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Critérios de Segurança para Ambientes e PBJ-MNT-ELET-POP-

Serviços em Painéis Elétricos com Risco de 002


Arco Elétrico. Rev. 00

1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece requisitos mínimos de segurança em projeto, construção de


ambientes de subestações e serviços de montagem, incluindo instalação, operação,
inspeção e manutenção de painéis elétricos de alta e baixa tensão, a fim de eliminar ou
evitar, e na impossibilidade desta situação, minimizar os danos às pessoas e às
instalações elétricas, causados por arco elétrico.

1.2 Esta Norma não se aplica a redes elétricas de transmissão e distribuição e seus
equipamentos e acessórios, tais como: transformador de distribuição, capacitor e para-
raios.

1.3 Painéis elétricos do tipo Centro de Controle de Motores (CCM) ou Centro de Distribuição
de Carga (CDC) não são enquadrados nos conceitos de Máquinas e Equipamentos da
NR-12. Esta exceção é prevista em 12.2 da NR-12, quanto a sua aplicabilidade.

1.4 Esta Norma se aplica a partir da data de sua edição.

1.5 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.
Portaria no 452 do Ministério do Trabalho e Emprego, 20/11/2014 - Estabelece as
normas técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios aplicáveis aos Equipamentos
de Proteção Individual - EPI enquadrados no Anexo I da NR-6 e dá outras
providências;
NR-06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI;
NR-10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
NR-12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos;
NR-17 - Ergonomia;
PETROBRAS N-314 - Painel de Baixa Tensão - Centro de Controle de Motores;
PETROBRAS N-316 - Painel de Baixa Tensão - Centro de Distribuição de Carga;
PETROBRAS N-317 - Painel de Média Tensão - Centro de Distribuição de Carga;
PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;
PETROBRAS N-2429 - Níveis Mínimos de Iluminância;
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PETROBRAS N-2817 - Painel de Média Tensão - Centro de Controle de Motores;


PETROBRAS N-2874 - Chaves Seccionadoras a SF6;
ABNT NBR 6494 - Segurança nos Andaimes;
ABNT NBR 9699 - Ferramentas Manuais - Isolação Elétrica até 1 000 V c.a. e 1 500 V c.c.;
ABNT NBR 10898 - Sistema de Iluminação de Emergência;
ABNT NBR 15071 - Segurança no Tráfego - Cones para Sinalização Viária;
ABNT NBR IEC 60079-17 - Atmosferas Explosivas - Parte 17: Inspeção e Manutenção de
Instalações Elétricas;
ABNT NBR IEC 60529 - Graus de Proteção para Invólucros de Equipamentos Elétricos
(Código IP);
ASTM D178 - Standard Specification for Rubber Insulating Matting;
ASTM D1048 - Standard Specification for Rubber Insulating Blankets;
ASTM F496 Rev. A - Standard Specification for In-Service Care of Insulating Gloves and
Sleeves;
ASTM F711 - Standard Specification for Fiberglass-Reinforced Plastic (FRP) Rod and Tube
Used in Live Line Tools;
ASTM F855 - Standard Specifications for Temporary Protective Grounds to Be Used on
De-energized Electric Power Lines and Equipment;
ASTM F1826 - Standard Specifications for Live Line and Measuring Telescoping Tools;
ASTM F2320 - Standard Specification for Rubber Insulating Sheeting;
IEC 60903 - Live Working - Electrical Insulating Gloves;
IEC 60079-17 - Explosive Atmospheres - Part 17: Electrical Installations Inspection and
Maintenance
IEC 60855-1 - Live Working - Insulating Foam-filled Tubes and Solid Rods - Part 1: Tubes
and Rods of a Circular Cross-section;
IEC 61010-1 - Safety Requirements for Electrical Equipment for Measurement, Control and
Laboratory Use - Part 1: General Requirements;
IEC 61230 - Live Working - Portable Equipment for Earthing or Earthing and
Short-Circuiting;
IEC 61478 - Live Working - Ladders of Insulating Material;
IEEE 1584.1 - Specification of Scope and Deliverable Requirements for an Arc-Flash Hazard
Calculation Study in Accordance with IEEE Std 1584™;
NFPA 70E - Standard for Electrical Safety in the Workplace;
NORMAM 1/DPC - Normas da Autoridade Marítima para Embarcações Empregadas na
Navegação em Mar Aberto.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.


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3.1 Alta tensão

Conforme critérios estabelecidos na NR-10

3.2 Arco elétrico

Fluxo de corrente elétrica através do ar entre 2 condutores ou 1 condutor e a terra, liberando


uma grande quantidade de energia em um tempo pequeno, resultando em altas temperaturas e
expansão violenta da massa de ar no ambiente

3.3 distância segura de aproximação para atividades sujeitas a arco elétrico

Entorno de uma fonte de arco elétrico dado por uma distância limite de aproximação, onde uma
pessoa pode receber uma queimadura de segundo grau se um arco elétrico vier a ocorrer. Esta
distância limite é calculada para um nível de energia incidente de no máximo 1,2 cal/cm 2 ou 5
J/cm2.

3.4 ATPV (“Arc Thermal Performance Value” - Valor de Proteção Térmica do Arco
Elétrico)
Energia incidente no material que resulta em transferência de calor suficiente para causar
queimaduras de segundo grau

3.5 baixa tensão


Conforme critérios estabelecidos na NR-10

3.6 rompimentos (“breakopen”)


Critério de ensaio que define que qualquer abertura ocorrida na camada interna da vestimenta
de segurança, em contato com a pele (próximo à parte protegida), maior do que 1,61 cm 2 de
área ou rasgo maior do que 2,54 cm de comprimento significa que o nível de energia é superior
ao especificado nesta Norma, portanto a vestimenta está reprovada para utilização neste nível
de energia.

3.7 Distância de trabalho


Menor distância do corpo do trabalhador para uma possível fonte geradora de arco elétrico de
um painel elétrico, na tarefa específica a ser executada, tais como o painel com porta aberta ou
tampa retirada

3.8 habilitação, qualificação, capacitação e autorização dos trabalhadores


Conforme critérios estabelecidos na NR-10
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3.9 monitor de arco

Sensores que atuam desligando os disjuntores na presença de altas correntes e luz

3.10 painéis elétrico

Conjunto de manobra e controle em invólucro, com forma construtiva do tipo autossustentável


ou fixados em uma estrutura

4 Requisitos de Projeto

4.1 Requisitos Gerais

4.1.1 Para novos projetos de painéis elétricos das classes até 24 kV, durante os períodos de
intervenção, estes devem possuir nível de energia inferior ao da categoria de risco 2 (até 33,47
J/cm2 ou 8 cal/cm2), inclusive para os novos painéis instalados em subestações existentes, e
também para novas colunas de ampliação de painéis existentes.

4.1.2 Para novos projetos de painéis elétricos das classes acima de 24 kV, durante os períodos
de intervenção, estes devem possuir nível de energia inferior ao da categoria de risco 2 (até
33,47 J/cm2 ou 8 cal/cm2). Na impossibilidade de atender a este requisito, deve possuir o menor
nível de energia possível, não sendo admitido que ultrapasse a categoria de risco 4.

4.1.3 Para instalações existentes, durante os períodos de intervenção, não são admitidos
valores acima da categoria de risco 4 (167,36 J/cm2 ou 40 cal/cm2), conforme os níveis de
energia estabelecidos na NFPA 70E.

4.1.4 Para atingir os valores de energia incidente devem ser adotadas medidas mitigadoras em
instalações existentes, tais como:

a) reduzir a corrente de curto-circuito a arco elétrico;


b) reduzir o tempo de atuação dos dispositivos de proteção para as correntes de curto circuito a
arco elétrico;
c) alteração da proteção de sobrecorrente temporizada ou instantânea, com novo ajuste
temporário de “pick-up” e tempo;
d) instalar monitor de arco;
e) dispositivos que provocam curto proposital, sem arco elétrico, e o eliminam
instantaneamente;
f) reduzir a exposição dos trabalhadores ao risco de arco elétrico incidente na distância de
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trabalho, através da operação remota dos dispositivos de manobra.

4.1.5 O prontuário da NR-10 da instalação elétrica deve conter o documento denominado


“estudo do potencial de risco de arco elétrico do sistema elétrico da instalação” conforme os
cálculos previstos na IEEE 1584.1.

4.1.6 A acessibilidade de painéis das classes 24 kV e 36 kV (LSC - “Loss of Service Continuity


Category”) deve ser categoria LSC2A.
NOTA O compartimento de cabos não pode estar energizado quando qualquer outro
compartimento do mesmo cubículo estiver sendo acessado. Quando não forem do tipo “Gas
Insulated Substation” (GIS), devem possuir construção com partição classe PM e resistentes a
arco.

4.1.7 Para painéis elétricos com tensão igual ou menor do que 240 V, exceto quando estes
forem alimentados por transformadores de potência maiores do que 125 kVA, pode ser
desconsiderada a avaliação de arco elétrico e energia incidente, conforme IEEE 1584.1.

4.2 Painéis Elétricos

4.2.1 O painel elétrico em alta tensão (Centro de Distribuição de Cargas e Centro de Controle
de Motores) deve possuir classificação para arco interno IAC (“Internal Arc Classification”).

4.2.2 O painel elétrico em baixa tensão (Centro de Controle de Motores e Centro de


Distribuição de Carga) deve ter classificação para arco interno.

4.2.3 Os painéis elétricos devem ser identificados através de plaquetas, com marcação
indelével, com o nível de tensão, nível de energia incidente e a distância segura de
aproximação para atividades com porta aberta ou tampa removida, conforme Anexo A.

4.2.4 O painel elétrico certificado para arco elétrico não é considerado protegido se a porta
estiver aberta ou alguma tampa removida.

NOTA Medidas de controle previstas no projeto do painel certificado (desde que ativadas,
adotadas, bloqueios efetivados e sinalizados), tais como ativação de controles para operações
de manutenção associados a proteções através de relés de entrada e “tie” etc. podem ser
considerados nos cálculos de arco elétrico para cálculo da vestimenta de segurança. Estas
ações podem reduzir o nível de proteção dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) do
trabalhador. Para estes casos os cálculos e documentações devem fazer parte do prontuário,
assim como procedimentos escritos da sequência de ativação, evidências do treinamento dos
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operadores envolvidos nas atividades e placas de sinalização de advertência nos painéis


elétricos.

4.2.5 Os serviços rotineiros de interdição e liberação de gavetas e cubículos de painéis


elétricos, desde que todas as portas estejam fechadas e tampas instaladas, necessitam de
vestimentas de proteção mínima categoria de risco 2 e EPI conforme esta Norma. São
exemplos destes serviços:

a) acionamento externo de alavancas;


b) manoplas rotativas para desligamento de disjuntores ou chaves seccionadoras;
c) colocação de cadeados;
d) colocação de sinalização de segurança.

4.2.6 Cuidados adicionais devem ser adotados quanto aos aspectos ergonômicos em projetos
e atividades relacionados a painéis elétricos, em especial o atendimento a NR-17 e ABNT NBR
10898.

NOTA Para os projetos e as atividades do Exploração e Produção (E&P) devem ser atendidas
a Diretriz Terrestre e Especificação Técnica de Eletricidade.

4.2.7 As portas dos compartimentos para os disjuntores, contatores ou gavetas devem permitir
a colocação de cadeado, travando-a na posição “extraído”. Na posição “inserido” a porta do
compartimento deve ficar impossibilitada de ser aberta.

