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29/11/2020 Sinais dos Tempos - Rev.

Ricardo Barbosa de Souza

Sinais dos Tempos


por

Rev. Ricardo Barbosa de Souza

O amor vem esfriando na medida em que crescem a iniqüidade, o


individualismo, o narcisismo.

Os discípulos de Cristo, um dia, perguntaram a ele quais seriam os


sinais que antecederiam a sua vinda. Ele respondeu esta pergunta
numa longa pregação, conhecido como “sermão profético”. Entre os
sinais apresentados por Jesus, destaca-se o surgimento de falsos
Cristos e falsos profetas, que iriam enganar muitas pessoas. O Filho
de Deus falou também de guerras entre as nações e de abalos
sísmicos. No entanto, há um sinal que me chama a atenção de forma
particular: trata-se daquele que fala do esfriamento do amor. Jesus
disse: “E por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase
todos” (Mateus 24.12).

A relação que Jesus apresenta é inversamente proporcional: o


crescimento da iniqüidade implica no enfraquecimento do amor.
Vejam se não é esse o nosso caso. Na medida em que cresce o
pecado em suas mais variadas formas, da corrupção ao crescimento
da miséria social, da pornografia a todas as formas de banalização
sexual, a violência nas ruas e nos lares, o individualismo
autocentrado e narcisista, esfria o amor genuíno e sincero no ser
humano. Somos uma geração que vem desaprendendo a amar. Não
estou me referindo a uma forma platônica de amor ou aos modelos
hollywoodianos que enchem nossa sala de estar todos os dias, mas
ao amor conforme Deus o revela nas Escrituras. Amor naquela
forma como ele mesmo nos tem amado e celebrado uma aliança com
seu povo. Provavelmente não há nenhum texto mais completo sobre
o amor do que I Coríntios 13, um texto que precisa ser revisitado por
nós diante daquilo que vemos todos os dias.

Naquela epístola, Paulo fala de um amor que é paciente, que não se


perde diante da primeira crise ou da primeira desilusão; um
sentimento bondoso, não ciumento e humilde. Um amor que não se
comporta de forma inconveniente, mas é altruísta, e está sempre
procurando atender o interesse dos outros e não o seu próprio. É
também um amor que não se ira facilmente, que não guarda rancor,
que não se alegra com a injustiça mas que salta de júbilo quando a
verdade triunfa. É um amor que sabe que o sofrimento sempre
acompanha aquele que ama. Um amor que se sustenta sob
fundamentos sólidos e verdadeiros, que não tem a pressa dos
egoístas, mas que sabe esperar e possui uma enorme capacidade de
suportar adversidades.

Este amor que Paulo nos descreve vem diminuindo e esfriando na


medida em que cresce o egoísmo alimentado pelo individualismo da
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cultura narcisista, onde o que importa sou eu, meus desejos, meus
interesses, meu momento, minhas necessidades, minha realização,
meus projetos, o que eu penso, quero e preciso. Imagino que quando
duas pessoas modernas, com este espírito individualista e
narcisista, se encontram e resolvem se amar, envolvem-se num
modelo de relacionamento onde, à primeira vista, tudo indica que se
trata de um belíssimo e invejável romance. Contudo, diante do
primeiro obstáculo, da primeira frustração, de um simples
desentendimento, da dor e do sofrimento, ou do cansaço e da
vontade de experimentar “novos ares”, abandonam aquele amor que
foi grande apenas enquanto durou em troca de um outro que atenda
as necessidades de um ego inflado, imaturo e insaciável.

É por causa da iniqüidade deste espírito individualista e narcisista


que os pais vão abandonando os seus filhos porque têm coisas mais
importantes a fazer, como ganhar dinheiro ou buscar o sucesso, do
que cuidar deles e amá-los; alguns tornam-se indiferentes e os
abandonam à própria sorte na esperança de que na escola ou na
vizinhança encontrarão quem os ame e eduque. Outros há que
tentam manipulá-los e controlá-los em virtude da mesma
iniqüidade, da mesma falta de tempo e da mesma insegurança. Os
mais modernos já preferem não tê-los porque sabem que o amor que
possuem não ultrapassa a epiderme – não são capazes de amar
nada além do seu próprio ego. Por outro lado, os filhos vêm se
rebelando contra seus pais, negando-lhes o respeito e a honra. São
também filhos da iniqüidade do nosso tempo, do mesmo
individualismo, do mesmo egoísmo.

Os jovens trocaram o amor pelo sexo para descobrirem lá na frente,


depois de tantas idas e vindas e muitas “ficadas”, que são bons de
cama mas frios e imaturos na arte de construir um amor que supera
as fronteiras do egoísmo e que cresce na medida que o tempo passa.
Os escândalos de corrupção que mais uma vez abalam o país têm,
na sua raiz, o mesmo mal. Todos buscam o que é seu e nunca o que
é dos outros. A epidemia que hoje toma conta da nação não é a
corrupção – ela é apenas mais uma expressão de uma nação, onde a
iniquidade cresceu tanto que fez o amor murchar.

Eu nunca fui um desses crentes interessados em decifrar os códigos


para adivinhar quando é que Jesus Cristo volta. Tal aritimética não
me interessa. Apenas sei que ele voltará, e isso me basta. No
entanto, devo confessar que olhando para o cenário do mundo hoje,
tenho orado por uma intervenção divina e espero que ela aconteça
logo, seja na forma de um novo avivamento – daqueles que penetram
na raiz do coração humano e o transforma e não esta panacéia
religiosa que alguns chamam de “derramamento do Espírito” – ou de
uma intervenção escatológica, final ou não. Oro por isto porque não
é mais possível suportar tanta injustiça, tanta miséria, tanta
imoralidade, tanto pecado.

Oro também para que Deus nos preserve fiéis a ele e à sua Palavra,
para que aqueles que reconhecem o amor divino e são alimentados e
inspirados por ele cresçam cada vez mais amparando o pobre,
cuidando do necessitado, lutando pela justiça, permanecendo fiéis
aos termos da aliança com Deus e com o próximo. Jesus, naquele

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sermão profético, afirma que “o amor se esfriará de quase todos”. E é


nesta pequena exceção que quero me incluir, a mim e a você, mesmo
que sejamos apenas um pequeno remanescente, mas um
remanescente que não se curva diante dos Baalins do mundo
moderno.

Ricardo Barbosa de Souza


é conferencista e pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto, em
Brasilia

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