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Tem havido grupos de jovens que tomam a escola como perca de tempo em
detrimento de ir a busca de ganho fácil, isto é, dedicar mais tempo na
exploração artesanal de diamantes, prática natural nas zonas das Lundas em
Angola. Por outro, o nível de escolaridade pese embora não seja um factor
determinante dos pais e, sobretudo dos encarregados de educação, das suas
condições socioeconómicas e nível de gestão educacional dos filhos são
1
aspectos que tivemos em conta quanto à análise, à posição a assumirmos mas,
enquanto os resultados não forem analisados, seria imprudência científica ter –
se uma opinião.
Com esta abordagem, e pelas exigências que a reforma nos proporciona, que
duma ou de outra maneira as vezes, todos devem estar inseridos no processo
de ensino aprendizagem. No entanto, no bairro Muxinda, nem todos jovens
estão inseridos na aprendizagem escolar. Entretanto, na qualidade de ser
educador e ter como exercício profissional a docência, acumulei experiência
relativamente ao processo de ensino e aprendizagem. Facto que permitiu
desenvolver várias actividades educativas de modo a ajudar no melhor
enquadramento dos jovens na vida social e profissional.
Por outro, parece que no nosso contexto e sobretudo na escola em causa, pelas
observações participativas que fomos fazendo, denotamos que os jovens
adolescentes manifestam a falta de interesse pela formação, sobretudo na
aprendizagem escolar. Estas e outras questões nos levaram a propor o estudo
do tema: Análise de Alguns factores de desmotivação dos jovens face ao
processo de aderência escolar no Município do Lubalo/Lunda Norte/2016.
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falta de interesse em relação ao processo de escolarização. No entanto, este
posicionamento dos jovens adolescentes é influenciado por inúmeros factores
(internos e externos) desde as condições sociais, psicológicas e económico-
financeiras das famílias.
Dessa forma, como educador, preocupado com a formação duma sociedade sã,
livre e democrática, esta realidade suscitou em nós o interesse de fazer algo
para gerir e prevenir as futuras gerações sobre a importância da aprendizagem
formal na vida dos indivíduos. Logo, nos propusemos escolher essa temática,
não apenas para analisar os factores de desmotivação dos jovens adolescentes,
mas também, contribuir para a valorização e melhoria da percepção da
sociedade face à aprendizagem formal.
c) A falta de orientação escolar e profissional dos jovens por parte dos seus
encarregados leva-os a aderirem a vida activa precoce.
3
Com base nas hipóteses anteriores foram controladas as seguintes
variáveis:
Dependente
- A desmotivação de jovens.
Independentes
Geral:
Específicos:
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CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.
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aprendizagem, em termos de fundamentos conceituais teóricos na busca da
mudança e melhoria das percepções dos jovens.
Assim, os factores representam aquilo que faz alguma coisa, ou, simplesmente,
cada um dos números que concorrem para um resultado. Todo elemento que
pode ter estatuto de causa de um fenómeno, ou que pode influenciá-lo.
Tecnicamente, o termo frequente tomado como sinónimo, como variável
independente, os planos de experiência e dos planos factoriais. (COSTA, 2003:
40).
Por outro, Queiroz (2008: 47) diz que, o factor é uma causa, um motivo. Por
isso, torna-se o fenómeno que determina outro que o precede: causa-efeito.
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Para desencadear um comportamento é necessário uma motivação cujo
contrário chama-se desmotivação que é, o processo de desencorajamento do
organismo a assumir direcção inversa da prevista as vezes, aquela que a
sociedade reprova.
As aulas da língua portuguesa nos ensinam que o afixo “des”, colocado como
prefixo numa palavra, indica o antónimo da mesma. Assim, desmotivação
significa literalmente, não existência de motivação, a falta de motivação ou a
falta de impulso.
