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No período feudal a estabilidade social era tamanha que acabava por prejudicar o avanço da
produção econômica, já que a preocupação da sociedade da época era a garantia de segurança
em decorrência dos frequentes ataques de inimigos. Tal situação somente foi modificada pela
mobilização trazida pelo Mercantilismo e pelo Renascimento. Assim, Portugal, Espanha e
Inglaterra acumularam fortunas em metais preciosos – os dois primeiros países por meio da
conquista de novas terras e o último com a prática do comércio exterior (SOUZA, 1997).
No final do século XIX a Inglaterra já era a maior potência mundial, certamente em função do
crescente processo de inovações tecnológicas, chamado de Revolução Industrial, que se iniciou
por lá em meados do século XVIII. Nas palavras de Souza (1997, p. 45) a Revolução Industrial
“foi o resultado de uma série de inovações tecnológicas introduzidas na produção industrial,
na agricultura e nos transportes, que reduziram sistematicamente os custos médios e
aumentaram a oferta, tanto de consumo, como de bens de capital, expandindo o nível de
emprego no meio urbano”.
Historicamente, sabe-se do grande avanço econômico ocorrido nos países geradores das
inovações tecnológicas da Revolução Industrial. Com a Grande Depressão de 1930, no entanto,
esses Estados precisaram intervir na economia a fim de reduzir o desemprego e ajustar as
consequências sociais da crise, que foram notadas com maior intensidade nos assalariados e
nas pequenas empresas. Reparou-se, a partir de então, que a estabilidade econômica era
indispensável para a ocorrência de um desenvolvimento que beneficiasse a todos, assim como
era indispensável que o crescimento acompanhasse as necessidades de cada país, de cada
região e de cada classe social (SOUZA, 1997, 17).
Embora desde o final da década de 1930, com a aplicação da Contabilidade Nacional advinda
da Teoria Keynesiana, os países já fossem classificados em ricos e pobres, foi após a Segunda
Guerra Mundial, quando os Estados Unidos apontaram como a maior potência econômica do
mundo, que – segundo Esteva (2000, p. 59) – a expressão países subdesenvolvidos ficou
consagrada. Essa expressão pareceu pela primeira vez no discurso de posse do presidente
Truman, dando aos Estados Unidos o status de país desenvolvido.
Iniciou-se, dessa forma, a corrida pelo desenvolvimento, em que os diversos países ditos
subdesenvolvidos passaram a almejar o desenvolvimento econômico a exemplo dos Estados
Unidos.
Ou seja, o desenvolvimento econômico é um processo pelo qual a renda nacional real de uma
economia aumenta durante um longo período de tempo. A renda nacional real refere-se ao
produto total de bens e serviços finais do país, expresso não em termos monetários, mas sim
em termos reais: a expressão monetária da renda nacional deve ser corrigida por um índice
apropriado de preço de bens e consumo e bens de capital. E, se o ritmo de desenvolvimento é
superior ao da população, então a renda real per capita aumentará. O processo implica a
atuação de certas forças, que operam durante um longo período de tempo e representam
modificações em determinadas variáveis. Os detalhes do processo variam sob condições
diversas no espaço e no tempo, mas, não obstante, há algumas características comuns básicas,
e o resultado geral do processo é o crescimento do produto nacional de uma economia.
Atentando para autores clássicos como Adam Smith e Joseph Schumpeter, se verificam
importantes considerações acerca do desenvolvimento. Adam Smith, ilustre autor da obra
econômica A Riqueza das Nações, dispensava ao trabalho produtivo a responsabilidade pela
riqueza dos países e pelo consequente desenvolvimento econômico destes. Já Schumpeter
dedicava à oferta atenção especial no tocante ao seu ideal desenvolvimentista.
Além disso, Adam Smith acreditava que para o funcionamento ideal da economia a presença
do Estado era dispensável, devendo ocorrer intervenções estatais apenas em questões ligadas
à defesa, à justiça, às obras públicas e a algumas outras especificidades, mas sempre de forma
mínima, a fim de dar liberdade aos agentes econômicos. Feito dessa maneira, como coloca
Souza (1997, p. 94), “o interesse particular na exportação beneficia a coletividade, pela
ampliação dos mercados, aumento da divisão do trabalho e maior eficiência produtiva
resultante”.
