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O dispensacionalismo revisado.

Pequeno prefácio do autor.


Faz algum tempo que venho adiando escrever sobre o dispensacionalismo
revisado, e seus princípios fundamentais para uma interpretação fidedigna da
escritura.
Não quero ficar falando sobre datas, quem revisou o dispensacionalismo
clássico e porque houve essa necessidade. Somente aqui quero mostrar, que
muito do que se tem dito em nome do dispensacionalismo é mentira, calúnia,
chegando ao cúmulo da desonestidade teológica de alguns "teólogos".
Eu odeio espantalhos teológicos, mas como isso é inevitável em nossos
campos de debates por nossos opositores, seria bom que todo não
dispensacionalista viesse a ler este pequeno artigo.
Sendo assim, vamos ao que interessa de fato.

Daner Cabreira, 03 de outubro de 2020.

Uma introdução ao dispensacionalismo revisado.


Não quero ser exaustivo, nem quero ser apologético se não somente mostrar
pressupostos essenciais do dispensacionalismo revisado.
Aqui eu trato brevemente do assunto, de forma simples e objetiva. Espero
que você leia com honestidade e com humildade pois sem isso pode parar
aqui mesmo, pois não é esse o espírito correto do estudioso das sagradas
escrituras.

Primeiro pressuposto do dispensacionalismo revisado.


Como todo viés hermenêutico o dispensacionalismo revisado, é uma "lente"
ou um "óculos" hermenêutico no qual baliza toda a nossa interpretação da
bíblia.
Diferente do que muitos acham, ser dispensacionalista não é ficar contando
dispensações, nem mesmo tentando colocar nomes nestas dispensações, é
risível se deparar com pessoas que acham que ser dispensacionalista é ficar
fazendo isso.
Ser dispensacionalista, no meu caso ser um revisado é somente crer que ao
longo das eras Deus tratou com a humanidade, sobre administrações
distintas (oikonomia).
Inclusive esse termo (oikonomia) que foi traduzido como dispensação,
aparece sete vezes no NT, a mais nítida é em Ef 1:10 onde Paulo fala sobre a
"dispensação da plenitude dos tempos", isso já nos mostra uma diferente
época administrativa de Deus, sendo ela plena em Cristo.
O dispensacionalismo revisado, portanto não se apega a contar dispensações
pois isso é irrelevante. O relevante é que Deus trabalha sobre administrações
ou dispensações distintas.
Veja por exemplo:
O trato de Deus com Adão antes da queda foi um modelo, pós queda e
punições por conta do pecado foi outro.
Isso já bastaria para vermos administrações distintas.
Antes da queda Adão gozava de total comunhão com Deus por não haver
pecado (Gn 2:25), pós queda houve separação por conta do pecado (Gn
3:23-24).
Antes da queda o tratado era verbal, era só advertências para não
desobedecer e não comer do fruto (Gn 2:16-17).
Pós queda veio maldições por conta do pecado, trabalho duro, exclusão do
Éden, morte espiritual, e por fim lógico que o tratamento ou a administração
muda com Adão.
Caso não esteja satisfeito podemos mostrar um segundo exemplo, note:
O tratamento de Deus com os homens na época de Noé antes do dilúvio, foi
diferente do tratamento pós dilúvio.
No dilúvio Deus destruiu toda a humanidade incrédula, salvando oito pessoas
por meio da arca, leia 1°Pe 3:20.
E por conta deste juízo que Deus iria trazer, Ele diz que faria um pacto com
Noé para salvá-lo cf Gn 6:18, e isso prova o trato de Deus com Noé de forma
distinta do que foi com os demais homens de seu tempo.
Também mostra em Gn 9 em todo capítulo, depois de feita a aliança e
consumada que Deus jamais voltaria a destruir a humanidade com águas de
dilúvio, mostrando mais uma vez de forma cabal que não trataria com os
homens desta forma, à saber, os destruindo por meio de um dilúvio.

Segundo pressuposto do dispensacionalismo revisado.