Segundo Jurjo Torres Santomé, citado por Araújo Kelson dos Santos (2006:4),
na sua resenha sobre a desmotivação dos professores, frisa que a mesma é
uma consequência considerada normal nas pessoas que vêm limitadas as suas
aspirações por várias causas. Outrossim, é caracterizada pela presença do
pensamento pessimista e pela sensação de desânimo, que surgem na
sequência da generalização de experiencias negativas vivenciadas, podendo ser
próprias ou alheias, e pela auto-percepção de incapacidade para alcançar
objectivos desejados.
A fome pode motivar alguém em usurpar algo alheio mas, ao mesmo tempo,
pode proceder-se ao exercício inverso, o de opor-se a este comportamento de
extravio do referido bem de outrem. Logo, aqui, estamos em presença dos dois
processos, um encoraja, outro, inibe o desencadear dos dois comportamentos.
Um outro exemplo, a prática do incesto entre irmãos que se realiza nos
primeiros momentos da socialização das crianças nas suas brincadeiras mas
que, depois da tomada de consciência social em como, o super-ego proíbe o
mesmo, desencadeia-se o processo de desmotivação inibindo a prática de actos
7
incestuosos. Esta é a realidade da interpretação dos termos motivação e
desmotivação.
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A escola deve satisfazer não só as necessidades de formação, escolar e
científica do aluno, como também, as necessidades de formação cultural e
humana, no aspecto de visões globais da vida e do mundo, com atitude crítica e
ética válida.
Quem trabalha com adolescentes sabe o quão é difícil lidar com a adolescência
reconhecida por idade da crise em que, os pertencentes a esta faixa etária são
invadidos por percepções ilusórias de si, do outro e do mundo criando grande
confusão na tomada de decisões sempre não acertadas de e para vida!
No ponto de vista deste autor (op cit, 22), a aprendizagem é o acto de aprender.
Trata-se duma concepção construtivista de aprendizagem: aprender é construir.
Aprendizagem é a construção de conhecimentos. Assim sendo, não é copiar ou
reproduzir a realidade, mas sim elaborar uma representação pessoal sobre um
conteúdo.
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Eles não se negam a enfrentar os desafios, esforçam-se de modo persistente,
procurando deter o controlo sobre a tarefa e envolvem-se mais profundamente
na busca de soluções criativas para as inquietações decorrentes das
dificuldades que surgem (BROPHY,1999).
Estas características, inerentes ao ambiente escolar, nos levam a crer que uma
actuação mais apropriada, preparada e adequada do professor se faz
necessária. Percebe-se que os professores enfrentam dificuldades para motivar
seus alunos, especialmente pelos motivos elencados acima. Os conteúdos
obrigatórios a cumprir em tempo pré-determinado, além do escasso tempo de
atendimento mais individualizado do aluno, são os aspectos mais relevantes
dessa situação escolar que privilegia o fracasso.
De acordo com Tollefson (2000), o fracasso dos alunos pode provocar conflitos
entre professores e alunos e tem consequência também na motivação destes
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últimos. São diversos os aspectos condicionantes deste fracasso e, de modo
geral, as causas atribuídas pelos alunos vão desde a alegação de que o
conteúdo é “chato, difícil”, as recompensas dadas pela realização da tarefa são
insignificantes ou mesmo a factores incontroláveis e externos como, por
exemplo, não conseguir enviar o arquivo por e-mail ou dizer que o livro da
biblioteca já estava emprestado.
Ainda de acordo com Tollefson (2000), os professores podem ter uma crença de
auto-eficácia pessoal muito baixa, isto é, a auto-percepção negativa em relação
a sua capacidade de ensinar. Nesses casos, atribuir o fracasso dos alunos a
factores externos e fora do seu controle pessoal, tais como a baixa capacidade
dos seus alunos, às falhas no sistema educacional, à falta de apoio familiar,
entre outros, pode ser um meio para proteger seu senso de auto-eficácia. Um
círculo vicioso se forma para justificar ambos os comportamentos.
O aluno, com baixo desempenho escolar, culpa o professor pelo fracasso da sua
aprendizagem e o professor, acreditando que o aluno é o único responsável pelo
seu fracasso, não se empenha em motivá-lo para a aprendizagem.
