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Florianópolis
2019
Diogo Vinícius João
Florianópolis
2019
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor,
através do Programa de Geração Automática da Biblioteca Universitária da UFSC.
João, Diogo
Proteção Adaptativa em Microrredes de Média Tensão
Formadas exclusivamente por Conversores Eletrônicos : Uma
abordagem baseada em medição centralizada de tensão / Diogo
João ; orientador, Miguel Moreto, 2019.
116 p.
Inclui referências.
Certificamos que esta é a versão original e final do trabalho de conclusão que foi
julgado adequado para obtenção do título de Mestre em Engenharia Elétrica.
Digitally signed by
Bartolomeu Bartolomeu Ferreira Uchoa
Ferreira Uchoa Filho:47636211491
Filho:47636211491 Date: 2020.01.24 12:24:49
-03'00'
Dedicar um trabalho por meio de nomeações é algo que deve ser feito com
muita cautela pois são muitas as contribuições e o risco de se esquecer de alguém
especial é grande. Antecipo então a dizer que não me atreverei a citar todos, mas os
que se mostraram mais presente nesta etapa de minha vida.
Primeiramente à orientação do Professor Miguel Moreto por ter aceito o trabalho
de estar contribuindo e revisando minhas decisões de tema e metodologias nesta
dissertação, sem sua orientação o trabalho pecaria em uma visão técnica e focada
nos resultados. Também aos professores do laboratório LABSPOT por terem instruído,
motivado e ensinado com suas aulas durante a etapa de disciplina do mestrado.
À minha família, que mesmo por meio de uma grande distância, se mostrou
orgulhosa e motivada com meus desenvolvimentos acadêmicos. Em especial, à meu
pai, Nivaldo João, por ter me dado suporte e ajuda sempre que me foi preciso.
Sem esquecer ainda daqueles que ajudaram a me manter equilibrado perante
tantas indecisões, aos amigos que encontrei no mundo da capoeira, me ajudando a
diluir os stresses em uma boa "roda" e treinos intensos de alegria e harmonia.
À Universidade Federal de Santa Catarina e CAPES, por proporcionarem recur-
sos e incentivo financeiro durante parte do desenvolvimento deste trabalho.
“Stay hungry, stay foolish.”
(Steward Brand, 1966)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DA PROTEÇÃO EM
MICRORREDES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2 OBJETIVOS E CONTRIBUIÇÕES DA DISSERTAÇÃO . . . . . . . . 18
1.3 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2 CONCEITUALIZAÇÃO DE MICRORREDES . . . . . . . . . . . . . . 20
2.1 PRINCIPAIS VANTAGENS DAS MICRORREDES . . . . . . . . . . . 21
2.2 DESVANTAGENS E DESAFIOS TÉCNICOS . . . . . . . . . . . . . . 22
2.3 GERENCIAMENTO E CONTROLE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.3.1 Controle Secundário - Nível de Microrrede . . . . . . . . . . . . . 24
2.3.2 Controle Local . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.4 ELEMENTOS CONSTITUINTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
2.4.1 Conversores de Energia Primária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.4.2 Sistema de Armazenamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.4.3 Conversores Eletrônicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.4.3.1 Aspectos de Controle em Conversores Eletrônicos . . . . . . . . . . 30
2.4.4 Arquitetura Básica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.5 MODOS DE OPERAÇÃO E REESTRUTURA DA MICRORREDE . . 31
2.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3 ASPECTOS DE PROTEÇÃO EM MICRORREDES . . . . . . . . . . 34
3.1 FILOSOFIA DE PROTEÇÃO EM SISTEMAS ELÉTRICOS . . . . . . 34
3.1.1 Equipamentos de Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.1.2 Funções de Proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.1.2.1 Proteção Adaptativa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3.1.2.2 Sistema de Reestrutura Self-Healing . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.2 DESAFIOS NA PROTEÇÃO DE MICRORREDES . . . . . . . . . . . 41
3.2.1 Fatores Influentes na Proteção de Microrredes . . . . . . . . . . . 42
3.2.2 Conceito de Fault Ride Through - FRT . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.3 COMUNICAÇÃO PARA PROTEÇÃO ADAPTATIVA . . . . . . . . . . 45
