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ENCARREGADO

DE MONTAGEM
MECÂNICA
ELEMENTOS DE MÁQUINAS

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ENCARREGADO DE MONTAGEM MECÂNICA
ELEMENTOS DE MÁQUINAS

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PEREIRA, Fabio Rodrigues


Elementos de máquinas / CEFET-RS. Pelotas, 2006.

63 p.:il.

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Av. Almirante Barroso, 81 – 17º andar – Centro


CEP: 20030-003 – Rio de Janeiro – RJ – Brasil

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ÍNDICE
Introdução................................................................................................................................................. 8
Elementos de máquinas........................................................................................................................... 9
Elementos de fixação ............................................................................................................................. 11
2.1 Elementos de fixação permanentes ............................................................................................ 11
2.1.1 Rebites.................................................................................................................................. 11
2.2 Elementos de fixação temporários............................................................................................... 17
2.2.1 Pinos e cavilhas.................................................................................................................... 17
2.2.2 Parafusos.............................................................................................................................. 20
2.2.3 Porcas................................................................................................................................... 26
2.2.4 Arruelas ................................................................................................................................ 29
2.2.5 Anéis elásticos...................................................................................................................... 31
2.2.6 Chavetas............................................................................................................................... 33
Mancais de apoio ................................................................................................................................... 35
3.1 Buchas ......................................................................................................................................... 35
3.2 Rolamentos .................................................................................................................................. 36
3.3 Guias............................................................................................................................................ 39
3.3.1 Réguas de ajuste.................................................................................................................. 40
3.3.2 Guias de rolamento .............................................................................................................. 41
Elementos de Transmissão.................................................................................................................... 42
4.1 Eixos e árvores ............................................................................................................................ 42
4.1.1 Tipos e características de árvores........................................................................................ 43
4.1.2 Eixos maciços....................................................................................................................... 43
4.1.3 Eixos vazados....................................................................................................................... 44
4.1.4 Eixos cônicos........................................................................................................................ 44
4.1.5 Eixos roscados ..................................................................................................................... 44
4.1.6 Eixos-árvore ranhurados ...................................................................................................... 45
4.1.7 Eixos-árvore estriados.......................................................................................................... 45
4.2 Polias e correias........................................................................................................................... 45
4.2.1 Correias ................................................................................................................................ 47
4.3 Correntes ..................................................................................................................................... 49
4.4 Cabos........................................................................................................................................... 50
4.4.1 Tipos de distribuição dos fios nas pernas ............................................................................ 51
4.4.2 Forma de medir o diâmetro dos cabos de aço..................................................................... 52
4.4.3 Fixação do cabo de aço ....................................................................................................... 52
4.5 Roscas de transmissão................................................................................................................ 52
4.5.1 Rosca com perfil quadrado................................................................................................... 53
4.5.2 Rosca com perfil trapezoidal ................................................................................................ 53
4.5.3 Rosca com perfil misto ......................................................................................................... 54
4.6 Engrenagens................................................................................................................................ 54
Lubrificação ............................................................................................................................................ 59
5.1 Tipos básicos ............................................................................................................................... 59
5.2 Características principais dos lubrificantes.................................................................................. 60
5.2.1 Óleos minerais...................................................................................................................... 60
5.2.2 Graxas minerais.................................................................................................................... 60
5.2.3 Óleos orgânicos.................................................................................................................... 61
5.2.4 Misturas de óleos minerais e orgânicos ............................................................................... 61
5.2.5 Lubrificantes sintéticos ......................................................................................................... 61
5.2.6 Lubrificantes grafíticos.......................................................................................................... 61
5.3 Escolha do lubrificante................................................................................................................. 62
5.4 Cuidados com lubrificantes.......................................................................................................... 62
Bibliografia.............................................................................................................................................. 63

4
Lista de figuras e tabelas

Figura 1 - Exemplos de elementos de fixação ......................................................................................... 9


Figura 2 - Exemplos de elementos de apoio.......................................................................................... 10
Figura 3 - Exemplos de elementos de transmissão ............................................................................... 10
Figura 4 - Exemplos de rebites quanto ao formato de sua cabeça e sua utilização ............................. 11
Figura 5 - Classificação dos rebites quanto ao formato da cabeça ....................................................... 12
Figura 6 - Tamanho total de rebite com cabeça cilíndrica ..................................................................... 12
Figura 7 - Tamanho total de rebite com cabeça escareada .................................................................. 13
Figura 8 - Forma de rebitar .................................................................................................................... 13
Figura 9 - Repuxador e contra estampo ................................................................................................ 13
Figura 10 - Exemplo de batidas de martelo ........................................................................................... 14
Figura 11 - Finalização e acabamento................................................................................................... 14
Figura 12 - Degrau entre as peças......................................................................................................... 14
Figura 13 - Escoamento do rebite .......................................................................................................... 14
Figura 14 - Rebitagem descentralizada ................................................................................................. 15
Figura 15 - Mau uso da ferramenta de acabamento.............................................................................. 15
Figura 16 - Cabeça menor do que o tamanho recomendado ................................................................ 15
Figura 17 - Exemplo de remoção com talhadeira .................................................................................. 15
Figura 18 - Exemplo de remoção com auxilio de uma broca................................................................. 16
Figura 19 - Exemplo de rebites de repuxo tipo “POP” ........................................................................... 16
Figura 20 - Exemplos de pinos............................................................................................................... 18
Figura 21 - Exemplo de cupilhas ou contrapinos ................................................................................... 19
Figura 22 - Exemplo de aplicação deste elemento ................................................................................ 19
Figura 23 - Exemplo de cavilhas ............................................................................................................ 19
Figura 24 - Exemplo de parafuso ........................................................................................................... 20
Figura 25 - Elementos em comum das roscas....................................................................................... 21
Figura 26 - Rosca métrica ...................................................................................................................... 21
Figura 27 - Rosca Whitworth.................................................................................................................. 22
Figura 28 - Formas de definir o passo de uma rosca ............................................................................ 22
Figura 29 - Rosca direita ........................................................................................................................ 22
Figura 30 - Rosca esquerda................................................................................................................... 23
Figura 31 - Estrutura do parafuso .......................................................................................................... 23
Figura 32 - Tipos de parafuso conforme o formato de corpo................................................................. 23
Figura 33 - Formatos da cabeça dos parafusos .................................................................................... 24
Figura 34 - Exempo de parafuso com sextavado interno ...................................................................... 24
Figura 35 - Quadro demonstrativo de alguns dos diversos tipos de parafusos existentes ................... 25
Figura 36 - Exemplo de porca sextavada .............................................................................................. 27
Figura 37 - Exemplo de Contra porca .................................................................................................... 27
Figura 38 - Exemplo de Porca borboleta ............................................................................................... 27
Figura 39 - Exemplo de Porca cega ou de arremate ............................................................................. 27
Figura 40 - Exemplo de Porca castelo ................................................................................................... 28
Figura 41 - Determinações em relação ao tipo de material a ser roscado ............................................ 28
Figura 42 - Exemplo de arruela.............................................................................................................. 29
Figura 43 - Exemplo de arruela.............................................................................................................. 29
Figura 44 - Exemplo de arruela.............................................................................................................. 29
Figura 45 - Exemplo de arruela dentada................................................................................................ 29
Figura 46 - Exemplo de arruela serrilhada............................................................................................. 30
Figura 47 - Exemplo de arruela ondulada.............................................................................................. 30
Figura 48 - Exemplo de arruela de travamento...................................................................................... 30
Figura 49 - Exemplo de arruela para perfilados..................................................................................... 30
Figura 50 - Exemplo de outros tipos de arruelas ................................................................................... 31
Figura 51 - Exemplo de anel siguer externo .......................................................................................... 32