5 Requisitos Operacionais

5.1 Requisitos Gerais

5.1.1 São exemplos de atividades com risco de arco elétrico, porém não limitados a estes:
a) trabalhos em painel do tipo CCM com tensão superior a 240 V c.a. e inferior a 600 V c.a.:
— trabalho em compartimentos ou cubículos de controle em painéis não compartimentados;
— inserção e remoção de gavetas de painel aberto;
— trabalho em parte energizada exposta, inclusive teste de tensão;
— aplicação de aterramento provisório após teste de tensão;
— remoção de coberturas aparafusadas que exponham partes energizadas;
— dispositivos de seccionamento, tal como, chaves de aferição e comutadora instalados no
lado interno dos painéis;
b) trabalhos em painéis do tipo CDC com disjuntores com tensão superior a 240 V c.a. e
inferior a 600 V c.a.:
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— trabalho em parte energizada exposta, inclusive teste de tensão;


— trabalho nos circuitos de controle expostos com tensão superior a 120 V c.a. ou 125 V c.c;
— inserção e remoção de disjuntores com portas abertas;
— aplicação de aterramento provisório após teste de tensão;
— remoção de coberturas aparafusadas que deixem expostos barramentos energizados;
— dispositivos de seccionamento, tal como, chave comutadora do transformador de corrente;
c) trabalhos em painéis do tipo CCM com tensão de 2,3 kV até 7,2 kV:
— operação de contator com a porta aberta;
— trabalho em parte energizada exposta, inclusive teste de tensão;
— trabalho nos circuitos de controle com tensão superior a 120 V c.a. ou 125 V c.c.
exposta;
— inserção e remoção dos contatores e disjuntores dos painéis com a porta aberta;
— aplicação de aterramento provisório após teste de tensão;
— remoção de coberturas aparafusadas que deixem expostos barramentos energizados;
— abertura de coberturas com dobradiças que exponham barramentos ou partes energizadas;
— dispositivos de seccionamento, tal como, chave comutadora do transformador de corrente;
d) trabalho em painel blindado ou “metal clad” com tensão superior a 1 kV:
— operação de disjuntor ou chave fusível com portas abertas;
— trabalho em parte energizada exposta, inclusive teste de tensão;
— trabalho nos circuitos de controle com tensão superior a 120 V c.a. ou 125 V c.c. exposta;
— inserção e remoção de disjuntor dos painéis com a porta aberta;
— aplicação de aterramento provisório após teste de tensão;
— remoção de coberturas aparafusadas que deixem expostos barramentos energizados;
— abertura de coberturas com dobradiças que exponham barramentos ou partes energizadas;
— abertura de compartimentos de transformadores de tensão ou controle de transformadores
de potência;
— dispositivos de seccionamento, tal como, chave comutadora do transformador de corrente;
e) trabalhos em outros equipamentos elétricos, tais como:
— trabalho em parte energizada exposta, inclusive teste de tensão;
— remoção de coberturas aparafusadas que exponham barramentos ou partes energizadas;
— abertura de coberturas com dobradiças que exponham barramentos ou partes energizadas;
— abertura operação de chave seccionadora com porta aberta;
— dispositivos de seccionamento, tal como, chave comutadora do transformador de corrente;
f) trabalhos de termografia com porta aberta ou tampa retirada:
— inspeção;
— manutenção;
g) trabalhos de montagem e desmontagem de duto de exaustão com painel energizado;
h) outras atividades que a análise de risco da unidade operacional contemple.
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NOTA Quando de extração e inserção de gavetas ou componentes, ou mesmo manutenção em


painéis elétricos energizados, a sala deve estar desocupada de pessoas estranhas a operação
ou se colocarem em uma posição e distância seguras considerando o nível de energia
incidente com a porta do painel aberta.

5.1.2 A execução de serviços de inspeção, manutenção ou montagem, em compartimentos ou


cubículos somente com dispositivos e circuitos de baixa tensão, compartimentados e
separados dos compartimentos que contém os barramentos de força, deve ser realizada com a
utilização de EPI completos contra arco elétrico, no mínimo com categoria de risco 2. A
execução destes serviços somente pode ser executada se, e unicamente se, os cubículos que
contenham os barramentos de força estiverem com todas as suas portas fechadas e tampas
colocadas. São exemplos deste tipo de compartimento de baixa tensão os cubículos para
instalação de componentes tais como:
a) relés de proteção;
b) Intelligent Electronic Device (IED);
c) medidores;
d) “switches” ópticos;
e) conversores de protocolo;
f) conversores de sinais eletro-óptico;
g) transdutores e respectivos bornes terminais, contendo somente cabos de cobre ou ópticos
para circuitos de proteção, controle, comando, medição, intertravamento e automação.

5.2 Operação e Manutenção Seguras das Instalações

5.2.1 Para operação e manutenção segura das instalações elétricas devem ser atendidos os
requisitos estabelecidos na NR-10.

5.2.2 Não são admitidas intervenções em painéis energizados com energia incidente superior a
167,36 J/cm2 (ou 40 cal/cm2). Deve ser avaliada a redução desta energia, mesmo com perda
da seletividade, através dos seguintes métodos:

a) alteração do grupo de ajuste do rele de proteção, precedida de análise de desvio temporário


de proteção, alterando a proteção de sobrecorrente temporizada ou instantânea, com novo
ajuste temporário de “pick-up” e tempo; ou
b) utilização de sistema portátil de monitor de arco atuando sob o sistema de proteção.

5.2.3 Caso os métodos de redução dos níveis de energia indicados em 5.2.2 não sejam
implantados, os serviços de manutenção ou intervenções de operação devem ser realizados
somente com o painel desenergizado.
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5.2.4 Somente é permitida a permanência na área de proteção contra arco elétrico, quando
exposto ao risco, das pessoas devidamente autorizadas e utilizando vestimentas de segurança
com nível de proteção contra arco elétrico adequado à instalação, além dos EPI especificados
para este serviço.

NOTA 1 A unidade deve buscar alternativa para desocupação total das subestações. Para
projetos novos os sistemas de controle devem ser instalados em ambientes segregados dos
sistemas de potência.

NOTA 2 As salas de painéis elétricos e de automação não devem ser utilizadas como local de
emissão de Permissão de Trabalho (PT) e qualquer outra finalidade estranha a função. NOTA 3
Não devem ser permitidos bebedouros, geladeiras, pontos de café, material de limpeza,
ferramentas e qualquer outro material estranho ao ambiente no interior das salas de controle e
de painéis elétricos e de automação.

NOTA 4 Em ambientes existentes de salas de controle e painéis elétricos e de automação


simultâneos, a mesa do operador deve estar a uma distância e posição tal que não fique
diretamente em frente ou atrás dos painéis, ou seja, na distância de um possível arco elétrico,
não atrapalhando a circulação de pessoas e a evacuação da sala em caso de emergência.

5.2.5 Os serviços em instalações elétricas energizadas sujeitas a risco de arco elétrico de 8


cal/cm2 ou maior não devem ser realizados individualmente. São exemplos destas atividades e
serviços:
a) serviços de inserção e extração de gavetas, contatores e disjuntores;
b) manobras locais de disjuntores e chaves seccionadoras de alta tensão;
c) teste de tensão.

NOTA Para serviços não sujeitos a arco elétrico esta subseção não se aplica.

5.2.6 Todos os dispositivos de proteção devem ser mantidos em perfeita condição de


operação, calibrados e dentro de sua faixa de atuação.

5.2.7 Os procedimentos para intervenções em sistemas elétricos devem ser com base nos
resultados de uma análise de risco estruturada, conforme o nível da intervenção.
5.2.8 A PT deve ser específica para os serviços em eletricidade
5.2.9 Durante as intervenções devem estar disponíveis os Equipamentos de Proteção Coletiva
(EPC) e dispositivos de segurança capazes de mitigar os riscos previstos na análise de risco,
tais como:
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Bastão de resgate, detector de tensão, conjunto de aterramento temporário, manta antichama e


tapete isolante. Devem atender aos requisitos do Anexo B. Outros EPC podem ser exigidos
pela análise de riscos da Unidade.

5.2.10 Somente devem ser consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas


para trabalho, mediante os procedimentos apropriados, conforme sequência a seguir:
a) seccionamento;
b) impedimento de reenergização, através de bloqueio com cadeados ou sistema similar;
c) constatação da ausência de tensão e tensão residual;

NOTA Deve ser utilizado instrumento de medição de campo elétrico (sem contato físico com
parte potencialmente energizada).

d) instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos condutores dos circuitos;


e) proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
f) dispositivos de travamento ou bloqueio, tal como cadeado, devem ser utilizados em conjunto
com as etiquetas de advertência, conforme PBJ-SGE-SEG-POP-002 rev 00 BLOQUEIO DE
ENERGIAS.

5.2.11 O estado de instalação desenergizada deve ser mantido até que a autorização para
reenergização seja liberada e deve respeitar a sequência de procedimentos abaixo:
a) retirada das ferramentas, utensílios e equipamentos;
b) retirada da zona controlada de todos os trabalhadores não envolvidos no processo de
reenergização;
c) remoção do aterramento temporário, da equipotencialização e das proteções adicionais;
d) remoção da sinalização de impedimento de reenergização;
e) desbloqueio, se houver, e religação dos dispositivos de seccionamento.

5.2.12 Alterações no sistema de geração, alterações na topologia da rede de distribuição ou


alterações no ajuste de proteção, geram a reavaliação da energia de arco incidente dos painéis
elétricos e não deve ultrapassar os limites máximos especificados nesta norma.

5.2.13 Para atividades de manobras devem ser utilizados os EPI adequados aos níveis de
energia incidentes calculados, conforme estabelecido nesta Norma.
5.2.14 As inspeções de conformidade à NR-10 devem ser realizadas conforme padrões dentro
dos prazos legais e na ausência destes a cada 3 anos, e as instalações elétricas em
atmosferas explosivas devem ser inspecionadas periodicamente ou passar por supervisão
contínua conforme ABNT NBR IEC 60079-17.
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NOTA 1 É recomendado que as inspeções sejam realizadas pelo setor de manutenção elétrica
e instrumentação, associados a estes ou equivalente. [Prática Recomendada]
NOTA 2 É recomendado que o SESMT realize auditorias amostrais para verificar a
conformidade das inspeções. [Prática Recomendada]

5.3 Sala de Painéis e Subestação

Aplicar os critérios descritos na Tabela 1.


Tabela 1 - Requisitos de Segurança
Problema
Situação potencial Riscos Recomendação
Distância Instalar dutos de
entre o “flap” gases
de exaustão Risco de quentes
e teto incêndio e direcionados
menor que a acidente para uma área
recomendad pessoal adequada,
Painel ensaiado para
a pelo segura e não
resistência a arco
fabricante classificada
elétrico
Realocar o
Cabos na bandejamento
área de Risco de ou instalar dutos
escape de incêndio de
gases exaustão. (ver
NOTA)
NOTA Na impossibilidade destas soluções, proteger os cabos (“fireproofing”).
 
 
 

5.4 Chaves Seccionadoras


As chaves seccionadoras de alta tensão para instalação em ambientes fechados devem ser
isoladas.

5.5 No caso de manobras de extração e inserção completa do dispositivo, seguir Tabela 2.

Tabela 2 - Extração ou inserção de dispositivos


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Painel
ensaiado para
Dispositivo Porta aberta EPI mínimo
resistência a
arco elétrico
Sim Não Categoria de risco 2 ou proteção ao
Disjuntor, Contator
Sim Sim Fogo Repentino (RF)
ou Gaveta
Extraível. Não Não Categoria de risco compatível com
Não Sim nível de energia incidente
NOTA 1 Informações sobre EPI podem ser encontradas na Tabela 3. Para conhecer suas
características devem ser consultadas as Especificações Técnicas (ET) no sitio de
MATERIAIS.
NOTA 2 A vestimenta de segurança não protege contra riscos mecânicos de projeção de partes do
painel no caso de arco elétrico. Este risco deve ser avaliado caso a caso.

5.6 No caso de intervenção em circuitos e dispositivos do compartimento de controle de baixa


tensão, tensão de 440 V ou superior, mesmo com energia incidente abaixo de 8 cal/cm 2, é
necessário a utilização do protetor facial de categoria de risco 2. Também se aplica a cubículos
não compartimentados onde partes energizadas com tensões de 440 V ou superiores, não
estão segregadas. Para cubículos de comando (ou painéis) de tensões até 220 V, não é
exigido à utilização do protetor facial.

5.7 A manobra de extração ou inserção completa do disjuntor, contator ou gaveta somente


deve ser executada com o dispositivo devidamente aberto.

5.8 O painel elétrico pode possuir sinalização sinótica, com base em seu diagrama unifilar, na
parte frontal. [Prática Recomendada]

5.9 Os painéis elétricos devem possuir identificação individual traseira dos seus cubículos em
paridade com as suas identificações dianteiras, (“tag” do cubículo). Devem ser em local fixo e
não removível. Estas identificações devem permanecer visíveis ao trabalhador no caso da
extração das suas tampas traseiras.

5.10 Geradores Elétricos ou Motores com Imãs Permanentes

5.10.1 Equipamentos com sistema de excitação, mesmo desenergizados e com rotações


abaixo da nominal, podem produzir tensões perigosas à vida humana.

