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KELLE CATIANE

PROVÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA

“As folhas caem para que outras nasçam.”

 FCC

Atenção: As questões de números 1 a 9 referem-se ao texto seguinte.

[Da impunidade]

O homem ainda não encontrou uma forma de organização social


que dispense regras de conduta, princípios de valor, discriminação
objetiva de direitos e deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em
qualquer atividade humana, a inexistência de parâmetros normativos
implica o estado de barbárie, no qual prevalece a mais dura e irracional
das justificativas: a lei do mais forte, também conhecida, não por acaso,
como “a lei da selva”. É nessa condição que vivem os animais,
relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo
sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de
controle dos impulsos primitivos.

Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem


para dar base e estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem,
aliás, apenas de iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas:
podem apresentar-se como manifestações da vontade divina, como
valores supremos, por vezes apresentados como eternos. Os dez
mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que a
religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de
princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é
o da interdição: “Não matarás”, “Não cobiçarás a mulher dos próximo”
etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o ponto de partida
para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser

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permitido, daquilo que representa o limite de nossa vontade e de nossas


ações.

Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os


regulamentos de todo tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas
permanece como sustentação delas a ideia de que os direitos e os
deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade o bem comum. Para
garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as sanções para
quem as ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor é a
garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a
impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de
equilíbrio entre direitos e deveres comuns, e passa a constituir um
exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito pode tirar proveito
pessoal de uma regra exatamente por tê-la infringido. Abuso de poder,
corrupção, tráfico de influências, quando não seguidos de punição
exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa generalizada.
Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir a
proliferação desses casos. Se o ideal de civilização é permitir que todos
os indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos
acordados, a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da
humanidade.

(Inácio Leal Pontes)

1. Regras de convívio e parâmetros normativos das atividades


humanas são considerados, no texto,

A. valores inerentes aos sistemas políticos cuja autoridade se


manifesta pelo emprego indiscriminado da força.

B. elementos indispensáveis à conduta civilizada e a toda


organização social orientada pelo princípio do bem comum.

C. qualidades naturais de todo indivíduo que se preocupa em


conviver com os demais segundo sua própria índole.

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D. elementos definidores de toda e qualquer forma de organização


social comandada pelo princípio da repressão.

E. valores prioritários das relações sociais cuja base ética se


manifesta consoante os impulsos da ordem social.

2. São contraditórios entre si as duas situações representadas em:

A. obediência aos ditames da lei mosaica / acatamento do princípio


da interdição;

B. elaboração de textos constitucionais / instituição de sanções


inibitórias para os delitos;

C. estabilização das relações entre os homens / aplicação de


princípios éticos comuns;

D. valorização de princípios socialmente acordados / exaltação dos


impulsos individuais;

E. manifestações da vontade divina / eleição de valores acolhidos


como eternos.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de


uma expressão do texto em:

A. discriminação objetiva (1º parágrafo) = especificação tendenciosa;

B. implica o estado de barbárie (1º parágrafo) = provém de uma


constituição anômala;

C. toma para si a tarefa de orientar (2º parágrafo) = investe-se da


missão de nortear;

D. instituem-se as sanções (2º parágrafo) = prescrevem-se as


prerrogativas;

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E. seguidos de punição exemplar (3º parágrafo) = advindos de


exemplificações punitivas.

4. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas


simplesmente como humanas (...).

O elemento sublinhado na frase acima poderá permanecer o


mesmo, caso substituamos Não decorrem por

A. Não advêm.

B. Não implicam.

C. Não têm origem.

D. Não se devem.

E. Não se atribuem.

5. Considerando-se o contexto, deve-se entender que o sentido do


elemento sublinhado em

A. (...) mas o homo sapiens afirmou-se como tal (1º parágrafo) é


equivalente ao de do mesmo modo.

B. Não decorrem, aliás, apenas de iniciativas reconhecidas


simplesmente como humanas (2º parágrafo) é equivalente ao
de por conseguinte.

C. (...) a impunidade, uma vez manifesta, quebra inteiramente a


relação de equilíbrio (3º parágrafo) é equivalente ao de
quando.

D. (...) um exemplo de delito vantajoso: aquele em que o sujeito


pode tirar proveito pessoal (3º parágrafo) é equivalente ao de
aonde.

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E. (...) a quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal


da humanidade (3º parágrafo) é equivalente ao de idêntica.

6. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma


do singular para preencher corretamente a lacuna da frase.

A. Nunca _________ (haver) de prosperar as sociedades cujos


princípios sejam frágeis.

B. _________ (caber) aos animais viver segundo os impulsos de


seus instintos primários.

C. _________-se (estipular) na lei mosaica, como se sabe,


princípios de interdição.

D. Pela lei mosaica, _________ (cuidar) os homens de observar


rígidos ditames.

E. A nenhum de nós _________ (deixar) de afetar os rigores das


sanções previstas.

7. No caso das leis mosaicas, um desses princípios é o da interdição


“Não matarás”.

O pronome sublinhado na frase acima reaparece, conservando a


mesma função sintática que nela exerce, nesta outra frase

A. Para se garantir o cumprimento de um princípio, institui-se


uma sanção para quem a ignore.

B. Quanto ao abuso de poder, só rigorosas diligências e isenta


apuração o evitam.

C. Dos desafios da nossa sociedade, talvez o maior seja o de


não se permitir a impunidade.

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D. O homo sapiens, que tem o dom da racionalidade criativa,


nem sempre o aproveita em seu benefício.

E. Se o indivíduo responsável pela aplicação da justiça


transgride um princípio, que ninguém o acoberte.

8. Não é preciso amar os princípios de convivência, como também


não se deve ignorar esses princípios, pois quem não dá fé a esses
princípios impede que os contraventores levem a sério esses
princípios.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os


segmentos sublinhados por, respectivamente,

A. ignorá-los – lhes dá fé – os levem a sério

B. ignorar-lhes – dá-lhes fé – levem-lhes a sério

C. lhes ignorar – lhes dá fé – os levem a sério

D. ignorá-los – dar fé a eles – levem-lhes a sério

E. os ignorar – os dá fé – levem-nos a sério

9. Está clara, coerente e correta a redação da seguinte frase:

A. Conquanto seja impossível a adesão de todos em que se


cumpra os princípios de convívio social, ainda assim há
aqueles que relutam em aceitar tais esforços.

