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FÍSICA FRENTE A

Antônio Máximo
Beatriz Alvarenga
Carla Guimarães

TEMPERATURA – DILATAÇÃO – GASES


1 Temperatura e dilatação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Temperatura e escalas termométricas . . . . . . . . . . . . . . . 4
Dilatação dos sólidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Dilatação dos líquidos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2 Comportamento dos gases . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Transformação isotérmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Transformação isobárica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Transformação isovolumétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Lei de Avogadro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
Equação de estado de um gás ideal . . . . . . . . . . . . . . . 34
Modelo molecular de um gás . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Comportamento de um gás real . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
Revisão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

2122816 (PR)
MÓDULO
Temperatura –
dilatação – gases

A dilatação dos trilhos devido a temperaturas altas pode


causar descarrilamento de trens. Na foto, um trem da empre-
sa Amtrak, que saiu de Chicago com destino a Union Station,
em Washington, descarrilou em Kensington, em 29 de julho de
2002. Danos causados nos trilhos devido a altas temperaturas
foram apontados como causa principal.
REX FEATURES/KEYSTONE BRASIL
REFLETINDO SOBRE A IMAGEM

Se deixarmos uma garrafa com líquido no con-


gelador por muito tempo, o líquido congela e,
comumente, a garrafa quebra. Quando se tem
dificuldade para abrir um vidro com tampa de
rosca, é comum despejar água quente na tam-
pa para ficar mais fácil abri-lo. Você sabe por
que isso acontece? Ou por que são deixados
espaços entre os trilhos de trem e nos viadutos?
Para compreender fenômenos térmicos como
esses, é fundamental entender o que é tempe-
ratura e quais as consequências de suas varia-
ções em sólidos e líquidos.

www.sesieducacao.com.br
CAPÍTULO

1 Temperatura e dilatação

Veja, no Guia do Professor, o quadro de competências e habilidades desenvolvidas neste módulo.

Objetivos:
TEMPERATURA – ESCALAS TERMOMÉTRICAS
c Relacionar e aplicar
os conceitos de Equilíbrio térmico
temperatura e
Usando o tato, podemos perceber, entre dois corpos, qual é o mais quente e qual é o mais
equilíbrio térmico.
frio, isto é, sabemos reconhecer qual dos dois tem temperatura mais elevada. Em outras palavras,
c Identificar e relacionar a temperatura de um corpo é uma propriedade relacionada com o fato de ele estar mais quente ou
temperaturas em mais frio.
diferentes escalas Suponha que tivéssemos, em um ambiente isolado de influências externas, dois corpos com
termométricas. temperaturas diferentes: uma pedra de gelo e uma chaleira com água fervente, por exemplo. À medida
que o tempo passa, mesmo que os corpos não estejam em contato, notamos que a água fervente
c Reconhecer os fatores irá esfriar, enquanto o gelo irá se aquecer, derretendo. Depois de certo tempo, os corpos atingirão a
que influenciam na mesma temperatura, isto é, as temperaturas dos corpos deixarão de sofrer alterações. Dizemos, então,
dilatação térmica de que os corpos atingiram uma situação final, denominada estado de equilíbrio térmico. Portanto:
sólidos e líquidos.

Dois (ou mais) corpos, isolados de influências externas, tendem para um estado final, de-
nominado estado de equilíbrio térmico, no qual a temperatura dos corpos é a mesma.

Termômetros
A comparação das temperaturas dos corpos por meio do tato nos fornece apenas uma ideia
qualitativa dessas temperaturas. A temperatura, grandeza que caracteriza o estado de equilíbrio
térmico dos corpos, pode ser medida com um termômetro.
Existem vários tipos de termômetros (fig. 1), cada um deles utilizando a variação de certa pro-
priedade física, provocada por uma variação da temperatura. Há termômetros construídos com base
nas variações que a temperatura provoca no comprimento de uma haste metálica, no volume de um
Fig. 1 – Diversos tipos de termômetros. gás, na resistência elétrica de um material, na cor de um sólido muito aquecido, etc.

Termômetro
ILUSTRAÇÕES: AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

Álcool Vácuo Termômetro de Termômetro clínico: em


de gás: nesse
MÍNIMA

MÁXIMA

parcial máxima e mínima: virtude de um estreitamento


instrumento, a na base do tubo capilar, a
temperatura é obti- esse aparelho indica,
0 100
por meio de dois Temperatura coluna de Hg é impedida de
da pela leitura da normal retornar ao reservatório. Por
pressão de um gás índices, as tempe-
50 50
raturas máxima e isso, esse termômetro conti-
mantido a volume nua indicando a temperatura
constante. mínima ocorridas em Estreitamento de uma pessoa, mesmo não
Índice 100 0
Mercúrio um certo intervalo de
tempo. estando mais em contato
com ela.
T

Termômetro infravermelho digital de


Termômetro metálico: superfície: a temperatura do objeto é
o aquecimento faz com obtida comparando-se a intensidade
que a espiral bimetálica da radiação infravermelha (calor)
Pirômetro ótico: a temperatura do
se encurve, movendo emitida por um objeto com a emissivi-
objeto (uma fornalha, por exemplo)
o ponteiro, que indica o dade do material. Similar ao
é obtida comparando-se seu brilho
valor da temperatura. termômetro clínico, a escala costuma
com o do filamento de uma
variar entre 34 ºC e 42 ºC, que é a
lâmpada elétrica.
Aço Latão temperatura do corpo humano.

4 Temperatura – dilatação – gases


Entretanto, para se compreender o conceito quantitativo de temperatura, não é necessário
analisar essa grande variedade de aparelhos. Vamos desenvolver o nosso estudo baseando-nos
apenas no tipo de termômetro que relaciona a temperatura com a altura da coluna de um líqui-

GES
IMA
do no interior de um tubo capilar de vidro (fig. 2). Nesse termômetro, variações na temperatura

W
provocam dilatações ou contrações do líquido, fazendo a coluna subir ou descer dentro do tubo

GLO
CK/
de vidro. A cada altura da coluna, podemos atribuir um número, correspondente à temperatura

O
RST
que determinou aquela altura.

TTE
HU
O líquido mais utilizado nesse tipo de termômetro é o mercúrio (Hg), que em contato com um

J/S
corpo quente se expande e aumenta o comprimento da coluna de líquido no tubo de vidro. Alguns

SKI
V
DO
termômetros mais baratos utilizam álcool colorido, geralmente de cor vermelha.

VO
RAZ
Termômetros e escalas

GEJ
SER
Para que possamos medir temperaturas, será necessário graduar o termômetro, isto é, marcar
nele as divisões e atribuir números a elas. Quando procedemos dessa maneira, estamos construindo Fig. 2 – Termômetro comum de líquido
uma escala termométrica. As escalas mais conhecidas são Celsius, Kelvin e Fahrenheit. (mercúrio ou álcool) em tubo de vidro.

A proposta de Celsius

ILUSTRAÇÕES: AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


A B
Para tornar possível a medida da temperatura, usando os primeiros termômetros
construídos, os especialistas procuraram estabelecer escalas termométricas para gra- 100 °C
duar esses aparelhos. Como essa graduação podia ser feita de maneira arbitrária, foram
surgindo várias escalas, bastante diferentes umas das outras. Cada país adotava a pró-
pria escala e, muitas vezes, cientistas diferentes de um mesmo país trabalhavam com
escalas diferentes. No início do século XVIII, a proliferação de escalas termométricas
0 °C
era tão grande que existiam mais de 35 em uso. Entre elas tiveram maior aceitação as
escalas de Réaumur, de Fahrenheit e de Celsius. O cientista francês Réaumur, em sua
escala, marcava zero para o ponto de fusão do gelo e 80° para o ponto de ebulição da
água. Esse intervalo foi dividido em 80 partes iguais. Portanto, a escala de Réaumur não
era centígrada.
A primeira escala centígrada foi proposta pelo sueco Anders Celsius, em 1742. Essa
escala indicava zero no ponto de fusão do gelo e 100° no ponto de ebulição da água. Talvez
por essa característica, ela tenha se tornado conhecida e usada em todo o mundo e tenha
Gelo derretendo
sido denominada escala centígrada por cerca de 200 anos. A partir de 1948, em homena- Água em ebulição
gem a seu idealizador, ela passou a ser oficialmente chamada escala Celsius. Essa escala foi
escolhida em congressos internacionais como padrão a ser adotado em qualquer atividade Fig. 3 – Por convenção, a temperatura do gelo
fundente é 0 °C e a da água em ebulição é 100 °C.
em todos os países do mundo.
Escala Celsius 130
125
120
A escala termométrica Celsius, anteriormente denominada escala centígrada, é atualmente ado- 110
115
105 100 °C
tada em quase todos os países do mundo, exceto nos Estados Unidos, nas ilhas Cayman e no Belize 100
95
90 Água em ebulição
que utilizam a escala Fahrenheit. Para determinar os valores dessa escala: 80
85
75
1) Introduz-se o termômetro em uma mistura de gelo e água em equilíbrio térmico (gelo fundente) 70
65
60
à pressão de 1 atm. Aguarda-se até que o termômetro entre em equilíbrio térmico com a mistura, 50
55
45
quando a altura da coluna líquida se estabiliza. Marca-se zero na extremidade da coluna (fig. 3-A). 40
35
30
Podemos dizer que a temperatura do gelo em fusão (à pressão de 1 atm) é zero grau Celsius e 20
25 20 °C
15
escrevemos 0 °C. 10
5
0 0 °C
2) Introduz-se, depois, o termômetro em água em ebulição, à pressão de 1 atm. No ponto em 25
FRENTE A
210 Gelo em fusão
215
que a coluna líquida se estabilizar, marca-se cem. Podemos dizer que a temperatura da água 220
225
230
em ebulição (à pressão de 1 atm) é 100 graus Celsius e escrevemos 100 °C (fig. 3-B). 240
235
245
3) Divide-se o intervalo entre 0  °C e 100  °C em 100 partes iguais, estendendo-se a graduação 250
acima de 100 °C e abaixo de 0 °C. Cada intervalo entre duas divisões sucessivas (o “tamanho”
FÍSICA

de 1 °C) corresponde a uma variação de temperatura que é representada por Δ (1 °C), como
indicado na figura 4. Fig. 4 – Termômetro marcando 20 °C na
escala termométrica Celsius. Intervalo de
Depois dessas operações, o termômetro estará pronto para nos fornecer, na escala Celsius, a 1 °C, isto é, Δ (1 °C). Os intervalos são
temperatura de um corpo com o qual ele tenha entrado em equilíbrio térmico. iguais ao longo da escala do termômetro.

Temperatura – dilatação – gases 5


Escala Kelvin
Outra escala usada universalmente, principalmente nos meios científicos, foi proposta pelo
físico irlandês William Thomson, conhecido como Lord Kelvin (1824-1907) e denominada escala
Kelvin ou escala absoluta.
A ideia de se propor essa escala surgiu das discussões em torno de temperaturas máximas e
mínimas que podem ser atingidas por um corpo. Verificou-se que não há, teoricamente, um limite
superior para a temperatura que um corpo pode alcançar. Até 2013 acreditava-se que existia um
limite inferior para a temperatura, que corresponde a 2273,15  °C (aproximadamente 2273  °C).
Essa temperatura é denominada zero absoluto. Entretanto, pesquisadores da Universidade Ludwig
Maximilian, na Alemanha, obtiveram pela primeira vez, uma temperatura abaixo do zero absoluto,
apenas alguns bilionésimos de 1 Kelvin. Mesmo assim, por convenção, adota-se 2273 °C.
K °C
Ponto de
CASA DE TIPOS/ARQUIVO DA EDITORA

ebulição 373 100 O limite inferior para a temperatura de um corpo é 2273 °C. Essa temperatura é denomi-
da água 363 90
353 80 nada zero absoluto.
343 70
333 60
323 50 Kelvin propôs como zero de sua escala (representado por 0 K) a temperatura do zero absoluto e
313 40 um intervalo unitário igual ao de 1 °C, isto é, Δ (1 K) 5 Δ (1 °C). Pela figura 5, podemos perceber que:
303 30
293 20
Ponto de 283 10
0K corresponde a 2273 °C
congelamento 273 0 1K corresponde a 2272 °C
da água 263 210 2K correspondem a 2271 °C
253 220
243 230  
233 240 273 K correspondem a 0 °C
223 250
213 260  
203 270
193 280 373 K correspondem a 100 °C, etc.
183 290
Zero absoluto 2273 De modo geral, designando por T a temperatura Kelvin e por TC a temperatura Celsius corres-
pondente, observando a figura 5, concluímos que:
Fig. 5 – Comparação entre T 5 TC 1 273
as escalas Kelvin e Celsius.
Observando a figura, Logo, para expressar, na escala Kelvin, uma temperatura dada em graus Celsius, basta adicionar
concluímos que T 5 TC1 273. 273 a esse valor.

COMENTÁRIOS
É comum ouvirmos algumas pessoas dizerem que “temperatura é uma medida do calor do corpo”. Essa afirmativa não é correta, pois a tempe-
ratura é um número usado para traduzir o estado de quente ou frio de um corpo. Logo, a expressão calor do corpo não tem significado físico.
Uma maneira correta de conceituar a temperatura seria dizer que ela é uma medida da maior ou menor agitação das moléculas ou átomos
que constituem o corpo. No capítulo seguinte, veremos que, quanto maior for a temperatura de um gás, maior será a energia cinética de suas
moléculas. Da mesma forma, quando a temperatura de um gás diminui, a agitação de suas moléculas torna-se menor. Assim, o zero absoluto
corresponderia a uma situação de energia cinética mínima dos átomos e moléculas do corpo.

Tabela 1 – Algumas temperaturas notáveis, desde o zero absoluto até a temperatura do Sol
1 000
2 000

4 000
5 000
6 000
7 000
3 000
–200
–273

–100

200
300
400
500
600
700
800
900
100

°C
0
er ol o h o
rio on lio

Ág po o g do
em um o
eb no

ão

io

da

l
s g do

ão

So
d lut

h el

ic
ín
é

pa
Co ão d ela

a

Fu on la

ar
um
ão o

do
ul
ul
ge

m
iç s

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ul ab

al

e
m

ci
em

do

de
Eb ero

c
cú c

rfí
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r

pe
o

to
Z

rio

a
M lco

ua

am

en

Su

Fu
Á

m
Ch
er

la
M

Fi

6 Temperatura – dilatação – gases


Escala Fahrenheit
Na escala Fahrenheit, ainda utilizada nos EUA, nas ilhas Cayman e no Belize, o ponto de fusão

ILUSTRAÇÕES: AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


212 °F
do gelo é marcado com 32 graus Fahrenheit (32 °F) e o ponto de ebulição da água com 212 °F (fig. 6).
Assim, o intervalo entre essas temperaturas corresponde a 180 divisões. Como na escala Celsius esse
180 divisões Δ (1 °F)
mesmo intervalo de temperatura corresponde a cem divisões, concluímos que o intervalo de 1  °F,
isto é, Δ (1 °F), corresponde aproximadamente à metade do intervalo de 1 °C. Realmente, tem-se:
32 °F 32 °F
5
Δ (1 °F) 5   Δ (1 °C)
9
Suponha dois termômetros, um deles graduado na escala Celsius e o outro na escala Fahrenheit,
ambos sendo usados para medir uma mesma temperatura (de um líquido, por exemplo, como mostra
a figura 7). Seja TC a leitura do termômetro Celsius e TF , a do termômetro Fahrenheit. Evidentemente,
TC e TF são leituras diferentes de uma mesma temperatura.
Observando essa figura, notamos que: TC divisões em °C correspondem a (TF 2 32) divisões
em °F; e que 100 divisões em °C correspondem a 180 divisões em °F. Fig. 6 – Um termômetro na escala Fahrenheit
indica 32 °F para a fusão do gelo e 212 °F
°F °C
Ponto de para a ebulição da água.
ebulição 212 100
da água
194 90
176 80
158 70
140 60
122 50
104 40
86 30
68 20
Ponto de 50 10 TC TF 2 32
congelamento 5
32 0 5 9
da água
14 210
24 220
222 230
240 240
258 250
276 260
294 270
2112 280
2130 290
Zero absoluto 2459 2273

Fig. 7 – Comparação entre as escalas Celsius e Fahrenheit.

Logo, podemos escrever:

TC T − 32 T T − 32
5 F ou C 5 F
100 180 5 9

Essa expressão nos permite converter as leituras Celsius em leituras Fahrenheit e vice-versa. Por
exemplo, sabendo-se que os termômetros de Nova York, em um dia quente de verão, acusam 104 °F, FRENTE A
podemos obter a temperatura equivalente na escala Celsius da seguinte maneira:

TC 104 − 32 Projeto de
∴ TC 5 40 °C
FÍSICA

5 Desenvolvimento
5 9
Acesse o Material Comple-
mentar disponível no Portal e
Embora a escala Fahrenheit seja a mais popular nos EUA, tem sido feito um grande esforço aprofunde-se no assunto.
para substituí-la pela escala Celsius, não só nos trabalhos científicos, mas também entre a população.

Temperatura – dilatação – gases 7


As competências e habilidades do Enem estão indicadas em questões diversas ao longo do módulo. Se necessário, explique aos alunos que a utilidade
deste “selo” é indicar o número da(s) competência(s) e habilidade(s) abordada(s) na questão, cuja área de conhecimento está diferenciada por cores (Lin-
guagens: laranja; Ciências da Natureza: verde; Ciências Humanas: rosa; Matemática: azul). A tabela para consulta da Matriz de Referência do Enem está
disponível no portal.
PARA CONSTRUIR

1 Dois corpos, A e B, com temperaturas diferentes, sendo TA . TB, b) “A energia cinética das moléculas do gás em A é maior do
são colocados em contato e isolados de influências externas. que a energia cinética das moléculas do gás em B.”
Correto, pois, quanto maior for a temperatura de um corpo,
a) Diga o que se passa com os valores de TA e TB.
maior será a energia de agitação dos seus átomos ou moléculas.
O corpo mais aquecido esfria-se e o corpo mais frio se
aquece, isto é, TA diminui e TB aumenta.

5 (Uerj) Observe na tabela os valores das temperaturas dos pon-


b) Como se denomina o estado para o qual tendem os dois m
Ene-5
tos críticos de fusão e de ebulição, respectivamente, do gelo e
C 7
corpos? H1
- da água, à pressão de 1 atm, nas escalas Celsius e Kelvin.
Os corpos tendem para o estado de equilíbrio térmico.
m
Ene-6
C 1
Considere que, no intervalo de temperatura entre os pontos
H-2 críticos do gelo e da água, o mercúrio em um termômetro
apresenta uma dilatação linear.

c) Quando esse estado é alcançado, o que podemos dizer Temperatura


Pontos críticos
sobre os valores de TA e TB?
°C K
Alcançado o equilíbrio térmico, temos TA 5 TB.
Fusão 0 273
Ebulição 100 373

2 Para medir a temperatura de uma pessoa, devemos manter Nesse termômetro, o valor na escala Celsius correspondente
o termômetro em contato com ela durante um certo tempo. à temperatura de 313 K é igual a: c T 5 TC 1 273
Por quê? a) 20. c) 40. TC 5 T 2 273
TC 5 313 2 273
b) 30. d) 60.
Procedemos assim para que seja alcançado o equilíbrio térmico TC 5 40 ºC
entre o termômetro e a pessoa, isto é, para que a temperatura do 6 (UEA-AM) Um turista leu em um manual de turismo que a
aparelho seja igual à da pessoa. m
Ene-5
temperatura média do estado do Amazonas é de 87,8 graus,
C 7
H-1 medido na escala Fahrenheit. Não tendo noção do que esse
m valor significa em termos climáticos, o turista consultou um
Ene-6
3 a) A temperatura normal do corpo humano é cerca de 37 °C. C 1
H2
- livro de Física, encontrando a seguinte tabela de conversão
Ene
m Expresse essa temperatura na escala Kelvin. entre escalas termométricas:
C-5 1
H-2 Temos: T 5 TC 1 273 5 37 1 273 [ T 5 310 K
b) A temperatura de ebulição do nitrogênio líquido é 78 K. Celsius Fahrenheit
Qual é o valor dessa temperatura em °C?
De T 5 TC 1 273, obtemos:
Fusão do gelo 0 32
TC 5 T 2 273 5 78 2 273 [ TC 5 2195 °C
Ebulição da água 100 212
c) A temperatura de um corpo se elevou em 52 °C. Qual foi a
elevação da temperatura Kelvin desse corpo? Com base nessa tabela, o turista fez a conversão da tempe-
Devemos nos lembrar que Δ (1 K) 5 Δ (1 °C), isto é, são iguais os ratura fornecida pelo manual para a escala Celsius e obteve
“tamanhos” dos graus K e °C. Então, uma variação de 52 °C será TC T − 32
o resultado: b 5 F
equivalente a uma variação de 52 K, ou seja, se a temperatura
Celsius do corpo elevou-se em 52 °C, podemos afirmar que sua a) 25. c) 21. T 87,89 − 32 e) 16.
5
C
temperatura Kelvin elevou-se em 52 K. b) 31. d) 36. 5 5 9
TC 5 31 oC
4 Dois recipientes, A e B, contêm massas iguais de um mesmo 7 Conta-se que Fahrenheit, ao estabelecer os pontos fixos de sua
gás, a temperaturas diferentes, sendo TA . TB. Lembrando-se m
Ene-5
escala, definiu que 100 °F corresponderia à temperatura do corpo
C 1
do que você leu no texto neste capítulo, responda se é corre- H2
- humano. Se isso fosse verdadeiro, o que se poderia dizer sobre o
to dizer: estado de saúde da pessoa que Fahrenheit usou como referência?
a) “O gás em A possui mais calor do que o gás em B.” Temos:
TC TF − 32 T 100 − 32
Errado, pois, como discorremos, a expressão calor em um corpo = ⇒ C = ∴ TC  37,7 °C
5 9 5 9
é destituída de sentido físico. Isto é, a temperatura de 100 °F equivale a 37,7 °C. Logo, a pessoa
estaria com febre.