3.4 SOLUÇÕES E AVALIAÇÕES NA LITERATURA . . . . . . . . . . . . 46
3.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
4 PROTEÇÃO ADAPTATIVA PROPOSTA . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.1 MÉTODO DE DETECÇÃO ADAPTATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.1.1 Estimação dos parâmetros de Thévenin . . . . . . . . . . . . . . . 51
4.1.2 Definição do Limiar de Detecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4.1.2.1 Algoritmo Computacional para Método de Detecção . . . . . . . . . . 56
4.2 MÉTODO DE ISOLAÇÃO DA FALTA - DIRECIONALIDADE . . . . . . 57
4.2.1 Detecção da Direcionalidade com uso apenas da Corrente . . . . 58
4.2.2 Metodologia Proposta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
4.2.2.1 Calculo da Direcionalidade do Fluxo de Potência . . . . . . . . . . . 59
4.2.2.2 Algoritmo e Lógica de Localização e Isolação . . . . . . . . . . . . . 60
4.3 REESTRUTURA DA REDE E ADAPTAÇÃO DA PROTEÇÃO . . . . . 62
4.3.1 Modelagem do Sistema de reestrutura da rede . . . . . . . . . . . 63
4.3.1.1 Função Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
4.3.1.2 Restrições do Problema de Otimização . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
4.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
5 SIMULAÇÕES E RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
5.1 SISTEMA TESTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
5.2 CASO DE DETECÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
5.2.1 Avaliação da Detecção com Variações na Rede . . . . . . . . . . . 70
5.2.2 Aplicação de faltas na Rede . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
5.2.3 Detecção de Faltas com Impedância . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
5.2.4 Considerações acerca da Detecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
5.3 CASO DE IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL DA FALTA . . . . . . . . . . 79
5.3.1 Resultado para Direcionalidade no Modo Ilhado . . . . . . . . . . 80
5.3.2 Resultado para Direcionalidade no Modo Conectado . . . . . . . 83
5.4 AVALIAÇÃO DA METODOLOGIA DE REESTRUTURA DA REDE . . 89
5.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
6 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
6.1 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . 95
REFERENCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96
ANEXO A – TRANSFORMADA DE FOURIER RECURSIVA COM
JANELA DESLIZANTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
ANEXO B – FORMULAÇÃO MATRICIAL DO PROBLEMA DE OTI-
MIZAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
ANEXO C – DADOS DA MICRORREDE DE TESTE - CIGRÉ BEN-
CHMARK . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114
14
1 INTRODUÇÃO
Durante muito tempo, o Sistema Elétrico de Potência (SEP) teve suas fontes
de geração determinadas mediante uma característica essencialmente centralizada.
Ou seja, tratava-se de um sistema cujas unidades de geração eram apartadas dos
centros de distribuição, objetivando o melhor proveito possível das fontes primárias
de transformação de energia. Tal característica, assim, se aparenta vantajosa até o
ponto em que os limites de fluxo das longas linhas de transmissão entre geração e
distribuição não sejam atingidos e onde exista certa facilidade em recursos energéticos
disponíveis para a conversão de energia. Entretanto, tais vantagens deixam de ser pro-
nunciadas devido ao aumento elevado da demanda e à escassez de recursos hídricos
ou das fontes primárias de geração térmica, além de fatores de natureza ambiental que
limitam o aproveitamento máximo das usinas de um sistema hidrotérmico. Em direção
a uma solução que seja viável não apenas economicamente, mas também ecológica
e operacionalmente, surgem motivações para o aproveitamento de energias provindas
de recursos energéticos renováveis não convencionais como, por exemplo, as energias
solar e eólica, de modo a incluí-las no sistema de distribuição à nível de consumidor.
Dessa maneira, torna-se possível gerar a energia necessária para o consumo local,
descentralizando a geração (HATZIARGYRIOU, 2014).