5
Figura 52 - Exemplo de anel siguer interno ........................................................................................... 32
Figura 53 - Exemplo de anel tridente ..................................................................................................... 32
Figura 54 - Exemplo da aplicação dos anéis elásticos .......................................................................... 32
Figura 55 - Alicate bico reto para anel externo e Alicate bico torto para anel interno. .......................... 32
Figura 56 - Chavetas encaixadas........................................................................................................... 33
Figura 57 - Chaveta plana...................................................................................................................... 33
Figura 58 - Chavetas paralelas ou lingüetas.......................................................................................... 33
Figura 59 - Chavetas paralelas ou lingüetas.......................................................................................... 33
Figura 60 - Exemplo de utilização .......................................................................................................... 34
Figura 61 - Exemplo de chavetas paralelas........................................................................................... 34
Figura 62 - Exemplo de chaveta de disco ou meia-lua .......................................................................... 34
Figura 63 - Exemplo de utilização .......................................................................................................... 34
Figura 64 - Exemplo de bucha ............................................................................................................... 35
Figura 65 - Exemplo de bucha capaz de suportar esforços axiais ........................................................ 35
Figura 66 - Exemplo de bucha capaz de suportar esforços radiais....................................................... 35
Figura 67 - Exemplo de bucha capaz de suportar ambos esforços....................................................... 35
Figura 68 - Exemplo de rolamento ......................................................................................................... 36
Figura 69 - Exemplo de rolamento fixo de uma carreira de esferas ...................................................... 36
Figura 70 - Exemplo rolamento de contato angular de uma carreira de esferas................................... 37
Figura 71 - Exemplo de rolamento autocompensador de esferas ......................................................... 37
Figura 72 - Exemplo de rolamento de rolo cilíndrico.............................................................................. 37
Figura 73 - Exemplo de autocompensador de uma carreira de rolos.................................................... 37
Figura 74 - Exemplo de rolamento autocompensador de duas carreiras de rolos ................................ 38
Figura 75 - Exemplo de rolamento de rolos cônicos.............................................................................. 38
Figura 76 - Exemplo de rolamento axial de esfera ................................................................................ 38
Figura 77 - Exemplos de guias............................................................................................................... 39
Figura 78 - Tipos e aplicações de guias. ............................................................................................... 40
Figura 79 - Exemplo de réguas de ajuste .............................................................................................. 40
Figura 80 - Exemplo de guia com rolamentos ....................................................................................... 41
Figura 81 - Exemplo de guia com esferas ............................................................................................. 41
Figura 82 - Exemplo de guia com roletes .............................................................................................. 41
Figura 83 - Exemplo de elemento de transmissão................................................................................. 42
Figura 84 - Eixo do virabrequim de um motor mono cilindro. ................................................................ 42
Figura 85 - Tipos de árvores .................................................................................................................. 43
Figura 86 - Suporte de forças axiais ...................................................................................................... 43
Figura 87 - Exemplo de eixo maciço ...................................................................................................... 43
Figura 88 - Exemplo de eixo vazado...................................................................................................... 44
Figura 89 - Exemplo de eixo cônico ....................................................................................................... 44
Figura 90 - Exemplo de eixo roscado .................................................................................................... 44
Figura 91 - Exemplo de eixo-árvore ranhurado ..................................................................................... 45
Figura 92 - Exemplo de eixo-árvore estriado ......................................................................................... 45
Figura 93 - Exemplo de polias e correias............................................................................................... 46
Figura 94 - Tipos de polias..................................................................................................................... 46
Figura 94 - Dimensões de correias ........................................................................................................ 47
Figura 95 - Montagem de uma polia trapezoidal.................................................................................... 47
Figura 96 - Correias dentadas ou sincornizadoras ................................................................................ 47
Figura 97 - Transmissão com eixos em paralelo e girando no mesmo sentido. ................................... 48
Figura 98 - Transmissão com eixos em paralelo e girando no sentido contrário. ................................. 48
Figura 99 - Transmissão com eixos cruzados ....................................................................................... 48
Figura 100 - Exemplo de corrente.......................................................................................................... 49
Figura 101 - Tipos de correntes. ............................................................................................................ 49
Figura 102 - Montagem de corrente em conjunto .................................................................................. 49
Figura 103 - Exemplo de cabo ............................................................................................................... 50
Figura 104 - Construção de um cabo..................................................................................................... 50
Figura 105 - Distribuição seale............................................................................................................... 51
Figura 106 - Distribuição filler................................................................................................................. 51
Figura 107 - Forma de medir o diâmetro dos cabos de aço .................................................................. 52

6
Figura 108 - Fixação do cabo de aço..................................................................................................... 52
Figura 109 - Tipos de roscas.................................................................................................................. 53
Figura 110 - Rosca com perfil quadrado................................................................................................ 53
Figura 111 - Rosca com perfil trapezoidal ............................................................................................. 54
Figura 112 - Rosca com perfil misto....................................................................................................... 54
Figura 113 - Exemplo de engrenagem................................................................................................... 55
Figura 114 - Engrenagem cilíndrica de dentes retos ............................................................................. 55
Figura 115 - Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais .................................................................... 55
Figura 116 - Engrenagem cônica ........................................................................................................... 56
Figura 117 - Engrenagem côncava ........................................................................................................ 56
Figura 118 - Cremalheira ....................................................................................................................... 56
Figura 119 - Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos ........................................... 57
Figura 120 - Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos ........................................... 57
Figura 121 - Características das engrenagens cilíndricas helicoidais ................................................... 58
Figura 122 - Superfície de separação entre duas peças ....................................................................... 59

Tabela 1 - Tipos de cavilhas e sua utilização ........................................................................................ 20


Tabela 2 - Perfil do tipo de rosca e sua aplicação ................................................................................. 20
Tabela 3 - Legenda figura 25 ................................................................................................................. 21
Tabela 4 - Torques para alguns parafusos ............................................................................................ 26
Tabela 5 - Fatores a considerar ao unir peças com parafusos.............................................................. 28

7
Introdução

O perfeito desenvolvimento de uma atividade requer entre outras coisas um completo


conhecimento de todas as etapas que constituem esta atividade, desta forma para que um
profissional de montagem seja o mais eficiente possível, deverá conhecer todos os elementos que
constituem os equipamentos, estruturas ou máquinas que vão montar, pois do contrário alem de levar
mais tempo do que o realmente necessário para a montagem, esta montagem pode ficar
comprometida pela ineficiência deste montador, e ao contrário do que se possa imaginar, a maioria
dos problemas ocasionados por uma montagem incorreta ou imprecisa não serão percebidos durante
a própria montagem, mas sim durante a vida útil do equipamento, que poderá ser drasticamente
reduzida devido a estes problemas.
Afim de auxiliar o profissional de montagem no desempenho de suas atividades, foi elaborada
esta apostila, que reúne informações importantes a respeito de Elementos de Máquinas, colhidas
junto a livros e apostilas de empresas e instituições renomadas nas áreas da industria e educação.
Esperamos assim que esta apostila sirva como primeiro degrau, em uma escala de
conhecimentos que o montador irá adquirir durante toda a sua vida profissional.

