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ESTADO
Poderes de Estado
• Poder Executivo
• Poder Legislativo
• Poder Judiciário
Formas de Estado
• Unitário – principal característica centralização política.
• Federado – principal característica descentralização política.
GOVERNO
Conceito: É o conjunto de poderes e órgãos constitucionais responsáveis pela função política do Estado.
Setembro/Outubro 2010
Concurso Público da Polícia Civil de Santa Catarina
Prova dia 14 de novembro de 2010
Direito Administrativo
Prof. Vinícius Ouriques
professor@viniciusouriques.com.br
Sistemas de governo
• Presidencialista
O presidente é ao mesmo tempo chefe de Estado (externamente) e chefe de Governo
(internamente).
• Parlamentarista
O chefe de Estado é um presidente ou um monarca, o chefe de Governo é o primeiro ministro ou
um conselho de ministros.
Formas de governo
• Monarquia
• República
► ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Conceito
• Subjetivo (Formal ou Orgânico)
Consistem em agentes, órgãos e entidades públicas (sujeitos) que desempenham a função
administrativa.
• Objetivo (Material ou Funcional)
Função administrativa desempenhada pelos agentes, órgãos e entidades públicas (sujeitos).
Finalidade: Tutela, proteção do interesse público.
Natureza: “Múnus” público Dever [guarda, conservação, aprimoramento]
Organização Administrativa
DIRETA INDIRETA
União Autarquias
Direito publico ou
Estados Fundações privado, deve vir
estabelecido na lei que
Distrito Federal Empresas Públicas autoriza.
● DIRETA
Características
Todas possuem personalidade jurídica de Direito público. Significa dizer que seguem regime jurídico
diferenciado do particular.
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Pegadinha
Territórios têm personalidade jurídica de direito público, mas não integram a administração direta,
pois eles são descentralização territorial da união [Art. 18 § 2º, CF].
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem será regulada em lei complementar.
● INDIRETA
Formas de atuação
• Centralizada – quando atua por meio de seus órgãos e agentes.
Ex.: União Federal quando atua por meio do Ministério da Justiça, pelo Departamento da Policia Federal e
pelos Agentes Federais, só existe uma pessoa jurídica, os demais são órgãos e agentes.
DESCONTRAÇÃO
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ATENÇÃO:
AUTONOMIA POLÍTICA capacidade de legislar, de se auto-organizar, de criar de forma
inaugural o próprio direito, dentro das competências que lhes foram outorgadas.
I - AUTARQUIAS
CARACTERISTICA DESCRIÇÃO
Pessoas jurídicas de direito
Regime diferenciado em relação ao particular.
público
Desempenham funções
Possuem autonomia política, mas não pertence à Administração Direta.
típicas do Estado
Criadas por lei [Art. 37, XIX, CF] – somente por lei específica.
Principio da Reserva Legal, ou seja, reservado a lei, a instituição
da Administração Indireta.
• Lei cria [autarquia] Significa que quando entrar em vigor,
imediatamente adquiri personalidade jurídica [direitos e
obrigações].
• Lei autoriza significa que não basta à lei entrar em vigor,
essas entidades necessitam registrar os atos constitutivos no
respectivo cartório.
Espécies de Autarquia
• AGÊNCIAS REGULADORAS
São autarquias em regime especial, que tem por objetivo controlar a prestação de serviços públicos e
atividades econômicas desempenhadas por particulares
Ex.: Anatel, Anac, Aneel, ANP
São órgãos técnicos e não políticos.
Regime especial - além do regime diferenciado que já possui, existem regras especificas para conferir
maior autonomia para essas entidades.
Ex.:
I - Caráter final das suas decisões
Ministro não pode alterar o que agência não pode alterar.
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IMPORTANTE
AGÊNCIAS REGULADORAS são diferentes de AGENCIAS EXECUTIVAS, que é uma
qualificação conferida a uma autarquia ou fundação que celebra um contrato de gestão com a administração
pública e que tem um plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento em andamento.
