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Teoria do Conhecimento I
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2009
Créditos
Unisul - Universidade do Sul de Santa Catarina
UnisulVirtual - Educação Superior a Distância
Campus UnisulVirtual Itamar Pedro Bevilaqua Edison Rodrigo Valim Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
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Fabian Martins de Castro Moacir Heerdt Marcelo Fraiberg Machado Maria Eugênia Ferreira Celeghin
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Fabiano Ceretta Diogo Rafael da Silva Geanluca Uliana Rodrigo Battistotti Pimpão
Apresentação
Equipe UnisulVirtual
Arturo Fatturi
Teoria do Conhecimento I
Livro didático
Design Instrucional
Lucésia Pereira
Palhoça
UnisulVirtual
2009
Copyright © UnisulVirtual 2009
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Revisão
Amaline Boulos Issa Mussi
121
F26 Fatturi, Arturo
Teoria do conhecimento I : livro didático / Arturo Fatturi ; design
instrucional Lucésia Pereira. – Palhoça : UnisulVirtual, 2009.
200 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
Palavras do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Bom estudo.
o livro didático;
o Espaço UnisulVirtual de Aprendizagem (EVA);
as atividades de avaliação (a distância, presenciais e
de autoavaliação);
o Sistema Tutorial.
Ementa da disciplina
O conhecimento como problema filosófico, articulação
entre problema filosófico do conhecimento e Metafísica,
Metafísica e Teoria do Conhecimento entre os modernos,
Giro Linguístico e Conhecimento na Filosofia
Contemporânea.
Carga Horária
60 horas – 4 créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina
Objetivo(s)
Geral
Proporcionar ao aluno o domínio dos fundamentos da discussão
filosófica sobre o conhecimento e os problemas oriundos da
fundamentação do conhecimento verdadeiro.
Específicos
Proporcionar aos alunos os principais argumentos da
discussão filosófica do conhecimento.
Apresentar aos alunos pontos de vista tradicionais sobre a
discussão filosófica do conhecimento.
Instrumentalizar os alunos a decodificarem os pontos de
vista filosóficos quanto aos conhecimentos que lhes são
apresentados na cultura.
Proporcionar aos alunos a discussão da conexão entre o
conhecimento de objetos e a fundamentação filosófica do
que são estes objetos.
Proporcionar aos alunos os fundamentos filosóficos
básicos da discussão sobre o conhecimento.
Introduzir os alunos nas formulações filosóficas que
visam construir as bases do conhecimento verdadeiro.
Apresentar aos alunos as principais correntes do
pensamento filosófico contemporâneo sobre o
conhecimento.
Instrumentalizar os alunos para a discussão filosófico-
argumentativa sobre o conhecimento.
Proporcionar aos alunos instrumentos que os capacitem a
elaborar discussões sobre argumentos filosóficos.
14
Teoria do Conhecimento I
Conteúdo programático/objetivos
Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá deter para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação. Neste
sentido, veja a seguir as unidades que compõem o Livro Didático
desta Disciplina, bem como os seus respectivos objetivos.
Unidades de estudo: 5
15
Universidade do Sul de Santa Catarina
16
Teoria do Conhecimento I
17
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 7 – Fundacionalismo
Nesta unidade, iremos estudar o ponto de vista de que a resposta
ao problema filosófico do conhecimento é possível apenas
pela ciência ou pelos métodos científicos de investigação. Este
argumento foi proposto pelo filósofo Norte Americano Willard
Quine.
18
Teoria do Conhecimento I
19
Agenda de atividades / Cronograma
Verifique com atenção o EVA, organize-se para acessar
periodicamente a sala da disciplina. O sucesso nos seus
estudos depende da priorização do tempo para a leitura,
da realização de análises e sínteses do conteúdo e da
interação com os seus colegas e professor.
Não perca os prazos das atividades. Registre no espaço
a seguir as datas com base no cronograma da disciplina
disponibilizado no EVA.