8 Temperatura – dilatação – gases


8 Sabe-se que a temperatura na qual o papel entra em com- a) 32. TC T 2 32
5 F
bustão é de aproximadamente 233 °C. O título de um famoso b) 50. 5 9
50 TF 2 32
livro de ficção científica (e de um filme nele baseado) é exa- c) 82. 5
5 9
tamente o valor dessa temperatura na escala Fahrenheit. Essa d) 122. 450
TF 5 1 32
obra faz uma crítica da queima de livros que costuma ocorrer e) 212. 5
o
TF 5 122 F
em sociedades dominadas por ditaduras, quando difundem
11 (IFCE) Um estudante de Física resolveu criar uma nova escala
ideias contrárias aos interesses do poder instituído. Qual é o
m
Ene-5
termométrica que se chamou Escala NOVA ou, simplesmente,
título desse livro? C 1
H-2 Escala N. Para isso, o estudante usou os pontos fixos de refe-
Usando a mesma relação do exercício anterior, temos:
m rência da água: o ponto de fusão do gelo (0 °C), corresponden-
TC TF − 32 233 TF − 32 Ene-5
= ⇒ = ∴ TC  451 °F C 7
do ao mínimo (25 °N) e o ponto de ebulição da água (100 °C),
5 9 5 9 H-1

O título do livro é Fahrenheit 451, tendo servido de base para o enre- m correspondendo ao máximo (175 °N) de sua escala, que era
Ene-6
do de um filme com o mesmo nome (é possível que esse fato seja C 1
H-2
dividida em cem partes iguais. Dessa forma, uma temperatura
do conhecimento de alguns estudantes). de 55°, na escala N, corresponde, na escala Celsius, a uma tem-
peratura de: b
9 Existe uma temperatura na qual um termômetro Celsius e um a) 10 °C.
Fahrenheit marcam o mesmo valor. Qual é essa temperatura? b) 20 °C.
Como TF 5 TC, vem:
c) 25 °C.
TC TC − 32
d) 30 °C.
= ⇒ 9TC = 5TC − 160 ⇒ e) 35 °C.
5 9
⇒ 4TC = − 160 ∴ TC = − 40 °C Esquematicamente a escala é dada por:
Portanto, a temperatura de 240 °C corresponde a 240 °F.
100 °C 175 °N

10 (Fatec-SP) Durante uma corrida de Fórmula Indy ou de Fór- TC 55 °N

m
Ene-5
mula 1, os pilotos ficam sujeitos a um microambiente quente
C 1 0 °C 25 °N
H-2 no cockpit que chega a atingir 50 °C, gerado por diversas fon-
m tes de calor (do Sol, do motor, do terreno, do metabolismo
Ene-5
C 7
H-1 cerebral, da atividade muscular, etc.). Essa temperatura está
m
muito acima da temperatura corporal média tolerável, por A relação dada pela figura é dada por:
Ene-6
C 1
H-2
isso, eles devem se manter sempre com bom condiciona- TC 2 0 55 2 25
5
mento físico. 100 2 0 175 2 25
TC 30
5
As corridas de Fórmula Indy são mais tradicionais nos EUA, 100 150
onde se adota a leitura da temperatura na escala Fahrenheit. TC 5 20 oC

Baseado nas informações apresentadas no texto, é corre-


to afirmar que a temperatura do cockpit que um carro de
Fórmula Indy chega a atingir durante a corrida, em grau
Fahrenheit, é: d

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 a 6 Para aprimorar: 1 a 6

DILATAÇÃO DOS SÓLIDOS


Dilatação FRENTE A
Um fato bastante conhecido é que as dimensões de um corpo aumentam quando aumentamos
sua temperatura. Salvo algumas exceções, todos os corpos, sólidos, líquidos ou gasosos dilatam-se
quando a temperatura aumenta.
FÍSICA

A figura 8 mostra uma experiência simples que ilustra a dilatação de um sólido: à temperatura
ambiente, a esfera metálica pode passar, com pequena folga, pelo anel (fig. 8-A e 8-B). Aquecendo-se
apenas a esfera, verifica-se que ela não poderá mais passar pelo anel (fig. 8-C e 8-D). Devido à elevação
da temperatura, a esfera se dilatou. Se você esperar que a temperatura volte ao valor inicial, a esfera
se contrairá e tornará a passar pelo anel.

Temperatura – dilatação – gases 9


AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA
A B

Bola de metal

Haste

Anel de metal

C D

Fig. 8 – Uma bola de metal fria está suspensa


sobre um anel de metal preso a uma haste
(A). Nesse estado, a bola de metal fria Aquecendo a bola
consegue atravessar o anel de metal (B). de metal
Após ser aquecida (C), a bola de metal se
dilata e não consegue mais atravessar o anel
de metal (D).

Por que um sólido se dilata


Se analisarmos a estrutura interna de um sólido, poderemos entender por que ocorre a dilata-
ção. Os átomos que constituem o sólido se ligam uns aos outros. A ligação entre esses átomos se faz
por meio de forças interatômicas, que atuam como se existissem pequenas molas unindo um átomo
a outro (fig. 9-A). Esses átomos estão em constante vibração em torno de uma posição média, de
equilíbrio.
Quando a temperatura do sólido é aumentada, há um aumento na agitação de seus átomos,
fazendo com que eles, ao vibrar, afastem-se mais da posição de equilíbrio. Entretanto, a força que
se manifesta entre os átomos atua como se a “mola” fosse mais dura para ser comprimida do que
para ser distendida. Em consequência, a distância média entre os átomos torna-se maior (fig. 9-B),
ocasionando a dilatação do sólido.

A Baixa
temperatura

B Alta
temperatura

Fig. 9 – A elevação de temperatura acarreta aumento na distância média


entre os átomos de um sólido. Por isso, o sólido dilata.

10 Temperatura – dilatação – gases


Dilatação linear
Se aquecermos uma barra a certa temperatura, haverá aumento em todas as dimensões linea-
res, isto é, aumentarão o comprimento, a altura, a largura ou qualquer outra linha que imaginarmos
traçada na barra. Em um laboratório, podemos descobrir experimentalmente quais os fatores que
vão influenciar na dilatação de qualquer uma dessas linhas.
Consideremos que L0 seja o comprimento inicial de uma barra, à temperatura T0. Elevando a
temperatura da barra para T, seu comprimento passa a ser L. Logo, uma variação de temperatura
ΔT 5 T 2 T0 provocou uma dilatação ΔL 5 L 2 L0 no comprimento da barra (fig. 10). Fazendo-se
várias medidas de ΔT e ΔL para barras de diversos comprimentos (diversos valores de L0), foi possível
concluir que a dilatação (ΔL) depende do comprimento inicial (L0) e do aumento de temperatura
(ΔT), sendo proporcional a ambos, isto é:
ΔL ∝ L0 e ΔL ∝ ΔT

T0

L0

ΔL

Fig. 10 – Dilatação linear de uma barra.

Uma das propriedades das proporções nos permite escrever que:

ΔL ∝ L0ΔT ∴ ΔL 5 aL0ΔT

A constante de proporcionalidade a é denominada coeficiente de dilatação linear ou coe-


ficiente de expansão linear. A equação ΔL 5 aL0ΔT nos permite calcular a dilatação de qualquer
dimensão linear, se conhecermos seu valor inicial, L0, a variação de temperatura, ΔT, e o valor de a.

O coeficiente de dilatação linear


Da expressão ΔL 5 aL0ΔT, vemos que é possível obter o valor de a se medirmos os valores de
ΔL, L0 e ΔT:

a5 ∆
L
L 0 ∆T

∆L
Pela expressão a 5 , vemos que a unidade de medida de a é o inverso de uma unidade
L 0 ∆T
∆L
de temperatura, pois é um número adimensional (número puro, sem unidades). Logo, a pode
L0
ser expresso em: FRENTE A
1 5 C21 ou 1 5 K21
°
°C K
FÍSICA

Realizando-se experiências com barras feitas de diferentes materiais, verifica-se que o valor de
a é diferente para cada um desses materiais. Isso pode ser entendido se lembrarmos que as forças
que ligam os átomos e as moléculas variam de uma substância para outra, fazendo com que as
substâncias se dilatem diferentemente. A tabela 2 a seguir nos fornece os coeficientes de dilatação
linear de alguns materiais.

Temperatura – dilatação – gases 11


Tabela 2 – Coeficiente de dilatação linear

Substância a (°C21)

Alumínio 23 ? 1026
Cobre 17 ? 1026
Invar 0,7 ? 1026
Vidro (comum) 9,0 ? 1026
Zinco 25 ? 1026
Vidro (pirex) 3,2 ? 1026
Tungstênio 4 ? 1026
Chumbo 29 ? 1026
Sílica 0,4 ? 1026
Aço 11 ? 1026
Diamante 0,9 ? 1026

Observe que, na tabela 2, os coeficientes estão expressos em °C21 e todos têm mesma potência
(10 ) para facilitar a comparação. Para o cobre, por exemplo, temos a 5 17 ? 1026 °C21. Isso significa
26

que uma barra de cobre, de 1 cm (ou 1 m, ou 1 km, etc.) de comprimento, aumenta em 17 ? 1026 cm
(ou m, ou km, etc.) quando a temperatura é elevada em 1 °C.

Dilatação superficial e volumétrica


No estudo da dilatação superficial, isto é, o aumento da área de um objeto provocado por uma
variação de temperatura, são observadas as mesmas leis da dilatação linear. Considerando uma placa
de área inicial A0 e elevando sua temperatura em ΔT, a área passa a ser A, sofrendo uma dilatação
superficial ΔA 5 A 2 A0 (fig. 11).
Pode-se verificar que:

ΔA ∝ A0ΔT [ ΔA 5 bA0ΔT

T0 A0 b0

a0

T A b

Fig. 11 – Dilatação superficial de uma placa. a

12 Temperatura – dilatação – gases


O coeficiente de proporcionalidade b é denominado coeficiente de dilatação superficial
ou coeficiente de expansão superficial. Seu valor também depende do material do qual a placa
é feita. Entretanto, não é necessário construir tabelas com valores de b pois sabe-se que, para um
determinado material, tem-se:

b 5 2a

Se desejarmos saber, por exemplo, o valor de b para o aço, consultaremos a tabela 2 e obteremos:
b 5 2a 5 2 ? 11 ? 1026 ou b 5 22 ? 1026 °C21
De maneira idêntica, verificamos que a dilatação volumétrica, isto é, a variação do volume de
um corpo com a temperatura, segue as mesmas leis. Se um corpo de volume V0 tem sua temperatura
aumentada em ΔT, seu volume aumenta em ΔV 5 V 2 V0:

ΔV 5 gV0ΔT

O coeficiente g é denominado coeficiente de dilatação volumétrica ou coeficiente de ex-


pansão volumétrica, e pode-se mostrar que, para um dado material, g 5 3a.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

1 Imagine que a Terra fosse envolvida, na região da linha do RESOLUÇÃO:


equador, por um anel de alumínio, como está representado O anel se dilataria como se fosse um disco maciço de alumí-
na figura abaixo. Se a temperatura do anel fosse elevada em nio. Logo, a altura procurada representa a dilatação do raio
apenas 1,0 °C, sem que a temperatura da Terra sofresse modifi- do anel, indicada por ΔR na figura. Mas o raio inicial, R0, do
cações, a que altura, acima da superfície da Terra, o anel ficaria? anel, é o próprio raio da Terra. Assim:
(a)
A B
(b) ΔR 5 aR0ΔT
ΔR Considerando o coeficiente de dilatação do alumínio
a 5 23 ? 1026 °C21 (tabela 2), o raio da Terra R0 5 6,4 ? 106 m
R0 R0
e ΔT 5 1,0 °C, temos:
ΔR 5 23 ? 1026 ? 6,4 ? 106 ? 1,0 [ ΔR 5 147 m
Esse valor corresponde à altura de um edifício de aproxima-
damente 50 andares.

PARA CONSTRUIR

12 a) Explique por que um copo de vidro comum provavelmen- c) Por que o copo não se quebrará se for de vidro pirex?
te se quebrará se você o encher parcialmente com água Porque, como mostra a tabela 2, o vidro pirex tem um coefi-
fervendo. ciente de dilatação relativamente pequeno, isto é, o copo de vidro
A parte do copo em contato com a água se aquecerá mais e, por- pirex dilata-se muito pouco e, por isso, não se quebra quando

FRENTE A
tanto, se dilatará mais do que a parte superior. Isso provavelmente é aquecido.
fará com que o copo se quebre.
13 (Fuvest-SP) Uma lâmina bimetálica de bronze e ferro, na tem-
m
Ene-6
peratura ambiente, é fixada por uma de suas extremidades,
b) Por que, enchendo-o completamente, há menor probabi- C 1
H-2 como visto na figura a seguir.
FÍSICA

lidade de o copo se quebrar?


Nesse caso, todas as partes do copo aquecem-se e dilatam-se,
Nessa situação, a lâmina está plana e horizontal. Em seguida,
ela é aquecida por uma chama de gás. Após algum tempo de
isto é, o copo dilata-se como um todo e, assim, provavelmente não
aquecimento, a forma assumida pela lâmina será mais ade-
se quebrará. quadamente representada pela figura: d

Temperatura – dilatação – gases 13


Dados: O coeficiente de b) a dilatação na largura da chapa.
Bronze
dilatação térmica linear do Ferro Podemos usar novamente a expressão ΔL 5 aL0ΔT (dilatação
ferro é 1,2 ? 10–5 °C21; o coe- linear), mas agora temos L0 5 40 cm (largura da chapa). Assim:
ficiente de dilatação térmi- ΔL 5 aL0ΔT 5 25 ? 1026 ? 40 ? 100
ca linear do bronze é 1,8 ? 1025 °C21; após o aquecimento, a [ ΔL 5 0,10 cm
temperatura da lâmina é uniforme.
16 Considere a chapa do exercício anterior.
a)
a) Qual é o valor do coeficiente de dilatação superficial b?
Temos:
b 5 2a 5 2 ? (25 ? 1026) [ b 5 50 ? 1026 °C21
b) b) Calcule o aumento na área da chapa usando o valor de b
Como o coeficiente de dilatação do bron-
ze é maior do que o do ferro, a lâmina
obtido em (a).
Sabemos que ΔA 5 bA0ΔT. Em nosso caso:
maior (bronze) curva-se sobre a menor
c) A0 5 60 cm ? 40 cm 5 2,4 ? 103 cm2
(ferro).
Logo:
ΔA 5 bA0ΔT 5 50 ? 1026 ? 2,4 ? 103 ? 100
[ ΔA 5 12 cm2
d)

e) 17 (IFTO) Na Rússia, uma estrada de ferro com 900 km de com-


m
Ene-5
primento varia sua temperatura de 26 °C no inverno até
C 1
H-2 24 °C no verão. O coeficiente de dilatação linear do material
14 a) Duas barras, A e B, de mesmo comprimento inicial, sofrem m de que é feito o trilho é 1026 °C21. A variação de comprimento
Ene-6
a mesma elevação de temperatura. As dilatações dessas C 1
H2
- que os trilhos sofrem na sua extensão é igual a: e
barras poderão ser diferentes? Explique. a) 370 m.
Temos ΔL 5 aL0ΔT. Os valores de L0 e ΔT são iguais para as duas b) 37 m. ΔL 5 aL0ΔT

barras. Vemos então que, se elas possuírem diferentes valores c) 270 m. ΔL 5 1026 ? 900 000 ? (24 2 (26))
d) 45 m. ΔL 5 27 m
de a (barras feitas de materiais diferentes), sofrerão dilatações
e) 27 m.
diferentes.
18 Uma esfera de aço está flutuando na superfície do mercúrio
m
Ene-6
contido em um recipiente. Suponha que, por um processo
b) Duas barras, A e B, de mesmo material, sofrem a mesma C 1
H-2 qualquer, apenas a temperatura da esfera seja aumentada.
elevação de temperatura. As dilatações dessas barras po-
a) A densidade da esfera aumentará, diminuirá ou não sofre-
derão ser diferentes? Explique.
rá alteração?
Examinando novamente a expressão ΔL 5 aL0ΔT, vemos que,
A esfera de aço se dilatará, isto é, terá o volume aumentado. Então,

( )
agora, a e ΔT são iguais para as duas barras. Entretanto, m
sua densidade se tornará menor lembre-se de que ρ 5 .
elas poderão apresentar dilatações diferentes, se seus V

comprimentos iniciais forem diferentes.

b) A fração submersa da esfera aumentará, diminuirá ou não


15 Uma chapa de zinco, de forma retangular, tem 60 cm de sofrerá alteração?
comprimento e 40 cm de largura à temperatura de 20 °C. Su- Como a densidade do Hg não se modificou e a densidade da
pondo que a chapa tenha sido aquecida até 120 °C e consul-
esfera tornou-se menor, concluímos que ela flutuará com
tando a tabela 2, calcule:
uma menor fração de seu volume submerso no Hg (de fato,
a) a dilatação no comprimento da chapa;
Sendo L0 5 60 cm, ΔT 5 120 °C 2 20 °C 5 100 °C e, pela tabe- sabemos da Hidrostática que, quanto menor for a densidade
la 2, obtemos: a 5 25 ? 1026 °C21 (zinco). de um sólido que flutua em um líquido, menor será a fração
Então:
do volume desse sólido que ficará submersa no líquido).
ΔL 5 aL0ΔT 5 25 ? 1026 ? 60 ? 100
[ ΔL 5 0,15 cm

14 Temperatura – dilatação – gases


19 (UPE) Uma esfera oca metálica tem raio interno de 10 cm e raio externo de 12 cm a 15 °C. Sendo o coeficiente de dilatação linear
m
Ene-5
desse metal 2,3 ? 1025 (°C)21, assinale a alternativa que mais se aproxima da variação do volume da cavidade interna em cm3 quan-
C 1
H-2 do a temperatura sobe para 40 °C. c
4
m
Ene-6 Considere p 5 3 e volume da esfera 5 ? p ? R3
C 1
H-2
3
a) 0,2
b) 2,2 4
Como g 5 3a e V0 5 ? p ? R3 , temos:
c) 5,0 3
∆V 5 V0 g∆T
d) 15
4
e) 15,2 ∆V 5 ? 3 ? 103 ? 6,9 ? 1025 ? (40 2 15)
3
∆V 5 6,9 cm3

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 7 a 12 Para aprimorar: 7 a 13

DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS


Os líquidos se dilatam obedecendo às mesmas leis que estudamos para os sólidos. Apenas
devemos nos lembrar de que, como os líquidos não têm forma própria, mas tomam a forma do
recipiente, é importante o conhecimento da dilatação volumétrica. Por isso, para os líquidos, são
tabelados apenas os coeficientes de dilatação volumétrica (tabela 3).

Tabela 3 – Coeficientes de dilatação volumétrica

Substância g (°C21)

Álcool etílico 0,75 ? 1023


Dissulfeto de carbono 1,2 ? 1023
Glicerina 0,5 ? 1023
Mercúrio 0,18 ? 1023
Petróleo 0,9 ? 1023

Dilatação aparente
Para observarmos a dilatação de um líquido, devemos colocá-lo em um frasco e aquecer esse
conjunto. Ambos se dilatarão e, como a capacidade do frasco aumenta, a dilatação que observare-
mos, para o líquido, será apenas aparente. A dilatação real do líquido será maior do que a observada.
Essa dilatação real é igual à soma da dilatação aparente com a dilatação volumétrica do recipiente.
Quando usamos um recipiente cujo coeficiente de dilatação é muito pequeno, a dilatação aparente
torna-se praticamente igual a sua dilatação real.

Dilatação irregular da água


Como vimos, os corpos sólidos e líquidos, em geral, têm o volume au-
mentado quando elevamos sua temperatura. Entretanto, algumas substâncias, V (cm3)
em determinados intervalos de temperatura, apresentam um comportamen- 1,01

to inverso, isto é, diminuem de volume quando sua temperatura aumenta. FRENTE A


Essas substâncias, nesses intervalos, têm coeficiente de dilatação negativo.
A água, por exemplo, é uma das substâncias que apresentam essa
irregularidade na dilatação. Quando a temperatura da água é aumenta- 1,00
FÍSICA

da, entre 0 °C e 4 °C, seu volume diminui. Elevando-se sua temperatura


acima de 4 °C, ela se dilata normalmente. O gráfico volume × temperatura 0 4 10 20 30 T (°C)
para a água tem o aspecto mostrado na figura 12. Portanto, uma certa
massa de água tem um volume mínimo a 4 °C, ou seja, sua densidade é Fig. 12 – O volume de uma dada massa
máxima nessa temperatura. de água é mínimo a 4 °C.

Temperatura – dilatação – gases 15


MCSWEENY/SHUTTERSTOCK/GLOW IMAGES

Um homem pesca em lago congelado, no Canadá.


Há regiões muito frias em que a água da superfície de lagos e rios congelam, mas é possível
pescar pois a água abaixo da camada de gelo encontra-se em estado líquido, com temperatura
entre 0 °C e 4 °C.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

2 Um frasco de vidro, cujo volume é exatamente 1 000 cm3 a a) Como sabemos, essa dilatação é dada por:
0 °C, está completamente cheio de mercúrio a essa tempe- ΔVHg 5 gHgV0ΔT
ratura. Quando o conjunto é aquecido até 100 °C, entornam Nesse caso, o volume inicial do mercúrio é V0  5  1 000  cm3
15,0 cm3 de mercúrio (veja figura abaixo). e o aumento de temperatura vale ΔT 5 100 °C. O valor do
a) Qual foi a dilatação real do mercúrio? coeficiente de dilatação volumétrica do mercúrio é forneci-
b) Qual foi a dilatação do frasco? do pela tabela 3: gHg 5 0,18 ? 1023 °C21. Assim:
c) Qual o valor do coeficiente de dilatação linear do vidro de ΔVHg 5 0,18 ? 1023 ? 1 000 ? 100 ∴ ΔVHg 5 18,0 cm3
que é feito o frasco?
b) A dilatação aparente do mercúrio é dada pela quantidade
RESOLUÇÃO: que entornou, isto é, 15,0 cm3. Como a dilatação real foi de
18,0 cm3, é claro que a dilatação do frasco foi:
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

ΔVf 5 18,0 2 15,0 [ ΔVf 5 3,0 cm3


0 ºC 100 ºC
c) Sabemos que:
ΔVf 5 gfV0ΔT
em que gf é o coeficiente de dilatação volumétrica do frasco,
V0 5 1 000 cm3 e ΔT 5 100 °C. Assim, como ΔVf 5 3,0 cm3:
3,0 5 gf ? 1 000 ? 100 [ gf 5 3,0 ? 1025 °C21
Lembrando gf 5 3af , obtemos:
gf 3,00 ? 11025
af 5 5 ∴ a f 5 1,00 ? 11025 °°C
C21
3 3

16 Temperatura – dilatação – gases


PARA CONSTRUIR

20 Uma pessoa encheu completamente o tanque de gasolina b) Se o conjunto recipiente 1 líquido for aquecido, o nível
m do carro e deixou-o estacionado ao sol. Depois de certo tem- do líquido subirá, descerá ou não sofrerá alteração?
Ene-6
C 1
H-2 po, verificou que, em virtude da elevação de temperatura, Deve-se observar que o líquido e o alumínio possuem o mesmo
certa quantidade de gasolina havia entornado. coeficiente de dilatação volumétrica. Então, aquecendo-se igual-
a) O tanque de gasolina se dilatou? mente o líquido e o recipiente, eles se dilatarão igualmente e,
É de se esperar que, em virtude da elevação de temperatura, assim, o nível do líquido não se modificará.
tenha ocorrido a dilatação do tanque de gasolina (a capacidade
c) Qual foi a dilatação aparente do líquido?
tornou-se um pouco maior).
A dilatação aparente, isto é, aquela que é observada, terá
sido evidentemente nula.
b) A quantidade que entornou representa a dilatação real
que a gasolina sofreu?
Não, como vimos, em virtude de ter ocorrido a dilatação no tanque,
22 Um recipiente, cujo volume inicial é V0 5 100 cm3, está
completamente cheio de glicerina à temperatura de 20 °C.
o volume que entornou representa a dilatação aparente da
Aquecendo-se o conjunto até 50 °C, verifica-se que entorna
gasolina. 1,5 cm3 de glicerina.
a) Qual foi a dilatação aparente da glicerina?
c) A dilatação real da gasolina foi maior, menor do que a di- A dilatação aparente é aquela que observamos. Nesse caso
latação do tanque ou igual a ela? terá sido, então, de 1,5 cm3.
Se entornou uma parte da gasolina, concluímos que sua dilatação
b) Consulte a tabela 3, e calcule a dilatação real sofrida pela
real foi maior do que a dilatação do tanque. glicerina.
Na tabela 3, vemos que, para a glicerina, temos:
g 5 0,5 ? 1023 °C21
d) E o coeficiente de dilatação da gasolina é maior, menor ou Então, a dilatação real foi:
igual ao coeficiente de dilatação volumétrica do material ΔV 5 gV0ΔT 5 0,5 ? 1023 ? 100 ? (50 2 20)
[ ΔV 5 1,5 cm3
de que é feito o tanque?
O tanque e a gasolina apresentavam o mesmo volume inicial V0
(tanque cheio) e sofreram a mesma elevação de temperatura c) Qual é o valor do coeficiente de dilatação do recipiente?
ΔT. Como houve maior aumento no volume da gasolina, Vemos que a dilatação aparente da glicerina foi igual à dilatação
concluímos, pela expressão ΔV 5 g V0 ΔT, que o valor de g para real. Então, não houve dilatação do recipiente, isto é, o coeficiente
a gasolina é maior do que para o material do tanque. de dilatação é nulo (muito pequeno).

