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Gestão de pessoas
08 de julho
7 minutos de leitura
Publicado em: 8 de julho de 2020
Estamos passando por um dos momentos mais desafiadores para toda a humanidade. Ainda
assim, a obra do professor Idalberto Chiavenato segue atual e necesssária, especialmente em
momentos de crise em que o profissional de RH fica na linha de frente.
Enfrentar as consequências dolorosas de tudo que uma pandemia nos traz não tem sido tarefa
fácil para o mundo, muito menos para as pessoas.
São momentos assim que nos fazem repensar em várias coisas e na importância que damos a
tudo que, até então, era considerado como muito importante.
Claro que estão certos em olhar para ele, mas a questão que refletiremos aqui está pautada no
estudo feito por Idalberto Chiavenato em sua obra “Gestão de Pessoas – O novo papel dos
Recursos Humanos nas Organizações”.
“ O que acontece lá fora traz um forte impacto sobre o que ocorre dentro de cada organização.
Torna-se indispensável visualizar o contexto externo para adequar o comportamento de cada
organização e seu direcionamento para o futuro, já que ele vai ser completamente diferente do
panorama atual.”
Idalberto Chiavenato
É fato que nenhuma organização se manterá de pé sem dinheiro, sem um controle bem elaborado
para manter o seu fluxo de caixa, o retorno para os investidores e o capital para ampliar a
capilarização de novos negócios.
Até então o conceito de valorização do capital humano não estava claro para as organizações
como algo que pudesse contribuir para a alavancagem e crescimento dos negócios, ou pelo
menos não era tão percebido, que para se manter e aumentar o capital financeiro era preciso
envolver e desenvolver as pessoas para essa conquista.
Talvez esse comportamento tenha sido sustentado por vários fatores, tais como:
Cada vez mais as organizações, e principalmente a gestão de pessoas, precisará olhar para a
necessidade de aumentar a eficiência, flexibilidade de processos, produtos e mercados, saúde
emocional, produtividade, atendimento personalizado aos clientes e menores custos.
Sabemos que vivemos hoje em um mercado em que a maioria das empresas estão indo em
direção à Transformação Digital que tem sido capaz de proporcionar diversas facilidades e
provocando mudanças muito rápidas em processos e na gestão dos negócios.
Assim, o RH moderno passou a ter uma visão estratégica da empresa, podendo identificar as
melhorias necessárias. O que permite fazer uma gestão estratégica, humanizada e ágil.
É claro que todas essas transformações também trazem a necessidade de uma nova postura, um
novo olhar para os profissionais da área de recursos humanos nas organizações.
Este artigo tem como base o livro do nosso mestre, professor Idalberto Chiavenato, como
mencionei logo acima, e uma das ideias centrais apresentadas nessa obra tem sido a que, além
disso tudo que já mencionei, uma vantagem competitiva da organização será aprender a utilizar
corretamente o conhecimento e as competências das pessoas e colocá-los de maneira rápida e
eficaz em ação na busca de soluções inovadoras na oferta de novos produtos e serviços.
Os fatos apresentados em sua obra, parte dos novos sobre essa perspectiva de mudança e dos
desafios da gestão de pessoas com tantas transformações, cada vez mais rápidas e constantes,
direcionando a nossa atenção para seis ações que se conectam em rede:
Agregar
Aplicar
Recompensar
Desenvolver
Manter Pessoas
Monitorar
É impossível termos contato com todo esse conhecimento e não nos perguntarmos:
Como eu tenho realizado o meu trabalho como gestor ou responsável por pessoa?
Como nossa área tem se ajustado a essa realidade e as novas funções e tarefas que precisamos
assumir?
Pensei em sintetizar esses 6 pontos a fim de refletirmos sobre cada ponto abordado nesta obra.
Agregar
Para Chiavenato, esse processo se constitui com o ingresso de novas pessoas na empresa
(onboarding), a importância em encontrar candidatos que tenham o fit cultural da empresa é
fundamental para manter o desenvolvimento do negócio e do colaborador.
Um dos maiores desafios apontados pelo professor Idalberto Chiavenato é de termos processos
que sejam dinâmicos e bem estruturados, que não fiquem só a cargo dos staffs de Gestão de
Pessoas, mas de que o processo de atração de pessoas seja de responsabilidade de todos.