Use o quadro para agendar e programar as atividades
relativas ao desenvolvimento da disciplina.
Atividades obrigatórias
Argumentação filosófica
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade você terá subsídios para:
Seções de estudo
Seção 1 Aprendendo sobre argumentos
Seção 2 Argumentos filosóficos
Universidade do Sul de Santa Catarina
22
Teoria do Conhecimento I
Unidade 1 23
Universidade do Sul de Santa Catarina
24
Teoria do Conhecimento I
Unidade 1 25
Universidade do Sul de Santa Catarina
Mas imagine que alguns deles, não aceitam sua afirmação como
verdadeira. Ora, você imediatamente lhes dá uma prova.
26
Teoria do Conhecimento I
Logo:
Unidade 1 27
Universidade do Sul de Santa Catarina
Veja que a afirmação (4) é sua afirmação original (A), ainda que
modificada em algumas palavras ela tem o mesmo conteúdo do
que você afirmou. Era esta afirmação que você pretendia que
eles aceitassem como verdadeira. Já as afirmações (1), (2) e (3)
são as provas de sua afirmação (A). Outra coisa a notar é que
as afirmações que servem como prova, podem ser verificadas,
isto é, elas podem ser provadas através de métodos científicos ou
experimentais.
28
Teoria do Conhecimento I
Figura 1.1 - Gottfried Leibniz (1646-1716) Filósofo, matemático e político alemão. Disputa com
Isaac Newton a invenção do cálculo infinitesimal. Tal disputa causou acirrada discussão entre os
acadêmicos da época.
Unidade 1 29
Universidade do Sul de Santa Catarina
Note que Leibniz não fez como nós que numeramos nossas
afirmações para facilitar. Mas, normalmente, os filósofos nos
avisam que irão fornecer provas e que irão concluir alguma
afirmação e sempre que fazem isto eles buscam afirmar alguma
verdade, isto é, fornecer alguma informação. Então, não se
assuste com os argumentos, eles são inofensivos e facilitam nossa
compreensão. Nossa dificuldade é que no nosso dia-a-dia, não
construímos argumentos desta forma.
30
Teoria do Conhecimento I
Infelizmente não!
Unidade 1 31
Universidade do Sul de Santa Catarina
Como sei que é uma pessoa real e não uma criação dos cientistas
malignos? Logo, perguntar para alguém nada prova (veja o início
do parágrafo 6 da estória). Quanto à S2, devemos concordar que
um beliscão no braço é algo radical, pois a dor seria uma prova de
que algo é real.
32
Teoria do Conhecimento I
Não é por pouca coisa que Mike ficou com vontade de voltar
ao laboratório e pedir que removam seu cérebro e o coloquem
novamente no seu crânio. Desta forma ele teria certeza de que
vive num mundo real.
Unidade 1 33
Universidade do Sul de Santa Catarina
34
Teoria do Conhecimento I
Figura 1.3 – George Berkeley filósofo anglo-saxão nascido na Irlanda em Kilkenny em 1685 e falecido
em Oxford em 1753. Era Bispo da Igreja Anglicana.
Unidade 1 35
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
36
Teoria do Conhecimento I
Atividades de autoavaliação
Premissa:
Unidade 1 37
Universidade do Sul de Santa Catarina
Conclusão:
Premissa:
38
Teoria do Conhecimento I
Conclusão:
Premissa:
Unidade 1 39
Universidade do Sul de Santa Catarina
Conclusão:
Premissa:
40
Teoria do Conhecimento I
Conclusão:
Premissa:
Unidade 1 41
Universidade do Sul de Santa Catarina
Conclusão:
42
Teoria do Conhecimento I
Saiba mais
<http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/filosofia.htm>
<http://www.cfh.ufsc.br/%7Ewfil/porchat.htm>
<http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/russell2.htm>
<http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/chisholm.htm>
Unidade 1 43
2
unidade 2
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade você terá subsídios para:
n Compreender o problema do conhecimento.
filosófica.
n Estudar aspectos da obra e da filosofia de René
Descartes.