B. À medida em que desceu Moisés com os mandamentos do


Monte Sinai, seus seguidores deram-se conta de que alguns
deles paltavam-se pelo princípio da interdição.

C. Para que se mantenha um mínimo equilíbrio nas relações


sociais, desde que não se pode permitir casos de
impunidade, onde os infratores ainda pousam de vitoriosos.

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D. Não é mau auferir benefícios pessoais quando estes não


acarretam, de forma alguma, qualquer tipo de prejuízo ou
restrição ao pleno exercício dos direitos alheios.

E. Embora nem sempre seja de fácil aceitação, nem sempre as


sanções deixam de ser necessárias, já que sem as mesmas
correria-se o risco de se voltar ao estado da barbárie.

10. As guerras são sempre atrozes, cabe evitar as guerras a qualquer


custo, pois uma vez que alguém desencadeia as guerras, não como
deter as guerras.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os


elementos sublinhados, respectivamente, por:

A. evitá-las – lhes desencadeia – deter-lhes

B. evitá-las – as desencadeia – as deter

C. evitar-lhes – as desencadeia – deter a elas

D. as evitar – desencadeia-as – lhes deter

E. evitar a elas – a elas desencadeia – detê-las

11. ... que não há provas conclusivas para de fato defender a tese de
que a Terra está aquecendo...

A frase cuja lacuna está corretamente preenchida pela mesma


expressão grifada acima é:

A. Especialistas afirmam .........., de fato, está ocorrendo aquecimento


global nas últimas décadas.

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B. Sabe-se ............ o desmatamento acelerado de grandes florestas


tem alterado o ciclo de chuvas nessas áreas.

C. Amplia-se a certeza ........ a atividade humana é a responsável


imediata pela ocorrência de catástrofes climáticas.

D. Em todo o mundo surgem medidas ...... buscam o controle da


emissão de poluentes na atmosfera, no solo e nos rios e mares.

E. Acredita-se ........ a conscientização da necessária preservação do


meio ambiente provoque mudanças de comportamento em todo o
mundo.

12. A expressão de que preenche corretamente a lacuna da seguinte


frase:

A. Nenhuma paixão __________ se pode imaginar é, para ele,


comparável à que lhe desperta uma Copa do Mundo.

B. A expectativa __________ nós alimentávamos em relação a esta


Copa resultou em franca decepção.

C. As paixões __________ trata o texto talvez pareçam


incompreensíveis para outros povos.

D. A expressão “família brasileira padrão”, __________ se refere o


autor, nem mesmo para ele parece fazer muito sentido.

E. As emoções __________ os torcedores se deixam arrastar, numa


Copa do Mundo são exacerbadas e incontroláveis.

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13. Estão corretamente flexionadas as formas verbais da frase.

A. Mesmo quem não tenha querido ou podido acompanhar a última


Copa do Mundo certamente não ficou indiferente às irritações que
ela suscitou entre nós.

B. Quem não se dispor a torcer numa Copa terá dificuldade em se


isolar num canto aonde não cheguem as ressonâncias da
competição.

C. Se os policiais não detessem os torcedores mais exagerados,


certamente não se veriam tantas famílias nos estádios alemães.

D. Os torcedores brasileiros ainda retêem, como glória máxima, a


imagem do nosso capitão erguendo a taça da penúltima Copa.

E. É comum que os meninos menores não se detenhem diante da


televisão, quando se trata de um jogo da Copa do Mundo.

14. Estão corretamente flexionadas e articuladas as formas verbais da


frase

A. Para que sobrevissem maiores violências, seria preciso


interferir nesse processo de acumulação, que a tantos
destitue das mínimas condições de sobrevivência.

B. O autor do texto e seu colega Elio Gaspari conviram em que


os “cidadãos descartáveis” constituíssem o efeito vivo do
funcionamento da máquina neoliberal.

C. Para que se extingua essa expropriação histórica, fazer-se-ia


necessário que haja pleno controle do processo de
acumulação.

D. Os sonhos que advirem da contínua sedução que sobre nós


exerce a máquina neoliberal estariam condenados à
insatisfação.

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E. Por não terem podido resistir à expropriação de seus


pedacinhos de terra, os servos feudais não contiveram um
processo que só fez crescer ao longo dos séculos.

15. A substituição do termo destacado pelo pronome está incorreta


em:

A. Viram a moça. / Viram-na.

B. Pedi a elas o material. / Pedi-lhes o material.

C. Tocou o hino completo. / Tocou-o completo.

D. Parti em pedaços o bolo. / Parti-lo em pedaços.

E. Deixou para o filho a herança. / Deixou-a para o filho.

16. Por sua reconhecida importância estratégica para a vida das


pessoas e do País, a educação é apresentada como prioridade...

Iniciando-se o período acima por A educação é apresentada como


prioridade o segmento grifado terá o mesmo sentido original, com
outras palavras, em

A. devido à sua reconhecida importância estratégica para a vida


das pessoas e do País.

B. conquanto seja reconhecida importância estratégica para a vida


das pessoas e do País.

C. embora seja reconhecida importância estratégica para a vida


das pessoas e do País.

D. para que fosse reconhecida importância estratégica para a vida


das pessoas e do País.

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E. caso seja reconhecida importância estratégica para a vida das


pessoas e do País.

17. Não importam os fatos. Estes comprometem a decisão final.

O mesmo tipo de exigência quanto ao complemento do verbo grifado


acima está na frase:

A. Os fatos parecem significativos...


B. Acredita-se na inocência dos rapazes diante do
acontecimento...
C. Discutiram as diretrizes de base...
D. Eles são incapazes...
E. Todos estão bem agora...

18. Indique o item em que todas as palavras estão corretamente


empregadas e grafadas.

A. A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o poder


de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de qualquer
excesso e violência.

B. Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser


exatamente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem
suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo isso,
num modo de intervenção específico.

C. O carcerário ao homogeinizar o poder legal de punir e o poder


técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento em um
e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revolta que
ambos possam suscitar.

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D. No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo poder do


soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o corpo
dos supliciados.

