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Rio de Janeiro
11/março/2017
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1 – Introdução
Uma análise volumétrica amplamente utilizada é a titulação, que consiste em um
procedimento em que uma solução padrão é adicionada lentamente a uma solução de
um analito até a reação entre os dois se complete. A reação é considerada completada
quando a quantidade adicionada de titulante é quimicamente equivalente a quantidade
da titulado e esse é chamado o ponto de equivalência, no entanto, na pratica existe um
ponto no qual ocorre uma mudança física na amostra (geralmente, graças a um
indicador) associada às condições de equivalência denominado ponto final.
Além dos conceitos apresentados, é importante discorrer sobre a solução padrão.
Essa deve ter a concentração exatamente conhecida, por isso uma solução padrão ideal,
denominada padrão primário deve estáveis, dentre outras características, sendo assim,
soluções que serão usados como titulantes e não possuírem tais características devem
ser padronizadas.
Dentre as várias titulações existentes há titulação ácido-base, na qual o ponto de
equivalência se dá pelo equilíbrio ácido-base. A reação entre o titulado e o titulante
(ácido e a base) forma um sal.
Uma titulação ácido-base pode ser entre compostos de diferentes magnitudes, dentre
eles a titulação de um ácido poliprótico com uma base forte. Nessa aparece mais de um
ponto de equivalência. Isso porque cada ponto final refere-se a um hidrogênio titulável.
Logo, deverá ser feito o uso de mais de um indicador.
O experimento de dosagem do ácido fosfórico, trata-se de uma titulação entre um
ácido polipótico (o fosfórico, HPO4) e uma base forte (NaOH). O ácido fosfórico possui
três hidrogênios em sua estrutura, porém isso não significa que terá três pontos de
equivalência. Cada hidrogênio ionizável não necessariamente será titulável.
A constante de acidez (Ka) de cada hidrogênio pode ser tão próxima uma da outra
que não dará para identificar qual hidrogênio o ponto final se refere. E também, o Ka
pode ser tão baixo e tão próximo da água que não terá um indicador que indique o
momento em que a reação se completa.
Para que o hidrogênio seja titulável seu Ka (constante de acidez) deve ser maior que
10-11. No caso do ácido fosfórico, temos:
- Ka1 = 7,6x10-3
- Ka2 = 6,2x10-8
- Ka3 = 4,2x10-13
Nota-se que o terceiro hidrogênio não é titulável, pois o seu Ka é menor que 10-11.
Entretanto, deve ser observado se cada hidrogênio é titulável separadamente. Para
isso, o. No caso do ácido fosfórico, Ka1/Ka2 > 105, logo maior que 104.
Portanto, de três hidrogênios ionizáveis do H3PO4, apenas dois são tituláveis e apenas
dois são tituláveis separadamente. Isso significa que haverá dois pontos finais e que
dará para usar dois indicadores diferentes.
2 – Objetivo
Determinar através da titulação de neutralização utilizando uma solução padrão
secundário de NaOH, a dosagem do ácido fosfórico e comparando com a % p/p
fornecida no frasco.
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2 – Material e Método
2.1. Material
o Buretas de 25,00 ml o Béquer
o Pipeta volumétrica de 10,00 ml o Solução de NaOH padronizada
o Garra para bureta o Ácido fosfórico P.A.
o Suporte Vertical o Timolftaleína
o Erlenmayer de 250 ml o Alaranjado de metila
2.2 Métodos
2.2.1 Preparo da solução de trabalho
Calculou-se, a partir da %p/v indicada no rótulo do frasco de ácido fosfórico P.A., e
da densidade do mesmo, a concentreação aproximada em molaridade. Em seguida,
calculou-se a aliquota necessaria do ácido fosfórico P.A. necessaria para preparar
250,00 ml de uma solução 0,05 M do ácido. Retirou-se, então uma alíquota de 1,00 mL
com auxílio de uma bureta, transferiu-se para um balão volumétrico de 250,00 ml,
avolumou-se o mesmo e homogeneizou-se a solução.
2.2.2 Titulação
Encheu-se a bureta, previamente lavada e rinsada, com a padronizada de NaOH
0,1015 mol/L. Transferiu-se uma alíquota de 10,00 ml da solução de trabalho contendo
o analito,com auxilio de uma pipeta volumétrica, para um erlenmeyer de 250 ml.
Acrescentou-se aproximadamente 25 ml de água destilada e duas gotas de
alaranjado de metila como indicador.
Titulou-se a solução de ácido fosfórico com a solução de NaOH até a viragem do
indicador de rosa para um intermediário entro o rosa e o amarelo (cor de casca de
cebola). Anotou-se o volume do ponto final. E fez-se a analise em duplicata
Em seguida, repetiu-se todo o procedimento utilizando como indicador a
timolftaleína, realizando também a análise em duplicata, observando a viragem do
indicador de incolor para azul pálido, anotou-se os resultados obtidos.
1º Hidrogenio
Erro
E = [(Vexperimental – Vteórico)/ Vteórico] x 100
E = [(75,77 – 85)/ 85] x 100] = 10,8 % de erro
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Como foi introduzido, para que um hidrogenio ácido seja titulável, sua
respectiva constante de ionização devem ser maior ou igual a 10-11. Além disso, para que
os hidrogenios ácidos tituláveis sejam titulados independete a relação entre as suas
constantes Ka/Ka+1 deve ser maior ou igual a 104
Analisando os Ka’s do ácido fosfórico nota-se que apenas os dois primeiros
hidrogenios são tituláveis pois de ordem maior que 10-11
E na relação dos Ka’s temos que:
Ka1/Ka2 = (7,6 x 10-3/6,2 x 10-8) = 1,2 x 105
Ka2/Ka3 = (6,2 x 10-8/4,2 x 10-13 ) = 1,5 x 105
Ka3/Kw = (4,2 x 10-13 / 10-14) = 42
Logo, só os dois primeiro podem ser titulados independetemente, como afirmado
anteriormente.
H3PO4remanescente = NaH2PO4formado
Então Ka1 = [H+] .: pH = pKa1 = log(7,6 x 10-3 ) = 2,12
Hidrólise do H3PO4=
pH = (pKa1 + pKa2)/2 = (2,12+7,21) = 4,66
Hidrólise do H2PO4
pH = (pKa2 + pKa3)/2 = (7,21 + 12,38) /2 = 9,80
14
12
10
8
pH
6
4
2
0
0 5 10 15 20 25 30
Volume de NaOH adicionado (mL)
Curva de titulaçãoteorica de NaOH 0,1000 mol/L contra 20,00 ml de Àcido fosfórico 0,05000 mol/L
5) Conclusão
Conclui-se, desta forma, que o objetivo proposto foi realizado de maneira eficaz,
de modo que o ácido fosfórico pode ter sua concentração determinada através da
titulação ácido-base, obtendo-se assim, o teor de 74,8% a 76,4% que através da
comparação com o valor teorico quantificou-se uma flutuação de aproximadamente
10%, acredita-se que esta diferença tenha sido por conta dos erros sistemáticos do
analista tal como a dificuldade na visualização da viragem da amostra, devido à cor
intermediária gerada no ponto final da titulação utilizando alaranjado de metila.
6) Referências bibliográficas