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Yolanda Joana Lino Foliche

Relação entre controlo interno e auditoria interna

Licenciatura em Gestão de Empresas

Universidade Pedagógica

Maputo

2020
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Yolanda Joana Lino Foliche

Relação entre controlo interno e auditoria interna

Licenciatura em Gestão de Empresas

3°ano – Laboral

Trabalho de pesquisa a ser


apresentado à ESCOG, sobre a
supervisão da Dra. Natália Graziano,
para efeitos de avaliação na Cadeira
de Auditoria Interna, para a
obtenção do grau de Licenciatura em
Gestão de Empresas.

Universidade Pedagógica

Maputo

2020
3

Resumo

O presente trabalho tem como objectivo verificar de que formas as relações entre o controlo
interno e a auditoria interna podem contribuir na gestão eficiente e eficaz de uma empresa.
Pois, actualmente as empresas estão cada vez mais preocupadas em encontrar maneiras de
gerir seu negócio frente ao mercado competitivo. A Auditoria Interna tem vindo a modificar a
sua imagem ao longo de décadas, deixando essa de ser vista como uma “fiscalização”, mas
passando essa a ter um papel mais importante em cada instituição, com o objectivo de
adicionar valor e melhorar as operações e resultados numa organização. Auditoria Interna é
uma forma de perceber e anteceder diferentes cenários e possibilidades, ajudando assim a
alcançar os objectivos pretendidos e dando também maior credibilidade às decisões do gestor,
garantindo assim maior eficácia e eficiência por parte do Sistema de Controlo Interno. O
Controlo Interno, por sua vez, é uma forma de organização que pressupõe a existência de um
plano e de sistemas coordenados destinados a prevenir a ocorrência de erros e irregularidades
ou minimizar as suas consequências e maximizar o desempenho da entidade em que se insere.
A adopção de mecanismos de controlo que permitam identificar e gerir os riscos, de forma
proactiva, constitui hoje em dia uma necessidade permanente em qualquer organização.
Mudanças no ambiente operacional, a entrada de novos recursos humanos e a introdução de
novos normativos legais, são exemplos de circunstâncias que constituem factores de
intensificação potencial dos riscos, que se torna necessário controlar. A pesquisa se enquadra
quanto a abordagem qualitativa com base no carácter subjectivo usando narrativas escritas.

Palavras-chave: Auditoria Interna, Controlo Interno, Gestão de empresas.


4

Índice
1. Introdução ...................................................................................................................... 5

2. Objectivos ...................................................................................................................... 6

2.1. Objectivo geral........................................................................................................ 6

2.2. Objectivos específicos ............................................................................................. 6

3. Justificativa .................................................................................................................... 6

4. Metodologia ................................................................................................................... 6

5. Auditoria Interna ............................................................................................................ 7

5.1. Objectivos da Auditoria Interna ............................................................................... 8

5.2. Função da Auditoria Interna .................................................................................... 8

5.3. Importância da auditoria interna .............................................................................. 9

5.4. Limitações .............................................................................................................. 9

6. Controlo Interno........................................................................................................... 10

6.1. Objectivos, funções e importância do Controlo Interno ......................................... 11

6.2. Limitações ............................................................................................................ 11

7. Contributo do Controlo Interno para a Auditoria Interna .............................................. 12

8. Relação da Auditoria com o Controlo Interno............................................................... 13

9. Conclusão .................................................................................................................... 14

10. Referências bibliográficas ......................................................................................... 15


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1. Introdução

O presente trabalho insere-se no âmbito da disciplina de Auditoria Interna. Tem como foco o
estudo da Relação entre o Controlo Interno e a Auditoria Interna.

A mudança nos dias de hoje é constante e a competitividade é cada vez maior e


consequentemente cresce a necessidade das empresas poderem criar métodos de gestão que
garantam a sua sobrevivência, continuidade, crescimento e de alguma forma poder responder
aos novos desafios. As entidades dinâmicas têm por objectivo obter uma administração
eficiente e moderna defendendo a presença da Auditoria Interna e Controlo Interno como
forma de contribuir para um melhor aperfeiçoamento das condições do exercício da missão
sendo um passo importante para a evolução das empresas.

Antes de mais, apresentarei uma revisão sobre a Auditoria Interna e o Controlo Interno onde
será possível analisar os principais temas necessários para suportar a presente pesquisa.

