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A NEOGRAFICA* Jacques BERTIN™* Definicdes ‘A Neografica se serve das propriedades da imagem visual para fazer aparecer as relagdes de diferenca, de ordem ou de proporcionalidade entre os dados. Essa linguagem abrange 0 universo dos diagramas, das redes e das topografias. A Neografica ¢ aplicada a um conjunto definido previamente: a tabela de dados. Constroi assim a parte racional do mundo das imagens na classificagao ldgica dos sistemas de sinais fundamentais." ANeografica procura atingir dois objetivos: - Tratar os dados para compreendé-los e revelar a informagao que possam conter. = Comunicar essa informagao, se for 0 caso, ou fazer um inventario de dados elementares. A teoria matricial, fundamentada na Semiologia Grafica, constréi um sistema homogéneo e coerente da andlise da linguagem gréfica, de seu emprego e de sua pedagogia. E preciso evitar qualquer confusdo entre NEOGRAFICA, que trata apenas de conjuntos definidos prévia e rigorosamente (a tabela de dados) e o GRAFISMO — figurativo ou nao ~ que, 20 contrario, procura definir um campo. A Neografica é um instrumento de trabalho que obedece a leis universais incontomaveis @ indiscutiveis, e que se aprende. O grafismo ¢ livre, 6 uma arte, mas sempre discutivel. . SISTEMAS DE PERCEPGAO P <2 eee | ee | ta Ha SE panna | Bev 3 3 § | rancrganm masom 2 eee | wremres tpeoomecn As transcrig6es escritas da musica, da palavra © ‘das matematicas so formulas. de memorizacao de sistemas fundamentalmente sonoros, que nao fogem ao cardter linear @ temporal desses sistemas. O ouvido owe uma equagao ao telefone, ‘mas no ouve um mapa. * Traduzido por Jayme Antonio Cardoso (UFPR), julho/2000. Neografica é o termo proposto por Jayme A. Cardoso para La Graphique, disciplina criada por Jacques Bertin a partir da semiologia gréfica. No texto, SG remete A obra BERTIN, Jacques. Sémiologie Graphique. Paris, Mouton, 1967. 417 p.; GR remete @ obra BERTIN, Jacques. A Neografica e o Tratamento Gréfico da Informagao. Curitiba, Editora da UFPR, 1986. 273 p. “Jacques BERTIN (Maisons-Laffitte, Franga, 1918) afo e geégrafo pela Sorbonne. Em 1954 criou o Laboratoire de Cartographie, da Ecole Pratique des Hautes Etudes, VI* Section (depois denominado Laboratoire de Graphique da Ecole des Hautes Etudes em Sciences Sociales). Foi 0 primeiro a lancar as bases de uma estrutura da linguagem gréfica, oferecendo teoria e instrumentos que revolucionaram a construgao de graficos e © tratamento grafico de dados, a partir da linguagem visual. De sua grande producao, destacam-se como obras basicas Sémiologie Graphique (1967) e La graphique et le traitement graphique de I'information (1977). Intpaucaa a Caco Q@ PROPRIEDADES NATURAIS DA IMAGEM GRAFICA As trés dimensées da imagem instantanea Noplano, uma mancha pode estar no alto ou em baixo, & direita ou @ esquerda (1). A percep¢ao constréi duas dimensoes independentes (X e Y) no plano, separadas pela perpendicularidade. Uma variacdo de energia luminosa (2) constréi em Z uma ferceira dimensdo independente de X e Y. ‘Aimagem, forma significativa percebida instantaneamente, 6 criada em trés dimensoes X, Ye Z (3), Portanto, ela pode transcrever as relagdes entre {rs conjuntos independentes. ‘A variagao de energia luminosa num papel 6 indicada pela variaco do tamanho ou pela variagao do valor das manchas. ‘As vatiavels visuais da imagem sao, portanto, o plano X, Y @ 0 tamanho ou 0 valor das manchas em Z, ‘As propriedades do plano Pontos ou linhas. Rede ou matriz Um "dado" ¢ uma relagao entre dois elementos. © plano ros oferece pontos e linhas. Em consequéncia: = pode-se representar os elementos por pontos e as relagdes por linhas (4): constréi-se uma REDE. As dimensées da imagem, Xe Y, ndo sao significativas. 