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COLÉGIO VASCO DA GAMA

Língua Portuguesa
9º ano
Nome:.............................................. ; Turma.... Nº:...
Objectivo: avaliar “O conto” (U. T. 1 ), a morfologia/sintaxe e a escrita.

I
INTERPRETAÇÃO
Lê cuidadosamente o texto:

Pelo grande vidro da montra, vê a rua. Tantas pessoas! Tantos carros! O dobro, o
triplo do movimento do seu bairro. Lojas pegadas umas nas outras, mercearias, talhos,
arameiros, mesmo no coração da Baixa. Há retroseiros e pequenos capelistas,
serralheiros e casas de peixe. Do lado de fora da montra, o corrupio não cessa. Criadas
com cabazes ou sacos de oleado, homens com caixotes às costas, mecos de fretes,
senhoras. E, no outro lado da rua, na loja da frente, Laura atende os seus fregueses e
diz-lhe adeus de vez em quando. Conversam por sinais. Laura está mais bem colocada
do que ela. Tem comissão nas vendas. Um por cento. O que é bem bom quando as
contas são grandes. Mas quanto é preciso vender para que um por cento chegue a dar
alguma coisa que se veja? E, no entanto, dá. Como conseguiria Laura vestir-se tão bem
se a comissão não desse? Laura até tem duas martas pequeninas que costuma pôr com o
vestido que trouxe ontem. Foi uma oferta, parece. Odette gostaria de duas martas assim.
Compõem muito bem. Até talvez preferisse duas martas daquelas a uma raposa.
De vez em quando, o movimento da loja diminui, chega a parar. Então Odette
deixa-se escorregar um pouco no banco, encostada à parede. Os seus dedos repousam.
Vê o senhor Domingos, que vai até à porta acender um cigarro. Porque a olhará o
senhor Domingos tantas vezes? Os Patrões não deixam passar nada, é o que é. Vê
Manuel e Casimiro que lhe sorriem. Vê as pessoas na rua (...).
Outra vez. Quantas vezes já passou por ali o rapazelho? Será possível? E se o
senhor Domingos dá por isso? Lembra-se da Judite e do sarilho que arranjou na loja em
que estava por causa dum rapazelho como este. Mas Odette não é Judite. Não está
disposta a brincadeiras. Não se empregou para coisas dessas. Tem a mãe em casa à
espera dela. Empregou-se para que o irmão pudesse continuar na escola e a vida dos três
se tornasse menos dura. Deve ganhar a vida. Deve pensar em ganhar a vida e nada mais.
Além de que o inesperado pretendente não passa de um rapazelho. Olha-o
disfarçadamente. Só para ver o que faz, se ainda ali anda (...).
Mário Dionísio, O Dia Cinzento e Outros Contos (adaptação)

Responde de modo claro e completo às seguintes questões:

1. Identifica o lugar onde se passa a acção.


2.Caracteriza a protagonista.
3. Reconhece o grande desejo da personagem principal.
4. Explica a razão e/ou razões do incómodo da protagonista.
5. Faz a caracterização indirecta de Odette.
6. Classifica o narrador quanto à presença e quanto à perspectiva
6.1. justifica a tua resposta com passagens textuais.
7. Distingue o conto do romance e da novela.
II
REFLEXÃO SOBRE A LINGUAGEM

1. Faz uma leitura atenta à seguinte frase:


“Então, Odette trabalhara com o senhor Domingos para ajudar a família”.
1.1.Transcreve o nome colectivo
1.2. Indica as formas verbais e classifica-as.
1.3. Escreve o verbo trabalhar no pretérito perfeito composto, na 1ª pessoa do
singular.
1.4. Levanta o advérbio e determina a sua categoria.
1.5. Classifica sintacticamente Odette, trabalhara e para ajudar a família.

III
ESCRITA
Resume o texto, não ultrapassando as 120 palavras.

BOM TRABALHO !!!

Sugestões de Resolução
1- A acção passa-se numa rua, “no coração da Baixa”, e no interior de duas lojas aí
existentes, “na loja da frente, Laura atende”.
2- A protagonista é Odette, uma rapariga nova que vive com dificuldade e está
empregada numa loja para sustentar a família.
3- O seu grande desejo era possuir duas martas como a colega Laura.
4- A personagem principal sente-se incomodada pelos olhares do patrão, o senhor
Domingos, e também pelas inúmeras passagens, junto à loja, de um rapazelho.
5- Odette está muito admirada (Tantas pessoas! Tantos carros!); desejava ter duas
martas ( duas martas assim); é observada pelo patrão(Outra vez o patrão); é
determinada (Não se empregou para coisas dessas); é discreta; está pensativa e um
pouco incomodada( O senhor Domingos tem uma maneira de olhar que embaraça).
6- O narrador está ausente (é não participante) e conta subjectivamente a história.
6.1- O narrador está ausente, pois o discurso está na 3ª pessoa ( Mas Odette não é
Judite. Os seus dedos repousam.)
A subjectividade está presente porque a história é narrada na perspectiva de Odette
(O que é bem bom quando as contas são grandes.)
7- Ao contrário da novela e do romance, o conto é uma unidade dramática, de tempo e
de espaço. Apresenta um número reduzido de personagens, a descrição e a narração
tendem a anular-se, dominando o diálogo. A dissertação é praticamente ausente.

II
1.1- O nome colectivo é família.
1.2- As formas verbais são: trabalhara (pretérito mais q. perfeito do indicativo, 3ª
pessoa do singular) e ajudar (infinito).
1.3- A 1ª pessoa do pretérito perfeito composto de trabalhar é eu tenho trabalhado.
1.4- O advérbio é Então e é de tempo.
1.5- Odette é o sujeito da frase; trabalhara é o predicado e para ajudar a família é o
complemento circunstancial de fim.

III
Resposta livre

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