23 Uma esfera de madeira está flutuando na superfície da água,


m
Ene-6
contida em um recipiente, à temperatura de 2 °C. Somente a
C 1
H-2 água foi aquecida até sua temperatura atingir 4 °C. Responda:
21 Um líquido, cujo coeficiente de dilatação volumétrica é gL 5 a) O volume da água aumentará, diminuirá ou não sofrerá
5 6,9 ? 10 °C , foi colocado em um recipiente de alumínio,
25 21 alteração?
atingindo uma altura h dentro desse recipiente. Ao passar de 2 °C para 4 °C, o volume da água diminui.
a) Consultando a tabela 2, determine o coeficiente de dilata-
ção volumétrica, gAl, do alumínio.
b) A densidade da água aumentará, diminuirá ou não sofrerá
FRENTE A
Pela tabela 2 vemos que:
aAl 5 23 ? 1026 °C21 alteração?
Então:
Em virtude da contração sofrida, a densidade da água aumentará
gAl 5 3aAl 5 3 ? 23 ? 1026 [ gAl 5 69 ? 1026 °C21
ou gAl 5 6,9 ? 1025 °C21 (densidade máxima a 4 °C).
FÍSICA

c) A parte submersa da esfera aumentará, diminuirá ou não


sofrerá alteração?
Como houve aumento na densidade da água, temos que a esfera
passará a flutuar com menor volume submerso.

Temperatura – dilatação – gases 17


25. 01 1 02 1 04 1 16 5 23
(08) Alternativa incorreta, pois a dilatação volumétrica é dada por: ΔV 5 gV0ΔT
Ou seja, a dilatação é diretamente proporcional ao coeficiente de dilatação térmica (g).
24 Responda às questões do exercício anterior supondo, agora, 25 (UEPG-PR) Dilatação térmica é o fenômeno pelo qual va-
que a temperatura da água fosse aumentada, a partir de 4 °C, m
Ene-5
riam as dimensões geométricas de um corpo quando este
C 7
para 20 °C. H-1 experimenta uma variação de temperatura. Sobre esse fe-
m nômeno físico, dê a soma da(s) alternativa(s) correta(s).
a) Acima de 4 °C, a água se dilata normalmente. Logo, o volume Ene-6
C 1
aumentará ao ser aquecida de 4 °C para 20 °C.
H-2 (01) Em geral, as dimensões de um corpo aumentam
quando a temperatura aumenta.
b) Havendo aumento de volume, haverá diminuição na densidade
(02) Um corpo oco se dilata como se fosse maciço.
da água.
(04) A tensão térmica explica por que um recipiente de
c) Consequentemente, para a esfera flutuar em equilíbrio (continuar
vidro grosso comum quebra quando é colocada água
recebendo o mesmo empuxo), ela deverá afundar um pouco mais
em ebulição em seu interior.
na água (o volume submerso aumentará).
(08) A dilatação térmica de um corpo é inversamente pro-
porcional ao coeficiente de dilatação térmica do ma-
terial que o constitui.
(16) Dilatação aparente corresponde à dilatação observa-
da em um líquido contido em um recipiente.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 13 e 14 Para aprimorar: 14 e 15

Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Tarefa para casa”. As resoluções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

TAREFA PARA CASA


As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

PARA PRATICAR 3 (ESPCEX-SP) Um termômetro digital, localizado em uma pra-


ça da Inglaterra, marca a temperatura de 10,4 °F. Essa tempe-
ratura, na escala Celsius, corresponde a:
1 (IFCE) Ao tomar temperatura de um paciente, um médico do
m programa Mais Médicos só tinha em sua maleta um termô- a) 25 °C. c) 212 °C. e) 239 °C.
Ene-5
C 1
H-2 metro graduado na escala Fahrenheit. Após colocar o termô- b) 210 °C. d) 227 °C.
metro no paciente, ele fez uma leitura de 104 °F. A correspon- 4 (IFBA) O conjunto de valores numéricos que uma dada tem-
dente leitura na escala Celsius era de: m peratura pode assumir em um termômetro constitui uma
Ene-5
C 1
a) 30. H-2 escala termométrica. Atualmente, a escala Celsius é a mais
b) 32. m utilizada; nela adotou-se os valores 0 para o ponto de fusão
Ene-5
C 7
c) 36. H-1 do gelo e 100 para o ponto de ebulição da água. Existem al-
d) 40. m guns países que usam a escala Fahrenheit, a qual adota 32 e
Ene-6
e) 42. C 1
H-2 212 para os respectivos pontos de gelo e de vapor. Certo dia,
um jornal europeu informou que, na cidade de Porto Segu-
2 (Acafe-SC) Largamente utilizados na Medicina, os termôme- ro, o serviço de meteorologia anunciou, entre a temperatura
m
Ene-5
tros clínicos de mercúrio relacionam o comprimento da colu- máxima e a mínima, uma variação ΔF 5 36 °F. Essa variação
C 7
H-1 na de mercúrio com a temperatura. Sabendo-se que quando de temperatura expressa na escala Celsius é:
m
Ene-6
a coluna de mercúrio atinge 2,0 cm, a temperatura equivale a
C 1
H-2 34 °C e, quando atinge 14 cm, a temperatura equivale a 46 °C. a) ΔC 5 10 °C.
Ao medir a temperatura de um paciente com esse termôme- b) ΔC 5 12 °C.
tro, a coluna de mercúrio atingiu 8,0 cm. c) ΔC 5 15 °C.
d) ΔC 5 18 °C.
A alternativa correta que apresenta a temperatura do pacien- e) ΔC 5 20 °C.
te, em °C, nessa medição é:
a) 36. 5 (Ceteps-SP) Em algumas cidades brasileiras encontramos,
b) 42. em vias de grande circulação, termômetros que indicam a
c) 38. temperatura local medida na escala Celsius. Por causa dos
d) 40. jogos da Copa, no Brasil, os termômetros deverão passar

18 Temperatura – dilatação – gases


por modificações que permitam a informação da tempe- 9 (IFCE) Um bloco em forma de cubo possui volume de 400 cm3
ratura também na escala Fahrenheit, utilizada por alguns m a 0 °C e 400,6 cm3 a 100 °C. O coeficiente de dilatação linear
Ene-5
países. Portanto, após essa adaptação, um desses termô- C 1
H-2 do material que constitui o bloco, em unidades de °C21, vale:
metros que indique, por exemplo, 25 °C, também aponta-
a) 4 ? 1025.
rá a temperatura de:
b) 3 ? 1026.
a) 44 °F. c) 2 ? 1026.
b) 58 °F. d) 1,5 ? 1025.
c) 64 °F. e) 5 ? 1026.
d) 77 °F.
e) 86 °F 10 (UFG-GO) Uma longa ponte foi construída e instalada com
m
Ene-5
blocos de concreto de 5 m de comprimento a uma tempera-
6 (Senai-SP) Em 1966, foi lançado o filme Fahrenheit 451, do C 1
H-2 tura de 20 °C em uma região na qual a temperatura varia ao
m
Ene-5
diretor francês François Truffaut. O foco da ação do filme é longo do ano entre 10 °C e 40 °C. O concreto desses blocos
C 7
H-1 um grupo de bombeiros, o grupo Fahrenheit 451, responsá- tem coeficiente de dilatação linear de 1025 °C21. Nessas con-
m vel por queimar todos os livros que encontrassem, em uma dições, qual distância em cm deve ser resguardada entre os
Ene-6
C 1
H-2 temperatura de 451 graus Fahrenheit (451 °F). No Brasil e na blocos na instalação para que, no dia mais quente do verão, a
maior parte dos países do mundo, a escala de medida de separação entre eles seja de 1 cm?
temperaturas mais usual é a Celsius. No entanto, a escala de a) 1,01
temperaturas oficial do Sistema Internacional de Unidades b) 1,10
(SI) é o Kelvin. A temperatura que dá nome ao filme é equiva- c) 1,20
lente, aproximadamente, a: d) 2,00
a) 233 °C. e) 2,02
b) 178 K.
c) 724 °C. 11 (Ceteps-SP) Quem viaja de carro ou de ônibus pode ver, ao
d) 451 °C. m
Ene-5
longo das estradas, torres de transmissão de energia tais
C 7
e) 724 K. H-1 como as da figura.
m
Ene-6
7 (UFABC-SP) Uma placa metálica de espessura desprezível tem C 1
H-2
m
Ene-5
um orifício circular e está encaixada horizontalmente num cone
C 7
H-1 de madeira, como mostra a figura. À temperatura de 20 °C, a
m distância do plano que contém a placa ao vértice do cone é Elemento
Ene-6
C 1
H-2 20 cm. A placa é, então, aquecida a 100 °C e, devido à dilata- condutor
ção térmica, ela escorrega até uma nova posição, onde ainda
continua horizontal. Sendo o coeficiente de dilatação linear do
material da placa igual a 5 ? 1025 °C21 e desconsiderando a dila-
tação do cone, determine, em cm, a nova distância D do plano
que contém a placa, ao vértice do cone, a 100 °C.
Placa
20 cm Elemento de
metálica D suporte

Cone de
Olhando mais atentamente, é possível notar que os cabos
madeira são colocados arqueados ou, como se diz popularmente, “fa-
zendo barriga”.
Antes Depois
A razão dessa disposição é que:
(20 °C) (100 °C) a) a densidade dos cabos tende a diminuir com o passar dos
FRENTE A
anos.
8 (Ifsul-RS) Com uma régua de latão (coeficiente de dilatação b) a condução de eletricidade em alta tensão é facilitada
linear a 5 2,0 ? 1025 °C21) aferida a 20 °C, mede-se a distância desse modo.
entre dois pontos. Em qual temperatura, acima de 20 °C essa c) o metal usado na fabricação dos cabos é impossível de ser
medida deveria ter sido feita para ter um desvio de 0,05%?
FÍSICA

esticado.
a) 50 °C d) os cabos, em dias mais frios, podem encolher sem derru-
b) 45 °C bar as torres.
c) 40 °C e) os ventos fortes não são capazes de fazer os cabos, assim
d) 35 °C dispostos, balançarem.

Temperatura – dilatação – gases 19


12 (PUC-RS) O piso de concreto de um corredor de ônibus (02) Se a variação de temperatura for de 15 °C para 25 °C a
é constituído de secções de 20 m separadas por juntas de garrafa não se romperá.
dilatação. Sabe-se que o coeficiente de dilatação linear do (04) Sendo o coeficiente de dilatação da água maior que o
concreto é 12 ? 1026 °C21 e que a variação de temperatura no coeficiente de dilatação do vidro, a dilatação observada
local pode chegar a 50 °C entre o inverno e o verão. Nessas na água não é real.
condições, a variação máxima de comprimento, em metros, (08) Aquecido o sistema, o volume interno da garrafa au-
de uma dessas secções, devido à dilatação térmica, é: menta, enquanto o volume de água permanece o
a) 1 ? 1022. mesmo.
b) 1,2 ? 1022.
c) 2,4 ? 1024. PARA APRIMORAR
d) 4,8 ? 1024.
e) 6,0 ? 1024.
1 (UPF-RS) Em um laboratório, um estudante deseja realizar
13 (Enem) De maneira geral, se a temperatura de um líquido co- m
Ene-5
medidas de variações pequenas de temperatura, no entanto,
C 7
m mum aumenta, ele sofre dilatação. O mesmo não ocorre com a H1
- percebe que o termômetro comum disponível nesse labo-
Ene-6
C 4
H-2 água, se ela estiver a uma temperatura próxima a de seu ponto m ratório é pouco eficiente, pois possui divisões de meio grau.
Ene-6
m de congelamento. O gráfico mostra como o volume específico
C 1
H-2 Dessa forma, resolve construir um novo termômetro, que
Ene-6
C 5 (inverso da densidade) da água varia em função da temperatu- possua uma escala com décimos de grau, tomando para tal,
H-2
ra, com uma aproximação na região entre 0 °C e 10 °C, ou seja, algumas providências, que estão descritas a seguir. Qual de-
m
Ene-6 las NÃO irá contribuir para a ampliação da escala do termô-
C 1
H-2
nas proximidades do ponto de congelamento da água.
metro?
A
Volume específico (cm3/g)

1,05
a) Usar um líquido de maior coeficiente de dilatação.
1,04 b) Aumentar o volume do depósito de líquido.
c) Diminuir o diâmetro do tubo capilar de vidro.
1,03
d) Usar um vidro de menor coeficiente de dilatação.
1,02 e) Aumentar, exclusivamente, o comprimento do tubo de
vidro.
1,01
2 (AFA-SP) Dois termômetros idênticos, cuja substância ter-
1,00
0 20 40 60 80 100 m
Ene-5
mométrica é o álcool etílico, um deles graduado na escala
C 7
B
Temperatura (°C) H-1 Celsius e o outro graduado na escala Fahrenheit, estão sendo
Volume específico (cm3/g)

m usados simultaneamente por um aluno para medir a tem-


Ene-6
1,00020 C 1
H-2
peratura de um mesmo sistema físico no laboratório de sua
escola. Nessas condições, pode-se afirmar corretamente que: 
1,00010
a) os dois termômetros nunca registrarão valores numéricos
1,00000 iguais. 
0 2 4 6 8 10
Temperatura (°C)
b) a unidade de medida do termômetro graduado na escala
Celsius é 1,8 vezes maior que a da escala Fahrenheit. 
HALLIDAY; RESNICK. Fundamentos da Física: gravitação, c) a altura da coluna líquida será igual nos dois termômetros,
ondas e termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 1991. v. 2.
porém com valores numéricos sempre diferentes. 
A partir do gráfico, é correto concluir que o volume ocupado
d) a altura da coluna líquida será diferente nos dois termô-
por certa massa de água:
metros.
a) diminui em menos de 3% ao se resfriar de 100 °C a 0 °C.
b) aumenta em mais de 0,4% ao se resfriar de 4 °C a 0 °C. 3 (UFPB) Durante uma temporada de férias na casa de praia, o
c) diminui em menos de 0,04% ao se aquecer de 0 °C a 4 °C. m filho caçula começa a apresentar um quadro febril preocu-
Ene-5
d) aumenta em mais de 4% ao se aquecer de 4 °C a 9 °C. C 7
H1
- pante. A mãe para saber com exatidão a temperatura dele,
e) aumenta em menos de 3% ao se aquecer de 0 °C a 100 °C. m usa um velho termômetro de mercúrio, que não mais apre-
Ene-6
C 1
H-2 senta com nitidez os números referentes à escala de tempe-
14 (UEPG-PR) Considere uma garrafa de vidro totalmente cheia
ratura em graus Celsius. Para resolver esse problema e aferir
m
Ene-5
com água, hermeticamente fechada, submetida a alterações
C 7 com precisão a temperatura do filho, a mãe decide graduar
H-1 de temperatura. Nesse contexto, dê a soma da(s) alternativa(s)
novamente a escala do termômetro usando como pontos fi-
m correta(s).
Ene-6
C 1
xos as temperaturas do gelo e do vapor da água. Os valores
H-2 (01) Diminuindo a temperatura do sistema, até 4 °C, o volu- que ela obtém são: 5 cm para o gelo e 25 cm para o vapor.
me da água diminui em relação ao volume da garrafa, Com essas aferições em mãos, a mãe coloca o termômetro
criando um espaço vazio no seu interior. no filho e observa que a coluna de mercúrio para de crescer

20 Temperatura – dilatação – gases


quando atinge a marca de 13 cm. Com base nesse dado, a
Barra A
mãe conclui que a temperatura do filho é de:
a) 40,0 °C.
b) 39,5 °C. Barra B
c) 39,0 °C.
d) 38,5 °C. Sabendo-se que as retas que representam os comprimentos
e) 38,0 °C. da barra A e da barra B são paralelas, pode-se afirmar que a
razão entre o coeficiente de dilatação linear da barra A e o da
4 (Cefet-MG) Um termômetro de mercúrio apresenta no ponto barra B é:
de fusão da água uma coluna de 20 mm de altura e, no ponto a) 2,00. c) 1,00.
de ebulição, 80 mm. A uma temperatura de 92 °F, a coluna de b) 0,50. d) 0,25.
mercúrio desse termômetro, em mm, é igual a:
a) 30. c) 50. 8 (Fuvest-SP) Para ilustrar a dilatação dos corpos, um grupo de
b) 40. d) 60. m
Ene-5
estudantes apresenta, em uma feira de ciências, o instrumen-
C 7
H-1 to esquematizado na figura a seguir.
5 (PUC-PR) O clima em Curitiba é caracterizado pelas altas va- m
Ene-6
m
Ene-5
riações de temperatura em um mesmo dia. Segundo dados C 1
H-2
C 1
H-2 do Simepar (www.simepar.br), ao final do inverno de 2011,
os termômetros chegaram a marcar 8,00 °C e 25,0 °C em um 10 cm
período de 24h. Determine essa variação de temperatura na
escala Fahrenheit. O 30 cm
2 cm
Dados: ponto de fusão do gelo: 32 °F; ponto de ebulição da
água: 212 °F.
a) 17,0 °F.
Nessa montagem, uma barra de alumínio com 30 cm de
b) 30,6 °F.
comprimento está apoiada sobre dois suportes, tendo uma
c) 62,6 °F.
extremidade presa ao ponto inferior do ponteiro indicador e
d) 20,0 °F.
a outra encostada num anteparo fixo. O ponteiro pode girar
e) 16,5 °F.
livremente em torno do ponto O, sendo que o comprimento
6 (Fatec-SP) Durante a aula de termometria, o professor apre- de sua parte superior é 10 cm e, o da inferior, 2 cm. Se a barra
m senta aos alunos um termômetro de mercúrio, graduado na de alumínio, inicialmente à temperatura de 25 °C, for aque-
Ene-5
C 7
H-1 escala Kelvin que, sob pressão constante, registra as tempera- cida a 225 °C, o deslocamento da extremidade superior do
turas de um corpo em função do seu volume V conforme re- ponteiro será, aproximadamente, de:
m
Ene-6
C 1
H-2 lação TK 5 mV 1 80. Sabendo que m é uma constante e que Dados: coeficiente de dilatação linear do alumínio: 2 ? 1025 °C21.
à temperatura de 100 K o volume do corpo é 5 cm3, os alunos a) 1 mm. c) 6 mm. e) 30 mm.
podem afirmar que, ao volume V 5 10 cm3 a temperatura do b) 3 mm. d) 12 mm.
corpo será, em kelvin, igual a:
9 (UPE) Uma barra de coeficiente de dilatação a 5 5p ? 10−4 °C−1,
a) 200.
m
Ene-5
comprimento 2,0 m e temperatura inicial de 25 °C está presa
b) 120. C 7
H-1 a uma parede por meio de um suporte de fixação S. A outra
c) 100.
m extremidade da barra B está posicionada no topo de um disco
d) 80. Ene-6
C 1
H-2 de raio R 5 30 cm.
e) 50.
Quando aumentamos lentamente a temperatura da barra até
7 (AFA-SP) No gráfico a seguir está representado o comprimen- um valor final T, verificamos que o disco sofre um deslocamen-
m
Ene-6
to L de duas barras A e B em função da temperatura T. to angular Δu 5 30° no processo. Observe a figura a seguir:
C 4
H-2
Barra B FRENTE A
m
Ene-6 L
C 5
H-2 Du
Barra A
m
Ene-6
C 1
FÍSICA

H2
-
2L S

R
L

Temperatura – dilatação – gases 21


Supondo que o disco rola sem deslizar e desprezando os a) 1.
efeitos da temperatura sobre o suporte S e também sobre o 1
disco, calcule o valor de T. b) .
2
a) 50 °C 1
b) 75 °C c) .
4
c) 125 °C
d) 1 .
d) 300 °C 5
e) 325 °C 1.
e)
10 (UPF-RS) O diâmetro externo de uma arruela de metal é de 10
m
Ene-5
4,0 cm e seu diâmetro interno é de 2,0 cm. Aumentada a 14 Um balão de vidro está completamente cheio de um líquido,
C 9
H-1 temperatura da arruela de ΔT, observa-se que seu diâmetro m a uma certa temperatura inicial. Um tubo fino, cuja área da
Ene-5
m externo aumenta em Δd. Então, pode-se afirmar que seu diâ- C 7
H-1 seção reta é A, é adaptado ao balão, como mostra a figura
Ene-5
C 1
H-2 metro interno: m deste problema. Quando a temperatura do balão é aumen-
Ene-6
a) diminui de Δd.
C 1
H2
- tada em ΔT, o líquido sobe no tubo até a altura h.
b) diminui de ∆d .

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


A
2
c) aumenta de Δd.
d) aumenta de ∆d. h
e) não varia. 2

11 (Udesc) Certo metal possui um coeficiente de dilatação linear a.


m
Ene-5
Uma barra fina desse metal, de comprimento L0, sofre uma di-
C 7
H-1 latação para uma dada variação de temperatura ΔT. Para uma
m chapa quadrada fina de lado L0 e para um cubo também de
Ene-6
C 1
H-2 lado L0, desse mesmo metal, se a variação de temperatura for
2ΔT, o número de vezes que aumentou a variação da área e
do volume, da chapa e do cubo, respectivamente, é:
a) 4 e 6.
b) 2 e 2.
c) 2 e 6.
d) 4 e 9.
e) 2 e 8.
Supondo que a área A do tubo tenha se mantido constante
e sendo V0 o volume inicial do balão, gL o coeficiente de dila-
12 (UERN) Duas chapas circulares A e B de áreas iguais a uma
tação volumétrica do líquido e a V o coeficiente de dilatação
m
Ene-5
temperatura inicial de 20 °C foram colocadas no interior de
C 2 linear do vidro do balão, mostre que:
H2
- um forno cuja temperatura era de 170 °C. Sendo a chapa
V
A de alumínio e a chapa B de ferro e a diferença entre suas h 5 0 ( gL 2 3a V ) ∆T
áreas no instante em que atingiram o equilíbrio térmico com A
o forno igual a 2,7p cm2, então o raio inicial das chapas no 15 (Mack-SP) Quando um recipiente totalmente preenchido
instante em que foram colocadas no forno era de: com um líquido é aquecido, a parte que transborda repre-
m
Ene-5
Dados: aAl 5 22 ? 10−6 °C−1; aFe 5 12 ? 10−6 °C−1. C 7
senta sua dilatação________. A dilatação _________ do lí-
H-1
a) 25 cm. c) 35 cm. quido é dada pela ________ da dilatação do frasco e da dila-
m
b) 30 cm. d) 40 cm. Ene-6
C 1
H-2
tação __________.
Com relação à dilatação dos líquidos, assinale a alternativa
13 (UFRGS-RS) Duas esferas maciças e homogêneas, X e Y, de
que, ordenadamente, preenche de modo correto as lacunas
m
Ene-5
mesmo volume e materiais diferentes, estão ambas na mes-
C 9 do texto acima.
H1
- ma temperatura T. Quando ambas são sujeitas a uma mesma
a) aparente – real – soma – aparente
variação de temperatura ΔT, os volumes de X e Y aumentam
b) real – aparente – soma – real
de 1% e 5%.
c) aparente – real – diferença – aparente
A razão entre os coeficientes de dilatação dos materiais de X
d) real – aparente – diferença – aparente
e Y, a X é: e) aparente – real – diferença – real
aY

22 Temperatura – dilatação – gases


CAPÍTULO

2 Comportamento dos gases

Objetivos: Suponha que em um dia de verão, depois de remar com uma prancha
inflável no mar, você tenha deixado a prancha exposta ao sol sobre a areia
c Identificar algumas da praia. Depois de algumas horas, o que deve acontecer com a pressão na
transformações que
prancha inflável? E com a temperatura dela? Existe alguma relação entre
um gás pode sofrer.
essas grandezas e o volume de ar dentro da prancha inflável?
c Descrever o O estudo dos gases permite entender essa e outras situações
comportamento dos envolvendo a matéria nesse estado físico.
gases reais.

c Associar temperatura e
energia cinética média
de moléculas.
AGE FOTOSTOCK/KEYSTONE BRASIL

O Stand Up Paddle (SUP) é um dos esportes aquáticos que mais ganha adeptos no Brasil. As pranchas infláveis de
SUP suportam pressão de 10 até 17 psi (libras por polegada quadrada).

TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
No capítulo anterior, ao estudarmos a dilatação dos sólidos e líquidos, não fizemos nenhuma
referência sobre a influência da pressão nesse fenômeno, porque somente grandes variações na
pressão podem influenciar sensivelmente as dimensões de sólidos e líquidos. De modo geral, em FRENTE A
situações comuns, a influência da pressão na dilatação de sólidos e líquidos pode ser desprezada.
Analisando o comportamento de um gás, entretanto, percebemos que as variações de pressão
Portal
SESI podem provocar variações apreciáveis no volume e na temperatura do gás analisado. Estudando
Educação
FÍSICA

www.sesieducacao.com.br experimentalmente o comportamento de uma dada massa de gás, verificou-se que seria possível
expressar esse comportamento por meio de relações matemáticas simples entre sua pressão, P, seu
Acesse o portal e veja a experiên-
volume, V, e sua temperatura, T. Uma vez que sejam conhecidos os valores dessas grandezas (massa,
cia presente no vídeo Compor-
tamento dos gases. pressão, volume e temperatura), a situação em que está o gás fica definida ou, em outras palavras,
fica definido o seu estado.

Temperatura – dilatação – gases 23


Provocando-se uma variação em uma dessas grandezas, nota-se que, em geral, as outras tam-
bém se modificam, e esses novos valores caracterizam outro estado do gás. Dizemos que o gás sofreu
uma transformação ao passar de um estado para outro (fig. 1).

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


P1 T1 P2 T2

Transformação

Estado 1 Estado 2

Fig. 1 – Quando um gás passa de um estado para


outro, dizemos que ele sofreu transformação.

Nas leis que veremos a seguir serão estudadas algumas transformações que um gás pode sofrer.
Essas leis são válidas apenas, aproximadamente, para os gases que existem na natureza, denominados
gases reais (O2 , H2 , N2 , etc.). Um gás que se comporte de acordo com tais leis é denominado gás
ideal. Os gases reais, submetidos a pequenas pressões e altas temperaturas, comportam-se como
ideais; portanto, nessas condições, o estudo que faremos neste capítulo poderá ser usado para des-
crever, com boa aproximação, o comportamento dos gases reais.

O que é uma transformação isotérmica (T 5 constante)


Suponha que um gás tenha sido submetido a uma transformação na qual sua temperatura foi
mantida constante. Dizemos que ele sofreu transformação isotérmica (isos 5 “igual” 1 thérme 5
5 “temperatura”). Considerando que a massa do gás também se manteve constante (não houve es-
capamento nem entrada de gás no recipiente), concluímos que apenas a pressão e o volume do gás
foram as grandezas que variaram na transformação isotérmica.
A figura 2 apresenta uma maneira de realizar uma transformação isotérmica. Na figura 2-A, uma
massa de ar está confinada em um determinado volume de recipiente. A pressão que atua nesse
volume de gás é de 1 atm. Dobrar ou triplicar a pressão exercida sobre o gás ocasiona redução em
seu volume (fig. 2-B e 2-C). Se a operação for feita lentamente, a massa de ar permanecerá sempre
em equilíbrio térmico com o meio ambiente e, assim, sua temperatura se manterá praticamente
constante, ou seja, a transformação será isotérmica.

1,0 atm 2,0 atm 3,0 atm AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

Ar
Fig. 2 – Em uma transformação isotérmica, quando a pressão
sobre o gás aumenta, o volume diminui.
(As moléculas de gás estão ampliadas para que
possam ser representadas no desenho.) A B C

24 Temperatura – dilatação – gases


Lei de Boyle
Se medirmos a pressão e o volume do gás (ar) na experiência apresentada na figura 2, podere-
mos encontrar uma relação simples entre essas grandezas. Suponha que, na figura 2-A, o volume do
ar confinado fosse V1 5 60 mm3 e a pressão total sobre ele, P1 5 1 atm. Em seguida, imagine que, na
figura 2-B, a pressão tenha sido aumentada para P2 5 2 atm. Nessas condições, o volume do gás se
reduz para V2 5 30 mm3. Aumentando-se novamente a pressão para P3 5 3 atm (fig. 2-C), o volume
passa a ser V3 5 20 mm3, e assim sucessivamente. Tabelando as medidas, obtemos:

P (atm) 1 2 3
V (mm3) 60 30 20

Compare a primeira coluna com as demais e observe que:


duplicando P → V é dividido por 2;
triplicando P → V é dividido por 3, e assim sucessivamente.
Esse resultado mostra que o volume V é inversamente proporcional à pressão P e, consequen-
temente, o produto P ? V é constante. O físico inglês Robert Boyle, em 1660, chegou a essas mesmas
conclusões depois de realizar uma série de experiências semelhantes a essa que descrevemos. Por
esse motivo, o resultado a que chegamos é conhecido como lei de Boyle:

Se a temperatura T de uma dada massa gasosa for mantida constante, o volume V desse
gás será inversamente proporcional à pressão P exercida sobre ele, ou seja, PV 5 constante (se
T 5 constante).

O gráfico P 3 V
Na figura 3, apresentamos o gráfico P 3 V, construído com os valores de P e V da tabela relativa
à transformação isotérmica da experiência que descrevemos. Veja como foram lançados, no gráfico,
os dados da tabela e observe que a curva obtida mostra a variação inversa do volume com a pressão
(enquanto V aumenta, P diminui).
Como, nessa transformação, P e V estão relacionados por uma proporção inversa, podemos
concluir que a curva da figura 3 é uma hipérbole. Por descrever uma transformação isotérmica,
essa curva também é denominada uma isoterma do gás.
3,0 atm

2,0 atm
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

1,0 atm

3,0
Pressão (atm)

2,0 FRENTE A

1,0
FÍSICA

20 30 60
Volume
(mm3) Fig. 3 – Isoterma de um gás ideal.

Temperatura – dilatação – gases 25


Influência da pressão na densidade
A densidade de um corpo é dada por ρ 5 m . Para os corpos sólidos e líquidos, uma variação
V
na pressão exercida sobre eles praticamente não altera o volume V, de modo que a densidade desses
corpos é muito pouco influenciada pela pressão. O mesmo não acontece com os gases. Em uma
transformação isotérmica, por exemplo, quando aumentamos a pressão sobre uma massa gasosa,
seu volume reduz-se apreciavelmente. Em consequência, sua densidade também aumenta sensivel-
mente, uma vez que o valor de m não se altera. De fato, para determinado valor de m, a lei de Boyle
nos permite deduzir o seguinte:
duplicando P → V fica dividido por 2 → ρ duplica;
triplicando P → V fica dividido por 3 → ρ triplica;
quadruplicando P → V fica dividido por 4 → ρ quadruplica, e assim sucessivamente.
Com base nesse esquema, podemos concluir que:

ρ∝P

isto é, se mantivermos constante a temperatura de uma dada massa gasosa, sua densidade será
diretamente proporcional à pressão do gás.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

1 Um recipiente contendo O2 é provido de um pistão (ver figu- a) Qual o volume V2 do oxigênio nesse novo estado?
ra) que permite variar a pressão e o volume do gás. Verifica-se b) Supondo que a densidade do O2, no estado inicial, fosse
que, quando está submetido a uma pressão P1 5 2,0 atm, o de 1,2 g/L, qual seria sua densidade no estado final?
O2 ocupa um volume V1 5 20 L. Comprime-se lentamente o
RESOLUÇÃO:
gás, de modo que sua temperatura não varie, até que a pres-
são atinja o valor P2 5 10 atm. a) Supondo que o O2 esteja se comportando como um
gás ideal, podemos aplicar a lei de Boyle, por se tratar
de uma transformação isotérmica. Portanto, como PV 5
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

5 constante:
P2V2 5 P1V1 ou 10 ? V2 5 2,0 ? 20 [ V2 5 4,0 L
b) Em uma transformação isotérmica, ρ é diretamente pro-
porcional a P. A pressão passou de P1 5 2,0 atm para P2 5
5 10 atm, isto é, foi multiplicada por 5. Consequentemen-
te, a densidade também ficará 5 vezes maior e o novo va-
lor de ρ será:
A B ρ 5 5 ? 1,2 [ ρ 5 6,0 g/L

PARA CONSTRUIR

1 a) Quais são as grandezas que determinam o estado de um 2 a) O que são gases reais?
m gás? São os gases existentes na natureza: O2 , H2 , N2 , CO2 , etc.
Ene-6
C 1
H-2
O estado de um gás fica definido quando conhecemos as seguintes
grandezas: sua massa m, seu volume V, sua pressão P e sua
b) Em que condições os gases reais se comportam como um
temperatura T. gás ideal?
b) O que significa dizer que um gás sofreu uma transformação? Os gases existentes na natureza, quando submetidos a pressões
Dizemos que um gás sofreu uma transformação quando variam baixas e a altas temperaturas, comportam-se como um gás ideal.
pelo menos duas das grandezas que caracterizam seu estado.

26 Temperatura – dilatação – gases


3 Considere a transformação isotérmica mostrada na figura 2. 5 a) Com os dados da tabela do exercício anterior, construa o
m Das grandezas P, V, m e T: gráfico P 3 V.
Ene-5
C 9 P
H-1 a) quais permanecem constantes? (atm)
Como não há entrada nem escapamento de ar no recipiente, a 2,0
1,5
massa m do gás permanece constante. Além disso, como
1,0
a transformação é isotérmica, o valor da temperatura T também
0,50
não varia.
0 3,0 6,0 9,0 12 V (L)

b) quais estão variando? b) Como se denomina a hipérbole assim obtida?


A pressão sobre o gás aumentou e seu volume diminuiu, isto é, Essa curva, representando uma transformação isotérmica, é

P e V variaram. denominada isoterma do gás.

6 Suponha que o gás do exercício 4 no estado I tenha den-


sidade de 2,0 g/L. Calcule os valores de sua densidade nos
4 Certa massa de um gás ideal sofre transformação isotérmica.
estados II, III e IV.
m Lembrando-se da lei de Boyle, complete a tabela a seguir:
Ene-6 Como a temperatura é constante, temos r ∝ P. Concluímos que, ao
C 4
H-2
duplicar a pressão (de 0,50 atm para 1,0 atm), a densidade r também
Estado P (atm) V (L) PV (atm ? L) duplica (de 2,0 g/L para 4,0 g/L). Com raciocínio análogo, concluímos
m
Ene-6 que os valores de r nos estados III e IV são 6,0 g/L e 8,0 g/L.
C 5
H2
-
I 0,50 12 6,0
7 (Uerj) Um mergulhador precisa encher seu tanque de mer-
II 1,0 6,0 6,0 gulho, cuja capacidade é de 1,42 ? 1022 m3, a uma pressão de
140 atm e sob temperatura constante.
III 1,5 4,0 6,0
O volume de ar, em m3, necessário para essa operação, à
IV 2,0 3,0 6,0 pressão atmosférica de 1 atm, é aproximadamente igual a: c
1 P1V1 5 P2V2
Lembrando que, ao duplicar o valor de P, o valor de V reduz-se à meta- a) . c) 2.
4 140 ? 1,42 ? 10−2 5 1 ? V2
de e que, triplicando P, teremos V dividido por 3, etc., é fácil completar −2
1 V2 5 198 ? 10
a coluna de V. Em seguida, preenchendo a coluna com o produto de P b) . d) 4.
2 V2 5 1,98 m3
e V, observamos que esse produto permanece constante. 3
V2  2 m

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 1 e 2 Para aprimorar: 1

TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA
O que é uma transformação isobárica (P 5 constante)
Consideremos uma certa massa de gás, em um tubo de vidro, suportando uma pressão igual à
pressão atmosférica mais a pressão de um pequeno peso (fig. 4-A). Aquecendo-se o gás e deixando-
-o expandir-se livremente, a pressão sobre
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

A B
ele não se altera, pois continua exercida pela
atmosfera e pelo peso (fig. 4-B).
Uma transformação como essa, em que
o volume do gás varia com a temperatura,
enquanto a pressão é mantida constante, Peso
FRENTE A
é denominada transformação isobárica
Ar
(isos 5 “igual” 1 baros 5 “pressão”).
FÍSICA

Fig. 4 – Em uma transformação isobárica,


quando a temperatura sobre o gás aumenta, o
volume aumenta.

Temperatura – dilatação – gases 27


Todos os gases se dilatam igualmente
Consideremos volumes iguais de dois gases diferentes (O2 e H2, por exemplo) a uma mesma
temperatura inicial. Acrescentando o mesmo valor à temperatura dos dois gases, e mantendo cons-
tantes suas pressões, observaremos um fato inesperado, pois eles apresentam o mesmo volume
final, ou seja, têm o mesmo coeficiente de dilatação. O físico francês Gay-Lussac, no início do século
passado, realizando uma série de experiências, verificou que esse resultado é válido para todos os
gases. Podemos, assim, destacar:

Se tomarmos um dado volume de gás a uma certa temperatura inicial e o aquecermos sob
pressão constante até outra temperatura final, a dilatação observada será a mesma, qualquer
que seja o gás usado na experiência, isto é, o valor do coeficiente de dilatação volumétrica é o
mesmo para todos os gases.

O gráfico V 3 T
Em suas experiências, Gay-Lussac realizou medidas do volume e da temperatura de determina-
do gás enquanto esse gás era aquecido e se expandia à pressão constante. Com os resultados dessas
medidas, ele construiu um gráfico do volume V em função da temperatura T, expressa em graus
Celsius. Obteve um gráfico retilíneo, semelhante ao da figura 5, concluindo que o volume de uma
dada massa gasosa, sob pressão constante, varia linearmente com sua temperatura Celsius.

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


Volume

Fim

2V

Início

Fig. 5 – Em uma transformação isobárica, o volume de um gás varia


linearmente com a temperatura Celsius. V50 T 2T Temperatura °C

No gráfico da figura 5, vemos que o gás ocupa um volume V a T °C. O volume do gás se redu-
ziria gradualmente à medida que a temperatura se reduzisse. Pensando nessa redução, Gay-Lussac
procurou determinar a que temperatura o volume do gás se anularia (se isso fosse possível), pro-
longando a reta do gráfico, como mostra a figura 5. Dessa maneira, verificou que o ponto em que
V V 5 0 corresponde à temperatura T 5 2273 °C. Essa temperatura é denominada zero absoluto e
considerada o zero da escala Kelvin.
Considerando esses fatos, se construirmos um gráfico do volume, V, do gás, à pressão constante,
em função de sua temperatura absoluta, T, obteremos uma reta passando pela origem (fig. 6). Isso
nos mostra que o volume do gás é diretamente proporcional a sua temperatura Kelvin, portanto, o
quociente V é constante.
T
Em resumo, para uma transformação isobárica, podemos afirmar que (lei de Gay-Lussac):
T (K)
O volume V de uma dada massa gasosa, mantida à pressão constante, é diretamente pro-
Fig. 6 – Sob pressão constante, o volume
de um gás é diretamente proporcional à porcional a sua temperatura absoluta T, ou seja, V 5 constante (se P 5 constante).
sua temperatura absoluta. T

28 Temperatura – dilatação – gases


Influência da temperatura na densidade
Já que o volume de um certo gás, à pressão constante, varia com a temperatura, a densidade

desse gás ρ 5 m terá valores diferentes para diferentes valores da temperatura. Baseando-se nas
V
conclusões a que chegamos a respeito da transformação isobárica, podemos deduzir que, para uma
certa massa m do gás, teremos:
duplicando T → V duplica → ρ fica dividido por 2;
triplicando T → V triplica → ρ fica dividido por 3;
quadruplicando T → V quadruplica → ρ fica dividido por 4, e assim sucessivamente.
Com base nesse esquema, podemos concluir que:
ρ ∝ 1
T
isto é, sendo mantida constante a pressão de uma dada massa gasosa, sua densidade varia em pro-
porção inversa a sua temperatura absoluta.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

2 Um recipiente contém um volume V1 5 10 L de CO2 gasoso, à RESOLUÇÃO:


temperatura T1 5 27 °C (situação (A), da figura abaixo). Aque- a) Como se trata de uma transformação isobárica, V 5 cons-
cendo o conjunto e deixando que o êmbolo do recipiente se tante, isto é: T
desloque livremente, a pressão do gás se manterá constante V2 V1
5
enquanto ele se expande. Sendo T2 5 177 °C a temperatura T2 T1
final do CO2 (situação (B) da figura): Observe que a expressão acima se refere a temperaturas
absolutas do gás. Portanto:
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

P
T1 5 27 °C → T1 5 27 1 273 [ T1 5 300 K
T2 5 177 °C → T2 5 177 1 273 [ T2 5 450 K
Como V1 5 10 L:
V2
5 10 ∴ V2 5 115 L
450 300
b) Vimos que, em uma transformação isobárica, a densidade
de um gás é inversamente proporcional a sua temperatura
A B absoluta. Como ela passou de T1 5 300 K para T2 5 450 K,
isto é, foi multiplicada por 1,5, concluímos que a densida-
a) qual será o volume final, V2, do gás? de será dividida por esse fator. Portanto, a densidade do
b) Supondo que a densidade inicial do CO2 fosse 1,8 g/L, gás, no estado final, será:
qual será sua densidade no estado final? ρ 5 1,8 : 1,5 [ ρ 5 1,2 g/L

PARA CONSTRUIR

8 Considere a transformação isobárica mostrada na figura 4. Das grandezas P, V, m e T:


a) quais permanecem constantes? FRENTE A
m
Ene-5
C 9
H1
-
Como estamos supondo que não há entrada nem saída de gás no tubo, a massa m do gás que está sendo aquecida não varia. Além disso,
a pressão sobre o gás não se altera, pois ela é exercida pela pressão atmosférica e pela coluna de Hg, e ambas se mantêm constantes.
FÍSICA

b) quais estão variando?


V e T.

Temperatura – dilatação – gases 29


9 a) Considere dois blocos sólidos, um de alumínio e o outro 11 a) Se fosse construído um gráfico V × T com os dados do
m de cobre, ambos com volume de 500 cm3 à temperatura m exercício anterior, qual seria seu aspecto?
Ene-6 Ene-5
C 1 C 9
H-2 de 20 °C. Aquecendo os dois blocos (à pressão constante) H-1
Com P constante, V varia linearmente com a temperatura
até 200 °C, qual terá maior volume final? Consulte a tabe-
m
Ene-6 Celsius T, porém, não são proporcionais. Assim, o gráfico V 3 T
la 2, página 12. C 4
H-2
seria uma reta que não passa pela origem.
Consultando a tabela 2, vemos que o coeficiente de dilatação
do alumínio é maior do que o do cobre. Como os dois blocos
b) Usando a tabela do exercício anterior, construa o gráfico
V × T. Que tipo de gráfico você obteve?
têm o mesmo volume inicial e sofreram a mesma elevação Os alunos não terão dificuldade em construir o gráfico V 3 T e
de temperatura, o bloco de alumínio terá maior volume final. obterão uma reta passando pela origem.

b) Considere dois recipientes (providos de êmbolos que po-


dem se deslocar livremente), um deles contendo O2 ga-
soso e o outro, N2 gasoso, ambos ocupando um volume
de 500 cm3, a 20 °C. Aquecendo os dois gases, à pressão
constante, até 200 °C, qual terá maior volume final?
Como vimos, Gay-Lussac verificou que todos os gases têm o
mesmo coeficiente de dilatação volumétrica. Assim, ao contrário
do que acontece com os sólidos, os dois gases terão o mesmo c) Você esperava obter esse tipo de gráfico V × T para uma
volume final. transformação isobárica?
Sim, pois quando a temperatura do gás, à pressão constante ,
10 Certa massa de um gás ideal sofre transformação isobárica.
Lembrando-se dos resultados das experiências de Gay-Lus- é medida na escala Kelvin, temos V ∝ T.
m
Ene-6
C 4
H-2 sac, complete a tabela deste exercício: 12 Suponha que o gás do exercício 10, no estado I, tenha densi-
m dade de 6,0 g/L. Calcule sua densidade nos estados II, III e IV.
Ene-6 Estado T (°C) T (K) V (cm3)
C 5 1
H-2 Como, à pressão constante, P ∝ concluímos que, ao duplicar T (de
T

I 273 200 150 200 K para 400 K), a densidade ρ do gás será reduzida à metade
(passará de 6,0 g/L para 3,0 g/L). Com raciocínio análogo, concluímos

II 127 400 300 que os valores de ρ nos estados III e IV serão 2,0 g/L e 1,5 g/L.

13 (PUC-RJ) Seja um mol de um gás ideal a uma temperatura


III 327 600 450
de 400 K e à pressão atmosférica P0. Esse gás passa por uma
expansão isobárica até dobrar seu volume. Em seguida, esse
IV 527 800 600 gás passa por uma compressão isotérmica até chegar à me-
tade de seu volume original. Qual a pressão ao final dos dois
Lembrando que T 5 TC 1 273, é fácil completar a coluna de T (K), processos? c
conforme vemos na resposta deste exercício, e observamos que os
valores de T são o dobro, o triplo, etc. do valor inicial. Como, à pressão a) 0,5 P0 c) 2,0 P0 e) 10,0 P0
constante, temos V ∝ T, podemos concluir que os valores de V serão b) 1,0 P0 d) 4,0 P0
também o dobro, o triplo, etc. do valor inicial.

13. A P constante, quando V → 2V, temos T → 2T 5 800 K. Quando TAREFA PARA CASA: Para praticar: 3 e 4 Para aprimorar: 2
T é constante, PV é constante e se 2V → V, temos P0 → 2P0.
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

TRANSFORMAÇÃO ISOVOLUMÉTRICA
O que é uma transformação isovolumétrica (V 5 constante)
Consideremos a situação mostrada na figura 7, na qual o pistão foi fixado às paredes do recipiente,
impedindo que o volume do gás aumente ou diminua. Aquecendo-se o gás, sua temperatura T e pressão
P aumentam e ele, então, sofre uma transformação denominada transformação isovolumétrica (ou seja,
V 5 constante), também conhecida como transformação isocórica.

V 5 constante
Fig. 7 – Em uma expansão isovolumétrica, o volume não se altera.

30 Temperatura – dilatação – gases


Essa transformação foi estudada experimentalmente pelos mesmos cientistas franceses que
estabeleceram a lei da transformação isobárica, chegando ao seguinte resultado:

Se o volume de uma dada massa gasosa for mantido constante, sua pressão vai variar em
proporção direta a sua temperatura Kelvin, isto é:
P
constante se V 5 constante
T
Ou seja:
P1 P P
5 2 5 3 5
T1 T2 T3

EXERCÍCIO RESOLVIDO

3 Suponha que o gás mostrado na figura 7 esteja em estado RESOLUÇÃO:


P1 P
inicial (1), em que sua temperatura e pressão sejam T1 5 27 °C a) Ao aplicar a equação 5 2 , o estudante usou os valo-
T1 T2
e P1 5 1,5 atm. O gás é aquecido até atingir um estado final
res da temperatura expressos na escala Celsius. Ele deveria
(2), em que sua temperatura seja T2 5 127 °C e sua pressão P2. expressar esses valores na escala Kelvin, como consta no
a) Para determinar o valor de P2, um estudante desenvolveu enunciado da lei referente à transformação isovolumétrica.
equivocadamente o seguinte cálculo: Assim, o valor de P2 por ele encontrado não está correto.
P2 1,5
1, 127 ? 1,5 b) Temos:
5 ou P2 5 P2 5 77,0 atm T1 5 273 1 27 5 300 K T2 5 273 1 127 5 400 K
127 27 27
Então:
Qual foi o engano cometido pelo estudante? P2 1, 5 400 ? 1,5
5 P2 5 P2 5 2,0 atm
b) Qual é o valor correto da pressão P2? 400 300 300

PARA CONSTRUIR

14 (Cefet-PB – Adaptada) Relacione os tipos de transformação 15 (UFPR) Segundo o documento atual da FIFA “Regras do Jogo”,
m para gases na coluna da esquerda com os fenômenos ligados m no qual estão estabelecidos os parâmetros oficiais aos quais
Ene-5 Ene-5
C 7 C 4
H-1 aos mecanismos de transformação na coluna da direita. H-2 devem atender o campo, os equipamentos e os acessórios
para a prática do futebol, a bola oficial deve ter pressão entre
m
Ene-6 (1) Transformação isotérmica ( 3 ) O volume do gás m
Ene-5 0,6 e 1,1 atm ao nível do mar, peso entre 410 e 450 g e cir-
C 1 C 7
H-2 não se altera, mas va- H-1
cunferência entre 68 e 70 cm. Um dia antes de uma partida
riam a temperatura e m oficial de futebol, quando a temperatura era de 32 °C, cinco
Ene-6
a pressão. C 1
H-2 bolas, identificadas pelas letras A, B, C, D e E, de mesma marca
e novas foram calibradas conforme mostrado na tabela:

(2) Transformação isobárica ( 1 ) A temperatura do Bola Pressão (atm)


gás permanece cons-
tante, variando a A 0,60 FRENTE A
pressão e o volume.
B 0,70
FÍSICA

C 0,80
(3) Transformação isocórica ( 2 ) A pressão perma-
nece constante, va- D 0,90
riando o volume e a E 1,00
temperatura.