1ode-se representar os elementos por linhas e as relagées por pontos (5): € uma construgéo matricial, consirbi-se uma MATRIZ. As dimensoes X e Y tém cada ‘uma sua significagao. oe ered es pa cone de an Pastas tesla sailcoasotend aliens ast a nee certs telson bee GAGECERD SEM, hater mantras Pascoe sma ee tS nda ee ears BS Schl erate cutge taueae acaba s cobts ee nae ean tanets rat a Ln RtEAS WATRIGAE toes aa eo pede tas coe sao tase see's same heresies Imagem fixa ou imagem transformavel Consideremos a tabela de dados (8). Ela indica a ppresenca dos produtos A, B, C ... nos paises 1, 2, 3... ‘Seja desta forma ou sob a forma grafica (9), ela demanda um esforgo de analise frustrante. Ora, basta deslocar 0 pals 2 e 0 produto D para se descobrir os grupos de elementos semelhantes (10) e reduzir 25 elementos a 3 grupos que caracterizam este conjunto de dados. Esta transformagao intema da imagem através de permuta das linhas e das colunas, baseada no principio Universal de proximidade-similitude, define a. *matriz ‘ofdenavel” base do tratamento grafico dos dados. AS permutas sdo esquematizadas por (11). ascot oasce 9 10 2 Os jes da imagem e os problemas de superposicao Visualmente, sobrepor imagens graficas corresponde a sobrepor fotografias: misturam-se os negativos e se destroem as imagens, A imagem tem apenas trés dimensdes. Como fazer para representar varios caracteres num “mapa’, isto 6, sobre um XY fixo e, no entanto, separar suas imagens? Este é o problema da seletividade das variaveis visuais, ‘As propriedades do Z Ordem, associagao, selegao (12) As variéveis da imagem sao ordenadas (0) (sto vem antes daquilo). Além disso, como o plano, 0 tamanho transcreve proporgées (Q)-(isto € n vezes aquilo). Em todas as combinagses de vanaveis, tamanho e valor impdem sua ordem (variagao de intensidade luminosa) 4s outras variéveis. Tamanho e valor s0 chamadas dissociativas, (13) As outras variaveis so de visibilidade constante e nao perturbam qualquer combinacao. Elas $40 chamadas associativas (=) (‘sto pode ser visto como semelhiante aquilo). Servem para separar imagens ‘elementares. (14) Todas as varidveis sao soletivas ( # ) (isto ¢ diferente daquilo) mas so mais ou menos seletivas, ‘Apenas o plano possui todas as propriedades perceptivas. As transformagées do Z (inversées, simplificagao variével..), outrora praticamente irrealizaveis, agora $80 possiveis gragas a informatica. [AS VARIAVEIS DA IMAGEM XY 2 DIMENSOES DO PLANO i Ze TAMAKHO VALOR °o ae PINKIE SARA |AS VARIAVEIS DE SEPARAGAO. rl 1 1 Le A am» (0) 7A eww Ur = om (UAL o} fe) = ofel2|s| = jena. 132| 67 5 [45] 15 |aLemanna * 37| 61]69| 29] 59| Franca 16/23) 21] 9 |14qry rraua HOLANDA, Porcos xa g & a A Ha ann, " TEORIA MATRICIAL DA NEOGRAFICA Para que serve a Neogrifica? Um exemplo significativo Transformam-se dados em grafico para compreender. Um mapa, um diagrama, sao documentos para se interrogar. A tabela (15) por exemplo, que detalha a produgdo de came em cinco paises, pode ser interrogada conforme suas trés ‘entradas: X, tal tipo de came, qual pais? Y, tal pais, {qual tipo de came? Z, onde estao as’ grandes porcentagens? Em cada entrada, as perguntas possiveis vo do nivel elementar ao nivel do ‘conjunto. Perguntas elementares: quanto de porcos ha na Italia? Como resposta se tem uma cifra da casa correspondente. 