A inclusão de unidades geradoras de energia ao longo do sistema de distribui-
ção faz surgir o conceito de Geração Distribuída (GD). Em seu sentido mais amplo,
as GDs incorporam, além da produção através de microgerações (MG), sistemas de
armazenamento, controle de cargas e gerenciamento de recursos, reduzindo gastos
em transformação e transmissão de energia, onde surge a conceitualização de Re-
cursos Energéticos Distribuídos (RED). Impõe-se assim ao sistema o que se define
como Rede de Distribuição Ativa (RDA), alterando a estrutura tradicional da rede e
incorporando à ela maior complexidade ao seu gerenciamento, operação e controle.
Uma RDA se caracteriza por dar ao consumidor a possibilidade de exercer uma função
semelhante à das grandes centrais geradoras, cedendo a ele influências tanto na pro-
dução quanto no consumo, transporte e comercialização de energia. O conglomerado
de GDs em uma rede de distribuição forma a RDA, onde possibilitando o isolamento
do restante do sistema elétrico, operando de modo independente à rede externa, leva
ao conceito de microrrede.
Existem várias vantagens que tornam possível a aplicação de microrredes no
SEP. Além de aliviar o sistema de transmissão e prover energia de fontes renováveis
e sustentáveis, provê independência na operação frente as fontes intermitentes, e
as desacopla do sistema quando necessário, melhorando a estabilidade de tensão
ao possibilitar que a microrrede opere de modo ilhado, sem influenciar a rede princi-
pal. Verifica-se também o benefício econômico ao eliminar os custos das tarifas de
Capítulo 1. Introdução 15
2 CONCEITUALIZAÇÃO DE MICRORREDES
média tensão, o DMS, o CAMC e o MGCC, e sua relação com os controles locais,
MCs, atuando diretamente nas GDs e nas cargas controláveis. Percebe-se porém,
que todo o gerenciamento e controle só é possível mediante um sistema de comu-
nicação que estabeleça a comunicação entre os controles intermediários, à nivel de
microrrede, com os controles locais, em resposta aos comandos de nível mais alto que
gerencia a rede a montante. Tal comunicação exige um alto grau de coordenação das
informações.
Fica claro neste capítulo, que para cada sistema de microgeração ou cada sis-
tema de armazenamento, existe distinção em seu comportamento dinâmico, e suas
características individuais devem ser consideradas ao avaliar uma microrrede, princi-
palmente ao se tratar do sistema de proteção. Para o controle dos inversores, existem
diversas técnicas que afetam diferentemente a rede mediante situação de curto-circuito
ou algum outro tipo de contingência. Apesar da maioria dos trabalhos envolverem ape-
nas a microrrede operando em modo normal ou modo de emergência, verifica-se a
necessidade de estudos do modo de transição para evitar que o sistema de proteção
atue indevidamente.
34
em arcos elétricos2 que devem ser extintos de forma rápida. Outros equipamentos
que atuam diretamente na isolação do defeito são as chaves fusível e as chaves
seccionadoras, que diferentemente dos disjuntores, não atuam por comandos dos
relés.
Curtos-circuitos monofásicos são os de maior incidência no sistema elétrico,
onde segundo Kindermann (2012), entre 87% a 92% são do tipo temporários. Esse
tipo de curto-circuito temporário não causa danos permanentes no sistema, assim não
há razão para atuação da proteção da mesma forma que deve ser procedido para
o caso de faltas permanentes, ou seja, não se deve abrir o circuito definitivamente.
Para estes casos, procedimento de religamento automático é adequado e vantajoso
(KINDERMANN, 2012). Faz-se assim jus ao uso de religadores automáticos na rede
elétrica. Em redes elétricas tipicas, a ocorrência de uma falta detectada pelo relé acio-
nará o disjuntor, abrindo o circuito e, após um determinado intervalo, o disjuntor fechará
e a proteção reavaliará se a falta é mantida. No caso de microrredes, o religador irá re-
portar a falha através de um sistema de comunicação à central de controle e aguardará
instruções a serem tomadas (CHANDRARATNE; NAAYAGI; LOGENTHIRAN, 2017).
