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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) de Direito da ___ Vara

Cível da Bahia/BA

PEDIDO LIMINAR – URGÊNCIA

BRUNO MELO BORGES, brasileiro,

solteiro, estudante, portador do CPF de nº 109.493.226-44 e do RG de nº

MG.19.282.743/SSP-MG, filho de Marisilda Fátima Melo e de Ruancarlo

Maldi Borges, residente e domiciliado na Rua Dr. Placidino Brigagão nº

545, bairro Centro da cidade de São Sebastião do Paraíso/MG, CEP

37.950-000, vem com o respeito que lhe é devido por seu Procurador que

esta subscreve, com escritório sito na Rua dos Antunes nº 1.521, apt. 02,

centro de São Sebastião do Paraíso/MG, CEP 37.950-000, e-mail

ravelmborges@hotmail.com, o qual, em atendimento ao disposto no art.

77, inc. V c/c art. 287, caput, um e outro do CPC, indica-o para os fins de

intimações necessárias, para, com suporte no art. 300 c/c art. 301 do
Código de Processo Civil de 2015 e demais pertinentes, formular o

presente requerimento de

TUTELA CAUTELAR INCIDENTAL


DE ARRESTO DE BENS – PEDIDO DE
URGÊNCIA

em desfavor de:

I. DG CURSOS DE TRADER LTDA., pessoa jurídica de

direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº

30.172.356/0001-73, com sede na Avenida Tancredo

Neves nº 2.227, Edifício Salvador Prime, Salas 705 e 706,

bairro Caminho das Árvores, cidade de Salvador,

Bahia/BA, CEP 41.820-020;

II. JACSON LUIZ SILVA PEIXOTO , brasileiro, casado,

nascido em 24/09/1983, portador do CPF de nº

014.173.915-02, residente e domiciliado na Avenida

Suburbana nº 270, bairro Itacaranha, cidade de

Salvador/BA, CEP 40.713-586;

III. FREDSON SANTIAGO DOS SANTOS, brasileiro,

casado, autônomo, nascido em 20/03/1980, portador do


CPF de nº 779.531.505- 49, residente e domiciliado na

Avenida Monteiro de Baixo nº 15, bairro da Liberdade,

cidade de Salvador, Bahia/BA, CEP 40.370-750;

IV. LEONARDO GUSMÃO ARAUJO, brasileiro, solteiro,

nascido em 29/09/1994, portador do CPF de nº

031.407.625-50, residente e domiciliado na Rua São

Camilo nº 259, Edifício Villa Rachel, Apartamento nº

703, bairro Boca do Rio, cidade de Salvador/BA, CEP

41.706-190, e;

V. DAVID ALVES CARDOSO, brasileiro, casado,

nascido em 10/10/1992, portador do CPF de nº

842.033.405.78, residente e domiciliado na Avenida

Homero Figueiredo nº 53, Quadra R, bairro Gabriela,

cidade de Feira de Santana/BA, CEP 44.028-354, nos

pontos, fatos e provas documentais em anexo que

fundamenta a presente pretensão.

Benefícios da Justiça Gratuita

A parte Autora não tem condições de arcar com as

despesas do processo, posto que são insuficientes seus recursos

financeiros para pagar todas as despesas processuais.


Conforme se prova, este é estudante do curso de

direito, com bolsa de estudos inclusive, tendo como renda somente um

Contrato de Estágio perante a Prefeitura Municipal de São Sebastião do

Paraíso/MG.

Destarte, formula pleito de gratuidade da justiça,

o que faz por declaração de seu patrono, sob a égide do art. 99, § 4º c/c

105, in fine, ambos do novo CPC, quando tal prerrogativa se encontra

inserta no instrumento procuratório acostado.

Mesmo assim, junta-se também específica

declaração firmada pelo mesmo neste sentido.

Pela documentação encartada, requer-se o

deferimento da gratuidade ora requerida.