0 dado elementar, 0 Gnico que se pode faciimente memorizar, pois’ ndo se pode guardar a totalidade dos dados elementares, isto 6, (05 25 dados da tabela neste caso. Mas, “compreender” é reter todos os dados. Para fazer isso & preciso reduzilos a grupos de ‘elementos semelhantes, sendo também o ndmero de grupos téo reduzido quanto possivel. Tal 0 objetivo do “tratamento dos dados’, seja ele grafico ‘ou matematico. A pergunta de conjunto: quais s80 08 grupos consiridos pelos dados om X. om Y? Essa é a questo. essencial. A resposta 6. dada pela construgao (16) ou “matriz ordendvel", que Teclassinca lnhas © colunas, demonstrando que 0s dados. em (15), ou seja, 25. numeros, ficam Teduzidos a 2 grupos A e 8, de esiruturas opostas Ea primeira “informacao” © pais C 6 uma excegao. Ele ndo se enquadra em enhum grupo. Mas esta excegdo é importante, pois no conjunto dos dados e face a igualdade dos participantes, ¢ o pais que tem o poder de decisao. Essas informagoes essencials nao sao visiveis em (15) ou em qualquer outra construgdo (ver 17). No fentanto, s40 essas as informagdes que devem ser expostas. Portanto, os tralamentos gréficos ou algoritmicos antecedem a redago dos comentrios € hes dao consisténcia. Ao contrario, a publicagao de documentos como em (17) indica que 0 redator do viu nada do que se tinha para dizer. As perguntas de niveis médios correspondem a {grande quantidade de sub-conjuntos que se pode efinir entre os niveis extremos. E quando se tem a. resposta para a pergunta de conjunto, todos 05, ‘outros nivels de perguntas terdo' resposta. Generalizagao deste exemplo A teoria matricial A teoria matricial encadeia as seguintes observagées © proposigoes: + Por definigao, todo grafico corresponde a uma tabela de dados de dupla entrada, que nao admite em suas ‘casas qualquer elemento nominative. + Essa tabela permite ts tipos de questées, em X, emYeemZ. + Em cada um desses tipos, as perguntas se escalonam do nivel elementar ao nivel de conjunto, Quando este ultimo obtém resposta, todos os niveis recebem resposta. + “Compreender’ 6 atingir o nivel de conjunto descobrir grupos. Em conseqiiéncia, o maior papel de m grafico é permitirresposta a trés questées: AS TRES QUESTOES DE BASE DA NEOGRAFICA 1. Quais sao os componentes X, Y eZ da tabela do dados? (de que se trata?) 2. Quais séo os grupos em X, em Y, construides pelos dados 2? (qual 6 a informagao de conjunto?). 3. Quais sa0 Essas trés questbes medem a utlidade de, qualquer construgao ede qualquer tratamento. & preciso aprendéias para evilar gréicos initeis, Seu conhecimento precede qualquer experéncia gréfica. As construgdes (17) evideneiam que apenas a matrz ‘ordendvel (16) fornece todas as respostas. A MATRIZ ORDENAVEL (18) responde a todos os tipos @ niveis de perguntas. E da Neografic Aplicagdo Sima das propriedades da imagem, esta Consirugde concratiza, sob 0 olhar do operador, cadeia das operagées lgicas: dados-matnz-redugao~ excegbes-ciseussao-comunicagdo. Ela organiza a rellexdo, da um sentido as operagces automaticas ©, por diferenca, caracteriza os casos partcuares. ASINOPSE (19) classifica as construcées ui fungao das modalidades da tabela de dados. Ela determina a construgao adaptada a cada caso e, inversamente, ajuda a definir a tabela de dados mais, operacional. 