8
Elementos de máquinas

As máquinas são conjuntos de peças fixas e móveis capazes de realizar algum tipo de
atividade ou trabalho, transformando uma forma de energia em outra, e estão presentes em todo o
nosso dia a dia. Por tanto é fundamental conhecermos os diversos elementos que as constituem, tais
elementos podem ser classificados das mais diversas formas, dependendo do tipo, aplicação ou
forma como será utilizado:

Elementos de fixação:
Como o próprio nome diz são aqueles utilizados para fixar, prender, peças entre si ou em
conjuntos podem ser classificados em permanentes ou temporários, permanentes são aqueles que
uma vez utilizados não podem ser removidos sem que sejam danificados impedindo assim a sua
reutilização, já os temporários podem ser utilizados e reutilizados sem prejuízo da qualidade do
serviço realizado.

Figura 1 – Exemplos de elementos de fixação

São exemplos de elementos de fixação permanentes:


Rebites, Soldas, colas e alguns dispositivos de travamento ou segurança.
São exemplos de elementos de fixação temporários:
Pinos, Parafusos, Porcas, Arruelas, Anéis Elásticos.

Elementos de Apoio:
São utilizados para suportarem cargas estáticas ou dinâmicas.
São exemplos de Elementos de Apoio:
Buchas, Guias e rolamentos.

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Figura 2 – Exemplo de elemento de apoio

Elementos de Transmissão:
São aqueles capazes de transmitir movimentos e forças entre peças ou conjuntos de peças.
São exemplos de elementos de transmissão: Eixos e árvores, Polias e correias, Correntes e
Cabos, Roscas de transmissão, Engrenagens.

Figura 3 – Exemplo de elementos de transmissão

Lubrificação:
Para que uma máquina ou dispositivo funcione corretamente pelo maior tempo possível, é
necessário que todas as peças ou elementos que a constituem estejam corretamente lubrificados.
Portanto, é fundamental que se conheça os diversos tipos de lubrificantes suas características e
aplicações.

10
Elementos de fixação

2.1 Elementos de fixação permanentes

2.1.1 Rebites

Os rebite são elemento construídos em metal, aço, cobre, alumínio etc. que possuem com
finalidade fixar uma peça em outra ou em outras, é largamente utilizado na industria e na montagem
de equipamentos e estruturas metálicas.

Figura 4 - Exemplos de rebites quanto ao formato de sua cabeça e sua utilização

11
Classificação dos rebites quanto ao formato da cabeça

Figura 5 – Classificação dos rebites quanto ao formato da cabeça

Comprimento do rebite antes de ser remanchado:

O tamanho total “L” do rebite com cabeça cilíndrica ou redonda deve ser dado pela soma das
espessuras das chapas “S” a serem rebitadas mais 1,5 vezes o diâmetro “d” do corpo do rebite

Figura 6 – Tamanho total de rebite com cabeça cilíndrica

No caso de rebites com cabeça escareada, o tamanho total “L” do rebite deve ser dado pela
soma das espessuras das chapas “S” a serem rebitadas mais 1 vez o diâmetro “d” do corpo do rebite.

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Figura 7 – Tamanho total de rebite com cabeça escareada

Figura 8 - Forma de rebitar

Para que se possa obter uma perfeita fixação utilizado rebites é necessário que este seja
deformado através de impactos, formando assim a sua segunda cabeça, para tal devemos seguir a
seqüência.
Introduzir o rebite no furo previamente feito comprimir as peças com o auxilio do repuxador e
do contra estampo.

Figura 9 – Repuxador e contra estampo

Após deve ser feita a segunda cabeça com batidas de martelo na extremidade do rebite.

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Figura 10 – Exemplo de batidas de martelo

Após utilizando um estampo com o formato desejado para finalizar a tarefa e dar acabamento
desejado.

Figura 11 – Finalização e acabamento

Defeitos de rebitagem
Má preparação das chapas a serem rebitadas, ocasionando um degrau entre as peças.

Figura 12 – Degrau entre as peças

Chapas com folga, ou seja fora, mal comprimidas, o que provoca um escoamento do rebite.

Figura 13 – Escoamento do rebite

Rebitagem descentralizada, devido à má formação da segunda cabeça.

14
Figura 14 – Rebitagem descentralizada

Mal uso da ferramenta de acabamento, ou procedimento inacabado.

Figura 15 – Mal uso da ferramenta de acabamento

O comprimento total do rebite antes de ser rebitado era menor do que o ideal, o que faz com
que a cabeça seja menor do que o tamanho recomendado.

Figura 16 – Cabeça menor do que o tamanho recomendado

Remoção de rebites
Quando há necessidade de remoção de um rebite este não mais poderá ser reaproveitado,
pois será danificado durante sua remoção, há duas formas práticas de remoção de rebites.

Remoção com talhadeira, consiste em arrancar a segunda cabeça do rebite com a ponta
afiada de uma talhadeira.

Figura 17 – Exemplo de remoção com talhadeira

15
Remoção com auxilio de uma broca.

Figura 18 – Exemplo de remoção com auxilio de uma broca

Rebites de repuxo tipo “POP”


São muito utilizados devido a facilidade de aplicação e versatilidade, sendo fabricados nas
mais diversas dimensões, atendendo assim uma gama muito grande de aplicações, são aplicados
com o auxilio de uma ferramenta própria chamada de rebitadeira, que pode ser manual ou
pneumática.

Figura 19 – Exemplo de rebites de repuxo tipo “POP”

Outras formas de fixação permanentes são as soldas e os adesivos industriais, que atendem
atualmente uma gama muito grande de aplicações substituindo em alguns casos os elementos
tradicionais de fixação, é comum também encontrarmos outros elementos de fixação considerados
permanentes, pois sua utilização só pode ser feita uma única vez, é o caso de parafusos com cabeça
dupla que quando atarraxados pela primeira cabeça, que possui o formato do dispositivo de
atarrachamento esta se rompe ficando somente a segunda cabeça que em geral é redonda e lisa,
desta forma não é possível a retirada do mesmo sem danificar o próprio parafuso ou o conjunto que
está fixo, e mesmo que se consiga remover o parafuso este não poderá mais ser reutilizado para esta
função, são exemplos deste tipo de elemento os parafusos de fixação das travas de direção de alguns
automóveis e motocicletas.

16
2.2 Elementos de fixação temporários

2.2.1 Pinos e cavilhas

Os pinos possuem larga aplicação em montagens de conjuntos ou estruturas, pois podem


assumir funções diversas, como: transmissão de movimento posicionamento ou guia, articulação ou
dispositivo de segurança, este ultimo deve ser fabricado de tal forma a suportar os esforços normais a
que o sistema está projetado a fazer, no entanto caso ocorra uma sobre carga este se quebra
interrompendo a transmissão de movimento e garantindo a vida útil de elementos mais caros ou de
manutenção mais complexa, exemplo disto é o pino de união do fuso de alguns tornos.
Exemplos de pinos em relação a seus formatos e utilizações:

17
Figura 20 – Exemplos de pinos

18
Cupilhas ou contrapinos
Podem ser considerados como elementos de fixação permanentes embora sua fácil remoção
e na grande maioria das vezes apresentarem condições de reutilização, não devem ser
reaproveitadas por se tratarem de elementos de segurança.

