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UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE ANGOLA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS


ENGENHARIA ELECTROMECÂNICA

ELECTROTECNIA
2o Semestre – 2o Ano

DISCENTE:
Hervé Tango Disadidi
TURNO: Diurno
N°: 0613610052
Ano Lectivo: 2007/2008
SALA: 4.01
Docente: Eng. Augusto Kamussumbo

Luanda, ao 19 de Outubro de 2007


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ÍNDICE Página

OBJECTIVO ………………………………...……………………………….........................3

I. CONDENSADOR E CONCEITO DE CAPACITÂNCIA ………………………………...4

I.1 Condensadores……………………………….…………………………………….4
I.2 Capacitância – Característica Físicas do Condensador ……………………………5
I.2.1 Condensador Plano ……………………………….……………………………...5
I.2.2 Condensador Cilíndrico ……………………………….…………………………6
I.2.3 Condensador Esférico ……………………………….…………………………...7

II. CAPACITORES FIXOS E VARIÁVEIS ………………………………............................7

II.1 Capacitores Fixos ………………………………...……………………………….7


II.2 Capacitores Variáveis ………………………………...…………………………...7
II.3 Especificações dos Condensadores ……………………………….........................8
II.3.1 Código de Especificação de Capacitores ………………………………............9
Identificação do valor no capacitor de poliéster………………………………............9
Identificação do valor no capacitor cerâmico………………………………................9
Exemplo de Capacitores …………..…………………………....................................10

III. ASSOCIAÇÕES DE CAPACITORES.

III.1 Associações Paralela de Capacitores ………………………………..................11


III.2 Associações Série de Capacitores ………………………………........................11

IV. MODELAMENTO DO CAPACITOR ……...………………………...............................12

V. CARGA E DESCARGA DO CAPACITOR ………………………………....................13

V.1 CARGA DO CONDENSADOR ………………………………...........................13


Corrente no Circuito …...…………………………...………………………………...14
Tensão no Resistor …...…………………………...……………………………….....14
Tensão no Capacitor ………………………………...………………………………..14

V.2 DESCARGA DO CONDENSADOR .………………………….……………….14


Corrente no Circuito .……………………………….. .………………………………14
Tensão no Capacitor .……………………………….. .………………………………14
Tensão no Resistor .……………………………….. .………………………………..14

VI. COMPORTAMENTO DO CAPACITOR EM CORRENTE ALTERNADA ………….15

VII. IMPAPORTÂNCIA E APLICAÇÕES PRÁTICAS .…………...………………………16

VIII. CONCLUSÃO .…..…………………………….. .…………………………………….17

IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .…………………………………………………18


3
OBJECTIVO

Este trabalho foi elaborado com o objectivo de apresentar, descrever e analisar o


comportamento do capacitor em regimes de corrente contínua e corrente alternada, apresentar
os tipos e os modelos ideais, quase ideal (modelo simplificado) e quase real, sob forma de
circuitos eléctricos simplificados, tabelas de propriedades e de figuras. Mostrar a importância
da associação dos condensadores, e a aplicação dos mesmos em diversos tipos de
equipamentos. O presente trabalho é mesmo importante, pois para o curso de
electromecânica, consolida as bases que se têm a cerca dos capacitores e expande os
conhecimentos para o desenvolvimento de novos conceitos que são muito úteis no
desenvolvimento de outras teorias aplicadas em diversas áreas da industria, ciências e da
técnica: circuitos eléctricos, electrónica, electromagnetismo, maquinas eléctricas, órgãos de
maquinas, geradores, na cadeia de energia, em fim.