5.10.2 A intervenção nos circuitos de potência desses equipamentos somente deve ser
realizada com o gerador elétrico ou motor de ímã permanente parado, excitação desligada,
disjuntor extraído, assim como bloqueado e sinalizado, e aterramento temporário executado.
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6 Ferramentas de Trabalho

6.1 Todos os profissionais de elétrica, instrumentação e automação envolvidos nas atividades


industriais devem portar permanentemente medidores de detecção portáteis de baixa tensão,
também conhecidos como “caneta de detecção de baixa tensão portátil”.
NOTA 1 Antes da realização de qualquer atividade com este medidor um teste de sua
funcionalidade deve ser realizado. Recomendado que o medidor possua sistema interno de
validação de funcionalidade. [Prática Recomendada]
NOTA 2 De forma a verificar o funcionamento do medidor, o seguinte procedimento deve ser
realizado: Medir um ponto energizado, em seguida um ponto sem energia e novamente um
ponto energizado.
NOTA 3 É recomendado que os medidores de tensão portáteis atendam, no mínimo, às
seguintes especificações técnicas:
— faixa operação: (90 a 1 000) V c.a.;
— grau de proteção IP40 (ABNT NBR IEC 60529);
— categoria IV - 1 000 V (IEC 61010-1);
— operação com duas pilhas alcalinas do tipo AAA;
— fonte de luz para sinal luminoso através de um LED vermelho de alta intensidade;
— faixa de temperatura de funcionamento: (- 10 a 50) ºC;
— faixa de funcionamento com umidade: (0 a 75) %RH para (30 a 40) ºC;
— altitude de funcionamento: até 3. 000 m.

6.2 Todas as ferramentas manuais isoladas tais como, chaves de fenda e alicates, utilizadas
em instalações e serviços em eletricidade, devem possuir isolamento mínimo para classe 1 000
V. A reposição de componentes deve ser por peças originais, com o mesmo nível de
certificação. Atender a ABNT NBR 9699.

6.3 As ferramentas devem ter gravado em seu corpo a norma atendida e a classe de
isolamento.

6.4 Antes de cada utilização, as ferramentas isoladas devem ser inspecionadas visualmente
pelos seus usuários quanto a possíveis contaminações, sujidade e integridade. Devem ser
mantidas permanentemente limpas e em bom estado de conservação.

6.5 O multímetro deve atender aos seguintes requisitos:


a) atender à Categoria III ou Categoria IV, conforme IEC 61010-1, com tensão de isolação
mínima de 1000 V;
b) deve estar gravado no corpo do instrumento a sua categoria;
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c) pontas de prova em bom estado de conservação, com categoria de risco compatível ao


multímetro, indicação da categoria e classe de isolamento gravadas de forma indelével;
d) o instrumento de medição deve possuir capacidade para interromper curto-circuito
compatível com as atividades a serem desenvolvidas;
e) caso seja necessária a substituição de fusível do instrumento, somente utilizar outro do
mesmo fabricante e modelo recomendado pelo fabricante do multímetro.

6.6 Quando houver uma ocorrência de exposição da ferramenta ou instrumento ao arco


elétrico, estes devem ser descartados e substituídos por novos.

6.7 É proibido a utilização de chaves de teste, tais como canetas indicadoras de tensão tipo
chave de fenda ou similar nas instalações industriais da Mineração Taboca.

7 Equipamentos de Proteção Individual e Equipamentos de Proteção Coletiva

7.1 Especificação e seleção de EPI para profissionais que atuam em serviços de


eletricidade

7.1.1 A vestimenta de proteção deve ter um ATPV superior à maior energia de arco calculada
para cada subestação da unidade.

Tabela 3 - EPI para Eletricista

Nível de proteção EPI exigido


Categoria de risco 1 Especificações idênticas aos de categoria de risco 2.
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Arco Elétrico. Rev. 00

Calça, camisa, jaqueta, macacão de parada e macacão de utilização diária, luva de


couro (ver NOTA 1), balaclava (ver NOTA 2), capacete, protetor facial (ver NOTA
5), calçado de segurança isolante e conjunto impermeável, todos com proteção ao
Fogo Repentino (RF) e Arco Elétrico (AE) (quando aplicável).
Categoria de risco 2
Calça de manobra e blusão de manobra, capuz tipo carrasco, luva de couro em
Categoria de risco 3 sobreposição a luva isolante e calçado de segurança isolante.
Calça de manobra e blusão de manobra, capuz tipo carrasco, luva de couro em
Categoria de risco 4 sobreposição a luva isolante e calçado de segurança isolante.

NOTA 1 Quando houver potencial de choque elétrico a luva isolante deve ser utilizada com sobreposição da luva
de vaqueta. A manga da luva isolante deve ultrapassar o comprimento da manga da luva de vaqueta.
NOTA 2 A utilização da balaclava em serviços de categoria de risco 1 deve seguir a NOTA 5, e em serviços de
categoria de risco 2, para atividades de manobras, deve estar sempre associada à utilização de protetor facial,
com nível de energia incidente compatível.
NOTA 3 Conforme as orientações corporativas somente os conjuntos impermeáveis RF e AE devem ser
especificados e utilizados. Não devem ser utilizadas capas impermeáveis RF e AE.
NOTA 4 O Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho e Emprego (CA) do protetor facial está vinculado
ao fabricante e modelo do capacete para eletricista.
NOTA 5 Para tensão de 440 V ou acima, mesmo com energia incidente abaixo de 8 cal/cm2, é necessário a
utilização do protetor facial de categoria de risco 2. Também se aplica a cubículos não compartimentados onde
partes energizadas (com tensões de 440 V ou acima) não estão segregadas. Para cubículos de comando (ou
painéis) de tensões até
220 V, não é exigido à utilização do protetor facial.

NOTA A empresa deve disponibilizar os EPI adequados para manobras elétricas nas
subestações e painéis elétricos existentes. Os EPI devem ser utilizados por todas as pessoas
que executem tarefas de risco de arco elétrico e devem ser apropriados para o nível de energia
incidente à qual o trabalhador pode estar exposto. Atender a Portaria no 452.

7.2 Especificação e seleção de EPC para profissionais que atuam em serviços de


eletricidade

7.2.1 Devem ser conforme o Book da empresa, que são desenvolvidos sob a coordenação do
SESMT e disponíveis aos trabalhadores do setor elétrico.

7.3 Critérios para Substituição dos EPI


Devem ser atendidos os critérios estabelecidos pelas unidades para substituição dos EPI, onde
devem ser observados os seguintes itens:

a) cancelamento ou suspensão do CA pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social


(MTPS);
b) inspeção visual: quando for observado sinais de ruptura ou danos o EPI não deve ser mais
utilizado e ser providenciado sua substituição;
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c) utilização em situações extremas de trabalho, ou seja, quando houver uma exposição a


situação real de proteção (p.ex.: exposição a arco elétrico ou fogo repentino), o EPI deve ser
descartado, mesmo que não apresente danos ou desgastes visíveis;
d) recomendações do fabricante.

8 Resgate e Emergência

8.1 A Unidade deve possuir procedimentos de emergência englobando os cenários acidentais


de choque e arco elétrico.

8.2 As ações de emergência, que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade devem
constar do plano de emergência da unidade e serem previstas nos simulados.

8.3 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar primeiros
socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardiorrespiratória, conforme
NR-10.

8.4 A unidade deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas atividades,
disponibilizando os meios para a sua aplicação, para prevenir riscos ou agravamentos à saúde
do trabalhador em serviços de eletricidade.

8.5 Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a manusear e operar equipamentos de


prevenção e combate a incêndio, existentes nas instalações elétricas.

8.6 Em cada sala de painel elétrico ou subestação deve ser previsto bastão de salvamento
instalado em local de fácil acesso e devidamente identificado.

9 Sinalização de Segurança

9.1 De modo a atender ao item 10.10.1 da NR-10, onde instalações e equipamentos elétricos
devem adotar sinalização de segurança que inclua a ”advertência” e “identificação”, adotar:
junto a identificação dos circuitos, tal como o nível de tensão, o pictograma característico de
risco de choque elétrico.
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9.2 em ambientes de áreas classificadas, o pictograma característico.

.
9.3 É apresentado a seguir o esquema ilustrativo de conteúdo para placa de segurança para
áreas classificadas.
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Anexo A - Método de Cálculo de Energia Incidente

A.1 Critérios Gerais

Para redução do risco de queimaduras devido a arco elétrico a seguinte sequência deve ser
seguida:
a) cálculo da energia incidente causada por curto a arco, conforme IEEE 1584.1;
b) cálculo da distância segura de aproximação para atividades sujeitas a arco elétrico,
conforme IEEE 1584.1;
c) seleção da vestimenta de proteção e EPI resistente a arco elétrico, conforme esta Norma;
d) determinação das tarefas executadas que necessitam do EPI contra arco elétrico,
acrescentando tarefas não descritas nesta Norma;
e) identificação no painel com etiqueta visível do nível de energia incidente e distância segura
de aproximação, conforme o A.2.

A.2 Identificação no painel com etiqueta visível com os requisitos mínimos do nível de
energia incidente e distância segura de aproximação

Após os cálculos de energia incidente, devem ser colocadas plaquetas de segurança em todos
os painéis elétricos previstos nesta Norma. Devem constar as informações sobre os níveis de
energia incidentes calculados e distância segura de aproximação do trabalhador para
atividades com risco de arco elétrico em painéis elétricos com porta abertas ou tampas
retiradas.
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Figura A.1 - Identificação de Painel

NOTA 1 As Plaquetas de Segurança devem ser afixadas de forma a permitir adequada leitura
sobre os riscos de arcos elétricos.
NOTA 2 É recomendado que as dimensões mínimas sejam 200 mm x 250 mm, quanto
aplicável. [Prática Recomendada]

Anexo B - EPI, EPC e Ferramentas para Atividades de Operação e Manutenção


Elétrica

B.1 Vara de Manobra Isolante

B.1.1 Função
B.1.1.1 As varas de manobra isolantes telescópica ou seccionável devem permitir a realização
de trabalhos elétricos, quando devidamente conservadas e operadas, tais como verificação de
tensão utilizando o detector de tensão ou instalação e retirada do dispositivo de aterramento
temporário, de forma segura.
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B.1.1.2 Têm a função de manter os profissionais que as utilizam efetivamente isolados durante
a realização das tarefas, mesmo estando energizado o ponto que o trabalho está sendo
desenvolvido.
NOTA Para o E&P, as varas de manobra isolantes devem ter as seguintes características:
a) isolamento em regime permanente, quando totalmente estendidas, no mínimo 30 kV c.a. (da
ponta da vara até a pingadeira);
b) não possuir comprimento superior a 1,5 metros;
c) não possuir peso superior a 1,0 Kg.

B.1.2 Inspeção antes da Utilização das Varas de Manobras Isolantes

Deve ser realizada inspeção sempre antes da utilização de uma vara de manobra isolante,
seguindo o seguinte procedimento:
a) uma inspeção visual para confirmar cor e acabamento uniformes, ausência de umidade,
sujidades, acúmulo de sais e ausência de danos (arranhões, fissuras, irregularidades
superficiais, empenos, bolhas, quebras, perda de material, oxidação etc.), dando especial
atenção às junções entre o bastão e as partes metálicas, bem como às condições de
acoplamento;
b) teste funcional (verificar se todas as partes fixas e móveis estão funcionando corretamente);
c) teste de isolamento elétrico nas varas de manobra utilizadas em Alta Tensão (AT) com o
ensaiador de isolação portátil ou dentro da validade dos ensaios. Os testes periódicos podem
ser realizados na própria Unidade com equipamentos próprios e certificados. Caso contrário,
devem ser realizados por laboratório ou instituição oficialmente acreditados pelo Inmetro.

B.1.3 Funcionalidade das Varas de Manobra Isolantes

Deve ser verificado se as partes móveis das varas de manobra isolantes estão funcionando
perfeitamente quanto à qualidade de fixação. Não devem possuir mau acoplamento ou sinais
de má fixação tal como pontos frouxos.

B.1.4 Vara de Manobra Isolante Telescópica

B.1.4.1 Confeccionada de material com alta resistência mecânica e alta isolação elétrica
(rigidez dielétrica), em conformidade com a ASTM F1826.

