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Materiais de Construção Civil - Agregados

AGREGADOS

1) Introdução:

Uma vez que cerca de ¾ do volume do concreto são ocupados pelos agregados, não é de se
surpreender que a qualidade destes seja de importância básica na obtenção de um bom concreto,
exercendo nítida influência não apenas na resistência mecânica do produto acabado como,
também, em sua durabilidade e no desempenho estrutural. Procura-se, neste capítulo, apresentar
as principais propriedades dos agregados, analisando o seu grau de importância e
responsabilidade na geração das características essenciais aos concretos.

Podemos definir agregado como: material granular, inerte, com dimensões e propriedades
adequadas e isentos de impurezas prejudiciais.

2) Classificação dos agregados:

Os agregados podem ser classificados quanto:

• à origem;
• às dimensões das partículas;
• à massa unitária.

a) Quanto à origem, eles podem ser:

• naturais → já são encontrados na natureza sob a forma definitiva de utilização: areia de rios,
seixos rolados, cascalhos, pedregulhos,...

• artificiais → são obtidos pelo britamento de rochas: pedrisco, pedra britada,...

• industrializados → aqueles que são obtidos por processos industriais. Ex.: argila expandida,
escória britada, ...

Deve-se observar aqui que o termo artificial indica o modo de obtenção e não se relaciona com
o material em si.

b) Quanto à dimensão de suas partículas, a Norma Brasileira define agregado da seguinte


forma:

• Agregado miúdo → Areia de origem natural ou resultante do britamento de rochas estáveis,


ou a mistura de ambas, cujos grãos passam pela peneira ABNT de 4,8 mm (peneira de malha
quadrada com abertura nominal de “x” mm, neste caso 4,8 mm) e ficam retidos na peneira
ABNT 0,075 mm.
• Agregado graúdo → o agregado graúdo é o pedregulho natural, ou a pedra britada
proveniente do britamento de rochas estáveis, ou a mistura de ambos, cujos grãos passam pela
peneira ABNT 152 mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,8 mm.

c) Quanto à massa específica pode-se classificar os agregados em leves, médios e pesados.


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Leves: M.E. < 2,0 t/m3


Médios: 2,0 ≤ M.E. ≤ 3,0 t/m3
Pesados: M.E. > 3,0 t/m3

3) Características das rochas de origem:

a) Atividade – o agregado pela própria definição, deve ser um elemento inerte, ou seja:
- não deve conter constituintes que reajam com o cimento “fresco” ou endurecido.
- não deve sofrer variações de volume com a umidade.
- não deve conter incompatibilidade térmica entre seus grãos e a pasta endurecida.

b) Resistência Mecânica

- à compressão : a resistência varia conforme o esforço de compressão se exerça


paralela ou perpendicularmente ao veio da pedra. O ensaio se faz em corpos-de-prova cúbicos de 4
cm de lado ( em torno de 150MPa)
Sob o aspecto de resistência à compressão, estes materiais não apresentam qualquer
restrição ao seu emprego no preparo de concreto normal, pois tem resistência muito superior às
máximas dos concretos.

- ao desgaste : a pasta de cimento e água não resiste ao desgaste . Quem confere esta
propriedade aos concretos é o agregado.
Ao desgaste superficial dos grãos de agregado quando sofrem “atrição”, dá-se o nome
de abrasão. A resistência à abrasão mede, portanto, a capacidade que tem o agregado de não se
alterar quando manuseado (carregamento, basculamento, estocagem). Em algumas aplicações do
concreto, a resistência à abrasão é característica muito importante, como por exemplo em pistas de
aeroportos, em vertedouros de barragens e em pistas rodoviárias, pois o concreto sofre grande
atrição.
A resistência à abrasão é medida na máquina “Los Angeles”, que consta, em essência,
de um cilindro oco, de eixo horizontal, dentro do qual a amostra de agregado é colocada
juntamente com esferas de ferro fundido.A NBR 6465 trata do ensaio à abrasão, dando as
características da máquina e das cargas de agregado e esferas de ferro. O cilindro é girado durante
um tempo determinado, sofrendo o agregado atrição e também um certo choque causado pelas
esferas de ferro. Retirada do cilindro, a amostra é peneirada na peneira de 1,7mm; o peso do
material que passa, expresso em porcentagem do peso inicial, é a “Abrasão Los Angeles”.

c) Durabilidade – o agregado deve apresentar uma boa resistência ao ataque de


elementos agressivos.
O ensaio consiste em submeter o agregado à ação de uma solução de sulfato de sódio ou
magnésio, determinando-se a perda de peso após 5 ciclos de imersão por 20 horas, seguidas de 4
horas de secagem em estufa a 105°C (NBR ).
É de 15% a perda máxima admissível para agregados miúdos e de 18% para agregados
graúdos, quando for usada uma solução de sulfato de magnésio.