Seções de estudo
Acompanhe as seções que você estudará nesta unidade.
46
Teoria do Conhecimento I
Figura 2.1 - René Descartes (1596-1650). Filósofo, matemático e físico do século XVI. Além de obras importantes
no campo da filosofia, foi matemático fecundo na área da geometria criando a geometria analítica.
Unidade 2 47
Universidade do Sul de Santa Catarina
48
Teoria do Conhecimento I
Figura 2.2 - Pirro de Elis (365 a.C. e 270 a.C. Foi contemporâneo de Alexandre, o Grande, de cujas
expedições participou. Fonte: Disponível em <http://www.constelar.com.br/constelar/120_junho08/
ceticismo.php>
Para ele, como nada pode ser conhecido, nada pode ser
investigado. Portanto, devemos nos adequar ao comportamento
comum dos outros seres humanos. Há uma afirmação
interessante que Sexto atribui à Pirro: segundo Pirro nada
pode ser ensinado, pois ou você ensina o que a pessoa já sabe e,
portanto, isto não é aprender algo; ou você ensina algo obscuro,
mas neste caso, como você poderá fazer com que esta pessoa
entenda algo obscuro, que ela nem sabe como compreender?
Unidade 2 49
Universidade do Sul de Santa Catarina
Figura 2.3 – Martinho Lutero. A Reforma Protestante ou Luterana (do séc. XVI) foi um movimento
teológico-político que dividiu a Cristandade a partir da divulgação das 95 teses elaboradas pelo ex-frei
da Ordem de Santo Agostinho, Martinho Lutero, contrárias à autoridade da Igreja Católica Romana.
Fonte: Disponível em <www.arquenet.pt/portal/teoria/lutero.amoreira.html>
50
Teoria do Conhecimento I
Imagine que alguém diga “duvido que dois mais dois é igual
à quatro”, se não for uma pessoa alcoolizada nem estiver de
brincadeira, a questão não faz sentido. Dois mais dois sempre
resultarão quatro. A mesma coisa ocorre com o metro padrão: ele
Unidade 2 51
Universidade do Sul de Santa Catarina
52
Teoria do Conhecimento I
O que é uma pessoa normal neste caso? Ora, alguém que sente
que o gelo é frio! Logo, você define normal segundo o que você
pretende, a saber, que percebe que o gelo é frio. Isto não vale
como prova. Descartes poderia argumentar também que:
Unidade 2 53
Universidade do Sul de Santa Catarina
Eles poderiam afirmar: tenho tantas razões para dizer que o gelo
é frio, quantas para dizer que o gelo queima, logo, nada posso
afirmar com certeza a respeito do gelo, e portanto, não tenho
conhecimento infalível ou inquestionável sobre o gelo.
Ele não questiona que as coisas se movam, e sim que exista algo
chamado “movimento”. Para ele “movimento” é algo diferente de
um corpo se movendo. Complicado? Veja, o cético não aceita as
experiências como prova, pois elas são questionáveis. Ora, no caso do
movimento não temos como refutar o cético, pois tudo que podemos
lhe fornecer como prova são experiências. Teríamos de fornecer
outro tipo de prova que não envolva os cinco sentidos a experiência.
Porque, para cada experiência que você alega como prova, pode
existir outra que a negue (veja o caso do gelo, do movimento).
Aqui temos outra exigência do ceticismo: a certeza. O seja, você
deve fornecer uma razão que seja indubitável.
54
Teoria do Conhecimento I
3) Você acredita que Mike poderia ter outra saída para suas
dúvidas além daquela que ele mesmo propõe? Argumente sobre
sua resposta.
