangeira ofensiva à nossa ordem pública, aplica-se o direito brasileiro.

Quando a norma estrangeira for diferente da norma brasileira, deve-se verificar se ela se adequa
à nossa ordem pública. Se ela violar valores essenciais da nossa nação e sociedade, cabe ao juiz
invocar o princípio da ordem pública.

SUJEITOS DE DIP

A personalidade jurídica é adquirida por um indivíduo a partir de seu nascimento com vida. No
início do século XX, apenas os Estados podiam adquirir direitos e deveres no âmbito
internacional. Hoje, ao lado dos Estados, diversas outras pessoas possuem direitos e obrigações
internacionais. Com a evolução do DIP, essas pessoas foram paulatinamente adquirindo
personalidade jurídica internacional.

É fundamental ter muito cuidado com quem se lê em DIP: para o Rezek, por exemplo, indivíduos
não são sujeitos de DIP – e, para o CACD, baseando-se em doutrina majoritária, isso está errado.

Sujeitos de DIP são todas as pessoas/entidades capazes de titularizar direitos e obrigações


segundo o ordenamento jurídico internacional. Em outras palavras, sujeitos de DIP são todas as
pessoas físicas e jurídicas a quem o DIP atribui/reconhece direitos e deveres internacionais.
Todo sujeito de DIP é um ator internacional, mas nem todo ator internacional é sujeito de DIP.
Um exemplo disso são as ONGs.

Por definição, todo sujeito de DIP possui personalidade jurídica internacional. Esses dois
conceitos andam sempre de mãos dadas. A personalidade jurídica internacional é um
status/condição/qualidade que o DIP atribui a certas pessoas, e não a outras, e que permite aos
sujeitos de DIP exercerem os direitos e as obrigações internacionais que lhes são reconhecidos
pelas normas internacionais.

→ Exemplos: ONGs, como já se disse, não são sujeitos de DIP; mas já instituições de
iniciativas privadas, excepcionalmente elas podem ser sujeitos de DIP.

Como uma pessoa recebe personalidade jurídica internacional e passa a possuir direitos e
obrigações internacionais? Em relação à personalidade jurídica internacional, pode-se afirmar
que esse status é atribuído pelas normas internacionais aos sujeitos de DIP mediante uma
qualificação que se utiliza de critérios encontrados no próprio DIP. Se a pessoa preenche os
critérios para ser qualificada como tal, ela é sujeito de DIP.

→ Exemplo: Palestina na atualidade. Pode-se qualificar a Palestina como sujeito de DIP


hoje? Se ela preencher os critérios para se qualificar como sujeito de DIP, sim. Caso
contrário, não. Dando um passo atrás, para responder à questão é necessário definir se
a Palestina é um Estado ou não. E quais seriam os critérios para que ela seja reconhecida
como um Estado pelo governo brasileiro? São quatro critérios que devem ser
preenchidos para que um Estado seja um Estado: (i) população permanente, (ii)
território definido, (iii) governo efetivo e (iv) soberania externa na condução de seus
negócios internacionais. Para o Brasil, desde 2010, a Palestina preenche todos esses
critérios para ser reconhecida como Estado. Para alguns países, ao contrário do
entendimento brasileiro, a Palestina ainda não é um Estado; quando esse é o caso, no
entanto, é comum esses países atribuírem ao povo palestino a condição de sujeito de
DIP, no contexto de reconhecimento da OLP (Organização para a Libertação da
Palestina) como movimento de libertação nacional, categoria reconhecida como sujeito
de DIP.

Essa qualificação promovida pelo DIP, além de revelar quais pessoas podem ser consideradas
como sendo sujeitos de DIP, fixa-lhes também o alcance e o conteúdo da sua capacidade em
possuir direitos e obrigações internacionais. OIs (Organizações Internacionais) são sujeitos de
DIP, mas seus direitos e obrigações internacionais não são iguais aos dos Estados, por exemplo.