Quanto a sua estrutura, o trabalho se apresenta da seguinte ordem de descrição:


Capítulo I: condensador e conceito de capacitância, Capítulo II: capacitores fixos e variáveis;
Capítulo III: Associações de capacitores; Capítulo IV: Comportamento do capacitor em
corrente alternada; Capítulo V: Modelamento do capacitor; Capítulo VI: Carga e descarga do
capacitor; Capítulo VII. Aplicações práticas.
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I. CONDENSADOR E CONCEITO DE CAPACITÂNCIA

I.1 Condensadores

Antes de aprofundar os estudos sobre os condensadores é útil entender alguns


conceitos como: Dispositivo Resistivo e Reactivo:

Dispositivo Resistivo: é aquele que resiste à passagem de corrente, de maneira que o


seu módulo não varia tanto em regime de corrente continua como em regime de corrente
alternada. A esta propriedade de opor-se a passagem de corrente chama-se Resistência. Por
esta razão os dispositivos que possuem esta propriedade denominam-se resistores.

Dispositivo Reactivo: é aquele que reage à variação de corrente, de maneira que seus
valores ohmicos em corrente continua são diferentes dos de corrente alternada. A esta
propriedade de opor-se à variação de corrente chama-se Reactância podendo, no entanto, ser
Indutiva ou Capacitiva, quando dispositivo em questão for um indutor (bobina) ou um
capacitor (condensador), respectivamente.

Impedância é a propriedade que os dispositivos têm de impedir, ou seja opor se à


variação como a passagem de corrente, que é em regra, a característica de um circuito
formado por resistores, indutores e capacitores.

No século XVIII surgiu uma nova invenção, que foi tomada como uma das mais
importantes do século – garrafa de Leyden, – constituída por um condutor isolado dentro de
uma garrafa de vidro. Ao introduzir um condutor carregado dentro da garrafa, observa-se que
o valor do potencial diminui e, em consequência, o da capacidade aumenta. Mais tarde, graças
a estudos e experiências chegou-se a desenvolver dispositivos mais sofisticados que a garrafa
de Leyden que, com mais facilidade, permitiam o aumento da capacidade do condutor com a
redução do seu potencial. Geralmente chama-se Condensador ou Capacitor aos dispositivos
constituídos por dois condutores que podem manter-se a potenciais diferentes determinados.

Duma forma mais técnica, o Capacitor é o elemento reactivo ideal de um circuito


eléctrico donde só se produz o armazenamento de cargas eléctricas (energia electrostática),
considerando-se que não existem as perdas ou o armazenamento de energia magnética.

O termo Capacidade que vem sendo referido a cada momento é propriedade que
caracteriza para:

-Um condutor simples, a carga que tem de ser aplicada para variar a sua tensão numa
magnitude igual à unidade;
Q
C
V

-Um Capacitor, por definição, a relação que se estabelece entre o valor absoluto da
carga eléctrica numa das suas armaduras (placas condutoras que constituem o
condutoras) e o módulo da diferença de potencial entre elas. Por outras palavras, a
capacidade de um condensador é a característica a propriedade de armazenar maior ou
menor energia eléctrica, o que implica que a possibilidade de armazenar energia é
directamente proporcional a capacidade.
5
I.2 Capacitância – Característica Físicas do Condensador

A capacitância dos condensadores depende da geometria e do material dieléctrico, isto


é, do valor da permeabilidade eléctrica deste dieléctrico. Sendo assim, estes parâmetros,
geralmente, servem de critério de classificação dos mesmos.

Quanto a geometria das armaduras, geralmente, os condensadores podem ser


condensadores planos, condensadores cilíndricos e condensadores esférico.

I.2.1 Condensador Plano

Na prática, a maioria dos condensadores usados podem ser classificados como


condensadores planos. Os condensadores planos estão constituídos por duas placas paralelas,
de área S cada uma, distanciados uma da outra por uma distância d muitíssimo inferior à
largura da placa, a fim de se desprezar a alteração
da homogeneidade do campo electrostático que se
verifica perto das bordas das armaduras do
condensador. O espaço que existe entre as placas
é preenchido pelo material dieléctrico de
permeabilidade ε . Sob estas condições, fica
provado através da relação C=Q/V, da lei de
Gauss, e da expressão da diferença entre dois
eléctrodos planos que a capacidade do
condensador depende dos parâmetros S, d, ε
acima referidos.
S
Matematicamente: C   .
d
Na expressão anterior,    r  o , εr é a
permeabilidade relativa e εo é permeabilidade Fig.1 : Esquema do Condensador Plano
eléctrica do vácuo. A permeabilidade do vácuo é
de 8,9x10-12 F/m e a sua permeabilidade relativa tem o valor de 1. Para os demais dieléctricos,
a permeabilidade é dada em relação a permeabilidade do vácuo conforme ilustra a seguinte
tabela exemplar:

Dieléctrico Permeabilidade ε [F/m] Permeabilidade Relativa εr


Ar εo 1
Polietileno 2,3 εo 2,3
Papel 3,5 εo 3,5
Baquelite 4,8 εo 4,8
Mica 6 εo 6
Porcelana 6,5 εo 6,5
Tab. 1

O dieléctrico que vem sendo referido a cada assunto é uma substância no interior da
qual não existem (ou existem muito poucas) partículas electricamente carregadas, livres de se
moverem quando sob a influência de um Campo Eléctrico. Para cada dieléctrico existe uma
determinada intensidade limite de Campo Eléctrico, que, se ultrapassada, faz com que o
dieléctrico perca as suas propriedades isoladoras, tornando-se condutor. Este limite chama-se
Rigidez Dieléctrica de uma substância.
6
I.2.2 Condensador Cilíndrico

Embora haja também muitos condensadores com forma aparentemente cilíndrica –


resultado dos efeitos de compactação, protecção e manuseamento o sistema armadura +
dieléctrico ter sido dobrado e enrolado.

Um outro tipo de condensador muito vulgar é o cabo coaxial. Embora a finalidade do


cabo coaxial seja a de transportar sinais eléctricos,
pela sua constituição forma um condensador
cilíndrico. Este tipo de condensador é constituído
por dois cilindros metálicos coaxiais de paredes
finas de comprimento L cada um e de raios r1 e r2 ,
com r1 menor que r2 (r1 < r2 ), entre os quais se
encontra um dieléctrico de permeabilidade eléctrica
ε . O campo entre as armaduras não é exactamente
na direcção radial. No entanto, o comprimento dos
cilindros L for maior que a distancia entre as
armaduras, podemos admitir que as linhas de campo
na região central do condensador são paralelas e
radiais de maneira que o cilindro de raio r1 < r < r2
e comprimento l < L é uma superfície gaussiana. Fig.2 : Esquema do Condensador
Em analogia com o raciocínio seguido para o Cilíndrico
condensador plano, a capacidade do condensador cilíndrico (bem como a do cabo coaxial) se
resumem pela fórmula:

2 r  o L
C
r 
ln  2 
 r1 

Um outro condensador importante é a linha bifilar, constituía por dois condutores de


secção recta com raios r1 e r2 e centros separados de d, num meio de permeabilidade ε . Para
este capacitor, a capacidade é expressa matematicamente pela fórmula:

4 r  o
C
 d2 
ln  
 r1r2 
7
I.2.3 Condensador Esférico

Finalmente, o condensador esférico, constituído por duas esféricas concêntricas de


raios r1 e r2 , com r1 menor que r2 (r1 < r2 ) , como nos outros com dado material dieléctrico
entre as esferas sua capacidade pode ser traduzida em linguagem matemática pela fórmula :

4 r  o r1 r2
C
r2  r1

Fig. 3 : Esquema do Condensador


Esférico

II. CAPACITORES FIXOS E VARIÁVEIS

No mercado podemos encontrar dois tipos de capacitores a serem comercializados:


capacitores fixos e capacitores variáveis, cujas escalas de capacitâncias rondam na ordem dos
picofarads (pF) até mais do que um Farad, e voltagem acima de milhares de volts.

