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SUMÁRIO:
O intuito do presente trabalho centraliza-se no estudo de um estado limite último sendo este o
punçoamento, procedendo à descrição do respectivo estado, onde e como ocorre, que tipos de
punçoamento existe e respectiva metodologia de verificação de segurança ao punçoamento.
INTRODUÇÃO:
Não podemos iniciar este trabalho sem antes definirmos o que é o punçoamento.
Este estado limite é uma rotura característica de superfícies (lajes fungiformes/lajes a
descarregar em pilares, sapatas de fundação de pilares e órgãos de ancoragem) que estão sujeitas a
forças aplicadas em reduzidas áreas da estrutura, produzindo esforços que se tornam particularmente
gravosos quando essas forças são excêntricas, ou seja, estão relacionadas com a interacção entre
momentos flectores e esforço transverso.
A rotura por punçoamento é uma rotura do tipo frágil, usualmente não acompanhada pela
plastificação das armaduras, constituindo um mecanismo de colapso local.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:
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Betão Estrutural 2009/2010
Figura 1
Conseguem identificar-se vários contributos relevantes para a quantificação das forças que
equilibram a força de punçoamento, tendo estas as seguintes componentes verticais:
F1 – compressão radial
F2 – força de atrito entre os inertes na fenda
F3 – força de efeito de ferrolho
Estas componentes apresentam-se da seguinte forma:
Figura 2
Verificação da Segurança:
(1)
Na análise do punçoamento, são tidos em conta vários critérios, sendo estes a espessura do
elemento que está a ser carregado, as formas e dimensões do pilar (existência ou não de cantos
salientes).
A verificação da segurança pode ser representada esquematicamente, descrevendo os
diferentes procedimentos:
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Betão Estrutural 2009/2010
SIM VERIFICA
Resistência assegurada
NÃO pelo Betão
VERIFICA
Resistência assegurada
pelo Betão
NÃO SIM
Aumentar VERIFICA
secção do pilar ou Resistência assegurada
espessura da laje pelo aço e betão
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Betão Estrutural 2009/2010
Figura 3
No caso de se tratar de uma carga próxima de uma abertura, estando esta situada a uma
distância inferior a 6d então ao contorno critico subtrai-se a parcela relativa à zona entre as duas
tangentes à abertura medidas a partir do centro de gravidade da área de carga.
Figura 4
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Betão Estrutural 2009/2010
Figura 5
Para a determinação do perímetro de controlo de uma sapata pode ser admitido que a sua
altura útil é constante e igual a:
(3)
No caso de se tratar de uma laje ou sapata com altura útil variável (que não sejam fundações
em degrau) pode ser considerado a altura útil no perímetro da área carregada:
Figura 6
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Betão Estrutural 2009/2010
(5)
em que:
(6)
(7)
sendo c1 e c2 dimensões do pilar.
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Betão Estrutural 2009/2010
(9)
Tipos de Punçoamento:
(10)
sendo:
ui – primeiro perímetro de controle
VEd – esforço transverso actuante ao longo do perímetro de controlo, isto em lajes;
nas sapatas é a carga do pilar diminuída da parte da reacção do solo interior à
base do cone de punçoamento.
(11)
Tendo em conta os diferentes tipos de pilares e a sua localização podemos utilizar os valores
aproximados de β, de acordo com a imagem seguinte presente no E.C.2. Se quisermos ser mais
precisos, β também pode ser calculado de acordo com as fórmulas apresentadas no capitulo 6.4.3 do
E.C.2.
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Betão Estrutural 2009/2010
Figura 9
Quando estamos perante elementos sem armadura de punçoamento devemos verificar a sua
resistência e esta deve ser avaliada na secção de controlo de referência. No caso de uma laje,
calculamos através da fórmula abaixo apresentada:
(12)
em que:
VRd,c – valor de cálculo da resistência ao punçoamento;
(13)
(14)
(15)
ρlx e ρly são as armaduras de tracção nas direcções x e y. Estes devem ser
calculados usando os valores médios numa faixa de laje de largura igual á do pilar
acrescida de 3d para cada lado.
k1 = 0,1
(17)
(18)
(19)
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Betão Estrutural 2009/2010
2
Ac – área da secção de betão associada ao esforço NEd considerado (em mm );
NEdx, NEdy – esforços normais nas faixas de laje sobre pilares interiores e esforço
normal na secção de controlo para pilares de bordo, devido às acções aplicadas ou
ao pré-esforço (em N).
Se estivermos a analisar uma sapata, a resistência deve ser avaliada nos perímetros de
controlo que se encontram a uma distância menor ou igual a 2d da periferia do pilar.
A força útil actuante, no caso de cargas centradas é:
(20)
(21)
sendo:
VEd – punçoamento actuante
∆VEd – reacção vertical no interior do perímetro de controlo considerado.
(22)
Figura 10
(23)
em que:
k – é definido em função das dimensões do pilar
- função de c1/c2 para pilares centrados
- função de c1/2c2 para pilares de canto ou de bordo.
w – similar a w1, mas relativo ao contorno u.
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Betão Estrutural 2009/2010
No caso dos cálculos anteriores não conseguirem ser verificados, temos de recorrer à
introdução de armadura de punçoamento, a área dessa armadura pode ser determinada pela
expressão:
(24)
sabendo que:
2
Asw – área de um perímetro de armaduras em torno de um pilar (mm )
Sr – é o perímetro radial dos perímetros de armaduras (mm)
fywd,ef – representa o valor de cálculo da tensão efectiva de cedência das armaduras e
obtém-se por:
(25)
(26)
em que:
- coeficiente de redução de resistência do betão fendilhado por esforço transverso e
é dado por:
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Betão Estrutural 2009/2010
Figura 11
Quando usamos armadura de punçoamento, esta pode ser constituída por estribos ou varões
inclinados de acordo com o 9.4.3 do E.C.2. A área desses ramos de estribos pode ser calculada por:
(28)
(29)
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Figura 12
em que:
u1 – representa o primeiro perímetro de controlo
uout – representa o primeiro perímetro de controlo o qual não é necessária a armadura
de punçoamento
(30)
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Betão Estrutural 2009/2010
NOTAS FINAIS:
É aconselhável colocar armadura interior sobre o pilar para evitar a rotura frágil em cadeia, no
caso de existir uma rotura por punçoamento num dos pilares. Devemos lembrar que é de evitar o uso
de armaduras de punçoamento, devendo para tal optar por outras soluções que aumentem a
resistência a este tipo de rotura. A baixo estão referidas algumas das soluções que podemos adoptar:
- aumentar a espessura da laje na sua totalidade;
- aumentar a secção do pilar, ou seja, aumentar as dimensões da zona de carga;
- proceder ao uso de capitéis ou espessamento, procedendo assim ao aumento local da laje;
- introdução de capitéis metálicos embebidos na laje.
BIBLIOGRAFIA:
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