B.1.4.2 Deve ser fabricada em fibra de vidro impregnada com resina epóxi para que possua as
Características isolantes e de resistência mecânica exigidas na sua operação.
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NOTA Nunca deve ser utilizada a vara de manobra isolante telescópica antes que todas as
suas seções, que são utilizadas, estejam totalmente estendidas e devidamente travadas.
B.1.4.3 A vara de manobra isolante telescópica é dividida em seções cilíndricas de forma
triangular (seções com diâmetros decrescentes) que afunilam quando estendidas. No ato de se
estender ou recolher as seções, ao passar de uma seção para outra, elas devem travar
automaticamente. A divisão da vara de manobra isolante telescópica em seções (módulos)
permite a variação do seu comprimento, possibilitando assim a execução do aterramento
temporário nas diversas condições de espaço.

B.1.4.4 A última seção da vara de manobra isolante telescópica (entende-se como última seção
aquela de diâmetro menor, posicionada no lado oposto à empunhadura de quem a segura)
deve possuir uma coloração diferente das outras (é recomendado às cores verde claro ou
branca, com propriedades refletivas), de forma que permita uma fácil visualização durante a
realização do aterramento ou verificação de tensão, mesmo em condições de pouca
iluminação.

B.1.5 Ferramentas Acopladas à Vara de Manobra Isolante

B.1.5.1 Ferramenta universal é o acessório adaptável à vara de manobra isolante de modo que
ela possa desempenhar diferentes funções. Por exemplo, ser acoplada ao detector de tensão
para instalar ou desinstalar o dispositivo de aterramento temporário.

B.1.5.2 As ferramentas universais devem ser confeccionadas por material com alta resistência
à oxidação e alta resistência mecânica. Por exemplo, podem ser confeccionadas por ranhuras
dispostas radialmente com uma porca borboleta de aperto no centro.

B.1.5.3 Estas ferramentas possuem terminações de acoplamento universais, que são


geralmente confeccionadas por uma liga metálica de bronze-silício. Elas são acopladas na vara
de manobra isolante, permitindo que se posicione, alinhe, trave (fixe) e destrave (desconecte)
os grampos do dispositivo de aterramento temporário, ou o próprio detector de tensão portátil.

B.1.5.4 A exigência de absoluta confiabilidade e proteção ao trabalhador para as varas de


manobra isolantes exige a realização, sempre antes da sua utilização, de testes com o
ensaiador de isolação portátil ou dentro da validade dos ensaios realizados em laboratórios de
terceira parte.

B.1.5.5 Caso a vara de manobra isolante sofra queda ou abalroamento (choque) deve ser
realizado um procedimento de inspeção detalhado e mesmo que não haja dano visível, ela
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deve ser testada com o ensaiador de isolação portátil ou avaliar através de ensaios realizados
em laboratórios de terceira parte.

B.1.6 Ensaios Periódicos das Varas de Manobra Isolantes

B.1.6.1 Devem ser submetidas ao procedimento descrito abaixo, com periodicidade máxima de
24 meses:
a) tensão elétrica aplicada (isolação - rigidez dielétrica), observando todos os procedimentos e
o nível máximo de corrente de fuga admissível descrito nas normas;  ASTM F1826 para as
varas de manobra telescópicas isolantes; ASTM F711 e IEC 60855-1, para as varas de
manobra seccionáveis isolantes;
b) inspeção visual detalhada;
c) verificação dimensional;
d) teste operacional ou funcional (verificar se todas as partes estão funcionando corretamente);
e) verificar o estado de conservação e legibilidade das informações de marcação e
identificação exigidas.

B.1.6.2 A falha em qualquer verificação ou teste caracteriza que o dispositivo está inadequado
para a utilização e deve ser encaminhado para o fabricante para reparos, ou até mesmo ser
descartado.

B.2 Detetores de Tensão

B.2.1 Detetores de Tensão por Aproximação Portátil

B.2.1.1 Função

B.2.1.1.1 Identificar a ausência ou presença de tensão em circuitos de corrente alternada, pela


simples aproximação do detetor ao ponto a ser testado. A presença de tensão deve ser
identificada e anunciada por sinal sonoro e luminoso. B.2.1.1.2 Deve sempre ser operado
acoplado a uma vara de manobra isolante, para que o operador realize a verificação de
existência de tensão com absoluta segurança.

B.2.1.2 Características
Deve possuir um dispositivo para deteção de tensão em circuitos de corrente alternada, por
simples aproximação, com faixa de atuação de 100 V c.a. a 15 000 V c.a.. O detetor deve estar
acoplado (ou possuir dispositivos ou terminais que possibilitem o seu acoplamento) a uma vara
de manobra isolante.
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B.2.1.3 Sistema de Auto Teste


Deve possuir um sistema de auto teste incorporado que, quando acionado através de um
interruptor ou chave seletora, realize o teste e garanta o perfeito funcionamento de todo o
circuito de detecção de tensão (inclusive os circuitos eletroeletrônicos envolvidos), emitindo
sinal sonoro através de alto-falantes e visual através de “LED” ou "display", de forma idêntica à
como se estivesse na presença de um circuito energizado.

B.2.1.4 Funcionamento

B.2.1.4.1 Na presença de áreas energizadas com tensão de pelo menos 100 V c.a., faixa de
frequência de 58 Hz a 61,8 Hz, o detetor de tensão por aproximação portátil deve emitir sinal
sonoro (plenamente audível) e visual (luminoso) plenamente visualizável, seja através de “LED”
ou "display".

B.2.1.4.2 Deve permitir a percepção de forma clara e objetiva por quem o esteja operando de
que o ponto testado se encontra energizado, com tempo de resposta menor que 1,0 segundo
para detecção e sinalização de área energizada.

B.2.1.4.3 O detetor de tensão por aproximação portátil, desde que devidamente conservado e
operado, não pode colocar em dúvida o trabalhador sobre a existência ou não de tensão no
ponto em que se realiza a avaliação, ou seja, o detetor de tensão por aproximação portátil deve
ser confiável, eficiente e conclusivo, quanto à existência ou ausência de tensão no ponto
pesquisado.

B.2.1.4.4 O detetor de tensão por aproximação portátil deve sempre ser utilizado acoplado a
uma vara de manobra isolante para que o operador do dispositivo se mantenha isolado e a
uma distância segura durante a realização da tarefa. Esta vara deve garantir o isolamento e
segurança do operador do dispositivo, na situação onde o detetor de tensão esteja direcionado
ou até mesmo em contato com áreas energizadas, respeitando-se os limites de isolamento da
vara de manobra isolante.

B.2.1.5 Operação do Detetor de Tensão por Aproximação Portátil

O processo de verificação de tensão deve obedecer a seguinte sequência:

B.2.1.5.1 Antes de qualquer operação com o detetor de tensão, devem ser executadas as
seguintes ações iniciais:
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a) realizar minuciosa inspeção visual no detector e, caso seja detectada presença de umidade,
sujeira, acúmulo de sais, danos (fissuras, perda de material, rupturas, oxidação, irregularidades
superficiais, empenos, bolhas etc.) ou quaisquer outras anormalidades, o equipamento não
deve ser utilizado antes que sejam adotadas as devidas providências;
b) realizar limpeza no detetor, utilizando um tecido limpo, que não deixe resíduo sobre sua
superfície, e álcool isopropílico;
c) verificar se o “LED” ou “display” de indicação de bateria carregada está aceso: quando
aceso, este “LED” ou “display” indica que a bateria está carregada de forma a garantir o
funcionamento correto do dispositivo. Caso o “LED” ou “display” esteja apagado, verificar se há
mau contato entre a bateria e o terminal do circuito eletrônico do detetor de tensão a ela ligado.
Sendo confirmado e corrigido o mau contato, seguir para a nota deste tópico. Não sendo
identificado mau contato, substituir a bateria e se o “LED” ou “display” indicador de bateria
carregada acender seguir para a nota deste tópico. Caso o “LED” ou “display” de indicação de
bateria carregada permaneça apagado, o circuito eletrônico do dispositivo está com falha ou o
“LED” ou “display” de indicação queimado. Deve-se desligar imediatamente o detector na
chave seletora, desconectá-lo da vara de manobra, não retirar ou trocar a bateria em área
classificada, identificá-lo como dispositivo com falha (descrever a falha, nome e matrícula de
quem a detetou, setor ou instalação e data). O Detetor deve ser retirado de operação e
encaminhado imediatamente ao fabricante para manutenção. O equipamento deve ser
substituído por outro detetor de tensão por aproximação e todo o processo de deteção de
tensão deve ser reiniciado.
NOTA 1 Caso seja detectada qualquer anormalidade no detetor de tensão ou na vara de
manobra isolante, o equipamento não deve ser utilizado, devendo um Profissional Habilitado
analisar e definir quais providências devem ser adotadas, tais como limpeza ou a substituição
do detetor de tensão ou da vara de manobra isolante;
NOTA 2 A vara de manobra isolante a ser acoplada ao detetor de tensão deve estar limpa,
inspecionada e ter seu isolamento testado, utilizando o ensaiador de isolação portátil ou dentro
da validade dos ensaios realizados em laboratórios de terceira parte.

B.2.1.5.2 Após os procedimentos iniciais de limpeza e inspeção, realizar os testes funcionais no


detetor de tensão:

a) uma vez constatada a condição de isolamento como “APROVADA” da vara de manobra


isolante utilizando o ensaiador de isolação portátil, deve ser conectado (fixar firmemente) o
detetor de tensão a vara de manobra. Caso a vara de manobra seja do tipo telescópica, o
bastão deve ter suas seções estendidas e firmemente fixadas antes de se realizar a conexão;
b) realizar o auto teste do aparelho posicionando a chave seletora na posição auto teste. NOTA
Caso o “LED” ou “display” de indicação de carga da bateria esteja aceso e o auto teste falhe
(não haja indicação sonora ou visual), este dispositivo está com falha. Deve ser desligado
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imediatamente o detetor na chave seletora, desconectá-lo da vara de manobra, retirar sua


bateria (somente em área não classificada), identificá-lo como dispositivo com falha (descrever
a falha, nome e matrícula de quem a detectou, setor ou instalação e data). Este detetor de
tensão deve ser retirado de operação e encaminhado imediatamente ao fabricante para
manutenção. O equipamento deve ser substituído por outro detetor de tensão por aproximação
e todo o processo de deteção de tensão deve ser reiniciado.

B.2.1.5.3 Após a confirmação do correto funcionamento do auto teste:

a) retirar o detetor de tensão da posição de auto teste e colocá-lo em posição operacional


utilizando a chave seletora;

NOTA Existem detetores de tensão onde o auto teste é realizado apenas ao pressionar um
botão, e após soltá-lo, o próprio detetor possui um chaveamento eletrônico que o coloca
automaticamente na condição operacional de deteção de tensão.
b) nesta fase, o operador do detetor de tensão por aproximação deve vestir a vestimenta para
manobras e direcionar (aproximar) o dispositivo para um ponto sabidamente energizado, sem
revestimentos isolantes ou blindagem eletromagnética, com a finalidade de testá-lo em
situação real de presença de energia elétrica. É necessário que o teste em situação real seja
de aproximação do detetor a uma tomada de (110 ou 220) V c.a., para que não haja
exposições desnecessárias a riscos;

c) ao direcionar (aproximar) o detetor de tensão por aproximação para um ponto sabidamente


energizado, podem ocorrer as seguintes situações:
 o detetor de tensão ser sensibilizado, ocorrendo a indicação visual (“LED”) e sonora.
Nesta situação o detetor de tensão por aproximação está pronto para ser utilizado. Seguir
diretamente para o tópico (d);
 caso o detector de tensão não ser sensibilizado, não ocorrendo indicação visual (“LED”) nem
sonora do dispositivo na presença de um circuito sabidamente energizado e se verificar que o
“LED” de indicação de bateria carregada está apagado. Nesta situação deve proceder
conforme descrito no tópico anterior;
 o detetor de tensão não ser sensibilizado, não ocorrendo indicação visual (“LED”)
nem sonora do dispositivo na presença de um circuito sabidamente energizado e se verificar
que o “LED” de indicação de bateria carregada está aceso. Nesta situação deve-se refazer o
auto teste. Caso não haja operação do dispositivo durante o auto teste, proceder conforme o
procedimento. Caso o auto teste opere normalmente, analisar se o circuito testado realmente
está energizado, analisar se o detetor é devidamente posicionado próximo a um ponto desse
circuito sem revestimento isolante ou blindagem eletromagnética (cabo blindado) e proceder
novamente o teste em circuito sabidamente energizado. Se o detetor de tensão novamente não
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operar indicando a presença de tensão, ele está com falha. Retirá-lo de operação e identificá-
lo. Se o detetor de tensão indicar presença de tensão, seguir para o B.2.1.5.3.
B.2.1.5.4 Nesta etapa o detetor de tensão pode ser direcionado para o ponto em que
efetivamente se deseja verificar a ausência de tensão, respeitando que esse ponto não pode
estar isolado ou ser um cabo blindado. Uma vez realizado a aproximação do ponto a ser
testado, existem as seguintes possibilidades:
a) caso o aparelho não emita qualquer sinal visual ou sonoro, existe uma indicação de
ausência de tensão no ponto testado;
b) caso haja a indicação visual ou sonora, considerar o ponto testado como energizado.