II.1 Capacitores Fixos

 Cerâmica (valores baixos até cerca de 1µF, isolação V-kV, não tem polaridade)
 Poliestireno (geralmente na escala de picofarads)
 Poliéster (de aproximadamente 1nF até 1µF)
 Polipropilêno (baixa perda. alta voltagem, resistente a avarias)
 Electrolítico – de Alumínio ou de Tântalo (de alta potência, compacto mas com
muita perda, na escala de 1µF-1mF, isolação V, com polaridade)

II.2 Capacitores Variáveis

 Trimner (valores de C vão de pF até nF, isolação V, não tem polaridade)


 Placas Paralelas (valores de C vão de pF até nF, isolação V, não tem polaridade)
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II.3 Especificações dos Condensadores

Em geral, quanto maior a capacitância e a voltagem, maior o tamanho físico do


capacitor (e geralmente, um preço maior também). Como qualquer outro componente
electrónico, os capacitores apresentam algumas especificações, alem de seus valores
nominais, que normalmente se podem obter nos catálogos e manuais, dos quais se pode
sublinhar:

 Tolerância: a tolerância dos condensadores pode variar dependendo para tal da


tecnologia de fabricação e do material dieléctrico componente. Os intervalos
mais comuns de tolerância dos capacitores são ±1% e ± 20%. Para os
capacitores discretos é geralmente especificada como 5% ou 10%.

 Tensão de Isolação – a máxima quantidade de potencial que o dieléctrico pode


suportar. A uma tensão muito elevada pode-se criar entre as armaduras do
capacitor um campo eléctrico muito forte que pode atravessar o dieléctrico,
criando um caminho de baixa resistência para a corrente. Quando isto se faz
sentir, diz-se que o condensador possui uma resistência de fuga, o que o pode
tornar num curto-circuito.

 Tensão de Ruptura: é a característica que simboliza a mínima diferença de


potencial entre as armaduras a que se verifica uma descarga eléctrica através da
camada do dieléctrico do capacitor. O valor da tensão de ruptura depende das
formas e dimensões das armaduras, assim como das propriedades do
dieléctrico.

Fig. 4
9
II.3.1 Código de Especificação de Capacitores

Geralmente, no corpo dos capacitores não vem especificado os valores específicos


destes. Por isso adoptou-se dois métodos de expressa-los:

 Código de Cores: que especifica capacidade nominal, tolerância, e tensão de


isolação, utilizado normalmente para condensadores de poliéster metalizado;

 Código Alfanumérico que especifica a tolerância;

 Código Numérico que especifica a capacidade nominal e tensão de isolação –


usado principalmente nos capacitores cerâmicos.

Identificação do valor no capacitor de poliéster

A identificação dos valores no capacitor poliéster pode ser feito seguindo a seguinte
codificação universalizada:

Identificação no capacitor de poliéster

Tab. 2

Tab. 3
10
Identificação do valor no capacitor cerâmico

A identificação dos valores no capacitor cerâmico pode ser feito seguindo a seguinte
codificação universalizada:

Tab. 4

Fig. 5

Exemplo de Capacitores

Fig. 6 – Capacitores variável, Electrolítico e de Poliéster


11
III. ASSOCIAÇÕES DE CAPACITORES.

É conveniente saber como se podem substituir as combinações em série ou em


paralelo de capacitores por um elemento equivalente mais simples.

III. 1 Associações Paralela de Capacitores.

Para se poder atingir elevados valores de capacidade eléctrica, os capacitores podem


associar-se em paralelo. Se associarmos vários condensadores em paralelo:

Como os condensadores estão ligados em paralelo, as tensões aos seus terminais são
todas iguais e a carga total do conjunto é a soma de cada uma das cargas, isto é:

U = U1 = U2 = U3
Q = Q1 + Q2 + Q3
Considerando as cargas dos condensadores

Q1 = C1.U, Q2 = C2.U, Q3 = C3.U


Definindo a capacidade do conjunto como C=Q/U
fica,
Q = C.U = C1.U + C2.U + C3.U 
C = C1 + C2 + C3
Generalizando, temos:
n
Fig. 7: Associação de condensadores
C Pr   C i em paralelo
i 1

Isto é, a capacidade de um conjunto de condensadores ligados em paralelo é igual à


soma das capacidades individuais (é evidente que os capacitores em paralelo se combinam da
mesma forma em que se combinam resistências em série).

III.2 Associações Série de Capacitores.

