Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
AGENTE ETIOLÓGICO
Schistosoma mansoni. Helminto da classe trematoda, não segmentados e com ventosas. Parasitam os vasos
sanguíneos do ser humano, alimentando-se dos nutrientes circulantes.
Tem como hospedeiro definitivo o homem, no qual vive no sistema venoso mesentérico e tem como hospedeiro
intermediário o caramujo do gênero Biompahalaria, que vive na água doce (lagoas, córregos).
As áreas endêmicas são a zona da mata e parte do agreste, do RN até a BA, além do nordeste de MG. Há focos
endêmicos também em outros estados.
O contato do S. mansoni com o ser humano, pode produzir doença em 3 fases diferentes:
Penetração cutânea pelas cercarias dermatite cercariana
Surgimento dos vermes adultos (toxinas e ovos) febre de Katayama
Disseminação e instalação tecidual dos ovos granuloma esquistossomótico; formas hepatointestinal,
pseudotumoral, hepatoesplênica.
**Granuloma esquistossomótico: acontece após a disseminação e instalação dos ovos, devido a uma reação
inflamatória local contra esses ovos alojados nos diferentes tecidos (principalmente mucosa colorretal e espaço porta).
Quando os ovos maduros morrem, a liberação de antígenos pelo miracídio desencadeia a formação do granuloma.
**OVOS:
Uma parte dos ovos é eliminada nas fezes; outra fica retida na mucosa colorretal, e uma terceira parte é levada
pela circulação porta atingindo fígado e outros órgãos.
A parte que fica retida na mucosa colorretal é responsável pelos sinais e sintomas da forma intestinal e pela
forma pseudotumoral.
Os ovos retidos nos espaços porta-hepáticos justificam a forma hepática e a forma hepatoesplênica.
Dermatite cercariana: acontece nas primeiras 24-48 depois da penetração das cercarias na pele e é devida a um
mecanismo imunoalérgico. Há prurido na região cutânea (geralmente extremidade distal dos MMII), seguida de
erupção maculopapular pruriginosa. Pode durar mais de uma semana.
Febre de Katayama: acontece entre 4-8 semanas da infestação, no momento em que os vermes adultos surgem e se
instalam na circulação venosa mesentérica; é uma reação imunológica do organismo aos antígenos liberado pelos
vermes adultos ou pelos ovos. O quadro se inicia abruptamente com febre alta, calafrios, sudorese noturna, mialgia,
vômitos, diarreia. A febre é intermitente (com dias afebris) e ao exame físico, há hepatoesplenomegalia,
micropoliadenomatia e rash cutâneo; no laboratório, eosinofilia importante, VHS elevado e hipergamaglobulinemia
policlonal. O curso da febre é geralmente autolimitado, durando no máximo 8 semanas.
Forma hepatointestinal:
Decorre da presença dos ovos no espaço porta e na mucosa intestinal e colorretal. É mais comum em crianças e
adultos jovens.
Em geral, são relatados sintomas dispépticos (eructações, plenitude gástrica, náuseas, vômitos, pirose) associados
a dor abdominal tipo cólica difusa ou em fossa ilíaca direita e surtos diarreicos (fezes líquidas, pastosas ou
disentéricas).
Ao exame físico, há emagrecimento e hepatomegalia (hipertrofia do lobo esquerdo) indolor, de consistência
endurecida e superfície irregular. O baço não é percutível e nem palpável.
Diagnóstico diferencial com retocolite ulcerativa, doença de crohn, amebíase, tricuríase, disenterias, síndrome do
cólon irritável, diverticulite/diverticulose, pólipos.
Forma hepatoesplênica
Acontece devido aos ovos que ficam retidos no espaço porta hepático. O fígado, abarrotado de ovos, desenvolve
uma fibrose periportal nodular progressiva, a fibrose de Symmers. Não há formação de nódulos de regeneração
como na cirrose e a função dos hepatócitos está preservada.
Os granulomas e a fibrose, porém, levam à hipertensão portal pré-sinusoidal, que fazem dilatar os vasos do
sistema porta e as colaterais, culminando com varizes esofagianas.
Clinicamente o paciente se apresenta com sinais de hipertensão porta (como as varizes de esôfago) e
esplenomegalia, que pode causar desconforto abdominal progressivo. Ascite não é comum e o estado geral do
paciente está preservado.
No caso de rotura de verizes esofageanas, pode haver hematêmese e melena, além de sintomas decorrentes da
hipovolemia aguda – lipotímia, síncope, sonolência, taquicardia, hipotensão.
Ao exame físico, hepatomegalia endurecida e irregular (aumento de lobo esquerdo); esplenomegalia significativa;
circulação colateral. Achados periféricos de hepatopatia crônica, típicos da cirrose, não são encontrados!
Forma pulmonar
20-30% dos pacientes com esquistossomose tem comprometimento pulmonar, frequentemente associada à
forma hepatoesplênica.
Pela hipertensão portal, parte do sangue é desviada para a veia cava, permitindo disseminação dos ovos para o
pulmão. Os ovos nas arteríolas pulmonares provocam uma reação imunológica, a endarterite granulomatosa.
Clinicamente é dividida em:
o Hipertensiva: sinais de insuficiência ventricular direita (estase jugular, edema de MMII, hepatomegalia
dolorosa) associados a dispneia aos esforços, palpitações, tosse seca, astenia extrema e dedos em
baqueta de tambor. A ausculta pulmonar mostra sibilos, roncos, FTV diminuído; e a cardíaca mostra
hiperfonese de B2 e ritmo de galope. Pode progredir para cor pulmonale.
o Cianótica: cianose geralmente discreta (microfístulas arteriovenosas), dedos em baqueta de tambor.
Neuroesquistossomose
Acontece pela presença de ovos no SNC, embora a presença de ovos não determine, necessariamente, sintomas.
O acometimento mais frequente é o da medula espinhal toracolombar, com quadro de mielite transversa.
Forma pseudotumoral
É rara e geralmente simula o adenocarcinoma de cólon, se apresentando com pólipos, estenoses ou vegetações
que crescem para o lúmen intestinal.
Os achados são de enterorragia intensa e difusa, obstrução intestinal, emagrecimento, anorexia e tumoração
palpável.
A colonoscopia com biópsia esclarece o diagnóstico.
DIAGNÓSTICO
Métodos parasitológicos
o Exame de fezes (técnicas de Lutz e Kato-Lutz): detecta a presença de ovos nas fezes, que ocorre após o
40º dia de infecção. Quanto mais antiga a infecção, menor e a oviposição. Tem sensibilidade de 50%,
sendo necessárias várias amostras.
o Biópsia retal: tem sensibilidade de 80% e é importante no controle de cura. É preciso contar e classificar
os ovos encontrados (oograma); cerca de 50% dos ovos encontrados são viáveis.
Viáveis e imaturos oviposição < 5 dias
Viáveis e maduros oviposição < 18 dias
Inviáveis não prevê postura
Provas imunológicas: são mais empregadas na fase crônica, sendo positivas a partir do 25º dia. As principais são
intradermorreação, fixação do complemento por imunofluorescência direta e ELISA.
Avaliação inespecífica
o São frequentes: leucopenia e eosinofilia; palquetopenia. Há hipoalbuminemia, podendo ser leve ou
acentuada, além de hipergamaglobulinemia.
o Alguns exames são importantes a depender da forma clínica
TRATAMENTO