E. A existência de uma proibição legal cria em torno dela um


campo de práticas ilegais, sob o qual se chega a exercer
controle e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por
sua organização em delinquência.
(Itens adaptados de Michel Foucault)

19. Assinale a opção em que a concordância está de acordo com a


norma padrão.

A. Os milhares de pessoas que cometeram delitos, após


cumprirem suas penas, ficam quites com a sociedade.

B. Nenhum dos colegas da seção afirmaram ter presenciado


qualquer ato delituoso, apenas relataram o que ouviram do
funcionário punido.

C. A maioria dos casos examinados indicava ser necessário a


instauração de sindicância, ainda que alguns de nós
relutássemos em acatar a auditoria realizada.

D. Dadas as circunstâncias em que ocorreu um grande número de


exonerações, foi publicado, na mídia, uma nota que justificava
tal procedimento administrativo.

E. Seguia anexo ao processo administrativo a cópia dos contratos


de serviços especializados que haviam sido prestados na
gestão anterior.

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Atenção: As questões de números 20 a 28 baseiam-se no texto


apresentado abaixo.

O país é o mesmo. O dia, mês e ano também. Brasil, 28 de abril de


2009. No Rio Grande do Sul, o índice de chuvas está 96% abaixo do que
seria normal neste período. A taxa de umidade despencou para menos de
20%, enquanto o saudável é praticamente o dobro. Tudo é seca e
insolação. Brasil, 28 de abril de 2009. No Piauí os moradores enfrentam as
piores cheias dos últimos 25 anos. Chove sem parar. Cidades estão
ilhadas. Cerca de 100 mil pessoas ficaram desabrigadas.
"O tempo anda louco", eis a frase leiga e padrão que mais se fala e
mais se ouve nas queixas em relação às radicais discrepâncias
climáticas. Vale para o Norte e Nordeste do país, vale para a região Sul
também. A mais nova e polêmica explicação para tais fenômenos é uma
revolucionária teoria sobre as chuvas, chamada "bomba biótica", e pode
mudar os conceitos da meteorologia tradicional.
Olhemos, agora, por exemplo, não para a loucura do tempo em um
único país, mas sim para a "loucura a dois". Por que chove tanto em
algumas regiões distantes da costa, como no interior da Amazônia,
enquanto países como a Austrália se transformam em deserto? Dois
cientistas russos sustentam, embasados na metodologia da bomba
biótica, que as florestas são responsáveis pela criação dos ventos e a
distribuição da chuva ao redor do planeta – como uma espécie de
coração que bombeia a umidade. Esse modelo questiona a meteorologia
convencional, que explica a movimentação do ar sobretudo pela diferença
de temperatura entre os oceanos e a terra. Ao falarem de chuva aqui e de
seca acolá, eles acabam falando de um dos mais atuais e globalizados
temas: a devastação das matas.
Para o biogeoquímico Donato Nobre, do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia e principal proponente da linha da bomba biótica
no Brasil, somente ela é que explica com clareza a contradição entre a
seca e a aridez que estão minguando as lavouras na região Sul e as
chuvas intensas que transbordam o Norte e o Nordeste.

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De acordo, porém, com o professor americano David Adams, da


Universidade do Estado do Amazonas, os físicos russos estão
supervalorizando a força da bomba biótica.

(Adaptado de Maíra Magro. Istoé, 6/5/2009, p. 98-99)

20. A frase que sintetiza corretamente o assunto do texto é:

A. Nova teoria científica busca explicações para os contrastes do


clima em diferentes regiões do planeta.

B. Meteorologia tradicional explica as recentes discrepâncias


climáticas que ocorrem no Brasil.

C. Diferenças regionais acentuadas nas regiões brasileiras podem


explicar alternância entre aridez e inundações.

D. Cientistas se perdem em meio às novas teorias que tentam explicar


fenômenos climáticos extremos.

E. A direção dos ventos na Amazônia justifica todos os excessos dos


fenômenos climáticos no Brasil.

21. A expressão "loucura a dois" refere-se, no 3º parágrafo,

A. à situação climática tanto nas regiões Norte e Nordeste quanto na


região Sul do país.

B. a países em situação geográfica e climática bem diversificada.

C. às chuvas torrenciais e às secas destruidoras das lavouras.

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D. a cientistas que divergem em suas explicações sobre as variações


climáticas.

E. à divergência entre metodologias de análise das condições


climáticas.

22. Em relação ao 1º parágrafo do texto, está correto o que se afirma


em:

A. Considerando-se o assunto central do texto, não se justificam as


informações referentes ao clima que aparecem nesse parágrafo.

B. As informações nele constantes tentam comprovar a afirmativa


dos cientistas russos de que as florestas são determinantes para o
clima.

C. As referências ao clima nas regiões brasileiras servem para


demonstrar que pode haver um certo equívoco na teoria dos
cientistas russos.

D. A descrição das catástrofes que ocorrem no Brasil vai justificar a


imagem da bomba, criada pela nova teoria científica.

E. Desenha-se nele um quadro de contrastes causados pelas


condições climáticas, para justificar todo o desenvolvimento
posterior.

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23. ... eis a frase leiga e padrão que mais se fala e mais se ouve nas
queixas ... (2º parágrafo)

O segmento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem


alteração do sentido original, por:

A. mais é falada e mais é ouvida.

B. mais tinham falado e mais tinham ouvido.

C. mais se falaram e mais se ouviram.

D. mais foram falados e mais foram ouvidos.

E. mais vem sendo falado e mais vem sendo ouvido.

24. Olhemos, agora, por exemplo... (3º parágrafo)

O verbo flexionado de forma idêntica à do grifado acima está


também grifado na frase:

A. Chegamos, sem dúvida, a uma situação crítica em relação às


condições climáticas no país.

B. Vemos, no momento, situações extremas de seca ou de excesso


de chuvas.

C. Devemos ser solidários com os desabrigados pelas inundações.

D. Façamos nossa parte, agindo como cidadãos conscientes da


necessária preservação das florestas.

E. Observamos sinais evidentes de que o clima no planeta deriva de


um sistema bastante desregulado.

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25. A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:

A. A existência de florestas em várias regiões é garantia de melhor


distribuição de chuvas, por conta da umidade que gera as nuvens.