7 Principais construgées intteis ustragées mudas, ‘sem resposta ds perguntas bésicas ee B a® ae se aconie— atone quetios BORBOLETAS scene av VERY ont GREAT PORES a = ESTRATINCAGOES. JuSTAPOSiGOES ea Construgao normal Insumento de descobert, que responce a todas 28 pergunias matriZ ‘ORDENAVEL : Ng = ReDes /\ ~ ORDENAVE!S * “ofl, ‘o ABC... xr ordentvel 0; ordenado OT : ordem topograca D:DIAGRAMAS AAA: permutase classiicagces sR REDES. ‘Como escolher uma construgso? Asinopse das construgées uteis Tome-se por exemplo uma tabela de dados contendo em X os abjetos A, B, C,... @ em Y 08 cearacteres 1, 2, 3...Neste caso se dbservaré: 1) 0 miimero de caracteres, 2) a natureza ordenada (0) ou ordenavel ( #) dos objetos. Sao os dois principios de classificagéo dos diagramas. As TolagBes entre objetos definem as redes. Mais do 3 caractores Otjetos # @ matic ordendvel (reorderable mati) © a construgao de base. Objetos 0 @ fichério-magem (image-fle), Perma apenas em Y. Admite um maximo de dados. ‘@ leque de curvas (array of curves), quando as inclinagoes sao significativas. ‘@colepses classificdveis de quadros ordenados ‘ou de ‘mapas": mapas de sons, de cores... © colegées de cartas geogréficas com um caractere. 3 caracteres @ menos Cada caractere mobiliza uma dimensdo da imagem. Os —_agrupamentos aparecem. diretamente no quadro ordenado. @ e @ comelagies (scatter-plot) com 3 e 2 caracteres @ distribuicao de um caractere. ‘As redes (network) ordenaveis. Suas transformagdes procuram simpiifcar a imagem, mas elas sdo.limitadas pelo numero dos ‘elementos. ‘As redes ordenadas @ topogratia, mapas de base mapas de um caractere @o@ superposicoes exaustivas cromaticas © colegao de mapas = superposigdes exaustivas (inventérios) + superposiges simplificadas (sinteses) Como transmitir a informagao “aos outros"? Acomunicagao grafica & a fungéo mais conhecida, Mas, deve-se ‘comunicar apenas os dados elementares, como fazem as construgbes graficas em sua malora, ou ‘comunicar 0 que permite “compreender"? Evidentemente, a Neografica util 6 a que permite compreender. Suas imagens sdo as mais simples @ néo & preciso chamar a atengdo para os grupos, @ néo ser quando a imagem olimizada Continua complexa, Mas, qualquer omizago ¢ dscutvel. Deve-se propiciar a sua discussao © conservar os dados ‘Da sua totalidade ou sintetiza-los em beneficio de agrupamentos mais visiveis, mais evidentes, porém definiivamente indiscutiveis? Este € 0 verdadeiro problema da comunicagso cientifica, dos dendrogramas, dos. escores fatoriais gerados a partir da andiise fatoral, das modelagens —_cartograficas, que = fazem desaparecer os dados originals e, assim, impedem a andlise critica, ‘A fungio repertério caractoriza _muitas topografas ea justo titulo, pavilegia as perguntas- do nivel elomentar. Ela também jusifica as classifcagdes alfabéticas ou cronolégicas. quo simpificam a descoberta do elemento procurado. Ela ‘excl os repertérios nao classificados que obrigam a ler tudo até se descobrir 0 elemento pertinent. Esquematizagao da imagem grafica Durante utlizago do instrumento gréfico, ‘emissor’ e ‘receptor’ so a mesma pessoa ou 80 dois “atores” que fazem as _mesmas perguntas de base. Por conseguinte, nao entram ‘no esquema de comunicagdo poliss8mica emissor <> cbdigo > receptor (A) Entram, de fato, no esquema monossémico ator < trés relagses #,0,Q relagbes de semelhanca e de ordem que