4) Agregados Naturais:

4.1) Areia natural: considerada como material de construção, areia é o agregado miúdo.

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A areia pode originar-se de rios, de cavas (depósitos aluvionares em fundos de vales cobertos
por capa de solo) ou de praias e dunas.
As areias das praias não são usadas, em geral, para o preparo de concreto por causa de sua
grande finura e teor de cloreto de sódio. O mesmo ocorre com as areias de dunas próximas do
litoral.

Utilizações da areia natural:

• Preparo de argamassas;
• Concreto betuminoso – juntamente com fíler, a areia entra na dosagem dos inertes do concreto
betuminoso e tem a importante propriedade de impedir o amolecimento do concreto betuminoso
dos pavimentos de ruas nos dias de intenso calor);
• Concreto de cimento (constitui o agregado miúdo dos concretos);
• Pavimentos rodoviários: constitui o material de correção do solo;
• Filtros – devido a sua grande permeabilidade, a areia é utilizada para a construção de filtros,
destinados a interceptar o fluxo de água de infiltração em barragens de terra e em muros de
arrimo.

4.2) Seixo rolado ou cascalho: também denominado pedregulho, é um sedimento fluvial de


rocha ígnea, inconsolidado, formado de grãos de diâmetro em geral superior a 5 mm, podendo
os grãos maiores alcançar diâmetros até superiores a cerca de 100 mm. O cascalho também
pode ser de origem litorânea marítima.
• O concreto executado com pedregulho é menos resistente ao desgaste e à tração do que
aquele fabricado com brita, na proporção 1 para mais ou menos 1,20.
• O pedregulho deve ser limpo, quer dizer, lavado antes de ser fornecido. Deve ser de
granulação diversa, já que o ideal é que os miúdos ocupem os vãos entre os graúdos.

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5) Agregados Artificiais:

5.1) Definições:

a) Pedra britada: agregado obtido a partir de rochas compactas que ocorrem em jazidas, pelo
processo industrial da cominuição (fragmentação) controlada da rocha maciça. Os produtos
finais enquadram-se em diversas categorias.

b) Areia de brita ou areia artificial: agregado obtido dos finos resultantes da produção da
brita, dos quais se retira a fração inferior a 0,15 mm. Sua graduação é 0,15 /4,8mm.

c) Fíler: agregado de graduação 0,005/0,075mm. Seus grãos são da mesma ordem de grandeza
dos grãos de cimento e passam na peneira 200 (0,075 mm). É chamado de pó de pedra.
O fíler é utilizado nos seguintes serviços:
- na preparação de concretos, para preencher vazios;
- na adição a cimentos;
- na preparação da argamassa betuminosa;
- como espessante de asfaltos fluidos.

d) Bica-corrida: material britado no estado em que se encontra à saída do britador. Pode ser
classificada em primária ou secundária. Será primária quando deixar o britador primário, com
graduação aproximada de 0/300mm, dependendo da regulagem e tipo de britador. Será
secundária quando deixar o britador secundário, com graduação aproximada de 0/76mm.

e) Rachão: agregado constituído do material que passa no britador primário e é retido na


peneira de 76 mm. É a fração acima de 76 mm da bica corrida primária. A NBR 9935 define
rachão como “pedra de mão”, de dimensões entre 76 e 250 mm.

f) Restolho: material granular, de grãos em geral friáveis (que se partem com facilidade). Pode
conter uma parcela de solo.

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g) Blocos: fragmentos de rocha de dimensões acima do metro, que, depois de devidamente


reduzidos em tamanho, vão abastecer o britador primário.