Souza (1997, p. 174-177) explica, ainda, que, na teoria de Joseph Schumpeter, é visível uma
abordagem do dinamismo da oferta sem supervalorizar as taxas de salários e os níveis de
demanda efetiva. O crédito do desenvolvimento se dá ao empresário inovador, que atualiza a
produção de novos produtos e novos métodos de produção em prol da valoração da
economia. O empresário inovador recebe o papel de comandante do sistema de combinações
que buscam o desenvolvimento, lançando novos produtos e alcançando a liderança no
mercado mundial, ao mesmo tempo em que obtém o lucro puro das transações comerciais,
que será tanto maior quanto mais extensos forem os mercados.
A Teoria do Desenvolvimento tem a sua origem com a dissolução dos Impérios coloniais a
partir de 1945. Com o início da grande vaga independentista do pós-guerra regista-se a
passagem duma tutela colonial, com definição das atividades a desenvolver por parte duma
elite branca, para uma autonomia política de base “nacional” [1] . Essa nova realidade exige a
reformulação dos processos de desenvolvimento. A teoria do desenvolvimento surge como um
ramo específico da economia, para resolver a questão de como promover o desenvolvimento
nos países pobres. Ao longo destes anos foram-se formulando modelos de intervenção que
procuravam responder a essa questão (Rist, 2002).
Num primeiro tempo, entre os anos 50 e 60, o modelo dominante foi o da modernização . O
modelo da modernização partia da constatação de que os sistemas coloniais haviam apostado
numa produção extensiva de exportação para as metrópoles e nada haviam feito para
organizar o território. Haveria portanto, dum lado um sector tradicional, essencialmente rural
que implicava modernizar, ao mesmo tempo que, mantendo as indústrias existentes para
exportação, se impunha assegurar um determinado nível de industrialização e urbanização.
Trata-se dum modelo essencialmente dualista.
A realidade veio a demonstrar vários limites à aplicação deste modelo, entre as quais se
costuma salientar questões como a crescente taxa de urbanização que fez afluir às cidades
grandes massas de camponeses, a crescente dificuldade em conciliar os processos industriais
com as culturas tradicionais e uma mão-de-obra pouco qualifica. Isso conduziu a uma quebra
dos preços das matérias-primas nos mercados mundiais, gerando a diminuição dos
rendimentos gerais e concentração da riqueza nas elites locais.
No entanto, estes investimentos geravam uma elevada taxe de inflação, ao mesmo tempo que
a transformação social demorava a acompanhar o processo. No âmbito internacional
acentuava-se a degradação dos termos de troca entre o sul e o norte, aumentando as
situações de dependência que vinham do tempo colonial. As soluções propostas para procurar
ultrapassar a dependência foram variadas. Nuns casos a implementação de modelos de base
socialista (propriedade coletiva e planificação económica), noutros a busca do equilíbrio nas
relações de troca entre o centro e as periferias. Em todos os modelos defendia-se a
industrialização como processo de substituição das importações e o aumento das proteções
aduaneiras.
Como ocorre
Uma analogia ajuda a entender o significado: quando uma semente se torna uma planta
adulta, está exercendo um potencial genético: em outras palavras, está desenvolvendo-se.
Quando qualificado pelo
Teorias
Adam Smith sobre a riqueza das nações e partir daí esse tema esteve sempre presente na
evolução do pensamento econômico. O desenvolvimento industrial no século XIX da Grã-
Bretanha, Estados Unidos e Alemanha levantou novas questões sobre as causas desse
enriquecimento mas no século XX a taxa de desenvolvimento decaiu ao mesmo tempo em que
surgia o confronto das nações liberais com o rápido desenvolvimento da Rússia comunista.
Os keynesianos foram muito populares até os anos 1980 quando - em parte devido à
padrão dólar-ouro , com inflação e o endividamento dos Estados por um lado, e uma grande
acumulação de excedente monetário líquido nas mãos dos países exportadores de petróleo
por outro. Em vista disso, sobreveio uma mudança de enfoque na política econômica.
Surge, então, a escola neoliberal de pensamento econômico, baseada na firme crença na Lei
de Say , e cujos fundamentos já tinham sido esboçados em 1940 pelo economista austríaco
Friedrich August von Hayek . Para corrigir os problemas inerentes à crise, os neoliberais
pregavam a redução dos gastos públicos e a desregulamentação, de modo a permitir que as
empresas com recursos suficientes pudessem investir em praticamente todos os setores de
todos os mercados do planeta: tornar-se-iam empresas multinacionais ou transnacionais.