Segundo (PAGLIATO,2011, p.95) o Controle Interno compreende o plano de organização,


bem como o conjunto de métodos e medidas coordenadas, aplicadas em uma empresa, a fim
de proteger seu património, verificar a exactidão e a fidedignidade de seus dados
contabilísticos, financeiros, administrativos, de produção e comerciais, promover a eficácia
operacional, e incentivar a adesão às políticas traçadas pela administração da empresa.

. O IIA1 traduzido pelo IPAI2 define Auditoria Interna como uma actividade independente,
de garantia e de consultoria, destinada a acrescentar valor e a melhorar as operações de uma
organização. Esta ajuda a organização a alcançar os seus objectivos, através de uma
abordagem sistemática e disciplinada, na avaliação e melhoria da eficácia dos processos de
gestão de risco, de controlo e de governação.

Com esta pesquisa espero responder em primeiro lugar, com aquelas que são as minhas
expectativas no que diz respeito a continuidade da aprendizagem e em segundo lugar, com o
suprimento das expectativas da Docente, no intuito de fazer e entregar de maneira acertada o
trabalho que me foi atribuído.

1
The Institute of Internal Auditors
2
Instituto Português de Auditoria Interna
6

2. Objectivos
2.1.Objectivo geral
 Compreender a relação existente entre o Controlo Interno e a Auditoria Interna,
considerando a sua aplicabilidade no desenvolvimento do ramo da Gestão empresarial.
2.2.Objectivos específicos
 Identificar conceitos, objectivos, funções e limitações da Auditoria Interna e do
Controlo Interno;
 Conhecer a aplicabilidade do Controlo Interno e da Auditoria Interna na Gestão
empresarial;
 Discutir a relação entre o Controlo Interno e a Auditoria Interna.

3. Justificativa

O estudo em questão justifica-se pela sua relevância e impacto que este representa nas
actividades de identificação de erros, perdas de oportunidades e para a formulação de
recomendação, assim como ajudar a melhorar a gestão quanto ao seu desempenho e desse
modo acrescentar valor à organização.

4. Metodologia

Como abordagem de estudo optou-se pela pesquisa qualitativa e bibliográfica. Para a


realização do trabalho de pesquisa em estudo utilizou-se como delineamento de pesquisa a
tipologia do estudo descritivo, o que significa identificar, relatar e comparar assuntos
relacionados com tema proposto.

Pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material


publicado em livros, revistas, jornais, redes electrónicas, isto é, material acessível ao público
em geral. (VERGARA, 2007, p.48)

Para conseguir responder àquelas que são as expectativas propostas acima fez-se uso de:

 Manuais de referências bibliográficas disponíveis nas plataformas digitais;


 Artigos online disponíveis na internet sobre o Controlo Interno e a Auditoria Interna;
 Ficha teórica fornecida pela docente; e
 Notas apontadas ao decorrer das aulas.
7

5. Auditoria Interna

A auditoria surgiu primeiramente na Inglaterra, que foi o primeiro país a possuir as grandes
companhias de comércio e instituir a taxação do imposto de renda, baseado nos lucros das
empresas. A auditoria surgiu como consequência da necessidade de confirmação dos registos
contabilísticos, em virtude do aparecimento das grandes empresas e da taxação do Imposto de
Renda, baseado nos resultados apurados em balanço. (FRANCO & MARRA, 2000;
CREPALDI, 2004; ARAUJO, 2006)
Etimologicamente, a palavra auditoria tem origem no verbo latino audire que significa ouvir,
sendo portanto, o auditor reconhecido como aquele que ouve, o ouvinte. Nos primórdios da
auditoria, as conclusões dos auditores fundamentavam-se principalmente nas informações
verbais que lhes eram transmitidas. (COSTA,2010)

Auditoria (Auditing Concepts Committee,1992), é o processo sistemático de obter e avaliar


prova acerca da correspondência entre informações, situações ou procedimentos e critérios
pré-estabelecidos, assim como, comunicar conclusões aos interessados.

Todavia, o conceito de auditoria tem evoluído com o decurso do tempo, reflectindo a


evolução e os objectivos pretendidos verificado nas organizações. Hoje em dia, existem
vários tipos, tais como: Auditoria Financeira, Auditoria Operacional, Auditoria de Sistemas,
Auditoria de Gestão, Auditoria Fiscal, entre outras. No entanto numa primeira instância
apenas será considerado um tipo de auditoria: Auditoria Interna

Auditoria interna (TABORDA:2015,pag.15), é uma técnica de controlo de gestão que


incide na análise, verificação e avaliação das actividades da entidade e da eficácia e
conformidade do funcionamento de outras técnicas de controlo. Consiste num serviço criado
pela (e para a) própria entidade, contribuindo para o auxílio do órgão de gestão no
cumprimento dos objectivos organizacionais.