B. Vale para todo mundo as explicações para os fenômenos


climáticos extremos que está ocorrendo em diversos países.

C. A água nas regiões quentes de florestas evaporam mais do que


nos oceanos, e o fluxo de ar úmido se dirige para o continente.

D. Sempre haverão pesquisadores dispostos a questionar as bases


de novas teorias, até que elas os convença de sua validade.

E. É somente acima de 20% que as taxas de umidade do ar se torna


saudável para que as pessoas respirem normalmente.

26. A frase em que há palavras escritas de modo INCORRETO é:

A. Alguns estudiosos reagem com sensatez às recentes explicações,


considerando se o papel da bomba biótica é realmente crucial na
circulação do ar.

B. Se for comprovada a correção da nova teoria, a preservação das


florestas torna-se essencial para garantir a qualidade de vida em
todo o planeta.

C. O desmatamento indescriminado, que reduz os índices de chuvas


e altera o ciclo das águas, pode transformar um continente em um
estenso e inabitável deserto.

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D. Com ventos mais próximos ao mar, o ar úmido resultante da


evaporação da água do oceano é puxado para o continente,
distribuindo a chuva ao redor do planeta.

E. A aridez que sempre caracterizou as paisagens do Nordeste


brasileiro aparece agora, para assombro de todos, na região Sul,
comprometendo as safras de grãos.

27. Na indústria da saúde destacamos uma extensa e diversificada


cadeia de fornecedores ...

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o


grifado acima é:

A. ... são também importantes os estímulos ...

B. Todas essas palavras de ordem remetem a uma ideia central ...

C. ... a influir sobre as decisões de compra.

D. ... a despertar o interesse de pesquisadores ...

E. ... melhor atender a suas especificidades ...

28. O segmento grifado abaixo que está substituído de modo


INCORRETO pelo pronome correspondente é:

A. minimizar esses impactos = minimizá-los.

B. destacamos uma extensa e diversificada cadeia de fornecedores=


destacamo-la.

C. favorecendo um desenvolvimento mais sustentável = favorecendo-


o.

D. passou a despertar o interesse de pesquisadores = despertar-lhes.

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E. que suprem produtos = que os suprem.

29. Lê-se no Manual de Redação da Presidência da República

onde
Como pronome relativo significa „em que (lugar)‟: A cidade onde nasceu.

Com base nessa definição e nas demais funções morfossintáticas que o


termo onde pode desempenhar, aponte a frase na qual o emprego de tal
termo está incorreto.

A. (...) o método utilizado pode afastar os auditores, pela falta de


estrutura, da descoberta dos grandes esquemas de corrupção.
Porque ele está muito voltado a atender à grande novidade
inventada por Waldir Pires, os sorteios dos municípios. Ali, faz-se
uma auditoria por amostragem, onde pegar um grande esquema
dependerá, como tudo num sorteio, da sorte.

B. O Portal de Transparência é até onde a CGU conseguiu tornar


possível a sua ideia de tornar público o Sistema Integrado de
Administração Financeira (...).

C. “Cultura” é um termo quase infinitamente maleável. (...). Sua


origem ou, pelo menos, até onde se possa saber, seu sentido
primitivo parece se relacionar com a criação, descoberta ou
invenção da agricultura (...).

D. Passada a euforia da libertação, muitos ex-escravos regressaram a


suas fazendas, ou a fazendas vizinhas; para retomar o trabalho por
baixo salário. Dezenas de anos após a abolição, os descendentes
de escravos ainda viviam, nas fazendas, uma vida pouco melhor do
que a de seus antepassados escravos. Outros se dirigiram às

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cidades, como o Rio de Janeiro, onde foram engrossar a grande


parcela da população sem emprego fixo.

E. Onde havia dinamismo econômico provocado pela expansão do


café, como em São Paulo, os novos empregos, tanto na agricultura
como na indústria, foram ocupados por milhares de imigrantes
italianos que o governo atraía para o país. Lá, os ex-escravos foram
expulsos ou relegados aos trabalhos mais brutos e mais mal
pagos.

(Fontes: Rudolfo Lago, Correio Braziliense, 24/10/2005; Nelson


Archer, Relativismo cultural e multiculturalimo, FSP,
31/10/2005; José Murilo de Carvalho, Cidadania no Brasil: o
longo caminho, p.52)

 Leia o texto abaixo para, em seguida, responder à questão 30.

O ser humano não pode ser definido em relação a ele mesmo,


porque não é um sujeito isolado, vive em relação com as coisas,
com os outros e com o mundo, mesmo antes de pensar e de falar.
Esta presença não é somente observável como também um fato
vivido, isto é, quer dizer que o ser humano se manifesta no ser a
cada instante. Nessa responsabilidade, inclui, às vezes, o eu, e às
vezes, o outro, num equilíbrio que se faz de uma parte entre poder
cuidar se si mesmo e, de outra, poder cuidar dos demais. Através
dessa construção coletiva, os homens fazem e criam sua história e,
nessa construção-criação, o cuidado torna-se um processo, não
apenas um ato. Ato este que envolve o cuidar de si e do outro, mais
o cuidado como possibilidade de continuidade da espécie, gozar a
vida com qualidade e com liberdade.

(Adaptado de Carlos Altemir Schmitt, O cuidado e a responsabilidade: reflexão


sobre a ética estabelecida no mundo desmedido)

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30. Assinale o termo sublinhado do texto que apresenta ambivalência,


ou seja, para conferir coerência ao texto, tanto pode receber a
interpretação de substantivação do verbo quanto a interpretação de
substantivo concreto.

A. “ser” (ℓ. 1)
B. “pensar” (ℓ. 3)
C. “ser” (ℓ. 5)
D. “cuidar” (ℓ. 8)
E. “cuidar” (ℓ. 11)

31. Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas na frase:

A. O marido enciumado conviu, por fim, em depor a arma e libertar a


esposa, a quem vinha ameaçando diante das câmeras.

B. Seria preciso que se revissem os parâmetros éticos de alguns


violentos noticiários que vêm assolando a programação da TV.

C. Serão bem-vindas todas as iniciativas que se proporem a melhorar


a qualidade dos noticiários de TV.

