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I – DEFINIÇÃO
O nome por si só já sugere do que se trata. Um movimento cuja ênfase maior está na luta da igreja de Cristo contra Satanás e seus demônios, conflito
de natureza espiritual quanto aos métodos, armas, estratégias e objetivos.
O termo “Batalha Espiritual ” exige muito cuidado. Pois em quanto no final do séc. XVIII e inicio do XIX vemos o apogeu do Iluminismo com o seu
racionalismo totalmente avesso ao sobrenatural, pensamento que arrebanhou muitos teólogos onde negava à existência do inferno, céu, diabo e até o
próprio Deus. Em meados da década de 50 do séc. passado começou-se uma nova perspectiva de vê o sobrenatural. O invisível começou a ter forte
ênfase, o pior e que o pendulo foi para o outro extremo, estava alicerçado em experiências e não na exegese bíblica. Quando na igreja o estudo serio,
paciente, analítico e piedoso das Escrituras é substituído pelo folclórico, romântico e irresponsável colecionar de experiências, o Deus Soberano,
Independente, Onipotente é na pratica e também na teologia trocado por “ser” impotente e dependente que contempla inseguro a batalha, mas como um
torcedor do que como um soberano. Uma teologia como essa não pode produzir mais que entrevistas à demônios, crentes amedrontados e demônios
sobreestimados. Nesta situação de abandono da fé bíblica e histórica precisamos como bons soldados de Cristo a Suficiência da Expiação e das
Escrituras.
II – ESTAMOS EM BATALHA
A Teologia Reformada foi bastante sensível em sua eclesiologia defendendo que a igreja nesta mundo é uma “Igreja Militante” em pleno combate.
Berckhof diz: “que a igreja vive em uma guerra contra o mundo hostil em todas as formas em que se revele, seja na igreja ou fora dela, e contra todos os
poderes espirituais das trevas ”.
Os puritanos também se preocuparam com esta peleja crendo na existência dos poderes do mal. Eles nunca foram defensores da batalha espiritual
como é apresentado hoje. Mas escrevem sobre este conflito. O puritano William Gurnal escreveu “O Crente na Armadura Completa” que fala sobre Efésios
seis. O teólogo congregacional Martin Loyde Jones em sua série de exposições sobre Efésios, dedicou vários estudos sobre o assunto. John Bunuan,
autor do clássico “O Peregrino” narra o confronto do cristão com Apolion que procura impedir sua caminhada à cidade celestial.
As Escrituras falam com bastante veemência que estamos vivendo em um constante conflito espiritual. Conforme Paulo em Efésios 6.10-20 estamos numa
luta sem tréguas contra principados e potestades. Aos corintios ele fala de quais armas devemos usar (2 Co 10.3-5). Nesta luta não existe pacifista nem
neutralidade e qualquer evangélico que seja fiel as Escrituras não pode se mostrar cético a esta realidade. Paulo ao escrever aos tessalonicenses revela
que a sua visita foi impedida por Satanás (I Ts 2.17-18). No caso de Elimas, o apóstolo repreendeu e pronunciou juízo divino sobre o feiticeiro (At 13.11) e
expeliu diversas vezes demônios (At 13.11, 16.18, 19.11). As Escrituras são claras ao exortar a igreja sobre a existência deste conflito e sobre a
necessidade de vigilância e preparo.
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13/01/2011 Igreja Congregacional no Bessa
► Exercer, e não contemplar, sua autoridade. Fomos revestidos da Panoplian de Deus não para nos tornarmos um corpo fechado em si próprio residindo
em terra firme, mas para uma Missão como forasteiros e peregrinos em lugares incertos.
► Arar, salgar, iluminar, transformar, proclamar, chamar até à última fronteira. Missões não pode ser um programa eclesiástico – é a forma de viver da
Igreja.