O IIA 3 (1999) define a Auditoria Interna como uma actividade independente, de


fornecimento de garantia objectiva e de consultoria destinada a agregar valor e melhorar as
operações de uma organização. Ela ajuda uma organização a alcançar seus objectivos,
trazendo uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia da
gestão de riscos, controle e governança dos processos.

3
The Institute of Internal Auditors (Instituto de Auditores Internos)
8

5.1.Objectivos da Auditoria Interna


A definição de Auditoria Interna tem vindo a ser actualizada constantemente, durante estes
anos. De facto, inicialmente, a Auditoria Interna tinha a função de proteger os activos da
empresa e a credibilidade de informação e também se dava bastante importância à detecção
de fraudes. (Costa, 2010)
A Auditoria Interna (IPAI 4,2008), visa avaliar o sistema de controlo, e quanto ao auditor
interno, este pretende identificar os desvios ao padrão estabelecidos e propôr as
recomendações pertinentes à instituição, para suprir as fragilidades identificadas e, por outro
lado, fornecer valor à mesma.

5.2.Função da Auditoria Interna


Para Borinelli (2006) a função de auditoria interna compreende a um conjunto de actividades
que se utiliza de procedimentos de exames e verificação documental e de sistemas, com
vistas a cumprir os seguintes propósitos:
 Revisar, examinar, testar, avaliar e monitorar a estrutura dos sistemas de controlos
internos, a fim de verificar seu grau de adequação, eficiência e eficácia;
 Verificar se os procedimentos, rotinas e políticas internas estão sendo efectivamente
seguidos;
 Verificar se os processos organizacionais estão sendo executados correctamente;
 Verificar se as transacções realizadas estão reflectidas correctamente nos registos
contabilísticos;
 Verificar a acurácia dos relatórios contabilísticos, económicos e financeiros para
constatar se reflectem a realidade da entidade.

A auditoria interna deve fornecer análises, apreciações, perspectivas, recomendações,


resultados, sugestões e informações em qualquer actividade auditada, incluindo a promoção
do controlo mais eficaz a custo razoável. Deve supervisionar a eficácia e eficiência do
sistema implementado, revelar as fraquezas, determinar as causas, avaliar as consequências e
recomendar uma solução que levem os responsáveis a agir. Esta constitui um meio de medir
recursos (humanos, materiais, financeiros e informacionais) a fim de que a função liderança
possa validar, consolidar ou alterar a sua estratégia. (LAJOSO, 2005)

4
IPAI- Instituto Português de Auditoria Interna
9

5.3.Importância da auditoria interna


Os auditores internos têm conhecimento adequado para analisar a possível ocorrência de
fraudes e realizar pesquisas. O papel do auditor interno é de elevada importância, este precisa,
primordialmente de independência em relação ao objecto auditado ao fim de colectar dados
consistentes e produzir análises imparciais, contudo também tem um papel muito importante
na avaliação da eficácia da gestão do risco na organização, por isso deve avaliar com
regularidade a eficácia dos controlos internos relativos à quantificação, informação e
limitação dos riscos. (Costa, 2010)
O auditor interno é um profissional que pretende responder às expectativas da administração
sobre os maiores riscos da organização. Com isto, pode-se entender que os auditores internos
têm de depender directamente do órgão de gestão e não de qualquer direcção. Portanto tem
por finalidade desenvolver um plano de acção que auxilie a entidade a alcançar os seus
objectivos adoptando uma abordagem constante e disciplinada para a avaliação, melhoria da
eficácia dos processos de gerenciamento do risco com um único propósito, que são: adicionar
valor à organização, melhorar as operações e resultados da organização e proporcionar
análises e recomendações sobre as actividades examinadas. (Saraiva, 2010)

Em síntese, a auditoria interna deve actuar em toda a hierarquia da organização, avaliando a


eficácia dos seus resultados em relação aos recursos colocados à disposição, bem como a
economicidade e eficiência dos controlos internos existentes para a gestão dos recursos.