Se interligarmos condensadores em série: Supondo que a placa esquerda do primeiro


condensador é carregada positivamente, a placa direita deste condensador é carregada
negativamente, com electrões (cargas negativas) que vai buscar à placa esquerda do segundo
condensador, e assim sucessivamente para os restantes
condensadores. Isto quer dizer que as cargas dos
condensadores são todas iguais: Q = Q1 = Q2 = Q3
A tensão total, neste caso, será: U = U1 + U2 + U3
Então, U = Q / C = Q / C1 + Q / C2 + Q / C3 
1 / C = 1 / C 1 + 1 / C2 + 1 / C3
Generalizando, temos:
1 Fig. 8: Associação de
CS  n condensadores em Série
1

i 1 C i

Isto é, o inverso da capacidade dum conjunto de condensadores ligados em série é


igual à soma dos inversos das capacidades individuais (é evidente que os condensadores em
série se combinam de mesma forma que se combinam as resistências em paralelo).
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IV. MODELAMENTO DO CAPACITOR

No quadro a seguir temos três modelos de apresentação dos capacitor, a saber: modelo
ideal, modelo quase ideal, e modelo quase real e, respectivamente, a representação complexa
de suas impedâncias equivalentes.

Modelo Ideal Modelo Quase Ideal Modelo Quase Real


(Modelo Simplificado)

Parâmetro Principal Parâmetro Principal Parâmetro Principal


C- Capacitância Cp – Capacidade Cp – Capacidade

Parâmetro Espúrio Parâmetro Espúrio


rp – Resistência do rp – Resistência do dieléctrico
dieléctrico lS – indutância dos elementos do
capacitor

1  J .R. X C  J .R.X C
Z   jX C 
j.C Z Z  j.Ls
R  JX C R  JX C
  90
 90    0  90    90

Tab. 5
13

V. CARGA E DESCARGA DO CAPACITOR

Considerando um circuito simples constituído por um condensador ideal e uma fonte


de tensão, no qual também se encontra um interruptor.

Fechando a chave no instante t=0, a diferença de


potencial entre as armaduras do condensador cresce
exponencialmente até atingir o valor de tensão da fonte,
vC  E .
Para a corrente o que ocorre é contrário. Quer
dizer, quando se liga o interruptor, estando o capacitor
descarregado, no circuito não há resistência à passagem
de corrente, isto é, i=I, valor que decresce
exponencialmente até atingir o valor de i=0.
Fig. 9
A duração entre o fecho do circuito e a
estabilização da tensão é curta, porém não é instantâneo, assim é denominado Transitório.

Se no circuito acima for ligado, em série, um resistor com o capacitor, o tempo de


carga torna-se mais lento, de maneira que a tensão cresce lentamente.

Se analisarmos a unidade do produto RC, fica bem evidente que será segundo [s], este
novo parâmetro chama-se constante de tempo e representa-se com a letra grega τ (tau).
 R.C
O valor da constante de tempo é directamente proporcional ao tempo necessário a
carga do capacitor. Isto é quanto maior for seu valor, maior será a duração do tempo de carga
do condensador.

V.1 CARGA DO CONDENSADOR

Carga do condensador é o processo no qual ele armazena carga e energia eléctricas, ao


mesmo tempo que cria tensão entre seus eléctrodos.
Considerando a figura ao lado, em corrente contínua e
que o capacitor está completamente descarregado. De
acordo com a 2ª Lei de Kirchhoff:

vC (t )  v r (t )  E
v r (t )
e, pela 1ª Lei de Ohm i (t )  .
R
A corrente e a tensão no capacitor estão
relacionadas pelas seguintes fórmulas:

t
dvC 1 Fig. 10
i  C. e vC  . i.dt  vC O
dt C 0

Quando se fecha o circuito, no instante t=0, as quedas de tensão e a corrente do


circuito se comportam do seguinte modo:
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Corrente no Circuito