Dos Fatos

Nobre Juiz, conforme as provas documentais

robustas em anexo, o Autor tomou conhecimento da empresa constante

no polo passivo da presente demanda, através de conhecido que

informou ser um bom negócio, posto que não era milagroso como outras

empresas que atuavam no ramo de Bitcoins – moeda virtual, que estava

em franco crescimento.

Segundo a apresentação da própria empresa em

vários sites e anúncios de páginas na internet, a mesma atuava através da

compra e venda de criptomoedas, mediante a compra destas junto a


determinadas corretoras e venda a outras, sendo o lucro auferido por

estas operações nesta diferença de preços entre a compra e a venda.

Assim, o investidor, como no caso do Autor,

investia um determinado valor em reais, que eram posteriormente

transformados em dólar, em face de que ditas criptomoedas são

unicamente em dólar, o qual seria operado diariamente pelos Réus nas

diversas corretoras de criptomoedas, comprando e vendendo as mesmas,

sendo pago a este – Autor, um percentual sobre o valor da venda que

varia de acordo com a cotação da moeda no dia da operação.

Ainda segundo a explanação da empresa,

diariamente a mesma concederia uma porcentagem dos valores de

arbitragem, a qual seria agregada ao valor investido pelo Autor.

Antes de entrar no investimento e passar

inclusive a mencionar este a outros conhecidos, procurou o Autor

informações a respeito da empresa, sendo que na época efetivamente

esta cumpria com as suas obrigações, não tinha processos contra si e

ainda, mencionava e atestava que tinha o Selo de Qualidade emitido

pela AbraNetwork – Associação Brasileira de Network Marketing, a

qual inclusive até a presente data informa em seu site que a primeira Ré

ainda está na fase de aprovação de obtenção de selo 100% legal de

multinível1, mas contudo, atesta ser empresa séria.

Desta forma, realizou investimentos que

conseguiu juntar com seus familiares (pai, avó, tio, irmão), na ordem

global de R$ 14.710,00 (quatorze mil, setecentos e dez reais).

1
https://abranetwork.com.br/conheca-as-empresas-associadas-a-abranetwork/
A operação era feita mediante depósito em nome

de pessoas denominadas de “lideres”, portanto, tais valores foram

depositado em nome de Hugo Leite, conforme se prova pelos extratos

em anexo, que posteriormente eram convertidos em dólar e entrada no

sistema da 1ª Ré, também demonstrado em anexo.

A Empresa Ré mantinha um site onde informava

as movimentações das aplicações financeiras, bem como outros canais de

contato com seus investidores, mas em Dezembro de 2019, este foi

retirado do ar, bem como canceladas todas as contas de e-mails;

Facebook; telefones; Whatzapp e Instagram da referida empresa e

também de seus sócios, o que gerou grande repercussão nacional.

Após isto, descobriu-se também que este estavam

sendo investigados pelo Ministério Público do Estado da Bahia, na

pessoa da DD. Promotora de Justiça Dra. Joseane Suzart Lopes da Silva.

Inclusive, junta-se à presente a cópia da inicial da

Ação Civil Pública de nº 8009056-05.2020.8.05.0001, a qual tramita

perante a 13ª Vara de Relações de Consumo da Comarca de

Salvador/BA, em que se prova de forma ampla, todo o esquema utilizado

pela empresa e seus sócios, visando ludibriar as pessoas e investidores.

Nesta Ação Civil também se descobriu que dita

empresa também era investigada junto à CVM – Comissão de Valores

Mobiliários2.

No dia em que retirou tudo do ar e praticamente

todas as formas de contato, também a empresa realizou o bloqueio de

2
Processo 19957.004826/2019-95 - CVM
todos os investimentos/ativos de seus clientes, nada mais pagamento ou

mesmo autorizando o levantamento das aplicações existentes.

Com isto, praticamente “furtou” o dinheiro de

cada investidor, praticando patente estelionato junto a estes, sendo que

até a presenta data não liberou estas aplicações/investimentos ou mesmo

realizou a devolução dos valores pecuniários que estão com os mesmos.