5.4.Limitações
 Formação académica e profissional dos auditores internos;
 A legitimidade: este inclui a limitação no âmbito, anterior à aceitação do trabalho de
auditoria, quando esta impossibilita a realização do trabalho, configurando um limite
intransponível. Se a auditoria tiver de ser realizada, porque é exigível por lei ou
regulamento;
 Responsabilidade: no sentido de estabelecer garantias de que terá acesso, informação
relevante e que esta é verdadeira e apropriada, com ou sem restrições às pessoas
determinantes para a obtenção de prova de auditoria; e ainda a quem reportar o
relatório final;
 Competência: ponderar se as capacidades técnicas, meios humanos e tecnológicos
adequadas para desenvolver o trabalho, e se estão precavidos conflitos de interesses,
incompatibilidades e impedimentos.
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 Deontologia: com destaque para a sua independência técnica, garantia e cepticismo e


julgamento profissional;
 Limite temporal: oportunidade de tarefas e cumprimento de tarefas, este faz a sua
notoriedade na fase do planeamento e programação da auditoria;
 Meio envolvente: estrutura da organização, controlos internos implementados,
avaliação e determinação de riscos de auditoria, referindo-se a posição quanto aos
identificados e materialidade pretendida. (SIMÕES,2017)

6. Controlo Interno

A necessidade do estabelecimento de controlos dentro das organizações surgiu


principalmente em decorrência do crescimento das instituições e a consequente necessidade
de descentralização dos poderes decisórios, bem como o aumento da complexidade dos
processos organizacionais. (ATKINSON, et al, 2000)

Controlo é um conjunto de procedimentos e métodos, cuja finalidade é vigiar as funções e


atitudes das empresas, permitindo verificar se todas as operações são realizadas conforme os
programas adoptados e as directrizes e princípios estabelecidos. (CARNEIRO,2001)
Para realizar a actividade de controlo, as organizações desenvolvem um sistema de controlo
interno, através do estabelecimento de políticas e procedimentos diversos.
Segundo (ARAÚJO, 2001), Controlo Interno visa compreender o plano de organização e o
conjunto coordenado dos métodos e medidas adoptados pela empresa, para salvaguardar o
seu património, conferir exactidão e fidedignidade dos dados contabilísticos, promover a
eficiência operacional e encorajar a obediência as directrizes traçadas pela administração da
empresa.

Por sua vez, segundo COSO 5 (2006), Controle Interno é um processo efectuado pela
directoria, gerência e outras pessoas da entidade projectado para proporcionar uma razoável
garantia de alcançar os objectivos nas seguintes categorias: confiabilidade dos relatórios
financeiros; conformidade (ou obediência, compliance) com as leis e regulamentos aplicáveis
e eficácia e eficiência de operações.

5
The Committee of Sponsoring Organizations of Treadway Comission
11

6.1.Objectivos, funções e importância do Controlo Interno


Em seus estudos, (TENÓRIO,2007) indica que a implantação de controlos internos na
organização é realizada com vista ao atendimento dos seguintes propósitos: salvaguardar os
interesses gerais da empresa; verificar e assegurar os cumprimentos das políticas e normas;
prevenir a ocorrência de perdas e fraudes, erros e desperdícios; eficiência na utilização dos
recursos; fornecer precisão, confiabilidade e tempestividade dos registos contabilísticos e a
atempada preparação de informação financeira fidedigna e a aderência às políticas de gestão.
Visto que o Sistema de Controlo Interno (SCI) tem um importante papel na gestão das
entidades, este deve fazer parte das actividades normais de uma empresa tendo como função
acompanhar o funcionamento global, com o objectivo de assegurar o funcionamento da
mesma, como por exemplo: rigor no cumprimento das políticas da empresa, dentre entre
outros citados acima.

6.2.Limitações

O controlo interno tem limitações e, portanto, não pode oferecer segurança absoluta, esta
auxilia, mas não garante que objectivos serão atingidos. Na realidade há diversos factores
relevantes que limitam o controlo interno (NOTIÇO,2019), a saber:

 Desinteresse por parte do órgão de gestão na manutenção de um bom sistema de


controlo: a administração é a principal responsável pela não manutenção de um bom
sistema de controlo interno, porque a administração não está interessada em atingir
um dos objectivos do controlo interno, que é a confiança e a integridade.
 Dimensão da empresa: há casos em que não é possível limitar as responsabilidades
ou funções das pessoas. A segregação de funções é difícil nas pequenas empresas.
 Relação Custo/benefício: a adopção e implementação de qualquer sistema de
controlo interno pressupõe que o custo não exceda os benefícios que se esperam obter.
 Utilização de informática: a utilização da informática embora seja útil tem problema
de acesso aos ficheiros, a posse da palavra-passe, a possibilidade de alteração de
dados.
 A existência de erros, conluio e fraude: pode ocorrer da falta de competência ou da
falta de integridade moral, ou seja, se as pessoas que trabalham na empresa não forem
competentes para tal, o sistema de controlo interno por mais sofisticado que seja será
forçosamente falível.
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 Transacções pouco usuais: dado que um sistema de controlo interno é geralmente


implementado para prever transacções correntes e não as transacções não correntes.
Apesar de às vezes tais transacções pouco usuais escaparem a qualquer tipo de
controlo, como por exemplo a venda de sucata.

7. Contributo do Controlo Interno para a Auditoria Interna

Como já referido anteriormente, controlo interno é um conjunto de procedimentos que são


implementados com o objectivo de assegurar a integridade, a fiabilidade e exactidão da
informação financeira e ainda de melhorar a eficácia e eficiência dos processos existentes.

Segundo Rodrigues (2005), no passado as entidades implementavam sistemas de controlo


interno para prevenir a ocorrência de fraude. Apesar da redução do risco de fraude ainda ser
uma preocupação válida, hoje em dia, os sistemas de controlo interno são utilizados também
para monitorizar a consistência, velocidade e eficácia das transacções.

Os sistemas de controlo interno têm como objectivos: contribuir para a obtenção dos
objectivos da gestão, de assegurar, tanto quanto praticável, a condução ordenada e eficiente
do seu negócio, incluindo a aderência às políticas da gestão, a salvaguarda de activos, a
prevenção e detecção de fraude e erros, o rigor e a plenitude dos registos contabilísticos, o
cumprimento das leis e regulamentos e a preparação tempestiva de informação financeira
credível (DRA 410, 2000, p.2).

Os controlos internos são definidos de acordo com a necessidade de cada organização, no


entanto os objectivos do controlo interno são comuns a todas as organizações. Segundo o
COSO (2017), os auditores internos podem acrescentar valor, quando:

 Revêem os sistemas de controlo críticos e os processos de gestão de risco.


 Realizam revisões sobre a efectividade da avaliação de risco e dos controlos internos.
 Fazem aconselhamento sobre o desenho e a melhoria dos sistemas de controlo e as
estratégias de mitigação de risco.
 Fazer workshops sobre Enterprise Risk Management6 .
 Definem graus de tolerância aos riscos que não tenham sido identificados, baseando-
se na sua experiência, julgamento, e consultas com a gestão.

6
Enterprise Risk Management (ERM) é uma estratégia de negócios baseada em planos que visam identificar,
avaliar e preparar para quaisquer perigos e outros potenciais para desastres que possam interferir nas operações
e objectivos de uma organização.
13

8. Relação da Auditoria com o Controlo Interno

De acordo com Morais e Martins (2013), o controlo tem uma perspectiva dinâmica na
organização, permitindo-lhe manter o domínio enquanto a auditoria avalia esse grau de
domínio atingido.

O IIA define que a actividade de auditoria interna deve auxiliar a organização a manter os
controlos efectivos através da avaliação da sua eficácia e eficiência, promovendo a melhoria
contínua.

Assim podemos concluir que, a auditoria assume uma função de supervisão do controlo
interno, enquanto este assume uma função com carácter preventivo. Então, antes do auditor
interno elaborar o plano ou programa de auditoria, é necessário observar como se encontram
os controlos da entidade.

A existência de um auditor eficiente e actuante, em qualquer organização, é considerado


como um ponto forte para efeitos de controlo interno. O auditor deve efectuar o levantamento
do sistema contabilístico e do controlo interno, avaliar o seu grau de confiança e com base na
avaliação efetuada, estabelecer a extensão dos procedimentos de auditoria e o momento da
sua aplicação. (RODRIGUES,2013)

Segundo Almeida (1996) citado por Rodrigues (2013), não adianta a organização
implementar um óptimo Sistema de Controlo Interno sem que alguém verifique se os
funcionários estão a cumprir o que foi determinado no sistema, ou se o sistema deveria ser
adaptado às novas circunstâncias, uma vez que os objectivos gerais da auditoria consistem em
verificar se as normas internas estão a ser devidamente aplicadas e avaliar a necessidade de
novas normas ou de revisão das normas internas existentes.