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Pode-se perceber, portanto, que analisar a motivação no contexto escolar
implica abordar um processo que envolve diversos factores e que recai
directamente no comportamento do aluno. Nesse sentido, Tapia (2009,51)
afirma que a motivação está relacionada à interacção dinâmica entre as
características pessoais do aluno e o contexto em que as actividades escolares
acontecem.
Entende-se que a motivação é o resultado dos estímulos que agem com força
sobre os indivíduos, levando-os a acção. «Para que haja acção ou reacção é
preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa
ou proveniente do próprio organismo». Esta teoria dá-nos ideia de um ciclo, o
Ciclo Motivacional (GOUVEIA & BAPTISTA, 2007,5).
Segundo Tapia & Fita apud Wakiyama (2009), o contexto tem um papel
fundamental como activador do interesse em aprender, pois a motivação ou
desmotivação nos alunos não é algo abstracto e está directamente relacionado
ao significado que atribuem ao realizar um trabalho ou ao entenderem o
significado do contexto em relação aos objectivos. Além disso, é importante
saber quais os padrões de actuação do professor que podem influenciar a favor
da motivação, do interesse, e do esforço por aprender.
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informações que possibilitam aclarar aspectos, por vezes obscuros, relacionados
às práticas educacionais.
Durante quase três décadas, estes dois tipos distintos de motivação foram foco
de interesse dos investigadores e, especialmente no que se refere à motivação
intrínseca, mais de 100 estudos foram realizados visando identificar as
consequências externas diante de comportamentos intrinsecamente motivados,
especialmente quando estes eram recompensados.
Isto por sua vez, pode gerar uma série de alterações no comportamento do
aluno, denominando-o, motivado ou não. Assim, além da avaliação dos
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desempenhos e da consideração de comportamentos abertos, a identificação de
reais problemas de motivação pode depender de um conhecimento mais
acurado do aluno, de seu nível de capacidade, seus conhecimentos prévios, os
métodos de estudo e a disponibilidade de recursos didácticos nas salas de aula
e ao alcance do aluno.
Outra possível causa da desmotivação do aluno nas aulas pode estar associada
à apatia frente às tarefas escolares, onde muitas vezes o aluno pode até ir
motivado para a escola, mas somente com objectivo de encontrar-se com sua
turma, ou para consumir a merenda, praticar desportos e fugir das tarefas
caseiras impostas pelos pais. E neste caso, o problema motivacional começaria
na sala de aula ou quando se tratasse de levar tarefa para casa. (DECI & RYAN
2000)
È vidente, que por o aluno ter papel activo nesse processo, pode ser
considerado como o portador e maior prejudicado, mas isso não significa que ele
seja o responsável, muito menos o único, por essa condição. Contudo, o que
importa do ponto de vista educacional é os componentes do contexto de
aprendizagem corroborando assim com os dizeres de Deci & Ryan, (2000)
17
científica e, achamos conveniente trabalhar com os jovens adolescentes,
professores, pais/Encarregados e entidades tradicionais do município de Lubalo-
Lunda Norte, 2016.
18
impedem os jovens adolescentes deste município a aderir a escola ou mesmo
desistir. Desde a Independência até o ano de 2009, neste Município só estudava
– se até 6ª classe.
Género
Masculino Feminino Total
População
Fr % Fr % Fr %
Jovens /adolescentes 58 82,8 12 17,2 70 100
Professores 08 80 02 20 10 100
Encarregados 35 58,3 25 41,6 60 100
Entidades tradicionais 08 80 02 20 10 100
Fonte: trabalho de campo – Lubalo/Lunda Norte, 2016.
20
Segundo Hill & Hill (2012: 42), é possível considerar uma parte dos casos que
constituem o universo designado por Amostra. No entender de Martins et al.
(2009: 14), a mesma é considerada como um subgrupo da população que se
observa com objectivo de tirar conclusões para a população donde foi tirada.