Para não alongar na explanação, não somente a

Ação Civil em anexo comprova todo o aqui alegado, como também é

fartamente ampla nas provas e demais documentos que a encartam.

Anexamos como última prova, matéria

jornalística realizada pelo Jornal Folha de São Paulo, datado de 03 de

março do corrente, extraído do seu portal on line3 que também norteia a

empresa e seus sócios de forma recente.

Do Pedido Tutela Cautelar Incidental / Antecedente

É de se perceber, do que se extrai dos fartos

documentos anexos, que os Réus se encontram atualmente afundados

em dívidas, bem como estão a promover atos que deixam claro que não

irão devolver os investimentos feitos por milhares de pessoas.

Por pertinência, informa-se que inclusive tem-se

notícias que um dos sócios, 4º Réu, já teria se evadido do Brasil, vindo a

residir atualmente em Portugal, em endereço e cidades desconhecidos, o

que aumenta sobremaneira o espectro da fraude perpetuada.


3
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/03/03/dd-corporation-dreams-digger-bitcoin.htm
Mais, conforme também se prova em anexo,

realizou-se a baixa da empresa – 1ª Ré, em data de 11 de fevereiro de

2020, tudo demonstrando a ilicitude cometida não somente por ela, como

seus sócios !

E se de tudo não bastasse, descobriu-se ainda um

vídeo4 em que um dos sócios confessa a quebra da empresa, alegando

culpa de terceiros para não honrar seus compromissos.

Neste compasso, há patente e claro risco de serem

alienados e/ou transferidos para terceiros bens diversos, sem qualquer

necessidade da anuência do Autor ou demais investidores, deixando

estes sem nada para garantir seus créditos.

Bem por isso e justamente para preservar os

interesses não somente do Autor, mas de milhares de investidores, a lei

resguardou ao magistrado a hipótese de restringir esta possível

dilapidação patrimonial.

Dispôs assim regras processuais com o fito de

fazer o arresto de bens em nome dos Réus, para o fim de se assegurar

direitos inerente ao Autor como de inúmeros investidores.

É o que se infere da simples leitura do art. 304 da

Legislação Adjetiva Civil, veja-se: 

4
https://portaldobitcoin.com/dd-corporation-presidente-admite-que-empresa-quebrou-e-pede-1-ano-para-
pagar-clientes/
Art. 304 – A tutela de urgência de

natureza cautelar pode ser efetivada

mediante arresto, sequestro, arrolamento de

bens, registro de protestos contra alienação de

bem e qualquer outra medida idônea para

asseguração do direito. 

  Noutro giro, é de geral ciência que são requisitos

das medidas acautelatórias a presença do fumus boni iuris e do periculum

in mora, os quais estão amplamente provados pela documentação

encartada, onde até mesmo o Ministério Público da Bahia também

requer em sua Ação Civil pedido liminar em análogo sentido.

Sustenta inúmeros Doutrinadores a plausibilidade

do presente requerimento, entendendo ser dispensável maiores

assertivas sobre o tema, ante, repisa-se, farta documentação legal

comprobatória do direito ora invocado.

Diante destas circunstâncias jurídicas, faz-se

necessária a concessão da tutela cautelar incidental, o que se requer

expressamente, posto que provados dois pontos basilares da tutela

cautelar, quais sejam:  


I - um dano potencial, um risco que corre o processo principal de não
ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão do periculum in
mora, risco esse que deve ser objetivamente apurável;  

II - a plausibilidade do direito substancial, invocado por quem pretenda


segurança, ou seja, o fumus boni iuris.