B.2.1.5.4.1 Para a conclusão do teste, deve-se realizar novamente os procedimentos descritos


nos tópicos de auto teste (aproximar de um ponto sabidamente energizado e refazer a
verificação de tensão no ponto desejado), e somente após a segunda confirmação, o ponto ou
circuito pode ser definido como energizado ou desenergizado.

B.2.1.5.4.2 Podem ocorrer problemas na indicação do detetor de tensão por aproximação


devido à indução por um circuito adjacente. Se houver indicação visual e sonora do detetor,
refazer todos os procedimentos de desenergização, conferindo abertura e bloqueio de
disjuntores e estudando os circuitos elétricos para identificar possíveis pontos de realimentação
não considerados. Se o ponto examinado for ligado diretamente aos terminais de saída de
gerador, verificar se o gerador está parado e seus terminais aterrados.

NOTA 1 É importante lembrar que geradores rodando sempre geram tensões residuais, que
podem ser letais, mesmo com o sistema de excitação desligado e o disjuntor de interligação ao
barramento extraído. Depois de confirmados os bloqueios de todas as possíveis fontes de
alimentação e houver suspeita de que o detector de tensão está operando por causa de
indução de um circuito adjacente, refazer o procedimento de verificação com o detector de
tensão por contato.

NOTA 2 Mesmo que o detetor de tensão por aproximação não indique presença de tensão, é
necessário fazer a confirmação com o detetor de tensão por contato, pois a melhor filosofia é a
de que um tipo de detetor de tensão (por aproximação ou por contato) complementa o outro.
Caso em qualquer uma das etapas acima descritas se identifique uma não conformidade, ou
haja dúvidas no procedimento de operação ou no funcionamento do equipamento, deve ser
interrompido o teste de deteção de tensão, manter a área isolada, sinalizada e segura e
solicitar orientação de um profissional habilitado, que verifica se existe algum erro no
procedimento realizado ou se é necessário providenciar a substituição do detetor de tensão
que está sendo utilizado. Uma vez tomadas todas as ações necessárias, pode-se reiniciar todo
o procedimento descrito na operação do detector de tensão por contato. Caso o detetor de
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tensão sofra queda ou abalroamento (choque), mesmo que não haja dano visível, deve-se
realizar uma detalhada inspeção visual e o procedimento de auto teste. Caso não seja
identificada nenhuma anormalidade, deve ser acoplado novamente o detetor de tensão à vara
de manobra isolante e realizar um teste real de deteção de tensão em um ponto sabidamente
energizado. Uma vez finalizada a utilização do detetor de tensão por aproximação portátil, o
mesmo deve ser cuidadosamente desacoplado da vara de manobra, limpo, ter sua bateria
retirada (atenção para não retirar a bateria em área classificada) e ser guardado no seu estojo
apropriado.

B.2.1.6 Ensaios Periódicos no Detetor de Tensão por Aproximação

Considerando que o conjunto de deteção de tensão, que é constituído pelo detetor de tensão
por aproximação portátil e pela vara de manobra isolante, esteja sendo corretamente operado,
acondicionado e conservado:

— testes antes da utilização:

a) é recomendado que sempre antes e depois de cada utilização, o detetor seja limpo,
inspecionado visualmente e testado através do seu auto teste;
b) é recomendado que sempre antes de cada utilização, a vara de manobra seja limpa,
inspecionada visualmente, testada operacionalmente e ensaiada com o testador portátil;
[Prática Recomendada]
— testes periódicos: é recomendado que o detetor de tensão por aproximação seja
encaminhado para testes completos do funcionamento operacional em intervalos máximos de
24 meses. A vara de manobra isolante também obedece este intervalo. [Prática
Recomendada]
B.2.1.6.1 Os ensaios periódicos dos detetores de tensão devem conter no mínimo os seguintes
procedimentos:
a) uma inspeção visual para confirmar cor e acabamento uniformes, ausência de umidade,
sujeira, acúmulo de sais e ausência de danos (arranhões, fissuras, irregularidades superficiais,
empenos, bolhas, quebras, perda de material, oxidação etc.);
b) inspeção dimensional;
c) testes e ensaios no circuito eletroeletrônico e de auto teste (não devem ser realizados
ensaios utilizando softwares, ou seja, os ensaios devem ser realizados fisicamente, simulando
condições reais de campo);
d) teste de Tensão Limiar, que é a tensão mínima que sensibiliza e atua o dispositivo detecção
de tensão por aproximação e contato - o valor da tensão deve ser igual ou inferior a 85 % ou
valores inferiores em relação de sua tensão mínima de trabalho, ou seja, os valores devem ser
iguais ou inferiores a 100 V x 0,85 = 85 V c.a.;
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e) teste de Intensidade Sonora (nível de sinal sonoro, quando existe a atuação do detetor,
devendo estar na faixa entre 75 dB e 90 dB);
f) inspeção visual da intensidade luminosa (nível de intensidade luminosa, quando existe a
atuação do detetor);
g) teste do nível de tensão de corte (interrupção) da alimentação do circuito do “LED” indicador
de bateria carregada e do circuito eletroeletrônico do detetor de tensão. A bateria que alimenta
os circuitos do detetor de tensão é considerada como descarregada quando se encontra a um
valor que equivale a pelo menos de 10 % acima do limite mínimo de tensão que garante a
operação eficiente e segura do dispositivo;
h) tempo de resposta dos sinais luminoso e sonoro para deteção de tensão, sejam inferiores a
1,0 segundo.
NOTA O fabricante deve informar qual o valor limite mínimo de tensão que garante a operação
eficiente e segura do dispositivo em seu manual de instruções.
a) verificar o estado de conservação e legibilidade das informações de marcação;
b) identificação exigidas;
c) inspeção e testes na vara de manobra isolante;
d) teste funcional completo do detetor de tensão.

B.2.2 Detetor de Tensão por Contato Portátil

B.2.2.1 Função
B.2.2.1.1 Identifica a ausência ou presença de tensão em circuitos de corrente alternada
através do contato físico do detetor ao ponto sob teste. A presença de tensão deve ser
identificada e anunciada por sinal sonoro e luminoso. B.2.2.1.2 Deve sempre ser operado
acoplado a uma vara de manobra isolante, para que o operador realize a verificação de tensão
com absoluta segurança.

B.2.2.2 Características

Deve possuir um dispositivo de sensoriamento para deteção de tensão em circuitos de corrente


alternada através do contato físico e possuir um dispositivo que permita o acoplamento deste
aparelho a uma vara de manobra isolante. Podem ser adotados 2 tipos de detetores de tensão
por contato portátil, um para cada nível de tensão:

— baixa tensão (50 V c.a. a 1 000 V c.a.): detetor de tensão por contato na cor amarela e faixa
de tensão de 50 V c.a. a 1 000 V c.a. e 60 Hz;
— alta tensão (acima de 1 000 V c.a.): detetor de tensão por contato na cor laranja e faixa de
tensão de 1 000 V c.a. a 15 000 V c.a. e 60 Hz.
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B.2.2.3 Sistema de Auto Teste


O detetor de tensão por contato portátil deve possuir um sistema de auto teste incorporado
que, quando acionado através de um interruptor ou chave seletora, teste e garanta o perfeito
funcionamento de todo o circuito de deteção de tensão (inclusive os circuitos eletroeletrônicos
envolvidos), emitindo sinal sonoro através de alto-falantes e visual através de “LED” ou
"display", de forma idêntica como se estar na presença de um circuito energizado.

B.2.2.4 Funcionamento

B.2.2.4.1 Na presença de áreas energizadas com tensão de pelo menos 100 V em corrente
alternada para os detetores de tensão por contato de baixa tensão e 1 000 V c.a. para os
detetores de tensão por contato de alta tensão, estes dispositivos devem emitir sinal sonoro
(plenamente audível) e visual (luminoso - plenamente visualizável, seja através de “LED” ou
"display"), que permita a percepção de forma clara e objetiva por quem o esteja operando de
que o ponto sob teste se encontra energizado.

B.2.2.4.2 O detetor de tensão por contato portátil, desde que devidamente conservado e
perado, não pode colocar em dúvida o trabalhador sobre a existência ou não de tensão no
ponto em que se realiza a avaliação, ou seja, o detetor de tensão por aproximação portátil deve
ser confiável, eficiente e conclusivo, quanto à existência ou ausência de tensão no ponto
pesquisado.
B.2.2.4.3 O detetor de tensão por contato portátil deve sempre ser utilizado acoplado a uma
vara de manobra isolante para que o operador do dispositivo se mantenha isolado e a uma
distância segura durante a realização da tarefa. Esta vara deve garantir o isolamento e
segurança do operador do dispositivo, na situação onde o detetor esteja direcionado ou até
mesmo em contato com áreas energizadas, respeitando-se os limites de isolação da vara de
manobra.

B.2.2.5 Operação do Detetor de Tensão por Contato

B.2.2.5.1 Antes de iniciar qualquer processo de deteção de tensão utilizando o detetor de


tensão por contato, deve-se certificar de que a local não seja uma área classificada. Caso seja
uma área classificada deve ser realizado todos os procedimentos de segurança exigidos, pois
durante a utilização dos detetores de tensão por contato pode ocorrer centelhamento.

B.2.2.5.2 O processo de verificação de tensão deve atender a seguinte sequência:


a) antes de qualquer operação com o detetor de tensão por contato deve ser executado os
seguintes procedimentos iniciais:
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— realizar minuciosa inspeção visual no detector e, caso seja detetada presença de umidade,
sujeira, acúmulo de sais, danos (fissuras, perda de material, rupturas, oxidação, irregularidades
superficiais, empenos, bolhas etc.) ou quaisquer outras anormalidades, o equipamento não
deve ser utilizado antes que sejam adotadas as devidas providências;
— realizar limpeza no detetor, utilizando um tecido limpo de algodão cru (100 % algodão, que
não deixe resíduo sobre sua superfície) e álcool isopropílico;
— verificar se o “LED” ou “display” de indicação de bateria carregada está aceso. Quando
aceso, este “LED” ou “display” indica que a bateria está carregada de forma a garantir o
funcionamento correto do dispositivo. Caso o “LED” ou “display” esteja apagado:
 verificar se há mau contato entre a bateria e o terminal do circuito eletrônico do detetor a ela
ligado. Sendo confirmado e corrigido o mau contato, seguir para o tópico abaixo. Não sendo
identificado mau contato, substituir a bateria e se o “LED” ou “display” indicador de bateria
carregada acender seguir para tópico c);
 caso o “LED” ou “display” de indicação de bateria carregada permaneça apagado, o circuito
eletrônico do dispositivo está com falha ou o “LED” ou “display” de indicação queimado. Deve
ser desligado imediatamente o detetor na chave seletora, desconectá-lo da vara de manobra,
retirar sua bateria (não pode ser em área classificada), identificá-lo como dispositivo com falha
(descrever a falha, nome e matrícula de quem a detectou, setor ou instalação e data). Este
detetor deve ser retirado de operação e encaminhado imediatamente ao fabricante para
manutenção. O equipamento deve ser substituído por outro detetor de tensão por contato e
todo o processo de deteção de tensão deve ser reiniciado;
b) a vara de manobra isolante que é acoplada ao detetor de tensão deve ser limpa,
inspecionada e ter seu isolamento testado, utilizando o ensaiador de isolação portátil;