Figura 21 – Exemplo de cupilhas ou contrapinos

A aplicação deste elemento é feita de maneira a travar pinos ou porcas, impedindo que estes
venham a se soltar devido a vibrações.

Figura 22 – Exemplo de aplicação deste elemento

Cavilhas
As cavilhas diferem dos pinos pelo material que são construídas pelos seus formatos e
aplicações e são assim classificadas:

Figura 23 – Exemplo de cavilhas

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Tipo Utilização
KS 1 Fixação e junção
KS 2 Ajustagem e Articulação
KS 3 Fixação e junção de peças com esforços variáveis
KS 4 Encostos e Ajustagem
KS 6 e 7 Ajustagem e fixação de molas e correntes
KS 8 Articulação de peças
KS 9 Onde há necessidade de remoção da cavilha
KS 10 Fixação bilateral de molas
KS 11 e 12 Fixação de roletes e manivelas
Tabela 1 – Tipos de cavilhas e sua utilização

2.2.2 Parafusos

Figura 24 – Exemplo de parafuso

São os elementos mais presentes em construção ou montagem de equipamentos, dificilmente


se conseguirá uma máquina que não possua algum tipo parafuso, dada a sua versatilidade de
aplicações, um parafuso é constituído de um corpo com um sulco em forma de hélice ao seu redor,
está hélice é chamada de rosca que apresenta vários formatos dependendo da sua aplicação.

Perfil do tipo de rosca Aplicação


Parafusos e porcas de uso geral.
Exemplo:
Fixação de peças como rodas de carros
motos etc.
Roscas que transmitam movimento suave e
uniforme.
Exemplo;
Fusos de máquinas.
Roscas para grandes diâmetros e grandes
esforços.
Exemplo;
Equipamentos ferroviários.
Roscas que suportam choques e esforços.
Exemplo:
Prensas e morsas.
Roscas que sofrem esforços em um só
sentido.
Exemplo;
Macacos e elevadores.
Tabela 2 – Perfil do tipo de rosca e sua aplicação

20
Embora as roscas sejam diferentes em seus perfis e aplicações, todas elas possuem
elementos em comum, que estão representados de forma geral pela figura abaixo que mostra na
esquerda a ponta de um parafuso e na direita uma porca em corte.

Figura 25 – Elementos em comum das roscas

P = passo da rosca em (mm) i = ângulo da hélice


d = diâmetro externo c = crista
d1 = diâmetro interno D = diâmetro do fundo da porca
d2 = diâmetro do flanco D1 = diâmetro do furo da porca
α = ângulo do filete h1 = altura do filete da porca
f = fundo do filete h = altura do filete do parafuso

Tabela 3 – Legenda figura 25

As roscas triangulares estão divididas em três grandes grupos, que atendem diversas
necessidades, que devido a fatores históricos e geográficos são construídas de maneiras diferentes, é
ocaso da rosca Métrica, adotada pela ABNT como rosca padrão no Brasil e a rosca Whitworth
utilizada em outros paises, como Estados Unidos, por exemplo. Estes dois tipos de roscas
diferenciam-se entre si pelo formato do filete e pelas suas dimensões, a rosca métrica é toda
dimensionada em Milímetros enquanto que a Whitworth é toda em polegadas.

Figura 26 - Rosca métrica

21
Figura 27 - Rosca Whitworth

Passo de uma rosca:


O passo de uma rosca métrica pode ser definido como sendo o quanto o parafuso avança em
uma volta completa, e pode ser determinado medindo-se a distância entre duas cristas consecutivas
de um mesmo filete. Já o passo de uma rosca Whitworth e dado pelo número de filetes existentes em
uma polegada de comprimento, para tal mede-se um comprimento de rosca e conta-se quantos filetes
há neste comprimento e quantos haveria em uma polegada completa. A figura abaixo mostra a
determinação do tipo de rosca de um parafuso com o auxilio de régua paquímetro ou de um gabarito
de roscas, conhecido como pente de roscas.

Figura 28 – Formas de definir o passo de uma rosca

As roscas podem ter dois sentidos diferentes, ou seja, são chamadas roscas direitas aquelas
em que o filete sobe da direita para a esquerda, apertão quando giradas no sentido horário, são as
mais comuns. Já as roscas chamadas esquerdas são aquelas em que o filete sobe da esquerda para
a direita e apertão quando giradas em sentido anti-horário.

Figura 29 - Rosca direita

22
Figura 30 - Rosca esquerda

Alem da utilização das roscas nos elementos e fixação, parafusos e porcas, as roscas
também são utilizadas como elementos de transmissão de movimento, onde um movimento circular
pede ser transformado em um movimento retilíneo, é o caso de macacos de automóveis, morsas ou
fusos de tornos.

Figura 31 - Estrutura do parafuso

O tipo de parafuso depende do formato de seu corpo.

Figura 32 – Tipos de parafuso conforme o formato de corpo

O formato da cabeça dos parafusos determina o tipo de dispositivo de atarraxamento que este
possui bem como o tipo de chave que pode ser utilizada para esta tarefa.

23
Figura 33 – Formatos da cabeça dos parafusos

Parafusos com cabeça sextavada, podem ser apertados com chaves estriadas, conhecidas
como chaves estrela, chaves de boca, combinadas boca-estrela,cachimbos estriados ou sextavados.
Parafusos com cabeça quadrada, devem ser apertados preferencialmente com chaves de
boca.
Parafusos com sextavado interno, Conhecidos como cabeça allem, com chaves de sextavado
externo, allen.

Figura 34 – Exemplo de parafuso com sextavado interno

Parafusos com rasgo, fendas, utilizar chaves de fenda cuja a medida da pena seja um pouco
menor que o diâmetro da cabeça do parafuso.
Parafusos com fenda cruzada, conhecidos como parafusos Philips, utilizar chave de mesmo
nome onde a ponta coincida perfeitamente com a cavidade do parafuso.
Parafusos recartilhados o parafusos Borboleta, estes devem ser apertados somente com as
mãos.

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Figura 35 - Quadro demonstrativo de alguns dos diversos tipos de parafusos existentes

A determinação de um tipo de parafuso deve conter todas as informações necessárias para


que uma pessoa possa identificar tal parafuso, portanto devemos reunir todas estas informações; Por
exemplo é feito uma solicitação de compra de um parafuso sextavado M8 x 50 em aço 8.8
galvanizado, por se tratar de uma solicitação feita baseada em normas alguns dados podem ser

25
sucumbidos, como o caso do passo da rosca e o tamanho do sextavado, estas mediadas estão
implícitas pois ao consultarmos uma tabela veremos que M8 representa métrico 8mm com passo de
1,25mm e o tamanho do sextavado é 13mm, já o número 8.8 representa a resistência máxima deste
parafuso, este número está escrito em forma de código XX.Y, e pode ser interpretado da seguinte
maneira os dois primeiros dígitos XX multiplicados por 10 representam a resistência tração deste
parafuso em kgf/mm² e o segundo número Y multiplicado pelo primeiro XX resulta no limite de
escoamento deste parafuso, desta forma o parafuso exemplo pode resistir 80kgf/mm² de tração e
64kg/mm² de limite de escoamento.
Parafusos devem ser atarraxados com o auxilio de um instrumento chamado de torquímetro o
qual mede o esforço aplicado pelo montador no braço de alavanca criado pela chave na cabeça do
parafuso esta unidade de medida pode ser dada em kgf.m ou N.m, abaixo temos uma tabela de
torques para alguns parafusos.