Unidade 2 55
Universidade do Sul de Santa Catarina
Note que Descartes era muito esperto. Ele sabia que responder
ao cético não era algo fácil. Além disto Descartes também
sabia que a única carta que o cético tinha para jogar era que a
experiência pode ser mutável, isto é, ela varia de pessoa para
pessoa e com o tempo. Logo, Descartes teria de eliminar esta
carta da mão do cético. O quê ele faz? Responde ao cético?
56
Teoria do Conhecimento I
Unidade 2 57
Universidade do Sul de Santa Catarina
58
Teoria do Conhecimento I
Unidade 2 59
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
60
Teoria do Conhecimento I
Atividades de autoavaliação
Unidade 2 61
Universidade do Sul de Santa Catarina
62
Teoria do Conhecimento I
Saiba mais
<http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/cetico.htm>
<http://www.cfh.ufsc.br/~mafkfil/dicker.htm>
<http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/moderna.htm>
<http://www.cfh.ufsc.br/~wfil/hebeche.pdf>
Unidade 2 63
3
unidade 3
Conhecimento, ceticismo e a
vida cotidiana
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade você terá subsídios para:
Seções de estudo
Seção 1 Senso comum e conhecimento
Seção 2 John Austin e a resposta ao questionamento
cético
Seção 3 As questões da Teoria do Conhecimento e a
vida prática
Seção 4 George Moore e a questão do ceticismo
66
Teoria do Conhecimento I
Figura 1.1 - John Austin (1911-1960). Foi um dos grandes pensadores britânicos do Pós-II Guerra Mundial. A sua
grande contribuição para a filosofia do século XX foi desenvolvida na sua obra de referência: “How to do Things
with Words”. Nela, defendia a distinção entre os enunciados “performativos” (pelos quais algo é criado) e os
enunciados “constatativos” (pelos quais é efetuada a comunicação de uma informação). Outra importante tese
defendida por Austin era a de que, na história da Filosofia, os confrontos entre as teses filosóficas e as crenças
populares são causados pela incompreensão de uma linguagem comum.
Unidade 3 67
Universidade do Sul de Santa Catarina
68
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 69
Universidade do Sul de Santa Catarina
70
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 71
Universidade do Sul de Santa Catarina
72
Teoria do Conhecimento I
Por outro lado, você pode ficar confuso (a), se pensar que
agimos sem fundamentos verdadeiros, mas você estará correto
(a), pois a função da ação não é a verdade, e sim a convivência
entre humanos e não humanos. Se fôssemos pensar na verdade
indubitável de cada ação prática, ficaríamos imóveis, sem ação.
Unidade 3 73
Universidade do Sul de Santa Catarina
74
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 75
Universidade do Sul de Santa Catarina
76
Teoria do Conhecimento I
Pois bem, Moore não que falar deste tipo de objeto – aos quais
ele dá o nome de pós-imagem–, e sim daqueles objetos que não
dependem de nossa visão. Estes objetos seriam existentes por si
mesmos, independeriam de nós.
Para que você compreenda a estratégia de Moore, veja que ele faz
uma distinção que o cético ainda não havia feito. O cético apenas
diz que “não podemos conhecer objetos exteriores a nós”, contudo
Moore está sugerindo que uma “pós-imagem” é um objeto
exterior a nós, apesar de depender de nossa visão. Com isto, acusa
o cético de não ser claro quanto ao que afirma ser impossível
conhecer (é como se perguntasse: afinal, o que é um objeto
exterior a nós, Sr. Cético?). Por outro lado, Moore quer dizer ao
cético que ele vai lhe apontar objetos que não dependem de nós,
isto é, objetos que quer esteja você olhando, ou não, continuam a
existir.
Moore apresenta, então, sua prova: ergue uma mão e diz: “Eis
aqui uma mão”, ergue a outra mão e diz “Eis aqui outra mão”!