Is
M= (1)
Iajuste
2
A formação destes arcos geram pulsos CC na rede que são percebidos pelos equipamentos de
proteção próximos a ele (KINDERMANN, 2012).
3
De acordo com a padronização ANSI (American National Standarts Institute), tais funções recebem
a nomenclatura 50 para sobrecorrente instantâneo, 51 para sobrecorrente temorizado, 67 para
sobrecorrente direcional e 27 para subtensão.
Capítulo 3. Aspectos de Proteção em Microrredes 40
oshyar e R. Iravani (2017) sugere que a proteção não seja dependente apenas da
corrente, citando que os dispositivos de distância são os mais comumente emprega-
dos em redes de distribuição ativa por eles utilizarem medidas de tensão e corrente
para estimar a impedância da rede. A proteção de distância é utilizada em Lin, Liu et al.
(2015), onde é mostrado que tal esquema é satisfatório para eliminar diversas faltas em
microrredes. O mesmo autor propõe ainda em Lin, Guerrero et al. (2015) a utilização
de PMUs (Phasor Measurement Unit), melhorando a seletividade e sensibilidade por
meio de adaptação da proteção. Melhoras na comunicação de esquemas direcionais
também são avaliadas em Elkhatib e Ellis (2017), traçando a trajetória da impedância
para definir as configurações da proteção. Técnicas utilizando arquitetura Multi-Agent
com esquemas de distância são apresentadas em Habib, Youssef et al. (2017) e Habib
e Mohammed (2017).
Abordagens utilizando medições de corrente com base em sua transformada de
sequência para a proteção de microrredes é apresentada inicialmente em Nikkhajoei e
Lasseter (2006). Verifica-se em Muda e Jena (2017) uma avaliação das componentes
de sequência de maneira sobrepostas para detecção da direção da falta e da detecção
a partir de um fator de impacto. Novas formas de definir as funções de direcionalidades
e classificação de faltas são apresentadas em Ali Hooshyar e Reza Iravani (2018) e
Hooshyar, El-Saadany e Sanaye-Pasand (2016) com base em componentes simétricas,
onde apresenta resultados que cobrem as falhas das formas tradicionais.
Entretanto, apesar das funções apresentadas como soluções, elas necessitam
em sua maioria ser adaptadas para se adequar às dinâmicas da microrrede. Assim,
chega-se a conclusão em Hatziargyriou (2014) e Sharkh et al. (2014) que para garantir
a proteção de uma microrrede, seu sistema deve ser adaptativo e deve ainda, dispor
de um sistema de comunicação para setar as novas configurações dos elementos de
proteção. Como exemplo tem-se o trabalho de Voima, Kauhaniemi e Laaksonen (2011),
utilizando funções de sobrecorrente com complementariedade da função de subten-
são para realizar uma proteção adaptativa. Em Wheeler, Faried e Elsamahy (2017)
é utilizado esquema de proteção diferencial adaptativa. Proteção de distância é vista
em Lin, Guerrero et al. (2015) e Voima, Laaksonen e Kauhaniemi (2014), adaptando-a
tanto para modo ilhado quando para conectado. Verifica-se também, a realização de
etapas offline com cálculos baseado no status da rede e na etapa seguinte, a atuali-
zação dos limiares de proteção é realizado de maneira online, como apresentado em
Teimourzadeh et al. (2017), Coffele, Booth e Dyśko (2015) e Khederzadeh (2012).
Considerações feitas em Bello e Maitra (2018) leva a conclusão de que para
garantir a confiabilidade de uma microrrede, seu sistema de proteção deve fazer uso
ou de esquemas diferenciais e de impedância com aspectos direcionais, ou utilizar
lógicas complexas em algoritmos, incorporando medições de tensão e impedância,
ou, por fim, criar sistema de proteção adaptativa com estimações em tempo real e
Capítulo 3. Aspectos de Proteção em Microrredes 49
A caracterização dos elementos de geração de uma MR faz com que sua pro-
teção necessite de um certo grau de adaptabilidade para se adequar às constantes
mudanças climáticas, a diversidade nos atributos de geração, a variabilidade de carga
e as alterações no modo de operação do sistema. Sendo a proteção de sobrecorrente
o método mais utilizado em redes de distribuição, por sua simplicidade e atratividade
econômica, com a penetração de RED esta passa a ser inviável para a proteção de
MRs, se realizada da forma tradicional. Isto se deve à dependência do sistema de
proteção perante a níveis de geração e à direcionalidade do fluxos instantâneos.