Género
Masculino Feminino Total
Estratos
Fr % Fr % Fr %
Jovens /adolescentes 33 33,7 09 9,2 42 42,9
Professores 08 8,16 02 2,04 10 10,2
Encarregados 25 25,51 11 11,22 36 36,7
Entidades tradicionais 08 8,16 02 2,04 10 10,2
Total 72 75,5 24 24,5 98 100
Fonte: trabalho de campo – Lubalo/Lunda Norte, 2016.
Em relação aos termos método e técnica, para o autor, existe uma grande
diferença. O método portanto, é o traçado das etapas fundamentais da pesquisa,
21
enquanto a técnica significa os diversos procedimentos ou utilização de diversos
recursos a cada objecto de pesquisa, dentro do método. Mas, cada método tem
os seus procedimentos (op. cit, p. 138).
Assim, procedeu- se a:
22
Para configurar a população, a amostra, a parte da análise, a
interpretação dos dados e dos resultados plasmados no capítulo III do presente
estudo, foi necessário o recurso aos métodos matemáticos e estatísticos
apoiados pelo procedimento qualitativo na interpretação dos mesmos. No
entanto, constituíram elementos valiosos por exprimirem grandes tendências no
campo de estudo (Carmo & Ferreira, 2001: 74).
23
escolar. Nesta óptica, a pesquisa assume-se simultaneamente como
bibliográfica, descritiva, quanti-qualitativa e projectiva.
24
objectivando resultados que evitem possíveis distorções de análise e
interpretação, possibilitando uma maior margem de segurança.
25
CAPITULO III – APRESENTAÇÃO, ANLISE DE DADOS E INTERPRETAÇÃO
DOS RESULTADOS.
Após a incursão teórica feita sobre o estudo, este capítulo está reservado para
apresentação estatística dos dados recolhidos que inevitavelmente nos
conduziram às conclusões e sugestões. Os resultados apresentados são
produtos das opiniões ou respostas obtidas do inquérito e entrevista dirigida aos
jovens adolescentes, professores, encarregados e entidades tradicionais do
Município de Lubalo a fim de perceber o seu grau de satisfação/insatisfação em
relação a desmotivação de jovens face a processo de aderência escolar nas
zonas de exploração mineira.
Género
o
N Faixas etárias Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
1 De 12 a 15 anos 06 14,8 02 4.76 08 19
2 De 16 a 18 anos 07 16,66 03 7,4 10 23,8
3 De 19 em diante 20 47,61 04 9,5 24 57,14
Total 33 78,57 09 21,42 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
26
etária de “19 anos em diante”, seguido de 23,8% na faixa etária de 16 a 18 anos
de idade e 19% entre “12 a 15 anos” respectivamente.
Género
o
N Nível Académico Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
1 Ensino Primário 03 7,4 01 2,38 04 9,5
2 Iº Ciclo de Ensino Secundário 16 38 04 9,5 20 47,6
3 IIº Ciclo de Ensino Secundário 14 33,3 04 9,5 18 42,9
Total 33 78,6 09 21,4 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/Lunda Norte 2016.
27
se que, 47,6% dos respondentes têm o (Io Ciclo de ensino secundário), seguido
do (IIo Ciclo de ensino secundário) com 42,9%, e por último 9,5% têm como nível
de escolaridade o ensino primário.