D. A independência que os habitantes do Timor Leste obteram foi


reconhecida pela ONU; espera-se que venha a consolidar-se.

E. Se um otimista não se conter, sua expectativa de êxtase cresce


tanto que ele acaba por se juntar aos pessimistas.

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32. Está correta a forma de ambos os elementos sublinhados na frase:

A. Ela não nos disse por que razão tornou-se uma otimista; e se ela
tornar ao seu pessimismo, será que nos explicará por quê?

B. A razão porque muitos se tornam pessimistas está no mundo


violento de hoje; por quê outra razão haveriam de se desenganar?

C. “Por que sim”: eis como respondem os mais impacientes, quando


lhes perguntamos porque, de repente, se tornaram otimistas.

D. Sem mais nem porquê, ele passou a ver o mundo com outros
olhos, dizendo que isso aconteceu por que encontrara a verdade
na religião.

E. Não sei o por quê do seu pessimismo; porque você não me


explica?

33. Observe as propostas a seguir:

I. Eu não podia dar senão minha solidariedade.


II. Ele saiu há muito tempo.
III. Ela não olhava para mim, tão pouco me dirigia a palavra.
IV. Recusou-se a nos esclarecer o por quê da sua decisão.
V. Por ventura, eles entregaram há pouco o trabalho.
VI. Eles residem no interior há cerca de oito anos.
VII. A princípio, cremos que todos têm argumentos diante do caso.

Qual a quantidade de itens corretos?


A. 2
B. 3
C. 4
D. 5

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E. 6

34. Todas as palavras estão corretamente grafadas na frase:

A. Ela não crê em rixa, mas em complementaridade entre o


pessimismo e o otimismo, admitindo, assim, flexibilização das
sensações humanas.

B. As sensações espectantes produzem, entre os mais pessimistas,


muito temor, e entre os otimistas, uma gososa, deleitosa
ansiedade.

C. Algumas pessoas não admitem hesitação ou abstensão, quando


nos inquirem: você se arroula entre os pessimistas ou entre os
otimistas?

D. Em tese, não se deve previlegiar o otimismo ou o pessimismo;


esses humores não reinvindicam, por si mesmos, nenhuma
hegemonia.

E. O autor do texto se apoia na tese segundo a qual não se deve


descriminar em definitivo entre o pessimismo e o otimismo.

35. A expressão concentração de gosto e explosão de aromas pode ser


substituída, sem alteração de significação, por:

A. medida justa de paladar e denotação de essência odorífera

B. conjunto unívoco de paladar e estouro de cheiros

C. reunião dispersa de sabor e comoção de olor

D. reunião de sabor e manifestação viva e súbita de odores

E. conjunto de paladar e comoção de perfumes

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KELLE CATIANE

Atenção: Assinale a letra que corresponde à melhor redação,


considerando correção, clareza e concisão.

36. Analise:

A. Ainda que disposto a trabalhar, não lhe restou outra solução


senão esperar pelo chamado do sócio.

B. Teve que esperar pelo chamado do sócio, pois não lhe restou
outra solução, haja visto estar disposto com o trabalho.

C. Não lhe restou outra solução senão, esperando pelo sócio,


trabalhar para aquilo de que estava disposto.

D. Esperar pelo chamado do sócio para trabalhar foi a solução


que restou-lhe, não obstante sua disposição ao mesmo
trabalho.

E. Embora houvessem disposição e ânimo para trabalhar, ele


teve que esperar pelo chamado de sócio, o que lhe restou
como solução.

37. Analise:

A. Quando o eleitor vota em uma determinada pessoa é a


manifestação que o modo de pensar dela concorda com as
ideias que pretende defender no cargo que aspira.

B. O assentimento do eleitor no cargo que aspira determinada


pessoa é o voto, que é a expressão do seu modo de pensar, e
que pretende defender.

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KELLE CATIANE

C. O voto é a expressão do modo de pensar do eleitor, pois,


quando ele vota em determinada pessoa, manifesta seu
assentimento às ideias que ela pretende defender no cargo a
que aspira.

D. Voto – quer dizer – modo de pensar do eleitor que quando


vota em uma pessoa determinada, diz que concorda com as
ideias que vai defender no cargo a ser eleito.

E. O modo de pensar do eleitor – que se diz o voto – é o


manifesto de seu assentimento à maneira de pensar da
pessoa que vai ser eleita e defender no cargo.

38. As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas


na frase:

A. Todo aquele que se previne, quaisquer que sejam os problemas a


enfrentar, têm mais aptidão para solucioná-los.

B. A reação a manifestações localizadas de extrema violência não


implicam o emprego de uma violência proporcional e
indiscriminada.

C. É preciso que se valorize na justa medida os laços de confiança


que devem haver entre os policiais e a população.

D. Que aos nossos olhos não represente o outro uma permanente


ameaça, mas um desejável aliado.

E. Os resultados que se obtém com a prevenção são,


comprovadamente, os mais eficazes.

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KELLE CATIANE

39. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma


do singular para preencher corretamente a lacuna da frase:

A. É preciso que se .......... (reconhecer) as vantagens de se ter o outro


como nosso aliado.

B. Os direitos humanos sempre .......... (haver) de constituir uma


prioridade nos regimes democráticos.

C. (Caber) .......... a cada um de nós as iniciativas para que se alcance


eficácia no combate à criminalidade.

D. Aos países ricos não ........... (competir) tomar decisões que afetem
a soberania dos países em desenvolvimento.

E. Há muito não se ........... (tolerar) atitudes arrogantes como a do


editorial da revista britânica.

40. O uso do sinal da crase é injustificável em:

A. Lembrem-se às autoridades de terem sempre em mente o


valor da prevenção.

B. Não cabe às pessoas de boa fé repudiar medidas de


prevenção ao crime.

C. É penoso assistir às cenas de violência que se multiplicam


nas metrópoles.

D. Atribui-se às medidas preventivas uma eficácia maior que a


da repressão.

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KELLE CATIANE

E. À inteligência da prevenção opõem-se aqueles que preferem


a força da repressão.