A adoção do método histórico-gramatical em toda a bíblia, isso parece até
óbvio para todo protestante que se preze.
Mas na prática não é assim, um exemplo é o aliancismo que diz adotar o
método histórico-gramatical, mas quando se chega no campo profético
alegoriza tudo concernente as profecias.
Principalmente se for um aliancista-amilenista, esses adotam com maestria a
escola de Alexandria, mesmo que aos berros fiquem dizendo que não
adotam, eles espiritualizam tudo que as profecias dizem quando não coaduna
com a sua visão, seja hermenêutica ou escatológica.
O dispensacionalismo revisado então adota uma interpretação
histórico-gramatical em toda a bíblia, e não somente no que se encaixa seja
no modelo hermenêutico ou no escatológico.
Eis aqui a diferença de uma leitura sólida e coerente das escrituras, levamos
em conta a história, cultura, autor, contexto e gramática para interpretarmos
toda a bíblia.
Quando me deparo com um não dispensacionalista sempre pergunto se ele
adota o método histórico-gramatical, e pasmem 99% diz que sim.
O segundo passo é pegar uma profecia que fale de uma restauração sobre
Israel, e peço para ele interpretar, pontuando como ocorreu, como ocorrerá
ou ocorre o cumprimento. Mas pasmem isso é 100% comprovado, eles
alegorizam quase tudo do texto para encaixar em um cumprimento histórico
ou simbólico na igreja.
Isso é lamentável e deprimente, não temos autoridade profética para
alegorizar textos onde o texto referido não dê este tom alegórico.
Nenhum dos apóstolos interpretou assim, Cristo não fez assim e nem mesmo
os profetas fizeram isso.
Onde lemos Israel entendemos que seja Israel, onde lemos igreja
entendemos ser igreja.
Dentro deste segundo pressuposto é interessante que se adotarmos o
método histórico-gramatical de forma honesta, inevitavelmente teremos uma
interpretação literal ou natural dos textos.
É um enorme equívoco e também muito comum, entender que quem
interpreta a bíblia de modo natural ou literal, é obrigado não levar em conta as
figuras de linguagem utilizadas pelos autores bíblicos.
Isso é uma coisa lamentável, pois quem disse que interpretar de modo literal
é ter uma interpretação literalística, que me obriga a literalizar as figuras de
linguagem?
Eu não sei de onde os não dispensacionalistas fazem tanta confusão, não sei
se é desconhecimento de causa, maldade ou desonestidade mesmo.
Então adotamos o método histórico-gramatical em toda a bíblia, e também
por consequência interpretamos a mesma de forma literal ou natural, levando
em conta as figuras que foram descritas nos textos, e que de fato estas
figuras sempre remetem a uma verdade literal proposta pelo autor.

Terceiro pressuposto do dispensacionalismo revisado.


Seria impossível depois de levarmos em conta os dois pressupostos
estabelecidos acima, negar uma visão pré milenista.
Portanto para sermos coerente com a visão revisada do dispensacionalismo,
é inevitável crermos em um período da história na qual Deus restaurará Israel
nacionalmente, politicamente e espiritualmente.
A única visão milenarista, que é coerente com esta restauração da nação de
Israel, é a visão pré milenista, e de forma fácil podemos mostrar alguns textos
que provam esta restauração.
Tenha em mente que a igreja não pode cumprir estas profecias, nem estas se
cumpriram ao longo da história.
Veja por exemplo:
Isaías 2: 1. Palavra que, em visão, veio a Isaías, filho de Amoz, a respeito de
Judá e Jerusalém. 2. Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do
Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros,
e para ele afluirão todos os povos. 3. Irão muitas nações e dirão: Vinde, e
subamos ao monte do Senhor e à casa do Deus de Jacó, para que nos
ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas veredas; porque de Sião
sairá a lei, e a palavra do Senhor, de Jerusalém. 4. Ele julgará entre os povos
e corrigirá muitas nações; estas converterão as suas espadas em relhas de
arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação não levantará a espada
contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. 5. Vinde, ó casa de Jacó,
e andemos na luz do Senhor.
A única visão que leva a sério e interpreta de modo natural o texto, é o
dispensacionalismo revisado que inevitavelmente vai de encontro ao pré
milenismo.

Isso jamais se cumpriu ao longo da história de Israel, isso não se cumpre hoje
na igreja, também não pode ser um cumprimento​ ​no novo céus e nova terra.
O texto fala em povos vindo até a casa do Senhor, fala de Sião, e lógico que
isso é um local, é Jerusalém a cidade de Davi em Israel.
Isso se dará no milênio, não entrarei em detalhes sobre o milênio aqui, pois o
objetivo é apresentar o dispensacionalismo revisado a vocês.
Outro texto:

Jeremias 16: 14. Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que nunca
mais se dirá: Tão certo como vive o Senhor, que fez subir os filhos de Israel
do Egito; 15. mas: Tão certo como vive o Senhor, que fez subir os filhos de
Israel da terra do Norte e de todas as terras para onde os tinha lançado. Pois
eu os farei voltar para a sua terra, que dei a seus pais.