permite reduzir os dados @ quo nao sdo convencionais, pois so expressas por varidveis visuals que tém as mesmas propriedades. O esquema A é utlizado apenas por meio da palavra para responder a primeira questo. OS DIAGRAMAS Dois exemplos de tratamentos graficos Analogia e complementaridade entre tratamentos algoritmicos e graficos Uma construgao particular: 0 fichario- imagem Um instrumento experimental (GR p.75) CColocando em X um componente ordenado (neste ‘caso, 0 tempo), esta construgéo exclui um eixo de permuta e simpitica 0 tratamento grafico. Uma colegao de insetos é homogénea? = Tr@s compartimentos estéo contiguos: iluminado, ha sombra, escuto. = Para cada inseto, a cada cinco minutos e durante ‘uma hora, marca-se 0 tempo passado nos dois primeiros compartimentos (Tt e 12) antes de ‘chegar a0 compartimento escuro. = Aexperiéncia, repetida 12 vezes, constroi a tabela dos dados (22). De fato, trata-se de descobrir: = 8@ as 12 experiéncias sao compardveis = 50.08 8 insetos constituem tipos ~ se ha momentos marcantes Em @ ¢ construido o fichario-‘magem. As unidades de tempo sao registradas om Xe 0s 8 insetos em Y (A) em 12 experiéncias (4) Em © ¢ construida uma imagem por experiéneia, baseando-se na classificagao ABGCDHEF dos insetos. As experiéncias formam dois grupos. Os ‘grupos 5 © 11 sao diferentes da maioria @ so deixados de lado e estudados separadamente. Em © é construlda uma imagem para cada inseto, pela ordem das experiéncias. Destacam-se trés ‘grupos: dos lentos, dos répidos e dos hesitantes. Em @ na ordenagao dos tempos, dos mais longos ‘20s mais curtos. Surgem trés classes: 10, 20 @ 45 minutos. Muitas outras observacdes sao possiveis — ver GR p. 78. ‘Outros exemplos de ficharios-imagem: comparago_ de espectros de materials, de estrelas, de assinaturas genéticas... AS REDES ORDENAVEIS (0s grafemas e organogramas transcrevem no plano as relagbes (traros) entre os objetos (pontos). Seu tratamento simplfica a imagem: em (A), suprimindo os cruzamentos sem significagao; ‘em (B), criando grupos pertinentes; ‘em (C), atribuindo uma signficagdo as orientagses Xe ¥ do plano. ‘Quando aumenta 0 numero dos elementos, essas ‘operagdes se toram rapidamente complexas, Entéo, @ preciso apelar para os tratamentos ‘matriciais (D) ou 4s matematicas dos gratemas. o ° = oR 3 me m EXPERIENCIAS 49 BABeqouruns 9 vavwswensats ov AS CONSTRUCOES CARTOGRAFICAS (REDES ORDENADAS ) No mundo da Neogréfica, a fixidez no plano define as sopoarafias © seu problema especifico: a separacdo visual de caracteres superpostos, ‘A solugao depende do nivel das questdes pertinentes @ vale-se das leis da seletividade aplicadas as variéveis visuals, @ sua implantagao e ao reconhecimento das formas elementares. As porguntas de base Tome-se como exemplo um problema cartogréfico com n caracteres e a tabela corespondente que tem os elementos (geogréficos em X @ os caracteres em Y. Aprimeira pergunta de base (quais 80 08 X, Y, Z..) condiciona a redagao da legenda do mapa. Para responder as duas outras perguntas (quais so 08 grupos, fas excegbes...) 6 preciso comparar os caracteres, descobrir ‘semelhancas, regionalizagées e, por conseguinte, responder a questo “onde esta tal caractere?”(A). Além do mais, em sua fungao de inventario, o mapa deve responder & pergunta “o ‘que existe em tal lugar?"