A lógica de proteção deve se valer de pelo menos dois sistemas adaptativos:
sistema de detecção de falta e sistema de isolação da falta. O sistema de reestru-
turação auxilia na adaptabilidade da localização e isolação, induzindo o conceito de
Self-Healing na rede. Desta maneira, independentemente do cenário atual da MR, o
sistema de proteção atua decisivamente, coerentemente e assertivamente, desligando
o mínimo de consumidores possível.
Desta conceitualização, este capítulo apresenta esses sistemas de modo a ga-
rantir seletividade e sensibilidade para o método de proteção adaptativa proposto neste
trabalho de dissertação. Primeiramente se apresenta o método de detecção adaptativa,
onde o algoritmo atualiza constantemente os valores equivalentes de Thévenin em um
ponto central de proteção. Após esta detecção, o algoritmo de direcionalidade localiza
e isola a falta, utilizando apenas medições locais de corrente nos IEDs distribuídos nas
linhas da MR. A terceira etapa do método proposto utiliza um algoritmo de otimização
para reestruturar a rede de modo a restabelecer o maior número de cargas e manter
as características radiais da MR. Tal reestruturação é a base para adaptar o algoritmo
de direcionalidade utilizado para localização e isolação de defeitos da MR.
Em termos de sistemas de proteção, é proposto um sistema de proteção central
e um sistema de proteção local. O sistema central é responsável por detectar a falta e
enviar sinais de detecção de falta para a proteção local. Também é função da proteção
central reestruturar a rede mediante critérios operacionais ou recomposição da rede
pós-falta, enviando sinais de abertura e fechamento dos disjuntores para o sistema de
proteção local. A proteção local age em resposta ao sistema central localizando e iso-
lando a falta quando ocorre um trip ou atuando diretamente na abertura e fechamento
de disjuntores quando solicitado.
∆IC = ∆I1 + ∆IG − ∆I2 . Uma vez que I1 e IG também são medidos pela proteção, o
valor de ZC é alcançado pela Equação 9
∆V
ZC = (9)
∆I1 + ∆IG + ∆I2
A determinação do valor de tensão equivalente de Thévenin a jusante da Figura
12, é obtido com o sistema de equações formado pela análise das malhas internas de
seu circuito. Esse sistema é apresentado na Equação 10.
−E + Z (I + I − I ) + V = 0
1 1 2 C C
(10)
+E + Z I − V = 0
2 2 2
Z1 + Z2 Z1
( )V − ( )E2 + Z1 IC − Z1 IG = E1 (11)
Z2 Z2
Do mesmo modo, avaliando a malha externa da Figura 12, separando as gran-
dezas da rede e isolando E1 , encontra-se a equação 12.
regula a tensão e não a deixa cair demasiadamente. Já para o modo ilhado, devido
aos limites de corrente impostos pelos conversores eletrônicos das MGs, o valor de
I2 não cresce muito além dos valores nominais da carga da rede. Em contrapartida,
os conversores possuem inércia quase nula, e a queda de tensão no modo ilhado é
pronunciada.
Como apresentado na Figura 13, o sentido do fluxo pode se apresentar em am-
bas direções. Assim, para evitar a necessidade de estimação dos valores de Thévenin
a montante, utiliza-se o método de direcionalidade junto a Equação 16. Este método
é apresentado na sequência deste capitulo, porém é utilizado no método de detecção
conforme apresentado na Equação 17.
(Dir)I2 Z2 + E2
L= (17)
V
O valor de Dir, apontado na Equação 17 se refere à uma função sinal que
retorna o valor +1, quando o fluxo está na direção a jusante, e retorna o valor −1 para
a situação de fluxo a montante.