Assim, por todo o exposto e ante ampla prova

constituída nos autos dos pontos basilares da tutela, requer-se

especificadamente à V.Exa. que se digne-se deferir o pedido de tutela e

consequente arresto ora realizado, inaldita altera pars, determinando-se

com a urgência que se faz necessária, posto que eventual demora

jurisdicional fatalmente irá acarretar inúmeros prejuízos a todos os

envolvidos, o arresto na forma abaixo especificada:

a) Determinar imediata expedição de ofícios aos cartórios de registro de


imóveis situados na cidade de Salvador/BA e Feira de Santana/BA,
determinando a indisponibilidade imóveis em nome dos Réus;

b) Determinar imediata expedição de ofícios à Central Nacional de


Indisponibilidade de Bens – CNIB, para que promova a imediata
indisponibilidade de bens em nome da pessoa jurídica e dos sócios,
remetendo as ordens competentes aos cartórios nacionais;

c) Determinar imediata expedição de ofício ao DETRAN/BA, para que


promova o imediato bloqueio de transferência de veículos que estejam
vinculados ao CNPJ e CPF’s informados no preâmbulo da presente, nos
respectivos prontuários dos mesmos;
d) Determinar imediata expedição de ofício à Receita Federal para que
informe e apresente as últimas 03 (três) declarações de rendimentos de
todos os ora Réus;

e) Determinar imediata expedição de ofício à Junta Comercial do Estado


da Bahia para que proceda a anotação de indisponibilidade das cotas
sociais de empresas em nome dos Réus ou que estes façam parte;

f) Determinar imediata expedição de ofícios ao Banco Central, para que


forneça dados de contas bancárias em nome da pessoa jurídica e demais
sócios, informando mediante ordem transmitidas às demais instituições
financeiras, da existência de contas e aplicações financeiras,
procedendo-se o bloqueio destas.

g) Determinar imediata expedição de ofícios ao Banco Central, para que


forneça dados de contas bancária em nome da pessoa jurídica e demais
sócios, informando mediante ordem transmitidas às demais instituições
financeiras, quais contas e aplicações financeiras possuíam os Réus, de
janeiro de 2019 até a presente data, para se descobrir se foram
abertas/fechadas contas e aplicações;

Da Ação Principal

Informa outrossim Exa., que com o deferimento e

efetivo arresto ora pretendido, o Autor irá promover no prazo legal, a

distribuição de competente Ação de Ressarcimento de Danos Morais e

Materiais com Devolução de Valores, visando o recebimento, pelo

menos, de seu investimento realizado.

Do Requerimento Final
Douto Julgador, ante todo o acima e notadamente

ante a farta documentação encartada, espera de V.Exa. não somente o

deferimento do arresto pretendido, mas também a integral procedência

da ação em tela.

Assim, de forma reiterada vem com o respeito

que se deve à V.Exa., requerer:

a) Conceder, inicialmente, a medida cautelar ora requerida sem a

necessidade de oitiva prévia dos Réus, para fins de se proceder ao

arresto especificado acima, em sua totalidade;

b) A concessão da justiça gratuita, conforme comprovação de

hipossuficiência demonstrada;

c) Determinar posteriormente os arrestos realizados, a citação dos

Réus, nos endereços especificados, conforme art. 303, II do

CPC/2015, sob pena de estabilização, o que desde já requer,

mediante Carta Registrada - AR;

d) Com a liminar que se aguarda e em caso de haver decurso de

prazo dos Réus, seja deferido prazo para fins de aditamento da

inicial se necessário for;

e) A condenação dos Réu ao pagamento de custas processuais e

honorários advocatícios, nos moldes do artigo 82 e 85 do CPC.


Das Provas

Protesta provar o alegado por todos os meios de

provas em direito admitidos, especialmente pelos depoimentos pessoais

do Representante Legal da empresa pessoa jurídica e dos sócios, pessoas

físicas; oitiva de testemunhas; juntada de documentos; prova pericial

contábil e demais provas que de fizerem necessárias ao deslinde do caso.

Dando-se à presente o valor de R$ 14.710,00

(quatorze mil, setecentos e dez reais).

Respeitosamente,

P. e espera deferimento.

São Sebastião do Paraíso, 10 de março de 2020.

P.p. Ravel Maldi Borges – OAB/MG 62.248

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