41. Na frase além de obter resultados mais eficazes, ela afirma a


racionalidade do homem, o segmento sublinhado tem o sentido de

A. muito embora obtenha.

B. ainda que obtenha.

C. a fim de obter.

D. à medida que obtém.

E. afora obter.

42.Está clara, coerente e correta a redação da seguinte frase:

A. Assim como um fruto parece sair de sua casca, à medida que a


aranha tece sua teia, que em suas malhas acabam aprisionando
o inseto desprevenido.

B. Sempre houveram os que não se lembram que a morte se verifica


tão somente no reino animal, ao passo que os vegetais não.

C. Não adianta de nada salvar-se um inseto, conquanto algum outro


virá a cair igualmente em cuja armadilha o primeiro foi salvo.

D. Não imagine o homem que, por ser um animal racional, esteja


imune às mais cruas leis da natureza.

E. Todo escritor almeja de que compor um texto tão belo e eficaz


assim como uma teia da aranha, é uma tarefa de cuja tem muita
necessidade.

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KELLE CATIANE

43. É quando a ética sai de cena, para dar lugar à barbárie.

Na frase acima, a sequência das ações sai de cena e dar lugar


estabelece uma relação

A. de justaposição de fatos independentes.


B. entre uma hipótese e um fato que a confirma.
C. de simultaneidade entre duas ocorrências interdependentes.
D. de causalidade entre valores antagônicos.
E. de alternância entre duas situações semelhantes.

44. Considere a seguinte frase:

A busca de distinção entre o que é “do bem” e o que é “do mal” traz
consigo um dilema (...).

O verbo trazer deverá flexionar-se numa forma do plural caso se


substitua o elemento sublinhado por

A. O fato de quase todas as pessoas oscilarem entre o bem e o mal


(...)
B. A dificuldade de eles distinguirem entre as boas e as más ações (...)
C. Muitas pessoas sabem que tal alternativa, nas diferentes situações,
(...)
D. Essa divisão entre o bem e o mal, à medida que se acentua nos
indivíduos, (...)
E. As oscilações que todo indivíduo experimenta entre o bem e o mal
(...)

45. Nessa compulsória liberdade, de que fala o filósofo (...).

Numa nova redação da frase acima, mantém-se corretamente a


expressão sublinhada caso se substitua fala o filósofo por

A. se refere o filósofo
B. cuida o filósofo
C. investiga o filósofo

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KELLE CATIANE

D. aflige o filósofo
E. disserta o filósofo

46. ...para entender por que a viagem de Colombo acabou e continua


sendo uma metáfora...

No que se refere à grafia, para estar de acordo com o padrão culto, a


frase que deve ser preenchida com forma idêntica à destacada acima
é:

A. Alguém poderá perguntar: - O autor citou Braudel, ___________?


B. Gostaria de saber ___________ ele se interessou especificamente
por essa obra de Braudel acerca do mar Mediterrâneo.
C. Quem sabe o ___________ da citação da obra de Braudel?
D. Referências são sempre interessantes, ___________ despertam
curiosidade acerca da obra.
E. ___________ foi a obra que mais o teria impressionado sobre o
assunto, respondeu alguém quando indagado sobre o motivo da
citação.

47. O verbo indicado entre parênteses deverá ser obrigatoriamente


flexionado numa forma do plural para preencher de modo correto a
lacuna da frase:

A. Qualquer súbita alteração nos hábitos familiares _________ (poder)


afrouxar os vínculos entre as pessoas de uma casa.

B. Não _________ (costumar) afetar a quem não gosta de futebol as


vibrações dos torcedores durante uma Copa do Mundo.

C. As emoções que _________ (demonstrar) a mulher da casa


costumam ser menos intensas que as do homem.

D. Diante das televisões, em todas as casas, _________-se (aglomerar)


uma imensa torcida nacional.

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KELLE CATIANE

E. Sempre _________ (faltar), aos torcedores mais fanáticos, a


convicção de que os jogadores deram o melhor de si.

48. No entanto, o conceito de cidadania não se esgota no direito de


eleger e de ser eleito para compor os órgãos estatais incumbidos
de elaborar, executar ou fazer cumprir as leis.

A frase que reproduz corretamente, em outras palavras, o sentido


original do segmento transcrito acima é

A. Entretanto, como no conceito de cidadania, ele se esgota no direito


de eleger e de ser eleito para os órgãos do Estado que vão
elaborar, executar as leis ou fazer que se cumpra.

B. O conceito de cidadania restringe-se ao direito de votar, no


entanto, e de ser eleito aos órgãos que se incumbiu de elaborar,
executar ou cumprir as leis como se deve.

C. No entanto, porém, o conceito de cidadania deve esgotar-se não no


direito dos órgãos estatais de eleger e de ser eleito para compô-las,
incumbidos de elaborar, executar ou fazer cumprir as leis.

D. Cidadania é um conceito que se limita, no entanto, ao direito de


eleger e de ser eleito para ser incumbido não só de elaborar,
executar ou fazer cumprir as leis, em órgãos estatais.

E. O conceito de cidadania, porém, abrange mais do que o direito de


votar e de fazer parte dos órgãos do Estado aos quais compete
criar, executar ou fiscalizar o cumprimento das leis.

49. A pronúncia correta das seguintes palavras apresenta o grafema x


com o mesmo fonema apenas na opção:

A. enxame – enxurrada – exangue

B. exaustão – exame – experiência

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KELLE CATIANE

C. exaltar – máximo – enxerido

D. exarar – exigência – inexorável

E. léxico – enxamear – expectativa

Atenção: As questões de números 50 a 53 referem-se ao texto que segue.

Certos candidatos a deputado ornam com um retrato o seu


prospecto eleitoral. Isto equivale a supor que a fotografia possui um
poder de conversão. Para começar, a efígie do candidato estabelece um
elo pessoal entre ele e seus eleitores; o candidato não propõe apenas um
programa, mas também um clima físico, um conjunto de opções
cotidianas expressas numa morfologia, num modo de vestir, numa pose.
O que é exposto, através da fotografia do candidato, não são
seus projetos, são suas motivações, todas as circunstâncias familiares,
mentais, e até eróticas, todo um estilo de vida de que ele é,
simultaneamente, o produto, o exemplo e a isca. É óbvio que aquilo que a
maior parte dos nossos candidatos propõe através de sua efígie é uma
posição social, o conforto especular das normas familiares, jurídicas,
religiosas, ou seja, aquilo a que se chama “uma ideologia”. Naturalmente,
o uso da fotografia eleitoral supõe uma cumplicidade: a foto é espelho,
ela oferece o familiar, o conhecido, propõe ao eleitor a sua própria efígie,
clarificada, magnificada, imponentemente elevada à condição de tipo. É,
aliás, esta ampliação valorativa que define exatamente a fotogenia: ela
exprime o eleitor e, simultaneamente, transforma-o num herói; ele é
convidado a eleger-se a si mesmo, incumbindo o mandato que vai
conceder de uma verdadeira transferência física: delega de algum modo a
sua “raça”.