5.2) Brita ou pedra britada:

a) Usos

A NBR 7211, que padroniza a pedra britada nas dimensões hoje consagradas pelo uso, trata de
agregado para concreto. Não obstante isso, e apesar de as curvas granulométricas médias dos
agregados comerciais não coincidirem totalmente com as curvas médias das faixas da Norma,
emprega-se o agregado em extensa gama de situações:

- concreto de cimento: o preparo de concreto é o principal campo de consumo da pedra


britada. São empregados principalmente o pedrisco, a pedra 1 e a pedra 2. É também usado o pó
de pedra, apesar de ter ele distribuição granulométrica não coincidente com a do agregado
miúdo padronizado para concreto (areia). A tecnologia do concreto evoluiu, de modo que o pó
de pedra é usado em grande escala.

- Concreto asfáltico: o agregado para concreto asfáltico é necessariamente pré-dosado,


misturando-se diversos agregados comerciais. Isto se deve ao ter ele de satisfazer peculiar
forma de distribuição granulométrica. São usados: fíler, areias, pedras 1, 2 e 3.

- Argamassas: em certas argamassas de enchimento, de traço mais apurado, podem ser usados
a areia de brita e o pó de pedra.

- Pavimentos rodoviários: para este emprego, a NBR 7174 fixa três graduações para o
esqueleto e uma para o material de enchimento das bases de macadame hidráulico, graduações
estas que diferem das pedras britadas.

- Lastro de estradas de ferro: este lastro está padronizado pela NBR 5564, e consta
praticamente de pedra 3.

- Aterros: podem ser feitos com restolho, obtendo-se mais facilmente, alto índice de suporte do
que quando se usam solos argilosos.

- Correção de solos: usa-se o pó de pedra para correção de solos de plasticidade alta.

6) Agregados Industrializados:

6.1) Agregados Leves:

a) Argila expandida: a argila é um material muito fino, constituído de grãos lamelares de


dimensões inferiores a dois micrômetros, formada, em proporções muito variáveis, de silicato
de alumínio e óxidos de silício, ferro, magnésio e outros elementos. Para se prestar para a
produção de argila expandida, precisa ser dotada da propriedade de piroexpansão, isto é, de
apresentar formação de gases quando aquecida a altas temperaturas (acima de 1000oC). Nem
todas as argilas possuem essa propriedade.

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O principal uso que se faz da argila expandida é como agregado leve para concreto, seja
concreto de enchimento, seja concreto estrutural ou pré-moldados – com resistência de até
fck∼ 30MPa. O concreto de argila expandida, além da baixa densidade de 1,0 a 1,8, apresenta
muito baixa condutividade térmica – cerca de 1/15 da do concreto de britas de granito.
Blocos e painéis pré-moldados usando argila expandida prestam-se bem a ser usados como
isolantes térmicos ou acústicos, no que são auxiliados pela baixa densidade do material, que
pode variar de 6 a 15 kN/m3, contra 26 do concreto de brita de granito ou de basalto.

b) Escória de alto-forno: é um resíduo resultante da produção de ferro gusa em altos-fornos,


constituído basicamente de compostos oxigenados de ferro, silício e alumínio.
A escória simplesmente resfriada ao ar, ao sair do alto forno (escória bruta), uma vez britada,
pode produzir um agregado graúdo. Normalmente, após receber um jato de vapor, a escória é
resfriada com jatos de água fria, produzindo-se, então, a escória expandida, de que resulta um
agregado da ordem de 12,5/32mm. Quando é imediatamente resfriada em água fria, resulta a
escória granulada, que permite obter um agregado miúdo de graduação 0/4,8mm,
aproximadamente.
A escória granulada é usada na fabricação do cimento Portland de alto-forno. Usa-se a escória
expandida como agregado graúdo e miúdo no preparo de concreto leve em peças isolantes
térmicas e acústicas, e também em concreto estrutural, com resistência a 28 dias da ordem de 8-
20 MPa e densidade da ordem de 1,4.

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c) Vermiculita: é um dos muitos minérios da argila. A vermiculita expandida tem os mesmos


empregos da argila expandida.