A autoridade cristã baseia-se naquilo que somos e naquilo que somos chamados a ser: nação santa. É necessário desassociarmos a Panoplian,
autoridade de Deus, da figura única de uma Igreja lutando face a face com o Diabo. A Panoplian de Deus antes de mais nada deve ser exercida quando nos
trancamos em nossos quartos, confrontamos a nossa fé com aquilo que experimentamos em nossas vidas, tratamos o pecado como pecado, choramos as
lágrimas amargas do pecador, somos perdoados, transformados, nos renovamos no Senhor, o Espírito Santo aponta o caminho, seguimos, saímos do
quarto novos e limpos outra vez. Somente uma Igreja santificada em seu quarto alcançará os homens no mundo.
II – A ARMADURA
Neste capítulo veremos de forma sintética o texto de Efésios 6.11-18. O apóstolo exorta a igreja a tomar a “armadura” para que estejam firmes diante
das ciladas do diabo (11) e resista o dia mal (13). Várias interpretações foram dadas a expressão “armadura” o Dr. Loyde Jones advogava que são as
grandes verdades do evangelho ou seja, a fé cristã. Outro puritano chamado William Gurnall entendia a armadura como o próprio Cristo ao comparar com
Romanos 13.14. Podemos acreditar na complementação de ambas interpretações. Esta armadura compõe-se das seguintes peças:
► A verdade como cinto v.14: É possível que Paulo esteja falando aqui do aposto a mentira, como ele fala nesta carta (4.25,5.9). Porém também pode se
referir a verdade do evangelho a sã doutrina pura e sem mentiras (4.14-15).
► A justiça como couraça v. 14b: Paulo pode está se referindo ao caráter justo como já se fez menção (4.24, 5.9). Também a justiça imputada pelo
justificador que funciona contra os ataques mortais do diabo (Rm 8.1,38-39).
► Fé como escudo v.16: A fé é importante, pois está ligado ao conhecimento Escriturístico e confiança em Deus por meio desta temos condição de
defendermos contra suas setas venenosas.
► Salvação como capacete v. 17: Significa que aqueles que foram salvos por Deus estão salvos dos ataques mortais do diabo. Embora, ainda possam ser
atingidos, mas jamais poderão ser arrancados das mãos do Redentor. O capacete representa a perseverança de Deus para com os santos.
► A Palavra como espada v. 17b: O apóstolo se refere a Palavra escrita dos Testamentos que será como espada que o Espírito nos dará para
enfrentarmos as ciladas do inimigo como Cristo enfrentou no deserto.
O estudo da Batalha Espiritual apesar de nos deixar alerta, não deve produzir em nós temor, pois Aquele que chama para a missão também vai com os
seus ceifeiros (Mt 28.20; Rm 8.27,34), limita as ações do inimigo (Jó 1.12,2.6; Lc 22.31-32; Jd 6) e delega autoridade aos seus enviados (Lc 10.18-20; Fp
4.13; I Tm 1.12).
Nas Escrituras observamos alguns termos que descrevem a vitória de Cristo e sua implicação: 1. A serpente esmagada (Gn 3.15), 2. Potestades
despojadas (Cl 2.14-15), 3. O valente amarrado (Mc 3.26-27) e 4. O dragão amarrado (Ap 20.1-3) e outros. Pelo fator tempo e espaço nos deteremos no
ponto dois.
3.1 Potestades despojadas (Cl 2.14-15).
A linguagem aqui é militar. Ele fala de despojar, triunfar e expor ao desprezo. A palavra “despojar” significa “despir” na língua grega. Ela é usada para
descrever o que ocorria, no mundo antigo quando o soldado vencia seu adversário: ele despojava de suas vestes e principalmente de suas armas,
desarmando-o completamente. Cristo desarmou satanás (Lc 11.22). Um exemplo bem conhecido é o do despojamento de Sodoma e Gomorra (Gn 14.11).
Conclusão
O estudo da Batalha Espiritual é importante para saúde da igreja,pois é uma doutrina bíblica e seu estudo errôneo acarretará mais em malefícios sem
precedentes.