NOTA Caso seja detetada qualquer anormalidade no detetor de tensão ou na vara de manobra
isolante, o equipamento não deve ser utilizado, devendo um Profissional Habilitado analisar e
definir quais providências devem ser adotadas, como limpeza ou a substituição do detetor de
tensão ou da vara de manobra isolante.
c) após os procedimentos iniciais de limpeza e inspeção, realizar os testes funcionais no
detetor de tensão:
— uma vez constatada o isolamento na condição “APROVADO” da vara de manobra isolante
utilizando o ensaiador de isolação portátil, deve ser conectado (fixar firmemente) o detetor de
tensão à vara de manobra. Caso a vara seja do tipo telescópica, o bastão deve ter suas seções
estendidas e firmemente fixadas antes de se realizar a conexão;
— realizar o auto teste do aparelho posicionando a chave seletora na posição auto teste.
— caso o “LED” ou “display” de indicação de carga da bateria esteja aceso e o auto
teste falhe (não haja indicação sonora ou visual), este dispositivo está com falha. Deve ser
desligado imediatamente o detector na chave seletora, desconectá-lo da vara de manobra,
retirar sua bateria (não pode ser retirada a bateria em área classificada), identificá-lo como
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dispositivo com falha (descrever a falha, nome e matrícula de quem a detetou, setor ou
instalação e data). Este detetor deve ser retirado de operação e encaminhado imediatamente
ao fabricante para manutenção. O equipamento deve ser substituído por outro detetor de
tensão por contato e todo o processo de deteção de tensão deve ser reiniciado.
d) após a confirmação do correto funcionamento do auto teste:
— retirar o detetor de tensão da posição de auto teste e colocá-lo em posição operacional
utilizando a chave seletora;

NOTA Existem detetores de tensão onde o auto teste é realizado apenas ao pressionar um
botão, e após soltá-lo, o próprio detetor possui um chaveamento eletrônico que o coloca
automaticamente na condição operacional de deteção de tensão. — nesta fase o operador do
detetor de tensão por contato deve vestir a vestimenta de segurança para manobra e realizar o
processo de deteção de tensão posicionando o terminal de contato do detetor diretamente
sobre o ponto que se deseja confirmar a presença ou ausência de tensão (tem que haver
contato físico entre o terminal metálico do detetor de tensão, e a parte condutora de onde se
realiza a verificação - barramento de cobre, terminal metálico do cabo etc.), respeitando que
esse ponto não pode estar isolado e esta ação deve ser realizada com muito cuidado para
evitar curtos-circuitos;
— uma vez colocado em contato com o ponto a ser testado, existem as seguintes
possibilidades:
o caso o aparelho não emita qualquer sinal visual ou sonoro, existe uma indicação de
ausência de tensão no ponto testado; o caso haja a indicação visual ou sonora considerar o
ponto testado como energizado.

B.2.2.5.3 Para a conclusão do teste, deve ser realizado novamente os procedimentos descritos
em auto teste e refazer a verificação de tensão no ponto desejado, e somente após a segunda
confirmação, o ponto ou circuito pode ser definido como energizado ou desenergizado.
NOTA 1 Caso em qualquer uma das etapas acima descritas se identifique uma não
conformidade, ou haja dúvidas no procedimento de operação ou no funcionamento do
equipamento, deve ser interrompido o teste de deteção de tensão, manter a área isolada,
sinalizada e segura e solicitar orientação de um profissional habilitado, que verifica se existe
algum erro no procedimento realizado ou se é necessário providenciar a substituição do detetor
de tensão que está sendo utilizado. Uma vez adotadas todas as ações necessárias, pode-se
reiniciar todo o procedimento.

NOTA 2 Mesmo que o detetor de tensão por contato portátil não indique presença de tensão, é
necessário fazer a confirmação com o detetor de tensão por aproximação portátil, pois a melhor
filosofia é a de que um tipo de detetor de tensão (por aproximação ou por contato)
complementa o outro.
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B.2.2.5.4 Caso o detetor de tensão sofra queda ou choque mecânico, mesmo que não haja
ano visível, deve ser realizado uma detalhada inspeção visual e o procedimento de auto teste.
Caso não seja identificada nenhuma anormalidade, deve ser acoplado novamente o detetor de
tensão à vara de manobra isolante e realizar um teste real de detecção de tensão em um ponto
sabidamente energizado.

B.2.2.5.5 Uma vez finalizada a etapa de teste de deteção de tensão, o detetor de tensão por
contato portátil deve ser cuidadosamente desacoplado da vara de manobra, limpo, ter sua
bateria retirada (atenção para não retirar a bateria em área classificada) e ser guardado no seu
estojo apropriado.

B.2.2.6 Ensaios Periódicos no Detetor de Tensão por Contato

Considerando que o conjunto de deteção de tensão, que é constituído pelo detetor de tensão
por contato portátil e pela vara de manobra isolante, esteja sendo corretamente operado,
acondicionado e conservado:

B.2.2.6.1 Ensaios antes da utilização:

a) é recomendado que sempre antes e depois de cada utilização, o detetor seja limpo,
inspecionado visualmente e testado através do seu auto teste; [Prática Recomendada]
b) é recomendado que sempre antes de cada utilização, a vara de manobra seja limpa,
inspecionada visualmente, testada operacionalmente e ensaiada com o Testador Portátil.
[Prática Recomendada]

B.2.2.6.2 Ensaios periódicos:


É necessário que o detector de tensão por contato seja encaminhado para testes completos do
funcionamento operacional em intervalos máximos de 24 meses. A vara de manobra isolante
também obedece este intervalo. Os ensaios periódicos dos detectores de tensão devem conter,
no mínimo, os seguintes procedimentos:
— uma inspeção visual para confirmar cor e acabamento uniformes, ausência de umidade,
sujeira, acúmulo de sais e ausência de danos (arranhões, fissuras, irregularidades superficiais,
empenos, bolhas, quebras, perda de material, oxidação etc.).
— inspeção dimensional;
— testes e ensaios no circuito eletroeletrônico e de auto teste;
— teste de tensão limiar, que é a tensão mínima que sensibiliza e atua o dispositivo de
detecção de tensão por aproximação e contato - o valor da tensão deve ser igual ou inferior a
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85 % ou valores inferiores em relação de sua tensão mínima de trabalho, ou seja, os valores


devem ser iguais ou inferiores a 100 V x 0,85 = 85 V c.a.;
— teste de intensidade sonora (nível de sinal sonoro, quando existe a atuação do detetor,
devendo estar na faixa entre (75 e 90) dB;
— inspeção visual da intensidade luminosa (nível de intensidade luminosa, quando existe a
atuação do detector);
— teste do nível de tensão de corte (interrupção) da alimentação do circuito do LED indicador
de bateria carregada e do circuito eletroeletrônico do detetor de tensão. É considerado que a
bateria que alimenta os circuitos do detetor de tensão encontra descarregada quando o valor
equivale a pelo menos 10 % acima do limite mínimo de tensão que garante a operação
eficiente e segura do dispositivo.

NOTA O fabricante deve informar qual o valor limite mínimo de tensão que garante a operação
eficiente e segura do dispositivo em seu manual de instruções.
— verificar o estado de conservação e legibilidade das informações de marcação e
identificação exigidas;
— inspeção e testes na vara de manobra isolante;
— teste funcional completo do detetor de tensão.

NOTA Os testes periódicos podem ser realizados na Unidade com equipamentos próprios e
certificados. Caso contrário devem ser realizados por laboratório ou instituição oficialmente
acreditados pelo Inmetro.

B.3 Conjunto de Aterramento Temporário Trifásico

B.3.1 Função
O aterramento temporário é realizado para proteger os profissionais que realizam serviços em
um determinado circuito elétrico, impedindo que cargas estáticas, induções eletromagnéticas
ou energizações acidentais (indevidas) causem acidentes. Caso haja qualquer tipo de
energização acidental do circuito, a corrente elétrica (inclusive a de curto-circuito) é desviada
para terra através do dispositivo de aterramento temporário, durante o tempo necessário para a
atuação dos dispositivos de proteção.

B.3.2 Características
Deve ser fabricado atendendo aos requisitos das ASTM F855 ou IEC 61230.

B.3.3 Funcionamento
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B.3.3.1 Após a realização das manobras de impedimento no circuito (desligar o disjuntor,


afastá-lo da barra, bloquear seu religamento, etiquetá-lo e verificar a ausência de tensão), os
procedimentos de aterramento podem ser iniciados. B.3.3.2 Caso haja qualquer tipo de
energização do circuito, a energia elétrica é desviada para a terra através do dispositivo de
aterramento temporário. A energização provocada por cargas estáticas ou induções
eletromagnéticas deve ser transitória (temporária) e se extinguir rapidamente. A energização
provocada por manobra acidental no sistema elétrico pode ocasionar a circulação de uma
elevada corrente elétrica pelo dispositivo de aterramento temporário. Esta corrente deve ser
direcionada para a terra e os dispositivos de proteção elétrica da Unidade devem ser
sensibilizados e operados de forma que a energização indevida seja extinta.

B.3.3.3 O dispositivo de aterramento temporário deve ser projetado para suportar a máxima
corrente de curto-circuito do circuito ao qual está conectado e durante o tempo necessário para
a atuação dos dispositivos de proteção deste circuito elétrico.

B.3.4 Procedimento para Aterramento Temporário

B.3.4.1 Após confirmação de ausência de tensão no circuito através do detector de tensão por
aproximação ou detector de tensão por contato, o trabalhador deve realizar o aterramento
temporário, utilizando a vestimenta de segurança adequada para manobras e observando os
seguintes passos:
a) inspecionar o dispositivo de aterramento temporário;
b) iniciar o processo de aterramento temporário conectando primeiramente o grampo de terra
do dispositivo de aterramento temporário ao ponto diretamente ligado ao sistema de
aterramento da instalação mais próximo do circuito a ser aterrado.

NOTA O grampo de terra do dispositivo de aterramento não deve ser conectado a outros
pontos de aterramento senão aqueles ligados diretamente ao sistema de aterramento da
instalação. A ligação a quaisquer outros pontos não garante o escoamento correto, eficiente e
seguro da corrente elétrica, caso isto se faça necessário, impossibilitando inclusive a operação
dos dispositivos de proteção. Além disso, não se pode utilizar a barra de terra do próprio
equipamento (por exemplo, um painel) que está sendo aterrado.
c) conectar os grampos de fase do dispositivo de aterramento temporário aos pontos de fase
do circuito a ser aterrado;
d) sinalizar e delimitar a área utilizando cones e fitas sinalizadoras, conforme descrito nos
dispositivos de sinalização (cones, fitas e placas).
B.3.4.2 Os grampos do dispositivo de aterramento temporário devem estar perfeitamente
conectados e firmemente fixados (apertados). Não são permitidos: mau contato, pontos frouxos
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ou que os pontos de contato apresentem tinta, sujeira, oxidação, graxa ou qualquer outro
elemento que possa criar resistência à passagem da corrente elétrica.

B.3.4.3 A instalação deve garantir o perfeito contato elétrico e mecânico dos respectivos
grampos de aterramento nos condutores de fase e na malha de terra. B.3.4.4 A conexão deve,
por medida de segurança, sempre começar pela sua conexão à malha de terra da instalação.

B.3.4.5 Deve sempre ser realizado nas 3 fases, mesmo que a manutenção seja realizada em
apenas uma das fases. Cada fase deve ser aterrada individualmente ou através de “jump” entre
elas, ou seja, curto-circuitadas entre si, se o conjunto de aterramento assim o permitir.

B.3.4.6 O aterramento provisório deve ser realizado imediatamente após a constatação de


ausência de tensão no circuito a ser aterrado, para que seja mantida a mesma condição de
desenergização do momento em que é realizado o teste com o detector de tensão. Em caso
contrário:
a) caso se realize a verificação de ausência de tensão e haja um impedimento que não permita
a realização do aterramento temporário logo em seguida, a área deve permanecer sinalizada,
isolada e mantida de forma segura por todo o período em que não se puder realizar o
aterramento temporário;
b) quando houver a possibilidade de realizar o aterramento temporário, deve-se repetir todo o
procedimento de verificação de tensão através de detector de tensão por aproximação ou
detector de tensão por contato e, sendo confirmada a ausência de tensão, realizar a instalação
do aterramento temporário.

NOTA Confirmar a ausência de tensão no circuito e não aterrá-lo logo em seguida pode gerar
uma circunstância insegura, pois as condições do sistema elétrico no ato de instalação do
aterramento temporário podem ter sido alteradas, ou seja, o circuito que estava desenergizado
quando se realizou a verificação de tensão pode estar energizado no momento que se realizar
o aterramento temporário.