6.2) Agregados Pesados:

a) Hematita: a hematita britada constitui os agregados miúdo e graúdo que são usados no
preparo do concreto de alta densidade (dito “concreto pesado”) destinado à absorção de
radiações em usinas nucleares (escudos biológicos ou blindagens). O grau de absorção
cresce com o aumento da densidade do concreto

b) Barita: pela sua alta densidade, a barita também é usada no preparo de concretos densos.

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7) Principais propriedades físicas dos agregados:

a) Massa específica Aparente (massa unitária)

É a relação entre a massa de um certo volume total de agregados e este volume.

A NBR 7251 (ABNT, 1982) –Agregado em estado solto: determinação da massa unitária- propõe
para a determinação da massa específica aparente do agregado o uso de um recipiente metálico em
forma de paralelepípedo, de volume (V) conhecido. A amostra seca é nele colocada sem qualquer
adensamento, procurando-se desse modo reproduzir a situação da obra, quando o operário
transporta o agregado em baldes ou padiolas, sem adensamento.
É de grande importância essa determinação, pois é a partir dela que se faz a transformação dos
traços em peso para volume e vice-versa. Em termos médios, os agregados apresentam massa
específica aparente da seguinte ordem:
• areia fina 1520 kg/m3
• areia média 1500 kg/m3
• areia grossa 1480 kg/m3
• brita 1 1450 kg/m3
• brita 2 1420 kg/m3
• brita 3 1400 kg/m3
• seixo rolado 1500 kg/m3

A massa unitária aproximada dos agregados comumente usados em concreto normal varia de 1300 a
1750 kg/m3

b) Massa Específica Real

É a relação entre a massa e o volume de cheios, isto é, o volume de


grãos do agregado, excluindo-se os poros permeáveis e os vazios entre os
grãos.

Para muitas rochas comumente utilizadas, a massa específica varia entre 2600 e 2700 kg/m3.

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c) Índice de Vazios: é a relação entre o volume total de vazios e o volume total de grãos.

Vv
i=
Vg

Agregado Miúdo Agregado Graúdo

No caso dos agregados miúdos o espaço intergranular é menor que nos agregados graúdos,
porém a quantidade destes espaços vazios é bastante superior, por isso podemos dizer que os
totais de espaços vazios nos agregados miúdos e graúdos independem do tamanho máximo dos
grãos. A mistura de agregados miúdos e graúdos, entretanto, apresentará, sempre, um menor
volume de vazios.

d) Compacidade (c): é a relação entre o volume total ocupado pelos grãos e o volume total do
agregado.

Vg
c=
Va

e) Finura: quando um agregado tem seus grãos de menor diâmetro que um outro, diz-se que ele
tem maior finura.

f) Área específica: é a soma das áreas das superfícies de todos os grãos contidos na unidade de
massa do agregado. Admite-se para área da superfície de um grão, a área da superfície de uma
esfera de igual diâmetro; o grão real tem, contudo, superfície de área maior que a esfera. A
forma dos grãos de brita é irregular e sua superfície extremamente rugosa; para a mesma
granulometria, os agregados com grãos mais regulares têm menor superfície específica.

g) Umidade e inchamento do agregado miúdo


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Umidade:

O conhecimento do teor da umidade dos agregados é muito importante, pois


a quantidade de água que os mesmos transportam para o concreto altera
substancialmente o fator água/cimento, ocasionando decréscimo da
resistência mecânica do concreto. Quando se trabalha com dosagem em
volume, a umidade da areia provoca o fenômeno conhecido como inchamento
que deve ser considerado quando da conversão dos traços de peso para
volume.

Inchamento nos agregados miúdos:

Chama-se de inchamento o aumento do volume aparente do agregado miúdo quando úmido. Este
aumento é produzido pela separação entre os grãos da areia devido à película de água que se forma
em torno do grão provocando um afastamento entre as partículas. Assim, na realidade, num
mesmo volume tem-se menos material.
Nos agregados graúdos, os tamanhos dos vazios são muito maiores que a espessura da película de
água, não ocorrendo o inchamento.
Esse fenômeno deve ser levado em consideração na medida do volume da areia para os traços de
concreto em volume.

 h 
Pah = Pas 1 + 
 100 
h% = percentual de umidade
I% = percentual de inchamento
 I  Vah= volume de areia úmida
Vah = Vas 1 +  Vas = volume de areia seca
 100 
Pah = peso de areia úmida
Pas = peso de areia seca