“Os executivos de linha e suas equipes assumem todo o processo de agregar pessoas. Cada
candidato é tratado como se fosse o futuro presidente da empresa – e é possível que isso venha a
acontecer, se o processo for bem-sucedido.”
Aplicar
Um dos módulos que mais me atrai dessa obra, pois é apresentado como o RH pode desenhar as
atividades que os colaboradores podem realizar nas organizações, orientar e acompanhar seu
desempenho.
Enquanto no capítulo anterior nos são apresentados os processos para agregar pessoas
observando os processos de atração, e fazer com que essas pessoas sejam integradas na
organização, o passo seguinte é a forma como iremos aplicar essa força de trabalho.
Recompensar
Nunca foi tão importante pararmos para perceber as necessidades de nossos colaboradores, como
e o que os motivam, qual o papel do líder no processo de incentivar e reconhecer as pessoas para
viabilizarmos a satisfação das necessidades individuais mais elevadas.
Entendendo os processos e o nosso público, conseguimos criar condições que funcionarão como
um reforço positivo para ampliar desempenho e sustentar o engajamento das pessoas na
organização.
O que se pode perceber nas melhores empresas e nas que têm uma marca empregadora atrativa é
o nível de significância que damos ao reconhecimento das entregas e das pessoas, dando sentido
ao que se faz, à segurança psicológica de ter liberdade e abertura para produzir e gerir riscos.
“As pessoas trabalham nas organizações em função de certas expectativas e resultados. Elas
estão dispostas a se dedicar ao trabalho e às metas e objetivos da organização desde que isso
lhes traga algum retorno significativo. Em outros termos, o engajamento das pessoas na
atividade organizacional depende do grau de reciprocidade percebido por elas: na medida em
que o seu trabalho produz vantagens ou resultados esperados, maior será́ esse engajamento. “
Desenvolver
O entendimento sobre Educar (do latim, educere = extrair, trazer, arrancar) nos mostra que o
objetivo da educação é potencializar conhecimentos e competências tendo como ponto de partida
o conhecimento desse educando/colaborador.
Manter
Quando falamos em manter somos levados a refletir sobre tornar algo constante, firmes e manter.
Seja um bom clima, manter desempenho exige condições ambientais e psicológicas satisfatórias
para a atividade desempenhada pelas pessoas.
Nesse ponto, o autor nos leva à reflexão de que uma organização viável é aquela que consegue
captar e aplicar adequadamente as competências dos talentos, como também mantê-los satisfeitos
e engajados em longo prazo. O que torna para as organizações um enorme desafio.
Para que as empresas consigam atrair e manter talentos, é necessário que todos tenham cuidados
especiais sobre os estilos de gestão, como se dão as relações em todos os âmbitos com os
colaboradores, nível de engajamento da organização, orgulho de pertencer, programas
continuados e sólidos de desenvolvimento de carreira, cuidados com saúde física e emocional e
qualidade de vida.
Todos esses pontos tornarão necessários não somente pela permanência das pessoas, mas para
propiciar engajamento e motivação para que a organização alcance seus objetivos estratégicos
por meio das pessoas.
Monitorar
Tem uma parte do livro que é fantástica, quando o autor coloca que, em uma cultura democrática
e participativa, o controle externo deve ser substituído pelo autocontrole e autonomia das pessoas
em direção a metas e resultados a serem alcançados.
Para as organizações cientes do seu papel, elas fazem com que todas as ações tenham
convergência para que se cumpra sua missão e atinjam o que foi planejado para sua visão por
meio de estratégias organizacionais.
Conclusão
O momento em que vivemos trouxe cada vez mais protagonismo e voz ao RH.
As empresas de comando e controle perceberam que a Gestão de Pessoas está cada vez mais
correlata à gestão de resultados e vice-versa.
O novo papel dos recursos humanos nas organizações passou a influenciar não apenas o
desempenho individual, mas também o da empresa, oferecendo estratégias capazes de gerar
resultados positivos para os negócios.
E claro que o RH sozinho não consegue mudar todas as coisas dentro de uma organização, mas
precisamos começar “A Revolução Do Pouquinho”, pequenas atitudes para uma transformação
consistente.
E se você gostou de saber um pouco mais sobre a obra do professor Idalberto Chiavenato,
aproveite para compartilhar este artigo com seus colegas nas redes sociais.
Até a próxima!
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