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Assim como outros instrumentos de cordas, os violinos também podem ser amplificados
eletronicamente. A sua utilização mais comum é nos naipes de cordas das orquestras. O
género mais comum é a música erudita. Existem, no entanto diversos músicos que o
utilizam na música folclórica, jazz, rock e outros géneros populares.
Esticada na parte inferior do arco estão as cerdas, que são feitas de vários fios de crina de
cavalo, ou de material sintético.
Índice
1 História do violino
o 1.1 Stradivarius
2 Construção
o 2.1 Partes do Violino
o 2.2 Cuidados
3 Execução
o 3.1 Posição Correta
o 3.2 Posição do violino no corpo
o 3.3 Como usar a mão esquerda
o 3.4 Como pegar o arco
4 Técnicas de arco
1. História do violino
Os primeiros violinos foram feitos na Itália entre os meados do fim do século XVI e o
início do século XVII, evoluindo de antecessores como a rabeca, a vielle e a lyra da
braccio. A sua criação é atribuída ao italiano Gasparo de Salò. Durante duzentos anos, a
arte de fabricar violinos de primeira classe foi atributo de três famílias de Cremona: Amati,
Guarneri e Stradivarius. Toda a invenção do violino foi conduzida pelas raizes do
instrumento milenar chines erhu, as raizes deste instrumento foram os instrumentos de
cordas friccionados por arco mais antigos já descobertos.
O violino propriamente dito manteve-se inalterado por mil anos. A partir do século XIX
modificou-se apenas a espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço
mais inclinado. Inclusive, a forma do arco consolidou-se aproximadamente nessa época.
Originalmente com um formato côncavo, o arco agora tem uma curvatura convexa, o que
lhe permite suportar uma maior tensão das crinas, graças às mudanças feitas pelo
fabricante de arcos François Tourte, a pedido do virtuose Giovanni Battista Viotti, em
1782.
O violino tem longa história na execução de músicas de raiz popular, que vem desde os
seus antecessores (como a vielle). A sua utilização tornou-se mais expressiva a partir da
segunda metade do século XV.
1.1 Stradivarius
2. Construção
Como outros instrumentos de cordas, os violinos são construídos por luthiers. A luthieria
ou luteria é uma profissão artística que engloba a produção artesanal de instrumentos
musicais de corda com caixa de ressonância. Tais palavras tiveram origem da construção
do alaúde, que em italiano se chama liuto; portanto, liutaio significa aquele que faz
alaúdes.
O violino é guardado, normalmente, num estojo cuja forma e material podem variar. Esse
estojo contém necessariamente o violino, o arco, a resina, a almofada (ou espaleira), uma
surdina, uma flanela para limpeza e cordas sobressalentes. Pode conter, esporadicamente,
dependendo do caso, partituras, outro arco, um metrónomo, um higrómetro (Higrotermómetro ou
Higrômetro, é um instrumento que serve para medir a umidade presente nos gases, mais especificamente na atmosfera. É utilizado
principalmente em estudos do clima, mas também em locais fechados onde a presença de umidade excessiva ou abaixo do normal
poderia causar danos, por exemplo em peças de museus, documentos de bibliotecas e elementos de laboratórios)., um
humidificador, um diapasão, giz para conservação das cravelhas.
Legenda :
Legenda :
1. Voluta
1. Queixeira
2. Cravelha
2. Estandarte
3. Pestana
3. Micro afinador:
4. Espelho
4. Surdina
5. Escala
5. Talão
6. Corda
6. Humidificador
7. Resina ou breu
7. Corda nova no pacote
8. Antiga corda de tripa. A sua
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Violino - detalhes.
Ouvidos, Efes ou Aberturas acústicas são os orifícios que permitem aos sons
(vibrações), amplificados pelo corpo do instrumento, atingir o espaço externo e
finalmente os nossos ouvidos.