Ex.: Inmetro
• ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS
São frutos dos chamados consórcios públicos [que são ajustes firmados entre entidades políticas] na
busca de objetivos comuns.
Ex.: União Federal, Estado e Município se associam para determinada obra.
Desse consórcio surge uma nova entidade que pode ser:
- Personalidade Direito Privado
- Personalidade Direito Público – chamada Associação Pública [Art. 41, IV, CC] Lei 11.107
Integram administração indireta, pois são espécies de autarquias.
II – FUNDAÇÕES
• Patrimônio personalizado;
• Destinação específica (principal característica).
• Lei autoriza instituição;
• Atividades estatais na ordem social [educação, cultura e pesquisa]
• Possui personalidade jurídica de direito público, alguns consideram personalidade de direito privado,
prevalece corrente intermediaria, a lei que autoriza tem que definir a natureza da fundação.
De acordo com STF – Se possuir personalidade jurídica de direito pública é uma espécie de
autarquia.
Pontos comuns:
• Ambas possuem personalidade jurídica de direito privado;
Segue regime mais próximo das entidades privadas, sempre há derrogação por regras de direito
público. Ex.: concurso público para contratação.
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• Quando prestam serviços públicos, tem-se regime de direito público sendo aplicado com maior
incidência.
Ex.: Correios – presta serviço público e para o STF os bens são impenhoráveis.
Metrô – Entra na mesma situação.
Parecer do STF - O bem público é impenhorável! A população não pode ser prejudicada.
Pontos divergentes:
• Forma societária
Empresas Públicas – qualquer forma societária admitida em direito.
Sociedade de Economia Mista – só pode sociedade anônima (S/A).
• Composição do capital
Empresa Pública – capital integralmente público
Sociedade Economia Mista – capital misto (público e privado)
Súmula 517 [STF] - Se na ação a União tiver interesse (assistente ou opoente), Justiça Federal.
Súmula 571 – as sociedades de economia mista só têm foro na justiça federal, quando a união intervém como assistente ou
opoente.
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Compõe as Paraestatais
1 – Serviços Sociais Autônomos
São entidades que visam assistência a certas categorias sociais e profissionais.
Ex.: Sistema S (SESI, SESC, SENAI, SENAC)
► ÓRGÃOS PÚBLICOS
São centros de competências para desempenho de funções estatais.
TEORIA DO ÓRGÃO
Entidades públicas manifestam vontades por meio do órgão público, que é composto por agentes
públicos e a atuação desses agentes públicos é imputada a pessoa jurídica a quem pertence.
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Direito Administrativo
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Classificação
Quanto à Estrutura
• Simples ou Unitário
É aquele que possui somente um centro de competência.
• Composto
É aquele que possui diversos centros de competência. (Dentro de um Ministério, temos gabinetes, secretarias)
Quanto à Composição
• Singular ou Unipessoal
É aquele composto de um só agente público. (Ex.: Presidência da República, Diretoria de uma escola)
• Colegiado ou Pluripessoal
É aquele composto de mais de um agente. (Ex. Conselhos de contribuintes)
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- Subalternos: São aqueles órgãos de mera execução e sujeitos a várias chefias hierárquicas. (Ex.:
Sessão de expediente, material, pessoal)
► DIREITO ADMINISTRATIVO
Conceito
É ramo do direito público (representa coletividade e é indisponível) que disciplina a função
administrativa e órgãos que a exercem.
Fontes (Origem)
1. Lei (a mais importante);
2. Doutrina (Estudos, Pareceres, Obras Técnicas);
3. Jurisprudência nacional (conjunto de reiteradas decisões do Poder Judiciário no mesmo sentido) e
internacional (tratados internacionais). Tem a súmula vinculante como seu principal representante. Vincula a
Administração Pública direta e indireta.