B.3.5 Periodicidade de Inspeção do Dispositivo de Aterramento Temporário

A inspeção visual de todos os seus componentes deve ocorrer antes e após a sua utilização.
Esta inspeção deve contemplar pelo menos os seguintes tópicos:

a) inspeção dos cabos de aterramento:


— verificar a existência de fios partidos;
— verificar se existe qualquer dano físico ou oxidação (formação de zinabre) ao longo de toda
a extensão do cabo, especialmente nos pontos de contato com os grampos;
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— verificar se o revestimento de Policloreto de Vinil (PVC) transparente está limpo e não


apresenta qualquer dano físico;
— verificar se os cabos estão perfeitamente fixados aos terminais a eles conectados;
b) inspeção dos grampos de aterramento e demais ferragens do dispositivo de aterramento
temporário (trapézios, blocos terminais, selas, trados e cabeçotes):
— verificar se existem fissuras, deformações, irregularidades (rugosidade), oxidação ou danos
físicos ou sujeira;
— verificar se os pontos de conexão estão perfeitamente fixados (apertados) e limpos;
— verificar se os parafusos de fixação dos grampos estão girando livremente (deslizando);
— não deve existir qualquer travamento que possa impedir um aperto eficiente, gerando
conseqüente mau contato.

B.3.6 Ensaios Periódicos do Dispositivo de Aterramento Temporário

B.3.6.1 O dispositivo deve ser ensaiado anualmente. Os ensaios periódicos devem obedecer
aos seguintes procedimentos:
a) inspecionar detalhadamente todo o dispositivo;
b) limpeza e reaperto geral;
c) verificar os torques dos parafusos conforme a especificação do fabricante, geralmente o
torque é de 3,0 kgf.m;
d) realizar teste de continuidade condutiva nos cabos, incluindo os grampos e conectores, de
modo a ser comprovado se a sua resistência ôhmica permanece dentro dos valores
estabelecidos pelo fabricante e pelas normas;
e) verificar o estado de conservação e legibilidade das informações de marcação e
identificação exigidas, conforme as ASTM F855 e IEC 61230.

B.3.6.2 Este procedimento anual de inspeção e testes no dispositivo de aterramento temporário


pode ser realizado na própria empresa pela equipe de técnica, por exemplo, a equipe de
manutenção elétrica.

NOTA Caso o dispositivo de aterramento temporário seja submetido a uma corrente de curto-
circuito, ele não deve ser novamente utilizado, para fins de aterramento ou outros. Deve ter seu
cabo picotado, suas conexões metálicas inutilizadas e em seguida todo o conjunto ser
cuidadosamente descartado.

B.4 Escada com Características Isolantes

B.4.1 Função
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Permitir o acesso e a execução de tarefas em alturas acima do piso de forma segura e isolada.

B.4.2 Características

a) escada tipo A - toda a escada (estrutura e degraus) deve ser confeccionada em material
isolante, com seção transversal em formato oblongo, degraus em ambos os lados com
tratamento antiderrapante e sapatas fixas com base em borracha antiderrapante. A altura deve
ser definida pelo comprador;
b) escada tipo plataforma - toda a escada (estrutura e degraus) deve ser confeccionada em
material isolante, com seção transversal em formato oblongo, degraus com tratamento
antiderrapante, guarda corpo e corrimão isolantes, plataforma antiderrapante de fibra de vidro,
rodas para fácil deslocamento e sapatas com base antiderrapante.
B.4.2.1 As escadas para utilização em serviços de eletricidade possuem 2 modelos de acordo
com a classe de isolação exigida:
a) escada protegida - possui características isolantes para atividades em circuitos de até 1 000
V. Recomendada para instalações industriais de baixa tensão; [Prática Recomendada]
b) escada isolada - possui características isolantes para atividades em circuitos obedecendo a
isolação de 100 kV / 30 cm / min. Esta escada deve ser fabricada a partir de tubo de fibra de
vidro impregnado com resina epóxi, cujas características elétricas e mecânicas devem
obedecer às ASTM F711 e IEC 60855-1.

B.4.2.2 Todas as escadas de fibra de vidro utilizadas em áreas industriais devem atender a
todos os ensaios de carga considerando o fator "extrapesada", ou seja, capacidade nominal de
carga de136 kg por degrau. Deve atender aos requisitos da IEC 61478.

B.4.3 Periodicidade de Inspeção e Ensaios das Escadas Protegidas ou Isoladas

B.4.3.1 Deve ser realizada conforme os mesmos itens de verificação para varas de manobras
isolantes, que são fabricadas com o mesmo material.

B.4.3.2 Os ensaios periódicos devem ser realizados com intervalo máximo de 24 meses e as
Escadas Protegidas ou Isoladas devem ser submetidas a ensaios elétricos e mecânicos
conforme recomendação do fabricante. Caso seja avaliado que não está submetido a uma
correta utilização, conservação e acondicionamento, eles devem ser avaliados com maior
frequência:
a) verificar o estado de conservação e legibilidade das informações de marcação e
identificação exigidas;
b) falha em qualquer ensaio caracteriza que o dispositivo está inadequada para utilização e
deve ser rejeitada.
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B.6 Bastão de resgate isolante

B.6.1 Função
Dispositivo utilizado para o afastamento, com segurança, do acidentado da área energizada,
possibilitando o seu resgate e assistência.

B.6.2 Características construtivas mínimas:


a) ser fabricado em fibra de vidro impregnado com resina epóxi, com 32 mm de diâmetro, cujas
características elétricas e mecânicas devem obedecer às ASTM F711 e IEC 60855-1;
b) ser confeccionado com resistência mecânica à tração, para Bastões Isolantes Universais de
32 mm;
c) cada 30 cm de tubo isolante deve possuir isolação mínima de 100 kV/min.

NOTA Para instalações com limitação de espaço nas salas de painéis, os bastões de resgate
isolantes podem possuir comprimento de 2,0 metros, assegurando um isolamento mínimo de
30 kV do ponto de empunhadura (pingadeira) até sua extremidade (gancho). A área destinada
à empunhadura deve possuir material antiderrapante e considerar o espaço para 2 (duas)
pessoas operando o bastão no resgate de um acidentado. O material antiderrapante tem a
finalidade de garantir uma melhor “pega” e a pingadeira visa delimitar uma área segura para
quem utiliza o bastão; evitando exposição a riscos de choques elétricos. O comprimento do
bastão deve respeitar as características de isolamento e as distâncias de segurança em áreas
energizadas descritas na NR-10.
d) características anatômicas - as extremidades do bastão de resgate isolante devem possuir
ganchos anatômicos e abaulados (para evitar que no resgate o acidentado seja ferido) com
dimensões e formatos diferentes, onde um dos ganchos permita o resgate pelo tronco (torso) e
o outro pelos membros superiores (braços e antebraços) ou inferiores (coxas, pernas e pés).
Os dois tipos de ganchos de formato e dimensões diferentes devem possibilitar o resgate do
acidentado, independentemente da posição em que ele se encontre no local do acidente.

B.6.3 Acondicionamento
Em função da necessidade de disponibilidade para utilização rápida a qualquer momento, os
bastões de resgate não podem, de forma alguma, ser embalados. Devem ficar pendurados na
antepara, na posição vertical, em local visível e de fácil acesso, com identificação “Bastão de
Resgate Isolante” em cor refletiva verde ou branca. Devido a esta falta de proteção contra
contaminações atmosféricas (por exemplo poeira, umidade e agentes agressivos), deve ser
realizada a sua limpeza antes do início de quaisquer atividades em áreas energizadas ou
potencialmente energizadas.
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NOTA Os Bastões de resgate reservas, guardados no almoxarifado, devem permanecer


devidamente embalados e acondicionados para sua proteção. Antes de se colocar o bastão de
resgate em utilização, ele deve ser cuidadosamente limpo, inspecionado e testado.

B.6.4 Ensaios Periódicos

B.6.4.1 Devem ser submetidos ao procedimento de inspeção e testes descritos abaixo, com
periodicidade máxima de 24 meses. Caso seja avaliado que não está submetido a uma correta
utilização, conservação e acondicionamento, eles devem ser avaliados com maior frequência:
a) uma inspeção visual para confirmar cor e acabamento uniformes, ausência de umidade,
sujeira, acúmulo de sais e ausência de danos (arranhões, fissuras, irregularidades superficiais,
empenos, bolhas, quebras, perda de material, oxidação etc.);
b) tensão elétrica aplicada (isolação - rigidez dielétrica) - observando todos os procedimentos e
o nível máximo de corrente de corrente de fuga admissível descrito nas ASTM F711 e IEC
60855-1;
c) teste operacional ou funcional (verificar se todas as partes estão funcionando corretamente);
d) verificar o estado de conservação e legibilidade das informações de marcação e
identificação exigidas.

B.6.4.2 Os testes periódicos podem ser realizados na Unidade com equipamentos próprios e
certificados. Caso contrário devem ser realizados por laboratório ou instituição oficialmente
acreditados pelo Inmetro.

B.6.4.3 A falha em qualquer ensaio caracteriza que o dispositivo está inadequado para sua
utilização e deve ser encaminhado para o fabricante para reparos, ou até mesmo ser
descartado.

B.7 Ensaiador de Isolação Portátil

B.7.1 Função
Testar os tubos isolantes, que constituem o elemento isolante das ferramentas e equipamentos
utilizados nas intervenções em instalações elétricas, tais como varas e bastões de manobra,
escadas isolantes e andaimes isolantes, com a indicação de “APROVADO” ou “REPROVADO”.

B.7.2 Características

B.7.2.1 Este aparelho portátil é capaz de realizar ensaios elétricos nos tubos isolantes que
constituem o elemento de isolamento das ferramentas e equipamentos utilizados nas
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intervenções em instalações elétricas (tais como varas de manobra, bastões de salvamento,


escadas isolantes e andaimes isolantes).

B.7.2.2 Este equipamento deve realizar a verificação do isolamento de forma objetiva, eficiente
e segura, com a indicação de “APROVADO” ou “REPROVADO”. O diagnóstico é obtido pelo
princípio de equivalência, comparativamente ao que é exigido pelas ASTM F711, IEC 60855-1
e ASTM F1826. b.7.2.3 O ensaiador gera uma tensão de aproximadamente 2 000 V c.a. entre
suas duas placas. O bastão isolante deve ser posicionado entre essas placas, tocando-as.
Uma vez exposto a uma tensão de 2 000 V, há a circulação de uma pequena corrente de fuga
pelo bastão. Esta corrente é medida pelo aparelho e, dependendo do seu valor para aquele
nível de tensão, ele é capaz de diagnosticar se o bastão apresenta condições de isolamento
adequadas para ser utilizado ou se existem danos ou contaminações superficiais ou internas
que impossibilitam sua utilização de forma segura e eficiente. Não é necessário realizar um
ensaio com os valores de tensão exigidos (100 kV / 30 cm / min) mas, por valores
proporcionalmente descritos, possibilitando o diagnóstico por equivalência das condições de
isolamento do bastão.

B.7.2.4 O ensaiador de isolação portátil deve possuir as seguintes características técnicas:


a) ser compacto, de fácil transporte e manuseio;
b) dispensar o a utilização de equipamentos auxiliares;
c) permitir ligação em tensões de fonte única de 110 V ou 220 V de 60 Hz;
d) proporcionar leitura direta de “APROVADO” ou “REPROVADO”;
e) ser fornecido com “bastão de calibração”, para comprovação de bom funcionamento;
f) etiqueta com identificação legível e indelével de advertência contra risco de choques
elétricos;
g) etiqueta legível e indelével no corpo do equipamento contendo instruções informações
técnicas (por exemplo o nível de tensão), informações básicas de operação e cuidados de
segurança.