Cravelhas são as peças de madeira (quatro, uma para cada corda), onde se fixam as
cordas, e são usadas para afinar o instrumento girando-as em sentido horário ou
anti-horário, a fim de retesar ou afrouxar as cordas. Os violinos desafinam com
facilidade, especialmente com mudanças de temperatura, ou em viagens longas.
Um violino precisa ser afinado muitas vezes até que as cordas novas se acomodem.
Cavalete é a peça na qual se apoiam as 4 cordas distendidas. A parte inferior do
cavalete - dois pequenos pés - fica apoiada no plano harmónico do violino (tampo
superior - o inferior chama-se fundo). Pequenas ranhuras no cavalete mantêm as
cordas no lugar. O cavalete transforma as vibrações horizontais em verticais e
depois transmite as vibrações das cordas para o corpo do violino.
Cordas: Antigamente eram feitas de tripa de carneiro. Hoje são de aço cromado ou
de material sintético, revestidas com uma fita metálica de alumínio, níquel, ou, as
melhores, de prata. A afinação padrão para as cordas seguindo por ordem de
espessura é Mi (1ª corda, a mais aguda), Lá (2ª corda), Ré (3ª) e Sol (a 4ª corda, a
mais grave).
Estandarte é uma peça aproximadamente triangular que fixa as cordas na
extremidade oposta ao braço.
Fixo é um pequeno acessório metálico que se prende no estandarte, no furo
correspondente às cordas. Possui um parafuso que ao girá-lo, permite precisão na
afinação da corda.
Queixeira: Peça anatómica que serve para o violinista acomodar de maneira mais
confortável o violino ao queixo. Foi inventada pelo alemão Ludwig Spohr.
O Arco é feito de madeira (os melhores em Pau-Brasil pernambucano). Fios de
crina de cavalo (ou de plástico tipo nylon) são ajustados às duas extremidades desta
peça de madeira, longa e curva, com cerca de 75 cm de comprimento. A crina de
cavalo dá uma maior qualidade ao som e o ajuste da sua tensão é feito por um
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parafuso colocado no talão, a parte segurada pela mão direita do violinista. A outra
extremidade do arco denomina-se ponta. O arco do violino é como a respiração
para os cantores ou instrumentistas de sopro. Os seus movimentos e sua articulação
constituem a dicção dos sons e a articulação das células rítmicas e melódicas.
Todas as nuances sonoras, colorido e dinâmica musical do violino estão
intimamente ligadas à relação existente entre a condução do arco e a precisão dos
movimentos sincronizados da mão esquerda junto com a mão direita.
A almofada é um acessório utilizado para apoiar o violino ao ombro do musico.
Não é um acessório obrigatório, é utilizado apenas quando o músico não consegue
apoiar o violino ao ombro.
2.2 Cuidados
Mantenha o violino afastado do Sol, pois o calor pode fazer a madeira rachar ou
descolar.
Passar regularmente uma flanela no violino, pois a poeira além de desgastar o
violino, diminui o tempo de duração das cordas.
Limpar as mãos antes de manusear o violino.
Passar sempre que necessário a resina nas cerdas do arco, se tocar.
Afrouxar as cerdas do arco antes de guardar o instrumento, recorrendo ao parafuso-
sem-fim. Este ponto é de grande importância dado que a vara do arco (parte da
madeira) tem uma curvatura ideal para produzir o som, quando a tensão das cerdas
se mantém exagerada por longos períodos de tempo, esta curvatura tende a
desaparecer e o arco fica então inutilizado.
3. Execução
A execução mais comum é a fricção do arco nas cordas. Antes de tocar o instrumento, o
violinista passa sobre as cerdas uma resina chamada breu, que tem o efeito de produzir o
atrito entre as cerdas e as cordas, gerando o som. O som produzido pelas cordas é
transmitido ao corpo oco do violino, denominado caixa de ressonância, pela alma, um
cilindro de madeira que fica dentro do corpo do violino, mais ou menos abaixo do lado
direito do cavalete. A alma liga, mecânica e acusticamente, o tampo superior ao inferior do
violino, fazendo com que o som vibre por todo o seu corpo.
