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15/02/2011 Folha Dirigida

Defensoria Pública do Estado

Defensoria do Rio: Servidor é prioridade 15/02/2011

Capac itação, valorizaç ão e, especialmente, mais qualidade no atendimento ao cidadão são


algumas das prioridades do atual defensor públic o geral do Estado do Rio de Janeiro, Nilson
Bruno Filho. Em entrevista exc lusiva à FOLHA DIRIGIDA, o defensor-geral destacou que os
primeiros 200 func ionários da área de apoio, que tomaram posse do c argo em dezembro,
foram lotados c onforme suas aptidões e já entraram no programa de c apac itação.

Outra boa notíc ia é que o restante do quadro de apoio será preenchido conforme firmado
entre a instituição e o governo do estado. Portanto, ainda este ano, mais 200 aprovados
serão c onvocados. A ação depende apenas da identificação de quais são os setores com
mais necessidade de pessoal.

"O que é necessário é a realização de um mapeamento para delimitar aonde estão as


maiores carências do quadro, para que os setores não sejam lotados de forma
desordenada. A partir de um estudo, cada segmento terá sua nec essidade destacada. Eu
tenho dois anos de mandato. Minha intenção é fazer tudo muito rapidamente para que em
seis meses nós tenhamos equacionados todas as nossas questões a cerc a do que a gente
pretende. Acredito que ainda nesse primeiro semestre as novas convocações já ocorram,
até porque a demanda é grande", ressaltou.

A Defensoria Pública do Rio de Janeiro, atualmente, registra c erc a de dois milhões de


atendimentos por ano. Conhecedor da rotina da instituição, já que está na carreira há 12
anos, o defensor-geral disse que a ideia é aprofundar ainda mais as ações que buscam
aproximar o cidadão e a instituição, visando à ampliação no atendimento à população.

Quais são os principais projetos do senhor à frente da Defensoria do Rio durante o


biênio 2011/2012?
Defensor-geral Nilson Bruno - O grande desafio é tornar a Defensoria profissionalizada.
Nós entendemos que a instituição estava sendo gerida de forma amadora, c omo outras
instituições. Perc ebemos que alguns órgãos da mesma área começaram a fazer parcerias
com empresas especializadas, como, por exemplo, a Fundaç ão Getúlio Vargas (FGV). Essas
empresas norteiam uma gestão organizada, seguindo os passos do governo do Estado do
Rio de Janeiro. Nós foc amos nesse projeto de gestão profissional. Em prol disso, estamos
investindo na c apacitação dos nossos profissionais. Nesse iníc io de gestão da Defensoria,
todos estão muito empenhados e animados com as mudanças. Um fato lamentável é que
nós não contamos c om um programa de computador para todos os segmentos da
Defensoria, como o Departamento de Pessoal e Movimentação. Nós queremos implantar,
imediatamente, a informatizaç ão de toda a instituição, para que os setores possam ter
seus trabalhos facilitados. Nosso objetivo é que os funcionários consigam fazer mais se
esforç ando menos. Com isso, quem sai ganhando é a populaç ão, já que o atendimento
poderá ser ampliado. São 800 defensores em atividade, então, não é necessário mais
profissionais, mas uma informatizaç ão do sistema.

Em relação à área de apoio, qual será a linha de ação? Como estão sendo lotados

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os novos integrantes da Defensoria? O senhor tem identificado o perfil desses
funcionários?
Primeiramente, nós ouvimos os colegas de trabalho para conhec ê-los melhor. Distribuímos
formulários para que cada qual preenchesse suas aptidões, a fim de determinar o local em
que cada servidor irá render mais, e que os mesmos trabalhassem felizes. A nossa
preocupação é estimular da melhor forma possível para que eles nos ajudem muito mais.
Firmamos um c onvênio c om o Centro de Estudo Jurídico da Defensoria Públic a (Cejur) e a
Fundação Esc ola Superior da Defensoria Públic a (Fesudeperj) para a capacitação desses
200 servidores que ac abaram de entrar e de mais 100 estagiários, que entrarão no iníc io
de març o.

Em relação ao cargo de técnico médio de defensoria, a função não seria focada


para um primeiro atendimento, que, geralmente, é exercida por profissionais
terceirizados ou por cedidos de outros órgãos?
A diferenç a entre o cargo de téc nico médio e superior é muito sutil. O nível de ambos os
conc ursos foi bastante elevado. O candidato aprovado que não tem nível superior também
tem absoluta condiç ão de exercer certas funç ões, além do atendimento. Não podemos
engessá-lo, já que ele pode render, inclusive, em outros setores. No quadro de assessor
jurídico, nós teremos 400 assessores graduados e 350 formados apenas no ensino médio.
Ou seja, o nível foi muito alto e esses 350 novos servidores poderão nos ajudar muito
como assessor jurídico. Enquanto todos os aprovados não tomarem posse, nós resolvemos
fazer esse ajustamento para que eles (servidores de nível médio) exerç am tal função.