DISCIPULADO
A palavra discipulado está relacionada á idéia de disciplina. Acima de tudo dos discípulos requer disciplina. Jesus não chamava homens apenas para que o
seguissem, Ele exigia que renunciassem a tudo.
I. ETIMOLOGIA DA PALAVRA
A palavra portuguesa discípulo vem do latim “discípulos” que significa aluno ou aprendiz. A raiz verbal é discere que significa ensinar. O termo hebraico
“talmid”, aprender conforme em I Crônicas 25.8, ao referir-se aos alunos da escola de música do templo. Naturalmente, a aprendizagem necessariamente
subentende a prática daquilo que se aprendeu, e é então que temos o discipulado. De acordo com o uso posterior entre os hebreus, a palavra “talmudim”
(discípulos) veio a indicar os que seguiam os rabinos e seus pensamentos.
A palavra grega correspondente é µάτθέτές – “mathetés” de onde também deriva a palavra que significa “aprender”. No Novo Testamento a palavra discípulo
ocorre 250 vezes nos evangelhos e em Atos (Jo 1.35; Mt 11.2; Mc 2.18; Lc 11.1, 10.24). A responsabilidade dos cristãos consiste em “fazer aumentar o
número de discípulos de Jesus”, mediante a evangelização mundial (Mt 28.19-20). No Livro de Atos, o termo “discípulos” é o vocábulo mais distintivo para
indicar aqueles que confiavam em Cristo e procuravam seguir o seu caminho (At 6.1-2,7; 9.1; 11.26; 18.23; 19.1; 21.4,16).
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um de nós, carpinteiro que se assentava com pecadores, sua encarnação foi tamanha que foi necessário um beijo do traidor para que o Deus – Homem
fosse diferenciado de Pedro, João, Tiago, Bartolomeu e os demais apóstolos. Chorou pela morte de seu amigo Lázaro, (Jo 11.35) sentiu alegria (Jo 17.13).
Cristo se envolveu com os seus discípulos (Mt 5.1-2; 15.32; Mc 6.34; Jo 8.2).
2.2.2 Ensino Ortodoxo.
Cristo se mostra preocupado não apenas com a alma existencial humana mais também pelo ensino sério das Escrituras, pois Ele sabia que os seus
dramas emocionais estariam condicionados a capacidade de compreensão das Sagradas Escrituras. Jesus mostra logo nos capítulos iniciais da Mateus
seu profundo conhecimento do Antigo Testamento. Ele refuta o diabo usando as Escrituras, no seu primeiro sermão expõe com precisão o Antigo
Testamento. Ele ensina aos seus discípulos a realidade do Reino:
a) Felicidade dos servos do Reino. Mt 5.1-12
b) Santidade dos servos do Reino. 5.13-16
c) Amor dos servos do Reino. 5.43-47
d) Descanso dos servos do Reino. 6.25-34
2.2.3 Ortopraxia.
O ensino de Cristo destacou-se não apenas pela sua oratória e substância, mas principalmente pela sua prática (Mt 11.28-29; 26.26-39). Jesus é a
ilustração viva de seus ensinamentos. O discipulador deve preocupar-se com o seu exemplo e não apenas em um conjunto de doutrinas (I Co 9.27). Paulo
instruiu a Timóteo de seguinte forma (I Tm 4.16): “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás,
tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”.
2.2.4 Mestre que ouvia.
Deve haver no discipulador não apenas a habilidade de expor e informar doutrinas, credos e heresias. Ele deve aprender a ouvir. É ouvindo que se
percebe as dúvidas, conflitos e traumas. Deve haver comunicação e não um monólogo (Mt 9.27-34; 19.16-30; Mc 9.24; Jo 4.3).
Conclusão
O discipulado é um fator importantíssimo para a saúde da igreja, a sua negligência poderá acarretar em superficialidade doutrinária e espiritualidade
morna.
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