Torque (especificação para parafusos


Chave sextavada Rosca
gerais)
8mm M5 4-8 Nm
8mm M6 6-10 Nm
10mm M6 6-10 Nm
12mm M8 15-25 Nm
13mm M8 15-25 Nm
14 a 17mm M10 30-40 Nm
17/19mm M12 40-55 Nm
19/22mm M14 75-90 Nm
26mm M17 58-70Nm
27mm M18 58-70Nm
30mm M20 70-83Nm
Chave Allen Rosca
5mm M6 6-10 Nm
6mm M8 15-25 Nm
8mm M10 30-40 Nm
12mm M12 40-55 Nm

Tabela 4 – Torques para alguns parafusos

2.2.3 Porcas
Porcas, são elementos de que combinados aos parafusos sevem
para fixar peças ou conjuntos entre si ou em estruturas é constituída por uma hélice interna
com as mesmas características da hélice do parafuso, e obviamente com as mesmas dimensões
nominais, de tal forma que constituem uma máquina simples capas de transformar um movimento
circular em um movimento retilíneo, gerando assim uma força de união entre a cabeça do parafuso e
o corpo da porca, deve em geral ser fabricada do mesmo material do parafuso e apresenta os mais

26
diversos formatos externos afim de atender as várias necessidades de aplicações, os dispositivos de
atarraxamento seguem a mesma determinação dos parafusos.
Alguns formatos de porcas comerciais.

Porcas sextavadas: São as mais comuns de serem encontradas e utilizadas nas mais
diversas formas de montagem e fixação de elementos.

Figura 36 – Exemplo de porca sextavada

Contra porcas: São utilizadas como elemento travante da porca principal, com o objetivo de
impedir que a porca venha a se soltar devido a virações.

Figura 37 – Exemplo de Contra porca

Porca borboleta: são utilizadas em locais em que a remoção seja freqüente.

Figura 38 – Exemplo de Porca borboleta

Porca cega ou de arremate: Servem para acabamento de montagens de estruturas ou


conjuntos mecânicos.

Figura 39 – Exemplo de Porca cega ou de arremate

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Porca castelo: É utilizada juntamente com um contra pino que garante o travamento da
porca.

Figura 40 – Exemplo de Porca castelo

A utilização de parafusos roscados diretamente em peças é uma prática comum que


apresenta ótimos resultados, porem que deve respeitar algumas determinações simples que se refere
ao tipo de material a ser roscado.

Figura 41 – Determinações em relação ao tipo de material a ser roscado

∅ - diâmetro do furo broqueado


d - diâmetro da rosca
A - profundidade do furo broqueado
B - profundidade da parte roscada
C - comprimento de penetração do parafuso
d1 - diâmetro do furo passante

Profundidade da Comprimento de Diâmetro do


Profundidade do
Material parte roscada penetração do furo passante
furo broqueado A
B parafuso d1
aço 2d 1,5 d 1d
ferro fundido 2,5 d 2d 1,5 d
1,06 d
bronze, latão 2,5 d 2d 2d
alumínio 3d 2,5 d 2d
Tabela 5 – Fatores a considerar ao unir peças com parafusos

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2.2.4 Arruelas

Há vários tipos de arruelas para as mais diversas aplicações, que compreendem desde
acabamento até travamento.

Figura 42 – Exemplo de arruela

As arruelas lisas são elementos que servem para melhorar a área de contato entre as peças a
serem fixadas, bem como proteger as peças a serem montadas dando um melhor acabamento a
montagem.

Figura 43 – Exemplo de arruela

As arruelas de pressão ou estriadas, por sua vez servem para evitar que as porcas se soltem
quando submetidas a vibrações ou variações de temperaturas.

Figura 44 – Exemplo de arruela

As arruelas dentadas tem a mesma finalidade das arruelas de pressão, porem empregadas
em equipamentos sujeitos a esforços menores.

Figura 45 – Exemplo de arruela dentada

29
As arruelas serrilhadas apresentam as mesmas características das arruelas dentadas, porem
podendo suportar esforços maiores.

Figura 46 – Exemplo de arruela serrilhada

Arruelas onduladas não possuem cantos, o que as torna ideais para serem aplicadas em
superfícies pintadas.

Figura 47 – Exemplo de arruela ondulada

Arruela de travamento com orelha é utilizada em locais onde a porca não pode em hipótese
alguma afrouxar devido a vibrações.

Figura 48 – Exemplo de arruela de travamento

Arruela para perfilados é utilizada para montagens de perfis, fazendo com que a porca atue
em toda sua superfície.

Figura 49 – Exemplo de arruela para perfilados

Existem outros tipos de arruelas não são tão utilizadas quanto as anteriores.

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Figura 50 – Exemplo de outros tipos de arruelas

2.2.5 Anéis elásticos

A aplicação destes elementos é justificada pela sua eficiência em suportar esforços axiais, no
sentido longitudinal do eixo, facilidade de aplicação e remoção quando necessário, existem anéis para
eixos e anéis para furos, entre os tipos existentes temos:
O Anel siguer externo, é fabricado para eixos de 4 até 1000mm.

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Figura 51 – Exemplo de anel siguer externo

Anel siguer interno, para furos de 9,5 até 1000mm.

Figura 52 – Exemplo de anel siguer interno

Anel tridente, somente para eixos entre 8e 24mm.

Figura 53 – Exemplo de anel tridente

Aplicação dos anéis elásticos

Figura 54 – Exemplo da aplicação dos anéis elásticos

A colocação e remoção destes anéis requer alicates especiais para anéis siguer.

Figura 55 - Alicate bico reto para anel externo e Alicate bico torto para anel interno.

32
2.2.6 Chavetas

As chavetas são utilizadas entre duas peças com o objetivo de fixar uma na outra, impedindo
assim o movimento relativo entre as mesmas, são normalmente peças de forma retangular que ficam
alojadas em cavidades apropriadas nos eixos e em rasgos feitos nas polias, engrenagens, volantes
etc.

Figura 56 - Chavetas encaixadas.

Figura 57 - Chaveta plana.

Figura 58 - Chavetas paralelas ou lingüetas.

Figura 59 - Chavetas paralelas ou lingüetas.

A transmissão do movimento é feita pelo ajuste de suas faces laterais as laterais do rasgo da
chaveta. Ficando uma pequena folga entre o ponto mais alto da chaveta e o fundo do rasgo do
elemento conduzido.

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Figura 60 - Exemplo de utilização

As chavetas paralelas não possuem cabeça. Quanto à forma de seus extremos, eles podem
ser retos ou arredondados. Podem, ainda, ter parafusos para fixarem a chaveta ao eixo.

Figura 61 - Exemplo de chavetas paralelas

Chaveta de disco ou meia-lua

Figura 62 – Exemplo de chaveta de disco ou meia-lua

É comumente empregada em eixos cônicos por facilitar a montagem e se adaptar à


conicidade do fundo do rasgo do elemento externo.

Figura 63 – Exemplo de utilização

34
Mancais de apoio

3.1 Buchas

São peças que servem para apoiar peças que se movimentem umas em relação as outras ,
tais como eixos e articulações, são constituídas de materiais com baixo coeficiente de atrito, latão,
bronze ou metal patente, entre outros, podem ser de forma cilíndrica ou cônica.

Figura 64 – Exemplo de bucha

Há buchas capazes de suportar esforços axiais.