Uma prova estranha, você não acha? Mas, por mais estranha que
pareça, Moore está apresentando dois objetos exteriores a nós,
Unidade 3 77
Universidade do Sul de Santa Catarina
78
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 79
Universidade do Sul de Santa Catarina
80
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 81
Universidade do Sul de Santa Catarina
82
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 83
Universidade do Sul de Santa Catarina
84
Teoria do Conhecimento I
Síntese
Atividades de autoavaliação
Unidade 3 85
Universidade do Sul de Santa Catarina
86
Teoria do Conhecimento I
Saiba mais
Unidade 3 87
contra o ceticismo - “eis aqui uma mão”, “eis aqui outra
mão”. Você deve ter certa paciência com a leitura, pois
Moore é um argumentador refinadíssimo: ele apresenta
uma afirmação e depois passa a esmiuçá-la.
MOORE, George. Uma defesa do senso comum. São
Paulo, Abril Cultural, 1980, Col. Os Pensadores. É neste
texto que Moore defende o senso comum, ao constituir
uma resposta aos problemas da Filosofia. Moore escreve
muito bem, mas usa de uma linguagem culta (que
foi bem adaptada pelo tradutor brasileiro), portanto
prepare-se para alguma dificuldade de leitura. Mas vale
o esforço!
4
unidade 4
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade você terá subsídios para:
Realismo e Idealismo.
n Dimensionar a possibilidade de Kant fornecer resposta
definitiva ao ceticismo.
Seções de estudo
Seção 1 Kant e as ideias sobre o conhecimento
Seção 2 O argumento kantiano
Seção 3 Kant contra o cético
Seção 4 As noções de a priori e a posteriori
Seção 5 O cético e as noções de a priori e a posteriori
Seção 6 Retomando o argumento de Kant
Seção 7 O círculo vicioso de Kant
Universidade do Sul de Santa Catarina
90
Teoria de Conhecimento I
Unidade 4 91
Universidade do Sul de Santa Catarina
92
Teoria de Conhecimento I
Unidade 4 93
Universidade do Sul de Santa Catarina
94
Teoria de Conhecimento I
Unidade 4 95
Universidade do Sul de Santa Catarina
96
Teoria de Conhecimento I
Unidade 4 97
Universidade do Sul de Santa Catarina
98
Teoria de Conhecimento I
Unidade 4 99
Universidade do Sul de Santa Catarina
100
Teoria de Conhecimento I
Unidade 4 101
Universidade do Sul de Santa Catarina
102
Teoria de Conhecimento I
(3) Não sei distinguir ‘o que é estar com o cérebro numa cuba’ de
‘não estar com o cérebro numa cuba’;
Unidade 4 103
Universidade do Sul de Santa Catarina
Podemos agora trazer para este nosso raciocínio aquilo que Kant
afirma dos dois tipos de conhecimento, isto é, que um é a priori
e o outro a posteriori. Harry busca um conhecimento a posteriori
de (4), isto é uma prova da experiência de que ele não é um
cérebro numa cuba. Mas, para que esta busca de conhecimento
a posteriori tenha sentido, Harry deve saber a priori que (1)
e (2) são verdadeiras. Ele não pode fugir, alegando que (1) e
(2) são conhecimentos a posteriori, pois, mesmo que o sejam,
estas afirmações são parte da “análise”de (4) e , portanto, são
conhecidas a priori.
104
Teoria de Conhecimento I
Unidade 4 105
Universidade do Sul de Santa Catarina
Assim, Kant nos deixa com uma tarefa complicada, qual seja,
investigar se nosso entendimento detém mesmo aquelas regras
que ele diz que o entendimento utiliza para construir os objetos.
Mas, para investigar estas regras, teremos de admitir que elas
existem.
106
Teoria de Conhecimento I
Mas esta não é a resposta que o cético pede. Ele quer saber como
podemos provar que temos conhecimento de coisas externas
a nós; ele não perguntou “Como as informações desconexas
de nossa percepção se tornam objetos do mundo”, pois as
informações desconexas, as quais nosso entendimento constrói
com objetos, devem ter alguma origem.