Esse texto fala de uma volta a terra, isso não se cumpriu pós exílio, a prova é
que eles não habitam hoje lá.
Logo isso irá se cumprir um dia, no milênio onde Deus cumprirá as suas
promessas.
Não bastassem os já citados foi citar só mais um, note:

Ezequiel 11: 14. Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 15. Filho do
homem, teus irmãos, os teus próprios irmãos, os homens do teu parentesco e
toda a casa de Israel, todos eles são aqueles a quem os habitantes de
Jerusalém disseram: Apartai-vos para longe do Senhor; esta terra se nos deu
em possessão. 16. Portanto, dize: Assim diz o Senhor Deus: Ainda que os
lancei para longe entre as nações e ainda que os espalhei pelas terras,
todavia, lhes servirei de santuário, por um pouco de tempo, nas terras para
onde foram. 17. Dize ainda: Assim diz o Senhor Deus: Hei de ajuntá-los do
meio dos povos, e os recolherei das terras para onde foram lançados, e lhes
darei a terra de Israel. 18. Voltarão para ali e tirarão dela todos os seus ídolos
detestáveis e todas as suas abominações. 19. Dar-lhes-ei um só coração,
espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e
lhes darei coração de carne; 20. para que andem nos meus estatutos, e
guardem os meus juízos, e os executem; eles serão o meu povo, e eu serei o
seu Deus. 21. Mas, quanto àqueles cujo coração se compraz em seus ídolos
detestáveis e abominações, eu farei recair sobre sua cabeça as suas obras,
diz o Senhor Deus. 22. Então, os querubins elevaram as suas asas, e as
rodas os acompanhavam; e a glória do Deus de Israel estava no alto, sobre
eles. 23. A glória do Senhor subiu do meio da cidade e se pôs sobre o monte
que está ao oriente da cidade. 24. Depois, o Espírito de Deus me levantou e
me levou na sua visão à Caldeia, para os do cativeiro; e de mim se foi a visão
que eu tivera. 25. Então, falei aos do cativeiro todas as coisas que o Senhor
me havia mostrado.

Qualquer pessoa alfabetizada, que saiba o mínimo de interpretação de texto,


irá interpretar esse texto de forma literal ou simbólica?
O que há nele que seja impossível de se entender de forma literal, ou
natural?
Nem preciso explicar o que o texto diz, se você o leu de forma honesta irá
entender que nele há uma restauração nacional, política e espiritual sobre os
israelitas.
Isso é inegociável ao dispensacionalismo revisado, é como negar a
suficiência da escritura.

Quarto pressuposto do dispensacionalismo revisado.


Distinção entre israel e igreja.
Aqui mora a maior relutância entre os ditos "reformados", e isso se dá
exatamente por não adotarem o método histórico-gramatical.
Pois onde os não dispensacionalistas lêem israel, transmutam na sua leitura
a palavra igreja. Aqui temos o maior problema já diagnosticado, que difere em
toda a hermenêutica adotada, pois se diz o texto israel é de fato israel.
Se o texto fala sobre a igreja, de fato é igreja e não há autoridade profética
para que eu mude aquilo que o autor inspirado pelo Espírito Santo escreveu.
Vamos trabalhar distinções entre Israel como nação, e igreja como corpo de
Cristo.

Note:
1°) Israel veio da descendência de Abraão, a igreja é o corpo de Cristo.
2°) À Israel pertencem as promessas, a igreja foi enxertada nas promessas.
3°) Israel teve nascimento físico, a igreja é nascida espiritualmente.
4°) Israel é uma nação, a igreja é composta de todas as nações.
5°) Abraão é o cabeça de Israel, Cristo é o cabeça da igreja.
6°) Israel estava debaixo da Lei Mosaica, a igreja debaixo da Lei de Cristo.
7°) Israel tinha um sacerdote, na igreja o sacerdócio é universal de todos os
crentes.

Poderia colocar inúmeras outras distinções, mas estas já são suficientes.


E mais, não há nenhum texto sequer da bíblia, que chame os gentios crentes
de Israel de Deus, casa de Jacó ou casa de Judá, o que prova ainda mais
esta distinção.

Quinto pressuposto do dispensacionalismo revisado.