(Adaptado de BARTHES, Roland. Fotogenia eleitoral.


Mitologias. 3.ed. São Paulo: DIFEL, 1978, p. 102-103.)

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KELLE CATIANE

50. Compreende-se corretamente do texto que

A. as fotos dos candidatos nos folhetos de propaganda eleitoral


desempenham papel significativo no convencimento do eleitor
quanto a quem dar o seu voto.

B. um candidato precisa estabelecer elo pessoal com seus eleitores e


o faz não só pela garantia de atendimento às necessidades
específicas de cada um, mas, também, por meio de uma foto, que
evita possíveis enganos na hora do voto.

C. poucos candidatos a cargos eletivos colocam suas fotos nos


santinhos que veiculam suas propostas, e o fazem com mero
ornamento, visto que a imagem nada traduz de seus projetos.

D. imagens de seu cotidiano familiar distribuídas entre o eleitorado


constituem o primeiro passo que um político deve dar para
estabelecer sólido vínculo pessoal com o eleitor.

E. a associação entre projetos sociais e imagens do candidato que os


elaborou é arma de que os políticos se valem quando desejam
converter para si os votos já prometidos a outros.

Naturalmente, o uso da fotografia eleitoral supõe uma


cumplicidade: a foto é espelho, ela oferece o familiar, o conhecido,
propõe ao eleitor a sua própria efígie, clarificada, magnificada,
imponentemente elevada à condição de tipo. É, aliás, esta ampliação
valorativa que define exatamente a fotogenia: ela exprime o eleitor e,
simultaneamente, transforma-o num herói; ele é convidado a eleger-se
a si mesmo, incumbindo o mandato que vai conceder de uma
verdadeira transferência física: delega de algum modo a sua “raça”.

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KELLE CATIANE

51. No fragmento acima, o autor, ao

A. empregar o advérbio Naturalmente, manifesta sua concordância


com a prática corriqueira do uso eleitoreiro da fotografia do
candidato.

B. fazer menção ao espelho, deixa entrever que o eleitor é levado a se


identificar com o retrato do candidato, vendo a si próprio de
maneira engrandecida.

C. referir-se a cumplicidade, deixa claro que, em épocas de eleição,


os conchavos entre candidatos e eleitores são conscientemente
aceitos por estes últimos.

D. usar a construção imponentemente elevada à condição de tipo,


denuncia que a imponência da foto mascara a desconsideração que
o candidato tem pelo eleitor comum.

E. aludir a herói, afirma sua convicção de que esse termo só pode ser
aplicado àqueles que se elegem por si mesmos, sem transferir para
uma foto traços que não lhe são próprios.

52. Considerado sempre o contexto, é correto afirmar:

A. (linhas 5 e 6) Em o candidato não propõe apenas um programa,


mas também um clima físico..., uma ideia de adição é expressa por
meio da correlação entre não apenas e mas também.

B. (linha 10) Em não são seus projetos, são suas motivações, o


segmento grifado expressa ideia de finalidade.

C. (linhas 11 a 13) Uma redação equivalente a todo um estilo de vida


de que ele é, simultaneamente, o produto, o exemplo e a isca está

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KELLE CATIANE

correta assim: “todo um estilo de vida cujo o produto é ele, como


exemplo e isca”.

D. (linha 16) A locução ou seja introduz uma retificação, constituída


por ideia oposta ao pensamento desenvolvido no período.

E. (linhas 16, 17 e 26) Tanto em “uma ideologia” quanto em “raça”, as


aspas indicam que as palavras devem ser entendidas
rigorosamente em seu sentido próprio.

53. Consideradas as ocorrências citadas e o contexto, é correto


afirmar:

A. (linhas 18 e 22) Os dois-pontos, nas duas passagens, servem para


anunciar uma citação, palavras de outro autor.

B. (linhas 11 e 12) Em todo um estilo de vida de que ele é,


simultaneamente, o produto..., o segmento grifado pode ser
substituído, sem prejuízo do sentido original, por “da qual”.

C. (linhas 18 e 19) Se a ideia expressa em a foto (...) propõe ao eleitor


a sua própria efígie fosse considerada uma hipótese, a forma verbal
a ser usada de modo adequado seria “proposse”.

D. (linha 24) A forma eleger-se a si mesmo indica que aquele que faz a
ação é o mesmo que a recebe, e a si mesmo repete a informação
dada pelo pronome se.

E. (linhas 24 e 25) A locução vai conceder foi empregada para


expressar ideia hipotética, pouco provável de se realizar.

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KELLE CATIANE

Atenção: As questões de números 54 a 60 referem-se ao texto seguinte.

A rotina de uma família costuma ser duramente atingida numa Copa


do Mundo de futebol. O homem da casa passa a ter novos hábitos,
prolonga seu tempo diante da televisão, disputa-a com as crianças; a
mulher passa a olhar melancolicamente para o vazio de uma janela ou de
um espelho. E se, coisa rara, nem o homem nem a mulher se deixam tocar
pela sucessão interminável de jogos, as bandeiras, os rojões e os
alaridos da vizinhança não os deixarão esquecer de que a honra da pátria
está em jogo nos gramados estrangeiros.

É preciso também reconhecer que são muito distintas as atuações


dos membros da família, nessa época de gols. Cabe aos homens
personificar em grau máximo as paixões envolvidas: comemorar o alto
prazer de uma vitória, recolher o drama de uma derrota, exaltar a glória
máxima da conquista da Copa, amargar em luto a tragédia de perdê-la.
Quando solidárias, as mulheres resignam-se a espelhar, com intensidade
muito menor, essas alegrias ou dores dos homens. Entre as crianças
menores, a modificação de comportamento é mínima, ou nenhuma:
continuam a se interessar por seus próprios jogos e brinquedos. Já os
meninos e as meninas maiores tendem a reproduzir, respectivamente,
algo da atuação do pai ou da mãe.