Neoliberalismo
Chile [1] na década de 1970, o qual foi seguido pela inglesa Margaret Thatcher e pelo
americano Ronald Reagan nos anos 1980 .
No entanto, os custos sociais foram grandes. Mais de 200 mil chilenos tiveram que emigrar por
razões econômicas. O Chile viu seu desemprego subir dos 4 por cento da era Allende para 18
por cento na
era Pinochet, e a taxa de pobreza subir de 20 por cento para 45 por cento. Isso acabou por
minar o apoio à ditadura e provocar a derrota de Pinochet em 1988, quando se iniciou a
transição para uma
democracia .
década de 1990, o país se tornou a economia mais próspera da América Latina , crescendo a
taxas superiores a 7 por cento ao ano, o que rendeu ao país o título de
Tigre Asiático latino-americano, em clara referência aos países asiáticos cujas economias
cresciam rapidamente. O país conseguiu reduzir a pobreza de 50% de sua população em 1987 ,
para 18,3% em 2003 , tornando-se assim o primeiro país latino-americano a cumprir as metas
do milênio para a redução da pobreza .
De 1990 até 2004, as práticas neoliberais preconizadas pelo Consenso de Washington, em
1990), e pelo Fundo Monetário Internacional , durante a década seguinte, tornaram-se um
modismo quase irresistível para os governantes, que acreditavam ter encontrado a fórmula
para alcançar um maior desenvolvimento econômico. Reformas foram aplicadas em vários
países, notadamente nos mais pobres, no pressuposto de que, com a
[2]
leis trabalhistas .
Referências
Bibliografia
Renault de Souza, Michel; André Ribeiro,PAULA, Luiz Fernando e SICSU, João (organizadores).
Novo-Desenvolvimentismo: um projeto nacional de crescimento com equidade social . São
Paulo: Editora Manole/Fundação Konrad Adenauer, 2005. ISBN 8598416045
↑ ↑ (em português ) STIGLITZ, J.E. A Globalização e seus malefícios. A promessa não cumprida
de benefícios globais. São Paulo, Editora Futura, 2002.
(em inglês) STIGLITZ, Joseph E. Making Globalization Work. New York, London: W. W. Norton,
2006.
La herencia de los "Chicago boys" . Santiago do Chile: BBC Mundo.com.br - América Latina,
10/12/2006.
presente trabalho abordo o tema referente ao desenvolvimento económico e planeamento/
relações económicas, onde são citados alguns representantes de escalas económicas,
correntes de pensamento relacionados com o desenvolvimento nos diferentes países. Abordo
também o desenvolvimento sustentado que concilia o progresso e crescimento económico
com a preservação da natureza.
O desenvolvimento não é mais do que a evolução das mentalidades e das instituições que
permitem o aparecimento do crescimento económico e o seu prolongamento num longo
período. O desenvolvimento aparece normalmente como uma causa e ao mesmo tempo como
consequência do crescimento. Para se alcançar o crescimento é necessário que haja que
implimentalidades prontas e preparadas para aceitar e assimilar a mudança.
Isto verificou-se mais no tempo do sistema socialista em que o plano tinha uma dimensão
institucional ou seja, o conjunto das actividades económicas desenvolvia em obediência em
obediência a um plano a um plano previamente estabelecido; a planificação torna o elo
importante de direcção económica, tomando um carácter administrativo e sendo controlado
centralmente.
A tendência " clássica" ou " neoclássica "que deposita confiança nos mecanismos do preço
A tendência Keynesiana que examina as situações onde os preços não podem jogar o papel de
" equilibrar"
Os novos clássicos que introduziram a partir dos anos 70 a hipótese da antecipação racional e
demostraram a ineficácia das políticaseconómicas (R.BRRO,R. LUCAS T SARGENT)
O modelo IS-LM-BP sobre o equilíbrio geral em economias abertas, que apresentam nova
condição de equilíbrio: o equilíbrio da balança de pagamento que está representado pela
curva BP que vem junta-se a curva IS (mercado de bens) e LM (mercado monetário).
1.1-Desenvolvimento
Os critérios de desenvolvimento dos estados têm como ponto de vista parâmetros e modelos
de sociedade ocidentais industrializadas e dependem das orientações políticas do estado, dado
que os vários tipos de desenvolvimento nem sempre são completos ou seja e a título de
exemplo o desenvolvimento industrial nem sempre se traduz num desenvolvimento social.