Devido ao fato de se esperar resposta unitária da Equação 17 durante operação
normal da MR, o limiar L pode ser refinado através de um coeficiente de potência
que o eleva a grandes valores quando uma falta ocorre. Assim, um limiar pode ser
melhor adaptado de acordo com o modo de operação. Tal coeficiente neste trabalho é
denominado como "op".
Computacionalmente, o valor de L é calculado conforme a Equação 18, onde
se estabelece que "i" é o valor da amostra do sinal resultante da DFT no momento da
medição, ou seja, em tempo real. O valor de "k" representa a estimação dos valores
de Thévenin, realizado anteriormente à amostra "i". Tal coordenação de informações,
entre amostra e estimação, é importante para que o limiar não se adapte à falta, ou seja,
que o algoritmo não julgue medições durante a falta como uma situação de operação
normal.
op
Dir(i)Z2 (k − 1)I2 (i) + E2 (k − 1)
L= (18)
V (i)
Colabora com a validação da metodologia de detecção, a curva característica do
perfil de tensão e a corrente típica de MGs interfaceadas por conversores eletrônicos.
Tal curva é apresentada genericamente na Figura 14 de acordo com Shen et al. (2015).
Representando a Equação 18 no diagrama da Figura 15, e com a análise da
Figura 14, é possível delimitar um valor que suaviza as transições refletidas em L.
Dessa forma, pequenas variações na rede não afetarão em demasia o valor de L e seu
reflexo para faltas levará o valor de L para a região de falta representada na Figura 15.
É possível considerar como exemplo, uma variação natural de tensão entre
0,9pu à 1,1pu, e para a corrente de 0,5pu à 2pu. Esse exemplo leva à inequação
apresentada na Equação 19, sendo que os valores de Lmin e Lmax podem ser fixados,
Capítulo 4. Proteção Adaptativa Proposta 57
˙ DF T = |I DF T |∡(θIDF T )
(I) (24)
Capítulo 4. Proteção Adaptativa Proposta 61
DF T −θ ref −90o )
˙ DIR = |I DF T |ej(θI
(I) V (26)
h i ref
˙
(I) DIR
= |I DF T j(θIDF T )
|e e−j(θV ) e−j(90) (27)
ref
(I) ˙ DF T e−j(θV ) e−j(90)
˙ DIR = (I) (28)
Com base na Equação 31, é possível localizar a falta avaliando o resultado en-
contrado no relé adjacente ao qual sua direção aponta. Caso sejam avaliadas direções
opostas, o método julgará um ponto de falta e providenciará a abertura de seus respec-
tivos disjuntores. Caso contrário, a falta não é identificada nesta região. Após decorrer
um tempo representativo do fechamento dos disjuntores, a constatação da permanecia
da falta é realizado repetindo o método de detecção de falta. Caso não seja detectado
falta, o método conclui a isolação, do contrário, a proteção de retaguarda é acionada
Capítulo 4. Proteção Adaptativa Proposta 63
Em sua teoria base, o fluxo de potência ótimo visa minimizar uma função objetivo
com características operacionais da rede, como por exemplo perdas em linhas da rede,
Capítulo 4. Proteção Adaptativa Proposta 64
despacho de cargas e geração, fatores econômicos, entre outras, de tal maneira que a
solução seja restrita às condições de fluxo de potência clássico, como leis de Kirchhoff,
limites de fluxo e geração, etc (WOOD; WOLLENBERG; SHEBLÉ, 2014).
X X X
min. βij xij + αi (PiD + QD
i )yi + γ i Gi (33)
Ωa Ωr Ωg
X
xij = |Ωb | − ns (34)
Ωr
X X X
pin + Pi = pout + PiD (1 − yi ) (35)
Ωr Ωg Ωr
xij ∈ {0, 1}
(38)
yi ∈ {0, 1}
Uma vez que a modelagem proposta neste trabalho aborda uma formulação
linear CC do fluxo de potência, o valor de P é dado pela Equação 39 de acordo com
Monticelli (1983).