Quanto aos funcionários terceirizados, eles permanecem nos quadros ou já houve


a substituição desses contratados?
Já começamos a fazer essa substituição de um mês para cá. A instituição vai prestigiar o
func ionário concursado. Este tem prioridade absoluta, c omo determina a Constituiç ão. Já
começamos a fazer essa substituição, a fim de podermos chamar, rapidamente, mais 200
conc ursados, de acordo c om o que foi combinado entre a gestão anterior e o governo do
estado. Portanto, a cada ano, serão chamados 200 candidatos. Gostaria de completar que
o fato de nós aproveitarmos também o nível médio nesse primeiro atendimento não
significa dizer que o assessor não vá ser necessário nesse setor. O núcleo do primeiro
atendimento é a porta de entrada da Defensoria. O assistido, ao adentrar a nossa
instituição, deverá ser atendido da melhor forma possível, de forma calorosa.

Sobre os próximos 200 candidatos que ingressarão nos próximos anos de gestão.
Existe uma previsão para que esses novos servidores sejam chamados para tomar
posse?
Ainda haverá uma reunião c om o governador sobre esse tema. Antes de agendar uma
reunião com o governador para falar desse assunto, eu preciso saber para onde irão esses
futuros servidores. Nessa fase de substituição, já saíram c erca de 100 c ontratados de um
total de 600. Atualmente, são 350 terceirizados trabalhando conosco, sendo que muitos
são de áreas que não necessitam de concurso, como Segurança e Serviços Gerais.
Portanto, ainda temos um número considerável para ser substituído. Na realidade, nossa
meta é ampliar o número de assessores jurídic os de nível médio e de técnico superior
especializado.

A gestão anterior fez um levantamento e chegou a pedir cerca de 1.500 vagas. Por
conta do Orçamento, o governo concedeu 800. O senhor acredita que 1.500
servidores na área de apoio seria o ideal? Como é a sua avaliação sobre a carência

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do quadro de apoio?
Sim. Ac redito que seja a quantidade ideal. O que é necessário é a realização de um
mapeamento para delimitar aonde estão as maiores c arências do quadro, para que os
setores não sejam lotados de forma desordenada. A partir de um estudo, c ada segmento
terá sua nec essidade destacada. A minha grande preocupação nessa gestão é a
organização. É importante saber para onde serão mandados todos os c onc ursados, até
mesmo para falar com o Poder Executivo para o provimento e c riaç ão dessas novas vagas.
A iniciativa de lei para criação de c argos vem da chefia do Executivo, portanto, do
governador do Estado. Não medirei esforços nem me pouparei em prol da c onquista dessas
vagas. O governador é um grande parceiro da Defensoria Pública, inclusive, ele é nosso
padrinho, sempre lutou pelos nossos interesses, então, acredito que ele também trabalhe
na mesma direç ão de nossa instituição.

Existe uma programação para fechar esse levantamento das carências de todos os
segmentos?
Assim que saiu a determinação do governador, nós já nos debruçamos nessa questão e
demos iníc io ao processo. Eu tenho dois anos de mandato. Minha intenção é fazer tudo
muito rapidamente para que em seis meses nós tenhamos equacionado todas as nossas
questões a cerca do que a gente pretende.

Ao concluir os estudos e levantamentos, o senhor já pretende chamar esses 200


aprovados?
Claro, na primeira oportunidade. Acredito que ainda nesse primeiro semestre isso já ocorra,
até porque a demanda é grande.

E em relação às 50 vagas de técnico superior especializado, o senhor já conseguiu


definir as especialidades do cargo e quantas vagas serão ofertadas em cada
carreira?
Não conseguimos definir, justamente por conta desse estudo que ainda está sendo feito,
mas tenho certeza absoluta que até o início de março já teremos essas vagas
identificadas, porque eu sei que as áreas de Engenharia e Arquitetura são as que
conc entram o nosso maior déficit, portanto, com certeza, serão c ontempladas com o
maior número de vagas. Não podemos perder de vista que a nossa equipe médica é
terceirizada. Não temos assistente social nem psicólogos no nosso quadro efetivo.
Estamos busc ando uma satisfação não só para o assistido, como também para o defensor.
Ainda este ano, provavelmente ainda no primeiro semestre, acredito que o concurso
públic o que está sendo planejado já esteja a todo vapor.

