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Objetivo da Aula
Fornecer os conceitos de sujeito de DI e de personalidade jurídica internacional e explicar como
os sujeitos de DI não são idênticos em sua natureza e na extensão dos seus direitos e obrigações
internacionais. Explicar como os indivíduos podem adquirir direitos e obrigações internacionais.
Leituras Obrigatórias
• Celso – Capítulos XV e XXIX (até o parágrafo 311 – 311A em diante somente no módulo
Atena).
• Guido – Capítulo 7 e Parágrafo 7.3 (recomendado)
• Accioly – Parágrafos 1.6 e 1.6.1
• Rezek – Parágrafos 83, 84, 85, e 86.
Leituras Avançadas
Amaral Júnior – Parágrafo 3.1 e 3.4.
Mazzuoli – Parágrafos 1, 2, 3, e 8 do Capítulo I da Parte II
Portela – Parágrafos 1, 5, e 7 do Capítulo IV da Parte I
Noção de ordem pública traduz os valores defendidos pelo homem médio de cada sociedade e
consagrados no contexto da legislação do seu Estado. A noção de ordem pública evolui de
acordo com a evolução dos valores de cada sociedade, não é estática e congelada no tempo.
Quando a norma estrangeira for diferente da norma brasileira, deve-se verificar se ela se adequa
à nossa ordem pública. Se ela violar valores essenciais da nossa nação e sociedade, cabe ao juiz
invocar o princípio da ordem pública.
SUJEITOS DE DIP
A personalidade jurídica é adquirida por um indivíduo a partir de seu nascimento com vida. No
início do século XX, apenas os Estados podiam adquirir direitos e deveres no âmbito
internacional. Hoje, ao lado dos Estados, diversas outras pessoas possuem direitos e obrigações
internacionais. Com a evolução do DIP, essas pessoas foram paulatinamente adquirindo
personalidade jurídica internacional.
É fundamental ter muito cuidado com quem se lê em DIP: para o Rezek, por exemplo, indivíduos
não são sujeitos de DIP – e, para o CACD, baseando-se em doutrina majoritária, isso está errado.
Por definição, todo sujeito de DIP possui personalidade jurídica internacional. Esses dois
conceitos andam sempre de mãos dadas. A personalidade jurídica internacional é um
status/condição/qualidade que o DIP atribui a certas pessoas, e não a outras, e que permite aos
sujeitos de DIP exercerem os direitos e as obrigações internacionais que lhes são reconhecidos
pelas normas internacionais.
→ Exemplos: ONGs, como já se disse, não são sujeitos de DIP; mas já instituições de
iniciativas privadas, excepcionalmente elas podem ser sujeitos de DIP.
Como uma pessoa recebe personalidade jurídica internacional e passa a possuir direitos e
obrigações internacionais? Em relação à personalidade jurídica internacional, pode-se afirmar
que esse status é atribuído pelas normas internacionais aos sujeitos de DIP mediante uma
qualificação que se utiliza de critérios encontrados no próprio DIP. Se a pessoa preenche os
critérios para ser qualificada como tal, ela é sujeito de DIP.
Essa qualificação promovida pelo DIP, além de revelar quais pessoas podem ser consideradas
como sendo sujeitos de DIP, fixa-lhes também o alcance e o conteúdo da sua capacidade em
possuir direitos e obrigações internacionais. OIs (Organizações Internacionais) são sujeitos de
DIP, mas seus direitos e obrigações internacionais não são iguais aos dos Estados, por exemplo.
Assim, para cada categoria de sujeito de DIP, existe um conjunto próprio de direitos e obrigações
internacionais. A personalidade jurídica internacional dos sujeitos de DIP é distinta: cada sujeito
de DIP a possuirá de acordo com seus próprios aspectos.
(b) Personalidade jurídica derivada. Para todos os demais sujeitos de DIP, suas
capacidades internacionais decorreriam da vontade dos Estados. Seriam os
Estados, ao criar normas internacionais, que atribuiriam a outras pessoas
algumas capacidades para serem sujeitos de DIP. É nesse sentido que esses
sujeitos de DIP possuiriam personalidade jurídica derivada. Em relação a
indivíduos, por exemplo, sua personalidade jurídica internacional é
derivada.
Capacidades internacionais
No Brasil, o professor Guido Soares, em sua obra Curso de Direito Internacional Público, indica
cinco categorias fundamentais de capacidades internacionais que os Estados possuem. Em
relação às capacidades internacionais, os Estados sempre as possuem; os demais sujeitos de DIP
possuem algumas delas, mas não todas; e quem não é sujeito de DIP não possui nada.
1) Capacidade de produzir atos jurídicos internacionais. Esse será o tema da semana que
vem.