Em síntese pode-se afirmar, que a relação existente entre o controlo interno e a auditoria
interna é de interdependência, pois dependem um do outro, o controlo interno fornece os
meios necessários à execução dos trabalhos de auditoria interna e o controlo interno precisa
dos serviços da auditoria para verificação e avaliação do mesmo.
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9. Conclusão

No presente trabalho pôde concluir que com o resultado das análises e definições neste
trabalho que há distinção das práticas adoptadas pelo sistema de controlo interno e auditoria
interna, não podendo ambas serem sinónimas. A Auditoria Interna assume uma função de
supervisão do Controlo Interno, enquanto este assume uma função com carácter preventivo

Como se pôde analisar, enquanto a auditoria interna realiza seus trabalhos de forma temporal
e aleatória, através da amostragem, certificando o cumprimento das normas e processos
instituídos pela Alta Administração; os sistemas de controlos internos executam tais
actividades de forma rotineira e permanente, monitorando-as para assegurar, de maneira
corporativa e tempestiva, que as diversas unidades da instituição cumpram as normas e
processos internos para prevenir e controlar os riscos de cada actividade. Isto significa dizer
que o compliance 7 faz parte da estrutura de controlos, enquanto a auditoria avalia essa
estrutura. (ABBI e FEBRABAN, 2009).

O trabalho trouxe os objectivos propostos, mostrando os conceitos, funções, importância, a


aplicação e os benefícios tragos em se ter um bom controlo interno, e uma auditoria interna
eficaz junto à gestão empresarial, mostrando assim que todos os objectivos foram atingidos
no momento em que podemos comprovar a necessidade e a eficiência que as empresas têm
com a utilização da auditoria interna e do controlo interno como ferramentas de trabalho e/ou
auxiliam em todos os sectores da empresa.

Em síntese pode-se afirmar, que a relação existente entre o controlo interno e a auditoria
interna é de interdependência, pois dependem um do outro, o controlo interno fornece os
meios necessários à execução dos trabalhos de auditoria interna e o controlo interno precisa
dos serviços da auditoria para verificação e avaliação do mesmo

7
Conhecido também como Conformidade.
15

10. Referências bibliográficas


 Agrupamento de Escolas de Santa Maria dos Olivais (2013). Manual Controlo
Interno. Lisboa. Acedido em Abril de 2020, em
http://aeolivais.pt/index.php/instrumentos-de-gestao/manual-controlo-interno
 BORINELLI, Márcio Luiz. Estrutura Conceitual Básica de Controladoria:
Sistematização a Luz da Teoria da Práxis. São Paulo, 2006. Tese (Doutorado em
Ciências Contábeis) – Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis,
Departamento de Contabilidade e Actuária, Faculdade de Economia, Administração e
Contabilidade da Universidade de São Paulo.
 SIMÕES, Patrick., Os limites da auditoria interna. Lisboa, 2017. Dissertação
(Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa)
 Costa, C. B. Auditoria Financeira - Teoria & Prática. Lisboa: Rei dos Livros, 2010.
 PAGLIATO, Wagner, Manual de Auditoria – Apresenta as alterações introduzidas
pela Lei 11.638 - Nova Leia das S/A, Editora Ciências Modernas LTDA. 2011
 VERGARA, S. C. Projectos e relatórios de pesquisa em Administração. São
Paulo: Atlas, 2007.
 LAJOSO, P., A importância da Auditoria Interna para a Gestão de Topo. Revista
de Auditoria Interna, Nº 19, Janeiro-Março, pp. 10-12, 2005.
 OLIVEIRA, L., FILHO, A., Curso básico de auditoria. São Paulo: Atlas, 2001.
 ATTIE, William, Auditoria: Conceito e Aplicações, 3° edição, Editora Atlas S.A.
2006.
 ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
 PORTAL DE AUDITORIA. Http://www.portaldeauditoria.com.br/ acesso em 31 de
mar. de 2020
 PORTAL CONTABILIDADE. Nbc P 1 – Normas Profissionais De Auditor
Independente. Http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/p1.htm. Acesso em 03
de abril de 2020
 Ficha de apoio da autoria da Docente Natália Graziano,2020.
 Ficha de apoio da autoria do Docente Guilherme Notiço,2019.
 Apontamentos: tomadas de notas por mim colhidas durante as aulas.

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