É por esta razão que ele diria a Harry que não deveria buscar
provas da realidade através de seus sentidos, pois estes apenas
lhe forneceriam um múltiplo de percepção. Kant, através de sua
“revolução copernicana” (Nós criamos o mundo objetivo, não
o encontramos pronto). Nosso entendimento nos “dá objetos
externos, sempre que usa as regras do entendimento de maneira
correta), também se torna um empirista.
Unidade 4 107
Universidade do Sul de Santa Catarina
Ele não pode fornecer esta resposta, pois seria afirmar que os
objetos existem na realidade tal como afirma um realista e não
um idealista como Kant. Este ponto é tão controverso que Kant
apenas conseguiu responder, afirmando que “Apenas Deus
percebe o que um objeto é em si mesmo”, apenas Deus conhece
“a coisa em si”. Nós humanos, devido à nossa limitação, apenas
compreendemos as coisas como são para nós, segundo nosso
entendimento. Nós percebemos fenômenos, e não objetos tal
como são. Bem, este é um primeiro ponto.
Parece então, por fim, que o cético não foi convencido por Kant.
Antes, Kant exige que o cético aceite sua argumentação para que,
só então, aceite a prova do mundo exterior fornecida por Kant.
Mas cabe ao cético uma última palavra: não aceitar o Idealismo.
108
Teoria de Conhecimento I
Síntese
Nesta unidade, você estudou os argumentos de Immanuel Kant
sobre o conhecimento. Ficou sabendo que Kant foi um idealista,
ainda que não um idealista comum. O Idealismo de Kant parte
do pressuposto de que nosso entendimento possui regras que lhe
são próprias, regras que não são encontradas na experiência, mas
que ordenam a experiência.
Unidade 4 109
Universidade do Sul de Santa Catarina
Creio que você percebeu que Kant nos retira da discussão com o
cético e nos faz discutir sobre seu Idealismo.
Atividades de autoavaliação
110
Teoria de Conhecimento I
Unidade 4 111
Saiba mais
A naturalização do
conhecimento e o
questionamento cético
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade você terá subsídios para:
conhecimento.
n Entender a proposta de naturalização do conhecimento
frente ao Ceticismo.
n Analisar a resposta de Quine ao Ceticismo.
Seções de estudo
Seção 1 Ponto de vista interno e ponto de vista externo
do conhecimento
Seção 2 O argumento naturalista de Willard Quine
114
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 115
Universidade do Sul de Santa Catarina
116
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 117
Universidade do Sul de Santa Catarina
118
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 119
Universidade do Sul de Santa Catarina
Creio que está ficando mais claro para você onde Quine pretende
chegar com sua argumentação. Elaborar uma proposição
observacional é transmitir conteúdos da realidade, conteúdos
acessíveis a todas as pessoas capacitadas. Consequentemente, há
uma espécie de acordo quanto ao que conta como conteúdo de
uma proposição observacional ou, em outras palavras, quanto ao
que é um objeto de observação.
120
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 121
Universidade do Sul de Santa Catarina
122
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 123
Universidade do Sul de Santa Catarina
124
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 125
Universidade do Sul de Santa Catarina
126
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 127
Universidade do Sul de Santa Catarina
128
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 129
Universidade do Sul de Santa Catarina
130
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 131
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Atividades de autoavaliação
132
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 133
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
<http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/
bitstream/1843/ARBZ-7KAJ4R/1/disserta__o_final___
revisada.pdf>. Acessado em 14 de ago. de 2008.