Uma hermenêutica baseada totalmente nas alianças bíblicas, certamente a
única hermenêutica que trata de modo sincero com alianças de Deus, e com
as promessas recebidas pelos Israelitas, é o dispensacionalismo revisado.
Se não usurparmos as alianças dos seus destinatários verdadeiros, com toda
a certeza seremos dispensacionalistas revisados.
Veja os pactos bíblicos em sua íntegra e suas aplicações:

Aliança Abraâmica​​, Gn 15 onde Deus promete uma terra, e uma


descendência a Abrão (aliança incondicional).
Aliança Mosaica​​, em Êx 19 onde Deus promete que "se" o povo
obedecesse, eles seriam um reino sacerdotal, nação santa e povo peculiar de
Deus (aliança condicional).
Aliança Palestiniana​​, Dt 28 onde Deus promete um tratamento condicional
com o povo que está adentrando na terra prometida. Se eles obedecessem
desfrutariam de bênçãos, se desobedecessem teriam maldições, e seriam
levados cativos e expulsos da terra (aliança condicional).
Aliança Davídica​​, ​2° Sm7 e Sl 89:3 onde Deus promete uma dinastia e trono
eterno a Davi, por meio de seu descendente, o qual haveria de se assentar
no se trono em Jerusalém (aliança incondicional).
Nova Aliança​​, Jr 31 onde Deus promete substituir a Mosaica/palestiana, que
eles quebraram, sendo assim nesta nova aliança, haverá o pelo cumprimento
das alianças incondicionais anteriores que são a Abraâmica e Davídica, que
tratam de terra, descendência e trono (aliança incondicional).
Outro aspecto da nova aliança, é que os judeus serão habitados pelo Espírito
Santo, e cumprirão as Leis que serão gravadas em seus corações.

Neste gráfico feito pelo meu irmão Robert Wyllian, vemos de forma clara e
nítida a relação entre as alianças bíblicas.
A igreja participa das promessas espirituais da nova aliança, por conta da
aliança Abraâmica onde Deus diz "em ti serão benditas todas as famílias da
terra".
E a aliança Abraâmica, aquela que dita e engloba todas as outras, é de fato e
de direito, que os gentios no caso nós, fossemos abençoados pelo
descendente de Abraão o Messias.

Sexto pressuposto do dispensacionalismo revisado.


Um verdadeiro vislumbre da doutrina da eleição, seja ela no campo da
eleição individual para a salvação, ou da eleição instrumental da nação israel.
O maior espantalho jogado sobre o dispensacionalismo, é dizer que cremos
que Deus tem dois povos, isso é mentira, é mais uma de tantas outras já
ditas, comprovadas e desmascaradas.
Jamais ensinamos que Deus tenha dois povos, ensinamos que Deus tem
seus eleitos dentre os povos.
Deus tem um único povo salvo que são os seus eleitos, estes eleitos foram
acomodados em povos distintos ao longo da oikonomia Divina.
Veja, Deus tinha seus eleitos dentre os gentios antes de israel como nação
existir, posso citar Adão, Eva, Abel, Sete, Noé, Abraão e etc.
Deus também teve seus eleitos, dentre os descendentes de Abraão que
formaram a nação de Israel, poderia citar Isaque, Jacó, Moisés, Arão e etc.
Logo Deus tem os seus eleitos dentre todos os povos, no qual forma a sua
igreja, que é composta de homens de todas as nacionalidades, como eu e
você.
Para ilustrar veja o gráfico abaixo:

Ou seja, adotamos de fato uma doutrina bíblica da eleição, e não há nada de


dois povos.
E para finalizar, vamos trabalhar a eleição nacional de Israel como povo eleito
instrumentalmente por Deus.
Os primeiros indícios da escolha de Deus por um povo, para ser seu
instrumento é as próprias alianças já descritas antes.
Note as palavras de Deus em Gn 12:2 e Gn 13:16, Deus promete fazer uma
grande nação de Abraão e que os abençoaria.
A aliança Davídica é outra prova de uma dinastia eterna, isso só pode
acontecer através de um povo sanguíneo escolhido cf Sl 89:3-4.
Paulo em Rm 9:1-5 deixa clara a idéia de que, não só reconhecia a eleição
instrumental de Israel, mas como sentia dor por eles estarem se perdendo.
Paulo diz que a eles pertencem as bênçãos, isso é claro e notório na leitura
do texto, não entendo como os não dispensacionalistas negam isso, ao ponto
de alguns dizerem "Deus não tem mais nada para tratar com Israel".
Se formos para Romanos capítulo 11, fica mais claro que o sol brilhante ao
meio dia.
Eu gosto de chamar Romanos 11 de a kriptonita dos não dispensacionalistas.
Poderia citar muitos textos, sejam do AT ou do NT, mas minha intenção é
apenas apresentar o modelo de forma simples e objetiva.
Espero ter ajudado a abrir os seus horizontes hermenêuticos, e mostrar que
muito do que é dito contra nós, é mentira.

Em Cristo Jesus, para a glória de Deus o Pai amém.

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