Figura 65 – Exemplo de bucha capaz de suportar esforços axiais

Buchas capazes de suportar esforços radiais.

Figura 66 – Exemplo de bucha capaz de suportar esforços radiais

E buchas capazes e suportar ambos os esforços

Figura 67 – Exemplo de bucha capaz de suportar ambos esforços

35
3.2 Rolamentos

São utilizados em situações onde se necessite um coeficiente de atrito muito baixo para o
movimento de rotação de eixos.

Figura 68 – Exemplo de rolamento

Existem vários tipos de rolamentos para as mais diversas aplicações, os quais podem suprir
com facilidade estas necessidades.

Rolamento fixo de uma carreira de esferas


É o mais comum dos rolamentos. Suporta cargas radiais e pequenas cargas axiais e é
apropriado para rotações mais elevadas.
Sua capacidade de ajustagem angular é limitada. É necessário um perfeito alinhamento entre
o eixo e os furos da caixa.

Figura 69 – Exemplo de rolamento fixo de uma carreira de esferas

Rolamento de contato angular de uma carreira de esferas


Este tipo de rolamento admite cargas axiais somente em um sentido e deve sempre ser
montado contra outro rolamento que possa receber a carga axial no sentido contrário.

36
Figura 70 – Exemplo rolamento de contato angular de uma carreira de esferas

Rolamento auto-compensador de esferas


É um rolamento de duas carreiras de esferas com pista esférica no anel externo, o que lhe
confere a propriedade de ajustagem angular, ou seja, de compensar possíveis desalinhamentos ou
flexões do eixo.

Figura 71 – Exemplo de rolamento auto-compensador de esferas

Rolamento de rolo cilíndrico


É apropriado para cargas radiais elevadas. Seus componentes são separáveis, o que facilita a
montagem e desmontagem.

Figura 72 – Exemplo de rolamento de rolo cilíndrico

Rolamento auto-compensador de uma carreira de rolos


Seu emprego é particularmente indicado para construções em que se exige uma grande
capacidade para suportar carga radial e a compensação de falhas de alinhamento.

Figura 73 – Exemplo de auto-compensador de uma carreira de rolos

Rolamento auto-compensador de duas carreiras de rolos


É um rolamento adequado aos serviços mais pesados. Os rolos são de grande diâmetro e
comprimento. Devido ao alto grau de oscilação entre rolos e pistas, existe uma distribuição uniforme
da carga.

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Figura 74 – Exemplo de rolamento auto-compensador de duas carreiras de rolos

Rolamento de rolos cônicos


Além de cargas radiais, os rolamentos de rolos cônicos também suportam cargas axiais em
um sentido. Os anéis são separáveis. O anel interno e o externo podem ser montados
separadamente. Como só admitem cargas axiais em um sentido, torna-se necessário montar os anéis
aos pares, um contra o outro.

Figura 75 – Exemplo de rolamento de rolos cônicos

Rolamento axial de esfera


Ambos os tipos de rolamento axial de esfera (escora simples e escora dupla) admitem
elevadas cargas axiais, porém, não podem ser submetidos a cargas radiais. Para que as esferas
sejam guiadas firmemente em suas pistas, é necessária a atuação permanente de uma carga axial
mínima.

Figura 76 – Exemplo de rolamento axial de esfera

Rolamentos com proteção


São assim chamados os rolamentos que, em função das características de trabalho, precisam
ser protegidos ou vedados.
A vedação de um rolamento é feita por blindagem (placa) de aço ou de borracha,e servem
para evitar a contaminação do lubrificante como também que este escorra para fora das pistas de
trabalhos.

38
3.3 Guias

Guias são elementos de máquinas que capazes de permitir o movimento de peças sem que
estas sofram desvios em suas trajetórias.
No caso de se desejar movimentos retilíneos, geralmente são usadas guias constituídas de
peças cilíndricas ou prismáticas. Essas peças deslizam dentro de outra peça com forma geométrica
semelhante.

Figura 77 - Exemplos de guias.

39
Figura 78 - Tipos e aplicações de guias.

3.3.1 Réguas de ajuste

São laminas paralelas as guias que podem ser ajustadas contra as próprias guias evitando
que a folga prejudique a precisão do movimento, é preciso que seja ajustada de tal forma que permita
o movimento suave sem travar o mecanismo.

Figura 79 – Exemplo de réguas de ajuste

40
Há vários tipos de réguas para serem empregadas nas suas respectivas guias, todavia
apresentam o mesmo principio de funcionamento, diminuir a folga entre as peças e suas respectivas
guias.

3.3.2 Guias de rolamento

As guias de rolamento geram menor atrito que as guias de deslizamento. Isto ocorre porque
os elementos rolantes giram entre as guias. Os elementos rolantes podem ser esferas, roletes ou
rolamentos.

Figura 80 – Exemplo de guia com rolamentos

Figura 81 – Exemplo de guia com esferas

Figura 82 – Exemplo de guia com roletes

41
Elementos de Transmissão

São considerados elementos de transmissão aqueles que transferem potência e movimento


de um sistema a outro a outro.

Figura 83 – Exemplo de elemento de transmissão

Existem vários tipos de elementos de transmissão, projetados para atender as mais diversas
formas de necessidade, cada um com suas características específicas, dentre eles temos, Eixos e
árvores, Polias e correias, Correntes, Cabos, Roscas de transmissão e Engrenagens.

4.1 Eixos e árvores

Os eixos e as árvores podem ser fixos ou giratórios e sustentam os elementos de máquina,


possuem as mais variadas formas, dependendo da sua aplicação, exemplos de eixos arvores são:
Virabrequins de automóveis eixos de motores elétricos, eixos de furadeiras, etc.

Figura 84 - Eixo do virabrequim de um motor mono cilindro.

42
4.1.1 Tipos e características de árvores

Conforme suas funções, uma árvore pode ser de engrenagens (em que são montados
mancais e rolamentos) ou de manivelas, que transforma movimentos circulares em movimentos
retilíneos.

Figura 85 – Tipos de árvores

Para suporte de forças axiais, usam-se espigas de anéis ou de cabeça.

Figura 86 – Suporte de forças axiais

4.1.2 Eixos maciços

São eixos normalmente cilíndricos escalonados para ajuste das peças montadas sobre eles.

Figura 87 – Exemplo de eixo maciço

43
4.1.3 Eixos vazados

São eixos que possuem um furo passante para redução de peso, para facilitar a fixação de
peças em suas extremidades ou permitir o funcionamento de outros eixos no interior destes.

Figura 88 – Exemplo de eixo vazado

4.1.4 Eixos cônicos

São eixos próprios para a utilização de volantes, cubos de embreagem ou peças que
possuam grandes rotações e necessitem boa centralização e ótima fixação, normalmente é utilizado
uma chaveta meia-lua para evitar o movimento relativo entre as peças.

Figura 89 – Exemplo de eixo cônico

4.1.5 Eixos roscados

São eixos que possuem uma das extremidades com rosca interna, possibilitando que este
tenha peças fixas a ele ou que este seja utilizado como prolongamento de outros eixos.

Figura 90 – Exemplo de eixo roscado

44
4.1.6 Eixos-árvore ranhurados

São eixos que apresentam uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua
circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças que serão
montadas no eixo. Permitem transmitem grande força, com a possibilidade de movimento relativo
axial entre as peças e o eixo, é o caso de engrenagens de caixas câmbio.