134
6
unidade 6
Filosofia da linguagem e o
problema do conhecimento
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade você terá subsídios para:
Seções de estudo
Seção 1 Positivismo e linguagem
Seção 2 O princípio de verificação
Seção 3 Verificacionismos
Seção 4 Verificacionismo e Ceticismo
Universidade do Sul de Santa Catarina
136
Sistemas Integrados de Gestão - SIG
Unidade 6 137
Universidade do Sul de Santa Catarina
138
Sistemas Integrados de Gestão - SIG
Unidade 6 139
Universidade do Sul de Santa Catarina
140
Sistemas Integrados de Gestão - SIG
Unidade 6 141
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 6 143
Universidade do Sul de Santa Catarina
Seção 3 – Verificacionismos
O Círculo de Viena apresentou variantes do Princípio de
Verificação. Inicialmente, temos uma versão “estrita”, isto é, uma
adesão irrestrita ao princípio. Este período inicia-se com Moritz
Schlick, em 1922, até 1935. De 1935 em diante, algumas críticas
fazem com que se adote uma versão menos restrita.
Por outro lado, é possível que uma afirmação não seja totalmente
confirmável, mas confirmável apenas tendo em vista que não é
possível reduzi-la a um indivíduo em particular, a não ser através
de uma serie infinita de etapas. Num terceiro caso, dizemos que
uma afirmação é completamente confirmável, se cada predicado
usado na afirmação puder ser reduzido a um ou outro indivíduo,
isto é, neste caso a afirmação poderá ser verificada através de
método empírico.
Unidade 6 145
Universidade do Sul de Santa Catarina
146
Sistemas Integrados de Gestão - SIG
Unidade 6 147
Universidade do Sul de Santa Catarina
148
Sistemas Integrados de Gestão - SIG
Unidade 6 149
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Atividades de autoavaliação
150
Sistemas Integrados de Gestão - SIG
Unidade 6 151
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
152
7
unidade 7
Fundacionalismo
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta unidade você terá subsídios para:
fundacionalista.
n Compreender como surge o problema das outras
mentes.
n Entender os argumentos fundacionalistas frente ao
Seções de estudo
Seção 1 Argumentos fundacionalistas
Seção 2 Problemas no Fundacionalismo
Seção 3 Fundacionalismo sem infalibilidade
Seção 4 Outras mentes
Seção 5 Possíveis respostas ao problema das outras
mentes
Seção 6 Fundacionalismo e Ceticismo
Universidade do Sul de Santa Catarina
154
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 155
Universidade do Sul de Santa Catarina
156
Teoria do Conhecimento I
a) Probabilidade
P= probabilidade
h= hipótese (que Red Lady ganhe o páreo desta tarde)
e= evidência
Unidade 7 157
Universidade do Sul de Santa Catarina
158
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 159
Universidade do Sul de Santa Catarina
c) Infalibilidade e justificação
160
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 161
Universidade do Sul de Santa Catarina
162
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 163
Universidade do Sul de Santa Catarina
Neste último caso, você poderia não aceitar que apenas utilizei
uma palavra inadequada, você poderá argumentar que não sei
o que estou percebendo, pois se trata de um erro substancial.
Então, não apenas utilizei a palavra errada, mas também quanto
a o que é uma cor. Logo, cometo dois tipos de erros, quais sejam,
conceitual e substancial.
164
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 165
Universidade do Sul de Santa Catarina
Este ponto é importante, pois lida com dois aspectos que são
necessários para que obtenhamos conhecimento:
166
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 167
Universidade do Sul de Santa Catarina
Harry lhe perguntaria: “Qual a base que tenho para inferir que
não sou um cérebro numa cuba neste momento?”
168
Teoria do Conhecimento I
Assim, ele deseja manter tanto (a) quanto (b). Porém a mudança
que ele operou em seu programa, a fim de manter o mesmo
de pé, implicará o fato de já não termos crenças básicas não -
inferenciais.
Unidade 7 169
Universidade do Sul de Santa Catarina
170
Teoria do Conhecimento I
I- crenças que são justificadas por algo que não seja outra crença;
Unidade 7 171
Universidade do Sul de Santa Catarina
172
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 173
Universidade do Sul de Santa Catarina
174
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 175
Universidade do Sul de Santa Catarina
Todavia não temos provas para afirmar que estas pessoas não
são autômatos, robôs treinados para agirem de uma determinada
forma, a saber, a forma como seres humanos agem. Sabemos
por nós o que é agir como um ser humano, ter sentimentos e ter
experiências, mas não podemos atribuir “mente” a outras pessoas
apenas com base em nosso caso pessoal.