Quando o capacitor está completamente descarregado (curto-circuito), ao ligar-se o


interruptor, a corrente no circuito decresce exponencialmente de i=I para i=0 (circuito aberto):
t

i (t )  I .e
Tensão no Resistor

A tensão no resistor vr decresce exponencialmente de vr=E até vr=0, o que implica que
carregado o capacitor comporta-se como curto-circuito e, carregado como circuito aberto.
t

vr (t )  E.e

Tensão no Capacitor

A tensão no capacitor vr cresce exponencialmente de vr=0 até vr=E, assim sendo,


partindo da equação das tensões do circuito RC série:
t

vC (t )  E.(1  e )

V.2 DESCARGA DO CONDENSADOR

Considerando o circuito da Fig.11 a), com o capacitor completamente carregado,


observa-se que i=0 , vc=0, vr=0. Se se mudar o interruptor para a posição 2, Fig. 11 b) corta-se
a fonte de tensão e assim, o circuito encontra-se em curto.
Desta forma, o condensador se descarrega sobre o resistor
sob a forma de uma função exponencial decrescente.

Corrente no Circuito

Devido a descarga do condensador, corrente no


circuito decresce exponencialmente de i= -I para i=0:
t

iC (t )   I .e

Tensão no Capacitor
O capacitor se descarrega obedecendo a expressão
t

vC (t )  E.e

Tensão no Resistor
t

vr (t )   E.e
Fig. 11
15

VI. COMPORTAMENTO DO CAPACITOR EM CORRENTE ALTERNADA

A reacção às variações de corrente no capacitor, ou seja, a reactância capacitiva XC é


resultado da capacidade de armazenamento de cargas, deste modo, a diferença de potencial
nas armaduras do condensador não avizinha-se da tensão da fonte instantaneamente.
Consequentemente, a tensão atrasa em relação a corrente, e esta, se propaga
instantaneamente.
Como já foi visto, a corrente que atravessa o capacitor é dado pela fórmula:
dvC
i  C. . Considerando que o capacitor esteja em Corrente Alternada Cossenoidal, com
dt
fase inicial nula: vC (t )  VCP . cos .t ou V  VC 0 onde Vc é tensão eficaz . Assim,
substituindo a expressão da tensão na expressão da corrente, tem-se: iC (t )   .C.VCP .sen .t
, mas em trigonometria  sen  sen( )  cos(  90) , logo
iC (t )   .C .VCP . cos( .t  90) ou I  I C 90 de acordo com a lei de Ohm, temos:

V C VC 0 VC 0  90 1


Z   1 Ou Z   j. , o que implica que o
I C I C 90  .C .VC Z   90  .C
 .C
valor da reactância capacitiva pode se obtida através da expressão seguinte
1 1
X C  
 .C 2  . f .C

Onde ω é a velocidade angular e f é a frequência. Como se pode ver, a reactância


capacitiva é inversamente proporcional a frequência e a capacidade do condensador.

Já foi referido, que em Corrente Continua, o capacitor, depois de algum tempinho, se


comporta como circuito aberto. Em Corrente Alternada, acontece o seguinte a tensão varia
periodicamente invertendo a polaridade a cada meio período, o que implica que o capacitor
entra em regime senoidal permanente deixando assim a tensão atrasada em relação a corrente.
Se se aplicar uma tensão cossenoidal no dispositivo passivo em questão cria-se uma
desfasagem φ= –90° entre a corrente e a tensão. Por conveniência, considera-se que a corrente
iC(t) possui a fase igual a zero. Graças a relações matemáticas, pode-se demonstrar que em
Corrente Alternada a potência do capacitor pode ser obtida através da expressão :

p(t )  V .I . cos(2 .t  ) ou p(t )  V .I . cos(2 .t  90)
2
Assim, a potência reactiva varia de -V.I a para +V.I, tendo deste modo uma potência
média nula.

Fig. 12: Representações Temporais de tensão, corrente e potencia no Capacitor


16
VII. IMPORTÂNCIA E APLICAÇÕES PRÁTICAS.

A existência de diferentes tipos de condensadores, como já foi referida, está


estritamente ligado com as suas propriedades. E é em função das propriedades específicas que
suas aplicações são variadas.