8) Exigências normativas da NBR 7211:


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8.1) Granulometria: define a proporção relativa, expressa em porcentagem, dos diferentes


tamanhos de grãos que se encontram constituindo um todo. Pode ser expressa pelo material que
passa ou pelo material retido por peneira e acumulado.
A granulometria dos agregados é característica essencial para estudo das dosagens do
concreto.
Para caracterizar um agregado é, então, necessário conhecer quais são as parcelas
constituídas de grãos de cada diâmetro, expressas em função da massa total do agregado. Para
conseguir isto, divide-se, por peneiramento, a massa total em faixas de tamanhos de grãos e
exprime-se a massa retida de cada faixa em porcentagem da massa total.

a) Peneiras (Série Normal e Série Intermediária): conjunto de peneiras sucessivas, que


atendem a NBR 5734, com as seguintes aberturas discriminadas:

PENEIRAS
Série Normal Série Intermediária
76 mm -
- 64 mm
- 50 mm
38 mm -
- 32 mm
- 25 mm
19 mm -
- 12,5 mm
9,5 -
- 6,3
4,8 mm -
2,4 mm -
1,2 -
0,600 -
0,300 -
0,150 -

b) Limites granulométricos do agregado miúdo

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Porcentagem, em massa, retida acumulada na peneira ABNT, para a


Peneira ABNT
Zona 1 Zona 2 Zona 3 Zona 4
(muito fina) (fina) (média) (grossa)
9,5 mm 0 0 0 0
6,3 mm 0a3 0a7 0a7 0a7
4,8 mm 0a5 0 a 10 0 a 11 0 a 12
2,4 mm 0a5 0 a 15 0 a 25 5 a 40
1,2 mm 0 a 10 0 a 25 10 a 45 30 a 70
0,6 mm 0 a 20 21 a 40 41 a 65 26 a 85
0,3 mm 50 a 85 60 a 88 70 a 92 80 a 95
0,15 mm 85 a 100 90 a 100 90 a 100 90 a 100

b) Limites granulométricos do agregado graúdo

A NBR 7211 classifica os agregados graúdos segundo a tabela abaixo:

Porcentagens retidas acumuladas


Peneiras Classificação (Graduação)
0 1 2 3 4
76 - - - - 0
63 - - - - 0 - 30
50 - - - 0 75 – 100
38 - - - 0 – 30 90 – 100
32 - - 0 75 – 100 95 – 100
25 - 0 0 – 25 87 – 100 -
19 - 0 - 10 75 – 100 95 – 100 -
12,5 0 - 90 – 100 - -
9,5 0 – 10 80 – 100 95 – 100 - -
6,3 - 92 – 100 - - -
4,8 80 – 100 95 – 100 - - -
2,4 95 – 100 - - - -

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Curvas Granulométricas

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d) Módulo de finura (Mf): é a soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um


agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100.

Exemplo:

MATERIAL
PENEIRAS (mm) % SIMPLES % ACUMULADO
RETIDO (g)
4,8 30
2,4 70
1,2 140
0,6 320
0,3 300
0,15 120
Fundo 20
Σ = 1000g

Obs. Na tabela anterior todas as peneiras são da série normal, por isso para o cálculo do
módulo de finura somou-se todos os percentuais retidos acumulados. Atenção!

Os módulos de finura para a areia, variam entre os seguintes limites:

Muito fina: MF < 1,71


Fina: 1,72 < MF < 2,11
Média: 2,12 < MF < 2,71
Grossa: MF > 2,71

e) Dimensão Máxima (Dm) : grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado,


correspondente à abertura de malha quadrada, em mm, à qual corresponde uma porcentagem
retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.
As britas podem ser classificadas em:
Brita 1→ (Dm) = 12,5mm
Brita 2→ (Dm) = 25mm
Brita 3→ (Dm) = 38mm
Brita 4→ (Dm) = 76mm
Brita 5→ (Dm) = 100mm

Na tabela acima, o diâmetro máximo do agregado é 4,8 mm, pois é na peneira 4,8 mm
que o percentual retido acumulado é igual ou imediatamente inferior a 5%.