Para nós, os estudos não devem ser prioridade para aqueles jovens
adolescentes, eles preferem possuir dinheiro aliás, quem estuda visa obter
dinheiro no fim. Se assim for, os jovens esquecem-se que dinheiro sem estudos
leva a perdição porque, faz enfrentar dificuldades de gestão financeira por falta
de conhecimentos científicos logo, há todo um interesse de despertar os
referidos jovens para que aprimorem os estudos para saírem do doloroso
analfabetismo anacrónico actual.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
1 Sim 32 76,19 9 21,43 41 97,62
2 Não 00 00 00 00 00 00
3 As vezes 01 2,38 00 00 01 2,38
Total 33 78,57 9 21,42 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
28
posicionamento positivo de “sim” gostam de estudar para adquirir saberes ao
passo que 2,38% dos inqueridos disseram “as vezes” apresentando desta feita,
o espaço para dúvida interpretativa.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
1 Fome e falta de dinheiro 19 45,24 7 16,67 26 61,91
2 Falta de materiais escolares e 02 4,76 00 00 02 4,76
reprovações
3 O pai não deixa estudar 00 00 00 00 00 00
4 A mãe manda a lavra ou vender 00 00 00 00 00 00
5 Outros 12 28,57 02 4,76 14 33,33
29
Total 33 78,57 9 21,43 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
Já que o ser humano necessita de estar sempre bem nutrida a fim de ganhar
uma disposição adequada para corresponder com todas actividades a realizar-
se, é nesta base em que referimos que, a fome leva os jovens a procurarem as
melhores condições de vida para o seu auto-sustento. Por este motivo,
justificam-se as ausências escolares por motivo das dificuldades relacionadas
com o tipo de professores que lhes ensinam e de outra ordem social nas
aprendizagens dos jovens.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
1 a) Péssima 01 2,4 00 00 01 2,4
2 b) Má 00 00 00 00 00 00
3 c) Razoável 17 40,47 05 11,9 22 52,37
4 d) Boa 15 35,71 04 9,52 19 45,23
Total 33 78,58 9 21,42 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
30
jovens. De facto, para tal, 52,37% dos respondentes afirmam que a relação é
“razoável”. Por sua vez, este posicionamento tende a melhorar quando 45,23%
dos inqueridos confirmaram que têm “boas relações” com os professores e os
jovens adolescentes. Por último, 2,4% disseram que as relações são “péssimas”.
Género
o
N Nível Masculino Feminino Total %
Académico Fr % Fr %
1 Básico 00 00 00 00 00 00
2 Médio 04 9,5 03 7,1 07 16,6
3 Bacharelato 02 4,75 02 4,75 04 9,5
4 Licenciatura 27 64,3 04 9,5 31 73,8
Total 33 78,6 09 21,4 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
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coragem, dedicação, paciência e motivação escolar para alcançar esses
desejos.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
1 Ter apoio familiar 09 21,44 03 7,14 12 28,58
2 Valorização dos estudos 11 26,19 03 7,14 14 33,33
3 Situação económica melhorada 00 00 00 00 00 00
4 Vontade própria do aluno 13 30,95 03 7,14 16 38,09
Total 33 78,58 09 21,42 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
32
seguido de “ “valorização dos estudos” com 33,33% e “ter apoio familiar” com
28,58%.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
1 Dificuldades em aprender 00 00 00 00 00 00
2 Não é importante estudar 14 33,33 06 14,28 20 47,61
3 A família não apoia 07 16,66 01 2,38 08 19,04
4 Dificuldades económicas 09 21,45 01 2,38 10 23,83
5 Estudar em zonas não 03 7,14 01 2,38 04 9,52
desejadas
Total 33 78,58 09 21,42 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
33
No entanto, os aspectos de desmotivação dos jovens provenientes da
insatisfação e das necessidades adicionais podem representar um maior motivo
de desmotivação com as actividades de aprendizagem escolar e
consequentemente, um abandono escolar em busca da vida fácil (exploração
mineira, gosto pelo dinheiro, responsabilidades, biscates, ambulantes, e outras
actividades).
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
1 Ganhar o dinheiro 14 33,33 6 14,28 20 47,61
2 Autonomia financeira 00 00 00 00 00 00
3 Sair de casa 00 00 00 00 00 00
4 Sentir-se útil socialmente 04 9,52 02 4,76 06 14,28
5 Ocupar o tempo 00 00 00 00 00 00
6 Aumento da responsabilidade 11 26,19 01 2,38 12 28,57
Liberdade e independência
7 Outros 04 9,54 00 00 04 9,54
Total 33 78,58 09 21,42 42 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
34
No entanto, as razões apontadas e outras são os pontos principais que
condicionam a desmotivação e consequentemente o abandono escolar aos
jovens do município do Lubalo.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
a) De 1 a 5 anos 05 50 01 10 06 60
b) De 6 a 10 anos 02 20 00 00 02 20
c) De 11 a 15 anos 00 00 01 10 01 10
d) De 16 em diante 01 10 00 00 01 10
Total 08 80 02 20 10 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
35
afecto e com vontade de ver os alunos bem-sucedidos na vida profissional
futura.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
a) A desmotivação escolar é um processo que prejudica
a produtividade de um país e representa sobretudo, 05 50 02 20 07 70
um desperdício, lamentável de vida jovem.