Figura 91 – Exemplo de eixo-árvore ranhurado

4.1.7 Eixos-árvore estriados

São eixos que caracterizam-se por garantir uma boa concentricidade com boa fixação, mas
que permitem ao montador escolher uma dada posição para a montagem das peças em relação ao
eixo, é o caso de cubos de direção de automóveis.

Figura 92 – Exemplo de eixo-árvore estriado

4.2 Polias e correias

As polias e correias são os elementos de transmissão mais utilizados, para transmitir


movimentos entre eixos motrizes e eixos movidos, devido as suas características, que conforme o
perfil da correia atende uma necessidade especial.

45
Figura 93 – Exemplo de polias e correias

Figura 94 - Tipos de polias

46
4.2.1 Correias

Há vários formatos de perfil de correias, redondo, planas, hexagonal ou duplo V, prismáticas,


meia cana. Etc. No entanto as correias mais usadas são as planas e as trapezoidais, que é feita de
borracha revestida de lona e é formada no seu interior por cordonéis vulcanizados, para suportar as
forças de tração. São fabricadas em cinco perfis diferentes de A até E, onde suas dimensões são
largura e altura dadas abaixo.

Figura 94 – Dimensões de correias

Quando da utilização destas correias em suas respectivas polias deve-se observar que as
polias motora e movida estejam perfeitamente alinhadas, e que a correia fique alojada na polia de tal
forma a não tocar no fundo do canal nem acima das bordas da mesma, afim de garantir a maior vida
útil tanto das correias como das próprias polias, a correta montagem de uma polia trapezoidal é
representada da seguinte forma :

Figura 95 – Montagem de uma polia trapezoidal

Há correias dentadas ou sincronizadoras, que são utilizadas nos casos em que não se pode
ter nenhum deslizamento, como no comando de válvulas do automóvel.

Figura 96 – Correias dentadas ou sincronizadoras

47
Tipos de transmissão com correias.
• Transmissão com eixos em paralelo e girando no mesmo sentido.

Figura 97 – Transmissão com eixos em paralelo e girando no mesmo sentido.

• Transmissão com eixos em paralelo e girando no sentido contrário.

Figura 98 - Transmissão com eixos em paralelo e girando no sentido contrário.

• Transmissão com eixos cruzados.

Figura 99 - Transmissão com eixos cruzados

48
4.3 Correntes

São elementos capazes de transmitir movimentos com grandes esforços com altas
velocidades sem perder o sincronismo entre as peças movimentadas, alem de que em alguns casos
transformam o movimento circular em retilíneo ou movimento retilíneo em circular.

Figura 100 – Exemplo de corrente

Figura 101 - Tipos de correntes.

Observação importante: Sempre que possível quando da montagem de uma corrente em


conjunto, deixar as pontas das travas ou cupilhas, voltadas para o sentido contrário do movimento
mais freqüente, afim reduzir a possibilidade deste ser extraído durante o funcionamento.

Figura 102 – Montagem de corrente em conjunto

49
4.4 Cabos

Os cabos estão presentes tanto na montagem de equipamentos, prédios como também é um


elemento de transmissão de movimento que suporta forças de tração.
É constituído de uma série de arames enrolados em uma alma central, este cabo enrolado
juntamente com outros iguais a ele em volta de uma alma, constituirá um outro cabo de diâmetro
maior.

Figura 103 – Exemplo de cabo

A capacidade de carga de um cabo está diretamente relacionada com a sua dimensão e a


forma com que é construído.
Um cabo pode ser construído em uma ou mais operações, dependendo da quantidade de fios
e, especificamente, do número de fios da perna. Por exemplo: um cabo de aço 6 por 19 significa que
uma perna de 6 fios é enrolada com 12 fios em duas operações, conforme segue:

Figura 104 – Construção de um cabo

50
4.4.1 Tipos de distribuição dos fios nas pernas

Existem vários tipos de distribuição de fios nas camadas de cada perna do cabo. Os principais
tipos de distribuição que vamos estudar são:
• normal;
• seale;
• filler;
• warrington.

Distribuição normal
Os fios dos arames e das pernas são de um só diâmetro.

Distribuição seale
As camadas são alternadas em fios grossos e finos.

Figura 105 – Distribuição seale

Distribuição filler
As pernas contêm fios de diâmetro pequeno que são utilizados como enchimento dos vãos
dos fios grossos.

Figura 106 – Distribuição filler

Distribuição warrington
Os fios das pernas têm diâmetros diferentes numa mesma camada.

51
4.4.2 Forma de medir o diâmetro dos cabos de aço.

Figura 107 - Forma de medir o diâmetro dos cabos de aço

4.4.3 Fixação do cabo de aço

Os cabos de aço não devem ser submetidos a nós ou vincos, suas pontas devem possuir
terminais colocados da seguinte forma.

Figura 108 – Fixação do cabo de aço

4.5 Roscas de transmissão

Roscas de transmissão apresentam os mesmos elementos das roscas de fixação, todavia são
utilizadas os perfis que apresentam as características próprias para estes fins.

52
Figura 109 – Tipos de roscas

4.5.1 Rosca com perfil quadrado

Esse tipo de perfil é utilizado na construção de roscas múltiplas. As roscas múltiplas possuem
duas ou mais entradas, que possibilitam maior avanço axial a cada volta completa do parafuso.

Figura 110 - Rosca com perfil quadrado

4.5.2 Rosca com perfil trapezoidal

Resiste a grandes esforços e é empregada na construção de fusos e porcas, os quais


transmitem movimento a alguns componentes de máquinas-ferramenta, um exemplo de rosca
trapezoidal é a rosca sem fim usada em redutores.

53
Figura 111 - Rosca com perfil trapezoidal

4.5.3 Rosca com perfil misto

Esta rosca é muito utilizada na construção de conjuntos fuso e porca com esferas
recirculantes.
Os fusos de esferas são elementos de transmissão de alta eficiência, transformando
movimento de rotação em movimento linear e vice-versa, por meio de transmissão por esferas, são
utilizadas em máquinas CNC.

Figura 112 - Rosca com perfil misto

4.6 Engrenagens

Engrenagens são rodas com dentes padronizados que servem para transmitir movimento e
força entre dois eixos. Muitas vezes, as engrenagens são usadas para variar o número de rotações e
o sentido da rotação de um eixo para o outro.

54
Figura 113 – Exemplo de engrenagem

As engrenagens cilíndricas de dentes retos transmitem movimento entre eixos, com a mesma
rotação ou com rotações diferentes, são as engrenagens mais comuns de serem encontradas, dada a
facilidade de fabricação, e por permitirem deslocamento laterais.

Figura 114 – Engrenagem cilíndrica de dentes retos

Engrenagens cilíndricas de dentes helicoidais, apresentam como características especiais um


baixo ruído de transmissão e não permitirem deslocamentos laterais.

Figura 115 – Engrenagem cilíndrica de dentes helicoidais

Engrenagens cônicas são utilizadas para transmissão de movimento entre eixos concorrente,
podendo ter os dentes retos, ou helicoidais.

55
Figura 116 – Engrenagem cônica

Engrenagens côncavas, são utilizadas em redutores tipo rosca sem fim

Figura 117 – Engrenagem côncava

Cremalheiras, são barras com dentes que engrenados em uma engrenagem, tem a finalidade
de transformar o movimento retilíneo em movimento circular e vice versa.