Este trabalho não se encarregará a referir as aplicações específicas de cada tipo de


capacitor, porem levará em conta as suas funções gerais. O condensador é um dispositivo
muito empregue corrente alternada, mas também, é usado em corrente contínua, dai a sua
importância e aplicação. É ainda um dispositivo reversível de armazenamento de energia pois
pode carregar-se e descarregar-se.

As aplicações mais comuns de capacitores são:

 Como protecção de contactos eléctricos (ligando-os em paralelo com os


condensadores);

 Componentes dos filtros – dispositivos que permitem, separam ou rejeitam a


passagem de uma faixa de frequências presentes em sua entrada, impondo forte
atenuação às frequências rejeitadas e nenhuma atenuação às frequências
permitidas;

 Na “correcção do factor de potência” em dispositivos indutivos (motores,


transformadores, reactores, iluminação fluorescente etc.) Tais capacitores
frequentemente vêm como três capacitores conectados como um carga de três
fases. Geralmente, os valores desses capacitores são dados não em farads, mas em
potência reactiva em volt-ampere reactivos (VAr);

 Na supressão de ruídos (exemplo: nos rádios);

 Em geradores de onda quadrada e em circuitos de iniciação automática e


manual para computador.
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VIII. CONCLUSÃO

Dos estudos feitos sobre o capacitor, o seu comportamento, em corrente contínua e


alternada se chegou às seguintes conclusões:

Corrente Contínua (Frequência f=0):

1. Quando o capacitor está completamente descarregado, comporta-se como


curto-circuito, isto é Xc=0, o que implica que a tensão entre suas armaduras é
Vc=0 e a corrente no circuito é igual a corrente da fonte i=I.

2. Com o carregamento das armaduras, a tensão e a reactância capacitiva


aumentam, enquanto que a corrente diminui.

3. Quando o capacitor está completamente carregado, comporta-se como circuito


aberto, isto é Xc=∞, o que implica que a tensão entre suas armaduras é igual a
tensão da fonte, Vc=E, e a corrente no circuito igual i=0.

Corrente Alternada (Frequência f > 0)

O capacitor tende rapidamente para um curto-circuito, pois a reactância capacitiva é


inversamente proporcional a frequência e a capacitância.

Como se pode notar, tanto em Corrente Continua como em Corrente Alternada, o


capacitor desempenha papeis muito importantes e relevantes dai a sua aplicação é muito
abrangente no mundo dos componentes e equipamentos eléctricos.
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IX. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 MAROIOTTO, Paulo António; Análise de Circuitos Eléctricos; 1ª Edição; São


Paulo: Prentice Hall, 2003.

 YAVORSKI, B.M & DETLAF, A.A; Prontuário de Física; 2ª Edição; Moscovo:


MIR, 1990.

 VILLATE, Jaime E.; Electromagnetismo; 1ª Edição; Lisboa: McGraw-Hill de


Portugal, 1999.

 MARKUS, Otávio; Circuitos Elétricos (Corrente Contínua e Corrente


Alternada); 3ª Edição; São Paulo: Érica, 2003.

 EDMINISTER, Joseph A.; Circuitos Elétricos; 2ª Edição – reedição da edição


clássica; São Paulo: McGraw-Hill, Ltda & Makron Books do Brasil Ltda, 1985
(Tradução de Sebastião Carlos Feital).

 SILVA, Gustavo da; Electromagnetismo, Ficheiro PDF disponível no site do


Instituto Superior de Tecnologia de Setúbal, Fevereiro de 1999

 SILVA, Gustavo da; Aula T22 – Circuitos em Corrente Alternada , Ficheiro PDF
disponível no site do Instituto Superior de Tecnologia de Setúbal, Ano Lectivo
2001/2002

 MATIAS, José V. C. ; Electrotecnia; 4ª Edição – Lisboa: Didáctica Editora:


Setembro de 1992.

 ALVES, Mário F. ; ABC dos Circuitos Eléctricos em Corrente Contínua; Porto:


Ficheiro PDF disponível no site do Instituto Superior do Politécnico do Porto,
Fevereiro de 1999.

 NETTO, Luiz F. ; Capacitância; Ficheiro Html disponível no site


www.feiradeciencias.com.br

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