Claro, está-se falando aqui de uma “família brasileira padrão”, seja


lá o que isso signifique. O que indiscutivelmente ocorre é que, sobretudo
nos centros urbanos, uma Copa do Mundo põe à prova a solidez dos
laços familiares. Algumas pessoas não resistem à alteração dos horários
de refeição, à alternância entre ruas congestionadas e ruas desertas, às
tensas expectativas, às súbitas mudanças de humor coletivo – e
disseminam pela casa uma insatisfação, um rancor, uma vingança que
afetam o companheiro, a companheira ou os filhos. Como toda exaltação
de paixões, uma Copa do Mundo pode abrir feridas que demoram a
fechar. Sim, costumam cicatrizar esses ressentimentos que por vezes se
abrem, por força dos diferentes papéis que os familiares desempenham

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KELLE CATIANE

durante os jogos. Cicatrizam, volta a rotina, retornam os papéis


tradicionais – até que chegue uma outra Copa.

(Itamar Rodrigo de Valença)

54. Atente para as seguintes afirmações:

I. No primeiro parágrafo do texto, mostra-se como a vida rotineira dos


homens, ao contrário do que ocorre com a das mulheres, sofre
alterações durante uma Copa do Mundo;
II. No segundo parágrafo do texto, mencionam-se as diferentes
alterações que a Copa do Mundo provoca nas atitudes de alguns
membros da família;
III. No terceiro parágrafo do texto, desenvolve-se a ideia de que o
equilíbrio da vida familiar fica ameaçado pelas mudanças de
hábito e pelas paixões provocadas por uma Copa do Mundo.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

A. I, II e III.
B. I e II, apenas.
C. I e III, apenas.
D. II e III, apenas.
E. III, apenas.

55. O texto sugere que, durante uma Copa do Mundo, a cadeia de


alterações no comportamento de uma família costuma

A. atingir simultaneamente a todos os membros da casa, do mesmo


modo.

B. começar pelo homem da casa e propagar-se pelos outros membros


da família.

C. começar por influência dos alardes da vizinhança.

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KELLE CATIANE

D. atingir tão-somente a rotina de grupos familiares mal constituídos.

E. atingir tão-somente as pessoas da casa que se interessam por


futebol.

56. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido da


frase Cabe aos homens personificar em grau máximo as paixões
envolvidas nesta outra redação:

A. É intenção dos homens envolver outras pessoas nas intensas


paixões que ele vive.

B. É um direito masculino fazer de outras pessoas o centro de suas


paixões.

C. É nos homens que as mais intensas paixões despertadas


costumam corporificar-se.

D. Atribui-se aos homens o dever de partilhar com os outros as mais


violentas emoções.

E. Atribui-se à personalidade masculina a obrigação de conter ao


máximo suas emoções.

57. Há uma relação de causa ( I ) e efeito ( II ) entre os segmentos da


seguinte formulação:

A. A rotina de uma família ( I ) / costuma ser duramente atingida numa


Copa do Mundo ( II ).
B. (...) retornam os papéis tradicionais ( I ) / até que chegue uma outra
Copa ( II ).
C. É preciso também reconhecer ( I ) / que são muito distintas as
atuações dos membros da família ( II ).

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KELLE CATIANE

D. (...) são muito distintas as atuações dos membros da família ( I ) /


nessa época de gols ( II ).
E. Como toda exaltação de paixões ( I ) / uma Copa pode abrir feridas
que demoram a fechar ( II ).

58. Transpondo-se para a voz passiva a frase uma Copa do Mundo põe
à prova a solidez dos laços familiares, a forma verbal deverá ser
substituída por

(A) é posta

(B) são postos

(C) era posta

(D) tem posto

(E) tem sido posto

59. Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o


texto:

A. Se nós revêssemos nosso comportamento durante uma Copa,


pode ser que fôssemos corrigir alguns excessos deles.

B. Não é muito fácil encontrar alguma família em cuja não exista


algum torcedor mais fanático, no qual se deixe levar a quase
histeria.

C. É incrível como as crianças muito pequenas não se incomodam, ao


passo que uma Copa seja assistida pelos adultos com mais
emoção.

D. É apenas por solidariedade a seus maridos que muitas mulheres


buscam se abrir às emoções de uma Copa do Mundo.

E. Talvez seja um exagero do autor do texto achar que os próprios


laços familiares se ameacem devido as frustações do futebol.

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KELLE CATIANE

60. As normas de pontuação estão plenamente atendidas na frase

A. Os jogos de uma Copa do Mundo, quase sempre costumam


provocar altas emoções não apenas, nos fãs do futebol, mas
também nos que não costumam se animar com esse esporte.

B. Ainda que com menor ânimo, do que seus maridos, as mulheres


também costumam torcer pela seleção no caso de esta revelar
alguma qualidade de jogo.

C. Não há dúvida, de que a mídia tornou-se responsável, por um


crescente interesse internacional no acompanhamento dos jogos
da Copa do Mundo.

D. Nos grandes centros urbanos, o trânsito em dias de jogos do


Brasil, costuma sofrer nervosas oscilações, entre o máximo de
movimento, e o total esvaziamento das ruas.

E. O autor do texto nota, com razão, as variações do humor público


que, durante a Copa, traduzem as distintas emoções que os jogos
nos despertam.

GABARITO

1. B 9. D 17. E 25. A 33. B 41. E 49. D 57. E

2. D 10. B 18. B 26. C 34. A 42. D 50. A 58. A

3. C 11. C 19. A 27. D 35. D 43. D 51. B 59. D

4. A 12. C 20. A 28. D 36. A 44. E 52. A 60. E

5. C 13. A 21. B 29. A 37. C 45. B 53. D

6. B 14. E 22. E 30. C 38. D 46. B 54. D

7. C 15. D 23. A 31. B 39. D 47. B 55. B

8. A 16. A 24. D 32. A 40. A 48. E 56. C

39

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