B.7.3 Funcionamento
O aparelho possui eletrodos de contato que aplicam uma alta tensão alternada (da ordem de
2 000 V c.a.) na ferramenta isolante em teste. Através de um circuito eletroeletrônico interno, o
aparelho identifica se:
a) as ferramentas isolantes apresentam condições ideais de trabalho, isentas de umidade,
trincas, impurezas ou qualquer outro fator que comprometa as suas características isolantes,
indicando no galvanômetro a condição de “APROVADO”; ou
b) as ferramentas isolantes que apresentam umidade, trincas, impurezas ou qualquer outro
fator que comprometa as suas características isolantes, indicando no galvanômetro a condição
de “REPROVADO”.
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B.7.4 Periodicidade de Ensaios no Ensaiador de Isolação Portátil

Teste de rotina e calibração do ensaiador de isolação portátil


a) antes de sua utilização o equipamento deve sempre passar pela seguinte rotina:
— verificação de funcionalidade: verificar se todas as partes fixas, móveis e funções do
dispositivo estão funcionando corretamente, como: “LED” ou lâmpadas, mostrador analógico
(galvanômetro), potenciômetro etc.;
— verificar se não existem parafusos e peças soltas ou frouxas; realizar teste funcional
utilizando o bastão de teste conforme instruções do manual do equipamento;
— inspeção dimensional;
— verificação do estado de conservação e legibilidade das informações de marcação e
identificação exigidas;
b) o fabricante deve disponibilizar um “bastão de calibração ou bastão de teste” que simule a
condição de contaminação interna e externa e que, ao ser ensaiado pelo equipamento, indique
imediatamente a condição de “REPROVADO”. Este simples teste permite garantir que o
equipamento está funcionando corretamente ou precisa de ajustes. Caso o equipamento
necessite ser ajustado, o potenciômetro do galvanômetro deve ser operado de forma que, ao
ser proceder novamente o ensaio do bastão de calibração, o ponteiro do galvanômetro esteja
na posição “REPROVADO”;
c) esta calibragem utilizando o bastão contaminado deve ser realizada sempre antes e depois
da utilização do equipamento;
d) em caso de anormalidades no equipamento ele deve ser identificado como dispositivo com
falha (descrever a falha, nome e matrícula de quem a detectou, instalação ou setor e data). Ele
deve ser retirado de operação e encaminhado imediatamente ao fabricante para manutenção.
O dispositivo deve ser substituído por outro.

B.8 Tapete Isolante para Salas de Painéis Elétricos

B.8.1 Função
Fornecer condição de isolamento para uma determinada área limitada à extensão do tapete
isolante, durante a realização de trabalhos envolvendo eletricidade. Devem ser instalados na
parte da frente de todos os painéis elétricos das subestações, obedecendo ao seu nível de
tensão.

NOTA 1 É necessário que todas as instalações a utilização de tapetes isolantes como item de
segurança em frente a painéis elétricos com nível de tensão a partir de 440 V.
NOTA 2 Em ambientes de pisos metálicos este item é obrigatório.
NOTA 3 Para plataformas marítimas a utilização de tapetes isolantes é obrigatória conforme
NORMAM 1/DPC.
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B.8.2 Características
a) os tapetes isolantes devem ser instalados de forma permanente na parte frontal dos painéis
elétricos e atender as ASTM F2320 e D178;
b) fabricante deve apresentar certificado do ensaio de isolamento conforme as ASTM F2320 e
D178, considerando o nível de tensão do painel em que está instalado, bem como os aspectos
de não flamabilidade (não propagar chamas) e não desprendimento de fumaça tóxica em
situações de incêndio e exposição a arco elétrico;
c) a falha em qualquer verificação caracteriza que o dispositivo está inadequado para a
utilização e deve ser encaminhado para o fabricante para reparos, ou até mesmo ser
descartado.

B.8.3 Inspeção Periódica

Deve ser cuidadosamente inspecionado visualmente anualmente. A inspeção visual completa


deve confirmar se a cor e acabamento estão uniformes, não se admitindo a presença de
fissuras, bolhas, irregularidades superficiais, deformações, rasgos, degradação, umidade,
sujeira, perda de material e outros tipos de danos que possam comprometer as suas
características isolantes.

B.8.4 Tapetes Isolantes para Serviços Temporários

B.8.4.1 Função

Fornecer condição de isolamento para uma determinada área limitada à extensão do tapete
isolante, durante a realização de trabalhos envolvendo eletricidade. Este tapete deve ser
utilizado na realização de serviços específicos e temporários, como por exemplo:

a) trabalhar na parte traseira de painéis elétricos (espaço reduzido) realizando testes e ensaios
em Transformadores de Corrente (TC) de difícil acesso - trabalho somente realizado deitado ou
ajoelhado no chão;
b) inspecionar barramentos de painéis elétricos, reapertando seus parafusos. A realização
deste tipo de serviço exige que o executante trabalhe apoiado sobre as barras desenergizadas.
Mesmo na condição de barramento desenergizado e aterrado, é recomendado que o
executante não trabalhe encostado diretamente sobre o barramento, devendo utilizar o tapete
isolante na realização desta tarefa;
c) realizar pesquisas de defeito em circuitos energizados (operando normalmente), como por
exemplo, medições em réguas de borne que cheguem informações do secundário dos TC e
Transformador de Potencial.
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NOTA Devem ser utilizados tapetes de isolamento, compatível com o nível de tensão da
instalação
em frente a todos os painéis de alta tensão existentes nas subestações.

B.8.4.2 Características

B.8.4.2.1 O tapete isolante para serviços temporários deve possuir certificado de ensaios
conforme a ASTM D1048.

B.8.4.2.2 O ensaio de isolamento deve considerar o nível de tensão do painel em que realiza o
trabalho, bem como os aspectos de não inflamabilidade (não propagar chamas) e não
desprendimento de fumaça tóxica em situações de incêndio e exposição a arco elétrico. Os
ensaios descritos neste item devem ser realizados por laboratório ou instituição acreditados
pelo Inmetro.
B.8.4.2.3 A falha em qualquer ensaio caracteriza que o dispositivo está inadequado para a
utilização e deve ser encaminhado para o fabricante para reparos, ou até mesmo ser
descartado.
NOTA 1 Todos os tapetes adquiridos pela utilização no E&P devem contemplar a maior classe
de Tensão da Unidade.
NOTA 2 Em uma plataforma marítima que possua painéis de 440 V, 4,4 kV e 13,8 kV, todos os
tapetes isolantes para serviços temporários devem ser adquiridos considerando o nível de
tensão de 13,8 kV.

B.9 Dispositivos de Sinalização (Cones, Fitas e Placas)

B.9.1 Função
Os dispositivos de sinalização (cones, fitas e placas) tem a função de sinalizar e delimitar a
áreas informando condições de risco e realização de trabalho, buscando impedir assim o
acesso de pessoas que não estejam autorizadas ou envolvidas na realização do mesmo.

B.9.2 Características, Limpeza e Conservação


a) os cones devem atender a ABNT NBR 15071;
b) cor predominantemente: laranja com 2 faixas brancas refletivas e flexíveis de forma a
garantir visualização no uso diurno, noturno ou em condições de baixa visibilidade.

B.9.3 Inspeções Periódicas


Verificar periodicamente o estado de conservação dos cones, fitas e placas de sinalização.
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B.10 Manta Abafadora Anti-Chamas

B.10.1 Função
Caso ocorra eventos de arco elétrico ou fogo durante a realização de serviços de eletricidade a
manta deve ser colocada sobre o profissional de forma que abafe o fogo, impedindo que o
oxigênio alimente as chamas.

B.10.2 Características

a) manta RF, que tem a função de impedir a propagação das chamas;


b) o tamanho recomendado é de 1,85 x 2,10;
c) ser acondicionada numa caixa não metálica, constituída por um material que não propagador
de chamas.

B.11 Capacete de Proteção para Eletricista

B.11.1 Deve ser Classe B, com isolação de 20 kV e jugular.

B.11.2 Este item possui certificação obrigatória do Inmetro. O fornecedor deve apresentar o
certificado de conformidade emitido por Organismo de Certificação de Produtos (OCP)
acreditado pelo Inmetro.

B.12 Óculos de Proteção para Eletricista

B.12.1 Óculos de Proteção de Utilização Diária em Circuitos Desenergizados Devem cobrir


toda a região dos olhos, possuir lente de policarbonato com 2 mm de espessura, com
características de filtragem dos raios ultravioleta.

NOTA Durante a execução das tarefas elétricas é proibido a utilização de lentes de contato.

B.12.2 Óculos de Proteção com Lente de Grau de Utilização Diária em Circuitos


Desenergizados Devem ser adquiridos em ótica homologada pelo MTPS e deve possuir CA.

B.12.3 Protetor Facial para Utilização em Circuitos Energizados Devem ser utilizados em
circuitos com potencial de arco elétrico.
B.13 Luvas de Proteção para Eletricista
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B.13.1 Luvas de Proteção para Utilização Diária em Circuitos Desenergizados Esta luva deve
ser utilizada para serviços que não envolvam sistemas energizados, por exemplo, em limpeza
de geradores e motores.

B.13.2 Luvas Isolantes


a) ser confeccionadas com borracha de alta qualidade, isenta de material recuperado ou de
sobras, devendo ter acabamento uniforme nas superfícies externas e internas (sem
irregularidades físicas ou emendas), adequadamente vulcanizadas de modo a possuir
propriedades físico-químicas e elétricas que satisfaçam todas as exigências das IEC 60903 ou
ASTM F496 Rev. A;
b) coloração clara na parte interna, de forma que permita a verificação de forma mais eficiente
se a luva se encontra devidamente limpa e higienizada, além de, em caso da borracha
apresentar degradação estrutural ou fissuras, seja possível uma fácil visualização;
c) Este item possui certificação obrigatória do Inmetro. O fornecedor deve apresentar o
certificado de conformidade emitido por OCP acreditado pelo Inmetro.

B.13.3 Utilização das Luvas


Para manobras deve ser utilizada luva de couro (ignífuga) sobre as luvas isolantes de forma a
garantir a proteção para fogo repentino (RF) e arco elétrico (AE), proteção mecânica contra
danos e perfurações às luvas isolantes, uma vez que qualquer perfuração microscópica é
suficiente para a perda das características isolantes, permitindo a passagem de energia
elétrica.

NOTA 1 O conjunto formado pela luva de couro sobre a luva isolante deve ser conforme o 7.1.2
e deve atender a 130.7 (d) itens (1) e (2) da NFPA 70E. Estas luvas de couro (luvas de couro
pesadas) possuem espessuras mínimas de 0,7 mm. Devem possuir valor de ATPV acima de
10 cal/cm2.

NOTA 2 A proteção da luva de couro sobre a luva isolante de borracha proporciona uma
proteção adicional das mãos à exposição a um arco elétrico.

NOTA 3 Existem luvas de borracha isolantes com proteção a arco elétrico. Caso a luva de
borracha isolante sozinha já atenda ao nível de energia desejado para a atividade, pode ser
utilizada uma luva de material RF ou couro fino sobreposta apenas para proteção mecânica.

B.13.4 Periodicidade de Ensaios das Luvas Isolantes


B.13.4.1 Deve ser realizado o teste por insuflamento antes da utilização da luva isolante de
borracha de forma a detectar pequenas rupturas na luva. Este ensaio deve ser rotineiro.
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B.13.4.2 As luvas isolantes em utilização devem ser ensaiadas, conforme a IEC 60903 ou
ASTM F496 Rev. A, com intervalo máximo de 6 meses.

B.13.4.3 As luvas não utilizadas ou em estoque, ao completarem 7 meses contados a partir da


data do ensaio de recebimento, devem ser encaminhadas pelos almoxarifados para reteste em
laboratório ou instituição acreditados pelo Inmetro.

B.14 Botas de Proteção para Eletricista

O fornecedor deve apresentar o certificado de conformidade emitido por organismo de


certificação de produtos acreditados pelo Inmetro.

NOTA Para as atividades do E&P, por motivo de facilidade de remoção, as botas de segurança
devem ser com elásticos laterais, não sendo admitidas de cadarço, velcro, “zípers” ou qualquer
outro dispositivo.

B.15 Protetor Auditivo de Proteção (Tipo Abafador ou Auricular) para Eletricista

a) os protetores auriculares devem possuir características anatômicas, antialérgicas, não


inflamáveis e isolantes;
b) devem ser eficientes para as bandas de frequência associadas ao serviço ou ambiente e
confortáveis;
c) é proibido a utilização de protetores com partes metálicas;
d) este item possui certificação obrigatória do Inmetro. O fornecedor deve apresentar o
certificado de conformidade emitido por OCP acreditado pelo Inmetro.

B.16 Cinturão de Talabarte para Eletricista

a) deve ser utilizado quando forem executados serviços a mais de 2 metros de altura do piso,
com risco de queda;
b) as partes metálicas devem ser cobertas por tecido resistente a fogo repentino (RF) e AE ou
ser de material isolante;
c) este item possui certificação obrigatória do Inmetro. O fornecedor deve apresentar o
certificado de conformidade, somente para trabalhos em altura, emitido por OCP acreditado
pelo Inmetro.

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