4. Costume (É a prática reiterada de uma conduta pela convicção de sua obrigatoriedade, desde que
não seja “contra legem” é admitido)
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L Legalidade
I Impessoalidade
M Moralidade
P Publicidade
E Eficiência
A administração só pode fazer aquilo que a lei determina ou autoriza. Enquanto os particulares
fazem o que a lei não proíbe.
A Administração, além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, somente pode agir segundo a
lei (não pode ser contra legem nem praeter legem, mas apenas secundum legem). Os atos eventualmente praticados
em desobediência a tais parâmetros são atos inválidos e podem ter sua invalidade decretada pela própria
Administração que os haja editado (autotutela administrativa) ou pelo Poder Judiciário.
A Administração está obrigada a observância não apenas do disposto nas leis, mas também dos
princípios jurídicos, está sujeita a seus próprios atos normativos, expedidos para assegurar o fiel cumprimento
das leis, assim, na prática de um ato individual o agente público está obrigado a observar não só a lei e os
princípios jurídicos, mas também os decretos, as portarias, as instruções normativas, em suma, os atos
administrativos gerais que sejam pertinentes àquela situação concreta com que ele se depara.
• PRINCIPIO DA IMPESSOALIDADE
A Administração deverá atuar de forma impessoal, de forma objetiva.
Esse princípio deve ser visto sob 02 primas:
• Como determinante de finalidade de toda a atuação administrativa.
• Como vedação a que o agente público valha-se das atividades desenvolvidas pela Administração para
obter promoção pessoal.
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Agente público não pode fazer promoção pessoal com a atividade administrativa [Art. 37, § 1, CF].
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverão ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
• PRINCIPIO DA MORALIDADE
É um requisito de validade do ato administrativo, e não de aspecto atinente ao mérito. Vale dizer,
um ato contrário à moral administrativa não está sujeito a uma análise de oportunidade e conveniência, mas a
uma analise de legitimidade.
Ato contrário a moral administrativa não deve ser revogado e sim declarado nulo.
A administração deve atuar com ética, com boa fé, com probidade.
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• PRINCIPIO DA PUBLICIDADE
Em regra a atuação administrativa deverá ser publica. Só assim os administrados tomam
conhecimento de atuação e pode controlar a atividade administrativa.
É admitido sigilo quando é imprescindível para a segurança da sociedade ou do Estado.
Art. 5, XXXIII – informações coletivas e outros.
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
Segundo STF a simples divulgação do ato no programa A voz do Brasil não supre a necessidade de
respeitar o princípio da publicidade. Não é meio oficial de divulgação.
Regras:
• Atos gerais (destinatários indeterminados): divulgação por Diário Oficial;
• Ato individual: simples comunicação ao interessado.
A prática dos atos secretos pelo Senado violaram o princípio da publicidade e constitui ato de
improbidade administrativa (artigo 11, IV da Lei 8.429/90):
“IV - negar publicidade aos atos oficiais;”
Não houve lesão financeira ao Erário. Foi ato atentatório ao princípio administrativo da publicidade.
• PRINCIPIO DA EFICIÊNCIA
A administração deverá atuar com presteza, perfeição e rendimento funcional.
1. Agentes Públicos no desempenho da função pública.
2. Administração vista como pessoa jurídica. (deve organizar de forma racional os seus quadros funcionais)
Art. 37 “caput” – REDAÇÃO PELA EC 19/1998 – Mesmo sendo inserida em 1998, a
administração sempre teve que atuar com eficiência, era Implícito.
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Prof. Vinícius Ouriques
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Autoriza a interrupção da prestação nos casos de força maior, para segurança das instalações e
diante do inadimplemento do usuário.
• PRINCIPIO DA RAZOABILIDADE
A administração deverá atuar de forma razoável, de acordo com o bom senso, de acordo com o
senso comum.
• PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE
Deverá existir na atuação administrativa adequação nos meios empregados e os fins desejados.
Setembro/Outubro 2010
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