176
Teoria do Conhecimento I
pessoas se parecem tanto com nós mesmos, que seria difícil dizer
que “não” são pessoas de fato.
Mas isto, como você já viu, não é uma prova suficiente. Não me
é permitido extrapolar o meu caso pessoal para todos os outros
casos. Por exemplo: se sinto uma dor no pé e meu colega também
alega ter uma dor no pé no mesmo instante, nada nos garante que
estamos falando da mesma dor: meu colega fala da dor que ele
sente e eu falo de minha dor.
Unidade 7 177
Universidade do Sul de Santa Catarina
178
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 179
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 181
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 183
Universidade do Sul de Santa Catarina
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Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 185
Universidade do Sul de Santa Catarina
186
Teoria do Conhecimento I
Isto significa que a busca por uma certeza não faz sentido, pois
o conhecimento não é uma verdade absoluta e indubitável, antes
é nossa vida que cerca este conhecimento e o faz ser tão certo
que não o podemos negar. Quando um cético pede contas da
certeza de nosso conhecimento, não conseguimos lhe fornecer
nenhuma, pois não obtivemos aquele conhecimento através de
uma investigação experimental, mas sim, através de nossas vidas.
Unidade 7 187
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Atividades de autoavaliação
188
Teoria do Conhecimento I
Saiba mais
Unidade 7 189
Para concluir o estudo
Chegamos ao final de nossa caminhada de estudo
sobre Teoria do Conhecimento. Você deve ter notado
que não apresentamos uma resposta direta para o
cético. Esta atitude pode irritar o investigador sério em
Epistemologia e Teoria do Conhecimento. Contudo
você pode notar, através do conteúdo das unidades que
estudamos, qual a atitude do cético: ele sempre pede
fundamentos das possibilidades de nossos argumentos.
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
1) Exemplo de conhecimento “interno”: a ciência mostra que os objetos
do mundo são compostos de partículas unidas através de pequenos
espaços. A afirmação fala apenas de determinada característica
dos objetos. Parte do pressuposto que nós podemos conhecer os
objetos do mundo. Exemplo de conhecimento “externo”: nossa
capacidade de conhecer objetos da realidade. Aqui está em jogo todo o
conhecimento, e não uma parte específica.
2) A resposta mais correta neste caso é argumentar que Moore não
compreendeu corretamente o Ceticismo Filosófico. O cético questiona
todo conhecimento, e não apenas o conhecimento de objetos
exteriores a nós.
3) A resposta correta a esta pergunta é argumentar da seguinte forma:
a dificuldade em fornecer uma resposta ao cético consiste na
impossibilidade de fornecer um tipo de conhecimento que não seja
baseado em nossa percepção. A resposta que o cético aceitaria é a que
lhe mostra um tipo de conhecimento o qual não pudesse ser colocado
em dúvida.
UNIDADE 5
198
Teoria do Conhecimento
UNIDADE 6
2, 3, 4.
2. Ciências Formais: são as ciências que lidam apenas com as regras
através das quais elaboramos nossos conhecimentos. Lógica,
Matemática, Sistemas de Informação, Biblioteconomia.
Ciências Naturais: são as ciências que se utilizam do método
experimental de investigação. Seu objeto de estudo é parte
da realidade perceptível, pois apenas desta podemos realizar
experimentos. Física, Química, Ciência Cognitiva, Biologia, Psicologia
Empírica, Medicina.
3. A vantagem é que todos os conceitos utilizados nas teorias científicas
seriam definidos através de sua referência a objetos existentes na
realidade. Portanto as definições deveriam ser empíricas, e não
meramente formais. Toda teoria científica seria ligada à realidade que
estuda, pois seus conceitos conteriam esta realidade como significado.
UNIDADE 7
199