Assim, para cada categoria de sujeito de DIP, existe um conjunto próprio de direitos e obrigações
internacionais. A personalidade jurídica internacional dos sujeitos de DIP é distinta: cada sujeito
de DIP a possuirá de acordo com seus próprios aspectos.

Classificação das modalidades de personalidade jurídica internacional em diferentes


categorias:

1. Personalidade jurídica internacional originária x derivada

(a) Personalidade jurídica internacional originária. Estados continuam a ser


considerados como sendo os mais importantes membros da sociedade
internacional (continuam a ser sujeitos de DIP por excelência). São os
Estados, ainda hoje, os principais responsáveis tanto pela criação quanto
pela implementação das normas internacionais. Em outras palavras, a
existência dos Estados como sujeitos de DIP é algo imprescindível e
indissociável da atual sociedade internacional. A posse pelos Estados de
personalidade jurídica internacional decorre da própria natureza e
estrutura da atual sociedade internacional – o Princípio da Igualdade
Soberana é o responsável por atribuir aos Estados suas capacidades
internacionais (direitos e obrigações que podem possuir no âmbito da
sociedade internacional). Em relação aos Estados, então, pode-se afirmar
que sua personalidade jurídica internacional é originária. Seus direitos e
obrigações decorrem da sua própria existência como Estado. De acordo
com a doutrina majoritária hoje em DIP, quem tem personalidade jurídica
internacional são apenas os Estados.

(b) Personalidade jurídica derivada. Para todos os demais sujeitos de DIP, suas
capacidades internacionais decorreriam da vontade dos Estados. Seriam os
Estados, ao criar normas internacionais, que atribuiriam a outras pessoas
algumas capacidades para serem sujeitos de DIP. É nesse sentido que esses
sujeitos de DIP possuiriam personalidade jurídica derivada. Em relação a
indivíduos, por exemplo, sua personalidade jurídica internacional é
derivada.

2. Personalidade jurídica internacional plena x limitada

a) Personalidade jurídica internacional plena. Apenas os Estados possuem


personalidade jurídica internacional plena — não há quaisquer outros
sujeitos de DIP que possuam capacidades internacionais como as
titularizadas pelos Estados.
b) Personalidade jurídica internacional limitada. Afirma-se, em relação aos
demais sujeitos de DIP, que sua personalidade jurídica internacional é
limitada. Isso se deve ao fato de suas capacidades internacionais não
atingirem a mesma amplitude daquelas exercidas pelos Estados.

3. Personalidade jurídica internacional objetiva x qualificada

(a) Personalidade jurídica internacional objetiva. Abrange os Estados, os


indivíduos e a maioria das OIs. Quando a personalidade jurídica
internacional é objetiva, a mera existência daquela pessoa é suficiente para
que possa titularizar personalidade jurídica internacional. Caso Bernadotte,
CIJ (Corte Internacional de Justiça) – nesse caso, afirmou a CIJ que as OIs de
grande dimensão, como a ONU, possuem personalidade jurídica
internacional objetiva. A decisão implica que até mesmo Estados que não
são membros da ONU devem aceitar isso.

(b) Personalidade jurídica internacional qualificada. É aplicada aos demais


sujeitos de DIP. Exemplos: movimentos de libertação nacional, CICV (Comitê
Internacional da Cruz Vermelha) etc. Somente aqueles que reconhecerem a
existência desses sujeitos de DIP admitirão que eles possuem personalidade
jurídica internacional. Um exemplo disso é o CICV — há Estados que não
reconhecem a competência desse comitê para ser sujeito de DIP.

Capacidades internacionais
No Brasil, o professor Guido Soares, em sua obra Curso de Direito Internacional Público, indica
cinco categorias fundamentais de capacidades internacionais que os Estados possuem. Em
relação às capacidades internacionais, os Estados sempre as possuem; os demais sujeitos de DIP
possuem algumas delas, mas não todas; e quem não é sujeito de DIP não possui nada.

1) Capacidade de produzir atos jurídicos internacionais. Esse será o tema da semana que
vem.

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