Corpo ereto e busto para frente. As pernas devem ficar um pouco abertas para estabilizar o
equilíbrio do corpo. Motivo: Quando o movimento do arco for rápido, o braço direito terá
maior facilidade para executar as notas. O peso do corpo deve ficar apoiado nas duas
pernas.
O cotovelo esquerdo deve situar-se por baixo do tampo do violino, inclinado para a direita.
Para facilitar a movimentação dos dedos esquerdos, o pulso deve estar na mesma direção
do antebraço e completamente relaxado.
A conjuntura dos dedos esquerdos deve estar na altura das cordas. Os 4 dedos (indicador,
médio, anelar e mínimo) devem estar encurvados. Colocá-los na direção da corda, para
depois pousá-los.
O polegar deve estar apoiado de leve no braço do violino, na direção entre os dois
primeiros dedos (indicador e médio). O polegar deve estar assim para que os 4 dedos
restantes se apoiem com a mesma força nas cordas. Se alguém tiver o polegar maior, este
sobressairá para cima do braço do violino junto à corda sol.
Quando as cordas forem baixadas pelos dedos, cuidado para não endurecer as falanges dos
dedos, nem o cotovelo. Os dedos devem ser colocados sem força, de modo leve sobre as
cordas. Quando os dedos não estão sendo usados, deixá-los na posição natural, isto é,
encurvados.
Deixar o braço direito solto, como se estivesse a andar. Pegar no arco com a mão direita
livre, sem modificar sua posição. Isto facilitará a movimentação do arco nas cordas.
(Deixar todo o peso do braço sobre o arco, como se o braço estivesse morto).
Segurar o arco corretamente é muito importante para uma boa execução. O indicador
direito controla a pressão do arco nas cordas, o que afeta o volume e o timbre do
instrumento. O violinista precisa manter todo o corpo relaxado, à vontade.
É importante dizer que o dedo indicador e o dedo mínimo promovem funções importantes
na intensidade do som obtido. Estas funções são chamadas de pronação e supinação,que
são feitos através da ´´rotação´´ do ´´antebraço´´.
Pronação
Supinação
NOTA: Não é necessário fazer pressão com o dedo mínimo, pois o próprio peso do talão é
suficiente para a intensidade do som.
É importante para o violinista dominar estas técnicas, aliadas com outras, para uma melhor
qualidade nas execuções.
4. Técnicas de arco
Pizzicato (beliscado): Os violinistas nem sempre usam o arco quando tocam. O
pizzicato consiste em tocar as cordas com os dedos, dando pequenos puxões ou
beliscadas. Raramente o pizzicato se estende pela melodia inteira, e quando se lê na
partitura a palavra arco os executantes interrompem o pizzicato e voltam a usar o
arco.
Vibrato (vibrado): Uma das importantes técnicas de instrumentos de cordas.
Existem 3 tipos de vibrato: o de dedo, o de punho e o de braço. Consiste em fazer o
som vibrar, formando uma flutuação mínima na afinação da nota, para cima e para
baixo. O vibrato de dedo é para passagens mais rápidas. O de punho é o mais
comum, e o de braço é para expressar com certa força, paixão, drama um trecho. É
usado, sobretudo em notas longas.
Corda dupla: Significa tocar, ao mesmo tempo, em duas, três cordas ou até mesmo
quatro cordas, e consequentemente duas, três ou quatro notas (sob a forma de
acordes), de uma só vez. É possível tocar três ou quatro cordas simultaneamente,
sob a forma de acordes, porém podem-se sustentar apenas duas adjacentes.
Harmónico ou Flautado: Notas suaves produzidas pelo toque muito leve com a
polpa dos dedos em pontos estratégicos sobre a corda. Assemelham-se às notas da
flauta e são usadas com mais frequência na música moderna.
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