Temperatura – dilatação – gases 31


No dia seguinte e na hora do jogo, as cinco bolas foram levadas para o campo. Considerando que a temperatura ambiente na hora
do jogo era de 13 °C e supondo que o volume e a circunferência das bolas tenham se mantido constantes, assinale a alternativa
que apresenta corretamente as bolas que atendem ao documento da FIFA para a realização do jogo. d
a) A e E apenas. Uma bola calibrada com pressão 0,6 atm tem em seu interior o valor da pressão do ar (0,6 atm) 1 o valor da pressão
atmosférica (1,0 atm), logo, o ar no interior da bola está sob pressão de 1,6 atm.
b) B e D apenas.
Para o ar no interior tendo comportamento de gás perfeito, temos:
c) A, D e E apenas.
T 5 TC 1 273
d) B, C, D e E apenas. T0 5 32 1 273 5 305 K
e) A, B, C, D e E. T 5 13 1 273 5 286 K

P P0
5
T T0
T 286
P 5 P0 P5 P0
T0 305
Para cada valor da tabela, teremos:
286
PA 5 ? 0,6 5 0,56 atm
305
286
PB 5 ? 0,7 5 0,67 atm
305
286
PC 5 ? 0,8 5 0,75 atm
305
286
PD 5 ? 0,9 5 0,84 atm
305
286
PE 5 ? 1,0 5 0,93 atm
305

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 5 e 6

LEI DE AVOGADRO
A hipótese de Avogadro
Até o início do século XIX, os cientistas já haviam obtido uma razoável quantidade de informa-
ções sobre as reações químicas observadas entre os gases. O cientista italiano Amedeo Avogadro,
baseando-se nessas informações e em resultados de experiências realizadas por ele próprio, formulou,
em 1811, uma hipótese muito importante, relacionando o número de moléculas existentes em
duas amostras gasosas.
Segundo Avogadro, se considerarmos dois recipientes, de mesmo volume, contendo gases
diferentes, ambos à mesma temperatura e pressão, o número de moléculas contidas em cada
recipiente deveria ser o mesmo (fig. 8).

Fig. 8 – Segundo Avogadro, essas duas amostras gasosas, ocupando Mesmo número
volumes iguais, sob a mesma pressão e temperatura, têm o mesmo de moléculas
número de moléculas.

Posteriormente, um grande número de experiências confirmou essa afirmativa, que passou a


ser conhecida como lei de Avogadro:

Volumes iguais, de gases diferentes, à mesma temperatura e pressão, contêm o mesmo


número de moléculas.

32 Temperatura – dilatação – gases


Confirmações experimentais
Uma das verificações da lei de Avogadro pode ser feita quando analisamos, no laboratório, a
decomposição de alguns gases. Consideremos volumes iguais de HCl, H2O e NH3, sob a forma gasosa,
à mesma pressão e temperatura. De acordo com a lei de Avogadro, as três amostras dos gases devem
ter o mesmo número, N, de moléculas. Decompondo esses gases e recolhendo o hidrogênio liberado
em cada amostra, deveríamos obter:
para o HCl ⎯⎯⎯ N átomos de H
para o H2O ⎯⎯⎯ 2N átomos de H
para o NH3 ⎯⎯⎯ 3N átomos de H
A experiência confirma esse resultado, pois, enquanto se recolhe uma massa m de hidrogênio
na decomposição do HCl, verifica-se que uma massa 2m é recolhida na decomposição do H2O e
uma massa 3m, na decomposição do NH3.

O número de Avogadro
Uma vez conhecida a lei de Avogadro, pode-se indagar qual é o número de moléculas existente
em uma dada massa do gás. Suponha, por exemplo, 1 mol de vários gases diferentes (2 g de H2 , 32 g
de O2 , 28 g de N2 , etc.). O número de moléculas em cada uma dessas amostras é o mesmo. Esse
número é denominado número de Avogadro e é representado por N0.
O cientista Perrin, no início do século XX, realizou uma série de experiências procurando determi-
nar o valor de N0 e concluiu que esse valor estaria compreendido entre 6,5 ? 1023 e 7,2 ? 1023 moléculas
em cada mol. Por esse trabalho, Perrin recebeu o prêmio Nobel de Física, em 1926. Posteriormente,
medidas mais precisas mostraram que o valor de N0 é mais próximo de 6,02 ? 1023 moléculas/mol.

Densidade e massa molecular


Consideremos duas amostras gasosas, A e B, ocupando o mesmo volume, à mesma pressão e
temperatura. Pela lei de Avogadro, sabemos que essas amostras contêm o mesmo número de molé-
culas. Supondo que a massa molecular de A, MA, seja o dobro da massa molecular de B, MB, a massa
total de A, mA, também será o dobro da massa total, mB, de B. Mas, como as amostras têm volumes
iguais, concluímos que a densidade de A, ρA, será o dobro da densidade de B, ρB. Do mesmo modo,
se tivéssemos MA 5 3MB, teríamos também ρA 5 3ρB. Portanto, podemos concluir que:
ρ∝M
isto é, a densidade de um gás é diretamente proporcional a sua massa molecular.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

4 Considere dois recipientes, um deles contendo 6 g de H2 e o b) Como verificamos na questão anterior, o número de mols
outro, 96 g de O2. é o mesmo para os dois gases. Consequentemente, as
a) Qual o número de mols de H2 e O2 em cada amostra? duas amostras terão o mesmo número de moléculas. Em
b) Qual o número de moléculas existente em cada amostra? 1 mol há 6,02  ?  1023 moléculas (número de Avogadro);
c) Supondo que as duas amostras estejam à mesma pressão portanto, em 3 mols teremos:
e temperatura, qual é a relação entre os volumes que elas 3 ? (6,02 ? 1023) ∴ 1,8 ? 1024 moléculas
ocupam?
d) Considerando ainda que as duas amostras estejam à mes- c) Já que ambas estão à mesma pressão e temperatura e
FRENTE A
ma pressão e temperatura e que a densidade do H2 é de contêm o mesmo número de moléculas, concluímos,
0,1 g/L, qual é a densidade do O2? pela lei de Avogadro, que os volumes ocupados pelas
duas amostras são iguais.
RESOLUÇÃO: d) Vimos que, nessas condições, a densidade de um gás é
FÍSICA

a) Em 1 mol de H2, há 2 g desse gás. Logo, em nossa amostra diretamente proporcional a sua massa molecular (ρ ∝ M).
de 6 g, teremos 3 mols de H2. Para o O2, 1 mol correspon- Portanto, já que a massa molecular do O2 é 16 vezes
de a uma massa de 32 g, portanto, 96 g correspondem a maior do que a do H2, teremos, para o O2, uma densidade
3 mols de O2. 16 ? 0,1 g/L ou 1,6 g/L.

Temperatura – dilatação – gases 33


PARA CONSTRUIR

16 Três recipientes, A, B e C, de volumes iguais, contêm, respec- b) Quantas moléculas de água o estudante bebeu?
m tivamente, HCl, H2O e NH3, todos no estado gasoso, à mesma (Considere o número de Avogadro igual a 6 ? 1023.)
Ene-6 Se em cada 1 mol temos 6 ? 1023 moléculas, o estudante tomou
C 1
H2
- pressão e temperatura. Suponha que o recipiente A conte-
20 ? 6 ? 1023 5 1,2 ? 1025 moléculas.
nha 1,0 ? 1024 moléculas de HCl.
m
Ene-7
c) Baseando-se nas respostas dadas em (a) e (b), calcule, em
C 4
H-2
a) Quantas moléculas de vapor de H2O existem em B? E gramas, a massa de uma molécula de água.
quantas moléculas de NH3 existem em C? Como em 360 g de água temos 1,2 ? 1025 moléculas, é claro que
Como as três amostras gasosas possuem o mesmo volu- a massa de cada molécula será:
me, mesma pressão e mesma temperatura, sabemos, pela
360
lei de Avogadro, que elas têm o mesmo número de moléculas m5 ∴ m 5 3,0 ? 10−23
1,2 ? 1025
(1,0 ? 1024 moléculas em cada recipiente).
b) Qual é o número de átomos de H existentes em cada reci-
piente?
Cada molécula de HCl tem apenas um átomo de H. Logo, no 18 Considere os gases contidos nos recipientes A, B e C do exer-
recipiente A teremos, evidentemente, 1,0 ? 1024 átomos de hi-
m cício 16.
drogênio. Ene-6
C 1
Cada molécula de H2O tem dois átomos de hidrogênio. Logo, em H-2 a) Coloque os gases em ordem crescente de suas massas
B teremos 2 ? 1,0 ? 1024 5 2,0 ? 1024 átomos de H. Em C teremos moleculares.
m
3 ? 1,0 ? 1024 5 3,0 ? 1024 átomos de H. Ene-7 Consultando uma tabela periódica, podemos obter as seguin-
C 4
H-2
c) Quantos gramas de hidrogênio seriam recolhidos na de- tes massas moleculares: HCl 5 36,5; H2O 5 18; NH3 5 17.
composição de cada um desses gases? (A massa de um Então, em ordem crescente dos valores de M, temos: NH3;
H2O; HCl.
átomo de H é 1,7 ? 10224 g.)
Em A, a massa de H recolhida seria: b) Como foi estudado, os três gases têm o mesmo volume,
(1,0 ? 1024) ? (1,7 ? 10224) 5 1,7 g mesma pressão e mesma temperatura. Nessas condições,
Em B seria duas vezes maior (3,4 g) e, em C, três vezes maior (5,1 g). qual é a relação entre a densidade ρ e a massa molecular
M de cada um dos gases?
17 Um estudante de Química informa a um colega que, para
“matar” a sede, teve de beber 20 mols de água. Vimos que, nessas condições, temos ρ ∝ M.
m
Ene-6
C 1
H-2 a) Quantos gramas de água o estudante bebeu? c) Considerando as respostas dadas em (a) e (b), coloque os
m
(Considere a massa atômica do oxigênio igual a 16 u e a gases em ordem crescente de suas densidades.
Ene-7
C 4
H-2
do hidrogênio igual a 1 u.) Tendo em vista a resposta do item anterior, a ordem crescente
Com os dados fornecidos, concluímos que 1 mol de H2O tem
massa de 18 g. Portanto, a massa de água que o estudante to- dos valores de r é a mesma dos valores de M.
mou foi de:
20 ? 18 g 5 360 g.

TAREFA PARA CASA: Para aprimorar: 3

EQUAÇÃO DE ESTADO DE UM GÁS IDEAL


Vimos até o momento que, para um gás ideal, temos:

Pela lei de Boyle (T constante) → ρ ∝ P


Pela lei de Gay-Lussac (P constante) → ρ ∝ 1
T
Pela lei de Avogadro (P, V e T constantes) → ρ ∝ M
Uma propriedade das proporções nos permite agrupar os resultados anteriores em uma única
relação:

ρ ∝ PM
T
Sendo m a massa da amostra gasosa, temos:
m ∝ PM ou PV ∝ m T
V T M

34 Temperatura – dilatação – gases


m
O quociente entre a massa do gás e sua massa molecular, fornece-nos o número de mols, n,
M
da amostra. Introduzindo, na relação anterior, a constante de proporcionalidade, que vamos designar
por R, obteremos a seguinte igualdade:
PV 5 R(n)T ou PV 5 nRT

A pressão P, o volume V e a temperatura absoluta T de uma dada massa gasosa, contendo


n mols do gás, estão relacionados pela equação:
PV 5 nRT
(equação de estado de um gás ideal)

Observações:
A equação PV 5 nRT define um estado do gás. Isso significa que, para uma dada massa gasosa (um valor
determinado, n, de mols), se medirmos sua pressão, seu volume e sua temperatura, em certa situação, o
produto PV será igual ao produto nRT quaisquer que sejam os valores encontrados.
Se colocarmos n mols de um gás em um recipiente, é possível escolher arbitrariamente para ele os
valores apenas de duas das três variáveis de estado (P, V e T). Por exemplo, se escolhermos arbitra-
riamente o volume que o gás vai ocupar e sua temperatura, a pressão que ele exercerá não poderá
ser escolhida por nós, como foi feito para o volume e a temperatura. A pressão, nessas condições,
atingirá um valor que satisfaça à equação PV 5 nRT. Em contrapartida, se escolhêssemos arbitra-
riamente a pressão e a temperatura, o gás ocuparia um volume não arbitrário, determinado pela
equação PV 5 nRT.
A equação PV 5 nRT pode ser escrita assim:
PV 5 nR
T
Portanto, para uma dada massa de gás (n 5 constante), como R também é constante, con-
cluímos que PV 5 constante. Assim, se a massa gasosa passar de um estado (1), caracterizado
T
por P1, V1 e T1, para outro estado (2), definido por P2, V2 e T2, poderemos relacionar os dois estados
pela equação:
P1V1 PV
5 2 2
T1 T2
Não podemos nos esquecer de que a equação PV 5 nRT se refere a um gás ideal. Entretanto, de
acordo com o que foi dito no início deste capítulo, essa equação pode ser aplicada, com muito boa
aproximação, a um gás qualquer, desde que sua temperatura não seja muito baixa e sua pressão
não seja muito elevada.

A constante universal dos gases


Verifica-se experimentalmente que a constante R, da equação PV 5 nRT, tem o mesmo valor
n 5 1 mol
para todos os gases, por isso ela é denominada constante universal dos gases. Da equação de

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


V 5 22,4 L
estado, obtemos:
R 5 PV 273 K
nT
O valor de R poderá ser calculado se medirmos, em um laboratório, os valores de P, V, n e T
para um dado estado do gás. FRENTE A

Por exemplo, verifica-se experimentalmente que, considerando-se 1 mol de qualquer gás P 5 1 atm

(n 5 1 mol), à temperatura de 0 °C (ou seja, T 5 273 K) e à pressão P 5 1 atm, ele ocupará um


volume V 5 22,4 L (fig. 9).
FÍSICA

Substituindo esses valores na R 5 PV obtemos:


nT
Fig. 9 – A constante universal dos gases,
R 5 0,082 atm ? L R, pode ser calculada por intermédio dos
mol ? K dados experimentais mostrados na figura.

Temperatura – dilatação – gases 35


O valor de R dependerá das unidades usadas nas medidas de P, V e T. Frequentemente, o valor
de P é expresso em N/m2 e o valor de V, em m3. Nessas condições, o valor de R será:

R 5 8,31
( N/m ) ? m
2 3

ou R 5 8,31
joule
mol ? K mol ? K

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

5 Uma pessoa afirma que colocou 3,5 mols de um gás (com- 6 Suponha que um recipiente, fechado e que não se dilata,
portando-se como gás ideal) em um recipiente de volume contenha hidrogênio. Aquecendo-se o gás, de uma tempe-
igual a 8,0 L e que, após atingido o estado de equilíbrio, a ratura Kelvin T1 até uma temperatura T2, como será o gráfico
temperatura do gás era de 27 °C e sua pressão de 5,0 atm. P × T para essa transformação?

a) Poderiam estar corretas as medidas feitas por essa pessoa? RESOLUÇÃO:


b) Se, após uma verificação, constatou-se que os valores de P,
V e T estavam corretos, qual o número real de mols do gás
Da equação PV 5 nRT, obtemos P 5 nR T.
V ( )
colocado no recipiente? Nessa experiência, uma dada massa de gás (n 5 constante) é
mantida a um volume constante (transformação isovolumé-
RESOLUÇÃO:
a) Um gás ideal, em certo estado, obedece à equação PV 5 trica). Portanto, nR mantém-se constante e concluímos que
V
5 nRT. Com os dados fornecidos pela pessoa, temos: P é diretamente proporcional a T. Esse resultado costuma ser
PV 5 5,0 ? 8,0 [ PV 5 40 atm ? L denominado “lei de Charles”, por ter sido observado expe-
nRT 5 3,5 ? 0,082 ? 300 [ nRT ? 86 atm ? L rimentalmente por esse cientista (contemporâneo de Gay-
Como PV não é igual a nRT, concluímos que as medidas -Lussac). O gráfico P × T, de T1 até T2, será igual ao da figura
não podem estar corretas, isto é, não é possível, para qual- abaixo.
quer gás (ideal), apresentar-se em um estado com aque- P
les valores de P, V, n e T.
b) Da equação de estado, obtemos:
5,00 ? 88,0
n 5 PV 5 ∴ n 5 11,6 mol
RT 0,082 ? 300
Logo, no recipiente havia 1,6 mol do gás, e não 3,5 mols
como a pessoa havia afirmado. Observe que usamos o va-
lor R 5 0,082 atm ? L/mol ? K, uma vez que o valor de P foi
T1 T2 T
fornecido em atmosferas e o de V, em litros.

PARA CONSTRUIR

19 Verifica-se que, para um gás contido em um recipiente, o pro- 20 O reservatório de um frigorífico, cujo volume é 0,15 m3, con-
m duto nRT vale 26 atm ? L. m tém 480 g de O2 à pressão de 2,0 ? 105 N/m2.
Ene-6 Ene-6
C 1 C 1
H-2 a) Qual é o valor do produto PV para o gás nesse estado? H-2 a) Quantos mols de O2 existem no reservatório?
Como, em qualquer estado do gás, devemos ter PV 5 nRT, con- Como 1 mol de O2 corresponde a 32 g, teremos:
m
cluímos que PV também é igual a 26 atm ? L. Ene-7 480
C 4 n5 ∴ n 5 15 mols
H-2 32

b) Adaptando-se um manômetro ao recipiente, ele indica,


para o gás, uma pressão de 2,0 atm. Qual é o volume do b) Na equação PV 5 nRT, quando P está expresso em N/m2 e
recipiente? V em m3, qual é o valor que deve ser usado para R?
De PV 5 26 atm ? L, com P 5 2,0 atm, vem: Como vimos, nessas condições temos:
2V 5 26 [ V 5 13 L R 5 8,31 J/mol ? K

36 Temperatura – dilatação – gases


c) A que temperatura absoluta está o O2 no reservatório? 24 (Unicamp-SP) Alguns experimentos muito importantes em Físi-
Da equação PV 5 nRT obtemos:
m ca, tais como os realizados em grandes aceleradores de partícu-
PV 2,0 ? 105 ? 0,15 Ene-5
∴ T 5 241 K C 7
T5
nR
5
15 ? 8,31 H-1 las, necessitam de um ambiente com uma atmosfera extrema-
mente rarefeita, comumente denominada de ultra-alto-vácuo.
m
Ene-6 Em tais ambientes a pressão é menor ou igual a 1026 Pa.
C 1
H-2
d) Expresse a temperatura do O2 em °C. a) Supondo que as moléculas que compõem uma atmosfe-
De T 5 TC 5 273, vem: m
Ene-7
C 4 ra de ultra-alto-vácuo estão distribuídas uniformemente
TC 5 T 2 273 5 241 2 273 [ TC 5 232 °C H-2
no espaço e se comportam como um gás ideal, qual é o
número de moléculas por unidade de volume em uma at-
mosfera cuja pressão seja P 5 3,2 ? 1028 Pa, a temperatura
21 Uma pessoa coloca 0,50 mol de um gás ideal em um botijão ambiente T 5 300 K? Se necessário, use:
m de 15 L. Ela deseja que o gás, ao entrar em equilíbrio térmico Número de Avogadro NA 5 6 ? 1023; constante universal
Ene-6
C 1
H2
- com o ambiente (27 °C), tenha pressão de 1,5 atm. É possível dos gases ideais R 5 8 J/mol ? K.
alcançar as condições desejadas pela pessoa? Explique.
Definindo N como o número de moléculas em um volume de
Para que seja possível encontrar um gás em certo estado, é necessá- 1 m3:
rio que, nesse estado, tenhamos o produto PV igual ao produto nRT
(PV 5 nRT). No estado desejado, teremos: N 5 n ? NA n 5 NV
V NA
PV 5 1,5 atm ? 15 L [ PV 5 22,5 atm ? L
atm ? litro Assim:
nRT 5 0,50 ? 0,082 ? 300 K ∴ nRT 5 12,3 atm ? L
mol ? K PV 5 nRT
Como PV ± nRT, podemos afirmar que é impossível alcançar as con-
NV
dições desejadas pela pessoa. PV 5 RT
NA
22 Um recipiente, provido de um êmbolo móvel, contém um N5
NAP
gás ideal, a uma pressão P1 5 1,0 atm, ocupando um volume RT
V1 5 4,5 L e à temperatura T1 5 0 °C. Aquecendo-se o recipien- 3,2 ? 1028 ? 6 ? 1023
N5
8 ? 300
te, o gás se expande, passando a ocupar um volume V2, com
moléculas
uma pressão P2 5 1,5 atm e a uma temperatura T2 5 273 °C. N 5 8 ? 1012
m3
a) Qual a equação que relaciona P2, V2 e T2 com P1, V1 e T1?
b) Use essa equação e calcule o valor de V2.
Como T1 5 0 1 273 ou T1 5 273 K, T2 5 273 1 273 ou T2 5 546 K.
Portanto: b) Sabe-se que a pressão atmosférica diminui com a altitude,
P1V1 PV
5 2 2
1,0 ? 4,5
5
1,5 ? V2 de tal forma que, a centenas de quilômetros de altitude,
T1 T2 273 546 ela se aproxima do vácuo absoluto. Por outro lado, pres-
Daí, obtemos: sões acima da encontrada na superfície terrestre podem
V2 5 6,0 L
ser atingidas facilmente em uma submersão aquática.
P
23 Considere a transformação isovolumétrica analisada no exer- Calcule a razão sub entre as pressões que devem su-
cício resolvido 6. Pnave
m
Ene-3 portar a carcaça de uma nave espacial (Pnave ) a centenas
C 0
H-1 a) Das grandezas P, V, n e T, quais permanecem constantes?
de quilômetros de altitude e a de um submarino (Psub) a
Quais delas variam?
100 m de profundidade, supondo que o interior de am-
O valor de n é constante, pois o recipiente é fechado (não bos os veículos se encontra à pressão de 1 atm. Considere
há entrada nem saída de gás) e, além disso, o valor de V também a densidade da água como ρ 5 1 000 kg/m3.
é constante, pois o recipiente não é dilatável. Então, as grandezas
Psub ρ ? g ? hsub
5
que variam são T e P. Pnave 1 atm
Psub 1000 ? 10 ? 100 Pa
b) Expresse a inclinação do gráfico P 3 T em função de n, R e V. 5
Pnave 105 Pa
nR
A relação entre P e T é P = T . Essa equação é do tipo
FRENTE A
V Psub
5 10
nR Pnave
y 5 ax, em que se identifica a com . Então, a inclinação do
V
nR
gráfico P 3 T é .
V
FÍSICA

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 7 a 12 Para aprimorar: 4 a 7

Temperatura – dilatação – gases 37


MODELO MOLECULAR DE UM GÁS
Modelo cinético de um gás
As leis estudadas até agora, e que descrevem o comportamento dos gases, foram obtidas expe-
rimentalmente. No estudo do modelo molecular de um gás, procuraremos relacionar essas leis com
o comportamento das partículas que constituem o gás, isto é, seus átomos ou suas moléculas.
Foi a partir do século XIX que os cientistas intensificaram os estudos sobre a estrutura molecular
dos gases, baseando-se nas suposições seguintes.
Um gás é constituído de pequenas partículas: seus átomos ou suas moléculas. Estudos mais recentes
mostraram que a dimensão de uma molécula de um gás corresponde, aproximadamente, a 1028 cm.
O número de moléculas existentes em uma dada massa gasosa é muito grande. Em 1 mol de um
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

gás há cerca de 6 ? 1023 moléculas.