Figura 118 - Cremalheira

É importante salientar que engrenagens possuem uma padronização para a fabricação dos
seus dentes, que é o passo do dente e que uma engrenagem só pode estar engrenada em uma outra
engrenagem de mesmo passo.
Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos

56
Figura 119 – Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos

e = espessura do dente
v = vão do dente
P = passo do dente
a = cabeça do dente
b = pé do dente
h = altura do dente.

Figura 120 – Características das engrenagens cilíndricas de dentes retos

De: diâmetro externo


Dp: diâmetro primitivo
Di: diâmetro interno
Z: número de dentes
L: largura da engrenagem
M: módulo; o sistema módulo é a relação entre o diâmetro primitivo, em milímetros, e
o número de dentes.

57
As engrenagens cilíndricas helicoidais possuem um passo normal Pn, uma passo circular Pc
e um ângulo do dente β.

Figura 121 – Características das engrenagens cilíndricas helicoidais

58
Lubrificação

Sempre que existe um movimento relativo entre duas superfícies em contato, estas estão
sujeitas a um atrito, que dependerá da natureza dos materiais que constituem as peças da força que é
empurrada contra a outra e da rugosidade das superfícies, mesmo que tenhamos superfícies
aparentemente lisas, quando observadas em microscópios mostram-se com rugosidades, quando se
movimentam as peças tendem a se prender umas na outra, criando uma força resistente ao
movimento, o que chamamos de atrito, caso este movimento seja realizado pequenas partes serão
arrancadas ocasionando assim o desgaste das peças. Para evitar esses problemas usam-se os
lubrificantes que reduzem são capazes de reduzir ou eliminar o atrito, formando uma película que
separa as peças fazendo com que estas deslizem na película lubrificante.

Figura 122 – Superfície de separação entre duas peças

A figura acima mostra a superfície de separação entre duas peças vista com ampliação de
imagem, a função do lubrificante é preencher os espaços vazios, criando uma película de separação
entre as peças.

5.1 Tipos básicos

Os lubrificantes podem ser líquidos (óleos), pastosos (graxas) ou sólidos (grafita, parafina
etc.).
Podem ser de origem orgânica (animal ou vegetal) e de origem mineral (produtos extraídos do
petróleo).
Na lubrificação de máquinas, utilizam-se principalmente óleos e graxas minerais. Em casos
especiais, são usados outros lubrificantes, como os óleos e graxas de origem orgânica, misturas de
óleos minerais com orgânicos, óleos sintéticos e lubrificantes grafíticos. Em bombas e laminadores,
lubrifica-se, também, com água.

59
5.2 Características principais dos lubrificantes

5.2.1 Óleos minerais

São baratos e oxidam pouco. São obtidos principalmente do petróleo e, em menor escala, do
carvão, de pedra lignita e do xisto betuminoso. Os óleos minerais podem ser classificados como
segue.

Segundo a fabricação:
• produtos de destilação, óleos obtidos do óleo cru com destilação;
• produtos refinados, que são os destilados submetidos à purificação química e física, ou que
receberam outro tratamento posterior;
• óleos residuais, formados pelos resíduos da destilação.

Segundo a viscosidade (mais utilizada):


• baixa fluidez - óleo para fusos;
• média fluidez - óleo para máquinas;
• fluidez grossa - óleo para câmbios.

Segundo outras propriedades, como:


• propriedade lubrificante; comportamento a frio, a quente e em pressões elevadas;
resistência ao calor, ao oxigênio, à água, aos metais.

Segundo a aplicação:
• óleos de caixas de engrenagens, óleos para turbinas e corte.

5.2.2 Graxas minerais

Quando comparadas aos óleos minerais, distinguem-se pela maior consistência plástica.
Normalmente, as graxas são compostas à base de sódio ou de potássio. No entanto, se conhece
também, graxas minerais puras, como a vaselina.
As graxas minerais podem ser classificadas como segue

Segundo a aplicação:
• graxas para máquinas, veículos, rolamentos e mancais em trabalho a quente.

60
Segundo as propriedades como:
• comportamento térmico, resistência ao envelhecimento, consistência (baixa ou alta),
resistência a pressões, à água e à cor.

5.2.3 Óleos orgânicos

São óleos como de oliva, de rícino, de sebo. Possuem elevada capacidade de lubrificação; no
entanto, são caros e envelhecem rapidamente (tornam-se resinosos e espessos). Por isso, são
usados somente em casos especiais.

5.2.4 Misturas de óleos minerais e orgânicos

Essas misturas são utilizadas com vantagem nos cilindros a vapor e nos eixos dos cilindros
laminadores devido à sua capacidade emulsora na água.
Além disso, são usadas nos casos em que se necessita de uma elevada capacidade de
lubrificação (óleo para alta pressão), como em redutores de parafusos sem-fim e em engrenagens
cônicas rebaixadas.

5.2.5 Lubrificantes sintéticos

Esses lubrificantes suportam as mais diversas condições de serviço. São chamados sintéticos
porque resultam de síntese química.
Classificam-se em cinco grupos: ésteres de ácidos dibásicos, de organofosfatos e de
silicones; silicones e compostos de ésteres de poliglicol.

5.2.6 Lubrificantes grafíticos

Nesses lubrificantes utiliza-se grafita nas superfícies de deslizamento, tornando-as mais


absorventes, lisas e resistentes ao gripamento. Dessa forma, encurta-se o tempo de amaciamento.
A grafita é também usada como aditivo de óleo ou graxa.
Existe, ainda, a lubrificação a seco com grafita, no caso de movimentos lentos ou de
temperaturas elevadas de até 300ºC.

61
5.3 Escolha do lubrificante

A graxa é o lubrificante mais adequado para lubrificação de elementos de máquina expostos


aos agentes atmosféricos, à poeira (máquinas escavadeiras) e ao aquecimento (laminadoras). A
graxa é também usada para vedação de bombas, compressores ou máquinas que funcionam em
baixa rotação. Já o óleo é o lubrificante mais indicado para lubrificar máquinas com mecanismos
rápidos ou delicados; máquinas a vapor, motores de combustão interna etc.

5.4 Cuidados com lubrificantes

Todo o lubrificante deve ser manuseado com equipamentos de proteção individua, evitando-
se o contato com mucosas e olhos, a lubrificação deve ser realizada de maneira que o lubrificante
seja colocado na quantidade necessária para que o equipamento funcione com perfeição, evitando-se
desperdícios, é preferível reduzir o intervalo de lubrificação a aumentar a quantidade de lubrificante,
pois este acaba escorrendo para fora da região a ser lubrificada.
É de extrema importância que os recipientes contendo os lubrificantes a serem utilizados
sejam mantidos sempre bem fechados, evitando a contaminação destes com poeira os outros
agentes indesejados.

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Bibliografia

CUNHA, S. Manual prático do mecânico. 7a ed. São Paulo: Hemus, 1972.

CURSO PROFISSIONALIZANTE: Mecânica: Elementos de Máquinas. São Paulo: Globo, 2 v.

SENAI-ES. Noções básicas de Elementos de máquina-Mecânica. 1996. (Divisão de assistência às empresas)

Hissa, Roberto, Tecnologia de graxas Lubrificantes. Rio de janeiro: Texaco do Brasil S/A 1981.

Mobil. Fundamentos da Lubrificação.São Paulo: Mobil Oil do Brasil 1979.

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