A ideia é que esse próximo concurso siga o mesmo padrão do último, em linhas
gerais, com disciplinas abordadas como Direito Constitucional e Administrativo,
além de Conhecimentos Específicos?
Creio que não, porque eu vejo que assim já seria um c onhecimento técnic o. Não acho
muito necessário que, por exemplo, uma assistente soc ial que for trabalhar na nossa
Defensoria prec ise saber sobre esses conhecimentos jurídicos tão específic os. Ao c ontrário
de um profissional que for trabalhar na área de Períc ia Médica, que precisará ter noção de
Leis e Direito, no geral. O que será cobrado ou não nas provas será resolvido c om a
organizadora. Já temos uma chefe de comissão e já temos orçamento, mas, à medida que
tomarmos ciência das necessidades, nós iremos traç ando as diretrizes necessárias para a
realizaç ão do c onc urso.

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Anualmente, quantas pessoas são atendidas pela Defensoria do Rio? Com relação
às ações sociais, como o atendimento itinerante e a própria campanha "Cidadania,
Eu Defendo", o senhor já começou a pensar como elas serão tratadas este ano?
Qual é a importância dessas ações, que têm por objetivo aproximar ainda mais a
população da Defensoria?
No último ano, foram registrados cerca de dois milhões de assistidos. Esse número só
tende a crescer, até porque a c lasse média, principalmente a que diminuiu de padrão,
descobriu a qualidade dos nossos serviços, que contam com excelentes advogados. A
consolidação da Defensoria Públic a, nos c enários jurídico e nacional, é de suma
importânc ia. Vamos trabalhar visando à maior visibilidade, difundindo a marca da
Defensoria em outros municípios do Rio também. Nós pretendemos não só dar c ontinuidade
a essas ações, como também ampliá-las. Eu entendi, junto a minha equipe, que os
serviços estavam sendo feitos de forma bastante superficial. Só os serviços mais
imediatos estão sendo oferec idos e isso nós podemos ampliar, inclusive, atendendo os
interessados com maior qualidade. Aç ões de responsabilidade c ivil, a exemplo de defesa
para acidentes de trânsito, segunda via de doc umentos originais. A Defensoria é muito
mais. Dar orientação à mulher que foi vítima de agressão doméstica serve como exemplo
de serviço que merece destaque, porque serve para inflamar a soc iedade ac erc a de como
se portar perante casos semelhantes. A partir de informações repassadas pelo TRT sobre
a demanda local, nós poderemos levar ao assistido um serviço qualificado e direcionado.

Na sua opinião, os problemas enfrentados por outras defensorias, passam também


pela questão da carência de quadro de pessoal?
Sim, sem dúvidas. Muitas das mazelas de hoje, com relação à questão vencimental, plano
de cargos e salários dos servidores, ainda são devido ao pouc o tempo, relativamente, da
criaç ão da instituiç ão. Em outros estados, há uma saída grande de defensores para outras
carreiras por conta do valor do venc imento básico, caso que não ac ontec e mais no Rio.
Aqui, esse problema já foi equacionado. Muitos que saem da Defensoria se arrependem.
Ser defensor públic o é cumprir missões, fazer das pessoas tristes, felizes, recuperar
patrimônio, família. Atua como o c aminho para a felicidade. Disponibilizar o direito da
justiça. Fazer o bem não tem preço. Ajudar as pessoas e ainda receber bem. Por isso, não
vejo motivos de não ser feliz sendo defensor no Rio. A sociedade tem respondido muito
bem às aç ões da nossa Defensoria e aos serviços prestados.

Gostaríamos que o senhor deixasse uma mensagem para os jovens que buscam
ingressar no serviço público?
Eu sou de uma família extremamente humilde. Sempre tive vontade de ser diferente do
meu grupo de convívio. Fui o primeiro da minha família a ter curso superior, o primeiro a
passar em um concurso de nível superior. Estudei no Colégio Naval e, c omo vi que não era
a minha vocaç ão, decidi ser advogado. Mas, ainda assim, percebi que eu queria algo mais
envolvente. Ao longo da atuação como advogado, fui conhec endo melhor alguns
defensores públicos. Vi que era isso que eu queria ser. Comecei a me dedic ar mais aos
estudos, conseguindo me tornar um profissional nessa área em 1998. Nunca tive vergonha
de ir à luta, nunca reclamei de Deus e, pelo c ontrário, sempre agradeci. O segredo é
nunc a ter pena de si mesmo. Correr atrás e trabalhar para buscar sempre o melhor, porque
só assim, com toda a certeza, algo de muito bom vai aparecer. O destino reserva coisas
boas para os que não ficam se lamentando ou esperando que as c oisas caiam do céu.

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