X X
Pi = Xij θi − Xij θj (39)
j∈Ωi j∈Ωi
χij
Xij = (40)
χ2ij+ rij2
A formulação completa do problema de otimização elaborada neste trabalho
de dissertação é detalhado no Apêndice B. O método de solução utilizado é o MILP
(Mixed Integer Linear Programming) através da função intlinprog do software Matlab.
Capítulo 4. Proteção Adaptativa Proposta 67
5 SIMULAÇÕES E RESULTADOS
normal com as chaves S1, S2 e S3 abertas. Desta forma, a MR1 apresenta radialidade
em três ramos distintos, sendo a barra 7 o ponto mais afastado do PCC. Como apre-
sentado na metodologia de proteção deste trabalho, o método de detecção é realizado
de maneira centralizada. As medições necessárias de tensão e corrente são obtidas e
processadas por IEDs localizadas na Barra 2 e através de um sistema de comunicação,
transmite-se um sinal de falta para os demais relés da MR. Neste ponto de processa-
mento centralizado da detecção de faltas, a MG de referência se encontra com controle
Vf para o modo de operação ilhado, sendo que ao operar em modo conectado, tem
seu controle alterado para PQ.
Para melhor investigação do método e apuração de seu limiar, três casos são
avaliados para os modos ilhado e conectado, sendo descritos como:
Os resultados para o CASO1 da detecção de falta são obtidos com uma simu-
lação de 50 segundos realizada no PSCAD, variando nela as condições de carga e
geração da MR. A Figura 19 mostra os instantes onde a carga foi aumentada e redu-
zida, diminuído e aumentado a geração, retirado uma MG do sistema e aplicado as
faltas Fg, FFg e FF nas fases A e B da MR no ponto referente à Barra 5.
Após o transitório de inicialização da simulação, um aumento de 15% em todas
as cargas da MR é feito no instante 5s. Em 9s a rede volta a sua condição original de
carregamento, quando em 13s a carga é reduzida 10% de seu valor. Estes valores tem
como base o perfil de carga apresentado em Strunz et al. (2014), onde verifica-se que
Capítulo 5. Simulações e resultados 80
linhas 5 e 8, o que provoca corte de carga na barra 4 devido ao limite atingido na linha
5. Como consequência, o fluxo da linha 4 é nulo.
O cenário 2, relacionando uma falta na linha 12, mostra a decisão do algoritmo
em escolher entre o fechamento da chave S1, S2 ou S3. Nesse cenário, qualquer
opção garantiria a radialidade da rede, entretanto o algoritmo de otimização opta pela
opção que minimiza o corte de carga e otimiza o uso das MGs, respeitando os limites
impostos pelo problema. Neste caso, a chave fechada para manter os critérios de
otimização é a chave S2. É verificado ainda, que nesse cenário não houve corte de
carga.
Na presença de uma falta na Barra 11, não há a necessidade de operações
para garantir a radialidade da rede. Assim, o algoritmo realiza o despacho de potência
considerando a eliminação da barra faltosa e suas linhas adjacentes.
4 viria da rede externa por meio das linhas 1 e 2 ou mesmo pela linha 12, porém, para
suprir esta carga, tais linhas teriam limites violados. Por esta razão, o algoritmo resulta
no corte de carga da barra 4.
formada Discreta de Fourier (DFT), utilizada para obter o fasor dos sinais de tensão e
corrente. Conclui-se através dos resultados para a detecção, que a queda de tensão
durante a falta tem maior impacto no algoritmo, sendo assim melhor pronunciado na
rede operando-a em modo ilhado.
Para que uma falta seja localizada e isolada, a direcionalidade do fluxo é esti-
mada com medidas apenas de corrente. Uma das vantagens da metodologia proposta
é a não necessidade do conhecimento da direção pré-falta, pois o método avalia o
sentido do fluxo em relação a um padrão pré-determinado. Isso difere dos métodos
encontrados na literatura que avaliam a troca do sentido ao utilizar apenas corrente
como medida. Os ruídos do sinal de medição são filtrados pela DTF e os resultados
são assertivos para todos as simulações em modo ilhado. Já para o modo conectado,
uma das fases de faltas bifásicas sem terra apresenta divergência na estimação da
direcionalidade; contudo, devido a lógica de proteção contar com acionamento tripolar
dos disjuntores, a metodologia de isolação garante resultados ideais.