b) Alunos desmotivados estudam muito pouco ou, não 02 20 00 00 02 20
aprende.
c) A desmotivação é o resultado de desgosto dos alunos 00 00 00 00 00 00
na escola.
d) A desmotivação é um estado interno de passividade e
inibidor de comportamento, impedindo a satisfação 01 10 00 00 01 10
das necessidades.
Total 08 80 02 20 10 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
36
Por sua vez, 20% dos mesmos consideram a desmotivação em relação as
características dos alunos desmotivados que estudam muito pouco ou, não
aprendem quase nada. Por último, 10% afirmaram que a “desmotivação é um
estado interno de passividade e inibidor de comportamento. Impede a satisfação
das necessidades que seriam prioritárias neste caso, os estudos.
Género
o
N Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
a) Sim, não há motivação escolar dos 06 60 01 10 07 70
adolescentes
b) Não, há motivação escolar dos 02 20 01 10 03 30
jovens
c) As vezes têm havido motivação 00 00 00 00 00 00
escolar
Total 08 80 02 20 10 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2016.
37
Dessa forma, a falta de motivação é uma das principais reclamações feitas pelos
professores. Segundo eles, os alunos não têm o interesse em aprender o que se
ensina, ou seja, eles parecem não se interessar em compreender os ditames da
vida futura sem habilitações literárias para os desafios da globalização que
exigem estudos para cada indivíduo no sentido de inserção nas diferentes
profissões.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
Fr % Fr %
a) Desvalorização dos estudos 01 10 00 00 01 10
b) Gostar de dinheiro 01 10 01 10 02 20
c) Dificuldades económicas 00 00 00 00 00 00
d) Insucesso escolar 00 00 00 00 00 00
e) Exploração de diamante 03 30 01 10 04 40
f) Estudar distante da família 00 00 01 10 01 10
g) Falta de orientação dos Encarregados 02 00 02 00 00 00
Total 08 80 02 20 10 100
Fonte: pesquisa de Lubalo Lunda Norte 2016.
Género
o
N Respostas Masculino Feminino Total %
38
Fr % Fr %
a) Aconselhamento 03 30 02 20 05 50
b) Realização de palestras 03 30 00 00 03 30
c) Implementação de actividades recreativas 02 20 00 00 02 20
d) Outras 00 00 00 00 00 00
Total 08 80 02 20 10 100
Fonte: pesquisa de Campo: Lubalo/ Lunda Norte 2013.
39
aos corpos docentes mas, sim aos factores sócio - financeiros e psicológicos
dos jovens.
(…) Portanto, os professores têm relações diversas na escola, mas o ponto mais
comum naquela localidade é o da formação escolar da sociedade. Logo, é na
escola onde interagem todas entidades promotoras da educação formal da
juventude. Em suma, essas relações são boas.
(…) E no mesmo, existem jovens que nunca foram a escola, mas, vão na
exploração mineiras, isto por amor a dinheiro, valorização do trabalho de campo,
falta de apoio e ignorância. O que justifica certas linguagens como: a escola não
dá nada, todo caminho leva a Roma, a vida é minha, etc.
No entanto, nenhum dos encarregados gostaria que isso acontecesse com seu
filho ou encarregando, por que todo encarregado de educação sempre pensou
em preparar quadros competentes para garantir o seu futuro.