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8.2) Forma dos grãos: os grãos dos agregados não tem forma geometricamente definida.

a) Quanto às dimensões:

Com relação ao comprimento (c), largura (l) e espessura (e), os agregados classificam-se em
alongados, cúbicos, lamelares e discóides, conforme sejam as relações entre as três
dimensões, que definem o coeficiente de forma.

b) Quanto à conformação da superfície:

- angulosos: quando apresentam arestas vivas e pontas (britas);


- arredondados: quando não apresentam arestas vivas (seixos).

c) Quanto à forma das faces:

- conchoidal: quando tem uma ou mais faces côncavas;


- defeituoso: quando apresentam trechos convexos.

A forma dos grãos tem efeito importante no que se refere à compacidade, à trabalhabilidade e
ao ângulo de atrito interno.

A influência da forma é mais acentuada nos agregados miúdos. Argamassas de revestimento,


por exemplo, se preparadas com areia artificial, ficam tão rijas que não se podem espalhar com
a colher, constituindo o que se chama de argamassas duras.

Concretos preparados com agregados de britagem exigem 20% mais água de amassamento do que
os preparados com agregados naturais, sendo os grãos lamelares os mais prejudiciais. Apesar
disso, concretos de agregados de britagem têm maiores resistências ao desgaste e à tração, devido
a maior aderência dos grãos à argamassa.

8.3) Substâncias nocivas: são aquelas existentes nas areias ou britas que podem afetar alguma
propriedade desejável no concreto fabricado com tal agregado.

a) Reatividade Álcali-Agregado (ou Reatividade Potencial)  as reações álcali-agregado são


processos químicos que envolvem os álcalis do cimento e agregados cujas características
minerais ou texturais os tornam reativos. Seus produtos são géis alcalinos e materiais
cristalinos expansivos que, desenvolvendo-se em fissuras e vazios da argamassa e,
eventualmente, dos agregados, promovem a abertura e propagação das descontinuidades, com
conseqüente aumento da permeabilidade e diminuição da resistência química do concreto a
agentes externos.
Por serem processos químicos favorecidos pela variação de umidade, ocorrem
preferencialmente em concretos de barragens.
A caracterização das reações álcali-agregado através de seus produtos permite avaliar o grau
de comprometimento da estrutura e balizar eventuais ações para minimização dos danos
decorrentes.
Experimentalmente, o teor máximo de álcalis para os cimentos é determinado em 0,6%
quando os agregados utilizados para produção de concretos contiverem tais minerais.

b) Teor de cloretos (encontrados nas areias de dunas e praias)  os cloretos têm efeito
danoso em concretos destinados à estruturas armadas, porém são utilizados como aceleradores

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de pega. O cloreto ataca o aço das armações de modo que a seção reta de uma barra pode
crescer até 16 vezes o tamanho original, lascando o concreto e expondo a armação, reduzindo a
capacidade de trabalho das peças estruturais. O teor máximo de cloreto de sódio é 0,08% do
peso da areia.

c) Argila em torrões  partículas presentes nos agregados, suscetíveis de serem desfeitas pela
pressão entre os dedos polegar e indicador, (nos agregados miúdos o máximo é de 1,5%, em peso
seco)

d) Material pulverulento  material impalpável que pode ser encontrado na superfície dos grãos
do agregado graúdo, o qual pode prejudicar a aderência da argamassa, reduzindo o desempenho do
concreto. Nos concretos submetidos ao desgaste superficial, o percentual máximo em peso de
material pulverulento é de 3,0% e para os demais concretos, 5%.

e) Materiais friáveis e materiais carbonosos  (constituídos de partículas de carvão, madeira e


matéria vegetal sólida, é permitido um máximo de 0,5% para concretos onde a aparência é
importante e de 1,0 % para os demais concretos), assim como a argila em torrões pode desfazer-se
com a pressão dos dedos.

f) Fragmentos macios e friáveis: alteram a distribuição granulométrica e introduzem material de


alta absorção de água, o que altera a trabalhabilidade e a resistência do concreto.

g) Óleos: podem atacar quimicamente o concreto. Penetram nos poros do concreto seco e, por sua
ação lubrificante reduzem a resistência do mesmo, podem destruir a aderência entre a argamassa,
os grãos e a armação, resultando na desagregação do concreto.

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