(8). As respostas variam conforme as construgées. © mapa de 1 caractere © responds ds duas perguntas. Ele ‘suscita o problema da representacdo das quantidades em Z. O- ‘erro @ — representagdo nao ordenada ~ responde apenas a uesido (8). A colegdo de mapas de 1 caractere @ responde apenas & ppergunta (A), mas pode ser classificada de maneiras diferentes. {A superposigio de mapas @ responde apenas & pergunta (B). O mesmo acontece com @. A superposicao levanta o problema da seletvidace, Portanto, para responder do manota Grausiva a todas as perguntas,€ preciso consinir a colegdo ‘@ a superposicao ® © mapa simplificado -mapas de sintese © @ @ - procura feeponder a todas as perguntas, mas isto deixando de lado o= Gados exaustvos. Ele suscta 0 problema da escolha de um precedents. de watamento, matidal @ ou puramente tartografen @, Ele também euscitao problema da discuss das ogionalizagses.proposias quando desapareceram 08 dados onginais ——- Ee An tae Esai Fst SMS 10 A representagao das quantidades em Z (SG 366) Homogeneizar as classes de freqiiéncia Na superficie terrestre, a populago de um pais depende da extensdo do pais. Igualmente, em eslatistica a populagdo de uma classe de idade dopende da amplitude da classe. Em cartografia, assim como em esiatistica, basta neutralizer ou homogeneizar classes de freqiéncia para evitar as representacdes erroneas. Esta operacdo pode ser matematica ‘(relagées, porcentagens, indices) ou grafica (quadtriculas), Utilizar a variagao de tamanho Em @ (prego do terreno), os pregos altos sao vistos imediatamente. & um mapa para ‘ver’. Em @ eles ndo ~ vistos. E um mapa para “ler’, da mesma forma que Fazor variar o nivel de alisamento de arestas Ropresentar quantidades em Z 6 responder a duas pergunias: quais s80 os patamares caracteristicos da distrbuigao? Em que nivel a imagem tl & definida (semethante a uma outra, suprimindo pontos isolados, Cobrindo tal supertice...)? Uma literatura abundante destaca a diiculdade, ou a impossiblidade, de responder as duas perguntas com apenas um mapa. A variagéo continua informatizada, 4o nivel de alisamento de arestas, dé uma solugdo eficaz. Aseletividade (SG p. 67 GR p. 213) Intertere_nas_suverposicoes © define-se por seu inverso: fazer abs z 2 Com luminosidade igual, selocionar quadrados em @ 6 fazer abstragéo de todas as outras. formas, impossivel. A seletvidade das formas é nula, Com. huminosidade varidvel, selecionar os sinais escuros ¢ fazer abstragao dos claros, o que 6 imediato em ‘Amelhor seletividade é assegurada por: * Diferenga do intensidade - tamanno e valor, quando ‘do ha significagao ordenada + Diferenga de implantagao - quo superpoe simbolos pontuais, lineares e zonais. = Cor, mas cuja seletividade depende do tamanho das manchas. Verde e vermelho diferenciam mal duas cabecas de alfinete, enquanto que, numa pareda, provavelmente o olho diferencia cerca de um milho de tintas. Portanto, evitar cor em implantag&o pontual. = Grao, em implantagao zonal (trés patamares). = Orientagao © em implantago pontual (4 patamares) e linear (2 patamares). ‘A forma nao tem praticamente nenhuma seletividade ras trés implantagdes. ‘Stores de auvidade (OR 188) AINVENGAO DA TABELA DE DADOS Qual tabela se deve construir? A ‘andlise matricial de um problema’ ajuda a responder a esta pergunta ¢ ‘prope organizar a reflexdo em trés momentos sucessivos. 1, Traduzir 0 problema por perguntas simples e estabelecer a lista dos caracteres e dos objetos que se desojaria conhecer, fazendoo em ‘completa liberdade e@ sem constrangimentos técnicos. Observar sua extensao e suas relagdes. € a ‘tabela de ventilacao". 