A distância média entre as moléculas é muito maior do que as dimensões de uma molécula.
As moléculas de um gás estão em constante movimento e esse movimento é inteiramente ao acaso, isto
é, as moléculas se movimentam em qualquer direção (fig. 10), com velocidades que podem apresentar
diferentes valores.
Ao estabelecerem essas hipóteses, os cientistas tentavam descrever o comportamento de um
gás por meio do movimento de suas moléculas, isto é, supunham que as leis dos gases poderiam ser
obtidas aplicando-se as leis da Mecânica ao movimento das moléculas, tratando-as como partículas.
Em resumo, eles estavam estruturando um modelo para descrever o comportamento de um gás.
Esse modelo é denominado modelo cinético, por se basear no movimento das moléculas do gás.
Várias conclusões obtidas por intermédio desse modelo estavam em concordância com as leis
experimentais já conhecidas, evidenciando, assim, que as suposições sobre a constituição molecular
de um gás eram válidas. Desse modo, foi possível usar o modelo para se obter novas informações
sobre o comportamento dos gases.

Fig. 10 – As moléculas de um gás


Cálculo cinético da pressão
estão em constante movimento com No modelo cinético de um gás, o número de moléculas é muito grande e elas estão em cons-
velocidades de valores e direções tante movimento. Em consequência disso, as moléculas colidem continuamente contra as paredes
distribuídos ao acaso.
do recipiente que contém o gás e exercem uma pressão nessas paredes (fig. 11).
AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA

Fig. 11 – A pressão de um gás sobre uma


parede é causada pelas colisões de suas
moléculas contra ela.

Como o número de colisões é muito grande, não se percebe o efeito do choque de cada par-
tícula. O que se observa é o efeito médio da frequente sucessão de colisões, que ocasiona o apare-
cimento de uma força contínua, sem flutuações, pressionando as paredes do recipiente. Portanto:

A pressão que um gás exerce sobre as paredes do recipiente que o contém se deve às
incessantes e contínuas colisões das moléculas do gás contra essas paredes.

38 Temperatura – dilatação – gases


Aplicando as leis da Mecânica às colisões das moléculas contra as paredes do recipiente, os
físicos do século XIX obtiveram uma expressão matemática relacionando a pressão exercida por um
gás com as seguintes grandezas:
N – número total de moléculas no recipiente;
V – volume do recipiente;
m – massa de cada molécula;
v 2 – média dos quadrados das velocidades das moléculas.
A expressão a que chegaram foi a seguinte:

P 5 1 N mv 2
3 V
Analisando essa expressão, concluímos que:
1) P ∝ N – esse resultado é intuitivo, pois, quanto maior o número total de moléculas,
maior o número de colisões contra as paredes, portanto maior a pressão exercida pelo gás.
1
2) P ∝ – de fato, quanto maior o volume do recipiente, maior a distância que uma
V
molécula terá de percorrer para colidir contra as paredes, consequentemente menor será o
número de colisões, isto é, menor a pressão exercida pelo gás.
3) P ∝ m – esse resultado era esperado, pois, quanto maior a massa de uma molécula, maior
sua quantidade de movimento, portanto maior a força que ela exerce ao colidir contra a parede do
recipiente.
4) P ∝ v 2 – realmente, quanto maior v 2, mais rapidamente as moléculas estarão se movimen-
tando. Podemos perceber que, nessas condições, maior será a força que cada molécula exercerá ao
colidir contra a parede e maior será o número de colisões.

Interpretação cinética da temperatura


No capítulo anterior, mencionamos que a temperatura de um corpo se relaciona com a energia
de agitação dos átomos e moléculas desse corpo. Mostraremos agora como os físicos do século XIX,
baseados no modelo cinético de um gás, chegaram a essa conclusão.
1 N mv 2
A expressão P 5 que havia sido obtida baseando-se no modelo cinético, pode ser
3 V
escrita desta maneira:

PV 5 1 Nmv 2
3
Comparando-a com a equação de estado de um gás ideal, PV 5 nRT, que havia sido obtida
experimentalmente, conclui-se que:
1 Nmv 2 5 nRT
3
Mas, como N0 (número de Avogadro) é o número de moléculas existente em 1 mol e n, o
número de mols que corresponde a N moléculas:
N 5 nN0
Substituindo esse valor de N na igualdade anterior:
1 nN mv 2 5 nRT mv 2 5 3 R T
3 0 N0
FRENTE A
Dividindo-se os dois membros dessa igualdade por 2:
1 mv 2 5 3 R T
FÍSICA

2 2 N0

Observe que o primeiro membro dessa expressão representa a energia cinética média das
moléculas (a soma das energias cinéticas das moléculas dividida pelo número delas). Essa energia
1
cinética média será representada por εc , isto é, εc 5 mv 2 .
2

Temperatura – dilatação – gases 39


O quociente R , que aparece no segundo membro, é constante, pois tanto R quanto N
0
N0
são constantes. Esse quociente é representado por k e denominado constante de Boltzmann, em
homenagem a Ludwig Boltzmann, físico austríaco do século XIX. Assim:

k5 R 5 8,31 ou k 5 1,38 ? 10223 J/K


N0 6,02 ? 10 23
Dessa maneira, chegamos à seguinte expressão:
εc 5 3 kT
2
que mostra ser a energia cinética média das moléculas de um gás diretamente proporcional a sua
temperatura absoluta, isto é, quanto maior a energia cinética média das moléculas, maior a tempe-
ratura do gás (fig. 12). Assim:

A temperatura absoluta, T, de um gás ideal está relacionada com a energia cinética média,
εc , de suas moléculas pela expressão:
εc 5 3 kT , em que k é a constante de Boltzmann.
2

T1 T2
Fig. 12 – Quanto
maior a
temperatura de
um gás, maior a T2 . T1
energia cinética
média de suas
moléculas.

EXERCÍCIO RESOLVIDO

7 a) Um recipiente contém H2 a 27 °C. Qual é a energia cinética c) Como devemos ter εc 5 1 mv 2, temos:
2
média de suas moléculas? 1 (3,3 ? 10227 )v 2 5 6,2 10221 ∴ v 5 1,9
6, 2 ? 10 1, 9 ? 11003 m
m/s
b) Qual seria a εc para as moléculas de O2 à mesma tempera- 2
tura do item anterior? Esse resultado nos mostra que o movimento das molé-
c) Sabendo-se que a massa de uma molécula de H2 é 3,3 ? culas é muito rápido, pois 1,9 ? 103 m/s equivalem a cerca
? 10227 kg, qual deve ser sua velocidade para que ela tenha de 7 000 km/h.
uma energia cinética igual ao valor médio calculado em (a)? d) A massa de uma molécula de O2 é 16 vezes maior do que
d) Qual seria a resposta para o item anterior se a molécula a massa de uma molécula de H2, isto é, para uma molécula
fosse de O2? de O2, temos:
RESOLUÇÃO: m 5 16 ? 3,3 ? 10227 ou m 5 53 ? 10227 kg
a) Sabemos que εc 5 3 kT e, em nosso caso, T 5 300 K (273 1 De εc 5 1 mv 2 obtemos:
2 2
1 27). Logo:
1 (533 ? 10
εc 5 3 kT 5 3 ? 1, 38 ? 10223 ? 300 ∴ εc 5 6,2
6, 2 ? 10
10221 J 2
10227 ) mv 2 5 6,2
6, 2 ? 10
10221
2 2
∴ v 5 4,8 4 ,8 ? 102 m/s
Observe que esse valor de εc é muito pequeno, pois se
refere à energia cinética média por molécula. É importante perceber que, a uma mesma temperatura, o
valor da energia cinética média das moléculas é igual para
b) A expressão εc 5 3 kT nos mostra que a energia cinética
2 todos os gases, mas o valor médio das velocidades des-
média das moléculas só depende da temperatura, não da sas moléculas varia de um gás para outro: quanto maior
natureza do gás. Como o O2 e o H2 estão à mesma tempe- a massa molecular do gás, menor a velocidade média de
ratura, o valor de εc é o mesmo para os dois gases. suas moléculas.

40 Temperatura – dilatação – gases


PARA CONSTRUIR

25 Como vimos, os cientistas procuraram interpretar o compor- 28 Uma amostra de gás hélio está à temperatura de 1 000 K.
m tamento dos gases formulando algumas hipóteses sobre sua a) Calcule a energia cinética média, εc , das moléculas dessa
Ene-6
C 1
H-2 constituição. No texto, foram citadas quatro dessas hipóteses. amostra.
Quais são elas? Sabemos que:
m
Ene-7
C 4
1a) Um gás é constituído de pequenas partículas (moléculas e
εc 5 3 kT 5 3 ? 1,38 ? 10223 ? 1000 ∴ εc 5 2,07 ? 10220 J
H2
- 2 2
átomos).
b) Se duplicarmos a temperatura absoluta da amostra, por
quanto será multiplicado o valor de εc ?
2a) O número de moléculas é muito grande.
Como εc ∝ T, concluímos que o valor de εc também será dupli-
3a) A distância entre as moléculas é muito maior do que o tamanho cado.
de uma delas.
c) A que temperatura a εc das moléculas do gás se anularia?
4a) As moléculas se movimentam constantemente em todas a 3
A relação εc 5 kT mostra-nos que, se T 5 0, teremos εc 0, isto
2
direções. é, a energia cinética das moléculas se anulará no zero absoluto.

26 De acordo com o modelo cinético, por que um gás exerce 29 (ITA-SP) Um recipiente é inicialmente aberto para a atmos-
pressão contra as paredes do recipiente que o contém? m fera à temperatura de 0 °C. A seguir, o recipiente é fechado
Ene-5
C 7
Como as moléculas estão em constante movimento, elas colidem H-1 e imerso num banho térmico com água em ebulição. Ao
sucessivamente contra as paredes do recipiente. Essas colisões
atingir o novo equilíbrio, observa-se o desnível do mercúrio
m
Ene-6 indicado na escala das colunas do manômetro. Construa um
C 1
dão origem à pressão exercida pelo gás. H-2
gráfico P 3 T para os dois estados do ar no interior do reci-
piente e o extrapole para encontrar a temperatura T0 quan-
do a pressão P 5 0, interpretando fisicamente esse novo
27 Um recipiente de volume V contém N moléculas de H2, com
estado à luz da teoria cinética dos gases.
m um certo valor de v 2, uma pressão de 1,2 atm. Supondo que
Ene-5
C 1
H-2 o valor de v 2 não se altere, diga qual será o valor da pressão

cm

cm
do gás em cada um dos casos seguintes. 14 14
m
Ene-6
C 1
H-2 a) Mantém-se o valor de V e mais N moléculas de H2 são in- 0 0
troduzidas no recipiente. P1T1 P2T2
O aluno responderá facilmente às questões desse exercício usan-
214 214
do a relação P 5 1 N mv 2 . Temos:
3 V
O valor de N foi duplicado. Como as demais grandezas não va- Temos uma relação linear, pois a pressão é proporcional à tempera-
riaram, concluímos que P duplicará, pois P ∝ N. Assim, a nova tura conforme a equação de Clapeyron:
pressão será: PV 5 nRT
P 5 2 ? 1,2 5 2,4 atm. nR
P5 T
V
P1 5 1 atm 5 760 mmHg
P2 5 760 1 280 5 1 040 mmHg
b) Aumenta-se o volume para 2V, e o número de moléculas
T (°C)
para 2N.
Como o valor de N foi duplicado e o de V também, vemos fa- T2 5 100 °C
cilmente pela equação anterior que o valor de P não se altera, T1 5 0 °C
permanecendo, pois, igual a 1,2 atm.

c) Mantém-se o volume V e substitui-se o H2 por N molécu- 0 760 1 040 P (mmHg)


las de He (massa atômica 5 4 u). T1 2 T0 T2 2 T1 FRENTE A
A massa molecular do H2 é 2 u e a massa atômica do He é 4 u. 5
P1 2 P0 P2 2 P1
Então, o valor de m na equação citada torna-se 2 vezes maior
0 2 T0 100 2 0
quando o He substitui o hidrogênio. Como as demais grandezas 5
não variam e P ∝ m, concluímos que a pressão exercida pelo 760 2 0 1040 2 760
FÍSICA

He será 2 vezes maior do que a pressão do H2, isto é, será: 2T0 100
5
P 52 ? 1,2 5 2,4 atm. 760 280
T0 5 2271,43 °C (zero absoluto)

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 13 a 16 Para aprimorar: 8 a 11

Temperatura – dilatação – gases 41


COMPORTAMENTO DE UM GÁS REAL
O comportamento de um gás ideal obedece à lei de Boyle e à lei de Gay-Lussac, que podem ser
sintetizadas pela equação PV 5 nRT. Em geral, consideramos que os gases reais (O2 , N2 , He, H2 , etc.),
se comportam como um gás ideal quando submetidos a pressões baixas e temperaturas elevadas,
ou seja, quando a densidade do gás é pequena.

Um gás real pode não se comportar como um gás ideal


Suponha que um gás real esteja encerrado em um cilindro provido de um pistão e de um ma-
nômetro que nos permita ler os valores de sua pressão, como mostra a figura 13.

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/


ARQUIVO DA EDITORA
A B C D

Gás real
Fig. 13 – Um gás real é comprimido no interior
de um cilindro provido de um manômetro.

Mantendo constante a temperatura do gás, vamos comprimi-lo a partir da posição A do pistão,


quando a pressão do gás é, relativamente baixa. Durante a compressão, verifica-se que, inicialmente,
o gás real se comporta como um gás ideal, isto é, os valores de P, V e T do gás satisfazem à equação
PV 5 nRT.
Entretanto, após o pistão atingir certa posição, por exemplo, a posição B da figura 13, na qual
a pressão já é um pouco mais elevada, observa-se que o gás real deixa de se comportar como um
gás ideal. Seu comportamento torna-se mais complexo, exigindo, para descrevê-lo, equações mais
sofisticadas do que a equação de estado de um gás ideal.

O que é pressão de vapor?


Prosseguindo-se na compressão do gás, quando o pistão atingir a posição C, percebe-se que
começam a se formar pequenas gotas de líquido no interior do cilindro, isto é, naquela pressão inicia-
-se a condensação do gás que é denominada pressão de vapor do gás.
A partir dessa posição, continuando-se a empurrar o pistão, a pressão do gás não se altera, mas
a quantidade de líquido condensado aumenta gradativamente, até que todo o gás tenha se liquefeito
na posição D.

A pressão de vapor aumenta com a temperatura


Considere, agora, que essa mesma experiência seja repetida, porém, com o gás a uma tempera-
tura um pouco mais elevada. Durante a compressão, verificaremos que todas as situações observadas
na experiência anterior se repetirão. Entretanto, uma modificação importante será constatada: o valor
da pressão na qual o gás começa a se condensar torna-se mais elevado. Em outras palavras, a pressão
de vapor do gás apresenta, agora, um valor maior.
Realizando novas experiências, com o gás a diversas temperaturas, chegaremos à conclusão de
que o resultado anterior é geral: a pressão de vapor de um gás é tanto maior quanto maior for a sua
temperatura. Assim, quanto mais aquecido estiver um gás, maior deverá ser a pressão que teremos
de exercer sobre ele para condensá-lo.

Temperatura crítica de um gás


O que acabamos de afirmar sobre a condensação de um gás é válido até que ele atinja certa
temperatura. De fato, se o gás se encontrar nessa temperatura, ou em valores superiores a ela, não con-
seguiremos liquefazê-lo por maior que seja a pressão exercida sobre ele. Essa temperatura denomina-se
temperatura crítica, Tc , do gás. Portanto, só é possível liquefazer um gás por aumento de pressão se ele
estiver a uma temperatura inferior a sua temperatura crítica. Acima dessa temperatura, não é possível
encontrar a substância no estado líquido.
É a distinção entre os termos gás e vapor. Quando uma substância se encontra no estado
gasoso, em temperatura inferior a Tc , diz-se que ela é um vapor, e se sua temperatura for supe-
rior a Tc , diz-se que ela é um gás.

42 Temperatura – dilatação – gases


Temperaturas críticas do oxigênio e do anidrido carbônico
O valor da temperatura crítica é característico de cada substância. A temperatura crítica do oxi-
gênio (O2) é Tc 5 2118 °C. Então, para obtermos oxigênio líquido, devemos reduzir sua temperatura
para um valor inferior a 2118 °C e, em seguida, exercer sobre ele uma pressão igual a sua pressão de
vapor. Acima de 2118 °C será impossível fazer o oxigênio se condensar. O oxigênio no estado gasoso,
em temperatura inferior a 2118 °C, seria vapor e, acima desta, seria gás.
Para o anidrido carbônico (CO2), a temperatura crítica é Tc 5 31 °C. Portanto, tomando-se uma
certa quantidade de O2 e CO2 do ar ambiente, em um dia no qual a temperatura é cerca de 20 °C, o CO2
poderá ser condensado se o comprimirmos convenientemente (pressão de vapor), mas o O2 permane-
cerá sempre no estado gasoso, qualquer que seja a pressão sobre ele. Em um dia muito quente (acima
de 31 °C), nem mesmo o CO2 poderá ser condensado pelo aumento da pressão que atua sobre ele.

Vapor de água na atmosfera


O ar atmosférico é uma mistura de alguns gases, tais como: oxigênio, nitrogênio, anidrido
carbônico e vapor de água. A quantidade de vapor de água existente em dado volume de ar
é um fator importante para a nossa vida, pois está relacionado com a ocorrência das chuvas,
com o clima em geral e até mesmo com a sensação de conforto que experimentamos em de-
terminado ambiente (o desconforto é causado tanto por excesso quanto por baixo percentual
de vapor na atmosfera).
Para caracterizar a quantidade de vapor existente em uma dada massa de ar, define-se a umi-
dade absoluta, Ua, da atmosfera como a razão entre a massa de vapor (m) e o volume (V) de ar:
Quando uma pessoa transpira,
se seu suor evaporar, haverá ab-
Ua 5 m sorção de calor de sua pele e ela
V sentirá mais conforto. Isso ocorre,
por exemplo, em um ambiente
quente e seco (baixa umidade).
A pressão atmosférica é a soma das pressões exercidas por todos os gases presentes no ar. A Se a umidade do ar, entretanto,
pressão que cada um desses gases exerce isoladamente é denominada pressão parcial do gás. A for elevada, a evaporação do suor
pressão parcial que o vapor de água exerce é, em geral, muito baixa, estando situada em torno de será mais lenta, fazendo com que
alguns milímetros de mercúrio (mmHg). a pessoa tenha uma sensação
mais desagradável, mesmo que a
Para uma dada temperatura, a pressão parcial do vapor de água não pode ser maior do que a temperatura ambiente não seja
sua pressão de vapor, pois nessas condições o vapor se condensaria. Quando a pressão parcial se igua- muito quente.
la à pressão de vapor (ele está prestes a se condensar), dizemos que o vapor está saturado; quando
ela é inferior a esse valor, o vapor é denominado vapor seco ou não saturado. A umidade relativa
do ar, Ur, usualmente empregada no lugar da umidade absoluta, é definida por:

pressão parcial do vapor de água Tabela 4 – Pressão de vapor de água


Ur 5
pressão de vapor de água na mesma temperatura
Temperatura Pressão de vapor
(°C) (mmHg)
Como exemplo, suponhamos que em um ambiente, à temperatura de 20 °C, a pressão par- 0 4,6
cial do vapor de água fosse de 10 mmHg. A tabela 4 nos mostra que a pressão de vapor de água 5 6,5
a essa temperatura é 17,5 mmHg, isto é, o vapor estaria saturado se sua pressão tivesse esse valor.
10 8,9
Então, a umidade relativa do ambiente seria:
15 12,6
Ur 5 10 5 0,57 20 17,5 FRENTE A
17,5
40 55,1
Usualmente o valor de Ur é representado sob forma percentual, isto é: 60 150
FÍSICA

Ur 5 57% 80 355
Se o vapor no ambiente estivesse saturado, sua umidade relativa seria Ur 5100% e, se não hou- 100 760
vesse vapor presente na atmosfera, teríamos Ur 5 0. Nessa última situação, a velocidade de evaporação
120 1 490
da água colocada em um recipiente aberto seria muito alta, e no primeiro caso (Ur 5 100%) a água
não se evaporaria. 140 2 710

Temperatura – dilatação – gases 43


A medida da umidade relativa do ar é feita por meio de aparelhos denominados higrômetros.
Um modelo muito simples de higrômetro pode ser construído se dispusermos de um termômetro
e de um recipiente metálico liso (ou até mesmo de um copo de vidro comum).
Colocando-se água no recipiente e acrescentando-se a ela, lentamente, pequenos pedaços de
gelo, sua temperatura decrescerá gradualmente. Em certo momento, observa-se que a superfície
externa do recipiente torna-se embaçada, em virtude da condensação sobre essa superfície do
vapor de água existente na atmosfera. A temperatura em que isso ocorre é denominada ponto
de orvalho.
Suponha que essa condensação tenha ocorrido quando a temperatura do recipiente atingiu
10  °C. A tabela 4 nos fornece o valor da pressão de vapor de água a 10  °C, que é de 8,9 mmHg.
Sabe-se que o vapor se condensa quando sua pressão parcial se iguala à pressão de vapor. Logo,
a pressão parcial de vapor de água na atmosfera é igual a 8,9 mmHg. O termômetro nos fornece
também a temperatura do ar ambiente. Supondo que ela seja de 20  °C, obtemos a pressão de
vapor a essa temperatura: 17,5 mmHg (tabela 4). Temos assim os dados que nos permitem obter
a umidade relativa do ar:
Ur 5 8,9 . 0,51 ∴ Ur . 51%
17,5

PARA CONSTRUIR

30 Considere um gás contido em um recipiente a alta pressão e 32 (Unicamp-SP) Pressão parcial é a pressão que um gás perten-
m baixa temperatura. Duplicando-se isotermicamente a pressão m cente a uma mistura teria se o mesmo gás ocupasse sozinho
Ene-3 Ene-5
C 0 C 1
H1
- desse gás, verifica-se que seu volume não se reduz à metade. H2
- todo o volume disponível. Na temperatura ambiente, quan-
Supondo que não tenha havido escapamento do gás, que do a umidade relativa do ar é de 100%, a pressão parcial de
m m
Ene-6 Ene-6 vapor de água vale 3,0 ? 103 Pa. Nessa situação, qual seria a
C 1
H-2 explicação você daria para o fato observado? C 1
H-2
porcentagem de moléculas de água no ar?
O volume se reduz à metade ao duplicarmos a pressão (com
Dados: A pressão atmosférica vale 1,0 ? 105 Pa. Considere que
temperatura constante) quando se trata de um gás ideal. No caso
o ar se comporta como um gás ideal. d
mencionado, temos um gás real que não está se comportando como
a) 100% P 5 1 ? 105 Pa 100%
um gás ideal (o gás real está a alta pressão e baixa temperatura). b) 97% p 5 3 ? 103 Pa x
c) 33% p
31 a) O que se entende por pressão de vapor? x5
d) 3% P
3
m 3 ? 10 ? 100
Ene-6 O gás vai sendo comprimido isotermicamente e se condensa x5 5 3%
C 1 1 ? 105
H-2
quando a pressão sobre ele atinge um certo valor. Esse valor
é denominado pressão de vapor. 33 Considere um ambiente quente e seco (como o de uma sau-
na, por exemplo), no qual a temperatura é de 60 °C e a umi-
b) Certa massa de vapor de água encontra-se a 20 °C. Qual
dade relativa do ar é 30%. Qual é a pressão parcial do vapor
a pressão que se deve exercer sobre esse vapor para con-
de água nesse ambiente?
densá-lo?
A 60 °C, a pressão de vapor de água é de 150 mmHg. Então, como
Na tabela 4, vemos que a pressão de vapor de água a 20 °C é Ur 5 30% 5 0,30, vem:
17,5 mmHg. Portanto, o vapor de água, a 20 °C, se condensa pressão parcial
0,30 5 ∴ pressão parcial 5 45 mmHg
150
quando a pressão sobre ele é de 17,5 mmHg.

c) Responda à questão anterior supondo que o vapor esteja


a 100 °C.
Na tabela 4, vemos que, agora, devemos exercer uma pressão
de 760 mmHg para condensar o vapor de água.