Por isso, os tipos de apoio prestados pelos encarregados naquela localidade são
de caracteres motivadores e estimuladores. Tendo a consciência de que a
conversa no bairro com os jovens e sensibilização sobre as vantagens e as
desvantagens do abandono escolar, fazendo apolo aos jovens adolescentes
dedicarem-se na formação (…).
40
(…) Portanto, os professores têm relações diversas na escola, mas o ponto mais
comum naquela localidade é o da formação escolar da sociedade. Assim, é na
escola onde interagem todas entidades promotoras da educação formal da
juventude. Em suma, essas relações são boas.
(…) E no mesmo, existem jovens que nunca foram a escola, mas, vão na
exploração mineiras, isto por amor a dinheiro, valorização do trabalho de campo,
falta de apoio e ignorância. O que justifica certas linguagens como: a escola não
dá nada, todo caminho leva a Roma, a vida é minha etc.
Logo, as entidades tradicionais têm procurado manter uma relação mais aberta
com a juventude a fim de se enterrar a cerca dos verdadeiros motivos que tem
levado jovens a se afastar da escola. Nesta mesma relação procuro passar para
eles a importância que o aprendizado escolar tem, não como forma de ganhar
dinheiro, mas também como uma ferramenta indispensável para formação de
um carácter louvável em cada indivíduo dentro da sociedade.
41
3.5 – Propostas de actividades motivacionais para os jovens na aderência
escolar.
Actividade nº 1:
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Para está actividade os jovens devem compreender que possuir uma educação
formal, é um ponto de partida para o alcance de altos patamares sociais na vida
profissional, é a chave do sucesso de todo indivíduo. Pois, além dos problemas
aprenderem as questões relevantes da sociedade, os jovens absorvem valores
éticos, humanitários e aprofundam os laços da solidariedade. Para isso, é
indispensável a participação da família na vida escolar dos filhos. Quando o
jovem percebe que seus pais ou responsáveis estão acompanhando de perto
tudo o que está acontecendo, poderá preocupar-se em cumprir com o seu dever.
Para tal, os pais ou familiares devem:
Actividade nº 2:
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Incentivar o aluno a usar a biblioteca da escola nos tempos livres, se
porventura existe;
Estabelecer o horário para que o aluno ou filho estude em casa todos
dias;
Evitar que os filhos durmam a horas tardias.
Actividade nº 3:
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Elaborar um regulamento dos pais encarregados de educação de modo a
dar a conhecer sobre os direitos e deveres dos mesmos.
Nesta actividade os encarregados de educação ou os familiares podem ainda
realizar visitas na escola onde estudem os seus educandos, no sentido de se
informar sobre o grau de aproveitamento dos mesmos. Devem-se estabelecer
com a escola um intercâmbio das famílias com os professores dos seus filhos
para conhecer as problemáticas que se apresentem; sendo assim, é
indispensável que a família esteja em harmonia com a instituição, uma vez que a
relação harmoniosa só pode enriquecer e facilitar o desempenho educacional
das crianças.
Actividade nº 4:
Actividade nº 5:
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educar os jovens de uma forma integral por isso, a cooperação entre os agentes
educativos de suma importância para partilha das responsabilidades.
c. Motivação escolar
Objectivo: Demonstrar a importância da motivação dos pais na vida escolar dos
seus filhos.
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Visando saber as realidades dos dados sócio métricos dos alunos e
jovens, constatou-se que 57,14% correspondem a faixa etária de “19 anos em
diante” Tabela – 1;
Os motivos que atraem os jovens para vida activa47,61% dos jovens são
atraídos pelo gosto de ganhar dinheiro, Tabela – 9;
Apurou-se que 70% dos inqueridos afirmaram que existem jovens com
falta de motivação escolar, Tabela – 12;
CONCLUSÃO
SUGESTÕES
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4. Aos encarregados de educação, tomar maior responsabilidade de modos
a orientar adequadamente o processo de aprendizagem dos filhos (jovens), quer
escolar como profissional para o seu ajustamento social futuro;
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negados pelo currículo? São Paulo. 2011.
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