2. Imaginar a tabela ideal homogénea, contendo © maior nimero de elementos dessa lista. Ou seja, 0 que colocar em X (qualquer que seja sua extenstio) para que se coloque o maior nimero de caracteres em Y? Medi ‘as suas dimensées, a acessibilidade, o custo em tempo e em meios. Estudar a sua redugio, por agregagao ou por sondagem e interpolagdo. E ‘a ‘tabela de homogeneidade". Chega-se a uma tabela acessivel © ‘operacional 3. Verificar a pertingncia dessa tabela, anotando nas margens as Correspondéncias e as relagées definidas pelas perguntas do inicio. E a “abela de perinéncia’. Ela define a tabela final dos dados (GR p. 233). Evidentemente, este estudo precede 0 tratamento propriamente dito, mas ‘nfo pode ser ievado a bom termo sem o conhecimento da andlise dos ddados, matematica ou gréfica, @ de suas modalidades. PODER E LIMITES DA NEOGRAFICA ‘As trés dimensées da imagem fazem da ppercapeao visual nosso mais poderoso sistema de percepgao e fazem da Neogréfica um instrumento edagégico particuarmente eficaz que, desde o fensino basico, permite concretizar os problemas da Informagdo, da reflexao e da deciso. Gracas as suas permutas, a Neogréfica moderna materializa ogées que muitas vezes ficavam abstratas: = A Neografica da uma forma visivel as etapas © as modalidades de_um estudo, o que facia em muito ‘a organizagao do trabalho. = Ela concretiza a nocdo de “dados’ e destaca os problemas que a constituicdo_da_tabela_inicial suscita, problema de pura invencao, fora da agao de qualquer computador, ¢ definidos pela pergunta: “o {que colocar em X?" = Ela dé uma forma visivel a nocao de ‘andlise de dados" mais acessivel em sua forma grafica do que ‘em sua forma matematica. = Ela destaca que um trabalho s6_é “cientifico" quando suas assertivas sdo jusiiicadas pelo, Figoroso tratamento de uma explicita tabela de dados. Fora desse tratamento s6 poderé haver opinides pessoais. ~ Ela dé uma forma visivel as nogbes de discissAo, feflexdo e compreensao, nogdes determinadas pelo nivel das questdes pertinentes. Porém, a imagem tem apenas trés dimensées. Provavelmente, as incidéncias desse limite vao além de nossa imaginagao, imersos que’ somos nesta situagao natural. = E assim que a andlise matematica fala de n dimensbes. Mas, constala-se que as listagens de ‘entrada em computador formam uma tnica tabela X.Y, Z @ que, no momento de conhecer o resultado os célculos, vé-se diante de uma imagem...que tem apenas trés dimensées, a quarta sendo 0 tempo, quo se trata justaments de minimizar. ~ E assim que 0s estudos interdisciplinares sempre s2rdo dificels, pois que 0 gedgrafo coloca em X 0 espaco, 0 historiador coloca o tempo, 0 psicdlogo caloca’ 0s individuos, 0 soci6logo coloca as Categorias sociais, estando cada um convencido de deter a “citncia de sintese" sem perceber que cada ‘academia, cada disciplia, cada contro de estudos define-se' pelos componentes X e Y que ‘caracterizam seu campo de informagao. & a ausdncia de uma quarta dimenséo na imagem que de fato impede de conceber uma ciéncia de sintese em disciplinas, ‘que se pode demonstrar os limites a racionalidade. Um tratamentojustficado s6 pode fexistir no quadro de um conjunt fito: a tabela de dados. Mas existe uma infinidade de conjuntos finitos. Quaisquer que sejam nossos esforgos de racionalizagao, eles estardo sempre imersos no infinito do iracional : 12

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