TAREFA PARA CASA: Para praticar: 17 e 18 Para aprimorar: 12

44 Temperatura – dilatação – gases


Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Tarefa para casa”. As resoluções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

TAREFA PARA CASA


As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

a) isotérmicos, a densidade do gás permanece constante.


PARAPARA PRATICAR
PRATICAR
b) isocóricos, a pressão diminui e a temperatura aumenta.
c) isobáricos, a razão entre volume e temperatura é constante.
1 (Fatec-SP) Uma das atrações de um parque de diversões d) isobáricos, a pressão é proporcional ao volume.
é a barraca de tiro ao alvo, onde espingardas de ar com-
primido lançam rolhas contra alvos, que podem ser derru- 7 (ESPCEX-SP) Em um laboratório, um estudante realiza alguns
bados. Ao carregar uma dessas espingardas, um êmbolo m experimentos com um gás perfeito. Inicialmente o gás está
Ene-5
C 1
comprime 120 mL de ar atmosférico sob pressão de 1 atm, H-2 a uma temperatura de 27 °C; em seguida, ele sofre uma ex-
reduzindo seu volume para 15 mL. A pressão do ar após a pansão isobárica que torna o seu volume cinco vezes maior.
compressão será, em atm: Imediatamente após, o gás sofre uma transformação e sua
a) 0,2. c) 4,0. e) 8,0. pressão cai a um sexto do seu valor inicial. O valor final da
b) 0,4. d) 6,0. temperatura do gás passa a ser de:
a) 327 °C. d) 223 °C.
2 (Uerj) Sabe-se que a pressão que um gás exerce sobre um b) 250 °C. e) 272 °C.
m recipiente é decorrente dos choques de suas moléculas c) 27 °C.
Ene-3
C 0
H1
- contra as paredes do recipiente. Diminuindo em 50% o vo-
lume do recipiente que contém um gás ideal, sem alterar 8 (Uece) Considere um gás ideal que passa por dois esta-
sua temperatura, estabeleça a razão entre a pressão final e m dos, através de um processo isotérmico reversível. Sobre a
Ene-3
C 0
a pressão inicial. H-1 pressão P e o volume V desse gás, ao longo desse proces-
so, é correto afirmar que:
3 (Udesc) Um sistema fechado, contendo um gás ideal, sofre a) PV é crescente de um estado para outro.
um processo termodinâmico isobárico, provocando mudan- b) PV é constante.
ça de temperatura de 200 °C para 400 °C. Assinale a alternati- c) PV é decrescente de um estado para outro.
va que representa a razão aproximada entre o volume final e d) PV é inversamente proporcional à temperatura do gás.
o inicial do gás ideal.
a) 1,5 c) 1,4 e) 1,0 9 (ESPCEX-SP) Para um gás ideal ou perfeito temos que:
b) 0,5 d) 2,0 a) as suas moléculas não exercem força uma sobre as outras,
exceto quando colidem.
4 Suponha que um gás ideal tenha sofrido uma transformação b) as suas moléculas têm dimensões consideráveis em com-
isobárica, na qual sua temperatura varia de 27 °C para 57 °C. paração com os espaços vazios entre elas.
Qual seria a porcentagem de variação que o volume do gás c) mantido o seu volume constante, a sua pressão e a sua
iria experimentar? temperatura absoluta são inversamente proporcionais.
d) a sua pressão e o seu volume, quando mantida a tempe-
5 (Uece) Seja um recipiente metálico fechado e contendo ar ratura constante, são diretamente proporcionais.
m comprimido em seu interior. Considere desprezíveis as de- e) sob pressão constante, o seu volume e a sua temperatura
Ene-6
C 1
H-2 formações no recipiente durante o experimento descrito absoluta são inversamente proporcionais.
a seguir: a temperatura do ar comprimido é aumentada de
24 °C para 40 °C. Sobre esse gás, é correto afirmar que: 10 Um gás está contido em um cilindro, provido de um pis-
a) sua pressão permanece constante, pois já se trata de ar m tão de peso P 5 200 N e área da seção reta A 5 100 cm2.
Ene-5
C 7
comprimido. H-1 Inicialmente, o sistema está em
b) sua pressão aumenta. equilíbrio nas condições mos-
m
Ene-6
tradas na figura ao lado. Inver-
c) sua energia interna diminui, conforme prevê a lei dos ga- FRENTE A
C 1
H-2
ses ideais. tendo-se o cilindro de modo
d) sua energia interna permanece constante, pois o recipien- que o pistão passe a comprimir 9,0 cm
te não muda de volume e não há trabalho realizado pelo o gás, qual será a nova altura
que esse gás ocupará dentro do
FÍSICA

sistema.
cilindro? Suponha que a tempe-
6 (UFTM-MG – Adaptada) Considere os processos termodinâ- ratura foi mantida constante e
micos isobárico, isotérmico e isocórico em um gás ideal. É que a pressão atmosférica local P
correto afirmar que, nos processos: seja 1,0 ? 105 N/m2.

Temperatura – dilatação – gases 45


11 (UFMG) Na figura está repre- Êmbolo (04) Sendo o coeficiente de dilatação da água maior que o
m sentado um pistão constituí- coeficiente de dilatação do vidro, a dilatação observada
Ene-5
C 7
H-1 do de um cilindro e um êm- na água não é real.
Cilindro
bolo. O êmbolo, que pode se (08) Aquecido o sistema, o volume interno da garrafa au-
m
Ene-6 mover livremente, tem massa menta, enquanto o volume da água permanece o
C 1
H-2
de 0,30 kg e uma área de selão h Gás
mesmo.
transversal de 8,0 cm2.
Esse pistão contém 4,0 ? 1023 15 (UFPR) Segundo a teoria cinética, um gás é constituído
mol de um gás ideal à tempe- m
Ene-6
por moléculas que se movimentam desordenadamente
C 1
ratura de 27 °C. A pressão no H-2 no espaço do reservatório onde o gás está armazenado.
ambiente é de 1,0 atm. As colisões das moléculas entre si e com as paredes do re-
servatório são perfeitamente elásticas. Entre duas colisões
a) Determine o valor da força que o gás exerce sobre o êm- sucessivas, as moléculas descrevem um MRU. A energia
bolo na situação de equilíbrio. cinética de translação das moléculas é diretamente pro-
b) Determine o valor da altura h em que o êmbolo se encon- porcional à temperatura do gás. Com base nessas informa-
tra nessa situação. ções, considere as seguintes afirmativas:
Em seguida, o gás é aquecido até que sua temperatura atinja 1. As moléculas se deslocam todas em trajetórias paralelas
57 °C. entre si.
c) Determine o valor do deslocamento Δh do pistão devido 2. Ao colidir com as paredes do reservatório, a energia ciné-
a esse aquecimento. tica das moléculas é conservada.
3. A velocidade de deslocamento das moléculas aumenta se
12 (UFPE) Um gás ideal passa por uma transformação termodi- a temperatura do gás for aumentada.
m
Ene-3
nâmica em que sua pressão dobra, seu número de moléculas Assinale a alternativa correta.
C 0
H-1 triplica e seu volume é multiplicado por um fator de 12. Nes- a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
sa transformação, qual a razão entre as temperaturas absolu- b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
tas final e inicial do gás? c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
13 (UEM-PR) Dê o valor da soma das afirmações que estiverem
e) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
m corretas.
Ene-6
C 1
H-2 (01) O volume de uma dada massa gasosa será inversamente 16 Dois recipientes, de mesmo volume, contêm 2N molécu-
proporcional à pressão exercida sobre ela se a tempera- m
Ene-6
las de um gás A e N moléculas de um gás B, cuja massa
C 1
tura desse gás for mantida constante. H2
- molecular é maior do que a de A (veja a figura a seguir).
(02) Mantida constate a pressão de uma massa gasosa, o vo- Sabendo que A e B estão à mesma temperatura, analise as
lume dessa massa gasosa é diretamente proporcional a afirmativas seguintes e assinale aquelas que são corretas.
sua temperatura absoluta.
Gás A Gás B
(04) O número de moléculas em volumes iguais de gases di-
ferentes à mesma temperatura e pressão é o mesmo.
(08) Não existe relação entre a energia cinética das moléculas
de um gás e a temperatura do gás.
(16) A pressão exercida por um gás sobre as paredes do re- 2N N
cipiente que o contém é consequência das contínuas e
incessantes colisões das moléculas desse gás contra as
paredes do recipiente.

14 (UEPG-PR) Considere uma garrafa de vidro totalmente cheia


m com água, hermeticamente fechada, submetida a alterações a) A energia cinética média das moléculas de A é igual à
Ene-6
C 1
H-2 de temperatura. Nesse contexto, some as alternativas que fo- energia cinética média das moléculas de B.
rem corretas. b) A velocidade média das moléculas de A é igual à velocida-
(01) Diminuindo a temperatura do sistema até 4 °C, o volu- de média das moléculas de B.
me da água diminui em relação ao volume da garrafa, c) A pressão exercida pelo gás A é duas vezes maior do que
criando um espaço vazio no seu interior. a pressão exercida pelo gás B.
(02) Se a variação de temperatura for de 15 °C para 25 °C, a d) A energia cinética total das moléculas de A é igual à ener-
garrafa não se romperá. gia cinética total das moléculas de B.

46 Temperatura – dilatação – gases


17 Durante muitos anos os cientistas tentaram liquefazer o gás 4 (Uerj) Em um reator nuclear, a energia liberada na fissão
hélio, sem sucesso. Procure apontar a causa dessa dificuldade m de 1 g de urânio é utilizada para evaporar a quantidade de
Ene-3
C 8
sabendo que a temperatura crítica do hélio é de 2268  °C, H- 3,6 ? 104 kg de água a 227 °C e sob 30 atm, necessária para
ou seja, 5 K (a temperatura crítica mais baixa entre todas as movimentar uma turbina geradora de energia elétrica.  Ad-
substâncias). mita que o vapor d’água apresenta comportamento de gás
ideal. O volume de vapor d’água, em litros, gerado a partir da
18 A temperatura crítica da água é de 374 °C. Se tivermos água fissão de 1 g de urânio, corresponde a:
em ebulição em uma panela aberta, devemos dizer que dela
a) 1,32 ? 105. c) 3,24 ? 107.
se desprende vapor de água ou gás de água?
b) 2,67 ? 10 .
6
d) 7,42 ? 108.

PARA
PARA APRIMORAR
PRATICAR 5 (Unicamp-SP) Existem inúmeros tipos de extintores de in-
m cêndio que devem ser utilizados de acordo com a classe do
Ene-5
C 8
H-1 fogo a se extinguir. No caso de incêndio envolvendo líquidos
1 (Fuvest-SP) Um equipamento possui um sistema formado por
inflamáveis, classe B, os extintores à base de pó químico ou
m um pistão, com massa de 10 kg, que se movimenta, sem atrito, de dióxido de carbono (CO2) são recomendados, enquanto
Ene-5
C 1
H-2 em um cilindro de secção transversal S 5 0,01 m2. Operando extintores de água devem ser evitados, pois podem espalhar
em uma região onde a pressão atmosférica é de 10,0 ? 104 Pa o fogo.
m
Ene-6 (1 Pa 5 1 N/m2), o ar aprisionado no interior do cilindro man-
C 1
H-2 a) Considere um extintor de CO2 cilíndrico de volume interno
tém o pistão a uma altura H 5 18 cm. Quando esse sistema
V 5 1 800 cm3 que contém uma massa de CO2 m 5 6 kg.
é levado a operar em uma região onde a pressão atmosférica
Tratando o CO2 como um gás ideal, calcule a pressão no
é de 8,0 ? 104 Pa, mantendo-se a mesma temperatura, a nova
interior do extintor para uma temperatura T 5 300 K.
altura H no interior do cilindro passa a ser aproximadamente de:
Dados: R 5 8,3 J/mol K e a massa molar do CO2  M  5
5 44 g/mol.
b) Suponha que um extintor de CO2 (similar ao do item a),
g completamente carregado, isolado e inicialmente em re-
10 kg pouso, lance um jato de CO2 de massa m 5 50 g com
velocidade v 5 20 m/s. Estime a massa total do extintor
Mext e calcule a sua velocidade de recuo provocada pelo
lançamento do gás. Despreze a variação da massa total do
cilindro decorrente do lançamento do jato.
H
6 (Unicamp-SP) Os balões desempenham papel importante em
m pesquisas atmosféricas e sempre encantaram os espectadores.
Ene-6
C 1
H-2 Bartolomeu de Gusmão, nascido em Santos em 1685, é consi-
S derado o inventor do aeróstato, balão empregado como aero-
nave. Em temperatura ambiente, Tamb 5 300 K, a densidade do
a) 5,5 cm. c) 20 cm. e) 36 cm.
ar atmosférico vale ρamb 5 126 kg/m3. Quando o ar no interior
b) 14,7 cm. d) 22 cm.
de um balão é aquecido, sua densidade diminui, sendo que a
2 (Fatec-SP) Um gás ideal exerce pressão de 2 atm a 27 °C. O pressão e o volume permanecem constantes. Com isso, o balão
gás sofre uma transformação isobárica na qual seu volume é acelerado para cima à medida que seu peso fica menor que o
sofre um aumento de 20%. Supondo não haver alteração na empuxo.
massa do gás, sua temperatura passou a ser, em °C: a) Um balão tripulado possui volume total V 5 3,0 ? 106 li-
a) 32. c) 87. e) 120. tros. Encontre o empuxo que atua no balão.
b) 54. d) 100. b) Qual será a temperatura do ar no interior do balão quan-
do sua densidade for reduzida a ρquente 5 1,05 kg/m3? Con-
3 Três recipientes A, B e C, de volumes iguais, contêm respecti- sidere que o ar se comporta como um gás ideal e note
vamente os gases NO, NO2 e N2O3 à mesma pressão e tempe-
FRENTE A
m
Ene-6 que o número de mols de ar no interior do balão é pro-
C 1
H-2 ratura. Decompondo esses gases, um estudante recolheu o porcional à sua densidade.
oxigênio desprendido em cada recipiente, obtendo resulta-
m
Ene-7
C 4 dos que confirmaram a lei de Avogadro. Quais das alternati- 7 Um gás ideal está no interior de um cilindro metálico, provido de
H-2
vas seguintes poderiam corresponder às massas de oxigênio um êmbolo e de uma torneira, a uma pressão inicial de 4,0 atm.
FÍSICA

recolhidas, respectivamente, em A, B e C? Abre-se a torneira e desloca-se o êmbolo de forma que metade


da massa do gás escape lentamente. Sabendo-se que o gás que
a) 0,50 g, 1,0 g e 1,5 g d) 3,0 g, 6,0 g e 9,0 g
b) 1,0 g, 1,0 g e 1,0 g e) 2,0 g, 3,0 g e 4,0 g permanece no cilindro passa a ocupar um volume igual a 2 do
3
c) 3,0 g, 1,5 g e 1,0 g volume inicial, determine o valor de sua pressão.

Temperatura – dilatação – gases 47


8 (UFSC) Calibrar os pneus de um carro consiste em colocar destino de sua viagem, o motorista percebeu que a pressão
m ou retirar ar atmosférico do pneu, e é uma prática que todos manométrica do ar (gás) nos pneus aumentara para 160,0 ?
Ene-5
C 8
H-1 os motoristas devem fazer pelo menos a cada 15 dias, para ? 103 Pa. Considere o ar dentro dos pneus como um gás ideal.
garantir a segurança do veículo e de seus integrantes, assim Dada a constante de Boltzmann 1,38 ? 10223 J/K.
como para aumentar a vida útil do pneu. Em média, o pneu a) Calcule a energia cinética média das moléculas do gás no
de um carro de passeio é calibrado com uma pressão que interior dos pneus, no início da viagem.
pode variar entre 28 e 30 psi (libras por polegada quadrada). b) Ao chegar ao destino, qual a temperatura do gás nos
Em situações de grande carga no veículo e viagens longas, pneus, sabendo que eles expandiram, aumentando seu
orienta-se que se calibrem os pneus com duas libras a mais de volume interno em 5%.
pressão. (Não vamos considerar os pneus que são calibrados c) Considerando as condições iniciais da viagem e que os pneus
com nitrogênio.) suportem, no máximo, uma variação de volume de 8%, cal-
cule a pressão do gás no interior dos pneus nessa condição
limite. Sabe-se ainda que a temperatura do gás dentro dos
pneus, na condição limite, atinge aproximadamente 360 K.

10 O avião supersônico Concorde podia alcançar cerca de


800  m/s de velocidade. Imagine que uma molécula de H2,
cuja massa é de 3,4 ? 10227 kg, esteja se deslocando com essa
velocidade.
a) Qual seria a energia cinética dessa molécula?
b) Suponha que a energia cinética média das moléculas de
uma amostra de H2 fosse igual ao valor calculado em (a).
Qual é, em graus Celsius, a temperatura dessa amostra?
c) Se a amostra for constituída por 1 mol de H2, qual será a
Disponível em: <http://guiadicas.net/como-economizar-alcool- energia cinética total de suas moléculas?
e-gasolina-no-carro/>. Acesso em: 25 ago. 2013.
Considerando o ar atmosférico como um gás ideal e com
11 Mostre que a expressão P 5 1 N mv 2 pode ser escrita
base no que foi exposto, dê a soma da(s) proposição(ões) 3 V
m
correta(s). Ene-5
sob a seguinte forma: P 5 1 ρv 2 em que ρ é a densidade
C 1
H-2
(01) Quando o carro está em movimento, os pneus aquecem; 3
sendo assim, podemos considerar que o ar atmosférico do gás.
dentro dos pneus sofre uma transformação isobárica.
(02) Para uma correta calibragem da pressão, é necessário 12 Um botijão de gás de cozinha, hermeticamente fechado,
que ela seja feita com os pneus frios, pois a alta tempera- m contém gás liquefeito em equilíbrio com seu vapor (veja a
Ene-5
C 8
tura indicaria uma pressão maior. H-1 figura a seguir).
(04) Independentemente das medidas de um pneu, se o cali-
brarmos com 30,0 psi, o número de mols de ar é o mesmo.
(08) A pressão de um gás confinado em um recipiente de-
pende de alguns fatores: quantidade de gás, tempe-
ratura do gás e volume do recipiente. Esses fatores Gás
influenciam diretamente o número de colisões e a in-
tensidade dessas colisões com as paredes do recipiente.
(16) Um pneu com as seguintes medidas: raio interno
14,0 cm, raio externo 19,0 cm e largura 18,0 cm, calibra- Líquido
do com 30,0 psi a 25 °C, possui um volume de ar atmos-
férico de 45 L.
(32) A dilatação do pneu quando aquecido pode ser despreza-
da se comparada com a expansão que o gás pode sofrer
quando é submetido à mesma variação de temperatura. a) A pressão do gás do botijão é maior, menor ou igual a sua
pressão de vapor?
9 (Udesc) Um motorista, antes de iniciar sua viagem, calibrou b) Abre-se a válvula do botijão e deixa-se escapar certa mas-
m os pneus de seu carro, deixando-os a uma pressão manomé- sa de gás. Fechando-se novamente a válvula, a pressão do
Ene-5
C 8
H-1 trica de 150,0 ? 103 Pa. No momento da calibração a tempera- gás no interior do botijão será maior, menor ou igual ao
tura ambiente e dos pneus era de 27,0 °C. Quando chegou ao valor da pressão inicial? Explique o que ocorreu.

48 Temperatura – dilatação – gases


Veja, no Guia do Professor, as respostas da “Revisão”. As resolu-
ções encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

REVISÃO As resoluções dos exercícios encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.

1 (UFJF-MG) Durante uma aula no laboratório de Física, o Quando a temperatura for de 20 °C, a altura da coluna de
m professor colocou dois termômetros em um forno cuja líquido, em mm, será de:
Ene-5
C 2
H-2 temperatura pode atingir até 500 °C. O primeiro termô- a) 25.
metro tinha graduação em Celsius e o segundo, em Fah- b) 30.
renheit. O professor esperou o equilíbrio térmico e notou c) 35.
que o termômetro graduado na escala em Celsius indicava d) 40.
um valor que correspondia exatamente à metade do valor e) 45.
indicado no termômetro graduado na escala Fahrenheit.
A temperatura medida pelo professor, em graus Celsius, é: 6 (PUC-PR) Dona Maria do Desespero tem um filho chama-
a) 130 °C. c) 160 °C. e) 180 °C. m do Pedrinho, que apresentava os sintomas característicos
Ene-5
b) 142 °C. d) 174 °C. C 7
H1
- da gripe causada pelo vírus H1N1: tosse, dor de garganta,
dor nas articulações e suspeita de febre. Para saber a tem-
2 (PUC-RJ) Temperaturas podem ser medidas em graus Cel- m
Ene- 6
C 1 peratura corporal do filho, pegou seu termômetro digital,
H-2
sius (°C) ou Fahrenheit (°F). Elas têm uma proporção linear entretanto a pilha do termômetro tinha se esgotado.
entre si. Temos: 32 °F 5 0 °C; 20 °C 5 68 °F. Qual a tempe- Como segunda alternativa, resolveu utilizar o termôme-
ratura em que ambos os valores são iguais? tro de mercúrio da vovó, porém constatou que a escala
a) 40 c) 100 e) 0 do termômetro tinha se apagado com o tempo, sobran-
b) 220 d) 240 do apenas a temperatura mínima da escala 35 °C e a tem-
peratura máxima de 42 °C.
3 (UERN) Em um determinado aeroporto, a temperatura
Lembrou-se, então, de suas aulas de Termometria do En-
ambiente é exibida por um mostrador digital que indica,
sino Médio. Primeiro ela mediu a distância entre as tem-
simultaneamente, a temperatura em 3 escalas termomé-
peraturas mínima e máxima e observou h 5 10 cm. Em
tricas: Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Se em determinado
seguida, colocou o termômetro embaixo do braço do
instante a razão entre a temperatura exibida na escala
filho, esperou o equilíbrio térmico e, com uma régua, me-
Fahrenheit e na escala Celsius é igual 3,4, então a tempe-
diu a altura da coluna de mercúrio a partir da temperatura
ratura registrada na escala Kelvin nesse mesmo instante é:
de 35 °C, ao que encontrou h 5 5 cm.
a) 272 K. c) 293 K.
b) 288 K. d) 301 K. Com base no texto, assinale a alternativa correta.
a) Pedrinho estava com febre, pois sua temperatura era
4 No interior de um freezer, a temperatura se mantém a de 38,5 °C.
220 °C. Quanto valeria a soma algébrica das indicações b) Pedrinho não estava com febre, pois sua temperatura
de dois termômetros graduados nas escalas Fahrenheit e era de 36,5 °C.
Kelvin, após o equilíbrio térmico ser estabelecido, se am- c) Uma variação de 0,7 °C corresponde a um desloca-
bos fossem colocados no interior desse congelador? mento de 0,1 cm na coluna de mercúrio.
d) Se a altura da coluna de mercúrio fosse h 5 2 cm, a
5 (Vunesp) Um termoscópio é temperatura correspondente seria de 34 °C.
m um dispositivo experimental, e) Não é possível estabelecer uma relação entre a altura
Ene-5
C 7
H-1 como o mostrado na figura,
da coluna de mercúrio com a escala termométrica.
capaz de indicar a tempera-
m
Ene- 6 tura a partir da variação da
C 1
7 (Cefet-MG) Nos pontos de fusão e de ebulição da água, as
H-2
colunas líquidas de um termômetro de mercúrio valem,
altura da coluna de um líqui- FRENTE A
do que existe dentro dele. Um respectivamente, 10,0 cm e 25,0 cm. Para a temperatura
aluno verificou que, quando de 33,3 °C, a altura aproximada dessa coluna, em centí-
a temperatura na qual o ter- metros, vale:
FÍSICA

moscópio estava submetido a) 5,00.


era de 10 °C, ele indicava uma altura de 5 mm. Percebeu b) 10,0.
ainda que, quando a altura havia aumentado para 25 mm, c) 15,0.
a temperatura era de 15 °C. d) 20,0.