A reestrutura da rede é realizada de modo a otimizar uma função objetivo que
pode ser critério do operador da rede. As restrições estabelecidas na solução do pro-
blema garantem a radialidade da rede para qualquer contingência e otimizam os resul-
tados de despacho das microgerações sem ultrapassar os limites físicos da microrrede
e provê corte de carga seletivo quando necessário. Uma vez que o problema é formu-
lado mediante abordagem linear CC, a resposta do método é suficientemente rápida e
pode ser reformulada facilmente para que seja adicionada não linearidades, geração e
fluxo reativo e outros aspectos da rede. Nesse ponto, o critério a ser considerado é o
algoritmo de resolução do problema de otimização.
94
6 CONCLUSÃO
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O vetor f da função objetivo, modelada de acordo com a Equação 33, tem sua
representação matricial de acordo com a Equação 52, onde as matrizes e são consti-
tuídos de elementos diagonais unitários para a representação da função somatório, de
acordo com seu subíndice e Nb representa o número de barras do sistema.
h i
~ ēy α
f~ = ēx β; ~ (P D + QD ); ēp~γ ; zeros(2N b, 1) (52)
△
T¯p = −diag {bl1 bl2 ... bln } (54)
~ p 6 T¯p Āl Θ
−t ~ 6 t~p (55)
A¯h H ~
~l = H (58)
~ l 6 ~xNGD
−~xNGD 6 H (59)
sendo que a valor binário de x indicará onde haverá fluxo fictício, limitando seu valor de
acordo com o número de GD (representando a geração fictícia) que estiver conectada
na rede.
A forma matricial da Equação 39 é obtido através da teoria de linearização do
fluxo CC de acordo com a Equação 60
P~ = B̄ Θ
~ (60)
onde os elementos da matriz B é dado pela Equação 61, sendo que xlij e rijl repre-
sentam a reatância e a resistência da linha ij, respectivamente, relacionados ao ramo
ANEXO B. Formulação Matricial do Problema de Otimização 111
km.
xlij
Bij = −bkm = − (xl 2 l 2
ij ) +(rij )
(61)
P P xlij
Bii = bkm = (xlij )2 +(rij
l )2
PD ~y + Āg P~G − B̄ Θ̄ = PD
e~x = N b − N s
~ l + HG = H D
A¯h H (62)
P~inf 6 P~ 6 P~sup
~ 6Θ
θinf ~
~ 6 θsup
−NGD 6 H ~ l 6 NGD
0 6 H~S 6 NGD
0 6 ~x 6 1
0 6 ~y 6 1
Adequando as restrições apresentadas na Equação 62 em função da Equação
ANEXO B. Formulação Matricial do Problema de Otimização 112
−diag(t~M
p ) 0̄ 0̄ T¯p Āl 0̄ 0̄
diag(t~p )
m 0̄ ¯
0̄ −Tp Āl 0̄ 0̄
Ā =
−N I
GD 0̄ 0̄ 0̄ I 0̄
−NGD I 0̄ 0̄ 0̄ −I 0̄
~0
~
~b = 0
~0
~0
P~D
b~eq = Nb − NS
(63)
H~D
~0
~0
~ =
P~inf
lb
~
θinf
−N
GD
0
~1
~1
P~
~ = sup
ub
~
θsup
N
GD
NGD
onde I diz respeito à matriz identidade e diag diz respeito à formação de uma matriz
diagonal formada pelo vetor associado. Os limites de fluxo das linhas são representa-
dos pelos vetores tM
p e tp , sendo o subíndice M o limite máximo e m o limite minimo.
M
que sua geração pudesse balancear a carga e a geração, enquanto que as outras
gerações tiveram seus valores ficados conforme a Tabela 10.