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A Dimensão Pessoal e Social da Moral

Egoísmo Ético

“O egoísmo ético diz como devemos comportar-nos; nesse sentido, é uma teoria normativa.
Para o egoísmo ético, o nosso único dever primitivo é fazer o melhor para nós mesmos. O
interesse próprio é o princípio moral fundamental. Não é que o egoísta não tenha outros
deveres; o que se passa é que todos os outros deveres do egoísta derivam do interesse próprio.
Nada mais. Por isso, mesmo quando um defensor do egoísmo ético ajuda os outros ou renuncia
a fazer o que realmente quer, é no fundo a promoção do seu interesse próprio a longo prazo
que o move.
O argumento mais forte a favor do egoísmo ético aceita a moralidade de senso comum e
retira a partir daí a conclusão surpreendente de que essa é a melhor maneira de satisfazer o
nosso interesse próprio. Considera então a seguinte formulação do argumento:

1. A moralidade de senso comum consiste em obedecer a certas regras: a regra de


evitar fazer mal aos outros, a regra de dizer a verdade, a regra de cumprir as
nossas promessas, e assim por diante.
2. Se não fizermos mal aos outros, as pessoas não vão querer prejudicar-nos e
poderão até fazer-nos favores quando precisarmos.
3. Logo, não fazer mal aos outros serve o nosso interesse próprio.

1. Se dissermos a verdade aos outros, teremos uma boa reputação e as pessoas


confiarão em nós quando precisarmos que elas sejam sinceras connosco.
2. Logo, dizer a verdade aos outros serve o nosso interesse próprio.

(...)

O mais provável é que neste momento já estejas a ver que este tipo de raciocínio irá
conduzir-te surpreendentemente à Regra de Ouro: Faz aos outros aquilo que gostarias que
eles te fizessem a ti. A versão da mesma regra à maneira do egoísta ético será: Ajuda os outros
para que eles te ajudem a prosseguir o teu interesse próprio. E, assim, uma teoria que no
início era abertamente recusada pelas tuas intuições morais mais profundas pode começar a
parecer-te plausível. Mas será que é realmente plausível ou terá de enfrentar uma
objecção suficientemente forte para a derrotar? (…)”

Vaz, Fautino (s.d.) “Por que razão havemos de ser morais?, in Arte de Pensar.
(Adaptado por Joana Inês Pontes)

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