Temperatura – dilatação – gases 49


8 (Unifesp) O texto a seguir foi extraído de uma matéria d) e)
m sobre congelamento de cadáveres para preservação por
Ene- 6
C 1
H 2 muitos anos, publicada no jornal O Estado de S. Paulo de
-

21 de julho de 2002.
Após a morte clínica, o corpo é resfriado com gelo.
Uma injeção de anticoagulantes é aplicada e um fluido
especial é bombeado para o coração, espalhando-se
pelo corpo e empurrando para fora os fluidos naturais.
O corpo é colocado numa câmara com gás nitrogênio,
onde os fluidos endurecem em vez de congelar. Assim 10 (UEM-PR) Duas barras de materiais diferentes A e B têm o
que atinge a temperatura de 2321°, o corpo é levado mesmo comprimento a 20 °C. Colocando-se a barra A num
para um tanque de nitrogênio líquido, onde fica de refrigerador e a barra B num forno, elas atingem, respectiva-
cabeça para baixo. mente, as temperaturas de 210 °C e 200 °C, passando a apre-
Na matéria, não consta a unidade de temperatura usada. sentar uma diferença de 0,06 cm nos seus comprimentos.
Considerando que o valor indicado de 2321° esteja cor- Sendo os coeficientes de dilatação linear dos materiais de
reto e que pertença a uma das escalas Kelvin, Celsius ou A e B, respectivamente iguais a 22 ? 1026 °C21 e 3 ? 1026 °C21,
Fahrenheit, pode-se concluir que foi usada a escala: então o comprimento inicial das barras a 20 °C é:
a) Kelvin, pois trata-se de um trabalho científico e essa é a) 30 cm. c) 50 cm.
a unidade adotada pelo Sistema Internacional. b) 60 cm. d) 40 cm.
b) Fahrenheit, por ser um valor inferior ao zero absoluto
e, portanto, só pode ser medido nessa escala. 11 (Unesc) Normalmente encontra-se como invólucro de
c) Fahrenheit, pois as escalas Celsius e Kelvin não admi- m cigarros, no interior do maço, uma folha que apresenta
Ene- 6
C 1
tem esse valor numérico de temperatura. H-2 duas faces: uma de papel comum e outra de alumínio,
d) Celsius, pois só ela tem valores numéricos negativos coladas entre si. Se pegarmos essa folha dupla e a aproxi-
para a indicação de temperaturas. marmos, cuidadosamente, de uma fonte de calor, o que
e) Celsius, por tratar-se de uma matéria publicada em observaremos em relação à dilatação dessa folha?
língua portuguesa e essa ser a unidade adotada ofi- a) A folha curva-se para o lado do papel.
cialmente no Brasil. b) A folha não sofre nenhum tipo de curvatura.
c) A folha curva-se para o lado do alumínio.
9 (FGV-SP) O princípio de um termostato pode ser esque- d) A folha curva-se ora para o lado do papel, ora para o
matizado pela figura abaixo. Ele é constituído de duas lado do alumínio.
lâminas de metais, A e B, firmemente ligadas. e) A folha dilata sem sofrer curvatura.

A B 12 (Enem) O quadro oferece os coeficientes de dilatação li-


nem
near de alguns metais e ligas metálicas:
E -5
C 7
H-1
Substância Coeficiente de dilatação linear (? 1025 °C21)
m
Ene- 5
C 8
H1
- Aço 1,2
Alumínio 2,4
Bronze 1,8
Sabendo que o metal A apresenta coeficiente de dilata- Chumbo 2,9
ção volumétrica maior que o metal B, um aumento de
Níquel 1,3
temperatura levaria a qual das condições abaixo?
Latão 1,8
a) b) c)
Ouro 1,4
Platina 0,9
Prata 2,4
Cobre 1,7
FONTE: GREF. FÍSICA 2; CALOR E ONDAS. SÃO PAULO: EDUSP, 1993.

50 Temperatura – dilatação – gases


Para permitir a ocorrência do fato observado na tirinha, a Elevando-se igualmente a temperatura de todas as partes
partir do menor aquecimento do conjunto, o parafuso e da arruela de um valor Δu, o raio externo dilata-se de um
a porca devem ser feitos, respectivamente, de: valor ΔR e o raio interno dilata-se de:
a) (R 2 r) ? ΔR. d) ΔR.
NÃO CONSIGO
DESATARRAXAR EU CONSIGO. R ? R.
ESTA PORCA. b) (R 1 r) ? ΔR. e)
r
r ? R.
c)
R
16 (PUC-RS) As variações de volume de certa quantidade de

ENEM
m água e do volume interno de um recipiente em função
Ene-6
C 4
H-2 da temperatura foram medidas separadamente e estão
a) aço e níquel. d) ouro e Iatão. representadas no gráfico abaixo, respectivamente, pela
b) alumínio e chumbo. e) cobre e bronze. m
Ene-6 linha contínua (água) e pela linha tracejada (recipiente).
C 5
H- 2
c) platina e chumbo.
Volume

13 (Ifsul-RS) Muitos portões de ferro abrem mais facilmente Água

no inverno do que no verão, pois um dos efeitos pro-


vocados pela elevação da temperatura é a dilatação dos Recipiente
corpos. Assim, no verão, o ferro tem seu volume aumen-
tado, o que dificulta a abertura desses portões.
O coeficiente de dilatação linear do ferro é de 12 ? 1026 0 4 10 Temperatura (°C)
°C21, esse valor representa a variação:
a) no comprimento de uma barra de ferro para uma va- Estudantes, analisando os dados apresentados no gráfi-
riação em 1 °C na sua temperatura. co e supondo que a água seja colocada dentro do reci-
b) na temperatura para qualquer variação no compri- piente, fizeram as seguintes previsões:
mento de uma barra de ferro. I. O recipiente estará completamente cheio de água,
c) no comprimento unitário de uma barra de ferro para sem haver derramamento, apenas quando a tempe-
qualquer variação de temperatura. ratura for 4 °C.
d) no comprimento unitário de uma barra de ferro II. A água transbordará apenas se sua temperatura e
quando sua temperatura varia em 1 °C. a do recipiente assumirem, simultaneamente, valo-
res acima de 4 °C.
14 (Mack-SP) O gráfico abaixo nos permite acompanhar o III. A água transbordará se sua temperatura e a do reci-
m comprimento de uma haste metálica em função de sua
piente assumirem, simultaneamente, valores acima
Ene-6
C 4 temperatura. O coeficiente de dilatação linear do mate-
H-2
de 4  °C ou se assumirem, simultaneamente, valores
rial que constitui essa haste vale: abaixo de 4 °C.
m
Ene-6 A(s) afirmativa(s) correta(s) é(são):
C 5 L (m)
H-2
a) I, apenas. d) II e III, apenas.
4,02
b) I e II, apenas. e) I, II e III.
c) I e III, apenas.
4,00
17 (Vunesp) Nos últimos anos, temos sido alertados sobre
20 120 0 °C
m o aquecimento global. Estima-se que, mantendo-se as
Ene-3
C 2
a) 2 ? 1025 °C21. d) 6 ? 1025 °C21. H-1 atuais taxas de aquecimento do planeta, haverá uma ele-

b) 4 ? 1025 °C21. e) 7 ? 1025 °C21. vação do nível do mar causada, inclusive, pela expansão
c) 5 ? 1025 °C21. térmica, causando inundação em algumas regiões costei-
FRENTE A
ras. Supondo, hipoteticamente, os oceanos como siste-
15 (Famerp-SP) À tempe- mas fechados e considerando que o coeficiente de dilata-
m ratura de 20 °C, uma
ção volumétrica da água é aproximadamente 2 ? 1024 °C21
Ene-5
C 7 arruela (disco metálico
H1
- e que a profundidade média dos oceanos é de 4 km, um
R
FÍSICA

com um orifício cen- r aquecimento global de 1 °C elevaria o nível do mar, devi-
m
Ene-6
C 1
tral) tem raio externo do à expansão térmica em, aproximadamente:
H-2
R e raio interno r. a) 0,3 m. c) 0,8 m. e) 1,7 m.
b) 0,5 m. d) 1,1 m.

Temperatura – dilatação – gases 51


18 (Enem) A gasolina é vendida por litro, mas em sua utiliza- Ao retirar-se uma dose de
m ção como combustível, a massa é o que importa. Um au- 40 mL de líquido do frasco, que
Ene-6
C 1
H 2 mento da temperatura do ambiente leva a um aumento
- continha um volume ocupado
no volume da gasolina. Para diminuir os efeitos práticos pelo ar de 100 mL, o êmbolo
dessa variação, os tanques dos postos de gasolina são encontra certa resistência, de-

CASA DE TIPOS/ARQUIVO DA EDITORA


subterrâneos. Se os tanques NÃO fossem subterrâneos: vido ao fato de a pressão no in-
10
I. Você levaria vantagem ao abastecer o carro na hora terior do frasco ter se tornado,
20
mais quente do dia, pois estaria comprando mais aproximadamente, em Pa: 30
massa por litro de combustível. 40
Dados: Pressão atmosférica 5
50ml
II. Abastecendo com a temperatura mais baixa, você 5 1 ? 105 Pa. Suponha que o
estaria comprando mais massa de combustível para ar dentro do frasco se com-
cada litro. porte como um gás ideal.
III. Se a gasolina fosse vendida por kg em vez de por litro, Considere desprezível o atri-
o problema comercial decorrente da dilatação da ga- to entre o êmbolo e a parede
solina estaria resolvido. interna da seringa.
a) 57 000.
Dessas considerações, somente:
a) I é correta. d) I e II são corretas. b) 68 000.
b) II é correta. e) II e III são corretas. c) 71 000.
c) III é correta. d) 83 000.
e) 94 000.
19 (UFTM-MG) A equação de estado, representada pela
expressão PV 5 nRT, se aplica a gases que apresentam 21 (Fatec-SP) Dentro de um balão volumétrico, tem-se um
m
Ene-6
C 7
H-1 comportamento chamado “ideal”, ou seja, aquele em gás perfeito a uma temperatura de 0 °C ocupando um
que as interações intermoleculares são consideradas volume de 22,4 litros sob pressão de 1 atm. Esse gás sofre
inexistentes e o volume total das moléculas do gás é uma transformação gasosa, obtendo temperatura final
considerado desprezível quando comparado ao volume de 27 °C a uma pressão de 1 atm. Assinale a afirmação
por ele ocupado. correta sobre a transformação gasosa sofrida e sobre seu
Considere as seguintes condições que podem ser apre- volume final aproximado, em L.
sentadas por um gás: a) Isométrica e 25,4.
I. altas temperaturas; b) Isométrica e 22,4.
II. baixas pressões; c) Isobárica e 22,4.
III. altas densidades; d) Isobárica e 24,6.
IV. baixas temperaturas; e) Isotérmica e 24,6.
V. altas pressões.
O comportamento de um gás se aproxima mais do 22 (PUC-RJ) Um processo acontece com um gás ideal que
“ideal” quando apenas duas das condições apresentadas mestá dentro de um balão extremamente flexível em con-
Ene-3
C 0
ocorrem ao mesmo tempo. Essas condições são: H-1tato com a atmosfera.
a) I e II. d) III e V. Se a temperatura do gás dobra ao final do processo, po-
b) I e III. e) IV e V. demos dizer que:
c) II e IV. a) a pressão do gás dobra, e seu volume cai pela metade.
b) a pressão do gás fica constante, e seu volume cai pela
20 (FGV-SP) Para garantir a dosagem precisa, um medicamen- metade.
m to pediátrico é acompanhado de uma seringa. Depois de c) a pressão do gás dobra, e seu volume dobra.
Ene-6
C 1
H-2 destampado o frasco de vidro que contém o remédio, a d) a pressão do gás cai pela metade, e seu volume dobra.
seringa é nele encaixada com seu êmbolo completamen- e) a pressão do gás fica constante, e seu volume dobra.
te recolhido. Em seguida, o frasco é posicionado de cabe-
ça para baixo e o remédio é então sugado para o interior 23 Um motorista calibra os pneus de seu carro com uma
da seringa, enquanto o êmbolo é puxado para baixo. pressão de 20 libras/pol2 a uma temperatura de 20 °C.
Como consequência da retirada do líquido, o ar que já se Após realizar uma viagem, a temperatura dos pneus su-
encontrava dentro do frasco, expande-se isotermicamen- biu para 40 °C. Supondo desprezível a dilatação do pneu,
te, preenchendo o volume antes ocupado pelo remédio. responda:

52 Temperatura – dilatação – gases


a) Qual o tipo de transformação sofrida pelo ar contido 26 (Vunesp) Um frasco para medicamento com capacidade de
no pneu? m 50 mL, contém 35 mL de remédio, sendo o volume restante
Ene-3
C 0
b) Qual a pressão na câmara de ar no fim da viagem? H1
- ocupado por ar. Uma enfermeira encaixa uma seringa nesse
frasco e retira 10 mL do medicamento, sem que tenha entra-
m
24 (Udesc) Uma dada massa gasosa, que está limitada em Ene- 5
C 7 do ou saído ar do frasco. Considere que durante o processo a
H-1
m um cilindro por um êmbolo móvel, sofre as transforma- temperatura do sistema tenha permanecido constante e que
Ene-6
C 4
H 2 ções representadas pelos seguintes gráficos:
- o ar dentro do frasco possa ser considerado um gás ideal.
I. P (Pa) Situação Situação
inicial final
Ar
Ar

AVITS ESTÚDIO GRÁFICO/ARQUIVO DA EDITORA


35 mL

10 mL

T (°C)

II. P (Pa)

Na situação final em que a seringa com o medicamento


ainda estava encaixada no frasco, a retirada dessa dose
fez com que a pressão do ar dentro do frasco passasse a
T (°C)
ser, em relação à pressão inicial:
a) 60% maior.
III. V (m3) b) 40% maior.
c) 60% menor.
d) 40% menor.
e) 25% menor.

27 (Uerj) Sabe-se que a pressão que um gás exerce sobre


m um recipiente é decorrente dos choques de suas molé-
Ene-3
C 0
H-1 culas contra as paredes do recipiente.
T (°C)
Diminuindo em 50% o volume do recipiente que con-
Assinale a alternativa que contém a correta classificação tém um gás ideal, sem alterar sua temperatura, estabele-
das três transformações apresentadas acima. ça a razão entre a pressão final e a pressão inicial.
a) I. isovolumétrica / II. isobárica / III. isotérmica.
b) I. isotérmica / II. isobárica / III. isovolumétrica. 28 (UFRGS-RS) Considere as afirmações a seguir, sobre gases
c) I. isobárica / II. isovolumétrica / III. isotérmica. m ideias.
Ene-6
C 1
d) I. isovolumétrica / II. Isotérmica / III. isobárica. H2
- I. A constante R presente na equação PV 5 nRT tem o
e) I. isobárica / II. isotérmica / III. isovolumétrica mesmo valor para todos os gases ideais.
II. Volumes iguais de gases ideais diferentes, à mesma
25 (Ibmec-RJ) Um submarino, a uma profundidade de 50 temperatura e pressão, contêm o mesmo número de
metros abaixo do nível do mar, libera uma bolha de ar por moléculas.
meio do seu sistema de escape com volume igual a 0,1 m3. III. A energia cinética média das moléculas de um gás
ideal é diretamente proporcional à temperatura ab-
FRENTE A
A bolha sobe até a superfície, onde a pressão é igual a 1,0
atm (pressão atmosférica). Considere que a temperatura da soluta do gás.
bolha permanece constante e que a pressão aumenta 1,0 Quais estão corretas?
atm a cada 10 m de profundidade. Nesse caso, sendo o ar a) Apenas I.
FÍSICA

um gás ideal, o valor do volume da bolha na superfície é: b) Apenas II.


a) 0,05 m3. d) 0,5 m3. c) Apenas III.
b) 0,01 m3. e) 1,5 m3 . d) Apenas I e II.
c) 1,0 m3. e) I, II e III.

Temperatura – dilatação – gases 53


29 O ar da sala em que você está contém, entre outros, os a) Para que valor deveria ser reduzida a temperatura da
m seguintes gases: O 2 , CO 2 , H 2O, N 2 e H 2. Suponha que a sala, a fim de que esse vapor se condensasse (ponto
Ene-6
C 1
H 2 temperatura do ar seja a mesma em qualquer ponto da
- de orvalho)?
sala. b) Mantendo-se a temperatura a 40 °C e aumentando-se
em
En - 7
C 4
a umidade da sala, qual seria o valor da pressão parcial
H-2 a) Qual desses gases possui moléculas com maior ener- quando o ambiente estivesse saturado de vapor?
gia cinética média?
31 Qual seria o valor da umidade relativa do ar na sala do
b) Coloque esses gases em ordem crescente dos valores
exercício anterior nas condições mencionadas na ques-
das velocidades médias de suas moléculas.
tão a? E na questão b?
30 Uma sala a 40 °C contém vapor de água a uma pressão 32 Determine a umidade relativa do ar na sala referida no
parcial de 12,6 mmHg. exercício 30, nas condições iniciais ali fornecidas.

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em: 9 fev. 2015.

54 Temperatura – dilatação – gases


MAIS ENEM
Ciências Humanas e suas Tecnologias
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Linguagens, Códigos e suas Tecnologias
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AGSTOCKUSA/KEYSTONE BRASIL

ANIMALS/KEYSTONE BRASIL
A B

Fig. 1 – Lagarta falsa-


-medideira (A) e
lagarta mede-palmos
ou medideira (B) que
costumam atacar as
lavouras de várias
culturas no Brasil.

A soja faz parte da alimentação oriental desde a China antiga, à aplicação descontrolada de inseticidas e fungicidas na lavoura, que
cerca de 5 000 anos atrás, ao lado de outros grãos como o arroz e o mi- eliminam as populações dos inimigos naturais dessa lagarta, como
lho. A expansão do cultivo da soja pelo mundo aconteceu lentamente. as vespas Copidosoma sp. e os fungos que provocam a doença branca
Do sul da China a soja seguiu para Coreia, Japão e países do sudeste (Nomuraea rileyi), ou a doença marrom (Pandora sp. e Zoophthora sp.),
asiático, chegando ao ocidente muitos anos depois, na época das gran- que causariam a morte da lagarta.
des navegações europeias. Os EUA começaram o cultivo comercial da
1 Existe uma grande variedade de pratos que podem ser prepara-
oleaginosa no século XX, quando a soja ganhou destaque devido ao
dos com soja. Desde saladas, pratos principais e até sobremesas,
alto teor de óleo e proteína do grão, tornando-se um item de comér-
a soja vem sendo largamente empregada na culinária.
cio exterior. No Brasil, apesar de existirem registros de cultivo do grão
em 1882 na Bahia, o grão começa a ser mais facilmente encontrado Válvula com pino
Válvula de
com o aumento da migração japonesa no ano de 1908. Somente nos segurança
anos 1970, a soja viria a ser cultivada em larga escala com a expansão
da indústria do óleo. Hoje, a soja está presente nas refeições de prati- Vapor
camente todos os brasileiros. Em todo supermercado há grande varie-
dade de produtos feitos de soja, que vão desde óleos, leite (extrato de Água
Grãos de soja
soja), carnes, molhos, salgados, farinhas, queijos (tofu), até chocolates
e biscoitos. Entretanto, plantar oleaginosas nem sempre é fácil e requer
cuidados especiais para não perder a lavoura com o ataque de lagartas
de normal ocorrência na cultura. A lagarta falsa-medideira (Pseudoplu-
sia includens), considerada como praga secundária na cultura da soja, Na maior parte das receitas, sugere-se cozinhar a soja em uma
se transformou, nas últimas safras, na praga principal. Ela se chama panela de pressão coberta com 1 litro de água por 20 minutos
falsa-medideira, pois ao se deslocar, forma um arco quando aproxima para que fique macia.
a parte da frente do corpo da parte de trás (figura 1), movimento si- Uma panela de pressão é utilizada para cozinhar soja em uma
milar ao da lagarta mede-palmo (Trichoplusia ni) ou bicho agrimensor, cozinha onde o termômetro está marcando 27 °C. Considerando
que recebe esse nome por se movimentar de forma semelhante ao que o vapor de água dentro da panela de pressão é um gás ideal
movimento de medir com a palma da mão. Ambas as lagartas são da e sabendo que a água no interior da panela de pressão entra em
mesma família (Noctuidae) e da mesma ordem (Lepidoptera) e adoram ebulição a 120 °C, calcule a razão aproximada entre a pressão
atacar as folhas da soja, raspando-as e provocando pequenas manchas inicial e a pressão final da água. Despreze o pequeno volume de
claras enquanto são lagartas pequenas e, à medida que crescem, ficam água que se transformou em vapor escapando pela válvula de
vorazes e destroem completamente as folhas. Uma falsa-medideira segurança. b
pode atingir mais do que 15 mm e chega a consumir de 120 a 200 cm² a) 0,50 c) 1,31 e) 4,40
de área foliar. Os pesquisadores acreditam que essa mudança deve-se b) 0,76 d) 0,23
Veja comentários desta questão no Guia do Professor.

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QUADRO DE IDEIAS

Temperatura
CEO: Mário Ghio Júnior
Direção: Carlos Roberto Piatto
Direção editorial: Lidiane Vivaldini Olo
Conselho editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves,
Carlos Roberto Piatto, Daniel Augusto Ferraz Leite,
Escalas Eduardo dos Santos, Eliane Vilela, Helena Serebrinic,
termométricas: Dilatação de Gases ideais Lidiane Vivaldini Olo, Luís Ricardo Arruda de Andrade,
Gases reais Marcelo Mirabelli, Marcus Bruno Moura Fahel,
Celsius, Fahrenheit sólidos e líquidos PV 5 nRT Marisa Sodero, Ricardo Leite, Ricardo de Gan Braga,
Tania Fontolan
e Kelvin
Gerência editorial: Bárbara Muneratti de Souza Alves
Coordenação editorial: Adriana Gabriel Cerello
Edição: Tatiana Leite Nunes (coord.), Pietro Ferrari
Assistência editorial: Carolina Domeniche Romagna,
Linear: ΔL 5 aL0ΔT Rodolfo Correia Marinho
TC T 2 32 Transformação isotérmica
5 F Superficial: ΔA 5 bA0ΔT Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.),
5 9 (T 5 constante) Danielle Modesto, Edilson Moura, Letícia Pieroni,
Volumétrica: ΔV 5 g V0ΔT Marília Lima, Tatiane Godoy, Tayra Alfonso,
T 5 TC 1 273 (b 5 2a; g 5 3a) Vanessa Lucena; colaboração: Aparecida Maffei
Coordenação de produção:
Fabiana Manna da Silva (coord.);
Transformação isobárica colaboração: Adjane Oliveira, Dandara Bessa

(P 5 constante) Supervisão de arte e produção: Ricardo de Gan Braga


Edição de arte: Daniela Amaral
Diagramação: Antonio Cesar Decarli,
Claudio Alves dos Santos, Fernando Afonso do Carmo,
Flávio Gomes Duarte, Kleber de Messas
Transformação Iconografia: Sílvio Kligin (supervisão),
isovolumétrica Marcella Doratioto; colaboração: Fábio Matsuura,
Fernanda Siwiec, Fernando Vivaldini
(V 5 constante)
Licenças e autorizações: Edson Carnevale
Capa: Daniel Hisashi Aoki
Foto de capa: Eduardo Mariano Rivero/Alamy/Latinstock
Projeto gráfico de miolo: Daniel Hisashi Aoki
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Luz, Antônio Máximo Ribeiro da


Sistema de ensino ser : ensino médio, caderno
6 : física : frente A : PR / Antônio Máximo
Ribeiro da Luz, Beatriz Alvarenga Álvares,
Carla da Costa Guimarães. -- 2. ed. -- São Paulo :
Ática, 2015.
1. Física (Ensino médio) I. Álvares, Beatriz
Alvarenga. II. Guimarães, Carla da Costa.
III. Título
15-03156 CDD-530.07

Índices para catálogo sistemático:


1. Física : Ensino médio 530.07

2015
ISBN 978 85 08 17421-8 (AL)
ISBN 978 85 08 17424-9 (PR)
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